Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Produção de Material Didático para o Ensino de Ciências e de Química Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Profa. Dra. Solange de Fátima Azevedo Dias Revisão Textual: Profa. Dra. Selma Aparecida Cesarin A Educação no Brasil • Introdução • Contrato Pedagógico • A LDB e o Ensino Fundamental – Ciências • Proposta Curricular do Estado de São Paulo para a Disciplina de Ciências • A LDB e o Ensino de Ciências · Estabelecer o Contrato Pedagógico com os alunos quanto à maneira de confecção de trabalhos e relatórios. OBJETIVO DE APRENDIZADO A Educação no Brasil Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como o seu “momento do estudo”. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo. No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE A Educação no Brasil Introdução O Contrato Pedagógico, segundo Charlot (2000), é um acordo entre o profes- sor e os alunos visando a uma relação ético profissional que objetiva à mobilização para o saber. Para que ocorra essa mobilização, é necessário o estabelecimento de regras de convivência entre ambas as partes e entre alunos, com definições claras e objetivas sobre as expectativas, permissões e sanções que envolvam todos da sala de aula, a fim de atingir um bom desenvolvimento das práticas pedagógicas. Contrato Pedagógico O trabalho do conteúdo de Ciências dá a oportunidade para o aluno compre- ender o mundo por meio da interpretação dos fenômenos e das experiências do dia a dia. É recente a percepção da importância do ensino de Ciências na Escola: entre o século XIX e os anos 1950, a concepção geral era de que, por ser uma área neutra em suas descobertas, os saberes eram verdades definitivas, sem opção de questionamento. Baseado nesse raciocínio, o método de ensino se apoiou na reprodução dos mesmos padrões, passando o Conhecimento Científico por meio de conceitos que deveriam facilitar a observação e o raciocínio dos alunos, o que bastaria para a compreensão dos fenômenos naturais. A metodologia conteudista, também conhecida como tradicional, que se apoia no professor e no Livro Didático como centro da transmissão do conhecimento, ainda está presente nas salas de aula. O ensino de Ciências deve possibilitar que o aluno desenvolva competências de forma a compreender o mundo e a atuar como indivíduo e como cidadão, utilizando seus conhecimentos para atuar na sociedade em que vive (BRASIL, 1998, p. 32); porém, a realidade é que muitas vezes o ensino é desenvolvido de forma distante da realidade do aluno, impedindo a total compreensão da Disciplina, pois, ao não considerar o conhecimento do receptor, o professor o interpreta como alguém capaz apenas de repetir conceitos, anulando a possibilidade de relação com a vida prática. O ensino de Ciências é questionado no Brasil há muito tempo, sendo con- siderado ineficaz em atender às necessidades do aluno, por se apoiar em um modelo ultrapassado. A Sociedade Positivista do Rio de Janeiro, fundada em 1879, introduziu o pres- suposto de que o aluno descobriria as relações entre os fenômenos naturais com observação e raciocínio e que para o professor bastaria a demonstração do con- teúdo, sem ensinar o aluno a pensar (REVISTA NOVA ESCOLA, 2009, p. 9-12). 8 9 Esse método, que foi assumido como único, não foi modificado nem pelo surgimento da teoria da “Escola Nova”, que defendia a influência da Sociologia, da Psicologia e da Pedagogia modernas nas Escolas e nos métodos de ensino. A introdução dos Livros Didáticos, em 1950, que eram traduções ou versões desatualizadas de edições europeias, contribuiu para a centralização do conhecimento nas mãos do professor, baseada em exposição oral do conteúdo. É na década de 1950, após os Estados Unidos e a Inglaterra reformarem o Currículo Escolar do Ensino Básico e o Brasil adotar o modelo, que se torna oficial, a partir da promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LBD) em 1961. A Lei tornou obrigatório o ensino de Ciências para as séries do Ginásio (6º ao 9º ano) e aumentou a elaboração e a produção dos Livros Didáticos que dissemi- naram o método científico tecnista, que reproduzia experimentos e sequências padronizadas determinadas por cientistas: aos professores cabia a transmissão por meio de aulas expositivas; aos alunos, a absorção das informações. Em 1971, a LBD torna o ensino de Ciências obrigatório também para o 1º Grau (Ensino Fundamental), estabelece um currículo único e estimula a abertura de novos Cursos de formação; em 1972, o Ministério da Educação (MEC, 1972) cria o Projeto de Melhoria do Ensino de Ciências, com o objetivo de aprimorar a formação dos professores do 2º Grau (Ensino Médio) e o desenvolvimento de novos Materiais Didáticos. Durante esse período de mudanças impostas pela LDB, o Método de Ensino continuou sendo o tradicional, mesmo com esforços de renovação. O professor é o sujeito ativo no processo de ensino-aprendizagem, repassando seu conhecimento aos alunos, geralmente, por meio de aulas teóricas centradas nele, que define quais serão os conteúdos repassados aos alunos, assim como a organização de como será efetuado o processo de ensino-aprendizagem (SANTOS, 2011). A qualidade do ensino era definida pela quantidade de conteúdos trabalhados e o principal recurso de estudo e avaliação era o questionário, em que as respostas deviam se basear nas ideias apresentadas em aula ou no Material Didático escolhido pelo professor. Somente a partir de estudos feitos nos anos 1970, com base em descobertas sobre como a criança aprende, é que se percebeu a necessidade de o aluno fazer seu próprio percurso, e o Ensino Fundamental passou a se apoiar em questões que fizessem sentido para o aluno e despertassem a curiosidade e o interesse pelo conhecimento. A chamada perspectiva investigativa começou a tomar corpo e hoje é apontada como a mais adequada para o ensino da disciplina. Os conteúdos não precisam necessariamente estar dispostos de maneira linear, mas organizados de forma a levar o aluno a relacionar, compreender e produzir suas próprias conclusões. 9 UNIDADE A Educação noBrasil Para entrar em contato com essa maneira de estudar o aluno deve aprender a levantar hipóteses, interpretar os resultados, elaborar problemas, recolher dados, pesquisar, fazer registros, planejar a ação e aplicá-la a novas circunstâncias. Na década de 1980, surge um novo conceito de ensino, que introduz novos temas ao estudo, como Tecnologia, Saúde e Meio Ambiente, e as Ciências passam a ser vistas como uma construção humana, e não como uma verdade natural. O debate para a confecção da Lei orientou-se pela necessidade de o currículo de Ciências acomodar o avanço do conhecimento científico e a influência da Nova Escola. Essa tendência deslocou o eixo da questão pedagógica e dos aspectos puramente lógicos para aspectos psicológicos, valorizando a participação ativa do aluno no processo de aprendizagem. Os objetivos formativos se uniram aos informativos e às atividades práticas foram incluídas para melhorar a compreensão ativa de conceitos, ocupando mais espaço nos currículos e na formação dos professores. Foi estimulada, também, a integração dos conteúdos de Biologia, Física, Química e Geociências. O objetivo fundamental do ensino de Ciências passou a ser dar condições para o aluno identificar problemas a partir de observações sobre um fato, levantar hipóteses, testá-las, refutá-las e abandoná-las, quando fosse o caso. O aluno deveria ser capaz de “redescobrir” o já conhecido pela Ciência, apropriando-se do método científico para chegar a suas conclusões, contextualizando para a produção de aprendizagem significativa. Essa perspectiva buscava a democratização do conhecimento científico, reco- nhecendo a importância da vivência científica não apenas para cientistas, mas tam- bém para o cidadão. As discussões nesse período foram de extrema importância para a mudança da mentalidade do professor, que assimila novos objetivos para o ensino de Ciências; porém, a aplicação desses novos conceitos se deu apenas nos grandes centros, e mesmo nesses casos, eles não eram aplicados na sua totalidade, com a ocorrência constante de distorções: atividades experimentais contidas em materiais eram ignoradas pela falta de espaço e de equipamentos adequados. A ênfase no “Método Científico” acompanhou durante muito tempo os objetivos do ensino de Ciências, levando alguns professores a, inadvertidamente, identificarem metodologia científica com metodologia do ensino de Ciências. O modelo de mudança conceitual de 1982 se baseava no princípio de que a partir da experiência direta com os fenômenos naturais seria possível descobrir as Leis da natureza. Esse modelo teve vida curta e pesquisas demonstraram o que professores já reconheciam em sua prática: o simples experimentar não garantia a aquisição do Conhecimento Científico. A crise econômica e energética dos anos 1970 e os problemas sociais e ambien- tais que se seguiram, causados pela industrialização acelerada e sem consideração dos custos sociais e ambientais fizeram com que, no Brasil, os problemas ambien- tais e sanitários entrassem nos currículos, trazendo a realidade para a sala de aula. 10 11 A discussão sobre as implicações políticas e sociais dos conhecimentos científicos e tecnológicos mudou a visão ingênua sobre o desenvolvimento tecnológico e a neutralidade da Ciência. As discussões em torno da relação entre Educação e Sociedade, nos anos 1980, deram início a tendências progressistas de ensino como a “Ciência, Tecnologia e Sociedade” (CTS), que ainda ressoa nos dias de hoje, a “Educação Libertadora” e a “Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos”. Essas tendências têm em comum a importância conferida aos conteúdos social- mente relevantes e aos processos de discussão em grupo. A renovação dos critérios de escolha dos conteúdos não alcançou os métodos de ensino/aprendizagem, que permaneceram ligados ao método da redescoberta. Com relação ao método tradicional, observa-se que alguns autores o apresentam como método de ensino; porém, outros autores divergem dessa nomenclatura. As nomenclaturas utilizadas são: modalidade de ensino; modelo de ensino tradicional; pedagogia tradicional e discursos pedagógicos tradicionais. Para este estudo, adota- se o tradicional como um método de ensino e, desse modo, será apresentado no referencial teórico. Uma nova reforma dos currículos é feita nos anos 1990 e, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de 5ª a 8ª séries (PCN, 1998, p. 27-8), o ensino de Ciências no Ensino Fundamental deve considerar o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, suas experiências, sua idade, identidade cultural e social e os diferentes significados e valores que as Ciências Naturais e da Tecnologia podem ter para eles. O processo de ensino e aprendizagem na área de Ciências Naturais poderá ser desenvolvido dentro de contextos social e culturalmente relevantes, que poten- cializam a aprendizagem significativa. Os temas a serem trabalhados podem ser flexíveis o suficiente para aguçar a curiosidade dos estudantes, proporcionando a sistematização dos conteúdos e seu desenvolvimento histórico social, conforme as características e as necessidades das classes de alunos, nos diferentes ciclos. Seguindo o preceito da aprendizagem significativa, por meio dos modelos oferecidos pelo professor, os alunos devem ser levados a pensar, levantar hipóteses e, com o tempo, tirarem suas próprias conclusões sobre assuntos relacionados à sua vida cotidiana, entendo a conexão com o estudo de Ciências. Nos primeiros ciclos, em conjunto com as demais áreas, os alunos podem produzir desenhos informativos, legendas de ilustrações e de quadros comparativos, de forma a atender os objetivos de uma educação significativa. Já nos ciclos finais, é recomendada a produção de textos informativos e esquemas crescentemente mais complexos e outros procedimentos para a exploração e a comunicação dos temas e problemas em estudo, sempre com crescente autonomia (PCN, 1998). 11 UNIDADE A Educação no Brasil O ensino de Ciências também deve contemplar o desenvolvimento de atitudes e valores, que envolve muitos aspectos da vida social, da cultura do sistema produtivo e das relações entre o ser humano e a natureza, a valorização da vida em sua diversidade e a responsabilidade em relação à saúde e ao ambiente. O aluno deve aprender a respeitar as provas obtidas por investigação, a diversidade de opiniões e a interação nos grupos de trabalho que contribuem para o aprendizado de atitudes, sabendo se posicionar crítica e construtivamente diante de questões ligadas à preservação do ambiente e sua apreciação estética, de apreço e respeito à individualidade e à coletividade. Os conteúdos a serem estudados devem seguir uma seleção que respeita os seguintes critérios: · Favorecimento da construção de uma visão de mundo como um todo, formado por elementos inter-relacionados, entre os quais o ser humano, agente de transformação; · Promoção das relações entre diferentes fenômenos naturais e objetos da Tecnologia, possibilitando a percepção de um mundo em transformação, cuja explicação científica é permanentemente reelaborada; · Relevância do ponto de vista social, cultural e científico, permitindo ao estudante a compreensão das relações entre o ser humano e a natureza, mediadas pela Tecnologia; · Os conteúdos devem se constituir em fatos, conceitos, procedimentos, atitudes e valores a serem promovidos de forma compatível com as possibilidades e necessidades de aprendizagem do estudante, de maneira que ele possa operar com tais conteúdos e avançar efetivamente nos seus conhecimentos (Temas Transversais). A LDB e o Ensino Fundamental – Ciências Na última década, o ensino de Ciências, no Brasil, vem sendo motivo de novas dis- cussões e reflexões na comunidade científica e no contexto do Sistema Educacional. A análise do resultado doPrograma Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), em 2016, pesquisa financiada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), revela que o Brasil está nas últimas colocações entre os 70 países pesquisados em todas as Disciplinas. O Brasil está abaixo da média de 493 no estudo de Ciências, mantendo os mesmos 401 pontos da edição de 2012, na 63ª posição, entre 70 países. As conclusões em relação à Disciplina foram de que mais de 56% dos brasileiros entre 15 e 16 anos só conseguem resolver questões de baixa exigência cognitiva; 40% dos estudantes brasileiros gostariam de seguir carreira na área de Ciência e Tecnologia; 50% se diverte e gosta de aprender tópicos científicos e mais de 41% têm ajuda individual do professor nas aulas. 12 13 A análise do desempenho dos alunos retoma as discussões sobre a falta de experimentação e o ensino baseado em livros de Ciências. A ausência do estabelecimento de relações com o cotidiano nas situações de ensino-aprendizagem e a grade curricular muito “fechada” acabam bloqueando o desenvolvimento do trabalho criativo do professor e a utilização de dados da vida cotidiana do aluno. Outro problema assinalado é o modelo de transmissão e recepção dos conhecimentos científicos como verdades neutras e absolutas, o despreparo e o desinteresse dos alunos pelas aulas de Ciências, as dificuldades de superação das concepções prévias/alternativas trazidas pelos alunos, a má formação inicial do professor e a ausência de implementação de formação continuada dele, para que possa aprimorar sua metodologia e didática pedagógica, e a falta de estrutura do sistema de educação dificultam ainda mais a melhoria do ensino. Trabalhar com estratégias didáticas em uma perspectiva lúdica e criativa como parte integrante do processo formativo docente é fundamental, pois possibilita a implantação de um processo motivador e dialógico, elementos que estabelecem situações de interação entre os participantes, tendo-se em vista a diversificação dos cenários socioculturais nos quais a Escola está inserida (BRÀS, 2007). Quando o aluno está interessado em aprender, a aprendizagem se manifesta a partir da ação, permitindo a construção de significados. Não há desenvolvimento cognitivo se o aluno não interage com os conteúdos que são apresentados a ele; a relação com os conteúdos de forma articulada com seus interesses coloca o objeto como tal para si, deflagrando a ação. Dessa forma, a articulação entre o afetivo e o cognitivo é construída por meio das relações do interesse e da apreensão dos conceitos de forma significativa. Tais significações estão associadas às relações sociais e ao contexto cultural no qual o aluno se encontra e a interação dele com os conceitos; porém, o modo, como são adquiridas dependente dos mecanismos cognitivos do aluno (Piaget; Garcia, 1987). O aluno dos primeiros anos do Ensino Fundamental Ciclo II (6 º e 7º anos) necessita de efetivação do processo educativo, que deve ser centrado nas ações do sujeito, nas reações dele na prática pedagógica, de forma criativa e lúdica, de maneira a obter os alicerces para superar obstáculos de forma gradativa, considerando a idade cognitiva do aluno. A palavra lúdica vem do latim ludus, que significa “jogo”. Seu sentido evoluiu, ganhando novas considerações, principalmente, por resultados de pesquisas envolvendo a psicomotricidade. As atividades lúdicas fazem parte da atividade humana, caracterizando-se pela espontaneidade, funcionalidade, satisfação e prazer do indivíduo pela atividade prática. Atividades lúdicas devem ser consideras não somente o resultado, mas a ação e o movimento, assim como as vivências por elas proporcionadas. As brincadeiras lúdicas exercem forte influência na formação da personalidade, do caráter e do equilíbrio emocional das crianças. 13 UNIDADE A Educação no Brasil Para Caveda (2005), as atividades lúdicas devem ser uma ferramenta que desenvolva o prazer durante a aprendizagem da criança, faça-as procurar por liberdade criativa e construa valores sociais. Essas atividades são o primeiro processo de ensino/aprendizagem e o professor perde a oportunidade de facilitar o desenvolvimento do aluno ao não utilizar essa ferramenta no processo formativo e cognitivo (SANTIN, 1990, p. 27). Observa-se que, atualmente, o lúdico está voltado para um estado de complementação do ser como indivíduo. Dessa forma, desenvolver as atividades lúdicas na Escola é fundamental para o desenvolvimento quando criança, e comprova a necessidade da identificação de fatores que estabelecem o seu desenvolvimento integral, proporcionado pela estimulação de suas habilidades e competências. O conhecimento tomado como instrumento, mobilizado em competências, refor- ça o sentido cultural da aprendizagem, tomada como valor de conteúdo lúdico, de caráter ético ou de fruição estética; numa Escola com vida cultural ativa, o conheci- mento torna-se um prazer que pode ser aprendido, ao se aprender a aprender. Segundo a Proposta Curricular de Ciências do Estado de São Paulo (PCCESP, 2003, p. 13), nessa Escola, o professor não se limita a suprir o aluno de saberes, mas é parceiro de fazeres culturais, aquele que promove de muitas formas o desejo de aprender no aluno, utilizando seu próprio entusiasmo pela cultura humanista, científica, artística e literária. No Brasil, houve um tempo que a Educação Escolar era referenciada no ensino – o plano de trabalho da Escola indicava o que seria ensinado ao aluno. Dessa forma, o currículo escolar foi confundido com um rol de conteúdos disciplinares. A LDB (Lei 9394/1996) deslocou o foco do Ensino para o da Aprendizagem e não é por acaso que sua filosofia não é mais a da liberdade de ensino, mas a do direito de aprender. Hoje, o conceito de competências também é fundamental na LDB e nos PCNs elaboradas pelo Conselho Nacional de Educação e pelo Ministério da Educação. O currículo referenciado em competências é uma concepção que requer que a Escola e o plano do professor indiquem o que aluno vai aprender. Uma educação centrada em competências diz respeito à democratização da Escola, já que o processo de universalização do Ensino Fundamental incorpora toda a heterogeneidade que caracteriza o povo brasileiro, a Escola, para ser democrática, tem de ser igualmente acessível a todos, diversa no tratamento de cada um e unitária nos resultados. Assim sendo: Optou-se por construir a unidade com ênfase no que é indispensável que todos tenham aprendido ao final do processo, considerando a diversidade. Todos têm direito de construir, ao longo de sua escolaridade, um conjunto básico de competências, definido pela lei. Este é o direito básico, mas a 14 15 escola deverá ser tão diversa quanto são os pontos de partida das crianças que recebe. Assim, será possível garantir igualdade de oportunidades, diversidade de tratamento e unidade de resultados. Quando os pontos de partida são diferentes, é preciso tratar diferentemente os desiguais para garantir a todos uma base comum (PCCESP, 2003). A LDB/2006 estabelece, na Seção III, Art. 32, que o Ensino Fundamental obrigatório, com duração de nove anos, gratuito na Escola Pública, iniciando-se aos seis anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006): Art.32. (...) (...) I – o desenvolvimento da capacidade de aprender tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV – o fortalecimento dos vínculos de família,dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. § 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos. § 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série podem adotar no ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensino-aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de ensino. § 3º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. § 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino à distância utiliza- do como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais. § 5o O currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoriamente, conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente, observada a produção e distribuição de material didático adequado (Incluído pela Lei nº 11.525, de 2007). § 6º O estudo sobre os símbolos nacionais será incluído como tema transversal nos currículos do ensino fundamental (Incluído pela Lei nº 12.472, de 2011). Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais 15 UNIDADE A Educação no Brasil das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo (Redação dada pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997). § 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores. § 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso. Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência na escola. § 1º São ressalvados os casos do ensino noturno e das formas alternativas de organização autorizadas nesta Lei. § 2º O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo integral, a critério dos sistemas de ensino. Proposta Curricular do Estado de São Paulo para a Disciplina de Ciências A PCESP/2003 introduz o título Ensino de Ciências da Natureza e suas Tecnologias (ECNT), pois as Ciências da Natureza estão presentes de diversas formas na cultura e na vida em sociedade, na investigação dos materiais, das substâncias, da vida e do Cosmo. Do mesmo modo, elas se associam às técnicas, tomando parte em todos os setores de produção e de serviços: da Agropecuária à Medicina, da Indústria ao Sistema Financeiro, dos Transportes à Comunicação e Informação, dos Armamentos Bélicos aos Aparelhos Domésticos. Essa associação entre as Ciências e as Técnicas, que constitui a Tecnologia, resultou nas várias revoluções industriais e integra todas as dimensões práticas da vida humana, como a extração e o processamento de minérios, a produção de energia, a construção civil, a produção de alimentos, o envio de mensagens e o diagnóstico de enfermidades (???, p. 34). A proposta de que a reunião de certos conjuntos de Disciplinas em Áreas do Conhecimento é decorrência natural das referidas fronteiras comuns e funciona como recurso de sentido pedagógico, tornando explícito que a aprendizagem disciplinar não é autônoma, mas deve ocorrer em função dos interesses dos alunos e de sua formação geral. 16 17 Nesse sentido, a área constitui uma pré-articulação de um Sistema mais amplo, o Projeto Pedagógico de Escola, em que a proposta curricular organiza e dá razões para a aprendizagem em geral, disciplinar ou não. O conjunto das Ciências da Natureza pode ser considerado como uma das áreas do conhecimento que organiza a aprendizagem na Educação Básica; ainda que diferentes Ciências, como a Biologia, a Física e a Química tenham certos objetos de estudo e métodos próprios, também têm em comum conceitos, métodos e procedimentos, critérios de análise, de experimentação e de verificação. A PCESP/2003 baseia-se nas perspectivas de aprendizagem expressas na LDB/1996, em termos de grandes campos de competência, como o domínio “das formas contemporâneas de linguagem” ou “dos princípios científico-tecnológicos que presidem a produção moderna”. Para atender a essa orientação, o ensino das Ciências da Natureza deve buscar compor o desenvolvimento da Cultura Científica com a promoção de competências mais gerais ou de habilidades mais específicas como as expressas no Quadro 1. Quadro 1 – Ciências da Natureza COMPETÊNCIAS GERAIS HABILIDADES GERAIS E ESPECÍFICAS Representar. Comunicar-se. Conviver. Ler e se expressar com textos, cifras, ícones, gráficos, tabelas e fórmulas. Converter uma linguagem em outra. Registrar medidas e observações. Descrever situações. Planejar e fazer entrevistas. Sistematizar dados. Elaborar relatórios. Participar de reuniões. Argumentar. Trabalhar em grupo. Investigar e intervir em situações reais. Formular questões. Realizar observações. Selecionar variáveis. Estabelecer relações. Interpretar, propor e fazer experimentos. Fazer e verificar hipóteses. Diagnosticar e enfrentar problemas, individualmente ou em equipe. Estabelecer conexões e dar contexto. Relacionar informações e processos com seus contextos e com diversas áreas de conhecimento. Identificar dimensões sociais, éticas e estéticas em questões técnicas e científicas. Analisar o papel da Ciência e da Tecnologia no presente e ao longo da História. Uma preocupação central do ensino de Ciências é como promover a aprendizagem no Ensino Fundamental, pois, nessa fase, os tópicos disciplinares necessitam ser organizados em torno de problemas concretos, próximos aos estudantes, e que sejam relevantes para sua vida pessoal e comunitária. É necessário, também, um número limitado de conceitos articulados entre si, enfocar a aquisição de procedimentos e atitudes que permitam interpretar os fenômenos de forma mais criteriosa do que o senso comum cotidiano, provocar contínuas reflexões sobre as concepções envolvidas na interpretação dos fenômenos, criar um ambiente de respeito e de valorização das experiências pessoais para a aprendizagem, o que facilita a motivação, o aprofundamento, a autonomia e a melhoria da auto-estima, (???, p. 42). 17 UNIDADE A Educação no Brasil Investimento em Tecnologia e Reprodução de Procedimentos Somente nos anos 1960, é que essa prática pedagógica começou a ser questionada. O movimento que se contrapôs a ela surgiu nos Estados Unidos, estendeu-se para a Inglaterra e a França e chegou com menos força ao Brasil. O cenário mundial da Guerra Fria tornou fundamental o desenvolvimento de Tecnologias e conhecimento para o sucesso de uma nação ou modelo econômico. Era preciso formar mais e mais pessoas com capacidade de criar produtos, métodos e procedimentos que gerassem divisas. Nas escolas, era necessário incentivar a formação de profissionais com esse perfil e se acreditava que o caminho para isso era levar os alunos a reproduzir os passos que cientistas já haviam trilhado. Teoria e Prática Juntas no Processo de Investigação O pontapé inicial é a exposição de uma situação-problema, um impasse do dia a dia, para o qual a turma mobiliza o que sabe para tentar solucioná-lo. Perguntas do tipo “Por que o leite derrama quando ferve?” e “Por que os alimentos cozinham mais rápido na panela de pressão?” são alguns exemplos. Paraencontrar a solução, o aluno se vale de ideias e conhecimentos que já possui, antes de procurar por explicações nos livros. Ele agora participa ativamente da aula, planejada para propiciar e valorizar sua iniciativa. O professor, além de ser fonte de informação, passa a orientar as ações, deve conduzir a pesquisa e instrumentalizar a criança, para que ela aprenda com autonomia o melhor método para chegar ao conhecimento. O Livro Didático torna-se apenas um dos materiais de consulta, dividindo espaço com a Internet, museus, revistas, livros científicos e paradidáticos, programas de televisão, filmes e outros objetos de estudo disponíveis. A LDB e o Ensino de Ciências As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para o Ensino Médio destacaram o princípio da contextualização como processo de enraizamento dos conceitos científicos na realidade vivenciada pelos alunos para produzir aprendizagens significativas: que a aprendizagem disciplinar não é autônoma, mas deve ocorrer em função dos interesses dos alunos e de sua formação geral. 18 19 Normalmente, o conhecimento cotidiano costuma estar mais orientado para a necessidade de resolvê-lo na prática do que para a explicação de suas razões ou para a compreensão dos princípios que o definem, podendo estar distanciado significati- vamente do conhecimento científico. Dessa forma, chega-se às seguintes questões: 1. Como ensinar Ciências partindo diretamente das Disciplinas Científi cas se o contexto e as motivações de produção delas e de seus conceitos é distinto do que caracteriza a Escola?; 2. Se os problemas propostos num e noutro também são diferentes? É necessário construir uma ponte entre a Ciência e o Conhecimento cotidiano (CLAXTON, 1991). Por se encontrarem a meio caminho entre esses dois extremos, os problemas escolares podem servir para a construção dessa ponte. Os problemas escolares, muitas vezes, consideram, implicitamente, que o aluno já está na margem da Ciência, que esta desperta o seu interesse e que ele quer resolver problemas científicos. Para um aluno que não se interessa pela Ciência, que não se sente sintonizado com o seu discurso e suas maneiras de agir, os problemas escolares podem representar atividades artificiais. Por isso a pertinência de se partir da realidade concreta e ir além do contexto de vivência do aluno e superar o senso comum (MEC, 2006). Essa questão não é de fácil enfrentamento, pois não se pode considerar que a sim- ples sistematização do conhecimento cotidiano seja suficiente para a aprendizagem. Deve-se confrontar os saberes cotidianos e o Conhecimento Científico, visando à compreensão dos limites apresentados também pelos saberes escolares. Para isso, a formação dos professores deve ser tal que eles insiram em seu planejamento peda- gógico a problematização dos fatos cotidianos, levando os alunos a perguntar sobre o(s) porquê(s) dos acontecimentos e, assim, motivar a reflexão sobre o fato para além de suas percepções cotidianas, normalmente, estruturadas sobre o senso comum. É preciso discutir os limites do senso comum para explicar os fenômenos e en- tender a necessidade de realização de investigações científicas, demarcando, por um lado, a importância e as motivações sociais do trabalho científico, suas dimen- sões históricas e implicações ético-políticas e, por outro, a distinção entre esse tipo de conhecimento e o cotidiano, sem perder as relações entre eles (MEC, 2006). Segundo o MEC (2006), por meio de seu Departamento de Políticas de Ensino Médio, as mudanças no Ensino de Ciências visam a incorporar efetivamente a prá- tica e a reflexão científicas na vida escolar e social de adolescentes, jovens e adultos. Essa iniciativa tem por objetivos específicos: • Incentivar projetos curriculares voltados para a Educação Científica e para mudanças curriculares que incorporem abordagens práticas e problematizadoras das Ciências; 19 UNIDADE A Educação no Brasil • Ampliar e melhorar a formação inicial dos professores de Ciências mediante incentivo com bolsas de Licenciatura e abertura de campos de estágio orientado; • Promover a formação continuada de professores de Ciências, mediante cooperação institucional, coordenada pela CAPEMP – Coordenação de Aperfeiçoamento de Professores do Ensino Médio (a ser instituída) e com apoio da Capes – Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e de outros órgãos de fomento; • Implantar as Oficinas de Ciências, Cultura e Arte em Instituições de Ensino e Científicas, como espaços de ensino-aprendizagem e de formação inicial e con- tinuada de professores; promover a pós-graduação de professores de Ciências, incentivando-se tomar sua prática pedagógica como objeto de investigação; • Promover a colaboração institucional, para a formação inicial e continuada de professores, bem como para o apoio aos Sistemas Públicos de Ensino, e implantar programas de produção e distribuição de livros e materiais didáticos de Ciências. 20 21 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Educação Química no Brasil Educação Química no Brasil: Memórias, Políticas e Tendências. Campinas: Átomo, 2008. Educação em Química Educação em Química: Compromisso Com a Cidadania. 3.ed. Ijuí: Unijuí, 2003. Estado da Arte na Educação em Ciência, Tecnologia e Sociedade e Ambiente no Boa Estado da Arte na Educação em Ciência, Tecnologia e Sociedade e Ambiente no Boa. Campinas:, Editora, 2007. v. 1, p. 1-3. Proposta Curricular para o Ensino de Química SÃO PAULO. Secretaria da Educação. Coordenadoria. Proposta Curricular para o Ensino de Química: 2º grau. 3.ed. São Paulo: Se/Cenp, 1992. Alfabetização Cientifica CHASSOT, A. Alfabetização Cientifica: Questões e Desafios Para a Educação. 4. ed. Porto Alegre: Unijui, 2006. Educar Pela Pesquisa GALIAZZI, M. C. Educar Pela Pesquisa: Ambiente de Formação de Professores de Ciências. Ujui:Unijui, 2003. Aprender Ciências LIMA, M. E. C. C.; BRAGA, S. A. M.; AGUIAR JUNIOR, O.G. Aprender Ciências: Um Mundo de Materiais. Belo Horizonte: UFMG, 1999. 21 UNIDADE A Educação no Brasil Referências BRASIL. Lei nº 4024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as diretrizes e bases da educação nacional. Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB. Brasília, 1961. Disponível em: <www.mec.org.br> Acesso em: 21 fev. 2017. ______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica/Diretoria de Currículos e Educação Integral. Diretrizes Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/ SEB/DICEI, 1972. ______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais. Brasília: MEC/SEF, 1998. BRAZ DA SILVA, Alcina Maria Testa; METTRAU, Marsyl Bulkool; BARRETO, Márcia Simão Linhares. O lúdico no processo de ensino-aprendizagem das Ciências, Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Local, v. 88, n° 220, p. 445-458, 2007. CAVEDA, J. L. C. (org.). O jogo no currículo da educação infantil. Tradução de Valério Campos Porto Alegre: Artmed, 2005. p. 59-88. CHARLOT, Bernard. A Etnografia da Escola. Em aberto, Brasília, v. 11, nº 53, p. 73-86, 1992. CHASSOT, A. Alfabetização Cientifica: Questões e Desafios para a Educação. 4.ed. Porto Alegre: Unijui, 2006. Em ciências é preciso estimular a curiosidade de pesquisador, Revisa Nova Escola, Local, n. ???, p. 9-12, 2009. Disponível em: <https://novaescola.org. br/.../em-ciencias-e-preciso-estimular-a-curiosidade-de-pesquisador>. Acesso em: 27/10/2017. FRACALANZA, Hilário. O que sabemos sobre os livros didáticos para o ensino de Ciências no Brasil. 1993. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação. UNICAMP, Campinas, 1993. GALIAZZI, M. C. Educar pela Pesquisa: Ambiente de Formação deProfessores de Ciências. Ujuí: Unijuí, 2003. INSTITUTO Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Relatórios anuais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Disponível em: < http://www.publicacoes.inep.gov.br/>. Acesso em: 3 fev. 2017. LIMA, M. E. C. C.; BRAGA, S. A. M.; AGUIAR JUNIOR, O. G. Aprender Ciências: Um Mundo de Materiais. Belo Horizonte: UFMG, 1999. PIAGET, Jean; GARCIA, Roland. Psicogênese e História das Ciências. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1987. SANTIN, Vilvino. Educação Física: outros caminhos. Porto Alegre: EST, 1990. 22
Compartilhar