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1 - INTRODUÇÃO À FISIOLOGIA APLICADA

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Introdução
Fisiologia aplicada
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A palavra “fisiologia” - de raiz grega e equivalente ao latim Physiologia, significando originariamente “conhecimento natural” - foi usada pela primeira vez por Fernel em 1542, mas só foi adaptada no séc. XIX.
 Significa hoje o estudo dos fenômenos que ocorrem nos organismos vivos, a sua classificação, seqüenciarão e significado relativo, a atribuição de cada função ao órgão apropriado e o estudo das condições que determinam cada função (Starling e Evans 1968).
REVISÃO
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Em termos muito gerais, podemos considerar que a Fisiologia tenta explicar os fatores físicos e químicos responsáveis pela origem, desenvolvimento e progressão da vida, apresentando um vasto campo de aplicação, razão pela qual se subdivide em vários ramos, nomeadamente a Fisiologia viral, a bacteriana, a celular, a vegetal e a humana, entre outras (Guyton 2001). 
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vírus
bactéria
celular
vegetal
humana
fisiologia
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A FISIOLOGIA distingue-se das outras ciências biológicas porque lida, em termos gerais, com o estudo das funções dos componentes e sistemas dos seres vivos, desde os seres mais simples (unicelulares) até aos mais complexos (homem). 
No entanto, com o desenvolvimento da endocrinologia, da bioquímica, da imunológica e de outras disciplinas que, entretanto, criaram metodologias próprias, a Fisiologia passou, gradualmente, a confinar-se aos aspectos físicos do funcionamento dos seres vivos. 
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Os seres vivos são seres animais e vegetais 
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Ela procura integrar as funções distintas de todas as células e dos vários órgãos do corpo num todo funcional completo, uma vez que a vida do ser humano depende desse funcionamento global e não do funcionamento isolado das partes.
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Atualmente, a Fisiologia constitui uma área de pesquisa extremamente abrangente que recebe constantemente novas metodologias de investigação, o que tem permitido avanços impensáveis até há algum tempo atrás, por exemplo, ao nível da fisiologia celular e molecular, permitindo compreender cada vez melhor os princípios fisiológicos, tanto em termos moleculares como físicos (Guyton 2001). 
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A unidade funcional básica do corpo é a célula, existindo cerca de 75 trilhões delas em cada ser humano.
A maior parte das células está viva e, em sua imensa maioria, também se reproduz e, com isso, garante a continuidade da vida
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 HOMEOSTASIA
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Todas as células do corpo vivem imersas em um líquido, que permeia todos os espaços diminutos entre as células, que passa para dentro e para fora dos vasos sangüíneos e que é transportados pelo sangue a todas as partes do corpo.
Essa massa de líquido que constantemente banha o exterior das células é chamada de líquido extracelular,
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Para que as células do corpo continuem a viver, existe um requisito básico: a composição do líquido extracelular tem de ser controlada, com muita precisão, de momento a momento, de dia a dia, sem que qualquer constituinte importante varie.
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Na verdade, a maior parte das células pode sobreviver após sua retirada do corpo humano, desde que seja imersa em líquido que tenha a mesma composição química e as mesmas característica físicas do líquido extracelular.
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Claude Bernard, o grande fisiologista do século XIX, que originou grande parte do nosso pensamento fisiológico moderno, deu ao líquido extracelular que banha as células o nome de MILLIEU INTÉRIEUR, O “ meio interno”.
 Walter Cannon, outro grande fisiologista, que trabalhou durante a primeira metade deste século, definiu o processo de manutenção das condições constantes desse líquido como HOMEOSTASIA.
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Todos os órgãos desempenham algum papel no controle de um ou mais de um dos componentes desse líquido.
Ex: o sistema circulatório, formado pelo coração e pelos vasos sangüíneos, transporta o sangue por todo o corpo; água e substâncias dissolvidas difundem-se permanentemente entre o sangue e os líquidos que banham a célula.
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Dessa forma, a circulação mantém o líquido extracelular de uma das partes do corpo constantemente misturado com o de todas as outras partes.
Essa função do sistema circulatório é tão eficaz que, dificilmente, qualquer fração do líquido extracelular de uma parte do corpo permanece sem ser misturada com outras frações por mais alguns poucos minutos, de cada vez.
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Sistema Respiratório: 
transfere o oxigênio do ar para o sangue e, por sua vez, o sangue o transporta para todos os líquidos que cercam as células, mantendo assim o teor de oxigênio que é indispensável à vida de todas as células.
O gás carbônico, excretado pelas mesmas células, passa para esse mesmo líquido e, em seguida, é misturado com o sangue, de onde é, finalmente, removido pelos pulmões. 
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Sistema Digestivo:
realiza função semelhante para outros nutrientes que não o oxigênio; ele processa esses nutrientes, após o que são absorvidos pelo sangue e rapidamente distribuídos pelos líquidos orgânicos, de onde poderão ser utilizados pelas células.
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Fígado:
 alguns órgãos participam daquilo que, em seu conjunto, é chamado de metabolismo intermediário, que converte muitos dos nutrientes absorvidos do tubo gastrintestinal em substâncias que podem ser diretamente utilizadas pelas células
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Rins: 
removem os resíduos dos nutrientes após sua energia ter sido extraída pelas células e outros órgãos atuam no ouvir, no sentir, no provar, no cheirar e no ver, que ajudam o animal e o ser humano na busca e na seleção do alimento,
 bem como aumentam sua capacidade de proteção dos diversos e diferentes perigos, de modo que pode perpetuar um meio interno quase utópico, onde suas células continuam seus processos vitais.
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Hormônios:
Hormônios são substâncias químicas produzidas pelas glândulas, que atuam no sentido de controlar ou ajudar no controle de alguma função em alguma parte do corpo.
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Funções Regulatórias:
Os hormônios podem influenciar todas as células do organismo de modo quase idêntico, ou podem atuar mais, sobre certos tipos celulares do que sobre outros, dependendo da natureza bioquímica do hormônio e da célula.
Eles regulam o crescimento de todos os tecidos do corpo, a intensidade do metabolismo de todas as células, a absorção de sódio pelos rins, a concentração de cálcio nos líquidos corporais, a utilização da glicose por todo o corpo,etc.
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 Sistema Nervoso: 
 O sistema nervoso, juntamente com o sistema endócrino, provê a maior parte das funções de controle do corpo.
 Em geral, o sistema nervoso controla as atividades rápidas do corpo, como as contrações musculares, eventos viscerais que se alteram rapidamente e mesmo a secreção de algumas glândulas endócrinas.
 O sistema nervoso é inigualável dentro da vasta complexidade das ações de controle que pode desempenhar.
 Recebe milhões de informações a partir dos diferentes órgãos sensoriais e depois integra todas elas para determinar a resposta a ser dada pelo corpo.
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Tecido Nervoso:
O tecido nervoso, seja ele do encéfalo, da medula espinhal ou dos nervos periféricos, contém dois tipos básicos de células:
1- os NEURÔNIOS que conduzem os sinais pelo sistema nervoso, existem cerca de 100 bilhões dessas células em todo o sistema nervoso central.
2 – as CÉLULAS DE SUPORTE ou de ISOLAMENTO, que mantêm os neurônios em suas posições e evitam que os sinais sejam dispersados entre os neurônios e suas estruturas intercelulares; são, em conjunto, chamadas de NEURÓGLIA.
No sistema nervoso periférico, são as células de SCHWANN.
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Dessa forma, podemos enfatizar, mais uma vez, que as funções dos órgãos do corpo dependem do funcionamento das células individuais, e
que a continuação da vida depende da manutenção de um meio ambiente adequado nos líquidos extracelulares.
Por sua vez, os órgãos e as células, cada um de um modo próprio, desempenham papéis individuais na manutenção da constância desse meio interno líquido, processo esse que chamamos de HOMEOSTASIA
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 FISIOLOGIA APLICADA
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Com efeito, as temáticas relacionadas com o estudo do sistema nervoso, fisiologia cardiovascular, respiratória, digestiva, renal e endócrina, entre outras, constituem pilares fundamentais do programa da Fisiologia aplicada.
 O que se procura, em termos de transmissão de conteúdos, é uma descrição da função de determinados órgãos, sistema ou aparelho e dos vários factores e mecanismos envolvidos nessa função. 
O objetivo final é sempre ajudar o aluno a chegar a uma visão, tanto quanto possível, integrada da funcionalidade orgânica. 
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Assim, após tudo o que foi anteriormente dito e em termos de conclusão, definimos para a disciplina de Fisiologia comparada os seguintes objetivo gerais: 
(1) Fornecer aos alunos os conhecimentos fundamentais da forma de funcionamento dos principais órgãos, sistemas e aparelhos.
 (2) Promover o conhecimento dos vários fatores e mecanismos subjacentes à funcionalidade orgânica. 
(3) Promover nos alunos o interesse e a motivação pelo conhecimento da função numa perspectiva sistêmica. 
(4) Fornecer as bases fisiológicas e bioquímicas fundamentais para uma boa compreensão.
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 BOM CURSO PARA TODOS!
 BOA SORTE!
Prof.: Jorge Gandra
Prof.: Onesio
 
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