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FACULDADE DIOCESANA DE MOSSORÓ CURSO TECNOLOGO DE GASTRONOMIA DISCIPLINA COZINHA TÉCNICA DE CARNES, AVES E PESCADOS DOCENTE DEIZE FERNANDES MARIA LUCICLEIDE FREITAS LUZ RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA (TÉCNICAS DE CORTES DE CARNES, AVES E PESCADOS) MOSSORÓ-RN DEZEMBRO/ 2018 1. INTRODUÇÃO Aves, peixes e carnes vermelhas são todos uma subcategoria do tópico “carnes”. O termo “aves” está ligado às aves de caça ou domésticas, que são comumente utilizadas na culinária. Estas podem ser: frango, peru, codorna, pato, galinha d’angola e etc. Sendo o frango o mais comum entre as aves. Além de serem consideradas uma ótima fonte de proteínas, as aves costumam ter todas as partes do seu corpo aproveitadas na gastronomia, como: peito, coxa, sobrecoxa, asas, miúdos (fígado, moela e coração), pés e pescoço. Por essa razão, ela abre um leque de possibilidades na cozinha, com inúmeras formas de preparação e métodos de cocção. (ORNELLAS,2006) Por serem muito perecíveis, as aves são geralmente preparadas de véspera, sendo acrescentadas a alguns temperos, que por sua vez, são responsáveis por conferir um melhor sabor a elas, como por exemplo o vinagre, vinho, alho, sal e a pimenta. Porém, sempre dando preferência para as carnes novas, por serem mais macias, possuírem uma melhor digestão, menos tecido conjuntivo e menos gordura. Embora tenham diversas formas de cocção, é necessário ter atenção às características de cada um desses métodos, como: o tempo de preparo, a temperatura ideal a ser utilizada, a forma de amaciamento, a perda gerada na limpeza, o tipo de tempero e etc. (PHILIPPI, 2006) Os pescados, por sua vez, são todos os animais aquáticos que servem de alimento para o homem. Podem ser classificados como: peixes, mariscos, cetáceos e quelônios. Os peixes, assim como as aves, são excelentes fontes de proteína. Além disso, possuem um baixo teor de gordura, porém, existe uma que é muito utilizada pelo ser humano, sendo facilmente encontrada compondo a dieta de atletas. Um ácido graxo poli-insaturado essencial, conhecido como Ômega 3, sendo um ótimo combatente do triglicerídeo e do colesterol, possuindo extrema eficácia nos e feitos anti-inflamatórios. (PHILIPPI, 2006) Semelhante às aves, os peixes são alimentos muito perecíveis, sendo necessário um armazenamento cauteloso. É comumente visto inteiro, eviscerado ou envolto em filme plástico. Porém, a única forma de manter o pescado livre de contaminação é o congelamento, não sendo recomendado o recongelamento do mesmo. Já sua cocção também varia, podendo ser consumido: cru, marinado, assado, frito, no vapor, dentre outros métodos. Além de ter pouco tecido conjuntivo, possui um baixo tempo de preparo e uma temperatura abaixo da ebulição para seu cozimento (próximo de 60°C), sendo um alimento feito de forma rápida, porém, não muito simples. (KÖVESI, 2007) Em relação ao momento da compra das aves e pescados, é interessante estar atento às condições de higiene do estabelecimento. O funcionário que manuseia as carnes deve estar de luvas, uniforme e os cabelos presos, utilizando uma touca ou gorro. Os peixes devem estar firmes, com aparência e odor característicos e guelras vermelhas. As aves, por sua vez, não podem apresentar manchas esverdeadas, azuladas e mau cheiro, o que indica deterioração. A carne deve estar firme, com uma coloração amarelada, brilhante e com o dor suave. (ORNELLAS, 2006) 2. OBJETIVO As aulas práticas, teve como objetivo conhecer as diferentes técnicas que são utilizadas nas preparações de carnes, aves e pescados, permitindo a análise e preparação de diversas receitas que envolvessem diferentes tipos de cortes, temperatura de cocção, o melhor preparo para cada corte realizado e saber a importância do controle de qualidade de cada alimento. 3. MÉTODOS DE COCÇÃO Cocção é um processo onde os alimentos sofrem a ação do calor, em outras palavras, “cozimento”. Ao cozinhar um alimento você quebra as fibras existentes nele, facilitando a digestão do mesmo. Nesse processo, a cor, o sabor, e o odor dos alimentos, são alterados, ou seja, sofrem modificações químicas. Os métodos de cocção são técnicas fundamentais para a produção de pratos de ótima qualidade. Ao executá-los de maneira correta, é possível concentrar ou extrair o sabor do alimento. Alguns métodos de cocção: - Assar (rôtir): cocção de um alimento feito em forno. Geralmente aplicada a corpos que possuem gordura, pois suportam fortes temperaturas sem queimar. Durante o período de cocção, deve-se regar e virar o alimento para algumas partes não ressecarem. O tempo de cocção irá variar de acordo com o tamanho do alimento. Usado em: carnes bovinas, suínas, aves, peixes, legumes, batatas, frutas e massas. - Cozer em vapor: cocção do alimento sobre o vapor d’agua. Usado para conservar o sabor e os nutrientes do alimento. Utiliza-se esse método com peixes, carnes, aves, legumes, batatas e cereais. - Cozer em forno: cocção do alimento ao forno, sem usar liquido ou qualquer corpo gorduroso. A temperatura e o tempo no forno irão variar de acordo com o tamanho do alimento, e com a receita. Usado para preparar batatas, tortas, bolos, massas, pizzas, pão de queijo e etc. - Ferver: cocção dos alimentos pela ação do calor, transmitido através do liquido de cozimento. Sem tampa (caldos, fundos e consommés), com tampa (batata, e leguminosas). - Fritar: cocção do alimento utilizando manteiga, óleo, leite ou qualquer outro ingrediente gorduroso. É aconselhável gordura suficiente para cobrir o alimento, não tampar a panela para não amolecer o alimento, e que seja consumido imediatamente. - Gratinar: usado para formar uma crosta sobre o alimento. Feito em forno, ou salamandra, com a temperatura bem alta, e sobre o alimento a presença de queijo ralado, farinha de rosca e etc. - Grelhar: processar o alimento no calor através de uma grelha. Usado para fechar os poros das carnes, e consequentemente evitar a saída do seu suco. - Pocher: cocção em água sem chegar ao ponto de fervura, ou cocção de ovos sem a utilização de gorduras. Temperatura da água não pode passar de 80º. 3.1 MÉTODO DE COCÇÃO: AVES Presta-se a diversos métodos de cocção, observando-se sempre a textura e suculência da carne, porém variam de acordo com o tipo de ave, idade, tamanho e corte escolhido. Em geral, para aves mais jovens e jovens, são usados métodos de cocção secos como assado rápido, grelhado, salteado e fritura, porém métodos de cocção úmida são proveitosos por combinarem o sabor das guarnições e aromáticos com o sabor delicado dessas carnes. . Para carnes mais firmes, é preciso equilibrar o tempo de cocção com o método usado, sendo que métodos secos já citados são usados para simplesmente dar ponto ao produto ou cozinhar lentamente (assados) até que estas fiquem macias. Para esse tipo de carne, a cocção mais adequada é úmida ou combinada, por manter a carne suculenta e amaciar com mais facilidade – fervura branda (simmer), braseados, guisados, estufados ou poêler. 3.2 ABATIMENTO E TÉCNICAS DE CORTES DE FRANGO O abate e o processamento de carcaças de frango de corte decorrem desde o momento em que as aves chegam à plataforma de recepção no abatedourode aves, até a obtenção das carcaças. As principais finalidades do abate de aves e do processamento da carne são: - Remover componentes indesejáveis, como sujidade e contaminados (como é caso de sangue, pés, penas e vísceras); - retardar o desenvolvimento de micro- organismos e diminuir sua contaminação, especialmente os patógenos, tornando o alimento apto para o consumo. Quanto às etapas do abate, é dividida em dez: 1. Recepção; 2. Pendura; 3. Atordoamento; 4. Sangria; 5. Escaldamento; 6. Depenamento; 7. Evisceração; 8. Corte dos pés; 9. Resfriamento; 10. Gotejamento. No que diz respeito ao destino das vísceras, os miúdos (coração, moela e fígado) podem ser usados para fabricação de produtos enlatados, ou comercializados in natura. O fígado não deve ser congelado, pois torna-se muito friável após descongelado. As vísceras não comestíveis devem ser adicionadas aos produtos que serão transformados em farinha de carne. Quanto ao processamento da carne, as carcaças são classificadas e embaladas como peça inteira ou cortes. As carcaças mais perfeitas são embaladas inteiras, as de aparência estranha (com manchas de sangue, por exemplo) são destinadas ao corte. 3.2 MÉTODO DE COCÇÃO: PESCADOS Cru – muito utilizado na culinária japonesa, vários peixes ficam muito bem servidos crus, em sashimis, sushis e tartares, por exemplo. . Neste caso é ainda mais importante que o peixe seja fresco e que seja manipulado apenas minutos antes de ser servido. . Marinados (cozido em suco de ácidos) – método no qual o peixe fica “mergulhado” em um suco de ácidos (cítrico ou acético) e, sem o uso de calor, termina “cozinhando” pela acidez do suco. Essa acidez previne o crescimento de microrganismos e amacia as fibras ao penetrá-lo. . Os outros elementos usados contribuem no sabor da receita. Um exemplo de preparação de peixe marinado é o ceviche. . Curado – A cura é a técnica usada tanto para a preservação como para alterar o sabor dos alimentos e se adapta muito bem a variados tipos de peixe (exemplo: salmão). Alguns processos de cura envolvem também a defumação. O peixe pode ser curado no sal (cura seca) ou também em misturas de sal e cítricos (cura úmida). . Defumado – a defumação resulta em sabor acentuado e com uma consistência bem diferente do peixe fresco. . Escalfado (poché) – método ideal para alimentos naturalmente tenros. O peixe é cozido em líquido aromatizado, sem deixar ferver. . Grelhado (e chapeado) – método ideal para peixes mais gordos, pois o alto calor da grelha ou da chapa derrete bem a gordura, fazendo com que o peixe fique extremamente macio por dentro, sem ficar ressecado. Muitos peixes nesse método de cocção são preparados com a pele. . Assado – peixes mais gordos ficam ótimos quando assados, a gordura previne o ressecamento; pode-se assar peixes magros, com alguns cuidados. No vapor – é cozido diretamente no vapor de um líquido. Peixes de carne delicada ficam perfeitos neste método. Conserva muito bem o sabor do peixe sem o risco de ressecá-lo. Os peixes delicados são os mais apropriados para esse tipo de cocção. Exemplos de peixes bons para o cozimento ao vapor: linguado, congrio rosa, badejo, namorado, mero, cherne, garoupa, tilápia, pargo, vermelho, pescada cambucu. . Papillote – é embrulhado em papel-alumínio ou papel-manteiga, com um pouco de líquido aromático para que haja formação suficiente de vapor. Os Papillotes podem conter também outros elementos, por exemplo legumes em julienne. O Papillote deve ser aberto de preferência à mesa, para que todos possam sentir os aromas desprendidos quando o pacote é aberto. . Frito – método muito usado, ideal para filés finos (inteiros ou cortados em iscas) e peixes pequenos. Deve-se proteger a carne do peixe com algum tipo de empanamento. O sabor do empanamento e do óleo usado na fritura mascaram um pouco o sabor do peixe. . Ensopado – adequado para peixes de carne mais firme, como o cação. Peixes muito macios desmancham quando preparados dessa maneira. Mesmo os peixes de carne mais firmes não devem ser cozidos por muito tempo, para não ressecar e nem endurecer a carne. . 3.3. MÉTODO DE COCÇÃO: CARNES Sabe-se que as características sensoriais da preparação variam de acordo com a espécie trabalhada, idade, sexo, fatores fisiológicos, ambientais, forma como se deu o abate, corte e método de cocção utilizado. Foi possível analisar que a carne bovina, pode ser categorizada a partir do posicionamento do corte, dianteiro e traseiro. O corte dianteiro apresenta maior teor de gordura e proteínas do tecido conectivo, que é responsável pela sustentação do animal por serem mais rígidas e devem passar por longos períodos de cocção. Por outro lado, a carne obtida a partir do corte do músculo traseiro é mais macio, necessitando de menor tempo de cocção. Alguns tipos de cortes de carnes: Acém - Localizado entre o pescoço e o filé da costela considerado um dos cortes mais macios da porção dianteira. É considerado ainda como um corte magro que apresenta tecido conjuntivo e veios de gordura externa. Para o preparo do acém se recomenda a utilização de métodos de cocção que utilizem calor úmido ou misto, a fim de evitar que ocorra um ressecamento demasiado. Como exemplo de métodos de cocção que utilizem calor úmido ou misto tem-se ensopados, sopas, assados com coberturas, cozidos, carne moída, refogados, bifes de panela, carnes recheadas ou preparadas com molho, picadinhos. Alcatra - A alcatra é subdividida em 3 cortes; picanha, maminha e miolo de alcatra. Portanto, o método indicado para o corte em questão varia de acordo com a subdivisão, conforme descrito nos tópicos referentes a cada uma delas. Contra filé - Apresentando tecido conjuntivo em pontos específicos, o corte é considerado macio e saboroso (devido à presença de gordura lateral). Contudo, apresenta ainda um nervo próximo à porção da alcatra e outro presente na lateral externa, que devem ser removidos antes do preparo para que não se comprometa a qualidade da preparação final. Para este corte, sugere-se a utilização do calor seco, com curta duração, o que evita a ocorrência da retração da carne ou mesmo a perda de suculência. É indicado para o preparo de carne assada, frita, grelhada, à milanesa, empanada, rosbife, bife, picadinho, estrogonofe, medalhões e churrasco. Vale ressaltar que ao grelhar ou fritar recomenda-se a utilização de cortes menores para que a suculência não seja perdida Capa de filé - Apresentando grande quantidade de tecido conjuntivo e grandes feixes de fibras musculares, indica-se seu uso em preparações que utilizem calor úmido com elevado tempo de preparo e sob temperatura amena. Pode ser utilizado no preparo de molhos, ensopados, refogados, assados com cobertura, churrascos (distante do calor), picadinhos. Coração de paleta - Comfibras curtas e magras, o coração da paleta pode ser empregado em preparações que utilizem calor seco, sob temperatura moderada para evitar possível ressecamento; ou ainda calor misto e úmido a fim de obter preparações suculentas e saborosas. É uma boa opção para preparo de carne assada, carne assada com molho, carne recheada, cozido, ensopado. Costela - Com elevado teor de tecido conjuntivo, ossos e gordura (que contribuem para a existência de sabor e aroma característico) deve ser utilizado em preparações que se empregue calor seco sob longo período de tempo, abrandando as fibras e obtendo uma coloração superficial atrativa. É possível ainda utilizar calor úmido que propiciam a geleificação do colágeno e hidratação do corte. Portanto, sugere-se que se utilize a costela no bafo da churrasqueira, ensopado, guisado ou ainda cocção em estufa. Costela dianteira - Encontrado na dianteira do animal, trata-se das 5 primeiras costelas, é cercada por ossos e gordura, que são componentes fundamentais para a obtenção de sabor, textura e armas característicos do corte. A costela dianteira apresenta ainda elevado teor de tecido conjuntivo. Este corte pode ser utilizado em preparações com uso de calor seco ou úmido, por longo período de tempo, como bafo da churrasqueira, ensopado e guisado. Coxão mole - Trata-se de um corte magro com fibras curtas e que por poder ser trabalhado sob calor seco, misto e úmido é bastante versátil. Contudo, por ser um corte magro, o uso de cobertura ou o emprego da técnica de selagem anterior ao emprego do calor úmido são essenciais. Portanto, sugere-se que se prepare à milanesa, ou ainda assado (envolto em papel alumínio), bife enrolado. Coxão duro - Sendo um corte magro e com elevada quantidade de tecido conjuntivo o coxão duro é consideravelmente rijo, sendo necessária a aplicação de calor misto ou úmido para que se obtenha preparação final com características agradáveis. Logo, pode ser utilizado no preparo de caldos, sopas, cozidos, ensopados, moído. Cupim - Constituído por fibras que são entremeadas por gordura o cupim requer uma cocção lenta e úmida, sob temperatura branda. O cupim pode ser utilizado no preparo de grelhado (quando revestido por papel alumínio); cozido previamente em panela de pressão e em seguida, revestido em papel alumínio deve ser levado ao forno. Filé Mignon - O Filé Mignon é um corte magro, que apresenta alguns veios de gordura e reduzida quantidade de tecido conjuntivo e por consequência é consideravelmente macia. Todavia, este corte carece de ser preparado associado a temperos e molhos devido à reduzida presença de componentes responsáveis pelo aroma e pelo sabor. Indica-se o emprego de calor seco, em cocção de curta duração, como ocorre ao assar, grelhar, fritar, e ainda ao preparar churrasco Fraldinha - Com elevado teor de gordura e de tecido conjuntivo, a fraldinha requer a retirada do tecido conjuntivo e gordura aparente. Deve ser empregado em preparações que utilizem calor seco, misto e úmido, por tempo prolongado e sob temperatura amena. Seu uso é aconselhado par ao preparo de assado, assado em churrasqueira (longe da brasa), assado de panela, ensopado. Lagarto - Apresentando gordura e tecido conjuntivo na parte externa, apresenta coloração clara, fibras longas e finas e baixo teor lipídico (quando retirada a gordura e tecido conjuntivo externo), devendo portanto ser utilizado calor misto ou úmido durante seu preparo, como se observa ao assar, ou ainda no preparo de rosbife e carpaccio. Maminha - A maminha é macia, suculenta e apresenta sabor suave. Sua cocção deve ser rápida e pode ser feita sob calor misto ou seco, como ocorre ao assar, assar em churrasqueira, grelhar e brase. Miolo de alcatra - O miolo de alcatra apresenta fibras curtas e reduzido teor de gordura. Este corte é bastante versátil, podendo ser utilizado sob calor seco, misto e úmido, desde que respeitando a preservação de ao menos 1 cm de espessura, para que a suculência seja mantida. Sugere-se que ela seja preparada como bife, iscas, cubos a serem submetidos ao calor seco, misto ou úmido. Patinho - Este corte possui reduzido teor lipídico, feixes de fibras finas e curtas, e assim como o coxão duro faz-se necessária a aplicação de calor misto ou úmido para que se obtenha preparação final com características agradáveis, podendo ser utilizado no preparo de cozidos, carne moída, caldos, ensopados, bolo de carne, almôndega. Peito Bovino - Formado por músculos, fibras grossas e compridas e com grande quantidade de gordura. por apresentar elevada tecido conjuntivo em sua constituição o cozimento deste corte deve ser lento em calor úmido, sob temperatura amena. O peito pode ser utilizado no preparado de cozido, caldos, sopas, enrolados com temperos, assado com molho, refogado, grelhada revestido em papel alumínio. Picanha - A picanha apresenta gordura entremeada e externa ao seu corte. Apresenta ainda por feixe de fibras finas e com pequena quantidade de tecido conjuntivo, que por formar uma membrana na porção inferior do corte deve ser retirada antes de utilizada para que a carne não encolha nem perca a suculência. Estas características tornam o calor seco uma boa opção de cocção. Calor esse que deve a princípio ser elevado, favorecendo a formação de uma crosta externa dourada que auxilia a reter a suculência da preparação; e posteriormente a temperatura deve ser reduzida para que o interior atinja a temperatura desejada e a superfície não resseque em demasia. A picanha é comumente utilizada no preparo de carne assada, em churrasco, carne grelhada e frita, carne de panela. Raquete - Constituída por feixes de fibras musculares longas e largas, com elevada quantidade de gordura, responsável pelo sabor característico de preparações que utilizem esse corte, deve ser trabalhada em calor úmido, baixa temperatura por longo período de tempo, como em ensopado, molhos, cozidos, assados, bifes e guisado. Pescoço - Constituído por elementos semelhantes aos apresentados pelo peito, uma vez que se trata da continuação do corte supracitado, o pescoço pode ser utilizado nas mesmas preparações que o peito que empregado, também em cozimento lento, calor úmido e temperatura amena. O pescoço pode ser empregado no preparo de cozidos, caldos, sopas, enrolados, assado com molho, refogado, grelhada revestido em papel alumínio, guisados, ensopado. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Para o melhor aproveitamento da carne deve-se conhecer primeiramente a estrutura muscular e o corte desejado, para que posteriormente, seja feita a escolha do método de cocção e as técnicas culinárias mais adequadas. Sabe- se que a estrutura muscular e a sua composição variam dependendo do sexo, idade e alimentação do animal, e isso acaba por influenciar na textura do alimento. No entanto, as frações proteicas e lipídicas são responsáveis por dar além e textura: maciez nos cortes e sustentação à o animal. (ARAÚJO et al., 2014) 5. CONCLUSÃO Foi possível conhecer diversos tipos de carnes, aves e pescados sendo observado a coloração de cada uma, a textura e aromas característicos, antes e depois do preparo. Conclui-se que para cada alimento há uma forma de cocção adequada. Cada preparação é feita a partir de métodos de cocção distintas, com o objetivo de manter suas propriedades químicas. Além de evitar que haja algum tipo de perda nutricional. Também vale ressaltar a grande importância do usoda ficha técnica que é essencial para que não haja desperdício dos alimentos utilizados em aulas práticas. 6. REFERÊNCIAS 1. A FANTÁSTICA ciência da comida. Revista superinteressante, 188-D, 65 p., jun. 2003 2. ARAÚJO, et al. Alquimia dos alimentos. 2. ed. Brasília: Senac, 2014. 3. FIELD, R. A. Mechanically recovered meat. In: Encyclopedi a of Meat Science. (2004). San Diego, CA: Academic Press, 720 -727. 4. KÖVESI, B. et. al. 400g: técnicas de cozinha. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2007. 5. OLIVEIRA, J. D. et al. Fatores determinantes da qualidade nutricional da carne bovina. Cadernos de Graduação - Ciências Biológicas e da Saúde. 2013. 6.ORNELLAS, L.H. Técnica Dietética: seleção e preparo de alimentos. 8ed, São Paulo: Atheneu, 2006. 7. PEDREIRA, A. C. M. S. Enzimas proteolíticas de plantas usadas no amaciamento da carne: bromelina, ficina e papaína. 20 01. Disponível em: <http: //www.beefpoint.com.br/radarestecnicos/qualidadedacarne/enzimasproteoliticas -de-plantas-usadas-no-amaciamento-da-carne-bromelina-ficinaepapaina4977/>. Acesso em: 19/05/2016. 8. PHILIPPI, S. T. Nutrição e técnica dietética. 2. ed. rev. e atual. Barueri, SP: Editora Manole, 2006.
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