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AULA 03 AGLOMERANTES INTRODUÇÃO

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Materiais de Construção: 
Aglomerantes
Prof. Rafaella Silva de Lima
MKT-MDL-02
Versão 00
Aglomerantes – Definição e 
Classificações
• Definição:
Material ligante, geralmente pulverulento, que promove a 
união entre os grãos dos agregados. Os aglomerantes são 
utilizados na obtenção de pastas, argamassas, e 
concretos.
• Classificação quanto ao modo de endurecer:
• Quimicamente inertes:
Endurecem por simples secagem. Ex: argilas, betumes.
• Quimicamente ativos:
Endurecem pela ação de reações químicas. Ex: cimento 
Portland, Cal aérea
MKT-MDL-02
Versão 00
Aglomerantes – Classificações
• Quimicamente ativos: Endurecem devido a reações 
químicas.
• Aéreos – Necessitam da presença do ar para 
endurecer;
• Hidráulicos – Não necessitam da presença do ar para 
endurecer;
• Hidráulicos simples;
• Hidráulicos compostos;
• Hidráulicos mistos;
• Hidráulicos com adições.
Aglomerantes – Classificações
• Classificação quanto a relação com a água:
• AÉREOS: Depois de endurecidos, não resistem bem 
quando imersos na água. Devem ser usados apenas 
em contato com o ar. Ex.: Cal aérea, Gesso de Paris.
• HIDRÁULICOS: Depois de endurecidos, resistem bem 
a água. O endurecimento dos aglomerantes 
hidráulicos se dá por ação exclusiva da água (reação 
de hidratação). Ex.: Cal hidráulica, Cimento 
aluminoso, Cimento Portland.
Aglomerantes – Classificações
• AGLOMERANTES HIDRÁULICOS SIMPLES:
• Um único produto aglomerante, não tendo mistura. Ex.: 
Cimento Portland (CP I); Cimento aluminoso; Gesso 
hidráulico; Cal hidráulica.
• AGLOMERANTES HIDRÁULICOS COMPOSTOS:
• Misturas de um aglomerante simples com subprodutos 
industriais ou produtos naturais de baixo custo. Ex.: CP 
IV - mistura de cimento Portland com pozolana; CP III 
- mistura de cimento Portland e escória; CP II F -
mistura de cimento Portland e pó de calcário.
Aglomerantes – Classificações
• AGLOMERANTES HIDRÁULICOS MISTOS:
• Mistura de dois aglomerantes simples. Ex.: Gesso com Cal aérea; 
Mistura de CP com cimento aluminoso – tem pega muito rápida.
• AGLOMERANTES HIDRÁULICOS COM ADICÕES:
• Aglomerantes hidráulicos simples + adições para modificar certas 
características.
• Diminuição: permeabilidade, calor de hidratação, retração ou 
preço.
• Aumento: resistência a agentes agressivos, plasticidade ou 
resistência a baixas temperaturas.
• Dar coloração especial.
Aglomerantes
• Termos e Definições:
• Pega - período inicial de solidificação pasta;
• Início de pega – Momento que a pasta começa a 
endurecer;
• Fim de pega - Momento que a pasta já está 
completamente sólida
• Endurecimento – Período de tempo em que o material
ganha resistência, mesmo após o final de pega.
Aglomerantes - Classificações
• Classificação AFNOR:
O concreto ou argamassa deve estar aplicado e adensado dentro 
das formas antes do início da pega.
AGLOMERANTE TEMPO DE INÍCIO 
DE PEGA
EXEMPLO
De pega rápida Menos de 8 minutos Gesso
De pega semi-lenta De 8 a 30 minutos Cimentos naturais
De pega lenta
De 30 minutos a 6 
horas
CP
Cimento Pozolânico
Cal aérea
Ensaios – Aparelho de Vicat
• Tempo de pega
• Ensaios
• (MB-3433, NM 43) - Determinação da Água da Pasta 
de Consistência Normal
• (MB-3434) - Determinação dos Tempos de Pega
Aparelho de Vicat
Aparelho de Vicat
Início de pega =
tempo até que a
agulha de Vicat
penetre na pasta
(4+1)mm da base
ESCALA
amostra = 500 g de
cimento e água =
pasta consistência
normal, NM43
Define-se os tempos de pega como o intervalo de tempo
transcorrido desde a adição de água ao cimento
Aparelho de Vicat
Final de pega =
tempo até que
acessório anular
não provoque
nenhuma marca
Agulha com
acessório anular
para verificação 
do final de pega
Aglomerantes – Classificação
• Segundo a AFNOR, quanto ao tempo de pega:
O concreto ou argamassa deve estar aplicado e
adensado dentro das formas antes do início da pega.
Aglomerante – Massas
• Massa Específica: ME = Massa / volume real
• Massa Unitária: MU = Massa / volume aparente
(Volume aparente inclui os vazios entre os grãos)
Aglomerantes - Massas
• Massa Específica: ME = Massa / volume 
real
NBR NM 23 
Massa específica de materiais em pó é 
determinada utilizando o frasco de “Le 
Châtelier” e balança de precisão.
Frasco 
volumétrico 
de Le 
Chatelier
Superfície Específica
• Superfície Específica: SE
SE = áreas dos grãos / MU
• Área dos grãos: soma áreas todos os grãos contidos na 
UM. Área dos grãos calculada a partir do diâmetro 
médio das partículas determinado pelo permeâmetro 
Blaine.
Permeâmetro de Blaine
• Caracteriza a finura, Quanto maior o valor do 
Blaine, mais fino é o pó do aglomerante, 
mais rápida é sua hidratação.
• K é a constante do aparelho;
• ε é a porosidade da camada;
• t é o tempo medido (s)
• ρ é a massa específica do cimento (g/cm³)
• ŋ é a viscosidade do ar à temperatura do 
ensaio – tabela da norma (Pa/s)
• S é a superfície específica
Aglomerantes Aéreos
• Depois de endurecidos, não resistem bem quando 
imersos na água.
• Devem ser usados apenas em contato com o ar.
• Em geral precisam de componentes do ar para 
endurecer.
• Exemplos principais: Cal aérea, Gesso
Aglomerante Aéreo – Cal
• É o produto resultante da calcinação de pedras calcárias 
a uma temperatura inferior ao do início de sua fusão 
(cerca de 900 °C).
Aglomerante Aéreo – Cal
Produção da Cal
Calcinação da Cal
• Forno intermitente simples a lenha ou carvão
• Forno de barranco
Calcinação da Cal
• Forno vertical contínuo
• Tempo de operação: 36 horas.
Calcinação da Cal
• Forno horizontal contínuo giratório: Permanência no 
forno por 5 horas. Equipamentos muito flexíveis.
Hidratação da Cal – Ca(OH)2
Cal em final de hidratação em
caixa de madeira, típica de
obra.
Industrias: Equipamento 
vertical para hidratação de cal.
Cal – Usos em Argamassas
Areia + cal hidratado + cimento 
Portland + água
• Assentamento de blocos ou 
tijolos cerâmicos;
• Chapisco;
• Revestimento bruto –
emboço.
Cal – Usos em Argamassas
• Cal hidratado + água:
• Revestimento fino – reboco (calfino)
Aglomerante – Gesso
• Produto da desidratação parcial da gipsita.
CaSO4. 2H20
• É um aglomerante aéreo, não suporta contato com a 
água após endurecido.
Aglomerante - Gesso
• Gipsita
Gesso
• Prosseguindo o aquecimento além dos 200 °C:
• 200 °C: anidrita solúvel - muito higroscópica, (absorve 
umidade ao ar, transformando-se em hemidrato.
• 600 °C: anidrita insolúvel - praticamente inerte, 
endurecendo lentamente quando em contato com água.
• 1.000 a 1.200 °C: GESSO DE PAVIMENTACAO endurece 
em 12 a 14 h, também chamado GESSO LENTO ou GESSO 
HIDRÁULICO, resistência 100% superior ao gesso de 
Paris.
Gesso – Produção
• Extração de Gipsita
Gesso – Produção
• Forno tipo Panela (em extinção)
• anelões de aço circulares, abertos, com grande 
diâmetro e pequena altura.
• Normalmente assentados sobre uma fornalha de 
alvenaria, utilizam lenha para combustão. Pás 
agitadoras homogeneízam a calcinação e os controles 
de temperatura e tempo de residência do material no 
forno são realizados empiricamente, através da 
observação visual.
Forno tipo Panela
Gesso – Produção
• Forno Tipo Marmita
• Panelões fechados (cubas), onde o calor gerado na 
parte inferior é conseguido com a queima de óleo BPF 
ou lenha.
• A temperatura pode ser controlada através de 
pirômetros.
• Um sistema de palhetas internas, na cuba, garante a 
homogeneidade do material.
Forno Marmita
Gesso – Produção• Forno Rotativo
• Tubo giratório de aço, revestido internamente com 
material refratário, de grande extensão e pequena 
inclinação.
• O minério moído entra em contato direto com a chama, 
que sai do maçarico, no lado da alimentação.
• O minério sendo calcinado desce, por gravidade, toda a 
extensão do forno e o tempo de residência é controlado 
pela velocidade de rotação do tubo
Forno Rotativo
Gesso - Produção
• Forno Tipo Marmita Giratório
• Tubo giratório de aço, com interior revestido com 
material refratário. Extensão depende do volume de 
produção.
• Operação intermitente.
• O minério moído não entra em contato direto com a 
chama.
• Podem ser controlados por computadores ou operados 
empiricamente. Podem ter controle de tempo, 
temperatura, perda de massa e controlar a pressão 
interna.
Forno Mamita Gieratório
Gesso no Brasil
Gesso - Propriedades
• Pega rápida – minutos
• Solúvel em água após endurecido
• Resistência mecânica diminui com o teor de umidade
• Grande coeficiente de dilatação térmica (2 x concreto)
• Baixa condutibilidade térmica (isolante)
Gesso - Propriedades
• O gesso é atacado bactérias redutoras de sulfato, que 
utilizam o sulfato como agente oxidante, reduzindo-o a 
sulfeto;
• É corrosivo ao aço.
Gesso - Drywall
• Chapas fabricadas por processo de laminação 
contínua de uma mistura de gesso, água e aditivos 
entre duas lâminas de cartão.
• NBR 14715:2001, NBR 14716:2001 e NBR 14717:2001.
Gesso - Drywall
Gesso - Drywall

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