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VANTAGENS DO USO DA VERMICULITA EXPANDIDA NA CONSTRUÇÃO CIVIL SOUSA, Janaíne Mônica de Oliveira1; PARADA, Joaquim Orlando2; SANTOS, Lumara Silva3; SILVA, Paulo Henrique Correia4; ROCHA, Rafael Straioto5; BORGES, Rafaella de Oliveira5. 1Mestre em Integridades de Materiais da Engenharia pela Universidade de Brasília (UnB), Brasília, Distrito Federal, Brasil. Docente na UniEVANGÉLICA, Campus Ceres, E-mail: monica.janaine@gmail.com. 2Mestre em Estruturas pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, Goiás, Brasil. Docente na UniEVANGÉLICA, Campus Ceres, E-mail: joaquim.parada@unievangelica.edu.br. 3Graduanda em Engenharia Civil na UniEVANGÉLICA, Campus Ceres, E-mail: lumaramotaa@gmail.com. 4Graduando em Engenharia Civil na UniEVANGÉLICA, Campus Ceres, E-mail: paulohenriquecic@gmail.com. 5Graduando em Engenharia Civil na UniEVANGÉLICA, Campus Ceres, E-mail: straiotorafael07@gmail.com. 6Graduanda em Engenharia Civil na UniEVANGÉLICA, Campus Ceres, E-mail: rafaellaoliveira58@gmail.com. Resumo: A vermiculita expandida é um mineral da família da mica, sendo formada por silicatos hidratados de magnésio, alumínio e ferro, tendo uma estrutura micáceo-lamelar, sendo um mineral utilizado na construção civil, podendo trazer benefícios quando, por exemplo, aplicado em edificações junto com argamassas de revestimento, se torna um isolante termo acústico ou quando adicionado a diferentes materiais obtém-se uma argamassa leve sendo realizado um ensaio em laboratório. Pode também ser utilizada na fabricação de peças pré-moldadas para a destinação em edificações. Devido a sua estrutura lamelar possui propriedades que acabam se tornando interessante a sua utilização, devido as fortes ligações de seus átomos formando laminas. Palavras-chave: Argamassa. Construção Civil. Vermiculita Expandida. INTRODUÇÃO Esta pesquisa buscar destacar as vantagens em se utilizar a vermiculita expandida na construção civil, através do estudo de suas características estruturais, evidenciando também as suas propriedades físicas e mecânicas. A vermiculita é um mineral da família da mica, formada por três tipos de silicatos hidratados, sendo eles o magnésio, alumínio e ferro de composição química , possuindo uma estrutura micáceo-lamelar e de clivagem basal. A vermiculita pode ser utilizada para designar comercialmente um grupo de minerais micáceos, formados por uma variedade de 19 tipos de silicatos hidratados de magnésio, alumínio, ferro e outros elementos. (UGARTE, et al., 2005, p. 865) De acordo com Ugarte et al (2005 p. 865), a origem do nome Vermiculita vem do latim “vermiculus” que significa pequeno verme, fato que pode ser observado quando o material é aquecido e expandido, pois, as suas partículas se movimentam de forma semelhante a um verme. Atualmente no que se referem às jazidas deste mineral alguns países se destacam como comerciantes desse produto, sendo que o Brasil ocupa o 4° lugar no ranking mundial na produção e venda de vermiculita em grandeza de 6%. As expectativas de mercado do produto vêm aumentando a cada dia, uma vez que a tendência é de que esse mercado chegue a outros países de primeiro mundo. Estados Unidos e África do Sul passaram a dividir mercado com novos fornecedores como Zimbábue, Austrália, Índia e China sendo essa ultima nação, um grande concorrente mundial, pois 50% de seu mercado se destina a países como Japão e Coreia do Sul. O Brasil detém 11% de reservas de vermiculita, possuindo uma produção interna de 35%, tendo os estados de Goiás, seguido de Piauí, Bahia e Paraíba como regiões em que há tal minério. (UGARTE, et al., 2005, p. 866). Mineral encontrado no Brasil, não contem asbestos, o que eleva o valor da vermiculita, pois, assim se torna um material adsorvente/absorvente, ou seja, um material que possui dupla finalidade de utilização, como na adesão de certo fluido a superfície da vermiculita e como absorvente em que a vermiculita absorverá todo ou grande parte do fluido que estiver presente na sua composição, sendo um elemento existente em argamassas, devido a tais características. (LIMA, 2008, p. 21). De acordo com Ugarte et al (2005, p. 867) ; Catai et al (2006, p. 4209); Martins (2000, p.36) é possível observar na tabela abaixo algumas propriedades físicas e mecânicas da vermiculita expandida: Propriedades Físicas e Mecânicas da Vermiculita. Massa especifica 100-130 kg/m3 Dureza 2,1-2,8 mohs (não abrasivo) Ponto de fusão 1370°C Combustão Incomburente Solúvel em água Insolúvel Decomposição Não se decompõem Odor Inodoro Deterioração/apodrecimento Não Fonte: Martins (2000), Ugarte (2005), Catai (2006). Já segundo Silva (2015, p.39) a seguir são apresentadas algumas características técnicas da vermiculita: Características Técnicas da Vermiculita. Granulometria Super fina Massa especifica aparente 80-150 kg/m3 Condutividade térmica 0,070 W/m.k Temperatura de amolecimento 1260°C inicial/ 1350°C final Umidade máxima 7,0 % Fonte: Silva (2015). Pode ser aplicada também para a remoção de camadas de poluentes de petróleo em superfícies de águas contaminadas, na forma de hidrofobização, gerando uma melhor purificação da água, sendo assim também utilizada com o cimento para cimentação de poços de petróleo. (LIMA, 2008, p. 21-22). O mercado disponibiliza a vermiculita no aspecto de blocos na forma de concreto leve ou até mesmo através de mistura de água, cimento portland e vermifloc, obtendo uma argamassa leve e com uma resistência a compressão de até 0,7 MPA. A vermiculita pode apresentar diferentes tipos de nomenclaturas devido a cada tipo de produção e produtor. Quando aplicado a termos de isolamento termo acústico a vermiculita expandida apresenta maior utilidade, pois apresenta várias particularidades dado que tais fatores acontecem por que cada floco da vermiculita aprisiona o ar no seu interior, promovendo assim tais isolamentos, podendo ser explicada pela baixa condutividade térmica do material em temperatura ambiente, baixa propagação sonora com coeficientes de redução de ruídos superior a 60%. Muito empregada em paredes, forros, assoalhos, cobertura de abóbodas de fornos e estufas, casas noturnas, edificações que precisam ter um revestimento que gere o isolamento acústico e térmico. Por vezes a vermiculita não vem em forma de argamassa e sim no formato de blocos pré-moldados que possuem dimensões métricas e placas de aglomerados com miolo de chapas metálicas para uso em divisórias. (UGARTE, et al, 2005, p. 880). METODOLOGIA Após uma vasta revisão bibliográfica básica em artigos científicos, dissertações de mestrado, publicações de TCC, tese de doutorado, Google Acadêmico, Scielo, sobre o assunto realizou-se um ensaio em corpo de prova que demonstra a produção de argamassas leves para a confecção de contra pisos de lajes em edifícios com vermiculita, possuindo um traço de Vermiculita: Cimento: Água (), sendo que esta mistura quando curada deve apresentar uma massa específica de até 700 kg/m3, e para a realização laboratorial foi feito um traço (), de vermiculita: cimento: água, em que foi misturado incialmente á agua e o cimento e logo após, aos poucos foi se adicionado a vermiculita. Por fim tal argamassa foi inserida em um corpo de prova com dimensões de 13 cm de altura por 10 cm de diâmetro, com o tempo de cura de 7 dias. Logo após este prazo o bloco de vermiculita foi ensaiado para a determinação de sua massa específica, obtendo os dados comprobatórios das discussões. Foto 1: Argamassa com vermiculita. Fonte: Elaborada pelos autores. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foto 2: Argamassa com vermiculita. Fonte: Elaborada pelos autores. Foto 3: Argamassa convencional. Fonte: Elaborada pelos autores. Após o processo de cura da argamassa com vermiculita foram realizadas medições e determinada a sua massa específica, para comparação foi utilizada um corpo de prova de argamassa convencional para comparação, determinou-sea massa específica de ambos os materiais. Como dados após a determinação foi possível observar que a argamassa leve da vermiculita um volume , e massa específica de , enquanto que a argamassa convencional obteve um volume , e massa específica de . Pelos resultados foi possível observar que a vermiculita apresentou um volume 5,2 vezes maior que a argamassa convencional, porém a vermiculita alcançou um massa específica de aproximadamente 2,79 vezes menor que a argamassa convencional, o que comprova o ganho em relação ao peso da estrutura. CONCLUSÃO Até então, fica evidente que há um ganho significativo frente aos estudos realizados sobre as aplicações da vermiculita expandida nas edificações. A vermiculita é um material pouco conhecido na área da construção civil devido a vários fatores, este trabalho quer demonstrar que o emprego deste material, pode ser a solução para obras de médio e pequeno porte por expor peculiaridades tão importantes, pois o engenheiro civil necessita prezar as viabilidades técnicas, econômicas, qualidade e conforto que uma edificação carece de exibir, sem esquecer-se de mencionar as facilidades de se obter esse material em território nacional, sendo uma nova tecnologia de ser implementada na Engenharia Civil e suas subdivisões, em que as suas vantagens comprovadas valem o custo beneficio, sendo este trabalho uma promoção da disseminação de tal material na comunidade da construção civil. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CATAI, Rodrigo Eduardo; PENTEADO, André Padilha; DALBELLO, Paula Ferraretto. Materiais, Técnicas e Processos para Isolamento Acústico. UTFPR, 17º CBECIMat – Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais, Foz do Iguaçu, Curitiba, Paraná, 2006. MARTINS, Michele Mendonça. Dimensionamento de Estruturas de Aço em Situação de Incêndio. UFMG, Dissertação de mestrado, Minas Gerais, 2000. OLIVEIRA, Lucas Santos Menezes e; UGARTE, José Fernandes de Oliveira. Utilização da Vermiculita como Adsorvente de Óleo da Indústria Petrolífera. UFF, Rio de Janeiro, 2004. SILVA, Júlio César da. A Influência da Adição de Fibras de Polipropileno e Vermiculita Expandida em Argamassas com Nanotitânia. TCC, bacharel em Engenharia de Infraestrutura, UFSC, Campus Joinvile, 2015. SOUSA, Armindo José Coelho de. Aplicação de Argamassas Leves de Reboco e Assentamento em Alvenarias. Dissertação de mestrado, Universidade do Porto, Portugal, março, 2010. UGARTE, José Fernandes de Oliveira; SAMPAIO, João Alves; FRANÇA, Silvia Cristina Alves. Vermiculita. CETEM, 2ª Edição, Rio de Janeiro, 2008.
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