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Biocombustíveis AULA 11 Biomassa É a quantidade total da matéria viva existente em um ecossistema ou numa população animal ou vegetal. São considerados biomassa os resíduos sólidos naturais, os resíduos resultantes da atividade humana, ou seja são biomassa os subprodutos da pecuária, da agricultura, da floresta ou da exploração da indústria da madeira, etc. É também considerada biomassa a parte biodegradável dos resíduos sólidos urbanos (lixo doméstico). Qualquer material de constituição orgânica que pode ser empregado para algum tipo de produção de energia. O termo biomassa aglomera todos os derivados de organismos vivos que são utilizados como combustíveis ou para a produção de combustíveis. https://www.portal-energia.com/o-que-e-energia-biomassa/ 05/04/2018 http://www.liberato.com.br/sites/default/files/arquivos/Revista_SIER/v.%2015, %20n.%2024%20(2014)/5%20-%20Biomassa.pdf 05/04/2018 http://www.liberato.com.br/sites/default/files/arquivos/Revista_SIER/v.%2015,%20n.%2 024%20(2014)/5%20-%20Biomassa.pdf 05/04/2018 A determinação da composição dos combustíveis pode ser avaliada em porcentagem de massa de carbono fixo (F), voláteis (V) e cinzas (A) Classes de Biomassa Biomassa Sólida - tem como fonte os produtos e resíduos da agricultura (incluindo substâncias vegetais e animais), os resíduos das florestas e a fração biodegradável dos resíduos industriais e urbanos. Biomassa Líquida - existe em uma série de bicombustíveis líquidos com potencial de utilização, todos com origem nas chamadas “culturas energéticas”. São exemplos o biodiesel, obtido a partir de diversas oleaginosas; o etanol, produzido com a fermentação de carboidratos (açúcar, amido, celulose) e o bioquerosene. Biomassa Gasosa - é encontrada nos efluentes agropecuários provenientes da agroindústria e do meio urbano. É achada também nos aterros de RSU (resíduos sólidos urbanos). Estes resíduos são resultado da degradação biológica anaeróbia da matéria orgânica, e são constituídos por uma mistura de metano e gás carbônico. Esses materiais são submetidos à combustão para a geração de energia. http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/atlas/biomassa/5_3.htm 06/04/2018 Processos de Conversão - Combustão Direta Materiais como a madeira e todas as variedades de resíduos orgânicos (agrícolas, industriais e urbanos) podem ser submetidos à combustão com a finalidade de gerar energia. O processo de combustão consiste na transformação da energia química existente nos combustíveis em calor. Para fins energéticos, a combustão direta é usada em fornos e fogões. Apesar da praticidade, o processo de combustão direta tende a ser bastante ineficiente. Além disso, os combustíveis que podem ser usados no processo geralmente apresentam alta umidade (20% ou mais no caso da lenha) e baixa densidade energética, dificultando seu armazenamento e transporte. Co geração A biomassa é queimada diretamente em caldeiras e a energia térmica resultante é utilizada na produção do vapor que pode acionar turbinas de trabalho mecânico do processo e turbinas para geração de energia elétrica. Ao final do processo, o vapor pode ser encaminhado para atender as necessidades térmicas do processo produtivo. Co geração https://energiasalternativas.webnode.com.pt/energias-renovaveis/biomassa/ 06/04/2018 Processos de Conversão - Gaseificação É um processo de conversão de combustíveis sólidos em gasosos, por meio de reações termoquímicas, envolvendo vapor quente e ar, ou oxigênio, em quantidades inferiores à estequiométrica (mínimo teórico para a combustão). Há vários tipos de gaseificadores, com grandes diferenças de temperatura e/ou pressão. Os mais comuns são os reatores de leito fixo e de leito fluidizado. O gás resultante é uma mistura de monóxido de carbono, hidrogênio, metano, dióxido de carbono e nitrogênio, cujas proporções variam de acordo com as condições do processo, particularmente se está sendo usado ar ou oxigênio no processo. Processos de Conversão - Gaseificação Processo conhecido pela limpeza e a versatilidade do combustível gerado, quando comparado aos combustíveis sólidos. A limpeza se refere à remoção de componentes químicos prejudiciais ao meio ambiente e à saúde humana – principalmente enxofre. A versatilidade se refere a possibilidade de usos alternativos, como em motores de combustão interna e turbinas a gás. Um exemplo é a geração de eletricidade em comunidades isoladas das redes de energia elétrica, por intermédio da queima direta do gás em motores de combustão interna. Outra vantagem da gaseificação é que sob condições adequadas, produz gás de síntese (CO + H2), que pode ser usado na síntese de hidrocarbonetos. Processos de Conversão - Pirólise ou Carbonização . É o mais simples e mais antigo processo de conversão de um combustível (normalmente lenha) em outro de melhor qualidade e conteúdo energético (carvão, essencialmente). O processo consiste em aquecer o material original (normalmente entre 300°C e 500°C), na "quase-ausência" de ar, até que o material volátil seja retirado. O principal produto final (carvão) tem uma densidade energética duas vezes maior que aquela do material de origem e queima em temperaturas muito mais elevadas. Outros produtos são gerados como por exemplo, materiais voláteis e líquidos. Pirólise ou Carbonização Nos processos mais sofisticados, costuma-se controlar a temperatura e coletar o material volátil, visando melhorar a qualidade do combustível gerado e o aproveitamento dos resíduos. Nesse caso, a proporção de carvão pode chegar a 30% do material de origem. Embora necessite de tratamento prévio (redução da acidez), o líquido produzido pode ser usado como óleo combustível. A pirólise pode ser empregada também no aproveitamento de resíduos vegetais, como subprodutos de processos agroindustriais. Nesse caso, é necessário que se faça a compactação dos resíduos, cuja matéria-prima é transformada em briquetes. Com a pirólise, os briquetes adquirem maiores teores de carbono e poder calorífico, podendo ser usados com maior eficiência na geração de calor e potência. Pirólise As matérias primas (biomassa) utilizadas no processo de pirólise podem ser: resíduos vegetais ou agrícolas - bagaço de cana-de-açúcar, casca de arroz, palha e sabugo de milho, etc, resíduos industriais - casca, cavaco e pó de serra derivados de toras de madeira, bagaço de laranja, caju, abacaxi, entre outros e resíduos florestais - folhas, galhos, etc. Processos de Conversão - Transesterificação Processo químico que consiste na reação de óleos vegetais com um produto intermediário ativo (metóxido ou etóxido), oriundo da reação entre um álcool (metanol ou etanol) e uma base (hidróxido de sódio ou de potássio). Os produtos dessa reação química são a glicerina e uma mistura de ésteres etílicos ou metílicos (biodiesel). O biodiesel tem características físico-químicas muito semelhantes às do óleo diesel. Transesterificação https://sites.google.com/site/scientiaestpotentiaplus/biocombustiveis 06/04/2018 Processos de Conversão - Fermentação É um processo biológico anaeróbio em que os açúcares contidos em plantas, tais como a batata, o milho, a beterraba e, principalmente, a cana de açúcar são convertidos em álcool, por meio da ação de microrganismos (usualmente leveduras). Em termos energéticos, o produto final, o álcool, é composto por etanol e, em menor proporção, metanol, e pode ser usado puro ou adicionado à combustíveis fósseis. Fermentação http://sine.ni.com/cs/app/doc/p/id/cs-13582 06/04/2018 Processos de Conversão Digestão Anaeróbia Assim como a pirólise, ocorre na ausência de ar, mas, nesse caso, o processo consiste na decomposição do material pela ação de bactérias (microrganismos acidogênicos e metanogênicos). Trata-se de um processo simples, que ocorre naturalmente com quase todos os compostos orgânicos. O tratamento e o aproveitamento energético de dejetos orgânicos (esterco animal, resíduos industriais etc.) podem ser feitos pela digestão anaeróbia em biodigestores, onde o processo é favorecido pela umidade e aquecimento. O aquecimento é provocado pela própria ação das bactérias, mas, em regiões ou épocas de frio, pode ser necessário calor adicional, visto que a temperatura deve ser de pelo menos 35°C. Processos de Conversão Digestão Anaeróbia Em termos energéticos, o produto final é o biogás, composto essencialmente por metano (50% a 75%) e dióxido de carbono. Seu conteúdo energético gira em torno de 5.500 kcal por metro cúbico. O efluente gerado pelo processo pode ser usado como fertilizante. Digestão Anaeróbia http://www.inpper.es/tecnologia.html 06/04/2018 https://www.portal-energia.com/o-que-e-energia-biomassa / 05/04/2018 Transformação de biomassa em energia Videos Vantagens do uso da biomassa A biomassa é considerada um recurso renovável. Baixo custo de aquisição, As emissões não contribuem para o efeito estufa, É menos agressiva ao meio ambiente do que as provenientes de combustíveis fosseis diminuindo assim o risco ambiental Verifica-se uma menor corrosão dos equipamentos (caldeiras, fornos, etc). Desvantagens da utilização da Biomassa Possui um menor poder calorífico quando comparado com outros combustíveis; Dificuldades no transporte e no armazenamento de biomassa sólida. Matriz Energética Brasileira 2017 Relatório de Balanço Energético Nacional MME - 2017 Biocombustíveis São derivados de biomassa renovável que podem substituir, parcial ou totalmente, combustíveis derivados de petróleo e gás natural em motores a combustão ou em outro tipo de geração de energia. Os dois principais biocombustíveis líquidos usados no Brasil são o etanol obtido a partir de cana-de-açúcar e o biodiesel, que é produzido a partir de óleos vegetais ou de gorduras animais. Cerca de 45% da energia e 18% dos combustíveis consumidos no Brasil já são renováveis. No resto do mundo, 86% da energia vêm de fontes energéticas não renováveis. Biometano Biometano é um biocombustível gasoso oriundo do biogás. Por sua vez, o biogás é produzido a partir da decomposição da matéria orgânica (resíduos orgânicos) por ação de bactérias. Biodigestão anaeróbica. O biogás pode ser também produzido a partir de resíduos sólidos urbanos contidos em aterros sanitários ou do esgoto sanitário em estações de tratamento de esgoto, sendo, em ambos os casos, também sob a ação de bactérias por biodigestão anaeróbica. http://www.anp.gov.br 04/04/2018 Etanol O etanol é uma substância química com fórmula molecular C2H6O, produzida especialmente via fermentação de açúcares. É um biocombustível utilizado em motores de combustão interna com ignição por centelha (Ciclo Otto) em substituição especialmente à gasolina e em contraponto a outros combustíveis fósseis. O Brasil é pioneiro na utilização em larga escala de etanol combustível desde o fim da década de 1970. Atualmente, é um dos que mais utilizam o produto e ainda o segundo maior produtor mundial. http://www.anp.gov.br 04/04/2018 Etanol São duas as formas de utilização do produto: Etanol anidro: como componente de mistura na formação da gasolina C; Etanol hidratado, comercializado em todo o país como um combustível acabado. Para evitar a fraude conhecida como "álcool molhado", o etanol anidro recebe corantes laranja, que só podem ser adquiridos pelos agentes regulados específicos e devem ser registrados junto à ANP. As especificações do etanol, em todas as formas permitidas, teor de pureza, normas de comercialização e de adição de corantes estão estabelecidas na Resolução ANP n° 19/2015. http://www.anp.gov.br 04/04/2018 Etanol Controle do teor de metanol no etanol combustível Com a edição da Resolução ANP nº 696, de 31/08/2017, retificada em 03/10/2017, tornou-se obrigatória a análise do teor de metanol no etanol combustível pelos fornecedores de etanol combustível e distribuidores de combustíveis líquidos, devendo os certificados de qualidade e boletins de conformidade contemplarem essa característica em todo o produto comercializado a partir de 10/03/2018 (data limite especificada na Resolução ANP nº 712, de 27/11/2017). Tal obrigatoriedade foi estabelecida com o intuito de se coibir o uso do metanol como adulterador do etanol. http://www.anp.gov.br 04/04/2018 Etanol O uso de etanol combustível reduz a emissão de gases de efeito estufa e reduz a dependência energética de combustíveis fósseis. Para avaliar o consumo e as emissões veiculares o Proconve - Programa de Controle de Poluição do Ar por veículos Automotores estabelece o uso obrigatório de combustíveis de referência. http://www.anp.gov.br 04/04/2018 Biodiesel Obtido a partir do processo de transesterificação: os triglicerídeos presentes nos óleos e gordura animal reagem com um álcool primário, metanol ou etanol, gerando dois produtos: o éster e a glicerina. O primeiro somente pode ser comercializado como biodiesel, após passar por processos de purificação para adequação à especificação da qualidade, sendo destinado principalmente à aplicação em motores de ignição por compressão (ciclo Diesel). Os primeiros estudos para a criação de uma política para o biodiesel no Brasil iniciaram em 2003, com a criação da Comissão Executiva Interministerial do Biodiesel (CEIB) e do Grupo Gestor (GG) pelo governo federal. Em dezembro de 2004, o governo federal lançou o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), com o objetivo inicial de introduzir o biodiesel na matriz energética brasileira. Com enfoque na inclusão social e no desenvolvimento regional, o principal resultado dessa primeira fase foi a definição de um arcabouço legal e regulatório. http://www.anp.gov.br 04/04/2018 Biodiesel A sua mistura ao diesel fóssil teve início em 2004, em caráter experimental e, entre 2005 e 2007, no teor de 2%, a comercialização passou a ser voluntária. A obrigatoriedade veio no artigo 2º da Lei n° 11.097/2005, que introduziu o biodiesel na matriz energética brasileira. Evolução do percentual de teor de biodiesel presente no diesel fóssil no Brasil 2003 - Facultativo Jan/2008 - 2% Jul/2008 - 3% Jul/2009 - 4% Jan/2010 - 5% Ago/2014 - 6% Nov/2014 - 7% http://www.anp.gov.br 04/04/2018 Biodiesel A Lei nº 13.263/2016 alterou a Lei nº 13.033/2014 determinando um cronograma de aumento do teor de biodiesel a partir de 2017, conforme apresentado: Até março de 2017 - 8% Até março de 2018 - 9% Até março de 2019 - 10% A especificação do biodiesel tem sido aprimorada constantemente ao longo dos anos, o que tem contribuído para a sua harmonização com as normas internacionais e alinhamento da sua qualidade às condições do mercado brasileiro, assegurando maior segurança e previsibilidade aos agentes econômicos. http://www.anp.gov.br 04/04/2018 Biodiesel Assim, o biodiesel já é uma realidade no País e garante ao Brasil uma posição destacada em relação ao resto do mundo. Juntos, etanol e biodiesel fortalecem a participação dos biocombustíveis na matriz energética nacional e a imagem do Brasil como país que valoriza a diversidade de fontes energéticas. http://www.anp.gov.br04/04/2018 Biocombustíveis de Aviação Atendendo às regras internacionais de uso do produto, no Brasil o biocombustível de aviação pode ser utilizado voluntariamente em mistura com o QAV fóssil - desde que seguindo parâmetros e percentuais estabelecidos em resolução pela ANP. O setor de transportes, incluindo a aviação, é responsável pela maior parte das emissões de dióxido de carbono (CO2) - o gás de efeito estufa mais presente na atmosfera e grande responsável pelo aquecimento global. Por isso, o investimento em pesquisa, desenvolvimento e regulamentação do uso de biocombustíveis - oriundos de fontes renováveis e cuja utilização reduz o percentual de emissões nocivas - têm papel fundamental do ponto de vista ambiental. http://www.anp.gov.br 04/04/2018 Biocombustíveis de Aviação Atualmente, a American Society for Testing and Materials - ASTM adota critérios rigorosos para a aceitação de misturas de biocombustíveis com o querosene de aviação (QAV) de origem fóssil. Estes critérios procuram garantir a qualidade do combustível antes e depois da mistura com o QAV, para que não haja necessidade de nenhuma alteração nos equipamentos e sejam atendidos os mesmos parâmetros de segurança na utilização em aeronaves comerciais de grande porte Após alguns anos de discussão em grupos de trabalho da ASTM, foram estabelecidos três tipos de biocombustíveis de aviação: Biocombustíveis de Aviação Podem ser misturados ao querosene de aviação em até 50% em volume: SPK (synthesized paraffinic kerosine), chamado de querosene parafínico sintético: SPK hidroprocessado por Fischer-Tropsch); SPK de ésteres e ácidos graxos hidroprocessados (HEFA - hydroprocessed esters and fatty acids); Pode ser misturado ao querosene de aviação até 10% em volume: SIP (synthesized iso paraffinic), chamado de querosene isoparafina: é obtido da fermentação da açúcares utilizando microrganismos geneticamente modificados. A ANP regulamenta o uso voluntário de SPK por Fischer-Tropsch, SPK-HEFA e SIP nos respectivos percentuais determinados pela norma americana através da Resolução ANP nº 63/2014. http://www.anp.gov.br/WWWANP/biocombustiveis 05/04/2018 Slide 1 Biomassa Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Classes de Biomassa Slide 8 Processos de Conversão - Combustão Direta Co geração Co geração Processos de Conversão - Gaseificação Processos de Conversão - Gaseificação Processos de Conversão - Pirólise ou Carbonização Pirólise ou Carbonização Pirólise Processos de Conversão - Transesterificação Transesterificação Processos de Conversão - Fermentação Fermentação Processos de Conversão Digestão Anaeróbia Processos de Conversão Digestão Anaeróbia Digestão Anaeróbia Transformação de biomassa em energia Slide 25 Vantagens do uso da biomassa Desvantagens da utilização da Biomassa Matriz Energética Brasileira 2017 Biocombustíveis Biometano Etanol Etanol Etanol Etanol Biodiesel Biodiesel Biodiesel Biodiesel Biocombustíveis de Aviação Biocombustíveis de Aviação Biocombustíveis de Aviação
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