Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Introdução à Caracterização Processamento e Obtenção de Materiais (ICPOM) Prof. Rogério N C de Siqueira rnavarro@puc-rio.br Objetivos da aula • Breve revisão: – Processos de fragmentação. • Grau de liberação e granulometria. • Britagem e moagem. • Concentração mineral: – Métodos gravíticos, flotação, concentração magnética e eletroestática. • Fundamentos físicos. • Adequação granulométrica. • Medidas de recuperação e balanços de massa. Jazidas minerais • Fontes de minerais metálicos (ex. MnO2) e minerais industriais (ex. SiO2). – Minérios: agregados minerais contendo não somente o mineral de interesse tecnológico, mas normalmente diversos outros (ganga). • Material de elevada complexidade química. • Normalmente o MI se encontra em concentrações muito baixas - < 1%. –Motivação para o beneficiamento mineral – fragmentação e concentração. Beneficiamento mineral • Operações unitárias de natureza física visando à liberação e subsequente separação do mineral de relevância tecnológica (MI). – Fragmentação/cominuição: • Preparação do minério (liberação), para a posterior concentração. –Ajuste granulométrico para minérios de “alto” teor (ex. carajás). – Concentração (separação física do MI): • Concentrado (elevado teor do MI). • Rejeito (baixo teor de MI). – Somente para minérios de “baixo” teor. Liberação e granulometria Fluxograma de liberação – minério de Cu Operações unitárias de liberação • Britagem: – Partículas mais grosseiras (1m – 1mm). – Minério seco. – Compressão e impacto. – Gera material ultrafino. • Moagem: – Partículas mais finas (1mm – 0.01mm). – Minério em polpa (80% sólidos). – Atrito (presença de corpos moedores). – Gera material ultrafino. • Classificação: – Separação por diferenças de tamanho. – Peneiras (material mais grosseiro). – Hidrociclones (material mais fino). • Circuitos de britagem e moagem. Material ultrafino e grau de liberação • Material ultrafino (d < 0,01 mm): – Contém MI 100% liberado. • Não pode ser concentrado. • Redução do material ultrafino produzido: – Fragmentação sequencial, circuitos de britagem e moagem: • Adequação granulométrica. • Menor volume de material processado. – Reduzindo o número de operações: • Grau de liberação < 100%. –Concentrado mais impuro. Concentração mineral • Operações unitárias de caráter físico utilizadas para separar o mineral de interesse da ganga: – Classificação segundo a propriedade física dominante: • Gravíticos/gravimétricos (densidade=m/V). • Flotação (hidrofobicidade). • Magnéticos (suscetibilidade magnética). • Elétroestáticos (natureza semicondutora ou isolante). – Cada mineral tem propriedades físicas únicas que nos permitem separá-lo dos demais. Princípios de concentração • A recuperação de MI será máxima quando: – Comportamento físico distinto: • Escolha da propriedade física envolvida. – Grau de liberação elevado. – Granulometria adequada ao processo: • A capacidade de diferenciação dos minerais depende do tamanho de partícula. –Fundamentos físicos de cada método. – Processos em série: • Rejeito de um alimenta o processo seguinte. Propriedades físicas e grau de liberação Adequação granulométrica Métodos gravíticos/gravimétricos • Movimento de uma polpa (~20% sólidos): – Condições hidrodinâmicas dependem da densidade e do tamanho das partículas. • Cada equipamento movimenta a polpa da sua maneira e apresenta seletividade/eficiência restrita em determinadas faixas de tamanho (40μm – 1mm). –Material muito fino é arrastado junto com o fluido. –Material muito grosseiro tem seu movimento dominado pela força peso. »Quanto mais complexo o movimento maior a seletividade para granulometrias mais finas (ex. Mesa, Jig). Concentradores gravíticos Flotação • Concentração de minerais de granulometria fina (1 - 40μm): – Minerais de reduzida “molhabilidade” (alta hidrofobicidade) aderem a bolhas de ar e ascendem, flotam. • MI é flotado (flotação direta). • Ganga é flotada (flotação reversa). –A molhabilidade, diferente da densidade, pode ser controlada/manipulada. »Físico-química de interfaces (coletores, ativadores e depressores). Estabilizadores e coletores • A eficiência na flotação depende de: – Superfície mineral hidrofóbica. • Coletores aderem à superfície das partículas de minerais específicos tornando-as hidrofóbicas. –Parte apolar voltada para a fase aquosa. – Existência de bolhas estáveis. • Estabilizadores (ex. álcoois, fenóis). Controlando a força de um coletor • A atração coletor/mineral pode ser otimizada: – Controle do pH (ex. HCl, NaOH): • Altera a carga superficial do mineral: –Repulsão (Qs < 0), atração (Qs > 0). »pH > 7 – coletor ionizado (mais ativo). »pH < 7 – coletor molecular (menos ativo). – Depressores e ativadores (ex. NaCN, CuSO4): • Recobrimento seletivo de partículas minerais por cátions (ação ativadora) e ânions (ação depressora). Concentração magnética e eletroestática • Atração de partículas magnetizadas ou eletrificadas, secas ou húmidas (polpas) mediante a aplicação de um campo magnético/elétrico externo. – Operam na faixa típica dos processos gravíticos (50microns a 1mm). Recuperações e balanço de massa • Medidas da eficiência alcançada durante a concentração mineral. – Global – processo como um todo. – Local – Em torno de um processo específico. – Total ou do mineral de interesse. • Recuperações totais são “baixas” enquanto que de MI devem ser elevadas. – Vazões mássicas e teores podem ser obtidos através de balanços de massa. » Massa que entra = massa que sai. Qualidade do concentrado • Algumas características do concentrado podem influenciar a natureza e ou a eficiência do processamento químico posterior. – Teor de MI deve ser elevado: • Análise mineralógica: –Impurezas geram subprodutos que devem ser removidos. – O espectro granulométrico conhecido: • Análise granulométrica: –A velocidade das reações químicas é influenciada pela granulometria. Slide 1 Objetivos da aula Jazidas minerais Beneficiamento mineral Liberação e granulometria Fluxograma de liberação – minério de Cu Operações unitárias de liberação Material ultrafino e grau de liberação Concentração mineral Princípios de concentração Propriedades físicas e grau de liberação Adequação granulométrica Métodos gravíticos/gravimétricos Concentradores gravíticos Flotação Estabilizadores e coletores Controlando a força de um coletor Concentração magnética e eletroestática Recuperações e balanço de massa Qualidade do concentrado
Compartilhar