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02 A originalidade de Maquiavel

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A originalidade de Maquiavel
Maquiavel não acredita numa ordem social ideal.
Papel da religião: promotora de solidariedade e coesão.
Única liberdade reconhecida: Liberdade política, estar livre de um poder despótico e arbitrário, isto é, o republicanismo. E um Estado estar livre de outros Estados.
A doutrina de Maquiavel era uma espada enfiada no corpo político da humanidade ocidental, levando-a a gritar e lutar contra si mesma. Porque?
Maquiavel acredita que o que os homens homens buscavam era a criação e manutenção de um conjunto social forte e bem governado, por meio de um esforço comum.
Só podemos alcançar o que queremos se compreendermos primeiro a nós mesmos, e depois a natureza do material com que trabalhamos, e não viver num estado de ilusão.
Maquiavel acredita que se não houver uma mão firme no leme, o navio do Estado vai a pique, apesar do próprio Maquiavel preferir a república. Por que ele prefere república?
Maquiavel distingue valores morais de valores políticos: 
Moralidade do mundo pagão: coragem, vigor, fortaleza na adversidade, força, justiça, realização pública, ordem, disciplina, felicidade.
Ideais do cristianismo: caridade, misericórdia, sacrifício, amor a Deus, perdão aos inimigos, desprezo pelos bens deste mundo, fé na vida depois da morte, crença na salvação da alma individual como algo de incomparável valor, acima de qualquer outro propósito terrestre. (sob esses valores nenhuma sociedade satisfatória, no sentido romano, pode ser contruída.
É impossível combinar as virtudes cristãs com uma sociedade forte, vigorosa, estável, satisfatória. Se alguém quiser uma comunidade gloriosa como Atenas e Roma, então deve abandonar a educação cristã e substitui-la por uma mais adequada para este fim.
Tese de Maquiavel, interesse central para a teoria política: os homens não querem enfrentar que esses dois objetivos, ambos passíveis de serem objeto da fé humana, não são compatíveis um com o outro.
Tudo o que leva a ineficácia política é condenado por Maquiavel.
Maquiavel não condena a moralidade cristã, apenas aponta que ela é, pelo menos nos governantes, incompatível com os fins sociais que ele considera naturais.
A generosidade, misericórdia, honra, clemência, franqueza, castidade e religião são realmente virtudes. E uma vida no exercício dessas virtudes seria bem sucedida se todos os homens fossem bons, mas eles não o são, e é vão esperar que venham a sê-lo. Devemos aceitar os homens como os encontramos, e procurar melhorá-los segundo diretrizes possíveis, e não impossíveis.
Maquiavel não trata de uma colisão entre “moralidade cristã” e “necessidade política”...

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