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Preparatório de hermenêutica e argumentação

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Preparatório de hermenêutica e 
argumentação 
PROF. MARCONDES LEANDRO 
1. Desde a filosofia antiga, a figura do hermenêuta esteve relacionada ao poder, seja o de
adivinhar o futuro, interpretar sonhos como se fossem mensagens divinas e mesmo o poder de
autorizar uma guerra. A simbologia de Hermes também o colocou como "deus" dos comerciantes,
negociantes e de outros adeptos da linguagem como ferramenta de subsistência. Para além
desta origem simbólica e filosófica, a Hermenêutica Jurídica tem uma função...
prática, pois é condição para a argumentação jurídica. Antes de argumentar, o operador jurídico
precisa trabalhar com a vagueza e ambiguidade dos textos e, assim, perceber alguns significados
possíveis, antes de optar por um.
2. Ante o conjunto de teorias acerca da interpretação jurídica, podemos observar a corrente
subjetivista e a corrente objetivista. Essas correntes são didaticamente separadas conforme o
reconhecimento da “vontade do criador do enunciado normativo” ou da “vontade do
enunciado normativo” como sede do sentido das normas.
Desse modo, a respeito da corrente subjetivista, é verdadeiro afirmar que:
reconhece que a busca da vontade do legislador deve ter um papel fundamental na
interpretação das leis.
3. A hermenêutica jurídica é marcada por divergências teóricas relativas ao significado
da interpretação e ao seu papel na prática do direito. Os diferentes entendimentos
acerca da interpretação jurídica produziram diferentes orientações, entre as quais a
doutrina objetivista da interpretação. A respeito da doutrina objetivista, é verdadeiro
afirmar que:
a) Defende que a sede do sentido dos enunciados normativos é a vontade objetiva
do legislador (voluntas legislatoris).
b) Considera que os juízes devem apenas aplicar, na interpretação legal, os objetivos
pretendidos pelo Poder Executivo.
c) Considera que são insustentáveis as noções de voluntas legis e voluntas legislatoris.
4. Kelsen desenvolveu a compreensão de que o direito a aplicar forma
uma “moldura” interpretativa, e considerou intransponível a
necessidade de interpretação. No entanto, considere os seguintes
enunciados – os quais trazem informações acerca da teoria da moldura:
I) Traz a compreensão de que a relativa indeterminação do ato de
aplicação do direito pode decorrer da própria vontade de quem
produziu o enunciado normativo (a indeterminação intencional) e da
pluralidade de significados das palavras e dos conjuntos de palavras
(indeterminação não intencional).
II) Faz uma rígida distinção entre as atividades de produzir e aplicar o
direito. Assim, os juízes são apresentados como a “boca inanimada da
lei”.
III) Considera que não há uma única decisão correta em cada caso.
5. O papel da retórica é relativo a matérias deliberativas, entendendo 
que só se pode deliberar sobre o que, ao menos aparentemente, pode 
ser resolvido de dois modos. Assim, observe os seguintes enunciados – os 
quais trazem abordagens em torno da retórica:
I) Entre os modos de persuasão que foram identificados por Aristóteles, 
não está o que diz respeito ao próprio conteúdo discurso.
II) As teorizações sobre a retórica surgiram somente no século XX, mas 
perderam, completamente, a projeção no cenário atual da teoria do 
direito.
III) Na perspectiva de Platão, os objetivos da retórica e da filosofia são 
distintos, e os filósofos, definidos por ele como “amantes da visão da 
verdade”, não se confundem com os retóricos, comprometidos, 
sobretudo, com a persuasão.
6. Ante o cenário da história das ideias jurídicas, podemos perceber não apenas uma
pluralidade de entendimentos acerca da interpretação e do seu papel no direito,
mas também a existência de uma pluralidade de métodos de interpretação. Os que
defendem o método hermenêutico chamado de gramatical defendem a tese que:
estrutura da língua possibilita uma orientação acerca do sentido do enunciado
normativo, pois a disposição das palavras na frase e da frase no discurso pode
demonstrar que alguma possibilidade interpretativa é inadequada ou menos
apropriada do que outra.
7. Há múltiplas percepções a respeito de “como deve acontecer” a atividade de interpretar.
No conjunto dos métodos da interpretação jurídica, tem destaque o método teleológico. Nesse
sentido, a perspectiva hermenêutica que viabilizou o método teleológico entende que ele
consiste em: o intérprete observar os objetivos do enunciado normativo.
8. expressão “hermenêutica” é uma tradução latinizada da palavra “hermèneutiké”, a qual
era usada pelos gregos desde a antiguidade como adjetivo para indicar “o que traz o
significado de algo”. Considerando a hermenêutica como teoria da interpretação, ela foi
desenvolvida em torno de diferentes universos.
I) No âmbito da hermenêutica jurídica contemporânea, é predominante a compreensão de
que a interpretação, normalmente, não é necessária, pois a maioria das normas jurídicas
apresenta uma “clareza” que leva diretamente ao significado, independentemente de uma
atividade interpretativa.
II) A hermenêutica jurídica possui uma função social prática, pois orienta a interpretação,
estuda diversos significados dos textos normativos, e apresenta métodos de interpretação que
podem proporcionar uma decisão tecnicamente adequada.
III) A hermenêutica jurídica tem, exclusivamente, uma função normativa que visa a orientar o
intérprete para que a interpretação seja moralmente adequada.
9. Na medida em que são atribuídos diferentes significados à palavra “intepretação”,as teorias
da interpretação podem ter diferentes enfoques de análise, distintos objetos de investigação.
Analise os seguintes enunciados a respeito da hermenêutica e da interpretação no direito:
I) A hermenêutica jurídica é um ramo da dogmática jurídica, é uma ciência que apresenta
concepções sobre “como deve ser a interpretação”, mas não se preocupa com a
compreensão sobre “o que é” e “como ocorre” a interpretação. falso
II) Entre os juristas, há um pleno consenso em relação à compreensão de que a "hermenêutica
jurídica" é uma disciplina zetética que torna dispensável a postura dogmática diante dos textos
normativos jurídicos. Falso
10. Acerca do conceito de norma jurídica, é notável o dissenso doutrinário. Conforme
observou Hart, as divergências em torno desse conceito provocam distintas concepções sobre
“o que é o direito”. No entanto, no final do século XX, a teoria do direito encontrou autores –
como Friedrich Müller – que reconheceram uma distinção entre “texto de norma” e “norma”.
Considerando essa distinção entre “texto normativo” e “norma”, é CORRETO afirmar que :
O Direito só surge como resultado da interpretação, sendo os textos legais apenas pré-formas 
legislatórias da norma jurídica, que é produzida no decurso temporal da decisão.
A argumentação não é concebida como um momento no qual se aponta o sentido inerente 
da norma, mas sim como uma atividade que se desdobra, ordinariamente, sobre o que é 
incerto (o sentido do texto), tendo a função de apresentar um entendimento sobre o que pode 
ser visto de diversas maneiras.
A linguagem tem um caráter dinâmico, e os significados das palavras são múltiplos e não 
definitivos.
Manifesta a ideia de que há distinção entre significantes e significados.
11. Formuladas como uma teoria da argumentação, as reflexões de Aristóteles nesse âmbito
partiram da compreensão de que a retórica é a capacidade de identificar, na prática, os
meios de persuasão mais pertinentes para cada caso. Quanto aos modos de persuasão,
Aristóteles compreendeu que são de três espécies: êthos, páthos e lógos. Entretanto,
considerando as formas de persuasão que foram identificadas por Aristóteles, é correto afirmar
que um argumento será preponderantemente baseado no lógos: Se concentrar-se no teor da
mensagem,independentemente de quem fala.
12. Construída como uma teoria da argumentação, a abordagem de Aristóteles sobre a
retórica trouxe formulações acerca dos modos de persuasão. Entretanto, em relação ao páthos
(uma das formas de persuasão que foram identificadas por Aristóteles), considere os seguintes
enunciados:
I) É um modo de persuasão que decorre da autoridade do orador.
II) É um modo de persuasão que decorre da coerência lógica do discurso.
III) Refere-se às emoções do receptor da mensagem.
Apenas a alternativa III está certa.
12. Aristóteles centrou a retórica no campo deliberativo, afirmando que “a tarefa desta última 
versa, portanto, acerca daquelas matérias sobre as quais deliberamos e para as quais não 
temos artes específicas [...]” (tradução nossa) (ARISTÓTELES. Retórica. Madrid: Editorial Gredos, 
1994, p. 173). Ante as esferas de deliberação, Aristóteles identificou o êthos como uma das 
formas de persuasão. Em relação ao êthos, é verdadeiro afirmar que:
É um modo de persuasão que decorre do caráter pessoal do orador.
13. As teorias realistas são marcadas por ceticismo e relativismo quanto a um conhecimento 
preciso dos fatos e dos direitos, e acentua-se o caráter arbitrário da decisão. Características :
 Os juízes decidem influenciados por suas experiências mais do que por um único sentido da 
lei.
 A decisão judicial tem caráter tópico e não pode ser fruto de um silogismo no qual a lei é a 
premissa maior, o caso concreto é a premissa menor e a sentença consiste na conclusão.
 A hermenêutica da decisão judicial trabalha indutivamente, partindo do caso concreto.
 O juiz cria direito, pois a lei é apenas um dado de entrada para a constituição da norma 
jurídica diante do caso concreto.
No entanto, é INCOMPATÍVEL com os postulados do realismo hermenêutico no direito o fato do 
intérprete procura a solução verdadeira e intrinsecamente justa, pois o direito não pode se 
afastar desta que é sua finalidade precípua. 
14. Entretanto, o método sistemático é considerado um dos principais métodos da
interpretação jurídica. Em relação ao método sistemático, é verdadeiro afirmar que: propõe
que o intérprete investigue cada dispositivo normativo na busca de sentidos que sejam
harmônicos com o ordenamento jurídico como um todo.
15. A hermenêutica chamada de normativista configura uma evolução do legalismo
exegético, e passa a afirmar a necessidade de fugir à literalidade hermenêutica, pregando o
emprego da interpretação extensiva (que é um dos tipos de interpretação jurídica). No
entanto, em relação à interpretação extensiva, é verdadeiro afirmar que:
Amplia o sentido do enunciado normativo, e leva a decidir que o texto normativo está reduzido
demais.
16. Horas depois de a Justiça Federal no Distrito Federal proibir o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva de sair do país (em possível viagem para a Etiópia) e ordenar a apreensão de seu
passaporte, no dia 25/01/2018, Rosangela Moro, mulher do juiz que condenou Lula em 1ª
instância, usou as redes sociais para exaltar os limites impostos pelo Judiciário. Em seu perfil no
Instagram, ela postou uma imagem da balança, símbolo da Justiça, com a seguinte
legenda: “A liberdade tem limites que a Justiça impõe”. As redes sociais expõem painéis
abertos de comunicação que permitem manifestações que oscilam entre a mera opinião e a
busca pela verdade, em que cada usuário sugere saber mais sobre os fatos. A Justiça é valor
compartilhado ou apenas decisão de um órgão estatal?
Numa visão pragmática do discurso jurídico, podemos afirmar que A pragmática do discurso
considera que o sentido ocidental de justiça não é mais um guia nítido e claro de ação....
17. Julgadores, administradores e legisladores na prática argumentativa que caracteriza o 
direito atribuem sentido à norma jurídica. É natural que engenheiros, profissionais da 
computação, analistas de dados de estatística, contadores e indivíduos que possuem 
habilidades com modelos mais propensos à exatidão e rigor... considerem o ambiente jurídico 
prolixo e arcaico. Ritos e procedimentos processuais conferem validade a atos jurídicos por 
proclamações solenes. Não é estranho que uma decisão no STF seja obtida pela maioria de 6 
contra 5. Antes de alegar possível interferência política, a Hermenêutica Jurídica trabalha com 
tensões na comunicação.
Podemos afirmar que o objeto da Hermenêutica Jurídica
A tensão entre sentidos comuns das palavras e os sentidos jurídicos.
18. doutrina denomina de razão para decidir, que seria uma abstração da regra individual
contida na decisão de um processo. Pela Emenda Constitucional n. 45/2004, a súmula
vinculante integrou a CF/88. Isso revela um tipo de paradoxo: de um lado se incentiva a
constante tarefa hermenêutica do juiz constitucional de ser guardião da Constituição Federal,
do outro lado os deputados e senadores exigem exclusividade na missão de representar o
povo – mesmo reconfigurando a CF/88 –em alguns casos- em causa própria.
a súmula vinculante pode ser descrita como
O ativismo judicial revela o protagonismo de uma Corte Constitucional e pode estar alinhado a
ideia de que juízes podem invalidar recente norma do Legislativo sem que isso desrespeite a
democracia. A súmula terá efeito em relação aos demais órgãos do Judiciário e à
administração pública nas esferas federal, estadual e municipal.
Nas grandes batalhas da vida, o primeiro 
passo para a vitória é o desejo de vencer.
Mahatma Gandhi

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