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Arq3 - psicofisica 1S2014 pdf versão 1

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Psicofísica
Prof: Paula Tavares da Cunha Melo
1
Paula Tavares da Cunha Melo
Sensação x Percepção
� Sensação:
� Recepção, transformação e transmissão de estímulos internos 
e externos ao organismo até o córtex. Processo fisiológico.
� Percepção:
� Interpretação dos sentidos em função de aspectos cognitivos, 
emocionais e motivacionais. Processo psicológico.
Para que haja a percepção é necessário que haja a transdução 
e as sinapses, senão o estímulo não chega ao cérebro.
A consciência dos aspectos externos e internos é produto da 
percepção
O processo ensino aprendizagem depende da percepção
Psicofísica
Prof: Paula Tavares da Cunha Melo
2
Psicofísica
� Estudo da relação quantitativa entre a estimulação 
ambiental (dimensão física) e a experiência sensorial 
(dimensão psicológica). 
� Busca a relação entre o valor do estímulo físico e a 
sensação
� Origem: Gustav Fechner (1801-1887)
� Métodos psicofísicos desenvolvidos por ele ainda são 
utilizados hoje em dia
� Não é simples. Não existe uma constância entre os valores 
físicos de um estímulo e as sensações provocadas.
Questões da Psicofísica
� Qual é a energia mínima que um estímulo deve ter para 
provocar em nós uma sensação (ser percebido)?
� Detecção do estímulo (limiar absoluto)
� Quanto dois estímulos precisam diferir entre si, para 
que provoquem sensações diferentes?
� Discriminação (limiar diferencial)
� O estímulo depois de detectado precisa ser reconhecido.
� Construção de uma escala de medida. 
Psicofísica
Prof: Paula Tavares da Cunha Melo
3
Limiar absoluto
� Para que ocorra a detecção da energia por algum de nossos 
sistemas sensoriais, é preciso haver um mínimo de energia 
presente � limiar absoluto
� A questão é: qual é a quantidade mínima de energia física, 
relativa a um sistema sensorial particular, capaz de produzir 
um mínimo de sensação?
� O conceito de limiar absoluto foi introduzido por Herbart em 
1824, ao escrever a respeito do limiar de consciência, ou seja, 
uma “idéia” somente se tornaria consciente para o 
observador se tivesse uma certa “força”, do contrário 
permaneceria no inconsciente. 
� Fechner aplicou este conceito à sensação.
Valores aproximados do limiar 
absoluto
� Visão – é possível ver a chama de uma vela acesa a uma 
distância de 50 quilômetros em uma noite escura de céu 
limpo.
� Audição – ouvir o tique-taque de um relógio a 6 metros de 
distância em condições de silêncio absoluto.
� Paladar – distinguir uma colher de chá de açúcar em 7,5 litros 
de água.
� Olfato – uma gota de perfume em um apartamento com cinco 
aposentos.
� Sentido cutâneo – a asa de uma abelha caindo no rosto a uma 
distância de um centímetro.
Psicofísica
Prof: Paula Tavares da Cunha Melo
4
Limiar absoluto (cont)
� Conclusão: um estímulo de energia inferior ao limiar 
absoluto nunca seria percebido, assim como um 
estímulo de energia acima do limiar absoluto sempre 
seria percebido.
�Impossível estabelecer um limite exato entre estímulos 
supra e subliminares
�O limiar absoluto flutua em torno de um valor. Valores de 
estímulo próximos ao limiar absoluto ora são percebidos 
ora não.
�Desenvolvimento de métodos específicos envolvendo 
critério estatístico para determinação do limiar absoluto.
Limiar absoluto (cont)
� Usualmente os valores desse estímulo indicam a 
medida aproximada do limite inferior da sensibilidade 
absoluta do organismo. 
� Se o estímulo for excessivamente fraco, não 
ocasionando uma resposta confiável, sua magnitude é 
dita sublimiar ou subliminar.
� Ao contrário, um estímulo superior ao limiar absoluto 
chama-se supralimiar ou supraliminar. 
Psicofísica
Prof: Paula Tavares da Cunha Melo
5
Métodos para determinação do 
limiar absoluto
� Método dos limites
� Método dos estímulos constantes
� Método do ajuste
Método dos limites
� São apresentados estímulos com intensidades 
diferentes (por exemplo, sons bem baixinhos que aos 
poucos vão aumentando) e pede-se que os sujeitos 
digam quando ouviram o som.
� Depois são apresentados estímulos supraliminares que 
vão diminuindo de intensidade. Pede-se para que os 
sujeitos digam quando não ouvem mais o som.
� Repete-se várias vezes o experimento. Sempre 
invertendo a direção do estímulo.
� Soma-se os resultados e tira-se a média aritmética.
Psicofísica
Prof: Paula Tavares da Cunha Melo
6
Método dos limites
� Para que inverter a orientação dos estímulos?
� Evitar erros de:
� Antecipação
� O sujeito sabe que o estímulo está aumentando e acaba dizendo que está 
percebendo o estímulo antes de efetivamente perceber. No caso da série 
descendente vai ocorrer o inverso.
� Persistência
� O sujeito mantém o julgamento anterior por muito tempo. Só indica que 
percebeu o estímulo numa série ascendente quando este já está bastante 
perceptível.
� A alternância das séries ascendente e descendente compensa os 
dois erros, uma vez que o sujeito apresente um só tipo de erro.
MÉTODO DOS LIMITES
Intensidade
do estímulo ↓↓↓↓ ↑↑↑↑ ↓↓↓↓ ↑↑↑↑ ↓↓↓↓ ↑↑↑↑ ↓↓↓↓ ↑↑↑↑ ↓↓↓↓ ↑↑↑↑
10 - - -
20 - - - -
30 - - - - -
40 - - - - - -
50 + - - - - + + - -
60 + - + + - + - +
70 + + + + + + +
80 + + + + +
90 + + + +
100 + +
Limites
da série
45 55 65 55 55 65 45 45 65 55
Limiar = Σ limites de série = (45+55+65+55+55+65+45+45+65+55) = 550 = 55dB
N 10 10 10
Limiar absoluto = 55dB
Psicofísica
Prof: Paula Tavares da Cunha Melo
7
Método dos estímulos constantes
� Cada intensidade do estímulo é apresentada várias 
vezes e aleatoriamente.
� Marca-se a cada apresentação de determinada 
intensidade do estímulo se ele foi capaz de ser 
detectado ou não.
� O limiar absoluto será aquela intensidade onde houve a 
detecção do estímulo em 50 % das vezes.
� O limiar absoluto não é tão absoluto assim
MÉTODO DOS ESTÍMULOS CONSTANTES
Intensidade do estímulo
Número de
Apresentações
05 15 25 35 45 55 65 75 85 95 105
1 N N N N S S S S S S S
2 N N S S N S S S S S S
3 N N N S S N N N N S S
4 N S N N S N N S S S S
5 N N N N N S N S S S S
6 N N S N N N N S N S S
7 N N N S N N S N S S S
8 N N N N N S S N S S S
9 N N N N S S S S S N S
10 N N N N N N S S S S S
% de Sim ou
% de detecção do 
estímulo
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Limiar absoluto = 55 
Limiar absoluto – A intensidade do estímulo detectada em 50 % das ocasiões.
Psicofísica
Prof: Paula Tavares da Cunha Melo
8
Resultados apresentados 
graficamente
Método do Ajuste (ou do erro 
médio)
� O observador tem o controle da intensidade do 
estímulo
� O observador regula a intensidade do estímulo até que 
ele passe a ser detectável.
� Este nível de intensidade é definido como limiar.
Este é o método menos acurado.
Psicofísica
Prof: Paula Tavares da Cunha Melo
9
Teoria de detecção de sinais
� Existe um parâmetro de limiares absolutos para a população em 
geral, mas os limiares absolutos podem variar de uma pessoa 
para a outra e na mesma pessoa em função de circunstâncias 
diferentes.
� A detecção de um estímulo depende não apenas da intensidade 
deste estímulo, mas também de nossas experiências, 
expectativas, motivação, e fadiga, variando de pessoa para 
pessoa e, na mesma pessoa, em diferentes situações. 
� Um mãe exausta irá notar um leve gemido vindo do berço do bebê 
enquanto não perceberá sons mais altos, porém sem importância.
� Hoje sabe-se que é impossível estabelecer um limite exato entre 
estímulos supra e subliminares.
Teoria de detecção de sinais
Sinal (estímulo) Ruído
Resposta SIM Acerto Alarme falso
Resposta Não Omissão Rejeição correta
Exemplos: 
estrelas e avião (alarme falsoé custoso)
mancha em radiografia (omissão é custosa)
Barulho em época de paz ou guerra
Detecção de imagens de armas no raio X (motivação)
Psicofísica
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10
Estimulação Subliminar
� é o estímulo que é apresentado com uma intensidade abaixo do 
limiar absoluto.
� É possível sentir estímulos subliminares, ou seja, abaixo do 
limiar absoluto?
� sim, pois o limiar é fixado em 50% dos estímulos percebidos.
� Existem várias TIMS (Técnicas de Inserção de Mensagem 
Subliminar), cada qual endereçada a órgãos dos sentidos 
específicos, sendo os principais a visão e a audição. 
� Taquistoscópio: projetor de flashes usado em uma tela de cinema 
ou mesa de luz para projetar imagens ou palavras em alta 
velocidade. (patenteado em 1962 pelo Dr. Hal Becker, um professor da 
Tulane University Medical School)
� Com o uso do taquistoscópio, várias pesquisas demonstraram que 
a projeção de 1/3000 de segundo é a que produz mais efeito no 
público.
Percepção Subliminar
Estudos sobre estimulação subliminar em indivíduos normais sugerem que é 
possível ocorrer processamento perceptivo na ausência da percepção 
consciente.
Exemplos de laboratório com exposição de cenas/palavras a nível subliminar:
� Exposição a cenas positivas ou negativas seguida de imagens neutras
� Exposição a palavras indicativas de competitividade e neutras (jogo)
� Exposição a palavras ligadas à honestidade e hostilidade. Descrição de uma 
mulher e posterior julgamento das pessoas
� Exposição de imagens emocionais (fotos de rostos humanos expressando 
medo ou alegria): o neuroimageamento (fMRI) do cérebro indicou uma 
elevada reação na amígdala em resposta direta aos estímulos emocionais.
podemos processar informações sem termos consciência disto
� Grande parte de nosso processamento de informações ocorre de 
forma automática, longe de vista, fora da tela do radar de nossa 
consciência.
Psicofísica
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11
Priming Semântico
� Tarefas de decisão léxica: na qual os sujeitos precisam 
decidir o mais rápido possível se uma sequência de letras 
forma ou não uma palavra. 
� Uma palavra invisível pode pré-ativar (prime) sua resposta.
� O tempo de decisão para a palavra “tudroo”, por exemplo, é 
mais curto quando o estímulo subliminar que o antecedeu é 
uma palavra que tem um significado relacionado (enfermeira) 
do que quando o significado não tem relação (biblioteca). 
� Isto é conhecido como o efeito de engatilhamento
semântico. Marcel (1983) conseguiu obter um efeito de 
engatilhamento semântico mesmo quando os sujeitos não 
percebiam conscientemente a palavra inicial.
Percepção subliminar
� Podemos ter percepção subliminar não apenas porque 
somos expostos a um estímulo subliminar, mas também 
quando somos expostos a estímulos ocultos.
� Os casos de imagens embutidas mais antigos nos levam até 
Leonardo da Vinci, artista e sábio italiano (1452-1519) que 
muitas vezes utilizava a pintura para registrar cenas ou 
traumas de sua infância. 
� A primeira vista, quando vemos um quadro, uma pintura ou 
uma foto não percebemos conscientemente uma outra 
imagem que está "embutida", ou em segundo plano. 
Psicofísica
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Visão periférica
� Os nossos olhos focam sempre o objeto principal das imagens, 
seja na TV, nos quadros, paisagens, etc. As células 
responsáveis são chamadas de cones, responsáveis por um 
ângulo de aproximadamente 20 graus de visão central, 
enquanto que a maior parte de nosso mundo visual está na 
área que chamamos de visão periférica realizada por células 
do tipo bastonete.
� Geralmente são estas imagens que são captadas a nível 
subliminar, ou seja , são remetidas automaticamente ao nosso 
cérebro, não consciente.
Psicofísica
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13
Conceitos
Qual é a diferença entre estímulo subliminar e estímulo oculto?
� Estímulo subliminar: estímulo apresentado abaixo do limiar 
absoluto.
� Estímulo oculto: estímulo apresentado fora do foco de 
atenção
O que eles têm em comum?
� Observamos nesta 
embalagem de alimento, 
uma aplicação prática de 
utilização de uma técnica 
subliminar. A visão fóvica
capta a imagem central de 
forma consciente, 
enquanto a visão periférica 
absorve as imagens das 
'caveirinhas' (personagem 
do filme Pânico) dentro da 
panela.
Psicofísica
Prof: Paula Tavares da Cunha Melo
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Psicofísica
Prof: Paula Tavares da Cunha Melo
15
Persuasão Subliminar
O fato de haver percepção subliminar confirma as alegações de 
persuasão subliminar? 
� Mensagens no cinema: Beba coca-cola e Coma Pipoca (1956)
� Fitas com sons tranquilizantes com mensagens inaudíveis como 
“tenho uma ótima memória”, “sou magro”, 
� Pesquisa com fitas com rótulo “melhore sua memória” e “melhore sua 
auto-estima”.
� Efeito placebo
� Canal de TV lançou uma mensagem subliminar e pediu que as 
pessoas tentassem responder à ela. Não houve retorno positivo. 
� A mensagem era “telefone agora”.
Corremos o risco de mudar nosso comportamento em resposta às 
percepções subliminares ?
A influência parece ser momentânea. Não há evidências que a 
percepção subliminar possa influenciar o comportamento. 
Psicofísica
Prof: Paula Tavares da Cunha Melo
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Discriminação: Limiar diferencial
Responde à seguinte questão da Psicofísica: quão diferentes 
um do outro devem ser dois estímulos para que os 
percebamos como diferentes?
Limiar Diferencial
� É a menor diferença entre dois estímulos para que um deles seja 
distinguível do outro.
� é a diferença mínima que deve existir entre dois estímulos para 
que eles sejam percebidos como diferentes em 50% das vezes. 
Um músico precisa detectar variações mínimas na 
afinação de um instrumento,
um provador de vinho precisa ser capaz de distinguir leves 
diferenças de sabor entre vinhos de duas safras
Limiar diferencial (cont)
� Assim como para o limiar absoluto, definiu-se que o limiar 
diferencial ou mdp (menor diferença perceptível) ou DAP 
(diferença apenas perceptível) é a quantidade de mudança 
no estímulo necessária para que o sujeito detecte que 
houve mudança, em 50% das tentativas.
� Utiliza-se um estímulo padrão e outras variáveis a serem 
comparadas em termos de maior ou menor, mais ou menos 
intensos, mais ou menos brilhantes, etc.
� Usa-se o método dos limites, método dos estímulos 
constantes e método do erro médio ou do ajuste. Neste 
último o sujeito vai alterando o estímulo até se igualar ao 
estímulo padrão.
Psicofísica
Prof: Paula Tavares da Cunha Melo
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Lei de Weber (1834)
� O limiar diferencial aumenta com a magnitude do estímulo
� Quanto maior o valor do estímulo padrão, menos sensível é o 
sistema sensorial para as mudanças de intensidade
� Percebemos um aumento de 10g em um peso de100g
� Vai ser difícil perceber uma diferença de 10g em 1 Kg
� Podemos perceber a diferença de luminosidade ao 
acrescentarmos 1 vela acesa a um grupo de 5 velas acesas
� Se acrescentarmos mais uma vela acesa a um grupo de 100 
velas acesas, dificilmente alguém conseguirá notar a 
diferença de luminosidade.
� � a diferença de limiar não é uma medida constante, mas 
uma proporção constante do estímulo
� Para perceber a diferença entre 2 luzes, elas devem variar em 7,9%.
� A intensidade do som precisa variar 5%
� E a concentração de sal 8,3%
� � nossos limiares para detecção de diferenças têm uma 
proporção aproximadamente constante em relação ao 
tamanho do estímulo original (Weber), dependente da 
qualidade sensorial.
� Em geral somos mais sensíveis a alterações de luz e som do 
que a alterações de gosto e odor.
Psicofísica
Prof: Paula Tavares da Cunha Melo
18
Constante de Weber
� Existe uma relação constante entre o limiar diferenciale a 
intensidade do estímulo.
K= DI/I
K = constante de Weber
I = Intensidade do estímulo original
DI (delta i) = é o aumento de intensidade que, quando adicionado à 
intensidade do estímulo, produz uma DAP, sendo o quanto o 
estímulo precisa aumentar em intensidade para ser notada a 
diferença entre o estímulo original e o outro estímulo
���� Quanto menor for a constante de Weber, mais sensível 
o sujeito é a esse estímulo. 
� A lei de Weber é válida para uma ampla gama média 
de estímulos
� Longe dos limites absoluto e terminal do estímulo
Psicofísica
Prof: Paula Tavares da Cunha Melo
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Lei de Fechner
� Premissa: todas as DAP (diferença apenas perceptível) 
são psicologicamente idênticas.
� Enquanto a escala de sensação (eixo y) aumenta em 
proporção aritmética
� A escala de intensidade do estímulo aumenta em 
proporção geométrica
S = k log I
� S: magnitude da sensação
� I: intensidade física
� K: constante de Weber específica para uma dada 
dimensão sensorial
Lei de Fechner (gráfico)
Psicofísica
Prof: Paula Tavares da Cunha Melo
20
Lei de Potência de Stevens
� 100 anos após o trabalho de Fechner
� Premissas: 
� relação entre as magnitudes da sensações e dos 
estímulos não é logarítmica.
� É possível ter uma estimativa direta da experiência 
sensorial. 
� O observador atribui valores aos estímulos que são 
apresentados. 
� Existe um estímulo padrão ao qual é atribuído um valor. 
� O estímulo percebido como tendo o dobro da intensidade do 
estímulo padrão recebe valor correspondente ao dobro do 
valor atribuído ao estímulo padrão e assim por diante
Lei de Potência de Stevens
S = KIn
� S: magnitude da sensação
� K: fator de escala que leva em conta a escolha das unidades 
utilizadas numa dada dimensão sensorial, como centímetros, 
ampéres, gramas, etc.)
� I: intensidade física
� n: expoente ao qual a intensidade está elevada, sendo um 
valor constante para uma dada dimensão sensorial
� O valor de n reflete a relação entre as magnitudes da sensação 
e do estímulo
� Cada dimensão sensorial tem seu próprio expoente
� n pode ser menor, igual ou maior do que 1. Valores de n 
menor que 1: concavidade para baixo, valores de n maiores 
que 1: concavidade para cima e valores de n iguais a 1: 
Psicofísica
Prof: Paula Tavares da Cunha Melo
21
Lei de Potência de Stevens (gráfico)
n = 1: percepção do 
comprimento de uma reta
n = 3,5: choque elétrico 
aplicado aos dedos
n = 0,33: pequeno alvo no 
escuro
Tempo de reação
� Algumas detecções são mais fáceis do que outras
� É mais fácil distinguir a cor vermelha da verde do que da 
laranja.
� Para detectar a mudança, nestas situações, podemos usar o 
tempo de reação.
� Tempo de reação: Menor tempo que o indivíduo gasta 
para emitir uma resposta motora frente a um 
determinado estímulo. É o tempo entre o início de um 
estímulo e o início de uma resposta explícita. 
� Tipos de tempo de reação:
� Tempo de reação simples: esboçar alguma reação (como 
apertar um botão) assim que for detectado o estímulo
� Tempo de reação com escolha: tempo da detecção do 
estímulo mais sua discriminação (botão A se luz 
vermelha ou B se luz verde)
Psicofísica
Prof: Paula Tavares da Cunha Melo
22
Tempo de reação (cont. 1)
� Quanto menos intenso é um estímulo, mais lento é o tempo de 
reação.
� O tempo de reação simples é menor que o tempo de reação de 
escolha.
� O tempo de reação diminui quanto mais diferenciáveis forem os 
estímulos entre si.
� O tempo de reação a estímulos químicos (gustativos e olfativos) 
são maiores.
� O tempo de reação é menor quando o estímulo é aplicado na mão 
do que no pé, como também na mão que responde do que na 
outra.
� O tempo de reação depende de uma intensidade ótima do 
estímulo.
Tempo de reação (cont. 2)
� O período preliminar entre despertar a atenção do sujeito e a 
apresentação do estímulo não deve ser menor do que 1 
segundo nem maior do que 10 segundos.
� Quanto maior a atenção menor o tempo de reação.
� Quando o nível de prontidão para responder atinge um nível 
muito elevado é comum respostas prematuras.
� Tanto sujeitos treinados quanto experientes mostram-se 
suscetíveis de distrações.
� O tempo de reação é mais lento e variável na infância e na 
velhice.
� As drogas aumentam o tempo de reação.
Psicofísica
Prof: Paula Tavares da Cunha Melo
23
Adaptação sensorial
� É a redução de nossa sensibilidade para estímulos que não se 
modificam.
� Após a exposição constante a um estímulo, nossas células 
nervosas passam a disparar com menos frequência.
� O cheiro do caminhão de lixo não incomoda o gari como a nós.
� Ao entrarmos numa piscina, sentimos frio inicialmente. Pouco tempo 
depois a percepção do frio se modificou.
� O ruído constante de um ar-condicionado só vai ser percebido ao 
desligá-lo.
� Por que ao olharmos fixamente para um objeto , sem piscar, ele não 
desaparece?
� Nossos olhos se movem o tempo todo, imperceptivelmente para nós, 
mas o suficiente para garantir que o estímulo retiniano mude 
continuamente.
Benefícios da adaptação sensorial
� Foco em alterações significativas no nosso ambiente.
� Estímulos constantes deixam de ser percebidos.
� Nossos receptores sensoriais estão alerta para 
novidades.
� � nós percebemos o mundo como é mais útil que o 
percebamos, não como ele é exatamente.
� Poder da televisão de chamar a atenção: cortes, 
edições, zoom, barulhos repentinos.
Psicofísica
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24
A relatividade dos julgamentos 
psicofísicos
� Raramente se percebe um estímulo totalmente isolado (a 
não ser em certas condições laboratoriais).
� A percepção de um estímulo não depende somente da 
informação sensorial imediata, como tamanho, forma, cor,...
� Qual é a relação de tamanho entre as duas linhas centrais?

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