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ANESTESIA EM ANIMAIS COM CARDIOPATIA E HEPATOPATIA

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ANESTESIA EM ANIMAIS COM CARDIOPATIA
Dentre os diversos problemas que acometem a saúde animal, a cardiopatia é uma doença que requer muita atenção; principalmente quando o animal necessita de algum procedimento cirúrgico.
Observa-se que a doença cardíaca ocorre pela incapacidade que o órgão encontra para bombear a quantidade necessária de sangue, para que o processo circulatório se realize no corpo do animal. (NELSON; COUTO, 2015)
Dentre as doenças cardiovasculares mais comuns em pequenos animais podemos observar a endocardiose ou doença valvular crônica (comum em cães idosos), estenose pulmonar; defeito de septo arterioso; estenose aórtica entre outras. (AULER,1994).
 Em alguns casos é possível fazer a correção desse distúrbio; e nestes casos é preciso conhecer o anestésico mais indicado para cada tipo de cardiopatia. (FANTONI, 2014)
Esse procedimento deve ser bem avaliado, pois o efeito da anestesia em paciente cardíaco pode ocasionar um aumento na frequência cardíaca podendo levá-lo a uma complicação fatal. (DAY, 2004)
AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA EM ANIMAIS CARDIOPATA
Cães e gatos acometidos por doença cardíaca necessitam de uma avaliação minuciosa para a escolha do protocolo anestésico mais seguro para cada caso. (FANTONI, 2014)
Essa avaliação irá possibilitar identificar a gravidade e o comprometimento do órgão afetado pela doença; dando ao anestesista a possibilidade de escolha do anestésico que melhor suprir as necessidades daquele paciente. (DAY, 2004)
A anamnese permite que o médico veterinário consiga diferenciar as causas das doenças cardiovasculares das não cardíacas. (NELSON; COUTO, 2015)
Os exames também são importantes aliados na detecção e diferenciação das doenças cardíacas, que são classificadas de acordo com os sinais clínicos que o animal apresenta. (FUTEMA, 2014)
Dessa forma a anestesia em paciente cardiopata exige um preparo pré-operatório mais atento, sendo fundamental a escolha do fármaco utilizado. Também é imprescindível que o anestesista esteja preparado para possíveis complicações, como: hipotensão, baixo débito cardíaco, arritmias, entre outras. Dessa forma, fármacos vasoativos, inotrópicos e antiarrítmicos devem estar acessíveis. (FANTONI, 2014)
As doenças cardíacas provocam vários distúrbios hemodinâmicos nos animais e podem ser potencializados com uso indevido de alguns fármacos. Portanto, a escolha de anestésicos para a manutenção, e indução da anestesia é fundamental. (NUNES, 2014)
O uso incorreto de fármacos anestésicos podem desencadear efeitos indesejáveis sobre o sistema cardiovascular dos pacientes, entre eles podemos destacar o aumento da frequência cardíaca e a necessidade de oxigênio pelo miocárdio, o que pode provocar uma insuficiência cardíaca; redução da frequência cardíaca, gerando bloqueio atrioventricular; redução da resistência vascular sistêmica podendo ocasionar hipotensão; aumento da resistência vascular e trabalho cardíaco, pode também levar à insuficiência; depressão da contratilidade do miocárdio; aumento da contratilidade do miocárdio e da demanda de oxigênio e aumento ou redução da sensibilidade a catecolaminas induzindo arritmias. (MARCON; SAVARIS, 1997) 
Os desencadeadores de taquicardia são fármacos que devem ser evitados, pois os mesmos podem induzir a um aumento volume ventricular, reduzindo assim, o grau do prolapso da valva mitral. (PAWSON; FORSYTH, 2010)
Dessa forma, é desaconselhado o uso de barbitúricos em animais acometidos por afecções cardíacas, renais e hepática; quando utilizado em pacientes cardíacos, os barbitúricos podem elevar a frequência cardíaca. (PADDLEFORD, 2001) 
Os fármacos do tipo benzodiazepínicos são muito utilizados em cães cardiopatas, pois seu efeito sobre o sistema cardiovascular é mínimo, causando quase nenhuma alteração no ritmo e na frequência cardíaca. (MENEGHETT; OLIVA, 2010) 
Como medicação pré-anestésica o diazepam e o midazolam costumam ser muito utilizados na medicina veterinária, sendo que mesmo associado ao isoflurano, o midazolam não causou nenhuma alteração do débito cardíaco à manutenção da pressão arterial média e da frequência cardíaca. (FANTONI; CORTOPASSI, 2002)
Para a manutenção da anestesia os opioides costumam ser muito empregados, pois não causam efeitos indesejáveis sobre o sistema cardiovascular, beneficiando a diminuição no consumo de oxigênio pelo miocárdio, além de diminuir risco de eventos isquêmicos e promover analgesia intensa e diminuição na concentração de anestésicos voláteis e injetáveis na indução e manutenção da anestesia. (MENEGHETT; OLIVA, 2010) 
CONCLUSÃO
 
Portanto, podemos concluir que os cuidados anestésicos em pacientes com cardiopatia são fundamentais, requerendo do médico veterinário amplo conhecimento dos procedimentos a serem adotados nos principais eventos que possam ocorrer em uma emergência cardíaca.
REFERÊNCIAS
AULER, J.O.C. Anestesia para Cardiopata para cirurgia não Cardíaca, Revista Brasileira de Anestesiologia, Vol. 44, nº 6, Nov/Dez,1994.
DAY, T.K. Anestesia do Paciente com Doença Cardíaca. In: GREENE, S.A. Segredos em Anestesia Veterinária e Manejo da Dor. Porto Alegre: Artmed cap. 27, p.201, 2004.
FANTONI, D.T, CORTOPASSI, S.R.G. Anestesia em cães e gatos. São Paulo: Roca; 2002.
FANTONI, D. T. Anestesia no cardiopata. In: FANTONI, D. T. & CORTOPASSI, S. R.G. Anestesia em Cães e Gatos. 2ª ed. São Paulo: Roca, 2014. 
FUTEMA, F. Avaliação Pré-anestésica. In: FANTONI, D. T. & CORTOPASSI, S. R.G. Anestesia em Cães e Gatos. 2ª ed. São Paulo: Roca, 2014.
MARCON, E.N.; SAVARIS, N. Avaliação Pré-Operatória do Paciente Cardiopata. Revista Brasileira de Anestesiologia.; Vol. 47: n. 4: p. 350 – 362. 1997.	
MENEGHETT, I T.M, OLIVA V.N.L. Anestesia em cães cardiopatas. Med.vep Rev. Cient. Med. Vet. Pequenos Anim. Estim. 2010
 
MONTEIRO, E. R. et al. Efeitos sedativo e cardiorrespiratório da administração da metadona, isoladamente ou em associação à acepromazina ou xilazina, em gatos. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science. São Paulo, 2008. 
NELSON, R.W.; COUTO, C.G. Medicina Interna de Pequenos Animais. Trad. Cintia Raquel Bombardieri, Marcela de Melo Silva, et. al. - 5ª ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 
NUNES, N. Monitoração da Anestesia. In: FANTONI, D. T. & CORTOPASSI, S. R.G. Anestesia em Cães e Gatos. 2ª ed. São Paulo: Roca, 2014. 
 
OLESKOVICZ, N. Complicações da Anestesia. In: FANTONI, D. T. & CORTOPASSI, S. R.G. Anestesia em Cães e Gatos. 2ª ed. São Paulo: Roca, 2014. 
PADDLEFORD, R. R. Manual de Anestesia em Pequenos Animais. 2ª Ed. – São Paulo: Roca, 2001.
PAWSON, P.; FORSYTH, S. Agentes Anestésicos. In: MADDISON. J.E.; PAGE.W.S.; CHURCH.B.D. Farmacologia Clínica de Pequenos Animais. 2ª Ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
PEREIRA, P.M., CAMACHO, A.A., MORAIS, H.A. Tratamento de insuficiência cardíaca com benazepril em cães com cardiomiopatia dilatada e endocardiose. Arquivo Brasileiro Medicina Veterinária Zootecnia, v.57, supl. 2, p.141-148, 2005. 
RODRIGUES, M. F. G. Cardiomiopatia Dilatada Em Cães – Revisão. 2008. Trabalho de conclusão de curso de especialização latu sensu em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais, Rio de Janeiro.
HEPATOPATIA
A doença hepática pode ser definida como a perda da capacidade que o fígado tem de metabolizar e transformar as substâncias, provocando diversas consequências. Tudo que o animal ingere é absorvido pelo fígado, o que facilita a intoxicação desse órgão. (NELSON; COUTO,2006)
A insuficiência hepática é muito variada, podendo estar associada a causas infecciosas, congênitas secundárias às doenças endócrinas, autoimunes, tóxicas, iatrogênicas e idiopáticas. (ETTINGER & FELDMAN, 2004).
Portanto, o trabalho metabólico do fígado está sujeito aos mais diversos tipos de intoxicação, levando o órgão a todo tipo de complicação, devido a sua incapacidade funcional. (HIPOLITO; FREITAS, 1964)
Quando o fígado é acometido por algum problema, ocorre uma ação direta nos hepatócitos, que acabam sofrendouma necrose celular. Apesar do fígado ser um órgão que se regenera com, há casos que isto não acontece. (COLES, 1994)
Nos cães a insuficiência hepática está relacionada a; leptospirose; hepatite viral canina; hepatites medicamentosas por uso de anticonvulsivantes, quimioterápicos, anti-helmínticos e glicocorticoides; desvio portossistêmico congênito; intoxicação por cobre, toxinas de plantas, pesticidas e herbicidas; doenças biliares obstrutivas, neoplasias e causas idiopáticas. (TOSTES; BANDARRA, 2004) 
As vezes a doença não se manifesta, mesmo em casos agudos os sinais podem não ser evidente, necessitando de maior atenção; portanto é importante observar e levar seu cão ao veterinário periodicamente. 
SINTOMAS DA HEPATITE CANINA
É uma doença facilmente confundida com outras patologias, para ter certeza de que o animal está com hepatite é necessário fazer um exame de sangue. Alguns sintomas podem aparecer como: perda de apetite, vômitos, febre, inflamação dos glânglios, entre outros. (TOSTES; BANDARRA, 2004)
 A insuficiência hepática pode complicar causando encefalopatia hepática, ascite, coagulopatias, úlceras gastrintestinais e sepse, com o agravamento deste distúrbio, há o desenvolvimento de sinais mais evidentes e característicos de hipertensão portal e insuficiência hepática sendo que o aparecimento e intensidade dessas complicações variam conforme a etiologia da afecção. (WEBSTER, 2008)
CIRURGIA EM ANIMAIS HEPATOPATAS
O procedimento cirúrgico em animais hepatopatas complicado e exige uma avaliação pré-operatória minuciosa para identificar problemas e controla-los. Geralmente animais com insuficiência hepática tem doença cardiovascular exigindo do anestesista um maior cuidado com os fármacos a serem utilizados. (HIPOLITO; FREITAS, 1964)
Antes de realizar a intervenção anestésica é preciso avaliar a função hepática através de exames que serão analisados através de substâncias excretada pelo fígado.
Não existe um padrão para intervenções anestésicas, o conhecimento dos fármacos é de extrema importância, pois quase todas as drogas são metabolizadas direta ou indiretamente pelo fígado.
 Protocolo sugerido; 
MPA-Midazolan (0,3mg/kg) + morfina (0,5mg/kg) IM
Indução – Propofol (2 a 5mg/kg) IV ou Mascara de Isofluorano. (FANTONI; CORTOPASSI, 2014)
Monitoramento constante com profissionais treinados, após o término da anestesia, pois o período de recuperação pós-anestésica é definido como período entre a descontinuação da administração do anestésico e o tempo de recuperação de consciência do paciente. (MARTINS; FANTONI, 2014) 
CONCLUSÃO
A hepatopatia é uma doença que causa muitos óbitos em animais, porém se descoberta em estágio inicial e cuidados necessários, esta afecção poderá ser controlada. No caso da hepatite infecciosa, a vacinação é o melhor remédio, pois previne que o animal sofra com esta doença. 
REFERENCIAS
BICHARD, S. J; SHERDING, R. G. Clínica de Pequenos Animais. São Paulo:
Roca, 2003. p.1835-1836;
BICHARD, S. J; SHERDING, R. G. Clínica de Pequenos Animais. São Paulo: Roca, 2004.
COLES, E.H. Patologia Clínica Veterinária. 3 ed. São Paulo: Manole p.185-219, 1994. 
ETTINGER, S. J; FELDMAN, E. C. Tratado de Medicina Interna Veterinária. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. p.135-136;
FANTONI, D.T, CORTOPASSI, S.R.G. Anestesia em cães e gatos. São Paulo: Roca; 2014.
HIPÓLITO, O; FREITAS.M. Doenças Infecto – Contagiosas dos Animais Domésticos. Edições Melhoramentos. 1964. 
MARTINS, T.L.; FANTONI, D.T. Recuperação Pós-anestésica. In: FANTONI, D. T. & CORTOPASSI, S. R.G. Anestesia em Cães e Gatos. 2ª ed. São Paulo: Roca, 2014. 
NELSON, R. W., COUTO, C.G. Medicina Interna de Pequenos Animais. 3ªed., Elsevier Saunders, Rio de Janeiro, 2006, 1324p. 
TAYLOR, S. M. Convulsões. In: NELSON, R. W.; COUTO, C. G. (Ed.). Medicina interna de pequenos animais. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. cap. 67, p. 1038-1048.
TOSTES, R. A.; BANDARRA, E. P. Aspectos etiológicos, epidemiológicos e patológicos das hepatites crônicas em cães. Med. Vep - Revista científica de medicina veterinária, São Paulo. v. 2, n. 5, 2004. p. 67-72.
WEBSTER, C. R. L. Cirrose e fibrose hepática. In: Tilley, L. P.; Smith Jr., F. W. K. Consulta veterinária em 5 minutos: espécies canina e felina. 3. ed. São Paulo: Manole, 2008. p. 226-228

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