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NOÇÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO É um ramo do direito público, que estuda princípios e regras aplicadas aos tributos do Estado Democrático de direito e formas de tributação. TRIBUTOS É toda prestação pecuniária compulsória, em moeda. Podem ser federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal. Tributos federais. Exemplos: IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados PIS/PASEP – Programa de Integração Social COFINS – Contribuição para Seguridade Social SIMPLES – Sistema integrado de pagamento de impostos e contribuições das ME (Micro Empresas) e EPP(empresa de pequena porte). Tributos Estaduais. Exemplos: ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias Tributos Municipais. Exemplos: ISS - Imposto sobre Serviços ESPÉCIES DE TRIBUTOS Existem diversos tipos de tributos. Para nossa matéria, nos interessa saber sobre as seguintes espécies: Impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições sociais. 1. Impostos: Serve para atender as necessidades gerais da coletividade. Incidem sobre patrimônios e rendas e pode ser classificado como: direto e indireto. O imposto deve ter um fato gerador próprio definido em lei, que, normalmente, se enquadra em uma das seguintes situações: A prestação de serviços é o fato gerador da cobrança do ISS (Imposto sobre Serviços). Ser proprietário de imóvel localizado na zona urbana de um município é o fato gerador da cobrança de IPTU (Imposto sobre Propriedade Territorial e Predial Urbana). Direto: A obrigação do imposto cabe exclusivamente ao contribuinte, não pode ser passado para terceiros. • IRPF – Imposto Renda Pessoa Física • IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica • IPTU - Imposto Predial • ITR - Imp. sobre Propriedade Territorial Rural • IPVA - Imp. Sobre Propriedade de Veículos Indireto: Esse tipo de imposto é transferido para terceiros, sendo que o primeiro é quem recolhe o respectivo valor. Estes impostos incidem sobre produção e circulação de bens e serviços e são repassados para o consumidor, tais como: • IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados • ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias • ISS - Imposto sobre serviços • COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social O QUE É FATO GERADOR? Motivo pelo qual há a incidência do tributo. 2. Taxas: Utilizados para retribuir os gastos de alguns serviços prestados à população. Tais como: Coleta de Lixo, Licenciamento de veículos, Taxa de inspeção sanitária. As taxas são tributos cuja cobrança pode estar relacionada ao poder que a administração pública tem de limitar ou instituir regras específicas para o exercício de certos direitos e deveres. Ela pode regulamentar, por exemplo, questões referentes à segurança, higiene, ordem pública, etc. e, consequentemente, cobrar taxas como a de publicidade ou a licença de localização e funcionamento, entre outras. As taxas também podem ser cobradas pela utilização por parte do contribuinte de um serviço público específico, que lhe tenha sido prestado ou colocado à sua disposição. Isso justifica, por exemplo, a cobrança da taxa pela emissão de certidões públicas. 3. Contribuição de melhoria: Em função de uma obra pública e que favoreça o particular, como exemplo uma praça feita pela prefeitura e que acaba favorecendo e valorizando as propriedades particulares ao redor. Esse tributo tem a função de custear obras públicas que venham a valorizar o imóvel do contribuinte, como a instalação de uma nova rede elétrica na rua onde fica esse imóvel, por exemplo. Sua cobrança deve obedecer a dois parâmetros: O total arrecadado não pode ultrapassar o custo da obra. Além disso, o valor cobrado do contribuinte não pode ultrapassar a valorização de seu imóvel. 4. Empréstimos compulsórios (NÃO TRATADO EM SALA DE AULA, EM RAZÃO DA SUA NÃO INCIDÊNCIA NO CENARIO BRASILEIRO ATUAL): É um empréstimo ou investimento público, que visa atender fatos de calamidade pública ou guerra externa. Trata-se de um empréstimo que pode ser exigido dos contribuintes apenas pelo Governo Federal. No entanto, isso só será possível se: ocorrerem despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou de sua iminência; houver necessidade de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional; É importante ressaltar que a lei que institui o empréstimo compulsório deve prever não apenas a cobrança, mas também a devolução e o prazo de resgate dos valores emprestados. 5. Contribuições sociais: As contribuições custeiam a seguridade social e educacional e tem como objetivo a regulação da economia e das categorias profissionais. Também denominadas “especiais” ou “parafiscais”, essas contribuições tem por objetivo custear os serviços de determinados órgãos da administração pública, na sua área específica. O destino do dinheiro arrecadado deve ser definido na lei que institui essa contribuição, a exemplo do PIS/Pasep, que é usado para o pagamento do seguro-desemprego e do abono anual no valor de um salário mínimo para os trabalhadores que recebem até dois salários mínimos por mês. Outros exemplos de contribuições sociais vigentes no Brasil são o FGTS, a contribuição sindical, as contribuições para a seguridade social, além das contribuições para órgãos profissionais, como a OAB, ou mesmo para entidades que colaboram com o poder público, como o Senai. SUJEITOS DA RELAÇÃO TRIBUTÁRIA: Ativo: Quem recebe (União, Estado, DF e municípios) Passivo: Quem paga (pessoa física ou jurídica) PRINCÍPIOS JURÍDICOS DA TRIBUTAÇÃO Os princípios, indispensáveis à nossa matéria são: legalidade, igualdade e capacidade contributiva, anterioridade comum e anterioridade nonagesimal. 1. LEGALIDADE: Como princípio geral do direito público, e não apenas do direito tributário, a legalidade deve nortear todas as atividades a serem desenvolvidas pelo Governo Federal, pelos estados, pelos municípios e pelos órgãos administrativos a eles vinculados. Aplicado especificamente ao direito tributário, o princípio da legalidade determina que nenhum tributo poderá ser instituído, aumentado ou ter sua base de cálculo alterada se não houver uma lei específica que preveja esse fato. 2. IGUALDADE E CAPACIDADE CONTRIBUTIVA: No exercício de sua atividade tributária, a administração pública não pode tratar de forma desigual contribuintes que estejam em situação equivalente; por isso, eles deverão ter carga tributária semelhante. Esse princípio geral da igualdade é complementado pelo princípio da capacidade contributiva, segundo o qual os tributos devem, sempre que possível, ser instituídos e graduados respeitando-se a capacidade econômica de cada contribuinte. É por isso que o Imposto de Renda tem alíquotas diferenciadas de acordo com a capacidade econômica dos contribuintes, a fim de evitar que eles sejam onerados excessivamente. O QUE É ALÍQUOTA? A Alíquota é o percentual aplicado sobre a base de cálculo dos tributos. O QUE É BASE DE CÁLCULO? Conjunto de valores, utilizado para cálculo de tributos. 3. ANTERIORIDADE: De acordo com a Constituição Federal, as regras previstas em uma lei que institui um novo tributo ou que altera um tributo já instituído somente entram em vigor a partir do dia 1.o de janeiro do ano seguinte ao da sua publicação. Essa é a regra, denominada “ANTERIORIDADE COMUM”. Há ainda a regra chamada de ANTERIORIDADE NONAGESIMAL, definindo que somente poderão ser cobrados tributos novos ou alterados após um prazo de 90 dias a partir da publicação da nova lei. Essas regras devem ser aplicadas conjuntamente. Isso significa que tributos novos ou alterados somente poderão ser cobradosnos termos previstos na nova lei que os instituiu ou alterou a partir do dia 1º de janeiro do ano seguinte e a partir do 91º dia após a publicação da lei. OBSERVAÇÕES: Existem algumas exceções às regras de anterioridade comum e nonagesimenal: ƒ ƒ Exceção à regra da anterioridade comum: o IPI. Exceções à regra da anterioridade nonagesimal: o Imposto de Renda e a fixação da base de cálculo do IPTU e do IPVA. Exceções às regras da anterioridade comum e nonagesimal: o empréstimo compulsório criado para atender a despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou de sua iminência, os impostos de importação e exportação e o IOF.
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