Buscar

Técnicas de construção Civil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 352 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 352 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 352 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL 
2009 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROF. DR. JOSÉ ANTONIO DE MILITO 
PREFÁCIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Estas anotações de aulas, compiladas em forma de apostila, tem o intuito de 
facilitar a consulta e o acompanhamento das disciplinas de Técnicas das 
Construções Civis e Construções de Edifícios da Faculdade de Ciências 
Tecnológicas da P.U.C. Campinas e Construção Civil da FACENS-Faculdade de 
Engenharia de Sorocaba. 
 Não houve pretensão de escrevê-la para ser publicada como livro, mas sim 
reunir coletânea, conhecimentos extraídos de livros, catálogos, informativos, 
pesquisas, palestras, seminários etc. desde 1981, por esta razão não consta as 
citações e as referências bibliográficas dos autores e fontes de consulta em boa 
parte dos capítulos. 
 Contém um bom número de informações gerais úteis para que, ao projetar ou 
edificar, se esteja atento para não cometer os erros mais graves, que são 
encontrados em grande quantidade, principalmente nas construções de pequeno 
porte. 
 Espero que, de alguma forma, esta apostila contribua para acrescentar algo 
de novo aos alunos e mostre a importância do assunto, para que nos futuros 
projetos, seja dedicado algum tempo, aos cuidados necessários às técnicas de 
edificar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 JOSÉ ANTONIO DE MILITO 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1 ESTUDOS PRELIMINARES 
1.1 Estudo com o cliente ....... 1 
1.2.Exame local do terreno ....... 3 
1.3 Limpeza do terreno ....... 4 
1.4 Levantamento topográfico de lotes urbanos ....... 4 
1.4.1 Medidas do terreno (levantamento planimétrico) ....... 4 
1.5 Nivelamento (levantamento altimétrico) ....... 7 
1.5.1 Com uso do clinômetro ....... 8 
1.5.2 Nível de bolha ....... 9 
1.5.3 Nível de mangueira ..... 10 
 
2 TRABALHOS PRELIMINARES 
2.1 Construções vizinhas ..... 14 
2.2 Movimento de terra ..... 14 
2.2.1 Cortes ..... 15 
2.2.2 Aterros e reaterros ..... 16 
2.2.3 Sistemas de contratação dos serviços de movimento de 
terra 
 
..... 17 
2.3 Instalação de canteiros de serviços ou canteiro de obras ..... 17 
2.3.1 Exemplo de barracão para obras de pequeno porte ..... 19 
2.4 Locação de obra ..... 21 
2.4.1 Processo dos cavaletes ..... 21 
2.4.2 Processo da tábua corrida ..... 22 
2.5 Traçado ..... 23 
2.5.1 Traçado de ângulos retos e paralelas ..... 24 
2.5.2 Traçado de curvas ..... 25 
2.5.3 Locação de estacas ..... 26 
2.5.4 Locação da fôrma de fundação ..... 28 
 
3 FUNDAÇÕES CONVENCIONAIS 
3.1 Sondagem ..... 31 
3.1.1 Execução da sondagem ..... 31 
3.1.2 Resistência à penetração ..... 33 
3.1.3 Determinação do número de sondagens a executar ..... 33 
3.1.4 Perfil de sondagem ..... 35 
3.2 Escolha do tipo de fundações ..... 36 
3.2.1 Tipos de fundações ..... 37 
3.3 Fundação direta ou rasa ..... 38 
3.3.1 Sapata corrida em alvenaria ..... 39 
3.3.2 Sapatas isoladas ..... 42 
3.3.3 Sapatas corridas ..... 42 
3.3.4 Radiers ..... 43 
3.4 Fundações profundas ..... 44 
3.4.1 Estacas ..... 44 
3.4.2 Blocos de coroamento das estacas ...... 46 
3.4.3 Brocas ..... 47 
3.4.4 Estacas escavadas ..... 49 
3.4.5 Estacas apiloada ..... 49 
3.4.6 Estacas Strauss ..... 50 
3.4.7 Estacas Franki ..... 51 
3.4.8 Tubulões ..... 51 
3.4.9 Alvenaria de embasamento ..... 53 
3.5 Impermeabilização ..... 54 
3.5.1 Impermeabilização dos alicerces ..... 55 
3.5.2 Impermeabilização nas alvenarias sujeitas a umidade do 
solo 
 
..... 57 
3.6 Drenos ..... 58 
 
4 ALVENARIA 
4.1 Elementos de alvenaria tradicional ..... 63 
4.1.1 Elementos cerâmicos ..... 63 
4.1.2 Tijolos de solo cimento ..... 67 
4.1.3 Blocos de concreto ..... 68 
4.2 Outros elementos de alvenaria de vedação ..... 69 
4.3 Elevação da alvenaria tradicional ..... 69 
4.3.1 Paredes de tijolos maciços ..... 70 
4.3.1a Amarração dos tijolos maciços ..... 72 
4.3 1b Formação dos cantos de parede ..... 74 
4.3.1c Pilares de tijolos maciços ..... 75 
4.3.1d Empilhamento de tijolos maciços ..... 76 
4.3.1e Cortes em tijolos maciços ..... 77 
4.3.2 Paredes com blocos de concreto ..... 77 
4.3.3 Paredes de tijolos furados ..... 79 
4.4 Vãos em paredes de alvenaria ..... 79 
4.5 Outros tipos de reforços em paredes de alvenaria ..... 82 
4.6 Fixação das alvenarias de vedação em estruturas de 
concreto 
 
..... 84 
4.7 Muros ..... 85 
4.7.1 Fechamento de divisas em blocos de concreto ..... 85 
4.7.2 Fechamento de divisas em tijolo maciço e baiano ..... 86 
4.7.3 Tipos de fundações para muros ..... 87 
4.8 Argamassa de assentamento – preparo e aplicação ..... 88 
4.8.1 Preparo da argamassa para assentamento de alvenara 
de vedação 
 
..... 88 
4.8.2 Aplicação ..... 89 
 
5 FORROS 
5.1 Forro de madeira ..... 91 
5.2 Lajes pré-fabricadas unidirecionais ..... 92 
5.2.1 Elementos que as compõe ..... 93 
5.2.2 Generalidades sobre a laje comum (LC) ..... 94 
5.2.3 Generalidades sobre laje treliça (LT) ..... 98 
5.2.4 Generalidades sobre laje protendida (LP) ... 102 
5.2.5 Montagem e execução de lajes pré-fabricadas ...103 
5.3 Lajes pré-fabricadas bidirecionais ... 107 
5.4 Pré-lajes unidirecionais e bidirecionais ... 108 
5.5 Lajes pré-fabricadas – Painel alveolar de concreto 
protendido 
 
... 108 
 
6 COBERTURA 
6.1 Estrutura ...111 
6.1.1 Materiais utilizados nas estruturas ...112 
6.1.2 Peças utilizadas nas estruturas de telhado ...114 
6.1.3 Ligações e emendas ...119 
6.1.4 Telhado pontaletado ...122 
6.1.5 Recomendações ...124 
6.2 Cobertura ... 125 
6.2.1 Cerâmica ... 125 
6.2.2 Concreto ... 130 
6.2.3 Telhas onduladas de fibrocimento ... 130 
6.2.4 Inclinação e caimento ou declividade das telhas ... 131 
6.3 Sistema de captação de águas pluviais ... 133 
6.3.1 Calhas ... 134 
6.3.2 Água furtada ... 135 
6.3.3 Condutores ... 136 
6.3.4 Coletores ... 136 
6.3.5 Rufos e pingadeiras ... 136 
6.4 Dimensionamento ... 136 
6.4.1 Calhas ... 136 
6.4.2 Condutores ... 138 
6.5 Formas de telhados ... 138 
6.5.1 Beirais ... 138 
6.5.2 Platibanda ... 139 
6.5.3 Linhas do telhado ... 140 
6.5.4 Tipos de telhados ... 141 
6.6 Regra geral para desenho das linhas dos telhados ...142 
6.7 Calculo das telhas para cobertura plana ...143 
 
7 ESQUADRIAS 
7.1 Esquadrias de madeira ...145 
7.1.1 Portas ...145 
7.1.2 Porta balcão ... 150 
7.1.3 Janelas ...151 
7.1.4 Tipos de janelas de madeira ...153 
7.2 Esquadrias de metal ...156 
7.2.1 Janelas ... 156 
7.2.2 Portas ... 160 
7.3 Esquadrias de PVC ... 160 
7.4 Representação gráfica de portas e janelas ... 161 
7.4.1 Portas ... 161 
7.4.2 Janelas ... 161 
7.5 Algumas dimensões comerciais ... 163 
7.5.1 Portas ... 163 
7.5.2 Janelas ... 163 
7.6 Como escolher uma esquadria ... 164 
8 REVESTIMENTO 
8.1 Preparo dos substratos ...166 
8.1.1 Na vertical ...166 
8.1.2 Na horizontal ...168 
8.2 Revestimentos argamassados tradicionais ...170 
8.2.1 Na vertical ...170 
8.2.2 Na horizontal ...177 
8.3 Revestimentos não argamassados ...178 
8.3.1 Gesso ...178 
8.3.2 Revestimento cerâmico ...181 
8.3.2.1 Revestimento cerâmico na vertical ...185 
8.3.2.2 Revestimento cerâmico horizontal ...188 
8.3.3 Piso de madeira ...192 
8.3.4 Carpete ...196 
8.3.5 Pedras decorativas ...196 
8.3.6 Pisos vinílicos ...200 
8.3.7 Pisos de borracha ...201 
8.3.8 Pisos laminados ...203 
8.3.9 Piso de concreto ...204 
 
9 TINTAS E VIDROS 
9.1 Tintas ... 211 
9.1.1 Seus tipos ... 211 
9.1.2 Sua qualidade ... 212 
9.1.3 Preparação da superfície ... 213 
9.1.4 Esquema de pintura ... 214 
9.1.5 Cuidados na aplicação das tintas ... 216 
9.1.6 Condições ambientaisdurante a aplicação ... 220 
9.1.7 Material de trabalho ... 220 
9.1.8 Rendimentos ... 222 
9.1.9 Recomendações gerais ... 222 
9.2 Vidro ... 223 
9.2.1 Vidro temperado ... 224 
 
10 PATOLOGIAS MAIS COMUNS EM REVESTIMENTO 
10.1 Revestimento Argamassados – Analise das causas ... 229 
10.1.1 Causas decorrentes da qualidade dos materiais 
utilizados 
 
... 229 
10.1.2 Causas decorrentes do traço da argamassa ... 231 
10.1.3 Causas decorrentes do modo de aplicação do 
revestimento 
 
... 232 
10.1.4 Causas decorrentes do tipo de pintura ... 233 
10.1.5 Causas externas ao revestimento ... 234 
10.1.6 Reparos ... 236 
10.2 Revestimento cerâmicos – Analise das causas ... 239 
10.2.1 destacamento de placas ... 239 
10.2.2 Trincas, gretamentos e fissuras ... 239 
10.2.3 Eflorescência ... 240 
10.2.4 Deterioração das juntas ... 240 
10.3 Pinturas – Análise das causas ... 241 
11 DETALHES DE EXECUÇÃO EM OBRAS COM 
CONCRETO ARMADO 
 
11.1 Materiais empregados em concreto armado ... 244 
11.1.1 Cimento ... 244 
11.1.2 Agregados miúdos e graúdos ... 247 
11.1.3 Água ... 248 
11.1.4 Armaduras ... 248 
11.2 Sistemas de fôrmas e escoramentos convencionais ... 251 
11.2.1 Materiais e ferramentas ... 252 
11.2.2 Peças utilizadas na execução da fôrmas ... 256 
11.2.3 Detalhes de utilização ... 257 
11.2.4 Junta das fôrmas ... 263 
11.2.5 Sistema de forma leve ... 264 
11.2.6 Sistema médio de fôrmas ... 265 
11.2.7 Sistema pesado de fôrma ... 266 
11.2.8 Sistema trepante e auto trepante ... 266 
11.2.9 Sistema de fôrmas deslizante ... 267 
11.3 recomendação quanto ao manuseio e colocação das 
barras de aço 
 
... 267 
11.3.1 Corte ... 267 
11.3.2 Dobramento das barras ... 268 
11.3.3 Montagem das armaduras ... 269 
11.3.4 Barras de espera de pilares ... 270 
11.3.5 Armação de fundação ... 271 
11.3.6 Emendas ... 272 
11.3.7 afastamento mínimo das barras ... 272 
11.4 Como se prepara um bom concreto ... 273 
11.4.1 Concreto preparado manualmente ... 273 
11.4.2 Concreto preparado com betoneira ... 274 
11.4.3 Concreto dosado em central ... 276 
11.4.4 Aplicação do concreto em estruturas ... 277 
11.4.5 Cobrimento da armadura ... 282 
11.4.6 Cura ... 284 
11.4 7 Desforma ... 285 
11.4.8 Consertos de falha ... 286 
11.4.9 plano de concretagem ... 286 
 
12 VOCABULÁRIO DA CONSTRUÇÃO ... 289 
 
ANEXOS 
Ferramentas ... 321 
EPI - Equipamentos de proteção individual ... 323 
Pregos na escala natural 1:1 ... 324 
Tabelas para obras em concreto armado ... 327 
Tabelas prática de traço de concreto ... 330 
Tesouras terças e pontaletes ... 332 
Caibros ... 333 
Referências Bibliográficas ... 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
 
 
 
1 ESTUDOS PRELIMINARES 
1.1 Lote regular ..... 5 
1.2.Lote irregular com pouco fundo ..... 5 
1.3 Lote irregular com muita profundidade ..... 6 
1.4 Lote com setor curvo ..... 6 
1.5 Representação de curva de nível ..... 7 
1.6 Clinômetro ou nível de Abney ..... 8 
1.7 Clinômetro inclinado ..... 8 
1.8 Realização das medidas útil com o clinômetro ..... 9 
1.9 Utilização do nível de bolha ... 10 
1.10Posição da água quando não existe bolhas ... 10 
1.11 Processo da mangueira de nível ... 11 
1.12 Levantamento altimétrico em terreno com aclive ... 12 
1.13 Levantamento altimétrico em terreno com declive ... 12 
 
2 TRABALHOS PRELIMINARES 
2.1 Corte em terreno ... 15 
2.2 Aterro em terreno ... 16 
2.3 Barracão para pequenas obras ... 19 
2.4 Aproveitamento das chapas compensadas ... 20 
2.5 Cavalete ... 21 
2.6 Processo dos cavaletes ... 22 
2.7 Marcação sobre gabarito ... 23 
2.8 Processo da tábua corrida ... 23 
2.9 Traçado de ângulos retos e paralelas sobre o gabarito ... 24 
2.10 Traçado de ângulos retos e paralelas sobre o gabarito 
usando esquadro metálico 
 
... 25 
2.11 Traçado de curvas de pequeno raio ... 25 
2.12 Traçado de curva pelo método das quatro partes ... 26 
2.13 Projeto de locação de estacas ... 27 
2.14 Locação de estaca ... 28 
2.15 Projeto de forma locadas pelo eixo ... 29 
 
3 FUNDAÇÕES CONVENCIONAIS 
3.1 Esquema de sondagem ... 32 
3.2 Equipamento de sondagem a percussão ... 32 
3.3 Exemplo de locação de sondagens em pequenos lotes ... 34 
3.4 Planta de locação das sondagens ... 35 
3.5 Exemplo de um perfil de subsolo ... 36 
3.6 Relação dos tipos de fundações usuais em construção ... 37 
3.7 Profundidade de uma estaca isolada ... 38 
3.8 Detalhe do nivelamento do fundo de vala ... 39 
3.9 Sem cinta de amarração ... 41 
3.10 Com cinta de amarração ... 41 
3.11 Com cinta de amarração ... 41 
3.12 Sapata isolada retangular ... 42 
3.13 Sapata corrida sobre parede ... 42 
3.14 Sapata corrida sobre pilares ... 43 
3.15 Sapata corrida com viga ... 43 
3.16 Radier ... 44 
3.17 Esforços nas estacas ... 45 
3.18 (a) Arrasamento das estacas (b) Cota de arrasamento 
das estacas 
 
... 45 
3.19 Bloco de coroamento ... 46 
3.20 Tipos de trado ... 47 
3.21 Perfuração das brocas ... 48 
3.22 Perfuratriz ... 49 
3.23 Execução das estacas Strauss ... 50 
3.24 Execução das estacas Franki ... 51 
3.25 Seção típica de um tubulão ... 52 
3.26 Tubulão a ar comprimido ... 53 
3.27 Alvenaria de embasamento ... 54 
3.28 Impermeabilização no respaldo do alicerce ... 56 
3.29 Detalhe da aplicação da argamassa impermeável ... 57 
3.30 Impermeabilização em locais de pouca ventilação ... 57 
3.31 Impermeabilização em locais com ventilação ... 58 
3.32 Dreno horizontal ... 59 
3.33 Dreno horizontal cego ... 59 
3.34 Exemplo de aplicação dos drenos ... 60 
 
4 ALVENARIA 
4.1 Tijolo comum ... 64 
4.2 Tijolo com furo cilíndrico ... 66 
4.3 Tijolo com furo prismático ... 66 
4.4 Tijolo laminado ... 67 
4.5 Tijolo de solo cimento comum ... 67 
4.6 Tijolo de solo cimento para assentamento com cola ... 67 
4.7 Bloco de concreto ... 68 
4.8 Bloco canaleta ... 68 
4.9 Detalhe do nivelamento da elevação da alvenaria ... 70 
4.10 Detalhe do prumo do canto da alvenaria ... 70 
4.11 Colocação da argamassa de assentamento ... 71 
4.12 Assentamento do tijolo ... 71 
4.13 Retirada do excesso de argamassa ... 72 
4.14 Ajuste corrente ... 73 
4.15 Ajuste francês ... 73 
4.16 Ajuste inglês ou gótico ... 73 
4.17 Canto de parede de meio tijolo no ajuste comum ... 74 
4.18 Canto em parede de um tijolo no ajuste francês ... 74 
4.19 Canto de parede de um tijolo no ajuste comum ... 74 
4.20 Canto em parede de espelho ... 75 
4.21 Canto em parede de um tijolo com parede interna de 
meio tijolo ajuste francês 
 
... 75 
4.22 Exemplo de pilares em alvenaria ... 76 
4.23 Empilhamento de tijolos maciços ... 76 
4.24 Corte do tijolo maciço ... 77 
4.25 Detalhe do assentamento do bloco de concreto ... 78 
4.26 Detalhe de execução dos cantos ... 78 
4.27 Execução da alvenaria utilizando tijolos furados ... 79 
4.28 Execução da amarração na alvenaria de tijolo furado ... 79 
4.29 Vão de alvenaria ... 80 
4.30 Vergas sobre e sob os vãos ... 80 
4.31 Vergas em alvenaria de tijolo maciço para vãos até 1,0m ... 81 
4.32 Vergas em alvenaria de tijolo maciço para vão entre 1,0 e 
2,0m 
 
... 81 
4.33 Vergas em alvenaria de bloco de concreto para vão de 
1,0m e entre 1,0 e 1,5m 
 
... 81 
4.34 Vergas em alvenaria de tijolo maciço para vãos entre 1,5 
e 2,0m 
 
... 82 
4.35 Vergas em alvenaria de tijolo furado para vãos até 1,0m e 
entre 1,0 e 2,0m 
 
... 82 
4.36 Coxins de concreto ... 82 
4.37 Cinta de amarração em alvenaria de tijolo maciço ... 83 
4.38 Cinta de amarração em alvenaria de tijolo furado ... 83 
4.39 Cinta de amarração em alvenaria de bloco de concreto ... 83 
4.40 Fixação da alvenaria de vedação em estrutura de 
concreto 
 
... 84 
4.41 Detalhe dos pilaretes executados nos blocos ... 85 
4.42 Detalhe da elevação de muros de bloco aparente, 
revestidoe viga baldrame 
 
... 86 
4.43 detalhe de execução de um muro de tijolo maciço ... 86 
4.44 Exemplo de fundação para muros ... 87 
4.45 Preparo da argamassa manualmente ... 88 
4.46 Preparo da argamassa com betoneira ... 88 
4.47 Assentamento tradicional ... 89 
4.48 Assentamento em cordão ... 89 
4.49 Tipos de frizos ... 90 
 
5 FORROS 
5.1 Tipos de forros de madeira ... 91 
5.2 Fixação do forro na estrutura do telhado ... 92 
5.3 Fixação do forro em laje e em tirantes para execução de 
rebaixos 
 
... 92 
5.4 Elementos da laje pré-fabricada comum ... 94 
5.5 Variação das alturas de uma laje pré-fabricada comum ... 95 
5.6 Apoio da laje comum sobre alvenaria ... 96 
5.7 Apoio da laje comum em estrutura de concreto armado ... 96 
5.8 Apoio da laje comum passante em beirais ... 96 
5.9 Apoio da laje com balanceado em beirais ... 96 
5.10 Exemplo de reforços em laje pré comum ... 97 
5.11 Elementos de uma laje pré-fabricada treliça ... 98 
5.12 Exemplos das variações das alturas da laje treliça ... 98 
5.13 Apoio da laje treliça em estrutura de concreto armado ... 99 
5.14 Armadura adicional de tração . 100 
5.15 Armadura adicional de compressão . 100 
5.16 reforço em laje treliça . 100 
5.17 Exemplo de execução de nervuras . 100 
5.18 Manuseio da laje treliça . 101 
5.19 Vigota protendida . 102 
5.20 Exemplo de escoramento convencional para laje pré-
fabricada 
 
. 104 
5.21 Exemplo de escoramento metálico para laje pré-fabricada . 104 
5.22 Detalhe da colocação da laje pré-fabricada . 105 
5.23Detalhe da colocação da armadura negativa . 106 
5.24 detalhe do apoio das tábuas da passarela . 107 
5.25 (a) laje maciça com pré-laje treliçada (b) laje maciça com 
pré-laje treliçada e elemento de enchimento 
 
. 108 
5.26 Painel alveolar de concreto protendido . 109 
 
6 COBERTURA 
6.1 Esquema de estrutura de telhado . 112 
6.2 Seção típica de uma estrutura de telhado . 114 
6.3 Detalhe do apoio da tesoura sobre o frechal . 115 
6.4 Esquema de contraventamento das tesouras . 115 
6.5 Esquema do apoio das terças nas tesouras . 116 
6.6 Detalhe da colocação da primeira ripa ou testeira nos 
beirais 
 
. 118 
6.7 Detalhe da galga . 118 
6.8 Detalhe da ligação entre linhas e a perna . 119 
6.9 Detalhe da ligação entre a linha e a perna . 119 
6.10 Detalhe da ligação entre a perna e a escora . 120 
6.11 Detalhe da ligação entre as pernas e o pendural . 120 
6.12 Detalhe da ligação entre as pernas e o pendural . 120 
6.13 Detalhe da ligação entre a linha, asna e pendural . 121 
6.14 Detalhe das emendas de uma linha de terça . 121 
6.15 Detalhes da emenda das terças com pregos . 121 
6.16 Detalhe da emenda das terças com parafusos e chapas . 121 
6.17 Apoio dos pontaletes em berços . 123 
6.18 Detalhe do berço para distribuir as cargas . 123 
6.19 Detalhe do apoio dos pontaletes sobre as paredes . 124 
6.20 Detalhe da fixação por pregos menores . 124 
6.21 Detalhe da fixação das ripas nos caibros . 125 
6.22 Fixação das ripas nos caibros . 125 
6.23 Acabamento da cumeeira . 126 
6.24 Telha francesa ou marselha . 127 
6.25 Telha paulista . 128 
6.26 Telha plan . 128 
6.27 Telha romana e portuguesa . 129 
6.28 Telha termoplan . 129 
6.29 Telha germânica . 130 
6.30 Inclinação e caimento de telhados retos . 131 
6.31 Inclinação mínima para telhados selados com vão até 
8,0m 
 
. 132 
6.32 Detalhe da estrutura de um telhado selado . 133 
6.33 Calha tipo coxo . 134 
6.34 Calha tipo platibanda . 135 
6.35 Calha tipo moldura . 135 
6.36 Detalhe de uma água furtada . 135 
6.37 Detalhe da utilização dos rufos e das pingadeiras . 136 
6.38 Áreas de contribuição condutores . 137 
6.39 Divisão do telhado em áreas “a” . 137 
6.40 Calha tipo platibanda . 137 
6.41 Calha tipo coxo . 138 
6.42 Beiral em laje . 139 
6.43 Beiral em telhas vã . 139 
6.44 Detalhe das platibandas . 140 
6.45 Desenho das linhas de um telhado . 140 
6.46 Telhados terminando em águas ou em águas mais oitão . 141 
6.47 Telhados com uma água . 141 
6.48 Telhados com duas águas . 142 
6.49 Telhados com três águas . 142 
6.50 Telhados com quatro águas . 142 
6.51 Perspectiva das linhas de um telhado . 143 
 
7 ESQUADRIAS 
7.1 Componentes das portas de madeira . 145 
7.2 Vão livre ou vão de luz . 146 
7.3 Detalhes da fixação dos batentes das portas . 146 
7.4 Detalhe da fixação dos batentes por pregos . 147 
7.5 Detalhe da fixação dos batentes por parafusos . 148 
7.6 Detalhe da fixação dos batentes por espuma de 
poliuretano 
 
. 148 
7.7 Detalhe da fixação das guarnições .149 
7.8 Tipo de fechaduras para as portas . 150 
7.9 Porta balcão . 151 
7.10 Batentes das janelas . 152 
7.11 Detalhe da fixação das janelas em alvenaria de um tijolo . 153 
7.12 Caixilho de correr . 153 
7.13 Caixilho de abrir . 154 
7.14 Venezianas de abrir com caixilho guilhotina . 154 
7.15 Veneziana de correr com caixilho de correr . 154 
7.16 Veneziana de abrir com caixilho de abrir . 155 
7.17 Janela tipo ideal . 155 
7.18 Janela de enrolar . 156 
7.19 Fixação dos caixilhos de ferro na alvenaria e dos vidros 
nos caixilhos 
 
. 157 
7.20 Detalhe do caixilho tipo basculante . 157 
7.21 Caixilho maximo ar . 158 
7.22 Janela veneziana . 159 
7.23 Caixilho de correr . 159 
7.24 Venezianas de projeção . 160 
7.25 Representação das portas em planta e vista . 161 
7.26 Representação dos caixilhos basculante e máximo ar . 161 
7.27 Representação dos caixilhos de empurar e guilhotina . 162 
7.28 Representação dos caixilhos de correr e de abrir . 162 
7.29 Representação dos caixilhos pivotante . 162 
7.30 Representação dos caixilhos tipo ideal . 163 
 
8 REVESTIMENTO 
8.1 Diversas formas de aplicação do chapisco . 167 
8.2 Procedimento para nivelar sub-base do lastro . 169 
8.3 Assentamento das taliscas superior nas paredes . 172 
8.4 Assentamento das taliscas inferiores nas paredes . 173 
8.5 Determinação da colocação das taliscas nos tetos utilizado 
o nível referêncial 
 
. 173 
8.6 Determinação da execução das guias e do emboço . 174 
8.7 Determinação da aplicação do reboco . 175 
8.8 Determinação dos tipos de juntas . 183 
8.9 Determinação da execução do rejuntamento . 184 
8.10 Juntas superficiais dos azulejos . 185 
8.11 Determinação do assentamento dos azulejos .186 
8.12 Exemplo de divisão dos azulejos . 186 
8.13 Tacos de madeira . 192 
8.14 Parquete e tacão . 193 
8.15 Fixação das tábuas com parafusos sobre caibros ou 
ganzepes 
 
. 194 
8.16 Fixação das tábuas por pregos anelados . 194 
8.17 Exemplo de regularização sem nivelamento . 196 
8.18 Situação de empenamento devido à posição do cerne . 196 
8.19 Junta de expansão tipo diamante . 206 
8.20 Selante para junta de construção . 206 
8.21 Selante para junta serrada . 207 
8.22 Detalhe de execução do piso de concreto . 208 
 
9 TINTAS E VIDROS 
9.1 Materiais utilizados no preparo das pinturas em madeiras . 220 
9.2 Material utilizado no preparo e aplicação das pinturas em 
metais 
 
. 221 
9.3 Materiais utilizados no preparo e aplicação da pintura em 
parede 
 
. 221 
9.4 Exemplo de fixação dos vidros em caixilhos . 223 
9.5 Cargas nos vidros . 224 
9.6 Impacto nos vidros . 225 
9.7 Flambagem . 225 
9.8 Posição dos furos em vidros temperados . 226 
 
10 PATOLOGIAS MAIS COMUNS EM REVESTIMENTO 
10.1 Vesícula formada no reboco . 229 
10.2 Aspecto típico do deslocamento da argamassa de cal do 
revestimento interno 
 
. 230 
10.3 Argamassa magra de saibro e cal aplicada muito espessa . 231 
10.4 Argamassa em processo de deslocamento por falta de 
chapisco 
 
. 232 
10.5 Revestimento em processo de deslocamento por 
carbonatação insuficiente 
 
. 234 
10.6 Efeitos da umidade sobre o reboco . 234 
10.7 Acúmulo de bolor no revestimento por efeito da umidade . 235 
10.8 (a)(b) Fissuras do revestimento por expansãoda 
argamassa de assentamento 
 
. 236 
10.9 Aspecto do revestimento Interno . 236 
 
11 DETALHES DE EXECUÇÃO EM OBRAS COM 
CONCRETO ARMADO 
 
11.1 Local para guarda de material . 246 
11.2 Baia de madeira para separar os agregados . 248 
11.3 Armazenagem das barras de aço sobre travessas . 250 
11.4 Modelos de tensores e espaguetes utilizados em fôrmas . 255 
11.5 Bancada com gabarito para montagem dos painéis das 
fôrmas 
 
. 255 
11.6 Tipos de disco para corte de tábua e chapas 
compensadas 
 
. 256 
11.7 Detalhes do escoramento e contraventamentos em 
pilares 
 
. 258 
11.8 Detalhe do escoramento e contraventamento em pilares 
bem como das janelas 
 
. 258 
11.9 Tipos de gravatas utilizadas em pilares . 259 
11.10 Tipos de reforços em gravatas . 259 
11.11 Detalhe de uma fôrma de viga . 260 
11.12 Detalhe de fôrma de vigas de pequena dimensão . 261 
11.13 Detalhe de fôrma das vigas com sarrafo de pressão . 261 
11.14 Detalhe da fôrma das lajes maciças . 262 
11.15a Detalhe da fôrma das lajes maciças conjugado com 
vigas 
 
. 262 
11.15b detalhe da fôrma das lajes maciças conjugado com 
vigas 
 
. 262 
11.16 Fechamento das juntas de fôrma utilizando mata-junta e 
fita adesiva 
 
. 263 
11.17 Detalhe da fôrma utilizando tábuas . 263 
11.18 Escoramento de madeira tipo H . 264 
11.19 Escoramento metálico . 265 
11.20 Fôrma trepante . 266 
11.21 Equipamento utilizados no corte das barras de aço . 267 
11.22 Bancadas com pino de dobramento . 268 
11.23 Pontos de amarração usuais . 269 
11.24 Quadro de madeira para servir de suporte às barras de 
espera dos pilares 
 
. 270 
11.25 Lastro de brita sob as vigas baldrames . 272 
11.26 Lastro de brita sob os blocos de estacas . 272 
11.27 Mistura da areia e de cimento sobre superfície 
impermeável 
 
. 274 
11.28 Adição das britas . 274 
11.29 Colocação da água . 274 
11.30 Sequência da mistura em betoneira . 275 
11.31 Aplicação do vibrador na vertical . 278 
11.32 Cachimbo para facilitar a concretagem . 279 
11.33 Emendas e concretagem de vigas realizadas à 45º . 280 
11.34 Determinação da colocação de caranguejos no 
posicionamento das armaduras lajes 
 
. 281 
11.35 Detalhe das guias de nivelamento . 281 
11.36 Passarela para concretagem apoiadas na fôrma . 282 
11.37 Pastilhas de argamassa . 283 
11.38 Pastilha plásticas . 283 
11.39 Método mais comum de consertos de falha . 286 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
 
 
1 ESTUDOS PRELIMINARES 
1.1 Modelo de questionário para uso residencial ..... 2 
 
2 TRABALHOS PRELIMINARES 
2.1 Relação de empolamentos ... 15 
2.2 Potência e sistema de alimentação dos equipamentos de 
obras 
 
... 18 
2.3 Relação de materiais para execução de barracão para 
pequenas obras 
 
... 20 
 
3 FUNDAÇÕES CONVENCIONAIS 
3.1 Compacidade das areias e consistência das argilas ... 33 
3.2 Número mínimo de pontos em função da área construída ... 35 
 
4 ALVENARIA 
4.1 Dimensões normalizadas dos elementos cerâmicos ... 65 
4.2 Dimensões nominais dos blocos de concreto ... 68 
4.3 Traço de argamassa em latas de 18 litros para argamassa 
de assentamento 
 
... 89 
4.4 Equivalência das bitolas dos aços ... 91 
 
5 FORROS 
5.1 Altura total da laje (h) ... 94 
5.2 Vãos livres máximos para laje pré-fabricada comum ... 97 
5.3 Consumos de materiais para capeamento por m2 de laje ... 97 
5.4 Vãos máximos para laje treliça . 101 
 
6 COBERTURA 
6.1 Algumas espécie de madeiras indicadas para estrutura de 
telhado 
 
. 112 
6.2 Vão máximo de terças (m) . 116 
6.3 Vão máximo dos caibros (m) . 117 
6.4 Dimensão das telhas onduladas de fibrocimento . 131 
6.5 Correspondência entre (αº) e (d%) usuais . 132 
6.6 Ponto de cobertura . 132 
6.7 Dimensões mínimas para telhados selados com vão até 
8,0m 
 
. 133 
6.8 Fator de inclinação para caimentos usuais . 143 
 
7 ESQUADRIAS 
7.1 Dimensões das portas . 163 
7.2 Dimensões das janelas . 163 
7.3 Características dos diversos tipos de janelas . 164 
 
8 REVESTIMENTO 
8.1 Traço do emboço para as diversas bases . 171 
8.2 Traço do reboco . 176 
8.3 Desvios máximos de prumo, nível e planeza . 179 
8.4 Etapa e tempo aproximado de execução da aplicação 
manual do gesso 
 
. 181 
8.5 Classificação das cerâmicas quanto a absorção de água . 181 
8.6 Classificação das cerâmicas esmaltadas ao ataque 
químico 
 
. 182 
8.7 Classificação dos pisos cerâmicos quanto a abrasão . 182 
8.8 Consumo de rejunte por m2 . 184 
8.9 junta superficial entre azulejos . 187 
8.10 Consumo de argamassa colante . 191 
8.11 Locais indicados para aplicação dos mármores e granitos .198 
8.12 Pedras naturais mais comuns . 199 
8.13 Locais mais indicados de aplicação de algumas pedras 
naturais 
 
. 199 
 
9 TINTAS E VIDROS 
9.1 Defeitos observados, agentes causadores e possíveis 
mecanismos de degradação 
 
. 219 
9.2 Rendimentos mais comuns em tintas de boa qualidade . 222 
9.3 Classificação dos vidros . 223 
9.4 Resistência ao impacto . 224 
9.5 Dimensões máximas de fabricação . 225 
 
10 PATOLOGIAS MAIS COMUNS EM REVESTIMENTO 
10.1 Identificação das causas, externas do dano e solução . 237 
10.2 Identificação das causas, externas do dano e solução . 238 
10.3 Patologia mais comuns das tintas . 242 
10.4 Patologia mais comuns das tintas . 243 
 
11 DETALHES DE EXECUÇÃO EM OBRAS COM 
CONCRETO ARMADO 
 
11.1 Cimentos disponíveis no mercado brasileiro . 245 
11.2 Característica dos fios e barras . 251 
11.3 Dimensões dos pregos em “mm” . 254 
11.4 Diâmetros dos pinos de dobramento . 268 
11.5 Diâmetro dos pinos de dobramento - Estribos . 269 
11.6 Comprimentos básicos para esperas de acordo com o fck 
do concreto 
 
. 271 
11.7 Tempos mínimos de acordo com o diâmetro e tipo de 
betoneira 
 
. 275 
11.8 Limite de abatimento (slump-test) . 276 
11.9 Cobrimento das armaduras . 282 
11.10 número de dias para cura de acordo com a relação a/c e 
do tipo de cimento 
 
. 284 
 
 1 
 
1 - PROJETO - ESTUDOS PRELIMINARES 
 
 
 
 
 
 
APÓS ESTUDAR ESTE CAPÍTULO; VOCÊ DEVERÁ SER CAPAZ DE: 
• Elaborar um bom projeto arquitetônico; 
• Utilizando métodos simples, definir a planimetria e a altimetria de um terreno; 
• Analisar a topografia de um terreno; 
• Utilizar melhor a topografia dos terrenos. 
 
 
 
Os projetos são peças importantes na execução de uma obra. Um projeto 
bem elaborado reduz muito as incertezas e dúvidas como também o desperdício de 
material e de mão-de-obra. Todas as possibilidades e informações devem ser 
analisadas e discutidas na fase de projeto. Começamos com: 
 
• Estudo com o cliente; 
• Exame local do terreno; 
• Restrições da Prefeitura ou de outros órgãos; 
• Levantamento topográfico. 
 
Com os dados levantados, podemos então iniciarmos a elaboração dos 
projetos de maneira a aproveitar melhor o terreno a insolação etc. 
 
 
1.1 - ESTUDO COM O CLIENTE 
 
Sabemos que para se elaborar um projeto devemos antes de mais nada, 
realizar uma entrevista com os interessados em executar qualquer tipo de 
construção. O cliente poderá ser um grupo de profissionais (médicos, industriais 
etc), municipalidade, entidades, uma família etc. Nesta apostila o nosso cliente será 
o interessado juntamente com os seus familiares, pois vamos nos ater a pequenas 
obras (residências unifamiliares). 
 
Devemos considerar que geralmente o cliente é praticamente leigo, cabendo 
então ao profissional orientaresta entrevista, para obter o maior número possível de 
dados. 
 
Para auxiliar na objetividade da entrevista inicial com o cliente, podemos 
utilizar um questionário (Tabela 1,.1), que tem a função de orientar evitando 
esquecimentos. 
Este modelo de questionário poderá ser preenchido parcialmente durante a 
entrevista. Não é possível seu preenchimento completo, pois é útil e indispensável 
uma visita ao terreno, antes de iniciarmos o projeto. 
 
 
 2 
 
Tabela 1.1 - Modelo de questionário para uso residencial 
 PROJETO RESIDENCIAL nº _______ 
I Dados do cliente: 
 Nome:_________________________________________________ e-mail ___________________ 
 End. Res.:___________________________________CEP __________ Fone ( )______________ 
 End. Com.:__________________________________CEP __________ Fone ( )______________ 
 CPF: ________________________________RG: _______________________________________ 
 Nome Esp.:____________________________________________ e-mail____________________ 
 End. Com.:________________________________________________ Fone ( )______________ 
 Prof. Ele: _______________________________ Ela _____________________________________ 
II Dados do Terreno 
 Localização: 
 Medidas: Frente _____________ LE _____________ LD ____________ Fundo _______________ 
 Rua: ________________________________ CEP ____________Bairro: ____________________ 
 Lote: _______________ Quadra: ________________ Quarteirão: __________________________ 
 Larg. da rua: ____________ Tipo de Pav.: _______________ nº casas Viz. __________________ 
 Distância da esquina__________________________Largura do passeio:____________________ 
Inclinação do Terreno: 
 Plano Inclinação lateral 
 Sobe para os Fundos Suave Esquerda 
 Desce para os Fundos Forte Direita 
Local de passagem da rede de Água 
 Centro LE LD 
Local de passagem da rede de Esgoto 
 Centro LD LD 
Os terrenos vizinhos estão construídos ? 
 LE LD Fundos 
 Nível econômico das construções no local 
 Alto Médio Popular 
Croquis de situação 
 
 
 
 
III Restrição da Prefeitura 
 Zoneamento: ______ To (taxa de ocupação)______ Ca (coeficiente de aproveitamento) _______ 
 Recuos obrigatórios: de frente ___________________ 
 lateral _____________________ 
 de fundo ___________________ 
 % de área permeável_______________Outros ________________________________________ 
 3 
 
IV Da Futura Construção 
 Nº de Pav.: ________ Área aprox. de construção: ________m² Estilo: ____________Nº de 
usuários: ____ 
 Dados dos usários: sexo________ idade_______ 
 
Ambientes Méd.Aprox. Pisos Paredes Tetos Portas Janelas 
 
 
 
 
 
 
 
Verba disponível: R$ ______________________________________ 
 
Revestimento Externo: 
 Pisos: ______________________________Paredes: ___________________________________ 
 Fachada: ___________________________ Muro: ______________________________________ 
 Detalhes: _______________________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________________________ 
 
 
1.2 - EXAME LOCAL DO TERRENO 
 
Sem sabermos as características do terreno, é quase impossível executar-se 
um bom projeto. 
As características ideais de um terreno para um projeto econômico são: 
 
a) Não existir grandes movimentações de terra para a construção; 
b) Ter dimensões tais que permita projeto e construção de boa residência; 
c) Ser seco; 
d) Ser plano ou pouco inclinado para a rua; 
e) Ser resistente para suportar bem a construção; 
f ) Ter facilidade de acesso; 
g) Terrenos localizados nas áreas mais altas dos loteamentos; 
 h) Escolher terrenos em áreas não sujeitas a erosão; 
i) Evitar terrenos que foram aterrados sobre materiais sujeitos a 
decomposição orgânica. 
 
Mas como nem sempre estas características são encontradas nos lotes 
urbanos, devemos levá-las em consideração quando da visita ao lote, levantando os 
seguintes pontos: 
 
a) Deve-se identificar no local o verdadeiro lote adquirido segundo a 
escritura, colhendo-se todas as informações necessárias; 
b) Verificar junto a Prefeitura da Municipalidade, se o loteamento onde se 
situa o terreno, foi devidamente aprovado e está liberado para 
construção; 
c) Números das casa vizinhas ou mais próximas do lote; 
 4 
 
d) Situação do lote dentro da quadra, medindo-se a distância da esquina ou 
construção mais próxima. 
e) Com bússola de mão, confirmar a posição da linha N-S. 
f) Verificar se existem benfeitorias.(água, esgoto, energia) 
g) Sendo o terreno com inclinação acentuada, em declive, verificar se existe 
viela-sanitária vizinha do lote, em uma das divisas laterais ou fundo; 
h) Verificar se passa perto do lote, linha de alta tensão, posição de postes, 
bueiros, etc... 
i) Verificar se existe faixa non edificandi .( de não construção) 
j) Verificar a largura da rua e passeio. 
Obs.: Todos esses dados poderão ser acrescidos no questionário anterior. 
 
Geralmente, estes dados colhidos na visita ao terreno não são suficientes, e 
na maioria das vezes, devemos pedir previamente que se execute uma limpeza do 
terreno e um levantamento plani-altimétrico. 
 
 
1.3 - LIMPEZA DO TERRENO 
 
Temos algumas modalidades para limpeza do terreno, que devemos levar em 
consideração e sabermos defini-las: 
 
1.3.1 - Carpir - Quando a vegetação é rasteira e com pequenos arbustos, 
usando para tal, unicamente a enxada. 
1.3.2 - Roçar - Quando além da vegetação rasteira, houver árvores de 
pequeno porte, que poderão ser cortadas com foice. 
1.3.3 - Destocar - Quando houver árvores de grande porte, necessitando 
desgalhar, cortar ou serrar o tronco e remover parte da raiz. 
Este serviço pode ser feito com máquina ou manualmente. 
Os serviços serão executados de modo a não deixar raízes ou tocos de 
árvore que possam dificultar os trabalhos. Todo material vegetal, bem como o 
entulho terão que ser removidos do canteiro de obras. 
 
 
1.4 - LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO DE LOTES URBANOS 
 
 O levantamento topográfico é geralmente apresentado através de desenhos 
de planta com curavas de nível e de perfis. 
 Deve retratar a conformação da superfície do terreno, bem como as 
dimensões dos lotes, com a precisão necessária e suficiente proporcionando dados 
confiáveis que, interpretados e manipulados corretamente, podem contribuir no 
desenvolvimento do projeto arquitetônico e de implantação (Pinto Jr.et al, 2001) 
 
 
1.4.1 - MEDIDAS DO TERRENO (LEVANTAMENTO PLANIMÉTRICO) 
 
Executada a limpeza do terreno e considerando que os projetos serão 
elaborados para um determinado terreno, é necessário que se tenha as medidas 
corretas do lote, pois nem sempre as medidas indicadas na escritura conferem com 
as medidas reais. 
 5 
 
Apesar de não pretendermos invadir o campo da topografia, vamos mostrar 
em alguns desenhos, os processos mais rápidos para medir um lote urbano. 
Os terrenos urbanos, são geralmente de pequena área possibilitando, 
portando, a sua medição sem aparelhos ou processos próprios da topografia desde 
que se tenha uma referência confiável (casa vizinha,esquina, piquetes etc). No 
entanto, casos mais complexos, sem referência, necessitamos de um levantamento 
executado por profissional de topografia. 
 
 
a) Lote regular 
 
Geralmente em forma de retângulo, bastando portanto medir os seus "quatro" 
lados, e usar o valor médio, caso as medidas encontradas forem diferentes as da 
escritura.(Figura 1.1). 
 
 
 
Figura 1.1-Lote regular 
 
Obs. Para verificar se o lote está no esquadro, devemos medir as 
diagonais que deverão ser iguais. 
 
 
 
b) Lote irregular com pouco fundo 
 
Medir os quatro lados e as duas diagonais (Figura 1.2). 
 
 
Figura 1.2-Lote irregular com pouco fundo 
 
 
 6 
 
c) Lote irregular com muita profundidade 
 
Neste caso, a medição da diagonal se torna imperfeita devido a grande 
distância Convém utilizar um ponto intermediário "A" diminuindo assim o 
comprimento da diagonal (Figura 1.3). 
 
Figura 1.3-Lote irregular com muita profundidade 
d) Lote com um ou mais limites em curva 
 
 
Para se levantar o trecho em curva, o mais preciso será a medição da corda e 
da flecha (central). 
Nestes casos devemos demarcar as divisas retas até encontrarmos os pontos 
do início e fim da corda. Medir a corda e a flecha no local. 
E com o auxílio de um desenho (realizado no escritório) construir a curva a 
partir da determinação do centro da mesma utilizando a flecha e a corda (Figura 
1.4). 
 
 
c = corda f = flecha Construção da curva 
 
 
 
 
 
Figura 1.4-Lote com setor curvo 
 
 7 
 
1.5 - NIVELAMENTO (LEVANTAMENTO ALTIMÉTRICO) 
 
É de grande importância para elaborarmos um projeto racional, que sejam 
aproveitadas as diferenças de nível do lote. 
Podemos identificar a topografia do lote através das curvas de níveis. 
 
A curva de nível é uma linha constituída por pontos todos de uma mesma 
cota ou altitude de uma superfície qualquer. Quando relacionadas a outras curvas 
de nível permite comparar as altitudes e se projetadas sobre um plano horizontal 
podem apresentar as ondulações, depressões, inclinações etc. de uma superfície 
(Figura 1.5) 
 
Podemos observar na Figura 1.5 que quando mais inclinada for a superfície 
do terreno, as distâncias entre as curvas serão menores, menos inclinada as 
distâncias serão maiores d1 < d2. 
 
 
Figura 1.5-Representação de curva de nível (Pinto Jr.et al, 2001) 
 
 
As curvas de níveis são elaboradas utilizando aparelhos topográficos que nos 
fornecem os níveis, os ângulos, as dimensões de um terreno ou área. 
Este levantamento não é muito preciso, quando utilizamos métodos simples 
para a sua execução (descritos nos itens 1.5.1; 1.5.2; 1.5.3), mas é o suficiente para 
construção residencial unifamiliar, que geralmente utilizam terrenos pequenos. Caso 
seja necessário algo mais rigoroso, devemos fazer um levantamento com aparelhos 
recorrendo a um topógrafo. 
 
Geralmente é suficiente tirar um perfil longitudinal e um transversal do 
terreno, mas nada nos impede de tirarmos mais, caso necessário. 
d2d1
RN 0,0
1,0 1,0 2,0 3,03,0 2,0
3,0
2,0
1,0 1,0
2,0
3,0
RN 0,0
 8 
 
Nos métodos descritos abaixo se usa basicamente balizas com distância uma 
da outra no máximo de 5,0m, ou de acordo com a inclinação do terreno. Terrenos 
muito íngremes a distância deverá ser menor e terrenos com pouca inclinação 
podemos utilizar as balizas na distância de 5,0 em 5,0m. 
 
 
Alguns métodos para levantarmos o perfil do terreno: 
 
a) Com o nível e Abney ( clinômetro) 
 
b) Com o nível de mão 
 
c) Com o nível de mangueira 
 
 
1.5.1) Com uso do clinômetro (Nível de Abney) Figuras 1.6 e 1.7. 
 
Materiais: clinômetro 
2 balizas 
trena 
 
 
 
Figura 1.6-Clinômetro ou Nível de Abney (Borges, 1972) 
 
 
 
 
 
Figura 1.7-Clinômetro inclinado proporcionando a leitura (Borges, 1972) 
 9 
 
Coloca-se o clinômetro (Figura 1.8), na 1ª baliza a uma altura de 1,50m 
(ponto A). Inclina-se o tubo do clinômetro para avistarmos o ponto B. Pela ócula se 
vê a bolha e giramos o parafuso até colocá-la na horizontal e produzirá sobre a 
graduação (através de um ponteiro fixo no parafuso) a leitura do ângulo α. Resta 
medir a distância horizontal "d" ou a inclinada "m". 
 
 
 
 
 
Figura 1.8-Realização das medidas utilizando o Clinômetro (Borges, 1972) 
 
 
 
1.5.2) Nível de bolha 
 
Materiais
: 
- Nível de bolha; 
 - 2 balizas; 
 - régua 
 - trena. 
 
 
Utilizando o método do nível de bolha, a medida do desnível se consegue 
colocando uma régua entre as duas balizas. Com o auxílio do nível de bolha, 
nivelamos a régua (Figura 1.9). O desnível obtido é a diferença entre o H e h e 
assim consecutivamente. Com os diversos desníveis conseguimos delinear um 
perfil. 
 10 
 
 
Figura 1.9 Utilização do nível de bolha 
 
 
 
1.5.3) Nível de mangueira 
 
O método da mangueira é um dos mais utilizados. Fundamenta-se no 
princípio dos vasos comunicantes, que nos fornece o nível. Este é o método que os 
pedreiros utilizam para nivelar a obra toda, desde a marcação da obra até o 
nivelamento dos pisos, batentes, azulejos etc... 
 
A mangueira deve ter pequeno diâmetro, parede espessa para evitar dobras 
e ser transparente. 
Para uma boa marcação ela deve estar posicionada entre as balizas, sem 
dobras ou bolhas no seu interior (Figura 1.10 e 1.11). A água deve ser colocada 
lentamente para evitar a formação de bolhas. 
 
 
 
Figura 1.10 - Posição da água quando não existe bolhas 
 11 
 
Para utilizarmos o nível de mangueira necessitamos: 
 
 
Materiais: - Mangueira 
 - 2 balizas 
 - Trena 
 
 
 
 
 
Figura 1.11 - Processo da mangueira de nível 
 
 
 
 
Para facilitar a medição, podemos partir com o nível d'água em uma 
determinada altura "h" numa das balizas, que será descontada na medida 
encontrada na segunda baliza “H”. Fazemos isso para não precisarmos colocar o 
nível d'água direto no ponto zero (próximo do terreno), o que dificultaria a leitura e 
não nos forneceria uma boa medição. 
 O desnível é obtido pela diferença entre “H” e “h”. 
 
 
Exemplos de medição com mangueira: 
 
• Em terrenos com aclive 
• Em terrenos com declive 
 
 
 
 
 
 12 
 
a) Terreno em aclive: 
 
Portanto: h1 = H -h ; h2 = H'- h' ...... 
 
Htot = h1 + h2 + 
hn 
.
 
 
Figura 1.12 - Levantamento altimétrico em terreno com aclive 
 
 
b) Terreno em declive: 
 
 
Portanto: h1 = H -h ; h2 = H'- h' ...... 
 
Htot = h1 + h2 + 
hn 
.
 
 
Figura 1.13 - Levantamento altimétrico em terreno com declive 
 13 
 
ANOTAÇÕES 
 
1 - Devemos ter o cuidado de não deixar nenhuma bolha de ar dentro da 
mangueira, para não dar erro nas medições (Figura 1.13). 
2 - A mangueira deve ser transparente, e de pequeno diâmetro, da ordem de 
∅ 1/4" ou 5/16" para obter maior sensibilidade. 
3 - A espessura da parede da mangueira deve ser espessa para evitar dobras 
 
 
 
 
 14 
2 - TRABALHOS PRELIMINARES DE CONSTRUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
APÓS ESTUDAR ESTE CAPÍTULO; VOCÊ DEVERÁ SER CAPAZ DE: 
• Calcular os volumes de corte e aterro; 
• Realizar as compensações de volume; 
• Analisar e executar um canteiro de obras; 
• Realizar ou conferir a marcação de uma obra. 
 
 
Antes de iniciarmos a construção de um edifício, algumas atividades prévias, 
devem ser realizadas. Essas atividades são denominadas trabalhos preliminares e 
compreendem: 
• Verificação das condições das construções vizinhas; 
• Demolições, quando existirem; 
• Movimento de terra necessário para obtenção do nível desejado; 
• Canteiro de obras e a locação da obra. 
 
 
2.1 – CONSTRUÇÕESVIZINHAS 
 
 É importante, antes do início da obra, o registro das condições das 
construções vizinhas. 
 O registro é composto por um relatório técnico com fotografias datadas da 
vizinhança e relatos das observações realizadas, antes do início das obras. 
 A análise prévia das condições das construções vizinhas evita surpresas 
desagradáveis durante a execução da sua obra, como trincas, desabamentos de 
muros ou de construções vizinhas. Garante também as reclamações infundadas de 
vizinhos. 
 
 
2.2 – MOVIMENTO DE TERRA 
 
O acerto da topografia do terreno, de acordo com o projeto de implantação e 
o projeto executivo, pode ser entendido como um conjunto de operações de 
escavação, aterros, carga, transporte, descarga, compactação e acabamentos 
executados a fim de passar de um terreno natural para uma nova conformação 
(Cardão, 1969). 
 O momento da obra em que ocorre o movimento de terra pode ser variável. 
Depende das características de execução das fundações e das demais atividades 
de início da obra. Pode ser necessário executar as fundações antes de escavar o 
terreno (quando se trabalha com grandes equipamentos, para facilitar a sua entrada 
e retirada). Ou quando se tratar de fundações feitas manualmente o acerto do 
terreno pode ser realizado entes. Portanto o movimento de terra deve ser 
cuidadosamente estudado. 
 
 15 
As etapas que influenciam no projeto de movimento de terra são: 
 
• Sondagem do terreno; 
• Seqüência da execução do edifício; 
• Níveis das construções vizinhas; 
• Localização do canteiro de obras. 
 
Podemos executar, conforme o levantamento altimétrico, cortes, aterros, ou 
cortes + aterros: 
 
 
2.2.1 - Cortes: No caso de cortes, deverá ser adotado um volume de solo 
correspondente à área de projeção do corte multiplicada pela altura média, 
acrescentando-se um percentual de empolamento (Figura 2.1). O empolamento é o 
aumento de volume de um material, quando removido de seu estado natural e é 
expresso como uma porcentagem do volume no corte. Relacionamos na Tabela 2.1 
alguns empolamentos. Por exemplo, o empolamento de um solo superficial é de 
43% (Tabela 2.1), significa que um metro cúbico de material no corte (estado 
natural) encherá um espaço de 1,43 metros cúbicos no estado solto. 
 
 
Tabela 2.1 - Relação de Empolamentos (Manual Caterpillar, 1977) 
materiais % 
Argila natural 22 
Argila escavada, seca 23 
Argila escavada, úmida 25 
Argila e cascalho seco 41 
Argila e cascalho úmido 11 
Rocha decomposta 
 75% rocha e 25% terra 
 50% rocha e 50% terra 
 25% rocha e 75% terra 
 
43 
33 
25 
Terra natural seca 25 
Terra natural úmida 27 
Areia solta, seca 12 
Areia úmida 12 
Areia molhada 12 
Solo superficial 43 
 
OBS.: Quando não se conhece o tipo de solo, podemos considerar o empolamento entre 30 a 40% 
 
 
 
Vc = Ab x hm e Vs = Vc+ empolamento 
 
Sendo Ab = área de projeção do corte hm= altura média Vc =volume no corte = volume natural 
Vs =volume solto 
Figura 2.1 - Corte em terreno 
 16 
O corte é facilitado quando não se tem construções vizinhas, podendo fazê-lo 
maior. Mas quando efetuado nas proximidades de edificações ou vias públicas, 
devemos empregar métodos que evitem ocorrências, como: ruptura do terreno, 
descompressão do terreno de fundação ou do terreno pela água. 
 
No corte os materiais são classificados em: 
 
- materiais de 1ªcategoria: são materiais que podem ser extraídos com 
equipamentos convencionais de terraplenagem, incluindo eventual 
escarificação. Compreendem as terra em geral, piçarra ou argila, rochas 
em decomposição e seixos com diâmetro máximo de 15cm. 
- materiais de 2ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica 
inferior ao do granito. 
- Materiais de 3ª categoria: rochas com resistência à penetração mecânica 
igual ou superior ao granito. 
 
 
2.2.2 - Aterros e reaterros: No caso de aterros, deverá ser adotado um 
volume de solo correspondente à área de projeção do aterro multiplicada pela altura 
média, acrescentando de 25% a 30% devido a aproximação dos grãos, reduzindo o 
volume de vazios, quando compactado (Figura 2.2). 
 
 
 
 
Va = Ab . hm + 25% a 30% 
 
Sendo Ab = área de projeção do aterro hm= altura média 
 
Figura 2.2 - Aterro em terreno 
 
 
 
Para os aterros as superfícies deverão ser previamente limpas, sem 
vegetação nem entulhos. O material escolhido para os aterros e reaterros devem ser 
de preferência solos arenosos, sem detritos, pedras ou entulhos. Devem ser 
realizadas camadas sucessivas de no máximo 30 cm, devidamente molhadas e 
compactadas manual ou mecanicamente. 
 
Quando o nível de compactação for baixo, isto é, não é fundamental para o 
desempenho estrutural do edifício, é possível utilizar pequenos equipamentos, como 
os compactadores mecânicos (sapos), os soquetes manuais, ou os próprios 
equipamentos de escavação. Quando o nível de exigência é maior devem-se 
procurar equipamentos específicos de compactação, tais como compactadores lisos 
e rolos pé de carneiro (Barros, 2006). 
 17 
2.2.3 Sistemas de contratação dos serviços de movimento de terra 
 
Podemos contratar os serviços de movimento de terra através do aluguel de 
equipamentos, por empreitada global ou empreitada por viagem. 
a) Aluguel de equipamentos: Neste caso deve ser pago a máquina de 
escavação por hora e os caminhões para a retirada do solo. É indicado para obras 
com grandes movimentos de terra. 
 
b) Empreitada global: A empresa contratada realiza e é remunerada por 
todos os serviços (escavação e retirada de material). Para esse tipo de contratação 
é necessário calcular o volume de solo tanto para corte como para o aterro. 
 
c) Empreitada por viagem: Neste tipo de contratação a remuneração pelo 
serviço é efetuada por caminhão (volume retirado ou colocado). O aluguel da 
máquina está incluso no preço da viagem, e deve-se registrar o número de viagens. 
Este sistema é indicado para obras com pequeno movimento de terra. 
 
 
2.3 - INSTALAÇÃO DE CANTEIRO DE SERVIÇOS - OU CANTEIRO DE OBRAS 
 
Após o terreno limpo e com o movimento de terra executado, O canteiro é 
preparado de acordo com as necessidades de cada obra. Deverá ser localizado em 
áreas onde não atrapalhem a circulação de operários veículos e a locação das 
obras. A sua organização é desenvolvida e detalhada no escritório central. 
 
No mínimo devemos fazer um barracão de madeira, chapas compensadas 
(Figura 2.3), ou ainda containers metálicos que são facilmente transportados para as 
obras com o auxílio de um caminhão munck. Nesse barracão serão depositados os 
materiais (cimento, cal, etc...) e ferramentas, que serão utilizados durante a 
execução dos serviços. Áreas para areia, pedras, tijolos, madeiras, aço, 
etc...deverão estar próximas ao ponto de utilização, tudo dependendo do vulto da 
obra, sendo que nela também poderão ser construídos escritórios, alojamento para 
operários, refeitório e instalação sanitária, bem como distribuição de máquinas, se 
houver. 
 
Em zonas urbanas de movimento de pedestres, deve ser feito um tapume, 
"encaixotamento" do prédio, com tábuas alternadas ou chapas compensadas, para 
evitar que materiais caiam na rua. 
 
O dimensionamento do canteiro compreende o estudo geral do volume da 
obra, o tempo de obra e a distância de centros urbanos. Este estudo pode ser 
dividido como segue: 
 
• Área disponível para as instalações; 
• Empresas empreiteiras previstas; 
• Máquinas e equipamentos necessários; 
• Serviços a serem executados; 
• Materiais a serem utilizados; 
• Prazos a serem atendidos. 
 
 18 
Deverá ser providenciada a ligação de água e construído o abrigo para o 
cavalete e respectivo hidrômetro. O uso da água é intensivo para preparar materiaisno canteiro. Ela serve também para a higiene dos trabalhadores e deve ser 
disponível em abundância. Não existindo água, deve-se providenciar o fornecimento 
de água através de caminhões “pipa” ou abertura de poço de água, com os 
seguintes cuidados: 
 
 
a) - que seja o mais distante possível dos alicerces; 
b) - o mais distante possível de fossas sépticas e de poços negro, isto é, 
nunca a menos de 15 metros dos mesmos; 
c) - o local deve ser de pouco trânsito, ou seja, no fundo da obra, deixando-
se a frente para construção posterior da fossa séptica. 
 
 
Deve-se providenciar a ligação de energia. As instalações elétricas nos 
canteiros de obras são realizadas para ligar os equipamentos e iluminar o local da 
construção, sendo desfeitas após o término dos serviços. Mas precisam ser feitas 
de forma correta, para que sejam seguras. Antes do início da obra, é preciso saber 
que tipo de fio ou cabo deve ser usado, onde ficarão os quadros de força, quantas 
máquinas serão utilizadas e, ainda, quais as ampliações que serão feitas nas 
instalações elétricas. 
Para o dimensionamento do cabo devemos somar as potências dos 
equipamentos utilizados no canteiro, aliada a um fator de demanda (visto que nem 
todos os equipamentos serão utilizados simultaneamente). Na Tabela 2.2 temos a 
potência de alguns equipamentos. 
 
 
Tabela 2.2 – Potência e sistema de alimentação dos equipamentos de obra (Barros, 
2006) 
Equipamento Potência (hp) Sistema 
Guincho 7,5 a 15 trifásico 
Betoneira 3,0 trifásico 
Bombas d’água 3,0 trifásico 
Serra elétrica 2,0 trifásico 
Maquina de corte 2,0 trifásico 
vibrador 3,0 trifásico 
 
 
 Em função do empreendimento podemos utilizar equipamentos de porte 
maior, como, as gruas que elevam sensivelmente a demanda de energia (Barros, 
2006). 
 Caso, no local, não existir rede elétrica, deve-se fazer um pedido de estudo 
junto à concessionária, para verificar a possibilidade de extensão da rede até a obra 
ou optar pela energia gerada a diesel através de geradores de energia. 
 Se no local existir rede mais é monofásico, deve-se também fazer um pedido 
de estudo, pois a maioria dos equipamentos é trifásica (Tabela 2.2) ou optar por 
equipamentos monofásico que tem custo maior. 
 Tendo rede trifásica devemos conferir a capacidade para atender demanda 
da obra, atendendo a demanda é só pedir a ligação para a concessionária local. 
 
 19 
2.3.1 - Exemplo de barracão para obra de pequeno porte 
 
 
Utilizando chapas compensadas, pontalete de eucalipto ou vigotas 8x8, e 
telhas de fibrocimento podemos montar um barracão de pequenas dimensões, 
desmontável para utilizar em obras, como segue (Figura 2.3): 
 
 
 
 
Figura 2.3 - Barracão para pequenas obras 
 
 
 
Para realizar um barracão econômico podemos realizar o aproveitamento das 
chapas compensadas (Figura 2.4). 
 20 
 
Figura 2.4 – Aproveitamento das chapas compensadas 
 
 
 Na Tabela 2.3, está relacionado os materiais utilizados na execução do 
barracão de obra da Figura 2.3. 
 
 
Tabela 2.3 - Relação de materiais para execução de barracão para pequenas obras 
 
Quant. un Descrição 
03 un Pontaletes ou caibros de 3,00m 
03 un Pontaletes ou caibros de 3,50m 
16 pç Chapas de compensado 6,0 ou 
10,0mm 
11 pç Telhas fibrocimento 4,0mm de 
0,50x2,44 
11 pç Telhas fibrocimento 4,0mm de 
0,50x1,22 
01 pç Viga 6x12 de 5,0m 
60 m Sarrafo de 7,0cm 
01 pç Cadeado médio 
0,5 m Corrente 
03 pç Dobradiças 
0,5 kg Prego 15x15 
0,3 kg Prego 18x27 
 
 
 
 
 
 21 
2.4 - LOCAÇÃO DA OBRA 
 
 
Podemos efetuar a locação da obra, nos casos de obras de pequeno porte, 
com métodos simples (utilizando o nível de mangueira, régua, fio de prumo e trena), 
sem o auxílio de aparelhos, que nos garantam certa precisão. No entanto, em obras 
de grande área, os métodos simples, poderão acumular erros, sendo conveniente, 
portanto, o auxílio da topografia. 
 Em quaisquer dos casos, para materializar a demarcação exigirá um 
elemento auxiliar que poderá ser constituído por cavaletes ou tábua corrida 
(gabarito). 
 
 
2.4.1 - Processo dos cavaletes 
 
No processo dos cavaletes os alinhamentos são obtidos por pregos cravados 
em cavaletes. Estes são constituídos de duas estacas cravadas no solo e uma 
travessa pregada sobre elas (Figura 2.5). 
Devemos sempre que possível, evitar esse processo, pois não nos oferece 
grande segurança devido ao seu fácil deslocamento com batidas de carrinhos de 
mão, tropeços, etc. 
 
 
 
 
Figura 2.5 - Cavalete 
 
 
 
 Depois de distribuídos os cavaletes, previamente alinhados conforme o 
projeto, linhas são fixadas e esticadas nos pregos para determinar o alinhamento do 
alicerce, e em seguida inicia-se a abertura das valas (Figura 2.6) 
 
 22 
 
 
Figura 2.6 - Processo dos cavaletes - determinação dos alinhamentos 
 
 
 
2.4.2 - Processo da tábua corrida (gabarito) 
 
Este método se executa cravando-se no solo cerca de 50 cm, pontaletes de 
pinho de (7,5 x 7,5cm ou 7,5 x 10,0cm) ou varas de eucalipto a uma distância entre 
si de 1,50m a 2,0m e a 1,20m das paredes da futura construção, que posteriormente 
poderão ser utilizadas para andaimes. 
Nos pontaletes serão pregadas tábuas na volta toda da construção 
(geralmente de 15 ou 20 cm), em nível e aproximadamente 1,00m do piso (Figura 
2.8). Pregos fincados nas tábuas com distâncias entre si iguais às interdistâncias 
entre os eixos da construção, todos identificados com letras e algarismos 
respectivos pintados na face vertical interna das tábuas, determinam os 
alinhamentos (Figura 2.7). 
 Nos pregos são amarrados e esticados linhas ou arames, cada qual de um 
nome interligado ao de mesmo nome da tábua oposta. Em cada linha ou arame está 
materializado um eixo da construção. Este processo é o ideal. 
 
 23 
 
Figura 2.7 - Marcação sobre gabarito 
 
 
 
Figura 2.8 - Processo da Tábua Corrida – Gabarito 
 
 
Como podemos observar o processo de "Tábua Corrida" é mais seguro e as 
marcações nele efetuadas permanecem por muito tempo, possibilitando a 
conferência durante o andamento das obras. Não obstante, para auxiliar este 
processo, pode utilizar o processo dos cavaletes. 
 No entanto, seja qual for o método escolhido, é de extrema importância que 
no final da marcação sejam devidamente conferidos os eixos demarcados 
procurando evitar erros. 
 
 
2.5 - TRAÇADO 
 
 
Tendo definido o método para a marcação da obra, devemos transferir as 
medidas, retiradas das plantas para o terreno. 
A 
 24 
Quando a obra requer um grau de precisão, que não podemos realizar com 
métodos simples devemos utilizar aparelhos topográficos. Isto fica a cargo da 
disciplina de Topografia, cabendo a nós, para pequenas obras, saber locá-las com 
métodos simplificados. 
 
 
2.5.1 - Traçado de ângulos retos e paralelas. 
 
É indispensável saber traçar perpendiculares sobre o terreno, pois é através 
delas que marcamos os alinhamentos das paredes externas, da construção, 
determinando assim o esquadro. Isto serve de referência para locar todas as demais 
paredes. 
Um método simples para isso, consiste em formar um triângulo através das 
linhas dispostas perpendicularmente, cujos lados meçam 3 - 4 e 5m (triângulo de 
Pitágoras), fazendo coincidir o lado do ângulo reto com o alinhamento da base 
(Figura 2.9). 
 
Figura 2.9 - Traçado de ângulos retos e paralelas sobre o gabarito 
 
 
 
Outro método consiste na utilização de um esquadro metálico (geralmente 
0,60 x 0,80 x 1,00m) para verificar o ângulo reto (Figura 2.10). 
O esquadro deve ser colocado sobre uma base plana e ficar tangenciando as 
linhas sem as tocá-las, quando as linhas ficarem paralelas ao esquadro garantimos 
o ângulo reto.25 
 
Figura 2.10 - Traçado de ângulos retos e paralelas sobre o gabarito utilizando 
esquadro metálico 
 
 
 
2.5.2 - Traçado de curvas 
 
A partir do cálculo do raio da curva (que pode ser feito previamente no 
escritório) achamos o centro e, com o auxílio de um arame ou linha, traçamos a 
curva no terreno (como se fosse um compasso) Figura 2.11. 
 
 
Figura 2.11 - Traçado de curva de pequeno raio 
 
 
 
Este método nos fornece uma boa precisão, quando temos pequenos raios. 
No caso de grandes curvas, podemos utilizar um método aproximado, chamado 
método das quatro partes. Consiste em aplicar, sucessivamente, sobre a corda 
obtida com a flecha precedente, a quarta parte deste último valor (Figura 2.12). 
Encontram-se assim, por aproximações sucessivas, todos os pontos da curva 
circular (G.Baud, 1976) 
 
 26 
 
 
Figura 2.12 - Traçado de curva pelo método das quatro partes (G.Baud,1976) 
 
 
 
4
f ,
4
f seguida em 231222
2
1
ff
tr
r
rf ==
+
−= 
 
sendo: r = raio da curva 
 t = tangente à curva (na intercessão da curva com a reta) 
 
 
Portanto, com o auxílio do gabarito, inicialmente devemos locar as fundações 
profundas do tipo estacas, tubulões ou fundações que necessitam de equipamentos 
mecânicos para a sua execução, caso contrário podemos iniciar a locação das 
obras pelo projeto de forma da fundação ("paredes"). 
 
 
 
2.5.3 - Locação de estacas 
 
Serão feitas inicialmente a locações de estacas, visto que qualquer marcação 
das "paredes" irá ser desmarcada pelo deslocamento de equipamentos mecânicos. 
O posicionamento das estacas é feito conforme a planta de locação de estacas, 
fornecida pelo cálculo estrutural (Figura 2.13). 
 
 
 
 27 
 
Figura 2.13 - Projeto de locação de estacas 
 
 
A locação das estacas é definida pelo cruzamento das linhas fixadas por 
pregos no gabarito. Transfere-se esta interseção ao terreno, através de um prumo 
de centro (Figura 2.14). No ponto marcado pelo prumo, crava-se uma estaca de 
madeira (piquete), geralmente de peroba, com dimensões 2,5 x 2,5 x 15,0cm. 
1
A
32
B
C
D
E
 28 
 
 
Figura 2.14 - Locação da estaca 
 
 
Após a execução das estacas e com a saída dos equipamentos e limpeza do 
local podemos efetuar com o auxílio do projeto estrutural de formas a locação das 
"paredes". 
 
 
2.5.4 - Locação da Forma de Fundação "paredes" 
 
Devemos locar a obra utilizando os eixos, para evitarmos o acúmulo de erros 
provenientes das variações de espessuras das paredes (Figura 2.15). 
 
Em obras de pequeno porte ainda é usual o pedreiro marcar a construção 
utilizando as espessuras das paredes. No projeto de arquitetura convencionou-se as 
paredes externas com 25cm e as internas com 15cm, na realidade as paredes 
externas giram em torno de 26 a 27cm e as internas 14 a 14,5cm difícil de serem 
desenhadas a pena nas escalas usuais de desenho 1:100 ou 1:50, por isso da 
adoção de medidas arredondadas que acumulam erros. Hoje com o uso de 
softwares específicos de desenho ficou bem mais fácil e dependendo da espessura 
da alvenaria adotada define-se a espessura das paredes. 
 
 
 
 
 29 
 
 
 
Figura 2.15 - Projeto de forma locadas pelo eixo 
 
 
 
 
 
 
A
1
B
C
D
E
2 3
 30 
ANOTAÇÕES 
1 - Nos cálculos dos volumes de corte e aterro, os valores são mais precisos se o 
número de seções for maior. 
2 - Na execução do gabarito, as tábuas devem ser pregadas em nível. 
3 - A locação da obra deve, de preferência, ser efetuada pelo engenheiro ou 
conferida pelo mesmo. 
4 - A marcação pelo eixo, além de mais precisa, facilita a conferência pelo 
engenheiro. 
5 – Verificar os afastamentos da obra, em relação às divisas do terreno. 
6 – Constatar no terreno a existência ou não de obras subterrâneas ( galerias de 
águas pluviais, ou redes de esgoto, elétrica ) e suas implicações. 
7 – Verificar se o terreno em relação às ruas está sujeito à inundação ou necessita 
de drenagem para águas pluviais. 
8 – Confirmar a perfeita locação da obra no que se refere aos eixos das paredes, 
pilares, sapatas, blocos e estacas. 
 
• Noções de segurança para movimentação de terra: 
1 - Depositar os materiais de escavação a uma distância superior à metade da 
profundidade do corte. 
2 - Os taludes instáveis com mais de 1,30m de profundidade devem ser 
estabilizados com escoramentos. 
3 - Estudo da fundação das edificações vizinhas e escoramentos dos taludes. 
4 - Sinalizar os locais de trabalho com placas indicativas. 
5 - Somente deve ser permitido o acesso à obra de terraplenagem de pessoas 
autorizadas. 
6 - A pressão das construções vizinhas deve ser contida por meio de escoramento. 
 
• Instalações elétricas em Canteiro de obras: 
 
1 - Os quadros de distribuição devem ser de preferência metálicos e devem ficar 
fechados para que os operários não se encostem às partes energizadas. 
2 - Os quadros de distribuição devem ficar em locais bem visíveis, sinalizados e de 
fácil acesso mias longe da passagem de pessoas, materiais e equipamentos. 
3 - As chaves elétricas do tipo faca devem ser blindadas e fechar para cima. Não 
devem ser usadas para ligar diretamente os equipamentos. 
4 - Os fios e cabos devem ser estendidos em lugares que não atrapalhem a 
passagem de pessoas, máquinas e materiais. 
5 - Os fios e cabos estendidos em locais de passagem, devem estar protegidos por 
calhas de madeira, canaletas ou eletro dutos. Podem ser colocados a certa altura 
que não deixe as pessoas e máquinas encostarem-se a eles. 
6 - Os fios e cabos devem ser fixados em isoladores. As emendas devem ficar 
firmes e bem isoladas, não deixando partes descobertas. 
 31 
3 - FUNDAÇÕES CONVENCIONAIS 
 
 
 
 
 
 
APÓS ESTUDAR ESTE CAPÍTULO; VOCÊ DEVERÁ SER CAPAZ DE: 
• Determinar o número de furos de sondagem, bem como a sua localização; 
• Analisar um perfil de sondagem; 
• Saber escolher a fundação ideal para uma determinada edificação; 
• Especificar corretamente o tipo de impermeabilização a ser utilizada em alicerce; 
• Especificar o tipo de dreno e a sua localização. 
 
 
 
Não querendo invadir o campo da Engenharia de Fundações, damos nestas 
anotações de aulas, um pequeno enfoque sobre fundações mais utilizadas em 
residências unifamiliares térreas e sobradas, ficando a cargo da Cadeira de 
Fundações aprofundar no assunto. 
 
 
3.1 - SONDAGENS 
 
 É sempre aconselhável a execução de sondagens, no sentido de reconhecer 
o subsolo e escolher a fundação adequada, fazendo com isso, o barateamento das 
fundações. As sondagens representam, em média, apenas 0,05 a 0,005% do custo 
total da obra. 
 
 Os requisitos técnicos a serem preenchidos pela sondagem do subsolo são 
os seguintes (Godoy, 1971): 
 
• Determinação dos tipos de solo que ocorrem, no subsolo, até a profundidade de 
interesse do projeto; 
• Determinação das condições de compacidade (areias) ou consistência (argilas) 
em que ocorrem os diversos tipos de solo; 
• Determinação da espessura das camadas constituintes do subsolo e avaliação 
da orientação dos planos (superfícies) que as separam; 
• Informação completa sobre a ocorrência de água no subsolo. 
 
 
3.1.1 - Execução da sondagem 
 
 A sondagem é realizada contando o número de golpes necessários à 
cravação de parte de um amostrador no solo realizada pela queda livre de um 
martelo de massa e altura de queda padronizada. A resistência à penetração 
dinâmica no solo medida é denominada S.P.T. - Standart Penetration Test. 
 A execução de uma sondagem é um processo repetitivo, que consiste em 
abertura do furo, ensaio de penetração e amostragem a cada metro de solo 
sondado.32 
 Desta forma, em cada metro faz-se, inicialmente, a abertura do furo com um 
comprimento de 55 cm utilizando um trado manual ou através de jato de água, e o 
restante dos 45 cm é utilizado para a realização do ensaio de penetração. (Figura 
3.1) 
 As fases de ensaio e de amostragem são realizadas simultaneamente, 
utilizando um tripé, um martelo de 65 kg, uma haste e o amostrador. (Figura 3.2) 
(Godoy, 1971) 
 
 
 
 
Figura 3.1 - Esquema de sondagem 
 
 
 
 
Figura 3.2 - Equipamento de sondagem à percussão 
55cm - Abertura
45cm - Ensaio
55cm - Abertura
45cm - Ensaio
100cm
100cm
Operador
peso
guia
haste
amostrador
 33 
3.1.2 - Resistência à penetração 
 
 O amostrador é cravado 45 cm no solo, sendo anotado o número de golpes 
necessários à penetração de cada 15 cm. 
 O Índice de Resistência à Penetração é determinado através do número de 
golpes do peso padrão, caindo de uma altura de 75 cm, considerando-se o número 
necessário à penetração dos últimos 30 cm do amostrador. Conhecido como S.P.T. 
 
 A Tabela 3.1 apresenta correlações empíricas, que permite uma estimativa da 
compacidade das areias e da consistência das argilas, a partir da resistência à 
penetração medida nas sondagens. (Godoy, 1971) 
 
 
Tabela 3.1 - Compacidade das areias e consistência das argilas "in situ" (Godoy, 1971) 
COMPACIDADES E CONSISTÊNCIAS SEGUNDO A RESISTÊNCIA À 
PENETRAÇÃO - S.P.T. 
SOLO DENOMINAÇÃO No DE GOLPES 
Fofa ≤ 4 
Pouco Compacta 5 - 8 
Med. Compacta 9 - 18 
Compacta 19 - 41 
Compacidade de areias e 
siltes arenosos 
Muito Compacta > 41 
Muito Mole < 2 
Mole 2 - 5 
Média 6 - 10 
Rija 11 - 19 
Consistência de argilas e 
siltes argilosos 
Dura > 19 
 
 
3.1.3 - Determinação do número de sondagens a executar 
 
Os pontos de sondagem devem ser criteriosamente distribuídos na área em 
estudo, e devem ter profundidade que inclua todas as camadas do subsolo que 
possam influir, significativamente, no comportamento da fundação. 
No caso de fundações para edifícios, o número mínimo de pontos de 
sondagens a realizar é função da área a ser construída (Tabela 3.2). 
 
 
Tabela 3.2 - Número mínimo de pontos em função da área construída (NBR8036/1983) 
 
ÁREA CONSTRUÍDA Nº. DE SONDAGENS 
de 200 m² até 1,200 m² 1 sondagem para cada 200m² 
de 1,200 m² até 2,400 m² 1 sondagem para cada 400m² que exceder a 1,200m² 
acima de 2,400m² Será fixada a critério, dependendo do plano de construção. 
 
 
Podemos ainda, avaliar o mínimo de furos para qualquer circunstância em 
função da área do terreno para lotes urbanos: 
 
 34 
• 2 furos para terreno até 200m² 
• 3 furos para terreno entre 200 a 400m², ou 
• No mínimo, três furos para determinação da disposição e espessura 
das camadas. 
 
Os furos de sondagens deverão ser distribuídos em planta, de maneira a 
cobrir toda a área em estudo. A Figura 3.3 apresenta alguns exemplos de locação 
de sondagens em terrenos urbanos. 
A distância entre os furos de sondagem deve ser de 15 a 25m, evitando que 
fiquem numa mesma reta e de preferência, próximos aos limites da área em estudo. 
 
 
 
Figura 3.3 - Exemplo de locação de sondagens em pequenos lotes 
 
 
Em relação à profundidade das sondagens, existem alguns métodos para 
determiná-las: 
 
• Pelo critério do bulbo de pressão 
• Pelas recomendações da norma brasileira 
 
Mas, um técnico experimentado pode fixar a profundidade a ser atingida, 
durante a execução da sondagem, pelo exame das amostras recuperadas e pelo 
número de golpes. 
Em geral, quatro índices elevados de resistência à penetração, em material 
de boa qualidade, permitem a interrupção do furo. 
Nos terrenos argilosos, a sondagem deverá ultrapassar todas as camadas. 
Nos terrenos arenosos, as sondagens raramente necessitam ultrapassar os 
15 a 20m. 
7
25
30
10-12 20
30
20
40
 35 
Obs.: profundidade mínima 8,0m. Essa profundidade pode ser corrigida, à medida 
que os primeiros resultados forem conhecidos. 
 
 Poderá ocorrer obstrução nos furos de sondagens do tipo matacões (rochas 
dispersas no subsolo) confundindo com um embasamento rochoso. Neste caso a 
verificação é realizada executando-se uma nova sondagem a 3,0m, em planta, da 
anterior. Se for confirmada a ocorrência de obstrução na mesma profundidade, a 
sondagem deverá ser novamente deslocada 3,0m numa direção ortogonal ao 
primeiro deslocamento. Caso necessário, a sondagem na rocha é realizada com 
equipamento de sondagem rotativo. 
 
 
3.1.4 - Perfil de Sondagem 
 
 
 Os dados obtidos em uma investigação do subsolo são normalmente 
apresentados na forma de um perfil para cada furo de sondagem. 
 A posição das sondagens é amarrada topograficamente e apresentada numa 
planta de locação bem como o nível da boca do furo que é amarrado a uma 
referência de nível RN bem definido ( Figura 3.4) 
Figura 3.4 - Planta de locação das sondagens 
 
 
No perfil do subsolo as resistências à penetração são indicadas por números 
à esquerda da vertical da sondagem, nas respectivas cotas. A posição do nível 
d'água - NA - também é indicada, bem como a data inicial e final de sua medição 
(Figura 3.5). (Godoy, 1971) 
 
 
 
1.
40
2.00
5.
60
21.00
1.
40
5.
60
2.00
21.42
2.4
4
7.
00
25.00
CASA EXISTENTE EM CONSTRUÇÃO
CASA EXISTENTE
R
UA
 
.
.
.
G
UI
A 
EX
IS
TE
NT
E
CA
LÇ
AD
A
2.20
S1
S2
(100,13)
(99,95)
RN=100,00
 36 
 
Figura 3.5 - Exemplo de um perfil de subsolo 
 
 
3.2 - ESCOLHA DO TIPO DE FUNDAÇÃO 
 
Com os resultados das sondagens, de grandeza e natureza das cargas 
estruturais e conhecendo as condições de estabilidade e fundações das 
construções vizinhas, pode o engenheiro, proceder à escolha do tipo de fundação 
mais adequada, técnica e economicamente. 
O estudo é conduzido inicialmente, pela verificação da possibilidade do 
emprego de fundações diretas. 
Mesmo sendo viável a adoção das fundações diretas é aconselhável 
comparar o seu custo com o de uma fundação profunda. 
 37 
E finalmente, verificando a impossibilidade da execução das fundações 
diretas, estuda-se o tipo de fundação profunda mais adequada. 
 
 
3.2.1 - Tipos de fundações 
 
Os principais tipos de fundações podem ser reunidos em dois grandes 
grupos: fundações diretas ou rasas e fundações profundas (Figura 3.6). 
 
 Alvenaria 
 Simples 
 Sapata Corrida Pedra 
 ou Contínua 
 Armada 
 
 Diretas Simples 
 ou Sapata Isolada 
 Rasas Armada 
 
 
 Rígidos 
 Radier 
 Flexíveis 
 
 
 
 Pré Mega ou de reação 
 Moldadas Vibradas 
 de concreto Centrífugas 
 Protendida 
 Estacas 
 Brocas 
 sem camisa Escavadas 
 Raiz 
 
 Moldadas monotube 
 in loco perdidas 
 Raynond 
 com camisa 
 Strauss 
 recuperadas Simples 
 Profundas Duplex 
 Franki 
 de madeira 
de aço 
 
 
 Tipo poço 
 céu aberto Tipo Chicago 
 Tipo gow 
 Tubulões 
 
 
 Pneumático Tipo Benoto 
 (ar comprimido) 
 Tipo Anel de concreto 
 
Figura 3.6 - Relação dos tipos de fundações usuais em construção 
 
 
 38 
Portanto os principais tipos de fundações são: 
 
• Fundações diretas ou rasas; 
• Fundações profundas. 
 
Para a escolha das fundações podemos iniciar analisando uma sapata isolada 
(Figura 3.7). 
 
 
 
Figura 3.7 - Profundidade de uma sapata isolada (Df) 
 
 
• Quando Df ≤ B ⇒ Fundações diretas 
• Quando Df > B ⇒ Fundações profundas 
- 
(sendo “B” a menor dimensão

Outros materiais