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07/11/2013
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Tema 3: A tecnologia da informação e 
a inclusão digital
Profª.Maria Clotilde Bastos
Objetivos
• Como acontece a exclusão digital?
• Quais os números de acesso aos computadores
no Brasil?
• A exclusão digital é um
fenômeno novo?
Exclusão digital
• Diz respeito a extensa camada da população
que fica à margem da sociedade da informação.
• A distribuição desigual dos recursos
tecnológicos, tende a reproduzir a forma de
organização social.
• Portanto, está vinculado
às condições de acesso
às tecnologias da
informação e
comunicação.
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Exclusão digital
• Indicador da reprodução e acirramento das
desigualdades sociais.
• Não se trata somente do
acesso à internet, mas às
novas tecnologias da
informação e
comunicação disponíveis.
Exclusão digital
• A inclusão digital é geralmente definida num país
pela relação entre a porcentagem de pessoas
com acesso a computador e/ou Internet no
domicílio e o total da população.
• Essa metodologia produz
uma visão totalmente
errônea sobre o acesso à
informática e à Internet
dos setores mais pobres
da população.
Exclusão digital
• Isso porque somente uma parte dos que
possuem computador tem acesso à Internet no
domicílio e sobretudo porque, para muitos
usuários, o local de trabalho e a casa de terceiros
constituem o principal lugar de acesso.
• No Brasil isso reflete o
nível desigual de
distribuição da riqueza e
educação nas diferentes
Regiões.
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A cultura de valorização da tecnologia
• Dissemina-se uma cultura de que o domínio da
informática é condição de sucesso na educação e
acesso ao emprego.
• O acesso e domínio das
tecnologias da
informação e
comunicação tem uma
correlação com o nível de
renda e de escolaridade.
A cultura de valorização da tecnologia
• Mesmo com o reconhecimento da necessidade da
democratização do acesso,a internet, por exemplo
nem sempre é economicamente viável para
muitos.
• Outro aspecto, é o custo
na manutenção dos
equipamentos que os
tornam inviáveis para
uma parcela
representativa da
população.
No Brasil
• Se situa entre os 15 países com maior parque de
computadores instalados, mas mantém 90% das
cidades fora da rede.
• A maior parte das
pessoas que se conectam
à internet se restringe às
regiões Sul e Sudeste do
país.
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No Brasil
• O alto custo e a constante renovação
tecnológica,mantém muitos à margem da
evolução digital.
• No caso brasileiro isso é
ainda maior, em função
da distribuição de renda
muito desigual.
Tecnologia e a questão social
• A exclusão digital está vinculada a forma como o
capitalismo gera as desigualdades sociais.
• Não se trata tão somente de treinamento,
motivação ou o uso adequado.
• A divisão digital é um
fenômeno posterior à
divisão social, que não
pode ser resolvida
somente com o acesso
aos recursos das TIC.
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Tecnologia e a questão social
• A perspectiva em destaque é a de que a
exclusão digital faz parte de um processo de
apropriação privada da riqueza socialmente
produzida.
• Portanto não é um tipo
novo de desigualdade
social, mas produto do
desenvolvimento da
acumulação capitalista.
Tecnologia e a questão social
• O fenômeno que dá origem à pobreza e à
desigualdade social continua sendo a
contradição básica do capitalismo:
• A apropriação privada do
produto do trabalho
realizado coletivamente
assim como as condições
necessárias à sua
realização. (VELOSO,
2012).
Tecnologia e a questão social
• A exclusão digital é tomada por um fenômeno
novo, possibilitado pelo surgimento dos
computadores e tecnologia digital.
• Os excluídos digitais, são
os excluídos pelas
desigualdades sociais
decorrentes do padrão de
organização social
capitalista.
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Tecnologia e a questão social
• É preciso ter clareza de que a exclusão digital
não é o aspecto determinante da desigualdade
social, uma vez que é um fenômeno
complementar.
A inclusão digital
• Universalizar o acesso às TIC é fundamental
para limitar o impacto que podem trazer para os
setores mais pobres.
• Porém, o valor efetivo da
comunicação depende da
capacidade do usuário de
interpretá-la.
A inclusão digital
• A universalização do acesso não existe se não
estiver associada a universalização de outros
bens sociais.
• Combater a exclusão
digital, significa revelar os
seus determinantes e
definir políticas de
enfrentamento à questão
em suas diversas
manifestações.
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A inclusão digital
• Ao revelar os nexos entre os diferentes aspectos
que envolvem a exclusão digital, tem-se a
possibilidade de combater o discurso simplista
sobre sua superação.
• É no contexto da
sociedade capitalista que
isso se processa, portanto
à forma privada de
apropriação da riqueza
socialmente produzida.
Atividade 1
• Baseado nas reflexões, o que você entende por
“exclusão digital”?
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Atividade 2
• Marque V para verdadeiro e F para falso nas
afirmativas a seguir sobre o problema da
exclusão digital, conforme Veloso (2012):
• ( ) O acesso aos recursos tecnológicos é
suficiente para a resolução da “divisão digital”.
• ( ) O autor concorda com a noção do “digital
divide” e que o acesso as TIC já é suficiente para
resolver o problema da exclusão digital.
• ( ) A preocupação com o acesso aos recursos
das TIC não é suficiente para a superação do
problema da exclusão digital.
• ( ) O aspecto fundamental para resolver o
problema está no padrão vigente de produção e
distribuição da riqueza socialmente produzida.
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Conclusão
• A exclusão digital é um fenômeno que cresce na
mesma proporção o acirramento das
desigualdades sociais.
• Exclusão digital não se
trata somente do acesso
à internet, mas de todos
os sentidos que este
conceito pode assumir.
Conclusão
• A exclusão digital não é algo isolado, ele reflete a
exclusão social do país.
• Não basta identificar a quantidade de pessoas
com acesso ou não às TIC,mas identificar os
determinantes desse processo.
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Conclusão
• O Brasil terminou 2011 com 16,5 milhões de
acesso de banda larga móvel e 79,9 milhões de
usuários com acesso à Internet (TELECO, 2011),
o que representa um crescimento de 1,8% em
relação a 2010.
Conclusão
• Porém, ao verificar os dados de acesso da
internet no Brasil, é possível perceber a
distribuição desigual dos recursos tecnológicos
(OLIVERIO, 2013).
Conclusão
• A exclusão digital está vinculada a forma como o
capitalismo gera as desigualdades sociais.
• O fenômeno não é algo novo e nem isolado,
uma vez que a questão fundante mantém-se.
• Não são novos excluídos,
mas os excluídos em
função do padrão de
acumulação capitalista.
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Conclusão
• Os desafios são muitos, e as políticas no sentido
de favorecer o acesso às tecnologias digitais são
identificadas no âmbito social.
• Porém, os avanços estão
vinculados a uma atuação
no conjunto das políticas
sociais.
Conclusão
• Não haverá universalização de acesso às novas
tecnologias da informação e da comunicação
sem a universalização de outros bens
sociais(SORJ; GUEDES, 2005).