Buscar

Novas tecnologias de reprodução suína

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

10
Reprodução
Suínos & Cia Ano VI - nº 33/2009
Novas Tecnologias em 
Reprodução Suína
Rafael Tomás Pallás Alonso
 Kubus S.A. – Espanha
rtpallas@gmail.com 
Introdução 
D
efine-se tecnologia como 
sendo a ciência aplicada ou 
o método científico empre-
gado para a obtenção de um objetivo 
prático1.
A necessidade de se aperfei-
çoar ao máximo a produção, assim 
como de se melhorar a qualidade do 
produto final, tem impulsionado a 
pesquisa no campo da reprodução. 
O interesse pelo desenvolvimento e 
a incorporação de novas tecnologias, 
denominadas Tecnologias de Repro-
dução Assistida (TRA), têm crescido 
dentro dos sistemas de produção suína 
atuais. Como qualquer outra tecnolo-
gia, o uso das TRA está condicionado 
à relação custo-benefício real2.
Entre as TRA, atualmente apli-
cáveis na produção de suínos, temos:
1. Congelamento de sêmen, 
com a finalidade de tornar rentáveis 
os reprodutores de grande valor ge-
nético e criar bancos de sêmen com 
doses suficientes para abastecer as 
granjas em situações de proibição do 
movimento de animais e sêmen.
2. Sexagem de sêmen para a 
programação da produção de machos 
ou fêmeas e para acelerar o melhora-
mento genético.
3. Inseminação Artificial In-
trauterina, que permite depositar o sê-
men próximo ao local da fecundação.
Neste trabalho serão mostrados 
os resultados e os efeitos destas TRA 
sobre a gestão dos Centros de Insemi-
nação Artificial (IA) de Suínos.
Situação atual das novas 
tecnologias de IA
1. Congelamento de sêmen suíno
Desde que, em 1975, Pursel 
& Johnson estabeleceram a metodo-
logia para o congelamento de sêmen 
suíno na forma de pílulas, e Westen-
dorf & colaboradores desenvolveram 
a técnica das maxiampolas, ambas 
têm sido e continuam sendo – com 
ligeiras modificações – as bases dos 
protocolos atuais de congelamento3,4 
(Quadro 1).
A reduzida fertilidade e proli-
ficidade dos espermatozóides suínos 
crio-preservados na IA deve-se a5:
• Mudanças estruturais e funcionais 
sofridas pelos espermatozóides 
durante o processo de crio-
preservação;
• Diminuição da funcionalidade que 
os referidos espermatozóides têm, 
no trato genital da porca;
• Características anatômicas 
peculiares do aparelho genital, 
as quais dificultam o trajeto dos 
espermatozóides rumo ao oviduto;
• Má qualidade dos embriões 
produzidos, o que condiciona sua 
posterior viabilidade.
Atualmente, a IA com sêmen 
congelado está reduzida, na produ-
ção de suínos, a programas de me-
O congelamento de sêmen é utilizado em granjas de alto valor genético e nos casos onde é proíbido 
o transporte de animais vivos
lhoramento genético, devido, princi-
palmente, ao fato dos resultados de 
fertilidade e prolificidade estarem de 
10% a 20% e de um a dois leitões, 
respectivamente, abaixo dos resulta-
dos obtidos com sêmen refrigerado. 
Estes resultados diferem entre raças 
e, inclusive, entre ejaculados de um 
mesmo indivíduo5,6,7.
O dano estrutural sofrido pelos 
espermatozóides durante o congela-
mento, além de diminuir sua sobrevi-
vência no trato genital da porca e o 
número de embriões produzidos, tem 
um efeito negativo sobre o desenvol-
vimento e a viabilidade dos referidos 
embriões5,6,8.
Os estudos atuais realizados 
com o intuito de melhorar os resulta-
dos da IA com sêmen congelado têm 
por objetivo aperfeiçoar os processos 
de congelamento dos espermatozói-
des (spz) e garantir um número sufi-
ciente dos mesmos com capacidade 
fecundante, no momento da ovulação 
(Quadro 2).
Ainda que os últimos estudos 
e modificações nas técnicas e nas 
aplicações de sêmen congelado te-
nham melhorado significativamente 
os resultados de fertilidade e prolifici-
dade (Tabela 1), as pesquisas devem 
continuar para minimizar os danos 
causados pelo congelamento à célula 
espermática, assim como encontrar 
novos métodos para avaliar a viabi-
lidade e a capacidade fecundante do 
sêmen descongelado.
2. Sexagem de sêmen
A determinação do sexo da 
descendência, antes do nascimen-
to, é de grande interesse econômico. 
Principalmente para as empresas de 
genética, as quais – de posse dessa 
informação – poderiam programar 
sua produção, direcionando-a para 
linhas macho ou fêmea, de acordo 
com a demanda do mercado, além de, 
por meio desse procedimento, acele-
rar os programas de melhoramento 
genético17,18. 
Os métodos para sexagem de 
sêmen são classificados em dois gru-
pos: os embasados em características 
físicas ou cinéticas e aqueles que atu-
am sobre as diferenças nucleares dos 
espermatozóides. Estes últimos têm 
dado resultados satisfatórios, relativos 
à obtenção de populações purificadas 
de espermatozóides X/Y pela deter-
minação do seu conteúdo de DNA. O 
espermatozóide que transporta o cro-
mossomo X é maior e contém mais 
DNA que o espermatozóide transpor-
tador do cromossomo Y (Tabela 2).
Baseado nesta teoria, foi de-
senvolvido um método para a sexagem 
espermática, denominado Bestville 
Sperm Sexing Technology (BSST), 
que utiliza um sistema de corte por 
citometria de fluxo para separar os 
espermatozóides X e Y20. Entretanto, 
Quadro 1. Protocolo de congelamento de sêmen de cachaços
Características comuns
• Equilíbrio prévio pela centrifugação (23°C e 15°C)
• Concentração do sêmen por centrifugação e eliminação do plasma seminal
• Congelamento a uma concentração elevada de espermatozóides
• Adição de baixas concentrações de glicerol
Quadro 2. Estratégias para melhorar os resultados com sêmen congelado
1. Otimização da metologia de congelamento
• Sistemas de envase: Flat Pack, que consiste em congelar um volume maior e tornar 
o processo máis uniforme9
• Tempo de resfriamento: não superior a 3 horas10
• Centrifugação: diminuir o tempo e aumentar a velocidade11
2. Seleção de cachaços com boa “congelabilidade” espermática
• Identificação rápida de individuos com boa capacidade de conservação. Não existe 
correlação entre fertilidade do sêmen “a fresco” e congelado9,10
3. Deposição dos espermatozóides mais próximo do oviduto
• Inseminação intra-uterina profunda13
4. Predizer o momento da ovulação e da inseminação
• Ecografia ovariana5, 14
Tabela 1. Fertilidade e prolificidade com sêmen congelado de cachaços
IA tradicional
(5x109spz /dose)15
IA intrauterina profunda
(1x109spz /dose)16
Nº. de porcas em IA 190 49
Fertilidade/parto (%) 62,60 77,55
Tamanho da leitegada 9,01 9,31
Tabela 2. Diferenças entre espermatozóides X e Y19
Parâmetro X Y
DNA ++ +
Tamanho e densidade > <
Fluorescência - +
Motilidade + +++
Suínos & CiaAno VI - nº 33/2009
11
Reprodução
a inclusão da citometria de fluxo nos 
sistemas tradicionais de IA é impra-
ticável, devido ao número escasso de 
spz que podem ser separados. 
Com os equipamentos de cito-
metria atuais é possível se obter um 
rendimento, em termos de separa-
ção, de 300.000 a 400.000 spz X ou 
Y por hora. Estas taxas de separação, 
assim baixas, são devidas à necessi-
dade de se alcançar um grau elevado 
de pureza (90%) nas populações es-
permáticas. A incorporação de novas 
substâncias nos meios de coleta e os 
avanços técnicos nos citometros de 
fluxo têm gerado procedimentos que 
nos permitem obter até sete milhões 
de espermatozóides viáveis por hora e 
com uma pureza ao redor de 80%28,29. 
Esta combinação entre o rendimento 
e a pureza sempre está equilibrada, 
nos sistemas de separação. Incremen-
tos no rendimento podem ocorrer em 
detrimento da pureza e vice-versa.
Atualmente, a sexagem do 
sêmen não é realizada nas centrais 
de inseminação convencionais por 
requerer um equipamento tremen-
damente sofisticado, o citometro de 
fluxo, o qual necessita de pessoal es-
pecializado para o seu manejo, além 
de instalaçõescom características es-
peciais relativas à temperatura, lumi-
nosidade, etc.
Estes espermatozóides sexa-
dos podem ser utilizados na produção 
de embriões in vitro ou, com certa ga-
rantia de êxito, no processo de insemi-
nação intrauterina profunda, por meio 
do qual tem se obtido nascimentos em 
conseqüência de inseminação com 
espermatozóides separados mediante 
citometria de fluxo e congelados30. 
Uma vez resolvidos os problemas 
ligados à inseminação (diminuição 
do número de espermatozóides por 
dose), é provável que, nos próximos 
anos, venhamos a assistir uma maior 
popularização desta tecnologia na 
produção animal, especialmente no 
segmento destinado a animais de alto 
valor econômico e/ou genético.
3. Inseminação Artificial profunda 
A suinocultura industrial bus-
ca uma maneira de aperfeiçoar a pro-
dutividade dos cachaços destinados à 
IA. A tendência atual, na IA de suínos, 
é a redução do número de espermato-
zóides por inseminação e, nessa linha, 
estão sendo desenvolvidas novas téc-
nicas, no sentido de aplicar o sêmen 
próximo do local da fecundação. 
Atualmente, é possível reduzir a con-
centração da dose seminal usada na 
IA tradicional, chegando a dois bi-
lhões de espermatozóides por dose, 
sem que a fertilidade e a prolificidade 
sejam afetadas21.
Para que a fecundação ocorra 
não é necessária a presença de um nú-
mero elevado de espermatozóides viá-
veis na união útero-tubárica (UUT)22. 
Os trabalhos de Rath & colaborado-
res (1999) demonstram que, por meio 
da inseminação intrauterina profunda, 
com 20 milhões de espermatozóides 
depositados cirurgicamente, foram 
obtidas taxas de gestação equipará-
veis a quando se depositam 200 ou 1 
bilhão. O inconveniente dessa técnica 
é a necessidade de se realizar uma ci-
rurgia para fazer a IA.
Nos últimos anos têm sido 
desenvolvidas novas técnicas não-
cirúrgicas para a deposição do sêmen 
no final do corno uterino (insemina-
ção intrauterina profunda)13,24,25 ou 
no corpo uterino (inseminação pós-
cervical)21,23. A inseminação intrau-
terina profunda (IUP) consiste na 
utilização de um cateter flexível de 
1,5 metro de comprimento, o qual 
permite depositar 150 milhões de es-
permatozóides, num volume de 7,5 
ml, no final do corno uterino. No caso 
Tabela 3. Fertilidade e prolificidade com as técnicas I.U.P. e I.P.C.
IUP24 IPC21 IPC26
Concentração (x 106 spz/dose) 50 100 100
Volume (ml/dose) 5 80 33
Fertilidade/parto (%) 92,3 87,0 86,3
Tamanho da leitegada 9,41 10,9 12,4
I.U.P - inseminação intrauterina profunda, I.P.C. - inseminação pós-cervical
Com a técnica de I.A. intra-uterina, é possível utilizar 2 bilhões de espermatozóides sem alterar a 
fertilidade e prolificidade
Reprodução
12
Suínos & Cia Ano VI - nº 33/2009
da inseminação pós-cervical (IPC), 
uma cânula passa por meio da cervix 
e chega até o corpo uterino, sendo 
utilizado até 500 milhões de esperma-
tozóides, num volume de 30 ml23, ou 
1 bilhão num volume de 80 ml21. Os 
últimos resultados obtidos com essas 
duas técnicas aparecem na Tabela 3 e 
demonstram que é possível diminuir 
o volume e a concentração da dose 
seminal, sem que a fertilidade e a pro-
lificidade sejam afetadas.
Gestão da Central de IA segundo 
as novas tecnologias
 A colocação dessas novas 
tecnologias à prova e seus resultados 
nos ensaios a campo nos fazem supor 
que, de um modo mais ou menos rá-
pido, elas serão aplicadas por um nú-
mero cada vez maior de suinocultores 
ou empresas dedicadas à produção de 
suínos.
 Isso fará que, indubitavel-
mente, ocorram mudanças na gestão 
e na forma de organizar o trabalho 
nos centros de inseminação atuais, os 
quais foram projetados para produ-
zir doses seminais de 80 ml a 100ml, 
com 3 bilhões de espermatozóides.
 Vejamos como a produção 
de doses seminais pode ser afetada, 
com a aplicação dessas novas tecno-
logias.
1. Congelamento de sêmen suíno
Atualmente, o uso de sêmen 
congelado nos programas de insemi-
nação artificial de suínos tem limita-
ções importantes, comparativamente 
ao sêmen refrigerado, principalmente: 
(1) menor rentabilidade dos cachaços; 
(2) baixa fertilidade e (3) prolificida-
de reduzida5.
 Em contrapartida, a possi-
bilidade de realizar a inseminação 
artificial com sêmen congelado nos 
permite compensar algumas das limi-
tações inerentes ao sêmen fresco ou 
refrigerado. Assim sendo, entre suas 
vantagens, podemos citar:
Rentabilizar ao máximo aqueles 
reprodutores de grande valor 
genético. 
Normalmente, em nossas cen-
trais de inseminação, convivem ma-
chos finalizadores com avôs ou bisa-
vôs de diversas linhagens genéticas. 
Ao observarmos o ranking de produ-
ção, quase sempre os cachaços menos 
rentáveis são 
aqueles dedica-
dos à genética. A 
explicação para 
esse fato é que, 
devido à carac-
terística dos nú-
cleos genéticos, 
de possuírem 
um grande acer-
vo de caracteres 
individuais e 
de terem que se 
preocupar – por 
exemplo – em 
controlar o ní-
vel de consan-
guinidade do 
seu plantel, na 
grande maioria 
das vezes é pre-
ciso retirar um 
macho de uma 
determinada li-
nhagem para 
produzir – uni-
camente – 8 a 10 
doses de sêmen, 
quando podería-
mos ter obtido 25 ou 30. Utilizando a 
técnica de congelamento poderíamos 
submeter esses machos a um ritmo de 
coletas pré-estabelecido (uma extra-
ção semanal, por ex.), congelar todo 
o ejaculado e ir fornecendo – poste-
riormente – as doses solicitadas pelo 
núcleo genético, deixando o restante 
armazenado no banco de sêmen da 
central. Além disso, esse procedimen-
to permitiria aos centros de seleção 
atribuir a máxima variabilidade ge-
nética às avaliações rotineiras e pe-
Tabela 4
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado
TOTAL
23,55% 25,17% 22,59% 12,51% 7,70% 8,48%
71,31% 28,69%
CIA 1
25,29% 25,92% 22,81% 11,18 7,36% 7,44%
74,02% 25,98%
CIA 2
19,86% 23,56% 22,12% 15,33% 8,44% 10,69%
65,54% 34,46%
Na inseminação pós-cervical, uma cânula passa por meio da cervix e 
chega até o corpo uterino, podendo ser utilizado até 500 milhões de 
espermatozóides num volume de 30 ml
Reprodução
14
Suínos & Cia Ano VI - nº 33/2009
riódicas realizadas com o intuito de 
estabelecer os valores genéticos dos 
animais (BLUP).
Fomento do comércio 
internacional de doses seminais. 
A movimentação de animais 
vivos entre países está cada vez mais 
difícil, por motivos sanitários e pelas 
limitações ao transporte dos mesmos, 
impostas pelas leis de bem-estar ani-
mal, cada vez mais numerosas. Já o 
transporte de sêmen congelado não 
contempla mais nenhum problema, 
além do manejo do nitrogênio líqui-
do, havendo, inclusive, outras possi-
bilidades de transporte à disposição, 
como a utilização de tanques de ni-
trogênio seco, que facilita o referido 
manejo.
Criação de bancos de sêmen. 
Com relação a este assunto, há 
três utilizações bem distintas:
• Bancos de reserva genética: onde se-
rão mantidos congelados os ejacula-
dos dos animais que se sobressaem, 
dentro de cada linhagem, para que 
possam ser utilizados vários anos 
depois, com a finalidade de incorpo-
rar novos genes a uma linha genéti-
ca, avaliar o progresso genético por 
meio de varias gerações ou recons-
truir um programa genético, diante 
de qualquer eventualidade que tenha 
obrigado a sua eliminação. 
• Bancos para fornecimento de sê-
men: com doses suficientes para 
abastecer as necessidades das gran-
jas naquelas situações nas quais se 
proíbe a movimentação dos animais, 
relativamente frequentes na espécie 
suína e normalmente relacionadas 
com surtos infecciosos. Neste caso, 
seria prudente manter congelado um 
grande número de doses, suficiente 
para cobrir as necessidades de 8 a 10 
dias, período de tempo que nos per-
mitiria entrar em contato com outros 
centrosde inseminação – nacionais 
ou internacionais – e organizar nos-
so estoque, enquanto a central esti-
ver imobilizada.
• Bancos de doses de espermatozóides 
manipulados: sexados, transgênicos, 
etc. Nos dias de hoje esta possibili-
dade ainda não é factível, mas nos 
próximos anos poderá ser realidade.
Otimização da gestão e da 
operacionalização dos centros de 
inseminação artificial.
Atualmente, no sistema tradi-
cional de produção de doses seminais, 
o horário de entrada e as tarefas rea-
lizadas diariamente numa Central de 
Inseminação Artificial (CIA) são con-
dicionados pelo número de doses que 
se necessita produzir por dia, o qual 
varia enormemente, como se pode ver 
na Tabela 4.
A Figura 1., acima, mostra que 
nos três primeiros dias da semana se 
produz mais de 70% do total de doses 
da mesma. Isso faz com que as tare-
fas realizadas na CIA sejam comple-
tamente distintas, entre os diferentes 
dias da semana, levando a uma va-
riação no horário de entrada na cen-
tral, que vai das 3h45 às 5h45 horas 
(dependendo do dia). Ocorre, ainda, 
uma variabilidade importante nas ta-
refas realizadas a cada dia, sendo os 
três primeiros da semana dedicados 
– praticamente em sua totalidade – à 
produção de doses, e os três restantes 
aos trabalhos de limpeza, manutenção 
e manejo dos animais.
Esta situação pode mudar ra-
dicalmente com a produção de doses 
seminais congeladas, na qual é pos-
sível estabelecer um ritmo de coleta 
fixo para cada um dos animais e atuar 
independentemente dos pedidos diá-
rios de sêmen. Isso fará com que se 
possa trabalhar em uma escala mais 
racional e sem a pressão de ter que 
preparar as doses num determinado 
horário. Além disso, será possível 
planejar as tarefas diárias com maior 
antecipação e de modo mais coeren-
te com as necessidades de cada em-
presa, podendo, inclusive, suspender 
Figura 1. Centrais de IA global: % de doses repartidas segundo o dia da semana
Figura 2. Efeito da temperatura ambiental sobre a qualidade espermática
Suínos & CiaAno VI - nº 33/2009
15
Reprodução
a produção de doses de sêmen em 
determinados momentos (períodos 
de férias, feriados, por motivos sa-
nitários, devido a manejos especiais, 
etc.), sem atrapalhar o fornecimento 
de doses aos nossos clientes.
Nas Centrais de IA multirra-
ciais, a produção de doses seminais 
congeladas permitirá um melhor 
aproveitamento dos cachaços, já que 
às vezes surge a situação de faltar al-
gumas poucas doses de uma determi-
nada raça, o que nos obriga a realizar 
uma nova coleta. O sêmen coletado, 
nesse caso, costuma não ser apro-
veitado totalmente, e essa coleta faz 
sobrar, então, doses de outra raça, as 
quais não serão totalmente aproveita-
das por não terem sido processadas.
Uma vantagem importante da 
produção de doses crio-preservadas é 
o fato de poder minimizar o problema 
da sazonalidade reprodutiva, princi-
palmente em regiões de clima tropi-
cal. O efeito das altas temperaturas na 
produção de sêmen, ilustrado na Fi-
gura. 2, já é conhecido por todos:
A qualidade espermática bai-
xa consideravelmente, a partir da 
metade do verão até o início do ou-
tono, principalmente quando se trata 
de espermatozóides conservados sob 
refrigeração por 48 horas. Este efei-
to indesejável poderia ser eliminado, 
mediante a produção de doses semi-
nais congeladas, suspendendo-se a 
produção durante os referidos meses 
e utilizando as doses produzidas nos 
períodos mais frescos e de melhor 
qualidade espermática.
Outro ponto a ser considerado, 
particularmente nas Centrais de IA 
que têm rotas de distribuição e que – 
diariamente ou por vários dias duran-
te a semana – entregam as doses nas 
granjas, é a mudança a ser produzida 
nestes sistemas. Com a utilização de 
doses congeladas, o suinocultor po-
derá dispor de um tanque de nitro-
gênio líquido com doses suficientes 
para um mês, seis meses ou um ano, 
o que tornará sem sentido os sistemas 
de distribuição atuais. No entanto, a 
Central terá que criar outro serviço, o 
de distribuição de nitrogênio líquido 
para os tanques de conservação loca-
lizados nas granjas. Acreditamos que 
este novo serviço não deva ficar por 
conta dos suinocultores, de modo que 
– para se evitar problemas – deverá 
ser oferecido e garantido pelo próprio 
centro de inseminação.
Indubitavelmente, para a pro-
dução de doses seminais crio-preser-
vadas, será preciso adaptar nossos 
laboratórios à instalação dos equipa-
mentos necessários para este tipo de 
produção: câmara de estabilização, 
centrífuga, bio-congelador, máquina 
de envase e fechamento automático 
de ampolas, etc.
2. Inseminação artificial profunda
O efeito desta técnica sobre 
uma Central de inseminação, em 
qualquer uma de suas duas variantes 
(inseminação pós-cervical ou inse-
minação intrauterina profunda), é o 
mesmo, ou seja: a redução, em maior 
ou menor grau, do número de machos 
necessários para produzir o mesmo 
número de doses de sêmen.
• Inseminação pós-cervical.
Ao se utilizar doses de 500 milhões 
ou 1 bilhão de espermatozóides, es-
pera-se uma diminuição do número 
% sobre o preço final da dose
Tradicional
IPC
(1 x 109)
IPC
(0,5 x 109)
IUP
(0,15 x 109)
Amortização 
machos
13,00 - 21,00 4,33 - 7,00 2,17 - 3,50 0,65 - 1,05
Mão-de-obra 20,00 - 25,00 10,00 - 12,50 10,00 - 12,50 10,00 - 12,50
Alimentação 6,00 - 8,00 2,00 - 2,67 1,00 -1,33 0,30 - 0,40
Diluente e 
outros
5,00 - 10,00 1,67 - 3,33 0,83 - 1,67 0,25 - 0,50
TOTAL 44,00 - 64,00 18,00 - 25,50 14,00 - 19,00 11,20 - 14,45
A produção de doses seminais congeladas permite um melhor aproveitamento do cachaço de alto 
valor genético
Reprodução
16
Suínos & Cia Ano VI - nº 33/2009
de machos da ordem de 1/3 ou 1/6 do 
inventário atual. Isso nos faz pensar 
que, se atualmente temos uma pro-
dução de 1.500 doses/macho/ano, no 
futuro poderemos chegar a 4.500 ou 
9.000 doses/macho/ano26.
• Inseminação intrauterina 
profunda.
Neste caso as doses são de 150 mi-
lhões de espermatozóides, o que im-
plica numa redução – em tese – de 
até 20 vezes no número de machos 
necessários, além da produção de até 
30.000 doses/cachaço/ano27.
A adoção de qualquer uma 
destas técnicas, por parte de uma 
Central de IA e a consequente redu-
ção no número de machos, implicará 
nas seguintes mudanças na estrutura e 
no funcionamento da mesma:
• Redução no número de locais 
para alojamento.
Uma vez que a necessidade de cacha-
ços será muito menor, o acesso a ani-
mais de alto valor genético será faci-
litado, o que promoverá a distribuição 
do potencial genético dos mesmos 
entre um número maior de suinocul-
tores. Estes, por sua vez, ganharão na 
uniformidade de seu produto final, já 
que toda a sua produção poderá ser 
originária de um único macho ou de 
um grupo reduzido de machos com 
características similares. Essa situa-
ção, que para as Centrais de insemina-
ção será altamente vantajosa, trará um 
grave problema para as empresas de 
genética, as quais deverão sofrer uma 
redução nas vendas de machos para 
inseminação, além de precisarem ga-
rantir uma maior qualidade genética 
nos animais que comercializarem.
• Redução do pessoal necessário 
para atender à central.
Tanto pelo menor número de machos 
a ser atendido, como pela redução 
na quantidade de coletas e na rotina 
diária de análises laboratoriais com 
o sêmen a ser processado. Tudo isso 
implica numa diminuição do tempo 
requerido para a obtenção do sêmen, 
seu processamento no laboratório e 
na preparação das doses seminais.
• Mudanças nos sistemas de 
envase.
Uma vez que será preciso adequá-los 
aos requerimentos destas técnicas, 
30ml na IPC (inseminação pós-cervi-
cal) e 5ml na IUP (inseminação uteri-
na profunda).
• Otimização dos horários de 
trabalho.
Ao nãoter que realizar tantas cole-
tas, o trabalho poderá ser iniciado um 
pouco mais tarde, ou quiçá – o que 
parece ser mais interessante – man-
ter os horários atuais, mas adiantar 
a saída do material a ser distribuído. 
Assim, as doses seminais estarão nas 
granjas mais cedo, facilitando as tare-
fas de inseminação, sobretudo naque-
les plantéis com número elevado de 
reprodutoras.
Em resumo, as vantagens da 
aplicação destas técnicas são:
• Redução dos custos de produção 
das doses seminais.
• Melhor aproveitamento dos cacha-
ços de elite. 
• Redução do atraso genético entre 
gerações de um programa ou esque-
ma de seleção.
• Ao permitir o acesso de um número 
maior de suinocultores a uma gené-
tica superior, facultando-lhes a ob-
tenção de preços melhores para os 
seus produtos no mercado, estare-
mos contribuindo para o estabeleci-
mento de uma relação mais estreita 
entre os criadores e as Centrais de 
inseminação.
• Utilização de sêmen congelado ou 
sexado.
• Maior uniformidade e homogenei-
dade dos animais produzidos. 
Como desvantagens, podemos 
citar:
• Maior custo relativo a cateteres e pi-
petas de inseminação.
• Necessidade de adaptação dos sui-
nocultores a uma nova técnica, mais 
sofisticada.
• Em países cuja mão-de-obra consiste 
A vantagem da disseminação do produto de alto valor genético é a uniformidade do produto final, 
já que a produção poderá ser originária de um único macho
Suínos & CiaAno VI - nº 33/2009
17
Reprodução
em alta rotatividade de pessoal, será 
necessário um treinamento constan-
te dos envolvidos.
• Perda de imagem relativa ao bem-
estar animal, por parte da granja ou 
CIA, pela utilização de técnicas in-
vasivas.
Impacto econômico das novas 
tecnologias.
Na sequência veremos que 
impacto econômico tem a aplicação 
destas técnicas numa Central de inse-
minação.
1. Congelamento de sêmen suíno
 Considerando as seguintes 
premissas para o sêmen congelado, 
em comparação com o sêmen fresco 
ou refrigerado (“n” indica os resulta-
dos com sêmen fresco ou refrigera-
do):
• Baixa fertilidade (n - 20%).
• Baixa prolificidade (n - 2 leitões).
• Poucas doses produzidas, a partir 
de um ejaculado (n / 2).
Podemos realizar os seguintes 
cálculos:
• Sêmen refrigerado: de um ejacula-
do, em condições normais, se obtém 
de 20 a 25 doses seminais (3.000 x 
106 spz/dose), com as quais é possí-
vel inseminar de 10 a 12 porcas e, 
com uma taxa de fertilidade de 80%, 
obter de 8 a 10 fêmeas gestantes.
• Espermatozóides crio-preservados 
por sistemas tradicionais: do mesmo 
ejaculado anterior e considerando 
que – neste caso – os valores são de 
5 a 6.000 x 106 spz/dose, é possível 
se obter de 10 a 15 doses, com as 
quais se pode inseminar de 5 a 7 fê-
meas e, com uma fertilidade de 60%, 
obter de 3 a 4 porcas gestantes.
• Espermatozóides crio-preservados e 
técnicas de inseminação profunda: 
considerando o mesmo raciocínio 
anterior e, como neste caso as doses 
produzidas requerem unicamente 
1.000 x 106 spz/dose, é possível ob-
ter de 60 a 75 doses, com as quais se 
pode inseminar de 30 a 37 porcas; 
se considerarmos uma taxa de ferti-
lidade de 67%, resultará em 20 a 24 
porcas gestantes.
Observando os números ante-
riores, vemos que, com a utilização 
de espermatozóides crio-preservados 
é possível, ao menos, dobrar o nú-
mero de gestações obtidas a partir de 
um ejaculado. Só isso já justifica a 
sua utilização, em nível prático, pela 
diminuição dos custos de produção 
atuais que temos com o uso do sê-
men fresco. Além disso, atualmente, 
o equipamento necessário para a pro-
dução de doses congeladas implica 
na realização de altos investimentos 
nos centros de inseminação, os quais 
– devido à escassa difusão desta téc-
nica – dificilmente serão amortizados. 
Mas se a sua utilização se generaliza, 
a aquisição destes equipamentos, por 
parte das centrais de inseminação co-
merciais, estará plenamente justifica-
da.
2. Inseminação artificial profunda
Com a utilização destas técni-
cas, a redução nos custos de produção 
é evidente, devido ao menor número 
de cachaços necessários para a pro-
dução do mesmo número de doses. A 
tabela seguinte demonstra o impacto 
destas técnicas sobre os componentes 
que mais incidem no custo final da 
dose seminal produzida:
É importante observar que es-
tes percentuais podem variar conside-
ravelmente de acordo com os preços 
de compra de cada produto e, sobre-
tudo, segundo o preço de venda das 
doses. Todos os cálculos realizados 
foram baseados nos preços médios 
praticados atualmente na Espanha.
Com relação à amortização 
dos machos, vale também observar 
que ela se realiza em dois anos e meio, 
sendo os preços de compra estimados 
referentes a cachaços de elite, de alto 
valor genético.
Quanto aos cálculos de mão-
de-obra, foi levado em conta o cus-
to total da empresa, relativo a todo o 
pessoal, encarregados, especialistas e 
colaboradores.
Atualmente os equipamentos necessários para produção de doses congeladas implica em altos 
investimentos nas CIA
Reprodução
18
Suínos & Cia Ano VI - nº 33/2009
Referências Bibliográficas
01. RODIBAUGH, M.T. Science 
and technology 2001: Clear 
goals or black holes? In: 
American Association of 
Swine Veterinarians Congress. 
Proceedings… 2001.
02. ALTHOUSE, G.C. Applicable 
technologies for gene transfer in 
swine. In: American Association 
of Swine Veterinarians Congress. 
Proceedings… 2000.
03. PURSEL, V.G.; JOHNSON, L.A. 
Freezing of boar spermatozoa: 
fertilizing capacity with 
concentrated semen and a new 
thawing procedure. J. Anim. Sci., 
v. 40. p. 99-102. 1975.
04. WESTENDORF, P.; ROCHTER, 
L.; TREU, H. Zur tiergefrierung 
von ebersperma. Labor un 
besamunsergebnisse mit dem 
hulsenberger palletten verfhren. 
Dtsch. Tierarztl. Wocchenschr., v. 
82 p. 261-267. 1975.
05. ROCA, J.; CARVAJAL, G.; 
VÁZQUEZ, J.M.; LUCAS, X.; 
MARTÍNEZ, E. Criopreservación 
espermática en la especie 
porcina. Simposio Internacional 
de Reproducción y I.A. Porcina. 
8. p.13-29. Memorias… 2001.
06. BERTANI, G.R.; CURTIS, E.F.; 
FIALHO, F.B.; RUBIN, M.I.B.; 
WENTZ, I.; GONCALVES, P.B. 
Periovulatory insemination with 
fresh or frozen semen on embryo 
viability and early pregnancy rate 
in gilts. Reprod. Dom. Anim., v. 
31. p. 307-308. 1996.
07. LLEÓ, B. Efecto del proceso 
de congelación sobre las 
características del semen de 
verraco y el inicio del desarrollo 
embrionario (5 días). Tesis 
doctoral. Facultad de Veterinaria. 
U.C.M. Madrid. 2000.
08. MARTÍN RILLO, R.; 
PINTADO, B.; DE ALBA, C.; 
SÁNCHEZ, R.; GARCÍA, P.; 
CORCUERA, D.; ARTIGA, C. 
Effect of cooled and frozen boar 
semen on embryo development. 
Reprod. Dom. Anim., v. 31. 
p.309-310.1996.
09. ERIKSSON, B.; RODRIGUEZ-
MARTÍNEZ, H. Effect of 
freezing and thawing rates on 
the post-thaw viability of boar 
spermatozoa frozen in flatpacks 
and maxi-straws. Anim. Reprod. 
Sci., v. 63. p. 205-220. 2000.
10. ERIKSSON, B.M.; VAZQUEZ, 
J.M.; MARTÍNEZ, E.; ROCA, 
J.; LUCAS, X.; RODRIGUEZ-
MARTÍNEZ, H. Effect of holding 
time during cooling and of type 
of package on plasma membrane 
integrity, motility and in vitro 
oocyte penetration ability of 
frozen-thawed boar spermatozoa. 
Theriogenology, v.55. p. 1593-
1605. 2001. 
11. CARVAJAL, G.; CUELLO, 
C.; RUIZ, M.; LUCAS, X.; 
VAZQUEZ, J.M.; MARTÍNEZ, 
E; ROCA, J. Effect of the 
centrifugation regimes on the 
viability and penetrability of 
frozen-thawed boar spermatozoa. 
Theriogenology, v. 55. p. 302. 
2001.
12. ROCA, J; LUCAS, X.; GIL, 
M.A.; VÁZQUEZ, J.M.; 
CARVAJAL, G.; MARTÍNEZ, E. 
Motility and in vitro penetrating 
ability of cooled and frozen-
thawed spermatozoa from 
identical boars. In: Boar semen 
preservation. 4. Ed. L.A. Johnson 
and H.D. Guthrie.Allen Press, 
Inc., Lawrence, KS, USA. p.260. 
2000.
13. MARTÍNEZ, E.A.; VÁZQUEZ, 
J.M; ROCA, J.; LUCAS X.; 
Para os cálculos de alimenta-
ção, foi considerado um consumo de 
3 kg de ração de machos de alta pro-
dução/cachaço/dia.
Finalmente, é importante 
acrescentar que, no item Diluente e 
outros está incluído o consumo de 
material básico de laboratório, tal 
como recipientes de coleta, filtros, pi-
petas, suportes, etc. E, dada a gama 
de diluentes disponíveis no mercado 
e a consequente diferença de preços, 
podem haver variações muito maiores 
nos valores apresentados.
Conclusões
 Os avanços realizados nos 
últimos anos para desenvolver e me-
lhorar as novas tecnologias de inse-
minação artificial fazem com que as 
mesmas sejam introduzidas, pouco 
a pouco, na rotina diária de algumas 
centrais de inseminação. Estas, por 
sua vez, vêm se adaptando aos novos 
requerimentos impostos pelas mes-
mas. De todas as formas, faltam ainda 
alguns anos para a sua implantação 
definitiva, durante os quais será pre-
ciso trabalhar ainda para melhorar as 
referidas técnicas e adaptar a prática 
das mesmas às condições de trabalho 
no campo, tanto nas CIAs como nas 
granjas.
 A separação de espermato-
zóides por meio da citometria de flu-
xo necessita ainda de um pouco mais 
de padronização (mediante um incre-
mento nos rendimentos de separação), 
ao mesmo tempo em que se desenvol-
vem melhorias nas metodologias de 
congelamento de espermatozóides, 
incrementa-se a sobrevivência esper-
mática pós-separação e aperfeiçoam-
se as inseminações com baixo núme-
ro de espermatozóides, a produção in 
vitro e a transferência não cirúrgica 
de embriões. É bem provável que, nos 
próximos anos, assistamos à impor-
tante implantação desta tecnologia, 
no segmento da produção animal.
Suínos & CiaAno VI - nº 33/2009
19
Reprodução
GIL, M.A.; PARRILLA, 
I.; VÁZQUEZ, J.L. Deep 
intrauterine insemination in 
sows with a low number of 
spermatozoa: a new and simple 
procedure Theriogenology. v.55. 
n.1. p.248. 2000.
14. SOEDE, N.M.; WETZELS, 
C.C.H.; ZONDAG, W.; DE 
KONING, M.A.I.; KEMP, B. 
Effects of time insemination 
relative to ovulation, as 
determined by ultrasonography, 
on fertilization rate an access 
sperm count in sows. J. Repr. 
Fertil., v. 104. p. 99-106. 1995.
15. HOFMO, P.O.; GREVLE, I.S. 
Development and commercial use 
of frozen boar semen in Norway. 
In: Boar semen preservation. 
4., Ed. L.A. Johnson and H.D. 
Guthrie. Allen Press, Inc., 
Lawrence, KS, USA. p.71-86. 
2000.
16. ROCA, J.; MARTÍNEZ, E.; 
VÁZQUEZ, J.M.; VÁZQUEZ, 
J.L. Cryopreservation of pig 
spermatozoa. New trends for 
its commercial application. 
Workshop 3: New strategies 
in semen preservation and 
insemination in pigs. ESDAR 
Annual Conference. 5. Prague. 
2000.
17. MARTÍNEZ, E.A.; VÁZQUEZ, 
J.M.; .L.; ROCA, J.; LUCAS 
X.; GIL, M.A.; PARRILLA, 
I. Posibilidades prácticas del 
sexaje de espermatozoides en la 
especie porcina. In: Simposio 
Internacional de Reproducción 
y IA porcina. 6. p. 55-62. 
Memorias… 1999.
18. VÁZQUEZ, J.M.; MARTÍNEZ, 
E.A.; L.; ROCA, J.; LUCAS 
X.; PARRILLA, I. Sex-sorting 
boar sperm: problems and 
possibilities. Arch. Tierz. 
Dummerstorf. v. 44 Special Issue, 
p. 141-144. 2001.
19. DE ALBA, C. Situación actual 
de la tecnología en inseminación 
artificial porcina. In: 
Biotecnología de la Reproducción 
Porcina. 16. Edición Cursos de 
verano de la Universidad de 
Teruel. 2000.
20. JOHNSON, L.A. Mejoramiento 
y sexaje de semen por métodos 
hidrodinámicos. In: Simposio 
Internacional de Reproducción 
y IA porcina. 6. p. 41-54. 
Memorias… 1999.
21. WATSON, P. Deep insemination 
of sows with reduced sperm 
numbers does not compromise 
fertility: a commercially based 
field trial. In: International 
Conference on Pig Reproduction. 
6. Columbia. USA. p.135. 
Proceedings… 2001.
22. RATH, D.; KRUGER, C.; 
JOHNSON, L.A. Low dose 
insemination technique: how 
many sperm do we need for 
successful insemination? In: 
International Conference on 
Boar semen preservation. 4. 
Beltsville, Maryland. USA. p.13. 
Proceedings… 1999.
23. GIL, J. Post-cervical 
insemination. In: International 
Pig Veterinary Society Congress. 
16. Melbourne, Australia, p. 399. 
Proceedings… 2000.
24. VÁZQUEZ, J.M.; MARTÍNEZ, 
E.A.; ROCA, J.; VAZQUEZ, 
J.L.; LUCAS, X.; GIL, 
M.A.; PARRILLA, I. A.I. 
in swine: new strategy for 
deep insemination with a low 
number of spermatozoa using 
a non-surgical methodology. 
In: International Congress on 
Animal Reproduction. 14. p.289. 
Proceedings… 2000.
25. VÁZQUEZ, J.M.; MARTÍNEZ, 
E.A.; PARRILLA, I.; CUELLO, 
C; L.; GIL, M.A.; LUCAS, 
X.; ROCA, J.; VAZQUEZ, 
J.L.; DIDION, B.A.; DAY, B. 
Deep intrauterine insemination 
in natural post-weaning 
oestrus sows. In: International 
Conference on Pig Reproduction. 
6. Columbia. USA. p.134. 
Proceedings… 2001.
26. GIL, J. Inseminación Post-
cervical. In: Simposio 
Internacional de Reproducción y 
I.A. Porcina. 7. en memoria del 
Dr. Santiago Martín Rillo. p.129-
131. Memorias… Memorias… 
2001.
27. MARTÍNEZ, E.; ROCA, J.; 
VÁZQUEZ, J.M.; LUCAS, 
X.; GIL, M.A.; PARRILLA, I.; 
CARVAJAL, G.; CUELLO, C.; 
VÁZQUEZ, J.L. Inseminación 
intrauterina profunda en la 
especie porcina: una nueva 
tecnología. In: Semana nacional 
del ganado porcino SEPOR. 34. 
p. 123-137. Memorias… 2001.
28. RENS, W.; WELCH, G.; 
JOHNSON, L.A. Improved 
flow cytometric sorting of X y 
Y chromosome bearing sperm: 
Substantial increase in yield of 
sexed sperm. Molec. Reprod. 
Dev. v.52. p. 50-56. 1999.
29. RENS, W.; WELCH, G.; 
JOHNSON, L.A. A novel 
nozzle for more efficient sperm 
orientation to improve sorting 
efficiency of X y Y chromosome 
bearing sperm. Cytometry v.33. 
p. 476-481. 1998.
30. VÁZQUEZ, J.M.; MARTÍNEZ, 
E.; PARRILLA, I.; ROCA, J.; 
LUCAS, X.; CUELLO, C.; GIL, 
M.A. Avances en la separación 
de los espermatozoides de 
mamíferos mediante citometría 
de flujo. In: Semana nacional del 
ganado porcino SEPOR. 34. p. 
113-122. Memorias… 2001.
Reprodução
20
Suínos & Cia Ano VI - nº 33/2009

Outros materiais