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COORDENAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL Disciplina : Desenho Técnico Civil Prof.ª MSc. Laise Kelley Lemos TEMA AULA 3: Sistemas de Representação Gráfica e Identificação dos Elementos de um Projeto Sistemas de Representação O que é Visão Espacial? • É a capacidade de percepção mentalmente das formas espaciais. • Ou seja, a visão espacial permite a percepção (o entendimento) de formas espaciais, sem estar vendo fisicamente os objetos. • Facilidade de entender as formas espaciais a partir das figuras planas. • Para execução e a interpretação da linguagem gráfica do desenho técnico exige-se treinamento específico, progressivos e sistematizados. • Utilizadas figuras planas (bidimensionais) para representar formas espaciais. Sistemas de Representação A Figura está exemplificando a representação de forma espacial por meio de figuras planas, concluímos que: 1. A figura é a representação de três quadrados. 2. Na linguagem gráfica do desenho técnico a figura corresponde a representação de um determinado cubo. • Conhecendo-se a metodologia utilizada para elaboração do desenho bidimensional é possível entender e conceber mentalmente a forma espacial representada na figura plana. • Na prática pode-se dizer que, para interpretar um desenho técnico, é necessário enxergar o que não é visível, e é a esta capacidade de entendimento de uma forma espacial a partir de uma figura plana que chamamos de visão espacial. Sistemas de Representação VISTAS ORTOGRÁFICAS • O Desenho Projetivo é aquele que resulta de projeções do objeto sobre um ou mais planos que se fazem coincidir com o do próprio desenho. Este tipo de desenho pode ser: • Vistas Ortográficas; • Perspectivas. • Vistas Ortográficas: figuras resultantes de projeções cilíndricas ortogonais do objeto, sobre planos convenientemente escolhidos de modo a representar, com exatidão, a forma deste objeto com seus detalhes. Sistemas de Representação VISTAS ORTOGRÁFICAS • Perspectivas: figuras resultantes de projeção cilíndrica ou cônica sobre um único plano, com a finalidade de permitir uma percepção mais fácil da forma do objeto. Sistemas de Representação VISTAS ORTOGRÁFICAS • O fundamento teórico para a representação através de vistas ortográficas tem origem nos conceitos de Geometria Descritiva, em que planos de projeção perpendiculares se interceptam e formam o “paralelepípedo de referência”, que pode gerar até seis vistas do objeto. • Arestas e todos os detalhes são representados em verdadeira grandeza, sendo a principal vantagem deste tipo de representação. Sistemas de Representação • Geralmente (na prática) as 3 projeções: F, S, E são suficientes (não necessariamente) para solução da maioria dos problemas. VISTAS ORTOGRÁFICAS Sistemas de Representação VISTAS ORTOGRÁFICAS Sistemas de Representação VISTAS ORTOGRÁFICAS Sistemas de Representação Rebatimento dos planos de projeção - A figura representa as projeções do prisma em três planos simultaneamente. Se retirarmos o prisma teríamos apenas as suas projeções nos três planos. VISTAS ORTOGRÁFICAS Sistemas de Representação • Desenho técnico - vistas devem ser mostradas em um único plano. • Utiliza-se o recurso de rebatimento dos planos de projeção horizontal e lateral. • O plano vertical, onde se projeta a vista frontal, deve ser imaginado sempre numa posição fixa. • Para rebater o plano horizontal, imaginamos que ele sofre uma rotação de 90º para baixo, em torno do eixo de interseção com o plano vertical. Sistemas de Representação • Representa os três planos de projeção: vertical (A), horizontal (B) e lateral (C), representados num único plano rebatido. A projeção (A), representada no plano vertical - projeção vertical ou vista frontal. A projeção (C), que se encontra no plano lateral - projeção lateral ou vista lateral esquerda. A projeção (B), representada no plano horizontal - projeção horizontal ou vista superior. Sistemas de Representação DESENHO EM PERSPECTIVA • Sabemos que um plano possui duas dimensões largura e altura. • Profundidade – Linha do Horizonte – Ponto máximo que a visão consegue alcançar. • Ponto de referência – Do observador para a paisagem. Sistemas de Representação DESENHO EM PERSPECTIVA Sistemas de Representação DESENHO EM PERSPECTIVA • Baseando-se no fenômeno ótico a perspectiva de um objeto é a interseção dos raios visuais com a superfície, onde se pretende desenhar a imagem. • Assim os princípios da visão aplicam-se exatamente à operação geométrica de projeção, cujo: o centro é o olho do observador; os raios projetantes correspondem aos raios visuais e a projeção no quadro entre observador e objeto é a perspectiva do objeto. Sistemas de Representação • Observe as figuras abaixo da esquerda para a direita e verifique: Figura 1 - O paralelismo dos dois segmentos verticais (mais grossos); Figura 2 - Compare o tamanho do segmento horizontal com o vertical e; Figura 3 - De onde o ponto no interior do triângulo equilátero está mais próximo. Da base ou do vértice superior. • O que acabamos de perceber são exemplos de ilusões de ótica. • São apenas confirmações de que nossa visão, nem sempre percebe a realidade. • É o inverso do que ocorre com os desenhos em perspectiva. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Sistemas de Representação PERSPECTIVAS Este termo vem do latim (perpectum – ver através) e constitue-se na ciência da representação gráfica dos objetos, tais como são vistos pelos nossos olhos. É um método que nos permite reproduzir as três dimensões (largura, altura e profundidade) numa superfície plana, representando, graficamente, as deformações aparentes percebidas pela nossa visão. A perspectiva nos fornece três elementos indispensáveis: 1) dá ao objeto a ideia de dimensão e volume; 2) dá a sensação de distância; 3) Sugere espaço. Sistemas de Representação PERSPECTIVAS AXONOMÉTRICAS A Axonométrica na perspectiva refere-se a uma projeção cilíndrica ortogonal sobre um plano oblíquo em relação às três dimensões do corpo a representar. Existem quatro tipos de perspectiva Axonométrica: 1) Oblíqua: a) Cavaleira b) Militar 2) Ortogonal: c) Dimétrica d) Isométrica A aplicação mais usual da perspectiva Axonométrica dentro da engenharia é para instalações hidráulicas e projeto de detalhamento de peças. Sistemas de Representação OBLÍQUAS – Militar e Cavaleira Ocorrem quando observador, situado no infinito, gera retas projetantes (paralelas portanto) que incidem de forma não perpendicular no plano. Perspectiva Cavaleira Em uma perspectiva cavaleira, temos a figura apresentada com uma face frontal, sendo nesta face marcadas a largura e altura, conservando a sua forma e as suas dimensões.y x z Sistemas de Representação Perspectiva Cavaleira • A face frontal do objeto fica paralela ao quadro o que garante a projeção em tamanho real e sem deformação da face. Já as profundidades do objeto sofrem certa deformação de acordo com a inclinação utilizada na projeção. • Este tipo de perspectiva é recomendado para objetos cuja forma geométrica em uma das faces seja mais complexa. Sistemas de Representação OBLÍQUAS – Militar e Cavaleira Perspectiva Militar Possui a face de fuga (eixo x e y) perpendiculares entre si (formam ângulo de 90º) a face da frente eixo z. y x z Sistemas de Representação ORTOGONAL – Isométrica e Dimétrica Perspectiva Isométrica • Ocorrem quando o observador, situado no infinito, incidem perpendicularmente ao plano. • Os eixos x, y e z têm a mesma inclinação em relação ao plano vertical. • As projeções dos eixos formam entre si ângulos de 120º. y x z y x z Sistemas de Representação ORTOGONAL – Isométrica e Dimétrica Perspectiva Isométrica Sistemas de Representação Perspectiva Isométrica x cavaleira • Cada uma delas mostra o objeto de um jeito. • Comparando as duas formas de representação, podemos notar que a perspectiva isométrica é a que dá a ideia menos deformada do objeto. • ISO quer dizer mesma eMÉTRICA quer dizer medida. • A perspectiva isométrica mantém as mesmas proporções do comprimento, da largura e da altura do objeto representado. Sistemas de Representação ORTOGONAL – Isométrica e Dimétrica Perspectiva Dimétrica • Semelhante a isométrica, entretanto, os ângulos do triedro não são iguais nem são perpendiculares entre si (formam ângulos de 7° e 42°/49°) Também a escala da face de fuga é reduzida em 2/3 (por isso Dimétrica duas medidas). y x z Sistemas de Representação Sistemas de Representação Corte Total • Corte total é aquele que atinge a peça em toda a sua extensão. • No caso de corte total, o plano de corte atravessa completamente a peça, atingindo suas partes maciças. Sistemas de Representação Corte Total • Corte nas vistas do desenho técnico - Os cortes podem ser representados em qualquer das vistas do desenho. A escolha da vista onde o corte é representado depende dos elementos que se quer destacar e da posição de onde o observador imagina o corte. • Nesta posição, o observador não vê os furos redondos nem o furo quadrado da base. Para que estes elementos sejam visíveis, é necessário imaginar o corte. Vista Frontal Sistemas de Representação Imagine a figura atravessada por um plano de corte, dividindo o modelo em duas partes iguais. Observando o modelo seccionado e suas vistas ortográficas: Sistemas de Representação Mais de um corte nas vistas ortográficas Dependendo da complexidade do modelo ou peça, um único corte pode não ser suficiente para mostrar todos os elementos internos que queremos analisar. Imagine este modelo visto de frente, secionado por um plano de corte longitudinal vertical que passa pelo centro da peça. Imagine que a parte anterior do modelo, separada pelo plano de corte, foi removida e analise a vista frontal correspondente, em corte. Sistemas de Representação Para que seja representado os dois elementos: o furo quadrado e o furo cilíndrico com rebaixo, de modo a tornar mais clara a representação do modelo, será necessário a inclusão de um plano de corte transversal vertical, conforme indicado, com vista ortográfica lateral em corte indicado: Nesta vista, é possível ver claramente o furo cilíndrico com rebaixo e o furo quadrado, que não apareciam na vista frontal em corte. Sistemas de Representação TEORIA DO DESENHO PROJETIVO UTILIZADO PELO DESENHO TÉCNICO NBR 6492 - Representação de projetos de arquitetura Elementos de um Projeto de Arquitetura Elementos de um Projeto de Arquitetura PAREDES • Normalmente as paredes internas são representadas com espessura de 15 cm , mesmo que na realidade a parede tenha 14 cm ou até menos. • Nas parede externas o uso de paredes de 20 cm de espessura é o recomendado mas não obrigatório. • Convenciona-se para paredes altas (que vão do piso ao teto) traço grosso contínuo, e para paredes a meia altura, com traço médio contínuo, indicando a altura correspondente . H=1,20m Elementos de um Projeto de Arquitetura ABERTURAS Elementos de um Projeto de Arquitetura PORTAS São desenhados representando-se sempre a(s) folha(s) da esquadria, com linhas auxiliares, se necessário procurando especificar o movimento da(s) folha(s) e o espaço ocupado. Elementos de um Projeto de Arquitetura PORTAS Elementos de um Projeto de Arquitetura PORTAS - NÍVEIS Elementos de um Projeto de Arquitetura PORTAS - ESQUEMA Elementos de um Projeto de Arquitetura Outros tipos de porta : • De correr ou corrediça • Porta pivotante • Porta basculante Elementos de um Projeto de Arquitetura JANELAS • O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1.50m • Sempre tendo como a primeira dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente. • Para janelas em que o plano horizontal não o corta, a representação é feita com linhas tracejadas. Elementos de um Projeto de Arquitetura Elementos de um Projeto de Arquitetura Janela Baixa: normalmente a janela é representada como baixa, se o peitoril dela for abaixo de 1.50m. Janela Alta: toda janela onde o peitoril esteja acima de 1.50m. Cobogó: quando o mesmo estiver com peitoril acima de 1.50m, é aconselhável colocar em linhas tracejadas, ou seja, linha de projeção. Elementos de um Projeto de Arquitetura • Representação de janelas acima ou abaixo do plano de corte (1,50m). Elementos de um Projeto de Arquitetura PROJEÇÕES • Representação de objetos acima do plano de corte (1,50m). Elementos de um Projeto de Arquitetura ANOTAÇÕES Elementos de um Projeto de Arquitetura NÍVEIS • Colocar dos dois lados onde existir uma diferença de nível; • Indicar sempre em metros, na horizontal; • Evitar repetições de níveis próximos em plantas e; • Não marcar sucessão de desníveis iguais (escada). Elementos de um Projeto de Arquitetura PISOS • Representação de uma área molhada. Elementos de um Projeto de Arquitetura PISOS • Representação de uma planta de paginação de piso. Elementos de um Projeto de Arquitetura OUTROS EQUIPAMENTOS • Dependendo de sua altura, podem ser seccionados ou não pelo plano que define a planta baixa. Elementos de um Projeto de Arquitetura OUTROS EQUIPAMENTO PEÇAS SANITÁRIAS Elementos de um Projeto de Arquitetura VAGAS DE GARAGEM Elementos de um Projeto de Arquitetura SÍMBOLOS Elementos de um Projeto de Arquitetura SÍMBOLOS Elementos de um Projeto de Arquitetura CONVENÇÕES AUXILIARES Elementos de um Projeto de Arquitetura PROJEÇÃO DO BEIRAL DO TELHADO Elementos de um Projeto de Arquitetura QUADRO DE ESQUADRIAS Elementos de um Projeto de Arquitetura NBR6492: Representação de projetos de arquitetura EXERCÍCIO • Desenhar as margens do formato – Formato A3 (297X 420mm); • Margens lateral direita, superior e inferior = 7 mm; • Margens lateral esquerda = 25 mm; • Marcar os pontos de dobra do formato conforme figura ao lado; • Desenhar a legenda conforme modelo abaixo; • Determinar a melhor disposição do desenho (figuras 1 e 2) na prancha; • Usando traço bem fino para o traçado de linha auxiliares, desenhar as figuras abaixo na escala 1/10; • Utilizar princípios da perspectiva isométrica; • Figuras com dimensões em cm conforme apresentado; • Desenhar as 3 vistas principais das figuras, respeitando as definições de tipos de linhas; • Cotar as 6 vistas (3 de cada figura) geradas. EXERCÍCIORoteiro: FIGURA 01 FIGURA 02 Roteiro: EXERCÍCIORoteiro: FIGURA 01
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