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R Enferm UERJ 2005; 13:199-03. • p.199 Costa MS, Silva MJ, Alves MDS, Oriá MOB ESTILO DE VIDA E SAÚDE MENTAL: ESTUDO DE CASO COM ENFERMEIROS LIFE STYLE AND MENTAL HEALTH: A CASE STUDY WITH NURSES Maria Suêuda Costa* Maria Josefina da Silva** Maria Dalva Santos Alves*** Mônica Oliveira Batista Oriá**** RESUMO: RESUMO: RESUMO: RESUMO: RESUMO: A relação entre estilo de vida e saúde mental aponta para a necessidade de uma articulação entre as condições objetivas e subjetivas da existência humana. Objetivou-se: identificar as concepções dos enfermeiros sobre estilo de vida saudável; detectar o risco/severidade a que estão expostos e os danos à saúde mental. A pesquisa qualitativa foi realizada via estudo de caso e análise de conteúdo dos depoimentos dos 15 enfermeiros das unidades básicas de saúde de Fortaleza/2004. Foram identificadas três categorias: estilo de vida, situações de risco e repercussão na saúde mental. Foi constatado que há consciência de que a qualidade de suas vidas está ruim, pois, ao aceitar o convite, compartilharam a ansiedade e a angústia quanto às condições de trabalho, assim como às situações de risco a que estão expostos, à severidade dos danos relacionados às doenças infecto-contagiosas, crônico-degenerativas e à perda da integridade da saúde física e mental. Palavras-chave: Palavras-chave: Palavras-chave: Palavras-chave: Palavras-chave: Enfermeiro; estilo de vida; saúde mental; saúde ocupacional. ABSTRACTABSTRACTABSTRACTABSTRACTABSTRACT::::: The relationship between life style and mental health points out to a necessary articulation between objective and subjective human being conditions. The purposes of this study were to identify nurses’ conceptions about healthy life styles and to detect the risk / seriousness of mental health problems to which nurses are exposed. This qualitative research was conducted by means of case study and content analysis of the statement of 15 nurses, in Fortaleza, 2004. The findings were organized in three categories: life style, risk situations and impact upon mental health. We found that nurses are aware of their poor life quality. In their statements, they expressed their anxiety and concern about their work conditions and the potential risk to which they are exposed, and about the severity of possible harms related to infectious and chronic-degenerative illnesses as well as to the loss of physical and mental health integrity. Keywords: Keywords: Keywords: Keywords: Keywords: Nurse; life style; mental health; occupational health. INTRODUÇÃO A relação entre estilo de vida e saúde men- tal aponta para a necessidade de uma articulação entre as condições objetivas e subjetivas da exis- tência humana. É notório que o segmento publici- tário veicula o conceito de estilo de vida como sinônimo de requinte e de sofisticação, aquisição de bens materiais e expressão de poder e, desse modo, está introjetado, entre as várias camadas da população, o sonho de consumo, como se a ca- pacidade para consumir significasse estilo de vida. Sendo o estilo de vida uma das dimensões da qualidade de vida, ele representa “um conceito que envolve perspectivas interdisciplinar e intersetorial em sua interação com o entorno soci- al e ambiental”1:125. Considera-se que estilo de vida e qualidade de vida se confundem e muitas vezes são usados na mesma acepção, apesar de qualidade de vida ser um termo mais abrangente. A construção da qualidade de vida no (do) traba- lho, é o controle que engloba a autonomia e o poder que os trabalhadores têm sobre os processos de tra- balho, aí incluídas questões de saúde, segurança2:154. No caso específico do profissional enfermei- ro, seu estilo de vida pode expressar, ou não, sua saúde mental. Além disso, sabe-se que a saúde mental do trabalhador de enfermagem não é foco de interesse das políticas públicas de saúde; se houver integração social e ambiental, preserva- p.200 • R Enferm UERJ 2005; 13:199-03. Estilo de vida e saúde mental ção da auto-estima, harmonia entre as várias di- mensões humanas há indicativo de saúde men- tal, aqui entendida como um estado positivo no qual uma pessoa é responsável, consciente, possui uma auto-diretriz, está racional- mente livre de preocupações e tem condições de enfrentar as tensões usuais do dia-a-dia3: 4. A saúde mental é influenciada por três fato- res: características inerentes ao indivíduo; cui- dados ao indivíduo durante a infância; e circuns- tâncias da vida. Neste estudo estaremos conside- rando o terceiro fator de forma particular. As circunstâncias da vida podem influenciar a saú- de mental de alguém desde o nascimento. Indivídu- os que experienciam circunstâncias positivas são em geral emocionalmente mais seguros, têm mais suces- so na escola e estabelecem relacionamentos interpessoais saudáveis. Circunstâncias negativas tais como: pobreza, frágil saúde física, desemprego, po- dem colocar uma pessoa sob o risco de desenvolver depressão, abuso de substâncias ilícitas ou outras de- sordens de saúde mental3:4. Portanto, é relevante voltar o olhar para as circunstâncias que podem influenciar o estilo de vida do ser humano. Nesse sentido teve-se como objetivos: identificar as concepções dos enfermei- ros sobre estilo de vida saudável e detectar o ris- co e a severidade dos danos à saúde mental a que estão expostos. Para enfocar o fator de risco, destaca-se o con- ceito da Organização Mundial de Saúde (OMS): O fator de risco é uma característica ou circunstân- cia detectável em indivíduos ou em grupos, associa- da com uma probabilidade de experimentar um dano à saúde [...] Os fatores de risco podem ser tanto indi- cadores de risco como causas de danos à saúde 5:13. Segundo a OMS5, há três maneiras de me- dir o risco, quais sejam: risco absoluto: expressa a freqüência total de um even- to, isto é, a probabilidade real que uma doença, aci- dente ou morte ocorra dentro de um período deter- minado; risco relativo: expressa a razão entre inci- dência do dano à saúde (doença ou morte) na popu- lação exposta a um fator de risco e a incidência na população não exposta e risco atribuível à população: a freqüência do dano à saúde com ou sem o fator de risco presente (risco relativo) e a proporção com que esse fator de risco se encontra na população geral5:17. Para complementar, destacou-se outra acepção, a de que: o risco social permite a utilização de um enfoque mais amplo [...] exige conhecimentos provenientes de eco- nomia política, sociologia, de pedagogia, da antropolo- gia, da ecologia, do marketing etc, e recursos de poder suficientes para alterar as regras básicas da sociedade6:465. SUPORTE METODOLÓGICO Trata-se de uma pesquisa qualitativa reali- zada por meio de estudo de caso e análise de con- teúdo7 dos depoimentos de enfermeiros, que têm entre 30-59 anos e o tempo de atividade profissi- onal varia entre 7 e 28 anos. Em março de 2004, desenvolviam suas atividades profissionais em For- taleza, nas seguintes áreas: Programa de Saúde da Família (PSF), Hanseníase, Hipertensão e Diabetes, Saúde da Mulher e Imunização, atu- ando em jornada de 40 horas semanais. Alguns acumulavam carga horária noturna de trabalho. Dos 15 enfermeiros, sete são especialistas em saúde pública, seis em saúde da família, um em enfermagem do trabalho e outro é mestre em saú- de pública. A respeito do estudo de caso, muitos estudi- osos têm ressaltado seu valor para a elaboração de determinadas pesquisas, pois o pesquisador que realiza um estudo de caso tenta analisar e compreender as variáveis importantes ao histórico, desenvolvimento ou cuidado dispensado ao indivíduo ou a seus problemas8:125. Outro ponto importante é que “os estudos de caso procuram representar os diferentes e às vezes conflitantes pontos de vista presentes numa situação social” 9:20. Para a coleta de dados, os enfermeiros fo- ram contactadosinicialmente por via telefôni- ca, convidados a participar do estudo, informa- dos sobre os objetivos do mesmo e, em seguida, comunicados sobre a divisão em dois grupos de oito e sete enfermeiros. A partir da aceitação verbal foram agendados dois encontros com os sujeitos do estudo. Participaram dos dois encontros realizados, em dias diferentes, os sujeitos: os participantes, a coordenadora da pesquisa e uma facilitadora. Antes de se iniciar a coleta de dados, foi comunicada a aprovação da pesquisa pelo Comi- tê de Ética do Complexo Hospitalar da UFC, oca- sião em que foram solicitadas a leitura e a assina- tura do Termo de Consentimento Livre e Escla- recido, sendo também seguidas as demais reco- mendações da Resolução nº 196/96 que normatiza a pesquisa envolvendo seres humanos10. Somente após o cumprimento das formalidades ético-le- gais, iniciou-se a dinâmica do encontro com cada grupo, o que aconteceu em três momentos. No primeiro momento, foram feitas as apre- sentações dos participantes, da coordenadora e R Enferm UERJ 2005; 13:199-03. • p.201 Costa MS, Silva MJ, Alves MDS, Oriá MOB da facilitadora; no segundo, todos os participan- tes se manifestaram a respeito das seguintes ques- tões: o que entendem sobre estilo de vida saudá- vel; a que situações de risco se sentem expostos; e qual a repercussão dos danos sobre sua saúde mental; no terceiro momento, após os devidos agradecimentos, houve uma confraternização, constituindo-se como um espaço de interação entre os participantes. Na análise de conteúdo7, aplicada aos de- poimentos dos enfermeiros, foram observados três critérios: homogeneidade, exclusão mútua e pertinência. Foram determinadas: a unidade de registro, a unidade de contexto e a forma de categorização. Os sujeitos foram codificados de E1 a E15. DISCUTINDO A CONSTRUÇÃO DOS RESULTADOS Quanto às especificidades da pesquisa, rela- cionou-se as categorias e subcategorias identificadas conforme apresentação na Figura 1, que teoricamente parecem ser separadas como tal, entretanto, o sentido de cada uma delas transcen- de à divisão feita, pois estão interrelacionados, tan- to nos aspectos cognitivos quanto nos afetivo-emo- cionais, isto é, a subjetividade de cada pesquisado. da sociedade. No campo da saúde, encontra-se a enfermagem, maior força de trabalho dessa área, que tem sido aviltada em seus direitos humanos e trabalhistas. Como conseqüência, esse fato vem gerando insatisfação no trabalho, caracterizada pela desmotivação inerente à insegurança vivida no dia a dia, interferindo na realização dos obje- tivos de vida. Embora os sujeitos tenham relatado a vonta- de de reorientarem a alimentação que consomem, não foi dito por eles de que maneira aconteceria essa mudança. Pode-se inferir que, mesmo saben- do que a alimentação é fundamental para a so- brevivência humana, ela parece não ser algo que seja valorizado em termos de qualidade de vida como deveria ser, para que garantisse aos mesmos um consumo balanceado. Por outro lado, não foi manifestada por nenhum dos enfermeiros a preo- cupação com o peso e/ou sobrepeso, entretanto referiram a necessidade de aderirem às caminha- das e aos exercícios físicos. Quanto à subcategoria tempo, lamentaram não saber como distribuí-lo de maneira adequada para atender aos outros e a si próprio. Referiram ainda não saber como priorizar as atividades da vida doméstica e profissional para que pudessem ter tem- po para o lazer e realizar exercícios físicos. Entende-se que criar tempo para o lazer e exercícios físicos envolve a tomada de decisão, identificada na seguinte fala: Botei a carapuça em mim. Puxa vida, fazia 10 anos que eu queria fazer ginástica, aí eu disse: de quem é a decisão? Pois agora vou decidir [...] só tenho de uma às duas, o horário que tenho para almoçar, peguei esse horário e pronto. (E7) Muitos falaram que era necessário saber ad- ministrar o tempo, mas, o conceito de administração de tempo ou de gestão do tempo está sendo superado pelo da organização do trabalho [...] onde a qualidade é premissa e não conseqüência11: 1. Situações de Risco Foi unânime a preocupação dos pesquisados quanto à probabilidade de contraírem doenças transmissíveis e/ou crônico-degenerativas e ain- da perderem a integridade física. Entre as primei- ras – doenças infecto-contagiosas – a tuberculo- se foi a mais referida. Tal preocupação está asso- ciada ao conhecimento que têm adquirido na prática profissional e por saberem da magnitude desse crescente problema de saúde pública no cenário nacional. Estilo de Vida Na concepção dos sujeitos do estudo, o en- tendimento sobre estilo de vida está associado à manutenção do emprego, à necessidade da ree- ducação alimentar e tempo para desenvolver ati- vidades físicas e lazer com a família e amigos. Nos dias atuais, as mudanças ocorridas no campo das relações entre empregados e emprega- dores vêm refletindo sobre os diversos segmentos FIGURA1:FIGURA1:FIGURA1:FIGURA1:FIGURA1: Categorias e sub-categorias sobre estilo de vida e saúde mental. Fortaleza, 2004. p.202 • R Enferm UERJ 2005; 13:199-03. Estilo de vida e saúde mental Nos depoimentos que se referem à imunida- de dos enfermeiros, foi enfatizado: Eu tenho muito receio da tuberculose porque a gente não tem proteção nenhuma; apesar de a gente trabalhar com isso e acabar ficando um pouco resistente, eu acho que ninguém é totalmente imune. (E3) Eu trabalhei 19 anos num hospital de tuberculosos [...] não é você adquirir, é você chegar e passar para os outros. (E5) Entre os fatores que têm contribuído para a evolução da tuberculose pulmonar está a [...] baixa da imunidade determinada pela má ali- mentação, bem como o trabalho em condições ad- versas, fatores esses que, agindo sinergicamente, con- formam um quadro adverso12:536. Quanto às doenças crônico-degenerativas, as doenças cardiovasculares ocupam o primeiro lu- gar nas causas de morbi-mortalidade prematura em adultos, associados a fatores de risco como consumo alimentar inadequado, fumo e sobrepeso 13:541. O depoimento de uma enfermeira situa a consciência do grupo em relação à hipertensão: Nós estamos indo mesmo para a hipertensão. Às vezes, a gente nem percebe, porque é uma doença silenciosa [...] um belo dia, descobre. (E4) Também foi enfatizado o medo que sentem de perderem a integridade física, tendo sido des- tacados entre outros agravos: os acidentes de tra- balho, de trânsito e a violência a que estão ex- postos na comunidade em que atuam, quando se deparam com situações de conflitos entre grupos que têm como causa o tráfico e uso de drogas. Quanto à violência a que estão expostos, uma enfermeira assinalou: Já fui agredida com palavras [...] eu já sofri agressão física de uma usuária drogada [...] eu fui a vítima. (E10) Alguns autores relatam a exposição do tra- balhador de enfermagem às cargas biológicas, físicas, químicas, mecânicas, fi- siológicas e psíquicas. Os processos de desgaste [...] são gerados pela diversidade, intensidade e simulta- neidade de exposição à essas cargas [...] explicitados pelos danos biopsíquicos [...]14: 286. Repercussões na Saúde Mental O estresse contínuo a que estão submetidos na dupla e às vezes tripla jornada profissional asso- ciada ao trabalho doméstico contribui para que os sujeitos vivenciem situações de insegurança no tra- balho e medo de perderem a integridade mental. Ao enfatizarem o medo da perda da integri- dade mental assinalaram: ansiedade, angústia e depressão, pois não existe uma política de acompanhamento da saúde do profissional, principalmente da saúde mental. (E9 ) Os enfermeiros têm consciência que a qua- lidade de suas vidas é ruim, principalmente pelas precárias condições de trabalho, como referiram: Saio angustiada de lá e, outra coisa, eu tenho que fazer realmente como querem: quantidadee não qualidade. (E11) Essa questão do trabalho [...] acho que atinge toda a categoria, também pela falta de condições de trabalho, é um estresse diário, é cotidiano, então se a gente realmen- te trabalhasse nas condições que os colegas aqui já men- cionaram [...] nós não teríamos uma qualidade de vida tão ruim. (E15) Embora estejam conscientes quanto à sobre- carga que têm na vida profissional e doméstica, os profissionais afirmaram não saber como reverter a situação e que na maioria das vezes esquecem de si mesmos, o que os torna susceptíveis à perda da integridade mental, conforme o relato a seguir: Eu caí em uma verdadeira depressão [...] eu já estava em fase de tratamento [...] então tinha muitas vezes que eu só fazia chorar. (E6) A carga de trabalho, a fadiga e as múltiplas insatisfações nas várias esferas de suas vidas correspondem ao custo humano da insatisfação e “a organização do trabalho [...] choca-se frontal- mente com a vida mental e mais precisamente com a esfera das aspirações, das motivações e dos desejos” 15:51-52. ÚLTIMAS CONSIDERAÇÕES Atualmente, falar de qualidade de vida faz parte dos discursos das diversas áreas das ati- vidades humanas, entretanto, é fácil perceber que muitas vezes parece tratar-se de um modismo, não havendo aplicabilidade concreta do termo. Por outro lado, quando se fala em estilo de vida sau- dável, quase sempre ele está associado ao poder de consumo desenfreado. Para os profissionais da saúde, estilo de vida tem outra conotação, qual seja, entendê-lo como uma das dimensões da qualidade de vida. Portanto, partindo dessa visão é que as pesquisadoras com- preendem que seus objetivos foram alcançados, cons- tatando que os sujeitos têm convicção de que a qualidade de suas vidas pode ser considerada ruim, mas que, apesar de transgredirem o padrão de um estilo de vida saudável, não ficou evidenciado que se sintam responsáveis por isso, pois, embora envol- vidos em tantas atividades, houve aquiescência ao convite para colaborarem com seus depoimentos. R Enferm UERJ 2005; 13:199-03. • p.203 Costa MS, Silva MJ, Alves MDS, Oriá MOB Tal atitude dos enfermeiros denota que os mesmos sentiram necessidade de compartilhar seus desabafos, ansiedades e angústias diante das precárias condições de trabalho. Ainda discuti- ram sobre as situações de risco a que estão expos- tos e a conseqüente severidade dos danos relaci- onados, tanto à saúde física quanto à mental. Urge que a categoria juntamente com os ór- gãos de classe disseminem a discussão da temática, para que medidas preventivas sejam tomadas, visando minimizar os efeitos desgastantes de uma prática exercida sob constantes pressões psicológicas. REFERÊNCIAS 1. Uchoa E, Rosemberg B, Porto MFS. Entre a fragmenta- ção e a integração: saúde e qualidade de vida de grupos populacionais específicos. Informe epidemiológico do SUS 2002; 11 (3): 115-28. 2. Lacaz FAC. Qualidade de vida no trabalho e saúde/ doença. Ciência & Saúde Coletiva 2000; 5 (1): 151-61. 3. Shives LR, Isaacs A. Basic concepts of psychiatric-men- tal health nursing. Philadelphia: Lippincott; 2002. 4. Alves MDS, Costa MS, Oriá MOB, Mota SMC. Risco em diferentes acepções: uma nova abordagem na psicolo- gia social. In: Fraga MNO, Braga VA, Souza AMA, organizadoras. Políticas de saúde, saúde mental e interdisciplinaridade: avaliação e métodos. Fortaleza (CE): Universidade Federal do Ceará; 2001. p. 93-9. 5. 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Rouquayrol MZ, Façanha MC, Pinheiro AC, Guerreiro MF, Almeida RLF. Dados epidemiológicos da tuberculose pulmonar em Fortaleza – 1998. Ciência & Saúde Coletiva 2000; 5: 436-37. 13. Felipe GC, Barros DC, Engstron EM. Semana da ali- mentação saudável: o consumo alimentar na determina- ção do perfil de saúde e nutrição dos profissionais da Escola Nacional de Saúde Pública. Ciência & Saúde Coletiva 2000; 5: 541-42. 14. Silva VEF, Massarollo MSKB. A qualidade de vida e a saúde do trabalhador de enfermagem. Mundo da Saúde 1998; 22(5): 286. 15. Dejours C. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. São Paulo: Cortez-Oboré; 2001. ESTILO DE VIDA Y SALUD MENTAL: ESTUDIO DE CASO CON ENFERMEROS RESUMEN:RESUMEN:RESUMEN:RESUMEN:RESUMEN: La relación entre estilo de vida y salud mental apuntan para la necesidad de una articulación entre las condiciones objetivas y subjetivas de la existencia humana. Se objetivó: identificar las concepciones de los enfermeros sobre estilo de vida saludable y detectar el riesgo/severidad a que están expuestos y que pueden causar daños a la salud mental. La investigación cualitativa fue realizada, en 2004, utilizándose estudio de caso y análisis de contenido de las declaraciones de los 15 enfermeros de las unidades básicas de salud de Fortaleza-Ceará-Brasil. Las categorías identificadas fueron: estilo de vida, situaciones de riesgo y repercusión en la salud mental. Se observó que hay conciencia de que la calidad de sus vidas está mala y pudieron compartir la ansiedad y angustia sobre las condiciones de trabajo, así como las situaciones de riesgo y la severidad de los daños de las enfermedades infecto- contagiosas, crónico-degenerativas y la pérdida de la integridad de la salud física y mental. Palabras Clave: Palabras Clave: Palabras Clave: Palabras Clave: Palabras Clave: Enfermero; estilo de vida; salud mental; salud ocupacional. Recebido em: 13.10.2004 Aprovado em: 06.05.2005 NotasNotasNotasNotasNotas *Enfermeira, Mestre em Enfermagem. Auditora da Secretaria de Saúde de Fortaleza. Membro do GRUPPS: Grupo de Pesquisa sobre Políticas Públicas de Saúde e FAMEPE: Família, Ensino, Pesquisa e Extensão do Departamento de Enfermagem – Universidade Federal do Ceará. Rua Nossa Sra. dos Remédios, nº 18. Benfica, 60.020-120. Fortaleza-Ceará. E-mail: sueud@ig.com.br **Enfermeira, Doutor em Enfermagem. Professor Adjunto e Membro do GRUPPS: Grupo de Pesquisa sobre Políticas Públicas de Saúde do Departamento de Enfermagem – Universidade Federal do Ceará. E-mail: mjosefina@terra.com.br ***Enfermeira, Doutor em Enfermagem. Professor Adjunto e Membro do Grupo de Pesquisa FAMEPE: Família, Ensino, Pesquisa e Extensão do Departamento de Enfermagem – Universidade Federal do Ceará. E-mail: dalva@ufc.br ou dalva@rapix.com.br ***Enfermeira, Mestre em Enfermagem Comunitária. Membro do Grupo de Pesquisa FAMEPE: Família, Ensino, Pesquisa e Extensão do Departamento de Enfermagem – Universidade Federal do Ceará. E-mail: oriarte@uol.com.br ou oriaremon@hotmail.com
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