Buscar

www.vitruvius.com_.br-arquitextos-134-00-teoria-e-pr-tica-do-partido-arquitetonico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Pr
in
te
d 
w
it
h
jo
lip
rin
t
vitruvius.com.br
arquitextos 134.00: Teoria e prática do 
partido arquitetônico
abstracts
português O termo projetação tem sido pouco usado no Brasil, mas é o termo que define a produção do 
projeto de arquitetura como um processo
 
how to quote
BISELLI, Mario. Teoria e prática do partido arquite-
tônico. Arquitextos, São Paulo, 12.134, Vitruvius, jul 
2011 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/
arquitextos/12.134/3974>. 
Muitos autores acadêmicos têm se debruçado re-
centemente sobre temas e termos correntes da ar-
quitetura na tentativa de compreender e explicar o 
processo de projetação. O aprofundamento recente 
destas pesquisas e reflexões tem produzido noções 
sempre mais didáticas e esclarecedoras, tanto para 
estudantes e professores como para arquitetos com 
interesses teóricos e mesmo para leigos e amantes 
da arquitetura.
A história é rica em exemplos do interesse em resu-
mir o projeto a um processo linear, possuidor de uma 
técnica de realização passo a passo, como montar 
uma máquina, como cultivar soja, primeiro isto, de-
pois aquilo e aquilo outro, e assim por diante numa 
seqüência de procedimentos idêntica a tantas outras 
técnicas e disciplinas inventadas pelo homem.
Escola Coreana 
Croquis de Mario Biselli 
Um aspecto interessante da atividade de projeto é 
justamente a quantidade de teorias, metodologias, 
manuais de procedimentos e técnicas as mais di-
versas da qual foi objeto historicamente. Mais in-
teressante ainda é observar que, embora partes do 
processo de produção do projeto possam estar su-
jeitas a uma seqüência de procedimentos, o processo 
inteiro jamais poderá se enquadrar neste modelo, 
e, portanto, as metodologias não se sustentam en-
quanto sistemas universais, embora seja obrigatório 
conhecê-las, pois a nenhum arquiteto é permitida 
a ignorância sobre a experiência acumulada que 
compõe a história da arquitetura.
O termo projetação tem sido pouco usado no Brasil, 
mas é o termo que define a produção do projeto 
de arquitetura como um processo. Este processo 
tem um momento crítico e imponderável que foge 
a qualquer metodologia, mesmo quando a projeta-
ção estava sujeita às regras da composição clássica. 
Este momento crítico é o momento que envolve as 
decisões relativas ao que conhecemos por partido 
21/08/2011 20:01
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3974
Page 1
David Sperling
Pr
in
te
d 
w
it
h
jo
lip
rin
t
vitruvius.com.br
arquitextos 134.00: Teoria e prática do partido arquitetônico
arquitetônico, termo que em outros lugares é tam-
bém conhecido como estratégia ou conceito.
Bienal de Arte de SP 
Croquis de Mario Biselli 
Para efeito desta reflexão usarei o termo partido ar-
quitetônico por ser o mais comum no Brasil e, creio, 
mais específico do campo da arquitetura do que 
estratégia ou conceito, os quais são muito comuns 
em outras áreas. Com base na experiência pode-se 
também dizer que “partido” é o termo comum à 
linguagem própria dos arquitetos, o assunto central, 
senão único, entre arquitetos no âmbito da produ-
ção, do julgamento de concursos de arquitetura, do 
ensino de projeto, das conversas informais. E não 
creio se tratar de um exagero cogitar a exclusividade 
do assunto, dado que em “partido” se compreende 
a discussão de aspectos como estratégia de implan-
tação e distribuição do programa, estrutura e re-
lações de espaço, todas elas questões centrais para 
os arquitetos. Outros temas relativos às atividades 
criativas – como composição, estilo, estética etc. – 
embora tenham sido objeto de interesse da teoria da 
arquitetura recentemente, são tratados no âmbito 
da prática com pudor e desinteresse, senão como 
meros epifenômenos.
A definição de partido arquitetônico, portanto, e 
as reflexões sobre seu significado, dado o interesse 
geral, tem sido tarefa de vários autores e todas elas 
contêm aspectos novos e esclarecedores. O exame 
destas definições é um primeiro objeto de meu in-
teresse.
Escola Cáritas 
Croquis de Mario Biselli 
Desde o período acadêmico até as primeiras defi-
nições modernas, o projeto de arquitetura tem sido 
descrito como resultado de um raciocínio lógico. Em 
Teoria e projeto na primeira era da máquina, Banham 
compara Guadet, para quem a composição era o 
tema perene, e Choisy, que enfatiza a construção, 
ambos teóricos da composição arquitetural, para 
quem a natureza lógica da concepção constitui o 
tema mais destacado:
“a forma como conseqüência lógica da técnica – 
que torna a arte da arquitetura sempre e em toda 
parte a mesma.
[Para Choisy] a essência da arquitetura foi sempre 
a construção, a função do arquiteto sempre foi esta: 
fazer uma avaliação correta do problema com que se 
deparava, após a qual a forma do edifício seguir-se-
ia logicamente dos meios técnicos a seu dispor” (1).
Autores modernos, como Carlos Lemos, também 
propõem definições fazendo uso dos termos “conse-
qüência” e “resultado”, nos quais uma idéia de lógica 
permanece implícita:
“A mencionada definição é a seguinte: Arquitetura 
seria, então, toda e qualquer intervenção no meio 
21/08/2011 20:01
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3974
Page 2
Pr
in
te
d 
w
it
h
jo
lip
rin
t
vitruvius.com.br
arquitextos 134.00: Teoria e prática do partido arquitetônico
ambiente criando novos espaços, quase sempre com 
determinada intenção plástica, para atender a neces-
sidades imediatas ou a expectativas programadas, e 
caracterizada por aquilo que chamamos de partido. 
Partido seria uma conseqüência formal derivada de 
uma série de condicionantes ou de determinantes; 
seria o resultado físico da intervenção sugerida. Os 
principais determinantes, ou condicionadores, do 
partido seriam:
a. a técnica construtiva, segundo os recursos locais, 
tanto humanos, como materiais, que inclui aquela 
intenção plástica, às vezes, subordinada aos estilos 
arquitetônicos.
b. o clima.
c. AS condições físicas e topográficas do sítio onde 
se intervém.
d. o programa das necessidades, segundo os usos, 
costumes populares ou conveniências do em-
preendedor.
e. as condições financeiras do empreendedor dentro 
do quadro econômico da sociedade.
f. a legislação regulamentadora e/ou as normas so-
ciais e/ou as regras da funcionalidade” (2).
É certo que todo arquiteto defende seu projeto 
como um produto da aplicação da lógica face aos 
dados fornecidos para sua elaboração. Mas, em ar-
quitetura parece que temos uma lógica para cada 
projetista, pois se dependêssemos meramente da 
lógica, o processo seria universal e já não caberia 
qualquer preocupação sobre o assunto. Talvez, neste 
caso, a ação de projetar e construir já teriam sido 
integralmente resolvidos pela indústria, através de 
seus computadores e máquinas.
E o que se vê é justamente o contrário, há um claro 
incômodo a respeito – “Esa incómoda situación del 
partido”, afirma Corona-Martinez (3) –, sempre sur-
gem novas explicações e teorias, como se sempre 
mais estivéssemos interessados em desvendar um 
mistério, perscrutar as mentes criadoras para pôr 
às claras algo nebuloso, abrir uma “caixa preta”:
“Le Corbusier enfatizou ainda mais o uso da lógica 
matemática de Descartes ao dizer que o início do 
processo de criação é a definição da planta arqui-
tetônica, que por sua vez é a representação do pro-
grama arquitetônico (função da edificação). Assim, 
a projeção vertical da planta resultaria, segundo 
ele, nas paredes que por sua vez se tornariam vo-
lumes: linhas que se transformam em planos que 
se transformam em volumes; é a seqüência linear 
e crescente do raciocínio cartesiano.
Embora se saiba que Descartes ainda é apreciado 
nas escolas de arquitetura do Brasil para oensi-
no-aprendizagem do projeto arquitetônico, sabe-se 
também que em algum momento do processo de 
criação surge algo estranho que parece não caber 
na lógica cartesiana: é a caixa preta; um conceito 
usualmente utilizado pelos arquitetos para significar 
o momento em que a subjetividade psicológica do 
arquiteto define, por meio de um rabisco (croqui) 
o partido do projeto. Apesar dos arquitetos conhe-
cerem esse processo, ninguém até hoje explicou o 
que acontece dentro dessa caixa preta, dizem que 
é inexplicável” (4).
Duas publicações recentes abordam estes temas, 
suas reflexões são a base para uma compreensão 
e críticas contemporâneas desta problemática. São 
elas Adoção do partido em arquitetura, de Laert 
Pedreira Neves e Composição, partido e programa 
– uma revisão de conceitos em mutação, de Anna 
Paula Canez e Cairo Albuquerque da Silva, este úl-
timo se tratando de uma coletânea de ensaios de 
vários autores.
21/08/2011 20:01
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3974
Page 3
Pr
in
te
d 
w
it
h
jo
lip
rin
t
vitruvius.com.br
arquitextos 134.00: Teoria e prática do partido arquitetônico
Escola Cáritas 
Croquis de Mario Biselli 
Destes textos emergem duas idéias principais. Em 
primeiro lugar, a de que o partido é a idéia inicial 
de um projeto e em segundo, que esta idéia é uma 
criação autoral e inventiva, e artística na medida 
em que faz uso da composição. Vemos em Neves 
as definições nesta seqüência. Em primeiro lugar:
“Denomina-se Partido Arquitetônico a idéia preli-
minar do edifício projetado.
Idealizar um projeto requer, pelo menos, dois pro-
cedimentos: um em que o projetista toma a reso-
lução de escolha dentre inúmeras alternativas, de 
uma idéia que deverá servir de base ao projeto do 
edifício do tema proposto; e outro em que a idéia 
escolhida é desenvolvida para resultar no projeto. 
É do primeiro procedimento, o da escolha da idéia, 
que resulta o partido, a concepção inicial do projeto 
do edifício, a feitura do seu esboço” (5).
Antes, no texto introdutório:
“É importante ressaltar que projetar um edifício é, 
na essência, o ato de criação que nasce na mente 
do projetista. É fruto da imaginação criadora, da 
sensibilidade do autor, de sua percepção e intuição 
próprias. É resultado do trabalho do pensamento. 
Sendo assim, constitui-se em algo de difícil controle, 
interferência e ordenamento” (6).
Em Composição, partido e programa – uma revisão de 
conceitos em mutação, o texto de Rogério de Castro 
Oliveira faz uso de uma linguagem mais complexa, 
mas de conteúdo similar e complementar. Primei-
ramente uma argumentação genérica:
“Em suma, no projeto de arquitetura, a concepção 
do partido arquitetônico pressupõe a proposição 
de configurações que descobrem, ou inventam, re-
lações espaciais e programáticas a partir de uma 
dispersão inicial, indeterminada, de possibilidades 
projetuais. A coerência de tais construções deriva, 
antes, de um progressivo fechamento interno do que 
de determinação externa. O partido é, por hipótese, 
uma prefiguração do objeto, que o projetista elege 
como ponto de partida e fio condutor: cabe à in-
vestigação epistemológica construir contextos de 
explicitação das razões que asseguram pertinência 
e validade a essas arquiteturas projetadas” (7).
Escola Cáritas 
Croquis de Mario Biselli 
Ainda no mesmo texto, quando se dedica a uma 
comparação entre os projetos de Le Corbusier e 
Lúcio Costa para a Cidade Universitária do Rio de 
Janeiro em 1939:
“Para Lúcio Costa... ao contrário, tomar partido 
implica dar início a um percurso inventivo que se 
traça sobre um campo de relações em constante 
formação e renovação, ainda que aos tateios e sujeito 
a inúmeros e imprevisíveis retornos e desvios. Tais 
relações simultaneamente externas e internas ao 
objeto projetado implicam a construção de corres-
21/08/2011 20:01
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3974
Page 4
Pr
in
te
d 
w
it
h
jo
lip
rin
t
vitruvius.com.br
arquitextos 134.00: Teoria e prática do partido arquitetônico
pondências entre formas e conteúdos, organizando-
se progressivamente em esquemas que conectam 
partes antes separadas. Este dinamismo atribui à 
construção do partido um sentido eminentemente 
operativo, antecipador das configurações composi-
tivas que conduzirão à finalização do projeto” (8).
Todas estas definições, desde as mais simples como 
as de Neves, às mais sofisticadas, como as de Rogério 
de Castro Oliveira, procuram sempre mais elucidar, 
ilustrar e compreender o projeto de arquitetura e o 
momento de adoção do partido arquitetônico. Nota-
se que no âmbito da experiência prática no Brasil, e 
em face da maneira como o tema tem sido abordado 
tradicionalmente, que cada autor, cada arquiteto 
poderia igualmente descrever a projetação de ma-
neira muito similar, alterando a ênfase neste ou 
naquele aspecto, simplificando ou elaborando mais 
e mais o texto, mantendo, contudo a sua essência.
Deste modo pode-se concluir, a partir destes teóricos 
brasileiros, que o Partido Arquitetônico é a idéia 
inicial de um projeto, que a sua formulação é uma 
criação autoral e inventiva com base na coerência 
e na lógica funcional, e que, o partido, sendo uma 
prefiguração do projeto, faz da projetação um pro-
cesso que vai do todo em direção à parte.
Aeroporto de Florianópolis 
Croquis de Mario Biselli 
Este conceito de Partido Arquitetônico parece ser 
um dos traços mais característicos da herança cor-
busiana no Brasil:
“Le Corbusier abordava o programa de arquitetura 
partindo de princípios de ordem geral, adaptando-os 
em seguida à situação real. O projeto era definido 
pelo partido que se organizava do geral para o par-
ticular. [...] A casa Baeta projetada por Vilanova 
Artigas em 1956, segundo o conceito de partido de Le 
Corbusier, define-se pelas empenas das fachadas da 
frente e dos fundos e pelas aberturas das fachadas 
laterais, é organizada em meios níveis” (9).
Também empiricamente, em cada situação especí-
fica baseada na prática de concursos e avaliações 
no âmbito universitário, é possível identificar a pre-
ponderância deste conceito nas discussões entre 
arquitetos, professores e membros das comissões 
julgadoras, sendo esta a característica fundamental 
que acaba por se estabelecer como um invariante, 
uma estrutura de pensamento que, pode-se supor, 
continua válida como aspecto central da teoria de 
projeto e da projetação no Brasil, teoria tributária 
também dos princípios acadêmicos e modernos her-
dados pelos grandes mestres modernos brasileiros 
tanto cariocas quando paulistas, em face do seu ca-
risma e de sua longevidade, para além dos fatores 
conjunturais históricos, resumidos por Futagawa 
desta maneira:
«Durante os períodos antes e depois da Segunda 
Guerra Mundial, a arquitetura brasileira passou 
por desenvolvimento específico através das obras 
criativas dos arquitetos pioneiros como Lucio Costa, 
Afonso Reidy, Oscar Niemeyer, Vilanova Artigas e 
Lina Bo Bardi. Os princípios do modernismo fo-
ram aplicados e adaptados às condições locais do 
contexto brasileiro, como se a idéia do modernismo 
simpatizasse com o clima tropical do Brasil e da 
cultura das pessoas que lá vivem. Mais tarde, veio à 
luz uma forma única e original de arquitetura, que 
só existe no Brasil, e que vai além do movimento 
modernista original.
O regime militar instalado no Brasil em 1964 pro-
vocou vinte anos de estagnação cultural, mas, ao 
mesmo tempo, também isolou a área de arquitetura 
do movimento pós-moderno que envolvia todo o 
mundo naquela época. Portanto, o Brasil se tornou 
um dos raros países que conta com sucessores le-
gítimos do movimento modernista, e esse pano de 
fundo influencia fortemente a produção dos jovens 
arquitetosatuais, seguindo o princípio do moder-
nismo entre as novas gerações» (10).
21/08/2011 20:01
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3974
Page 5
Pr
in
te
d 
w
it
h
jo
lip
rin
t
vitruvius.com.br
arquitextos 134.00: Teoria e prática do partido arquitetônico
Quero propor a seguir algumas reflexões sobre 
estes temas acima citados em busca dos novos si-
gnificados e usos destas terminologias, bem como 
uma compreensão contemporânea a respeito destes 
mesmos processos.
Ginásio Barueri 
Croquis de Mario Biselli 
Em primeiro lugar, sobre o que é partido arquite-
tônico.
Quando se usa a expressão “adoção do partido”, 
deve-se observar o fato de que esta afirmação pode 
pressupor uma biblioteca de partidos adotáveis, 
como se estivessem todas as possibilidades já da-
das e catalogadas. Convenhamos, analogamente, 
que adotar um filho é muito diferente de conceber 
um filho”.
A afirmação de que o partido é a idéia preliminar 
do edifício a ser construído, ou uma prefiguração do 
objeto, que o projetista elege como ponto de partida 
e fio condutor, não abrange a totalidade dos modos 
de projetar, portanto não é universal, como também 
não o é o movimento do todo em direção à parte. Um 
claro exemplo disto são os projetos que envolvem 
tecnologias de pré fabricação de componentes para 
aplicação em série, invertendo, portanto, o raciocí-
nio, a parte precede o todo (projetos de James Stir-
ling, tais como para o Andrew Melville Hall, 1968, e 
University of St. Andrews Student Residence, 1967).
Proponho aqui pensar sob o pressuposto de que o 
modo como cada arquiteto projeta é menos rele-
vante do que o resultado final do seu trabalho. A 
sua metodologia, que é sempre particular, tem um 
interesse menor neste momento.
Considerando, portanto, o cenário contemporâneo 
de grande diversidade arquitetônica, o partido 
arquitetônico é compreendido como a idéia que 
subjaz ao projeto, aquela identificada como idéia 
principal ou central, quando o projeto já se apre-
senta concluído, não importando quando esta idéia 
surgiu. É a idéia que o projeto é capaz de veicular 
ou expressar, o conteúdo intelectual de um edifício 
ou projeto enquanto manifestação, mediada por 
uma linguagem. É da avaliação destas idéias que 
se ocupam as comissões julgadoras em concursos, 
professores em avaliação etc.
Igreja Tamboré 
Croquis de Mario Biselli 
De fato, a idéia central de um projeto pode nascer no 
início do processo ou durante o processo - tal como 
descrito nos textos anteriormente citados – ou pode 
mesmo anteceder ao processo, como é o caso dos 
arquitetos teóricos, cujas reflexões oportunamente 
se aplicarão na prática. Analisemos alguns exem-
plos de definições enunciadas por arquitetos que 
questionaram a teoria do projeto, revisando as tradi-
cionais concepções da coerência e lógica, funcional 
e construtiva, do modernismo. É possível observar 
também que em seus projetos há sempre uma idéia 
central, não obstante a diferença de abordagem.
Robert Venturi propõe o abrigo decorado, um caixa 
funcional inexpressiva acrescida de uma fachada bi-
dimensional ornamentada e comunicativa segundo 
a natureza do edifício.
21/08/2011 20:01
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3974
Page 6
Pr
in
te
d 
w
it
h
jo
lip
rin
t
vitruvius.com.br
arquitextos 134.00: Teoria e prática do partido arquitetônico
«Venturi prefere os abrigos decorados, porque ele 
afirma que a sua comunicação é mais eficaz, em-
bora os arquitetos modernos tenham se dedicado 
durante muito tempo a projetar ‘patos’. O pato é, 
em termos semióticos, um signo icônico, porque o 
significante (forma) tem certos aspectos em comum 
com o significado (conteúdo). O abrigo decorado 
depende de outros significados – a escrita ou a de-
coração – que são signos simbólicos» (11).
Aldo Rossi propõe: a forma fica, a função muda. 
Por que então a função deve determinar a forma? 
A forma deve ser determinada pelo ‘lugar’.
“A primeira grande crítica de Rossi foi ao que de-
nominou de funcionalismo ingênuo do movimento 
moderno, que ao priorizar a explicação da cidade 
apenas pela função, deixava de entendê-la pelo que 
tinha mais significativo: o conhecimento da arqui-
tetura pelo mundo de suas formas. A função era de 
uma circunstância que fazia uso da forma como um 
ato social. Ela nunca ia além de seu tempo, enquanto 
a forma permanecia” (12).
Peter Eisenman sobrepõe à realidade do projeto – 
função, programa, lugar, topografia – disciplinas ou 
conceitos sobre os quais explorar ou deconstruir a 
forma, tal como assim se define:
“Os conceitos, nos quatro projetos, transitam, se 
justapõe, interagem em ato. Malhas, escalas, ras-
tros e dobras são freqüentemente concomitantes. 
Na exposição foram pensados como detonadores 
de pensamento, como balizas para a percepção e 
inteligibilidade da obra de Peter Eisenman. Mas a 
concomitância entre inteligibilidade e percepção, 
este movimento duplo parece ser recorrente e in-
dissociável na reflexão e produção da arte” (13).
Igreja Tamboré 
Croquis de Mario Biselli 
Mais recentemente Herzog e de Meuron adotam 
modelos de exploração e geração de forma, carac-
terizado como um processo contínuo com auxílio 
do computador e sem final determinado, como no 
projeto para o Pavilhão Jinhua Structure II – Vertical 
Basilea (ver AV Proyectos 007 2005, p. 40).
E numa postura contemporânea mais radical, no 
sentido de uma autonomia da forma, sobrepujando 
tudo o mais, destaca-se os projetos de Frank Owen 
Gehry (Guggenheim Bilbao, 1997, e Walt Disney 
Concert Hall, 2003) e Zaha Hadid (tais como Contem-
porary Arts Center, 2003, em Cincinatti e MAXXI 
Museo, 2010, em Roma).
A idéia central (ou Partido) pode ser identificada 
mesmo em situações onde a configuração funcional 
é um dado, uma condicionante ou determinante, fato 
comum quando em projetos para estádios, ginásios 
esportivos, teatros e em alguns casos, aeroportos. 
Via de regra configurações funcionais rígidas por 
tradição ou quando o próprio cliente é a autoridade 
no que tange às funções, muito comum no ramo das 
indústrias. Em todos esses casos, a despeito dos li-
mites, o arquiteto encontrará espaço para introduzir 
uma idéia, ora migrando da forma para a matéria 
(Herzog & de Meuron, Estádio Allianz Arena, 2005, 
na Alemanha, e Estádio Nacional «Ninho do Pás-
saro», 2008, na China), ora enfocando radicalmente 
21/08/2011 20:01
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3974
Page 7
Pr
in
te
d 
w
it
h
jo
lip
rin
t
vitruvius.com.br
arquitextos 134.00: Teoria e prática do partido arquitetônico
o design (como em Massimiliano Fuksas, no projeto 
do Aeroporto Internacional Shenzhen na China, 
ver AV proyectos 026 2008, p. 46) ou a tecnologia 
construtiva (Renzo Piano, Estadio de Bari, 1990, na 
Itália, e Richard Rogers, Aeroporto de Barajas, 2006, 
Espanha), etc.
Em segundo lugar, cabe indagar, o que é a “caixa 
preta”?
O que ainda pode ser dito sobre a adoção/ invenção/ 
formulação do Partido Arquitetônico, o momento 
crítico imponderável, a caixa preta?
Igreja Tamboré 
Croquis de Mario Biselli 
Vamos admitir que os arquitetos fazem projetos e 
isto é um fato; portanto, em algum momento um 
determinado conjunto de informações se torna 
uma idéia para um edifício. O campo das idéias 
em arquitetura implica em um vasto campo de es-
tudo da teoria e da história, mas este não é o espaço 
para desenvolver esse tipo de exercício intelectual e 
acadêmico. Vamos apenas considerar, de maneira 
mais simples, que este fato se relaciona com um 
fenômeno humano de grande interesse das ciências 
humanas, por um lado, e da filosofia, passando no 
século XX pelo estruturalismo, semiologia e semió-
tica: o fenômenoda linguagem, compreendida como 
manifestação e processo intrínsecos às diversas me-
diações sígnicas. A capacidade humana de inventar 
linguagens, a possibilidade de inventar distintas 
linguagens – verbais e não verbais – e transitar e 
fazer transposições entre estas (transtextualidade) 
são os mecanismos do intelecto típicos da arte e da 
arquitetura. Compreendida em maior ou menor 
grau como linguagem, a arquitetura é uma atividade 
desta mesma natureza de mediação e manifestação 
da idéia (14).
Assim procedem os artistas, um poeta descreve uma 
paisagem (transposição do ícone para o texto), um 
escritor descreve um personagem (ícone para texto), 
um desenhista produzindo um retrato falado (ícone 
para texto e de novo para ícone), e tantas outras ati-
vidades do homem, um artista pintando um retrato 
(ícone para ícone), um ator em cena (texto para texto 
mais imagem), sempre pressupondo interpretação 
de um conteúdo numa linguagem seguido de uma 
expressão em outra.
O partido arquitetônico, neste contexto, se dá no 
momento em que o texto, compreendido como arti-
culação semântica – pensamento e idéia - expressa 
na linguagem verbal, se transforma em ícone, trans-
posição da linguagem verbal para a linguagem não 
verbal, ou de maneira mais precisa, a operação que 
faz o arquiteto é de texto e ícone para ícone, pois o 
programa é texto e o lugar é ícone.
Casa LPVM, Guaecá 
Croquis de Mario Biselli 
As transposições entre linguagens podem inicial-
mente sugerir a idéia de tradução, mas as tentativas 
empreendidas no sentido de estudar a arquitetura 
21/08/2011 20:01
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3974
Page 8
Pr
in
te
d 
w
it
h
jo
lip
rin
t
vitruvius.com.br
arquitextos 134.00: Teoria e prática do partido arquitetônico
- tanto como história como prática projetual - a partir 
das estruturas da língua de forma automática – como 
tradução literal - apenas exacerbaram as diferenças 
estruturais entre estas linguagens, diferenças que 
implicam, para a arquitetura, num grau superior 
de liberdade no nível da expressão, dada a ausência 
de vínculos com as regras e convenções a que está 
sujeita a linguagem fala/texto:
“O que se deve evitar nessa análise é a aplicação 
mecânica do modelo da linguagem à arquitetura, 
como fizeram diversos estudos semióticos. A apli-
cação mecânica de um modelo especificamente de-
senvolvido para a linguagem em outros sistemas 
semióticos, como a arquitetura, apenas permite 
reconhecer o que é semelhante à linguagem no 
nível da ideologia, mas não define as diferenças de 
estrutura interna entre a linguagem e, outros siste-
mas semióticos. Mesmo que seja possível conceber 
a linguagem como um sistema complexo de regras 
subjacentes, e, portanto, que seja viável compará-la 
com os sistemas explícitos e implícitos de regras da 
arquitetura, as regras arquitetônicas são definidas 
por uma determinada facção de uma determinada 
classe social, ao passo que a língua não é proprie-
dade de ninguém, nem em geral nem em particular.. 
Os sistemas de regras arquitetônicas não exibem 
nenhuma das propriedades da langue – não são 
finitos, não tem uma organização simples nem de-
terminam a manifestação do sistema. Ademais, as 
regras arquitetônicas estão em constante fluxo e 
mudam radicalmente.
A aplicação mecânica do modelo da língua/fala à 
arquitetura ocidental fortalece a ideologia arquitetô-
nica, porque nega as diferenças entre a arquitetura e 
a língua e ignora o lugar da linguagem natural na ar-
quitetura. Além disso, o fato mais importante talvez 
seja que essa aplicação automática nega a presença 
de “algo” que define uma importante diferença entre 
a arquitetura e a linguagem – o aspecto criativo da 
arquitetura. Na língua, o indivíduo pode usar, mas 
não modificar o sistema da linguagem (langue). O 
arquiteto, ao contrário, pode e faz modificações no 
sistema, que é inventado a partir de um sistema de 
convenções” (15).
Teatro de Natal 
Croquis de Mario Biselli 
E mesmo o referido sistema de convenções, ou 
contrato social, compreendido como base da lin-
guagem, constitui um elemento limitador para a 
expressão em arquitetura:
“Não havia nenhuma razão especial para que os 
ingleses designassem um animal de Bull, os franceses 
o chamassem de boeuf e os alemães de Ochs. [...] Mas 
porque a relação entre significante e significado era 
arbitrária, devia ser respeitada por todos. Ninguém 
pode mudar isso unilateralmente; há um contrato 
social entre todas as pessoas que falam inglês de que 
elas devem usar a palavra bull toda a vez que quise-
rem se referir a esse animal específico. Se alguém 
usar outra palavra, ou inventar uma nova palavra 
para esse fim, ninguém o compreenderá; ele terá 
quebrado o contrato social. Note-se de passagem 
que, com poucas exceções, não existe um contrato 
social para o significado da arquitetura, e esta é 
uma diferença fundamental entre a arquitetura e 
a linguagem” (16).
O homem de início pensou sobre as coisas, depois 
começou a pensar sobre o próprio pensamento, 
principalmente depois de Descartes, que levou tudo 
para dentro do intelecto (“je pense, donc je suis” – 
Discours de la Méthode, 1637). Com os arquitetos não 
haveria de ser diferente. Em meio a dificuldades de 
21/08/2011 20:01
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3974
Page 9
Pr
in
te
d 
w
it
h
jo
lip
rin
t
vitruvius.com.br
arquitextos 134.00: Teoria e prática do partido arquitetônico
solução para um projeto o arquiteto freqüentemente 
se interroga sobre seu pensamento, seu método (que 
em projetos anteriores funcionara tão bem!).
Mas o projeto de arquitetura, embora circundado 
de problemas técnicos e profundamente vinculado 
ao uso, é por natureza um processo criativo avesso a 
enquadramentos, formatações, metodologias ou fór-
mulas. Permanece, portanto, e como desde sempre, 
aberto à infinita inovação, ao espírito dos tempos, 
à antecipação de tendências, à revisão de paradig-
mas, e, no pólo oposto, a novas visitas e itinerários 
interpretativos pelas tradições do passado.
Torres Empresariais na Rua Afonso Brás 
Croquis de Mario Biselli 
notas
1 
BANHAM, Reyner. Teoria e projeto na primeira era 
da máquina. São Paulo, Perspectiva, 1979, p. 40.
2 
LEMOS, Carlos. O que é arquitetura. São Paulo, Bra-
siliense, 2003, p. 40-41.
3 
Alfonso Corona Martinez. Prefacio. In: CANEZ, Ana 
Paula; SILVA, Cairo Albuquerque (org). Composição, 
partido e programa – uma revisão de conceitos em 
mutação. Porto Alegre, Ritter dos Reis, 2010, p. 35.
4 
AMARAL, Cláudio Silveira. Descartes e a caixa 
preta no ensino-aprendizagem da arquitetura. Ar-
quitextos, São Paulo, n. 08.090, Vitruvius, nov. 2007 
<www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitex-
tos/08.090/194>.
5 
NEVES, Laert Pedreira. Adoção do partido na arqui-
tetura. Salvador, Edufba, 1998, p. 15.
6 
Idem, ibidem, p. 9.
7 
OLIVEIRA, Rogério Castro de. Construção, composi-
ção, proposição: o projeto como campo de investi-
gação epistemológica. In: CANEZ, Ana Paula; SILVA, 
Cairo Albuquerque (org). Op. cit., p. 35.
8 
Idem, ibidem, p. 16.
9 
ACAYABA, Marlene Milan. Brutalismo caboclo e as 
residências paulistas. Projeto, São Paulo, n. 73, 1985.
10 
FUTAGAWA, Yukio. Modernism Architecture of Bra-
zil. GA Houses, Tóquio, n. 106, p. 8. No original em 
inglês:
“Throughout the periods before and after the World 
War II, Brazilian architecture went through some 
unique development conducted by the creative 
works of those pioneering architects such as Lu-
cio Costa, Alfonso Reidy, Oscar Niemeyer, Vilanova 
Artigas, Lina Bo Bardi. The principle of the moder-
nism was fostered and adapted to the unique, local 
conditions and contexts of Brazil, as if the idea of 
the modernism sympathizedwith Brazil´s tropical 
climate and the culture of the people who reside 
there. Later on, a unique and original form of the 
architecture only found in Brazil has brought to 
21/08/2011 20:01
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3974
Page 10
Pr
in
te
d 
w
it
h
jo
lip
rin
t
vitruvius.com.br
arquitextos 134.00: Teoria e prática do partido arquitetônico
light, which goes beyond the original modernism 
movement.
The military regime founded in 1964 brought a 
20 years of cultural stagnancy to Brazil, but at the 
same time that also caused their architecture field 
to be isoladed from the postmodernism movement 
that had involved all over the world at that time. 
Consequently Brazil has become one of the rarest 
countries that remain with the legitimate successors 
of the modernism movement, and this background 
strongly affected to produce today´s young archi-
tects following the modernism priciple among new 
generations”
11 
JENCKS, Charles. The Language of Post-modern Ar-
chitecture. Nova York, Rizzoli, 1977, p. 45. No original 
em inglês:
“Venturi would prefer more decorated sheds, be-
cause he contends, they communicate effectively, 
and modern architects have for too long only desig-
ned ‘ducks’. The duck is, in semiotic terms, an iconic 
sign, because the signifier (form) has certain aspects 
in common with the signified (content). The deco-
rated shed depends on learned meanings – writing 
or decoration – which are symbolic signs.”
12 
SPADONI, Francisco. Rossi: figura, memória e razão. 
In: Informe arqlab (boletim informativo do Labo-
ratório de Arquitetura do Curso de Arquitetura e 
Urbanismo da Faculdade de Belas Artes), São Paulo, 
n. 1, fev. 1998, p. 3.
13 
SUMNER, Anne Marie. Prefácio. In: Gridings, Sca-
lings, Tracings and Foldings in the work of Peter Eisen-
man. Catálogo de exposição. São Paulo, Masp, 1993.
14 
Abordagens acerca do mesmo fenômeno, ver:
TSCHUMI, Bernard. Arquitetura e limites I (1980). 
In: NESBIT, Kate (org.). Uma nova agenda para a 
arquitetura. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 172-177.
TSCHUMI, Bernard. Arquitetura e limites II (1981). 
In: NESBIT, Kate (org.). Op. cit., p. 177-182.
TSCHUMI, Bernard. Arquitetura e limites III (1981). 
In: NESBIT, Kate (org.). Op. cit., p. 183-188.
TSCHUMI, Bernard. Arquitetura e limites III (1981). 
In: NESBIT, Kate (org.). Op. cit., p. 183-188.
TSCHUMI, Bernard. Introdução: notas para uma 
teoria da disjunção arquitetônica (1988). In: NESBIT, 
Kate (org.). Op. cit., p. 188-191.
EISENMAN, Peter. Diagram Diaries. Londres, 
Thames & Hudson, 1999.
ABASCAL, Eunice Helena S.; ABASCAL BILBAO, 
Carlos . Arquitetura e ciência. Reflexões para a 
constituição do campo de saber arquitetônico. Ar-
quitextos, São Paulo, n. 11.127, Vitruvius, dez. 2010 
<www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitex-
tos/11.127/3688>.
15 
AGREST, Diana; GANDELSONAS, Mario. Semiótica e 
arquitetura: consumo ideológico ou trabalho teórico. 
In NESBIT, Kate (org.). Op. cit., p. 137-138.
16 
BROADBENT, Geoffrey. Um guia pessoal descompli-
cado da teoria dos signos na arquitetura. In NESBIT, 
Kate (org.). Op. cit., p. 153.
sobre o autor
Mario Biselli é arquiteto formado pela FAU Mac-
kenzie, mestre em Arquitetura e Urbanismos pela 
mesmo instituição. É sócio do escritório Biselli & 
Katchborian arquitetura e professor do Departa-
mento de Projeto da FAU Mackenzie
21/08/2011 20:01
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3974
Page 11

Outros materiais