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GRADUAÇÃO NO CURSO DE DIREITO
Laís Gomes
Efeitos da Condenação
	
Ananindeua – PA
2014
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo fazer uma abordagem sobre os Efeitos da Condenação, buscando passar pelo campo doutrinário e jurisprudencial tratando então, dos efeitos principal, secundários que se subdividem por conta de sua natureza em penal e extrapenal e também dos efeitos genéricos e específicos da condenação elencados nos arts. 91 e 92 do Código Penal. Os efeitos da condenação são todos aqueles que, de modo direto ou indireto, atingem a vida do condenado por sentença penal irrecorrível. 
EFEITO PRINCIPAL
É considerado a maior consequência do transito em julgado da sentença, o efeito principal é a concretização da pena que deverá ser cumprida pelo acusado, a condenação, sendo ela privativa de liberdade, restritiva de direitos, multa ou medida de segurança.
EFEITO SECUNDARIO
É aquele gerado pela sentença condenatória transitada em julgado que mais se parece com outra pena, de natureza acessória, estão previstos no Código Penal e em leis especiais as a consequências para o condenado podem ser de natureza penal e, em outros casos de cunho extrapenal. Os efeitos da condenação se subdividem em extrapenais genéricos e específicos.
Efeitos Secundários de Natureza Penal
Repercutem na esfera penal
Induzem a reincidência (Art. 64,I do Código Penal);
Impedem em regra, o sursis (salvo se a condenação for pena de multa);
Causam em regra, a revogação do sursis;
Geram a revogação do livramento condicional anteriormente imposto;
Aumentam o prazo da prescrição da pretensão executória;
Interrompem a prescrição da pretensão executória quando caracterizar a reincidência;
Causa a revogação da reabilitação obtida por delito anterior;
Levam à inscrição do nome do condenado no rol de culpados (CPP, art. 393, II).
Impedem o perdão judicial em certos crimes, como na receptação culposa (art. 180, § 5º, 1ª parte);
Efeitos Secundários de Natureza Extrapenal
São os efeitos que repercutem em outra esfera, que não a criminal.
EFEITOS GENÉRICOS DA CONDENAÇÃO
São assim denominados, pois decorrem de qualquer condenação. Constituem efeito automático da condenação, vale dizer, não necessitam de declaração expressa na sentença.
 Art. 91 do Código Penal. São efeitos da condenação:
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime; 
II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé: 
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito;
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso.
§ 1º  Poderá ser decretada a perda de bens ou valores equivalentes ao produto ou proveito do crime quando estes não forem encontrados ou quando se localizarem no exterior. 
§ 2º  Na hipótese do § 1o, as medidas assecuratórias previstas na legislação processual poderão abranger bens ou valores equivalentes do investigado ou acusado para posterior decretação de perda.   
Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime - A sentença condenatória constitui título executivo de natureza judicial. Assim, a vítima do delito, ou seus familiares, não precisam ingressar com ação indenizatória na esfera cível, caso haja condenação no âmbito penal.
Perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé, dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito – São considerados instrumentos os objetos usados para cometimento do delito, devendo-se lembrar que há armas cuja posse pode legal ou ilegal. A lei não se refere a instrumentos de contravenção, não se podendo, assim, incluí-los.
Perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé, do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso - São as coisas obtidas diretamente com o crime ou mesmo indiretamente (alteradas, adquiridas ou criadas com elas).
Com o advento Lei nº 12.694, de 7 de julho 2012, que inseriu o parágrafo 1º e 2º no artigo 91 do Código Penal, o legislador possibilitou, excepcionalmente, o assenhoramento para a União de bens ou valores adquiridos de forma lícita pelo infrator, caso os produtos ou proveitos do crime não forem localizados ou estiverem no exterior. 
EFEITOS ESPECIFICOS DA CONDENAÇÃO
São aqueles que não decorrem meramente da condenação, exigindo a lei requisitos específicos. Além disso, é necessário que sejam motivadamente declarados na sentença condenatória, dessa forma o juiz deve justificar a aplicação de tais efeitos não sendo, assim, automáticos.
Art. 92 - São também efeitos da condenação:
 I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo:
 a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública;
  b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos.
 
  II - a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado;
  III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso.
   Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na sentença.
O inciso I, se subdivide em duas alíneas, e não se destinam apenas aos chamados crimes funcionais, mais todo e qualquer crime que um funcionário público cometer com violação de deveres e competências, onde a pena de prisão aplicada seja igual ou superior a um ano, ou cuja pena pelo crime praticado pelo funcionário publico seja maior que quatro anos.
O inciso II, trata da incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela – Ocorrem em casos de crimes dolosos, apenados com reclusão, praticados contra filho, tutelado ou curatelado; tal incapacidade poderá ser eliminada pela reabilitação, contudo esta somente atinge os outros filhos, tutelados ou curatelados, não se estendendo àquele contra o qual o crime foi cometido.
O inciso III, trata da Inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso – Esta inabilitação é dada quando o crime cometido foi doloso. Não se confunde com a proibição temporária aplicável aos autores de crimes culposos de trânsito, que é pena restritiva, podendo atingir inclusive quem não tenha habilitação, tal efeito ser eliminado com a reabilitação.
CONCLUSÃO
E necessário frisar que os efeitos da condenação ultrapassam a esfera penal, pois como já havíamos dito a condenação é aquele processo que, de modo direto ou indireto, atinge a vida do condenado por sentença penal irrecorrível. Como uma forma de punição pelo ato ou ação cometida.
REFERENCIAS
CAPEZ, Fernando. Curso de direito Penal: Parte Geral. 7ª ed. São Paulo: Saraiva, 2004. 
BITENCOURT, Cezar Roberto. Manual de Direito Penal: Parte Geral
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: Parte Geral – 16. Ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2014.
GRADUAÇÃO NO CURSO DE DIREITO
Roberta Ferreira de Souza
Efeitos da Condenação
	
Ananindeua – PA
2014
GRADUAÇÃO NO CURSO DE DIREITO
Andrea Miranda Ribeiro
Efeitos da Condenação
	
Ananindeua – PA
2014

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