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Leitura e Produção de Texto
Autoria: Kate Mamhy Oliveira Kumada
Tema 01
Leitura, Texto e Sentido 
seç
ões
Como citar este material:
KUMADA, Kate Mamhy Oliveira. Leitura e 
Produção de Texto: Leitura, Texto e Sentido. 
Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera 
Educacional, 2014.
Tema 01
Leitura, Texto e Sentido
SeçõesSeções
Tema 01
Leitura, Texto e Sentido
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Ler e compreender: os sentidos 
do texto, das autoras Ingedore Villaça Koch e Vanda Maria Elias, editora Contexto, Livro-
Texto 225, 2013.
Roteiro de Estudo:
Kate Mamhy Oliveira 
Kumada 
Leitura e Produção 
de Texto
5
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
•	 A leitura como um processo de interação autor-texto-leitor.
•	 As estratégias necessárias para se realizar uma boa leitura.
•	 Como ocorre a construção de sentidos durante a leitura de textos.
CONTEÚDOSEHABILIDADES
6
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
•	 Por que uma boa leitura exige que o leitor seja um sujeito ativo?
•	 Quais estratégias de leitura permitem ao leitor interagir dialogicamente com o texto?
•	 Quais são os fatores que influenciam na compreensão da leitura?
•	 Como ocorre a produção de sentidos durante a leitura?
CONTEÚDOSEHABILIDADES
LEITURAOBRIGATÓRIA
 Leitura, Texto e Sentido
 Savioli e Fiorin (2006, p.4) definem sabiamente que a leitura se refere a uma tarefa 
que exige grande “sensibilidade”. Contudo, os autores afirmam que essa é uma qualidade 
que pode ser desenvolvida e para tanto não é necessário ler um texto várias vezes, mas sim 
dirigir corretamente a atenção durante sua leitura. Em concordância com essa reflexão, vale 
a pena compreender quais são os elementos nos quais você deve prestar maior atenção 
para se tornar um bom leitor.
Você já deve ter observado que as práticas de leitura e também de escrita exigem muito 
mais que o saber estritamente linguístico, ou seja, mais do que o conhecimento das técnicas 
de estruturação e decodificação de letras e palavras. Ler, compreender e interpretar textos 
demanda desde o reconhecimento da interação autor-texto-leitor até a produção de sentidos 
construída a partir: 1. de conhecimentos prévios (seja de ordem linguística, enciclopédica 
ou interacional); 2. da contextualização e 3. da identificação da intertextualidade (quando 
houver) e de gêneros textuais.
De acordo com Koch e Elias (2013, p. 10), a concepção de leitura supracitada se concentra 
na interação autor-texto-leitor, e está em consonância com uma “concepção interacional 
7
(dialógica) de língua” e de linguagem. Nesta concepção interacional, tanto o autor quanto o 
leitor participam ativa e conjuntamente da construção do texto.
No entanto, Clark (2000) destaca que há diferentes estudos sobre o uso da linguagem, 
entre os quais alguns estão concentrados na linguagem como um processo individual e 
outros, na linguagem como um processo social. Sobre isso, Koch e Elias (2013) revelam 
três concepções de leitura, a saber: o foco no autor, o foco no texto e o foco na interação 
autor-texto-leitor.
Na concepção sob o foco no autor, aquele que escreve espera que o leitor receba a 
mensagem/informação da mesma maneira como fora mentalizada inicialmente. Nessa 
abordagem, o leitor exerce um papel passivo diante do texto, visto que sua única tarefa é 
“captar” as ideias e intenções prescritas pelo autor, subentendendo que esse é um processo 
“lógico” e direto, conforme ilustra a Imagem 1.1.
1.1 Imagem com esquema sobre a relação entre autor, texto e leitor a partir da concepção de leitura sob o 
foco no autor. 
Fonte: Pessoal.
Essa imagem retrata o esquema de relação direta da emissão do texto pelo autor e da 
recepção do mesmo pelo leitor a partir da concepção de leitura sob o foco no autor. É 
uma concepção de transferência direta de conhecimentos através do texto, sem considerar 
aspectos sociais, culturais e linguísticos presentes em cada sujeito, ou seja, sem mediações.
O leitor também é considerado um sujeito passivo na concepção de leitura sob o foco no 
texto, em que “[...] o texto é visto como simples produto de codificação de um emissor a 
ser decodificado pelo leitor/ouvinte, bastando a este, para tanto, o conhecimento do código 
LEITURAOBRIGATÓRIA
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utilizado” (KOCH; ELIAS, 2013, p. 10). Nessa teoria, apenas com base no domínio do código 
linguístico, o sujeito seria capaz de ler e compreender qualquer texto. No entanto, sabe-se 
que para ler e compreender um texto, seja ele sobre futebol ou sobre astronomia, é preciso 
ir além da sua decodificação, alçando conhecimentos e recursos como, por exemplo, os 
conhecimentos prévios sobre o assunto, sobre o gênero linguístico do texto, sobre quem o 
escreveu, onde foi publicado, entre outros.
Desse modo, em contraposição ao modelo passivo de leitor apregoado nas concepções sob 
foco no autor e foco no texto, a concepção de leitura com foco na interação autor-texto-leitor 
compreende a leitura como uma “atividade interativa altamente complexa de produção de 
sentidos” (KOCH; ELIAS, 2013, p. 11), onde são considerados todos os conhecimentos (não 
exclusivamente o linguístico) adquiridos pelo leitor. Nesse sentido, observe a Imagem 1.2, 
que busca representar esse processo dialético entre o autor e o leitor durante a construção 
do texto, ideia defendida pela concepção de leitura baseada na interação autor-texto-leitor. 
1.2 Imagem com esquema sobre a relação entre autor, texto e leitor a partir da concepção de leitura sob o 
foco na interação autor-texto-leitor.
Fonte: Pessoal
Essa imagem retrata o esquema de relação dialética de construção (e não de transferência) 
do texto a partir da interação entre o autor com o texto e, por conseguinte, com o leitor. 
Indicando que os sentidos do texto são criados na ação conjunta, através da ativação dos 
conhecimentos do autor e do leitor.
LEITURAOBRIGATÓRIA
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No esquema representado na Imagem 1.2, o sentido de um texto não se dá de forma direta, 
transferido sem mediações. Ao invés disso, o sentido do texto é criado na ação conjunta, 
através da ativação dos conhecimentos do autor e do leitor.
Por essa razão, a leitura como interação autor-texto-leitor defende o papel do leitor ativo e 
crítico, capaz de processar, criticar, avaliar, desfrutar ou rechaçar o texto em questão. Para 
isso, esse “leitor enquanto construtor de sentido”, deve se valer de estratégias de leitura, 
tais como seleção, antecipação, inferência e verificação (KOCH; ELIAS, 2013, p. 13). 
Segundo Koch e Elias (2013, p. 13) a “estratégia de seleção” implica uma leitura mais 
dinâmica do texto, selecionando e discriminando elementos (ir)relevantes. Já a “antecipação” 
envolve as hipóteses elaboradas a partir de nossos conhecimentos prévios sobre o autor, 
o meio de veiculação do texto, o gênero textual, o título e a distribuição e configuração de 
informações no texto. 
Para ilustrar a estratégia de antecipação de leitura, você pode elaborar hipóteses sobre o 
texto a partir de seus conhecimentos prévios sobre o autor como, por exemplo, analisar 
quem é o autor, se ele é um autor é renomado ou desconhecido, se tem um estilo crítico, 
sério, humorístico, se tem propriedade para falar sobre o assunto, entre outros. No caso do 
meio de veiculação do texto, cabe, por exemplo, analisar qual o meio de divulgação, se é 
um meio confiável, neutro, partidário, etc. Já no que tange ao gênero textual, mesmo antes 
da leitura do texto, é possível verificar o gênero (se é uma receita, uma bula de remédio, 
uma poesia, etc.) e, a partir daí, realizar suposições sobre as intenções desse texto (é um 
texto informativo, crítico, caricato, etc.). O próprio título pode revelarhipóteses do leitor 
sobre o texto, por exemplo, ao analisar se o título faz referência a um assunto polêmico ou 
desconhecido, se é do seu interesse ou não, entre outras. 
Outra estratégia de leitura se refere à “inferência” e envolve a leitura do texto nas entrelinhas, 
ou seja, a interpretação de informações que estão implícitas (por exemplo, ao inferir quem 
é o personagem principal na história, ou então, qual era a intenção do autor ao escrever 
determinado texto), mas que foram baseadas em pistas fornecidas pelo próprio texto ou 
pelos conhecimentos do leitor sobre o assunto. Na “estratégia de verificação”, as hipóteses 
e as inferências serão ou não confirmadas após a leitura e análise total do texto. 
A prática de tais estratégias pode conduzi-lo para uma leitura mais aprofundada sobre o texto, 
propiciando, dialogicamente, a interação entre o leitor e o texto proposto pelo autor. Ainda 
assim, Koch e Elias (2013, p. 19) enfatizam que a dedicação de maior ou menor atenção, 
maior ou menor interação, está intrinsecamente relacionada aos objetivos de leitura. Afinal, 
você atribui diferentes níveis de atenção conforme os seus diferentes níveis de interesse 
LEITURAOBRIGATÓRIA
10
pela leitura. De acordo com as autoras, a leitura pode apresentar vários objetivos, tais 
como o de informar (jornais, revistas), elaborar um trabalho acadêmico (dissertações, teses, 
livros), distrair (poemas, contos, romances), consultar (dicionários, catálogos), entre outros.
Ademais, cada sujeito estabelece uma relação distinta com o texto lido, uma vez que todo 
leitor traz consigo suas vivências e conhecimentos resultando, consequentemente, em uma 
pluralidade de leituras e sentidos. Imagine, por exemplo, a frase abaixo dita em diferentes 
contextos:
Mariana está com um problema de coração.
Hipoteticamente, o enunciado poderia ser visto por um médico que, com base no lugar 
social que ocupa, em suas vivências e conhecimentos, poderia interpretar que Mariana 
possui uma doença no órgão humano coração. Por outro lado, uma psicóloga, pautada 
em outras experiências e saberes, poderia julgar que se trata de um problema emocional, 
típico de um “coração partido”, ou seja, de uma desilusão amorosa, constituindo assim duas 
leituras distintas para um mesmo texto, a oscilar conforme o posicionamento do sujeito que 
o interpreta.
De acordo com Koch e Elias (2013, p. 39), a leitura e a produção de sentidos são guiadas pelo 
processamento textual que, por sua vez, é ativado a partir de estratégias sociocognitivas. 
Tais estratégias sociocognitivas envolvem três grandes sistemas de conhecimento, a 
saber:
•	 O	conhecimento	linguístico:	envolve	o	aspecto	gramatical	(verbos,	adjetivos,	pronomes,	
etc.) e o aspecto lexical da língua, incluindo vocabulário e suas regras de funcionamento 
(sintaxe). 
•	 O conhecimento enciclopédico (ou de mundo): baseado nos conhecimentos gerais 
de mundo, inclusive vivências pessoais. 
A importância do conhecimento enciclopédico denota que quanto maior o contato do leitor 
com outros textos e vivências, melhor será sua compreensão de textos, pois essa bagagem 
cultural e teórica lhe permite fazer articulações entre ideias, especular e fazer inferências 
mais amplas sobre o texto.
•	 E	o	conhecimento	interacional:	baseado	nas	formas	de	interação	por	meio	da	linguagem,	
faz referência aos conhecimentos ilocucional, comunicacional, metacomunicativo e 
superestrutural (ou conhecimento de gêneros textuais). Nesse nível de conhecimento 
deve ser observado, por exemplo, o conhecimento comunicacional da adequação de 
LEITURAOBRIGATÓRIA
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variante linguística utilizada em um (con)texto. Assim, uma carta a um professor 
poderia apresentar marcadores como “Prezado Professor” e “Atenciosamente”, 
enquanto uma carta para um amigo poderia iniciar simplesmente por “Querido amigo” 
e encerrar com “Abraços”.
Sobre as variedades linguísticas e a adequação de linguagem, Marcos Bagno (1999) realiza 
uma analogia entre a língua e a roupa. Para o autor, da mesma forma como você não deve 
utilizar uma roupa de banho para uma entrevista de emprego, pois isso é considerado 
inadequado para a ocasião, utilizar uma linguagem informal para um contexto formal também 
soa inadequado. Contudo, uma roupa de banho na praia é vista como adequada, bem como 
uma escrita informal utilizada com familiares ou amigos de infância. Logo, a escrita de um 
texto trata-se de uma construção de sentidos estabelecida a partir do contexto e do leitor a 
que se destina. A adequação da variante linguística e do gênero textual também faz parte 
do conhecimento interacional exigido para a produção de sentidos durante a leitura.
Diante do exposto, você pode perceber como o leitor constitui-se enquanto personagem 
ativo na produção de sentidos durante a leitura. Mas, conforme salientado anteriormente, a 
atividade de leitura sugere a relação intrincada entre autor, texto e leitor, o que pressupõe 
também a influência do autor e do texto na compreensão da leitura.
Considerando a participação do autor na leitura, Koch e Elias (2013, p. 28) destacam que 
“um texto não se destina a todos e a qualquer leitores, mas pressupõe um determinado 
tipo de leitor”. Ao elaborar um texto, o autor pensa em um público de leitores específico, 
ponderando os fatores de compreensão necessários, desde a seleção de determinados 
elementos linguísticos (expressões e léxicos relacionados ao tempo, cultura, região, entre 
outros), passando pelo conhecimento do contexto no qual o texto foi produzido, até a 
bagagem cultural que será exigida. Em outras palavras, se o autor pressupõe um público-
alvo, ele adapta sua linguagem e seu conteúdo a esse interlocutor que, de certa forma, irá 
interagir com seu texto.
Vale destacar a problematização de Brum (2012) ao questionar quantas vezes o aluno 
é solicitado, em sala de aula, a ler textos que não foram produzidos para eles. A autora 
sugere, implicitamente, que talvez esteja nessa incompatibilidade a dificuldade na leitura de 
textos por alguns alunos na escola.
Ademais, ao pensar em fatores de compreensão da leitura, é oportuno ressaltar os 
aspectos materiais e fatores linguísticos do texto que podem favorecer ou dificultar sua 
compreensão. Os aspectos materiais estão relacionados à própria apresentação visual do 
texto, por exemplo, o tamanho e a clareza das letras, a cor ou o contraste da cor do papel 
LEITURAOBRIGATÓRIA
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e das letras, parágrafos muito longos, escolha da fonte empregada, entre outros. Por outro 
lado, os aspectos linguísticos se detêm em elementos como a ausência ou inadequação 
de pontuação, a escolha do léxico, as estruturas sintáticas complexas, a ausência de nexo 
para indicar causa/efeito, entre outros (KOCH; ELIAS, 2013, p. 28). 
Um exemplo de texto que apresenta problemas na ordem dos aspectos materiais e fatores 
linguísticos é a bula de remédio, rebuscada de termos técnicos e de difícil compreensão 
linguística por muitos, geralmente caracterizada por apresentar extensas instruções 
distribuídas em letras pequenas.
Outro fator de influência na produção de sentidos durante a leitura do texto está nas 
circunstâncias da escrita (contexto de produção) e nas circunstâncias da leitura (contexto 
de uso). Tais circunstâncias estão relacionadas ao contexto de produção e de uso, 
considerando a época ou o local onde o texto foi produzido e quando e onde será lido, 
podendo ser reescrito ou mesmo traduzido de diferentes formas. 
Como você pode notar, a leitura envolve diversos conhecimentos e elementos que podem 
contribuir ou não para a produção de sentidos de um texto. Tais conhecimentos e elementos 
estão presentes no autor, no texto e no leitor que participa ativamente de sua construção. 
Portanto, uma boa leitura e uma boa produção de textos devem, necessariamente, considerar 
a interação autor-texto-leitor, as estratégias de leitura,os fatores de compreensão e o 
contexto na produção de sentidos.
LEITURAOBRIGATÓRIA
13
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Leia o artigo A leitura, a produção de sentidos e o processo inferencial, de Sandra Patrícia 
Ataíde Ferreira e Maria da Graça Bompastor Borges Dias. Revista Psicologia em Estudo, 
set/dez. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pe/v9n3/v9n3a11.pdf>. Acesso em: 
2 out. 2013. O artigo se norteia por uma concepção de leitura interacional entre autor, texto 
e leitor e focaliza as estratégias de inferência feitas pelo leitor.
Acesse o site Portal Prof. Jorge Junior e faça o download do texto Leitura e produção de 
sentido, de Jorge da Silva Junior. Disponível em: <http://portal.profjorge.com.br/2013/02/
leitura-e-producao-de-sentido.html>. Acesso em: 2 out. 2013. O texto explora a produção 
de sentido baseada na postura dialógica do leitor perante o texto, incluindo o sentido do 
texto construído a partir de recursos como a intertextualidade.
Confira a entrevista com a Profa. Isabel Solé, feita pela Revista Nova Escola. Para Isabel 
Solé, a leitura exige motivação, objetivos claros e estratégias, de Rodrigo Ratier. Nova 
Escola, jan. 2010. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/
fundamentos/isabel-sole-leitura-exige-motivacao-objetivos-claros-estrategias-525401.
shtml>. Acesso em: 2 out. 2013. Enquanto grande referência nos estudos sobre leitura, 
Solé faz apontamentos sobre estratégias que facilitam ou não a prática da leitura em sala 
de aula, e o que fazer para formar bons leitores nesse contexto.
Leia o artigo A interação entre autor/texto/leitor nas práticas de leitura do ensino médio, de 
Luciane da Silviera Brum. Revista Novas Letras, 2012. Disponível em: <https://sites.google.
com/site/revistanovasletras/edicao-2012/a-interacao-entre-autor-texto-leitor-nas-praticas-
de-leitura-do-ensino-medio>. Acesso em: 2 out. 2013. O artigo apresenta as principais 
14
teses sobre a interação autor-texto-leitor na prática de leitura, considerando a participação 
do leitor através da ativação de conhecimentos linguísticos, de mundo e textual.
Vídeos
Ingedore Koch e Vanda Elias. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=4O9BY4nG6eA>. Acesso em: 2 out. 2013. As autoras Ingedore Koch e Vanda Elias 
apresentam os livros Ler e compreender e Ler e escrever, discorrendo sobre a importância 
da compreensão dos processos e estratégias de leitura e escrita para ler e escrever bem.
Texto: construção de sentidos – Língua Portuguesa – Super Aulas. Disponível em: <http://
www.youtube.com/watch?v=wnUIbeMgwMQ>. Acesso em: 2 out. 2013. O vídeo retrata a 
importância da construção de sentidos na atividade de leitura, exemplificando tal processo 
através de diferentes gêneros textuais (texto jornalístico, carta, crônica, poema, entre 
outros).
A construção de sentidos na leitura. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=ZbQxEWAE5xA>. Acesso em: 2 out. 2013. O vídeo exibe uma síntese sobre 
a leitura e a construção de sentidos na qual é abordada a interação autor-texto-leitor, 
destacando o leitor como um participante ativo nesse processo de leitura e interpretação do 
texto.
LINKSIMPORTANTES
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Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
Questão 1:
De acordo com Koch e Elias (2013, p. 28), 
a “bula” de remédios é um texto que reve-
la difícil compreensão em decorrência de 
seus aspectos de inteligibilidade, visto que 
é um texto composto de termos técnicos 
(que possui uma linguagem difícil) distri-
buídos em instruções extensas e de letras 
pequenas. Considerando sua experiência 
com textos escritos, elenque pelo menos 
um exemplo de texto de difícil leitura com 
o qual você já teve contato. Com suas pró-
prias palavras, justifique a dificuldade de 
leitura encontrada.
Questão 2:
Considerando uma concepção de leitura a 
partir da interação autor-texto-leitor, é cor-
reto afirmar que:
a) A leitura exige apenas a existência 
de um leitor alfabetizado que consiga 
decodificar os enunciados.
b) O leitor deve simplesmente captar a 
representação mental do autor, junto com 
suas intenções.
c) Que o objetivo da leitura deve ser 
sempre acadêmico, pois somente assim 
o leitor dedicará maior tempo, atenção e 
interação ao texto.
AGORAÉASUAVEZ
16
d) A leitura exige do leitor um 
posicionamento ativo, crítico e dialógico 
para a construção de sentido.
e) Os saberes linguísticos não são 
relevantes, pois o importante são os 
conhecimentos enciclopédicos e de 
mundo.
Questão 3:
Em contraposição às concepções de lei-
tura sob o foco ________________ e sob 
o foco ________________, na concepção 
de leitura com foco __________________ 
o autor e o leitor são vistos como atores/
construtores sociais envolvidos dialogica-
mente na construção de sentidos através 
da interação texto-sujeitos.
Considerando seu aprendizado sobre as 
concepções de leitura e analisando o enun-
ciado acima, a alternativa que melhor com-
pleta as lacunas é:
a) no processo individual; no processo 
social; nas estratégias sociocognitivas.
b) no autor; no texto; na interação autor-
texto-leitor.
c) no conhecimento linguístico; no 
conhecimento enciclopédico; no 
conhecimento interacional.
d) na antecipação; na inferência; na 
verificação.
e) na circunstância de escrita; na 
circunstância de leitura; no contexto de 
produção e uso.
Questão 4:
A sabedoria popular afirma que “para bom 
entendedor, meia palavra basta”. Pensando 
em um bom entendedor de textos, ou seja, 
um bom leitor, considere qual estratégia 
de leitura está em evidência na sabedoria 
popular.
a) A seleção. 
b) A antecipação.
c) A inferência.
d) A verificação.
e) Nenhuma das alternativas acima.
Questão 5:
Os conhecimentos de um leitor para o outro 
podem variar e isso influencia diretamente 
na produção de sentidos de um dado texto. 
Assim, considerando seu aprendizado so-
bre a pluralidade de leituras e de sentidos, 
analise o fragmento de texto a seguir:
“A cozinheira está sem paladar”
Fonte: FIORIN, J.L.; SAVIOLI, F.P. Para 
entender o texto: leitura e redação. 16. 
ed. São Paulo: Ática, 2006, p. 12.
AGORAÉASUAVEZ
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AGORAÉASUAVEZ
A respeito da frase acima, analise as afir-
mações a seguir:
I. O enunciado só pode ser compreendido 
se o leitor conhecer o conto A Branca 
de Neve.
II. Dito durante o jantar, após experimen-
tar a primeira colher de sopa, esse 
texto pode significar que a sopa está 
sem sal.
III. Dito para o médico no consultório, 
pode significar que a cozinheira está 
acometida por alguma doença.
Assinale:
a) Se somente as afirmativas II e III 
estiverem corretas.
b) Se somente as afirmativas I e II 
estiverem corretas.
c) Se somente as afirmativas I e III 
estiverem corretas.
d) Se nenhuma afirmativa estiver correta.
e) Se todas as afirmativas estiverem 
corretas.
Questão 6:
Há mais de 500 anos, o escrivão português 
Pero Vaz de Caminha escreveu uma exten-
sa carta ao Rei de Portugal, onde buscou 
descrever as terras brasileiras “recém-des-
cobertas”. Considerando a produção de 
sentido do texto, justifique por qual razão 
a carta de Caminha não pode ser utilizada 
como um texto de descrição das atuais ter-
ras brasileiras. 
Questão 7:
Analise o texto a seguir e indique e justi-
fique qual é o estranhamento que o texto 
causa ao leitor:
Excelentíssima Mamãe,
Peço, por obséquio, a vossa atenção 
comrelação à educação do menor 
Pedrinho e a outorga do direito do 
mesmo em testemunhar episódios de 
desenhos de forma ilimitada e irrestrita.
Destarte, diante dos precedentes de 
mau comportamento do menor, solicito 
a vossa excelência suspender o direito 
supracitado.
Atenciosamente
Seu outro filho Zequinha
Questão 8:
Dentre as estratégias de leitura, destacam-
se a seleção, a antecipação, a inferência e 
a verificação. Considerando tais estratégias, 
analise o texto a seguir e descreva pelo me-
nos uma antecipação (ou hipótese), uma 
inferência e uma verificação que você fez 
durante sua leitura. Visto que as inferências 
são realizadas a partir de pistas fornecidas 
18
pelo texto, indique os trechos que você utili-
zou para sustentar sua inferência e sua ve-
rificação.
O galo e a raposa 
 Era um galo do mato, muito quietinho 
no seu canto, que não incomodava nin-
guém. 
 Ciscava o quintal, cantava no galho mais 
alto da goiabeira quando saía o sol e vi-
via de olho no mato, com medo de algu-
ma raposa que pudesse aparecer. 
 Um dia, logo depois da alvorada, ele re-
parou que alguma coisa estava se me-
xendo na capoeira mais próxima. 
 Na mesma hora o galo deu uma corridi-
nha, sacudiu as asas para ajudar o pulo 
e saltou, mais que depressa, para o alto 
da goiabeira. 
 Foi só ele se acomodar e apareceu, 
como sempre muito esperta, Dona Ra-
posa. 
 - Bom dia, compadre Galo – a raposa 
disse, muito gentil. 
 - Bom dia, comadre Raposa – respon-
deu o galo, muito desconfiado! 
 - Mas o que é isso, compadre Galo? 
Pode descer da sua árvore! Não precisa 
ter medo de mim... O compadre não está 
sabendo que foi decretada a Paz entre 
os animais? Nosso rei Leão resolveu que 
de agora em diante não há mais animais 
inimigos... O gato anda aos beijos com o 
rato, o lobo aos abraços com o carneiro... 
- Ora veja, comadre – disse o galo. – É 
verdade, mesmo? 
 - Pois é isso, compadre Galo. O compa-
dre não sabia, não? 
 - Não sabia não, comadre Raposa, não 
sabia não... 
 - Pois desça do seu poleiro que isso não 
é mais necessário, compadre Galo. Ve-
nha aqui para baixo pra me dar um abra-
ço. Faço questão de lhe dar um abraço... 
 - Eu também, comadre Raposa. Faço 
questão de lhe dar um abraço. Desço já. 
Aliás, nossa festa vai ser completa... Es-
tou vendo daqui de cima dois cachorros 
perdigueiros, daqueles que antigamente 
caçavam raposas, e que vêm chegando 
decerto para abraçar a comadre tam-
bém... 
 - Pode deixar, compadre Galo. A festa 
fica pra outra vez. Lembrei que tenho um 
compromisso e que estou atrasada... 
 E a raposa ganhou a estrada mais do 
que depressa, sem esperar para ver se 
era verdade o que o galo estava dizendo. 
E o galo ficou se rindo no alto da goia-
beira, satisfeito da vida, pois se há uma 
coisa divertida é enganar quem é metido 
a enganador... 
Fonte: ROCHA, Ruth. Almanaque da Ruth 
Rocha. 1. Ed. 14 imp. São Paulo: Ática, 2008, 
p. 32-33.
AGORAÉASUAVEZ
19
Questão 9:
Um dos fatores que podem influenciar na 
construção de sentidos durante a leitura de 
um texto se refere aos objetivos de leitura. 
Você aprendeu que para cada texto depo-
sitamos um interesse diferente, ou seja, te-
mos um objetivo de leitura que pode ser, 
por exemplo: 1. para nos manter informa-
dos; 2. para realizar trabalhos acadêmicos; 
3. por prazer ou distração; 4. para consulta; 
5. por “obrigação” ou 6. porque nos são ca-
sualmente apresentados. Isso posto, apre-
sente pelo menos quatro exemplos de lei-
turas, identificando em quais objetivos elas 
se encaixam.
Questão 10:
Durante a leitura do livro O Príncipe, de 
Nicolau Maquiavel, o estudante Roberto 
considerou o autor realmente “maquiavéli-
co”, pois entendeu que a obra induz a uma 
grande perversidade com relação ao povo. 
Já o professor aposentado Sérgio consi-
dera que Maquiavel apenas descreveu de 
forma realística uma sequência de fatos 
históricos. 
Assim como no exemplo referido, você já 
aprendeu que outras obras podem apre-
sentar diferentes interpretações conforme o 
leitor que dela se apropria. Justifique como 
isso é possível, ou seja, como pode haver 
duas leituras distintas de uma mesma obra.
AGORAÉASUAVEZ
20
 Neste tema você aprendeu que a leitura trata-se de uma prática social compreendida 
através da interação autor-texto-leitor. Você viu também que para ser um leitor ativo é 
preciso dialogar com o texto a partir de determinadas estratégias de leitura, tais como 
seleção, antecipação, inferência e verificação. Aprendeu ainda que a produção de sentidos 
durante a atividade de leitura pode variar conforme os objetivos de leitura e a influência 
dos conhecimentos linguísticos, enciclopédicos e interacional, por essa razão é possível 
vislumbrar a pluralidade de leituras e de sentidos durante a leitura. Além disso, há aspectos 
que podem favorecer ou não a leitura, entendidos como aspectos materiais, fatores 
linguísticos e as circunstâncias de escrita. Indubitavelmente, todas essas considerações 
podem lhe servir como guia para uma leitura dinâmica e repleta de sentidos.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
BAGNO, M. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 1999. 51 ed.
CLARK, H.H. O uso da linguagem. Cadernos de Tradução (9):49-71, UFRGS, Porto Alegre. 
Tradução de Nelson de Oliveira Azevedo e Pedro M. Garcez. 2000.
FIORIN, J.L.; SAVIOLI, F.P. Para entender o texto: leitura e redação. 16. ed. São Paulo: 
Ática, 2006.
KOCH, I.V.; ELIAS, V.M. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 
2013.
GLOSSÁRIO
Conhecimento enciclopédico: no contexto de leitura e produção de textos, conhecimento 
enciclopédico envolve o conhecimento de mundo do sujeito, suas leituras, suas experiências 
com práticas sociais de letramento e suas vivências ou familiaridade com o assunto, entre 
outros.
Estratégias sociocognitivas: são estratégias acionadas no momento da leitura para a 
produção de sentidos, envolvem os conhecimentos linguísticos (vocabulário, regras de 
funcionamento, elementos de coesão, entre outros), conhecimentos prévios (estabelecidos 
a partir do contato com uma diversidade de textos e vivências) e o conhecimento interacional 
(fundamentado nas formas de interações sociais baseadas na linguagem).
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Questão 1
Resposta: A questão desvela a importância de refletir sobre as possíveis dificuldades de 
leitura. Esse diagnóstico, embasado em suas próprias vivências com a leitura de textos, 
propiciará a compreensão de estratégias necessárias para favorecer próximas leituras. 
Nesta questão, deve ser observado se o solicitado foi atendido, indicando pelo menos um 
exemplo de texto de difícil compreensão, no seu ponto de vista. Nesse sentido, pode-se 
eleger uma grande diversidade de textos (livros, propaganda, tirinha, charge, poema) e 
ainda que não se utilize a referência ao conteúdo apresentado no Tema 1 desta disciplina, 
deverá identificar as dificuldades encontradas na leitura e que, provavelmente, estarão 
associadas aos aspectos materiais (tamanho e clareza das letras, a cor, a textura do papel, 
o comprimento das linhas, a disposição dos parágrafos) ou fatores linguísticos (o próprio 
idioma, o vocabulário utilizado, a estrutura sintática, a ausência de nexo). 
Questão 2
Resposta: Alternativa D
GABARITO
Fonte: no contexto de leitura e produção de textos, a fonte se refere ao tipo de letra utilizado 
na construção de textos, que pode interferir diretamente em sua legibilidade.
Lexical: referente ao vocabulário.
Variante linguística: também denominada “variação” ou “variedade” linguística, o termo faz 
alusão às diferenças linguísticas que emergem de vários grupos sociais regulados,seja por 
elementos culturais, regionais ou sociais. Nesse sentido, há, por exemplo, as variedades 
regionais “aipim”, “mandioca” e “macaxeira”, utilizadas para o mesmo elemento. Ou ainda, 
considerando variedades linguísticas de grupos sociais, é possível comparar a norma culta 
ensinada pela escola e a variedade linguística rural utilizada por determinado grupo social.
GLOSSÁRIO
23
Questão 3
Resposta: Alternativa B
Questão 4
Resposta: Alternativa C. A inferência envolve a leitura nas entrelinhas do texto, ou seja, 
aquilo que não está explícito, mas indicado através de pistas que exigem de um bom leitor 
conhecimentos externos ao texto.
Questão 5
Resposta: Alternativa A
Questão 6
Resposta: A questão busca resgatar os conhecimentos sobre a circunstância da escrita 
(contexto de produção) e a circunstância da leitura (contexto de uso). Tais circunstâncias 
estão relacionadas ao contexto de produção e de uso, considerando a época ou o local 
onde o texto foi produzido e quando e onde será lido, podendo ser reescrito ou mesmo 
traduzido de diferentes formas. Desse modo, para a produção de sentido do texto, o bom 
leitor deve ativar seus conhecimentos enciclopédicos e considerar que a carta de Caminha 
foi escrita em outra época, com público e finalidade específicos àquele momento histórico. 
Assim, a carta de Caminha pode ser utilizada como texto de registro histórico, e não como 
documento de descrição das atuais terras brasileiras (como fora sua função inicialmente), 
afinal, inúmeras mudanças históricas, culturais, políticas, sociais, entre outras, ocorreram 
no país.
Questão 7
Resposta: A questão incentiva analisar criticamente um texto durante a atividade de leitura, 
além de exigir a apropriação do conteúdo trabalhado no Tema 1 sobre conhecimento 
interacional. O texto causa estranhamento, pois a escrita rebuscada de Zequinha é 
considerada “inadequada” em relação aos papéis dos interlocutores, ao conteúdo, à 
variedade da língua e ao propósito comunicacional do bilhete trocado entre um filho e uma 
mãe. O texto está mais próximo de um linguajar jurídico.
GABARITO
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GABARITO
Questão 8
Resposta: A questão visa estimular a prática de uma leitura dialógica do texto. Para isso, 
deve-se explicitar os caminhos realizados durante a aplicação das estratégias de leitura. 
Lembrando que a antecipação pode ser feita com base no autor, meio de veiculação, gênero 
textual, título e distribuição das informações no texto, antes mesmo da leitura ser finalizada 
o leitor pode desenvolver algumas hipóteses. Nesse sentido, entre outras hipóteses, poderá 
indicar que conhece a autora do texto e assim sugerir que o texto é destinado ao público 
infantil, considerando as obras neste ramo feitas pela autora. Pode levantar hipóteses sobre 
o meio de veiculação: por se tratar de um almanaque, o leitor pressupõe ser um texto 
curto. Pode ainda levantar hipóteses sobre o título O galo e a raposa, criando a hipótese de 
que a história se passa em torno de dois personagens “um galo” e “uma raposa” ou ainda 
criando hipóteses de onde se passa tal história. Com relação às inferências, poderá inferir 
no primeiro e segundo parágrafos que o galo é o personagem principal, pois ele é o primeiro 
a ser apresentado. A própria descrição do galo pode favorecer as inferências do leitor sobre 
sua personalidade “quietinho”, “não incomodava ninguém”, “vivia de olho no mato, com 
medo de alguma raposa” (a verificação apresenta que ele tem tido medo da raposa, mas 
que também é perspicaz e não se deixa enganar). No terceiro parágrafo, a partir do excerto 
“um dia” e “algo estava se mexendo”, o leitor pode especular que há a introdução de uma 
situação problema (na verificação a inferência se confirma, pois surge o personagem da 
raposa para tentar ludibriar o galo). Ao cumprimentar a raposa de forma desconfiada, como 
sugere a leitura do texto, o leitor pode inferir que o galo não descerá da árvore como pede 
a raposa na continuação do texto (na verificação isso se confirma, pois o galo consegue 
despistar a raposa mentindo que os cães estão se aproximando). Mas a dúvida pode ser 
uma inferência do autor durante a leitura da fala do galo “- Ora veja, comadre - disse o galo. 
- É verdade mesmo?”, referindo-se à história de acordo de paz feito entre os animais. O 
leitor pode até inferir que o galo acreditará e descerá mesmo da árvore quando ele afirma 
“desço já”. Apesar disso, a verificação do texto mostra que o galo não desce da árvore, na 
verdade ele consegue, a partir de uma outra mentira, enganar a raposa que, a princípio, 
tentava iludi-lo.
Questão 9
Resposta: A questão analisa a apropriação com relação aos objetivos de leitura enquanto 
um processo de favorecimento ou não na produção de sentidos. Aqui é possível citar 
uma gama de leituras, porém, muito provavelmente, será feita a descrição dos exemplos 
apresentados no Caderno de Atividades e no Livro-Texto. 1. para nos manter informados: 
25
GABARITO
jornais, revistas; 2. para realizar trabalhos acadêmicos: dissertações, teses, livros, 
periódicos científicos; 3. por prazer ou distração (poemas, contos, romances, gibis); 4. para 
consulta (dicionários e catálogos); 5. por “obrigação” (manuais, bulas) ou 6. porque nos são 
casualmente apresentados (outdoors, cartazes, faixas, panfletos).
Questão 10
Resposta: Nesta questão, o que está em jogo não são exatamente as interpretações de 
cada leitor para a obra O Príncipe. Espera-se que se saiba estender o exemplo para outra 
obra qualquer e justifique que a construção de sentidos ocorre a partir da interação autor-
texto-leitor, o que pressupõe a influência dos conhecimentos prévios do leitor no processo 
de leitura. A questão aborda de forma prática o entendimento acerca da proposta central 
do Tema 1, ou seja, compreender que os sentidos da leitura são constituídos a partir da 
interação autor-texto-leitor, e por essa razão há a pluralidade de leituras e a pluralidade de 
sentidos.

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