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Leitura_e_Producao_de_Texto_03

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Leitura e Produção de Texto
Autoria: Kate Mamhy Oliveira Kumada
Tema 03
Texto e Intertextualidade 
seç
ões
Como citar este material:
KUMADA, Kate Mamhy Oliveira. Leitura e 
Produção de Texto: Texto e Intertextualidade. 
Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera 
Educacional, 2014.
Tema 03
Texto e Intertextualidade
SeçõesSeções
Tema 03
Texto e Intertextualidade
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Ler e compreender: os sentidos 
do texto, das autoras Ingedore Villaça Koch e Vanda Maria Elias, editora Contexto, Livro-
Texto 225, 2013.
Roteiro de Estudo:
Kate Mamhy Oliveira 
Kumada 
Leitura e Produção 
de Texto
5
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
•	 O uso da intertextualidade em diferentes textos.
•	 O reconhecimento e o uso da intertextualidade explícita e implícita.
•	 A influência dos gêneros e tipologias textuais na leitura e produção de textos.
CONTEÚDOSEHABILIDADES
6
CONTEÚDOSEHABILIDADES
LEITURAOBRIGATÓRIA
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
•	 Como a intertextualidade pode ser utilizada em diferentes textos?
•	 Qual a diferença entre a intertextualidade explícita e a intertextualidade implícita?
•	 Quais as diferenças entre gêneros textuais e tipologias textuais?
•	 Como produzir sentidos em um texto a partir da identificação da intertextualidade, do 
gênero textual e da tipologia textual?
Texto e Intertextualidade
 A intertextualidade se constitui na possibilidade de construir um texto a partir do diálogo 
com outros textos, sendo facilmente encontrada na leitura e na produção de diversos textos 
presentes em nosso cotidiano. Em concordância com Fiorin e Savioli (2006, p. 18), quando 
se pretende uma compreensão mais ampla de um texto, “muitas vezes é preciso entender 
as alusões e referências que ele faz a outros textos”. Em outras palavras, é importante 
entender sua intertextualidade.
O autor pode utilizar a intertextualidade sob dois intuitos: o primeiro, para reafirmar os 
sentidos do texto fonte; o segundo, para inverter ou contestar o texto fonte, polemizando-o. 
No segundo caso, quando o texto é citado com a finalidade de inverter seu sentido original, o 
resultado é uma paródia; já no primeiro caso, o empréstimo do texto fonte visando fortalecer 
suas ideias constitui uma paráfrase (FIORIN; SAVIOLI, 2006, p. 20).
Para ilustrar as diferentes finalidades da intertextualidade, as autoras apresentam os 
seguintes excertos de textos:
7
LEITURAOBRIGATÓRIA
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
“Nossos bosques têm mais vida”
“Nossa vida”, no teu seio, “mais amores”.
(Hino Nacional Brasileiro)
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
(MENDES, Murilo. Canção do exílio)
Nosso céu tem mais estrelas, 
Nossas várzeas têm mais flores.
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
(DIAS, Gonçalves. Canção do exílio)
FIORIN; SAVIOLI, 2006, p. 19.
O poema de Gonçalves Dias é o mais antigo, sendo assim considerado o texto fonte, que é 
referenciado tanto pelo Hino Nacional Brasileiro quanto pelos versos de Murilo Mendes, versos 
que recebem, inclusive, o mesmo título: Canção do Exílio. Entretanto, além de identificar 
a intertextualidade e o texto fonte, cabe perceber como as finalidades da intertextualidade 
em ambos os textos se diferem. De acordo com Fiorin e Savioli (2006, p. 20), enquanto o 
Hino Nacional resgata o poema de Gonçalves Dias para reafirmar as qualidades de nossa 
natureza, Murilo Mendes inverte o sentido do poema de Gonçalves Dias. O Hino Nacional 
parafraseia os versos de Gonçalves Dias, ratificando-os; já Murilo Mendes, ao afirmar que 
nossas frutas são mais gostosas e nossas flores mais bonitas, contudo, possuem um alto 
valor, realiza uma paródia do poema original.
8
A leitura completa do poema de Murilo Mendes demonstra que sua intenção é polemizar 
Gonçalves Dias, pois Mendes ironiza e crítica o patriotismo exacerbado refletido na Canção 
do Exílio (obra original). A intertextualidade no texto de Murilo Mendes tem, portanto, o 
intuito de se opor ao texto fonte, dialogando com o texto, mas para criticá-lo.
Segundo Koch e Elias (2013, p. 85), a intertextualidade pode ser reconhecida pelo uso do 
“estilo” do autor, vislumbrado em determinados trechos de um texto. Em outros casos, são 
emprestadas “passagens” do texto fonte. De qualquer forma, a intertextualidade precisa 
ser identificada e compreendida pelo leitor, para que assim se possa construir os sentidos 
presentes no texto. O leitor, enquanto sujeito ativo no processo de leitura e compreensão 
do texto, deve ser capaz de resgatar o texto fonte e discriminar sua finalidade, alcançando 
a construção do sentido.
Para isso, o leitor precisa de um amplo repertório de conhecimentos gerais e literários que 
o auxiliem a estabelecer as relações entre um texto e outro, compreendendo como e para 
que fins tais relações foram organizadas (KOCH; ELIAS, 2013). Essa é a justificativa para 
a importância do papel da leitura, pois, em concordância com Fiorin e Saviolli (2006, p. 20) 
“quanto mais se lê, mais se amplia a competência para apreender o diálogo que os textos 
travam entre si por meio de referências, citações e alusões”. E esse é o caminho para uma 
leitura com sentido.
Cabe salientar ainda que a intertextualidade pode ocorrer de forma explícita ou implícita. Em 
sua forma explícita, o texto revela claramente a referência à sua fonte, geralmente por meio 
de citações entre aspas que demarcam o que e por quem foi dito/escrito o texto utilizado. 
Por outro lado, na forma implícita (através de paráfrases e paródias) o reconhecimento 
da intertextualidade demanda a ativação de conhecimentos armazenados na memória do 
leitor.
A intertextualidade está presente em diversos gêneros textuais, e possui características 
e implicações que variam de um gênero para outro. Observe o exemplo da resenha, um 
gênero textual que é bastante solicitado no âmbito acadêmico e com o qual você já deve ter 
(ou terá em breve) maior proximidade. 
Pensando na resenha, Ruiz e Faria (2012) destacaram as formas como a intertextualidade 
pode emergir em tal gênero textual. Assim, enquanto intertextualidade explícita, encontram-
se as citações, a referência, a alusão, a sumarização e a tradução. Observe alguns exemplos:
LEITURAOBRIGATÓRIA
9
LEITURAOBRIGATÓRIA
Exemplo 1: Segundo Kumada (2012), familiares ouvintes e crianças surdas partem de 
uma base comum de linguagem que torna as línguas de sinais caseiras eficazes no 
contexto familiar e ininteligíveis em arenas externas.
Exemplo 2: Em consonância com Clark (2000, p. 68), “[...] o uso da linguagem sempre 
envolve o significado do falante e o entendimento do interlocutor destinatário”.
A intertextualidade é explícita nos exemplos 1 e 2, seja com ou sem o uso de aspas, pois, no 
primeiro exemplo, sem aspas, há uma interpretação do texto de Kumada (2012), enquanto 
no segundo exemplo, com aspas, há uma citação na íntegra, ou seja, com as mesmas 
palavras do autor (CLARK, 2000).
O uso de citações, alusões, referências entre outras formas de dialogar com outros textos 
dentro de uma resenha (ou de monografias, dissertações, teses, livros, artigos científicos, 
etc.) é regulado por normatizações, entre elas (e a mais utilizada) está a Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Tal normatização define as regras de formatação do 
texto acadêmico, e entre tais regras está a forma como uma citação deverá ser apresentada 
(com ou sem aspas, recuo de texto, indicação do número da página, indicação do ano 
de publicação do texto original, dentro do corpo do texto, nas referênciasfeitas no final 
do texto, etc.). Todas essas medidas são para garantir a ética de sua produção escrita, 
evitando que se utilize textos de propriedade intelectual de outros autores sem indicar os 
devidos créditos.
Já na intertextualidade implícita, o texto acadêmico resenha pode apresentar a paráfrase, 
o plágio, o provérbio, a frase feita e o bordão (RUIZ; FARIA, 2012). Sabe-se que bordões, 
provérbios e muitas frases feitas possuem autores desconhecidos, contudo o plágio está 
associado ao uso indevido de um texto, sem indicação de sua verdadeira autoria, o que 
tem sérias implicações. Por essa razão, é sempre oportuno ter cautela durante a escrita 
de textos acadêmicos para que a intertextualidade implícita não constitua a apropriação de 
outros textos, como se os mesmos lhe pertencessem, pois isso configura plágio, e plágio é 
crime.
De acordo com o Código Penal Brasileiro vigente (BRASÍLIA, 2003), artigo 184, sobre o crime 
contra a propriedade intelectual (também conhecido como plágio), a pena estabelecida ao 
infrator é de detenção no período de três meses a um ano (ou multa). Tal pena é aplicada 
em caso de não haver intuito de lucro sobre o material plagiado. Caso haja finalidade de 
lucro, a pena incorre em reclusão de dois a quatro anos e multa.
10
Para entender como o Hino Nacional e a tirinha puderam realizar a intertextualidade implícita 
sem constituir plágio, é necessário considerar como as peculiaridades da intertextualidade 
oscilam de um gênero textual a outro. Tal compreensão perpassa o conhecimento sobre os 
gêneros textuais.
Primeiramente, deve ficar clara a distinção entre gêneros textuais e tipologias textuais. 
Tipologias (ou tipos) textuais estão relacionadas à forma como o texto é apresentado. 
Conforme Marcuschi (2002, p. 22), em geral, os tipos textuais podem ser categorizados 
como: narração, argumentação, exposição, descrição, injunção. 
A tipologia textual narrativa é marcada por uma estrutura bastante comum em contos e 
histórias, ou seja, de começo, meio e fim. No começo, há a apresentação de personagens, 
de um local, de um tempo, o meio envolve um enredo, acontecimentos, fatos, enquanto o 
fim envolve as ideias apresentadas na trama, revelando seu desfecho. Já o tipo de texto 
descritivo está presente, de forma mais acentuada, em cardápios, anúncios e classificados, 
pois descreve um objeto, espaço ou sujeito. Apesar disso, é muito comum em contos e 
histórias em que seja feita a descrição dos personagens, o que revela nesses gêneros 
textuais a presença tanto da tipologia textual narrativa quanto da tipologia descritiva. Por 
sua vez, o tipo de texto argumentativo está associado à defesa de uma tese, por meio de 
argumentos que validem sua teoria e invalidem outras, buscando convencer o leitor de 
suas ideias. São exemplos de gêneros textuais com tipos de textos argumentativos: as 
monografias, teses, sermão, etc. Por fim, o tipo de texto injuntivo infere a orientação sobre 
uma ação e é, geralmente, caracterizado pelo uso de verbos no imperativo, tais como “faça”, 
“não faça”, “reserve”, “monte”, etc. São encontrados em gêneros textuais como receitas, 
pedidos, manuais de instrução, ordens, etc.
Por outro lado, os gêneros textuais são inúmeros, ainda incalculáveis, pois diante do 
advento da tecnologia, a cada dia surgem novos gêneros textuais (e-mail, blogs, etc.). Se 
a tipologia envolve a forma como o texto é apresentado, por sua vez, o gênero textual 
está associado à materialização do texto, definida por “conteúdos, propriedades funcionais, 
estilo e composição características” (MARCUSCHI, 2002, p. 22).
Quer exemplos de gêneros textuais? Alguns gêneros textuais conhecidos são: e-mail, blog, 
carta, diário, telefonema, bilhete, romance, notícia, tirinha, charge, cardápio de restaurante, 
LEITURAOBRIGATÓRIA
11
horóscopo, receita culinária, bula de remédio, lista de compras, instruções de uso, outdoor, 
resenha, edital de concurso, piada, conversação espontânea, bate-papo por computador, 
aulas virtuais, currículo, etc.
Segundo Koch e Elias (2013, p. 113), os gêneros textuais não são definidos por uma forma, 
mas sim por sua função, tais como: informar (notícias), rir (piada), instruir (bula de remédio), 
etc. Ocorre ainda, com frequência, a hibridização de gêneros textuais, um fenômeno 
intitulado pelas autoras como intertextualidade intergêneros. Conforme as autoras (2013, p. 
114) a intertextualidade intergêneros (ou intergenericidade) se refere ao “fenômeno segundo 
o qual um gênero pode assumir a forma de um outro gênero tendo em vista o propósito de 
comunicação”. Para ilustrar, observe a letra da música a seguir:
A Carta 
Escrevo-te estas mal traçadas linhas, meu amor
Porque veio a saudade visitar meu coração
Espero que desculpe os meus erros por favor
Nas frases desta carta que é uma prova de afeição
Talvez tu não a leias, mas quem sabe até darás
Resposta imediata me chamando de meu bem
Porém o que me importa é confessar-te uma vez mais
Não sei amar na vida mais ninguém
Tanto tempo faz que li no teu olhar
A vida cor de rosa que eu sonhava
E guardo a impressão de que já vi passar 
Um ano sem te ver, um ano sem te amar
LEITURAOBRIGATÓRIA
12
Ao me apaixonar por ti não reparei
Que tu tivestes só entusiasmo
E para terminar amor assinarei
Do sempre sempre teu.
Fonte: SANTOS, Benil; SAMPAIO, Raul. A Carta. In: CARLOS, Erasmo. Homem da rua. 
Sony, 1992. 1 CD. Faixa 6.
No texto acima, o título A Carta é seguido de um texto cuja estrutura é muito semelhante 
à de uma carta, contudo, é necessário observar que o propósito comunicativo do texto 
não consiste na função do gênero textual carta, e sim de uma música. É necessário estar 
ciente de que aspecto determinante do gênero textual é a sua função, e não sua forma 
de apresentação, logo, o gênero textual do texto acima é uma música. A identificação do 
gênero textual, seu uso e compreensão nas práticas discursivas estão, segundo Koch e Elias 
(2013, p. 102) relacionados à sua competência metagenérica. Assim, o desenvolvimento 
dessa competência é fundamental para a produção de sentido do texto.
Do mesmo modo, e de forma muito mais comum, existe a heterogeneidade tipológica, ou 
seja, a presença de várias tipologias textuais encontradas em um único texto. É o que você 
pode perceber na Imagem 3.1, onde é encontrada a presença dos tipos textuais narrativo, 
descritivo, argumentativo e injuntivo.
LEITURAOBRIGATÓRIA
13
LEITURAOBRIGATÓRIA
3.1 Imagem do texto que revela a heterogeneidade tipológica. 
Fonte: KOCH; ELIAS, 2013, p. 121-2.
Essa imagem retrata a presença da heterogeneidade tipológica, ou seja, da presença de 
diferentes tipos textuais compondo um único texto.
14
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Leia o artigo Intertextualidade no gênero resenha, de Eliana Maria Severino Donaio Ruiz 
e Melissa Bortoloto Faria. Revista Linguagem em (Dis)curso, abr. 2012. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-76322012000100005&lng=
en&nrm=iso>. Acesso em: 9 out. 2013. O artigo aborda a intertextualidade no gênero textual 
resenha, indicando presença de intertextualidade explícita e implícita.
Acesse o site Domínio Público, faça o download e leia a dissertação Intertextualidade e 
sentido em anúncios publicitários, de Vera Lucia dos Santos. Disponível em: <http://www.
dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=193615>. 
Acesso em: 9 out. 2013. A partir da análise de textos publicitários veiculados pela Revista 
LEITURAOBRIGATÓRIA
Para Koch e Elias (2013, p. 122), o estudo dos gêneros é uma das maiores contribuições 
para o ensino da leitura e da produção escrita, pois somente após o domínio dos principais 
gênerostextuais e de suas funções sociais, o aluno será capaz de “[...] perceber o jogo que 
frequentemente se faz por meio de manobras discursivas que pressupõem esse domínio”. 
Desse modo, você percebeu que o texto pode ser composto de forma bastante heterogênea, 
constituído de vários textos, de vários gêneros textuais ou de várias tipologias textuais. Esse 
diálogo entre textos, entre gêneros e entre tipologias textuais deve ser reconhecido pelo 
leitor para que haja a produção de sentidos na leitura. Mas, para isso, o leitor deve ativar 
seus conhecimentos prévios sobre a língua, sobre as coisas do mundo e sobre o modo de 
organização, estilo e propósito comunicacional do texto lido.
15
Veja, a dissertação realiza uma análise onde demonstra o uso de intertextualidade implícita 
e explícita. Além de demonstrar como aquele que anuncia espera que o leitor construa o 
sentido do texto.
Leia o capítulo de livro Gêneros textuais: definição e funcionalidade, de Luiz Antônio 
Marcuschi, que integra o livro Gêneros textuais e ensino, organizado por Angela Paiva 
Dionisio, Anna Rachel Machado e Maria Auxiliadora Bezerra. Rio de Janeiro: Lucerna, 
2001. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/61404180/Generos-textuais-definicao-e-
funcionalidade-Luiz-Antonio-Marcuschil>. Acesso em: 9 out. 2013. O capítulo do livro aborda 
os principais conceitos que compõe a temática sobre gêneros textuais e tipologias textuais, 
estabelecendo comparações entre ambos os conceitos.
Teste seus conhecimentos desenvolvendo exercícios sobre tipologia textual no site 
Português x Concursos. Disponível em: <http://portuguesxconcursos.blogspot.com.
br/2013/02/tipologia-textual-exercicios-resolvidos.html>. Acesso em: 9 out. 2013. O site 
apresenta vários exercícios sobre interpretação de texto e identificação de tipologias textuais 
que foram extraídos de concursos públicos.
Vídeos
VideoAula – Português – Intertextualidade. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=QKU26c5IJ38>. Acesso em: 9 out. 2013. O vídeo explora a relação da 
intertextualidade como uma conversa entre textos, sejam eles escritos, orais ou imagens 
(obras de arte), exemplificando de maneira lúdica as formas de intertextualidade explícita e 
implícita.
Superaulas Enem 2012 - 26.10 - Português - Intertextualidade - Professor Wella. Disponível 
em: <http://www.youtube.com/watch?v=007gI_3i5f4>. Acesso em: 22 nov. 2013. O vídeo 
aborda conceitos como intertextualidade explícita e implícita, paráfrase e paródia, além de 
resolução de exercícios sobre a temática.
LINKSIMPORTANTES
16
Aula de tipologia Textual – Curso completo de interpretação de textos. Disponível em: <http://
www.youtube.com/watch?v=jwOv_diU2p4>. Acesso em: 9 out. 2013. O vídeo apresenta de 
forma bastante clara os conceitos e o uso da tipologia textual e do gênero textual, bem 
como sua importância na compreensão e produção de textos.
LINKSIMPORTANTES
AGORAÉASUAVEZ
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
Questão 1:
Você aprendeu que os conhecimentos pré-
vios são muito valorizados nas práticas de 
leitura e produção de textos. Sendo assim, 
considerando seus conhecimentos prévios 
sobre intertextualidade e os conhecimen-
tos adquiridos após a leitura do conteúdo 
discorrido no Tema 3, preencha a coluna a 
seguir com o que você já sabia e com o que 
você aprendeu.
O que eu já sabia 
sobre intertextuali-
dade?
O que eu aprendi com 
a leitura do Tema 3 
– Texto e intertextuali-
dade?
• •
17
Questão 2:
Analise o texto a seguir.
Receita de frango com pinga
Ingredientes
1 garrafa de pinga (da boa)
1 frango inteiro
4 cabeças de alho
1 colher de sopa de manteiga
500 g de amendoim cru
Sal e tempero a gosto
Modo de preparo
- Lave o frango.
- Esfregue o frango por dentro e por fora 
com sal (ou tempero de sua preferência).
- Beba uma dose de pinga.
- Coloque o frango em uma assadeira e 
molhe-o com uma dose de pinga e man-
teiga.
- Beba outra dose de pinga.
- Pré-aqueça o forno por aproximada-
mente 10 minutos.
- Enquanto isso, sirva-se com mais uma 
dose (caprichada) de pinga.
- Use o amendoim como “tira gosto” 
acompanhado de mais uma dose de 
pinga.
- Axuste o terbostato na marca 3, e 
debois de uns bihch binutos, bote a ave 
para asssssaassinar, digu assar.
- Molhe o bicho com pinga debois de 
beia hora, e sirba-se com outra dose de 
pinga.
- Debois, esquece o vrango, deixáaaa no 
vorno por umas 4 horas.
- tenta retirar o vrango do vorno, mas 
num vai guemar a mão!
- se na primeira teeendadivaaa de retirar 
o vrango do vorno dãooo deer certo e ele 
gair no jão, enjuga ele com bano de jão 
mesmu e poti servir, com pinga é claro!
Fonte: Autor desconhecido.
Com base na leitura do texto acima, analise 
as alternativas a seguir e indique se são (V) 
Verdadeiras ou (F) Falsas:
( ) O texto pode ser considerado um 
intertexto.
( ) O gênero textual do texto consiste em 
uma receita.
( ) O gênero textual do texto consiste em 
uma piada.
( ) O texto pode ser considerado uma 
paródia.
( ) O reconhecimento do gênero textual 
não interfere na construção de sentido.
a) V, F, V, V, F.
b) F, F, V, V, F.
c) V, V, F, F, V.
d) F, V, F, F, F.
e) V, V, F, V, V.
AGORAÉASUAVEZ
18
AGORAÉASUAVEZ
Questão 3:
Leia o texto a seguir:
04/10/2013 - 03h20
Análise: Haddad faz a lição de casa 
do professor Maquiavel
LEÃO SERVA
COLUNISTA DA FOLHA
A prefeitura vai corrigir a Planta Genérica 
de Valores, o que aumentará o IPTU. Os 
proprietários que pagam imposto predial 
reclamam.
A administração também provoca 
congestionamentos nas principais 
avenidas, abrindo faixas de ônibus.
Os motoristas parados, em grande parte 
também contribuintes do IPTU, falam mal 
do prefeito ao ver ônibus em velocidade 
levar passageiros, majoritariamente 
isentos do imposto.
É provável que as próximas pesquisas de 
opinião apontem queda da popularidade 
de Haddad. Mas a oposição pode tirar o 
potro da garoa.
“Tudo cansa, meu anjo, como dizia o 
poeta inglês. Os mortos têm que ser 
renovados, a imprensa é uma necrófila 
insaciável”, escreveu Rubem Fonseca, 
em “Mandrake”.
O mesmo vale para os eleitores. O mal-
estar deve diminuir até outubro que 
vem, na eleição para o governo, e sumir 
até 2016, quando o prefeito tentará novo 
mandato.
Tudo segue o que ensinou Maquiavel 
(1469-1527): faça as maldades de uma 
só vez e as bondades aos poucos. 
Com o caixa inchado pelas receitas de 
IPTU, a administração fará um monte de 
benesses nos próximos três anos.
Ajudará a relaxar a tensão dos 
contribuintes com a nova Planta 
Genérica de Valores o teto que limitará 
o repasse da correção para o imposto 
predial.
A correção da PGV é feita como as 
pesquisas de opinião: uma comissão 
da prefeitura compila registros de 
compra e venda de imóveis e constata 
as variações dos preços nas diversas 
áreas.
Cada negócio realizado serve como dado 
amostral. Imprecisões existem, mas 
tendem a ser poucas. A reavaliação de 
casos a partir de reclamações melhora 
o resultado e reduz tensões.
Muitos cidadãos se assustam com a 
variação da PGV. Embora ela seja a 
base de cálculo do principal imposto 
municipal, é atualizada a critério dos 
governos, de olho no calendário eleitoral.
19
AGORAÉASUAVEZ
Com isso, o índice acumula inflação e 
valorização imobiliária de vários anos.
Se corrigidas anualmente, as variações 
seriam suaves. Mas os alunos de 
Maquiavelconcentram as más notícias 
no primeiro ano de mandato.
Fonte: Folha de S. Paulo, 4 out. 2013. 
Disponível em: <http://www1.folha.uol.
com.br/cotidiano/2013/10/1351631-
analise-haddad-faz-a-licao-de-casa-do-
professor-maquiavel.shtml>. Acesso 
em: 10 out. 2013.
O texto apresenta duas situações de 
intertextualidade explícita, identifique esses 
trechos.
Questão 4:
Analise os fragmentos de textos a seguir:
“Era uma vez um burro que tinha 
trabalhado durante muitos anos para o 
seu dono, acartando sacos de milho. 
Com o tempo, foi perdendo as forças 
e acabou por não conseguir trabalhar 
como antigamente. Então, o dono 
resolveu cortar-lhe a ração. Vendo que 
dessa decisão não viria nada de bom 
para si, o Burro fugiu e pôs-se a caminho 
da cidade de Bremen.
- Em Bremen posso tornar-me músico – 
pensava ele enquanto caminhava.”
Fonte: IRMÃOS GRIMM, Os músicos 
de Bremen. Disponível em: <http://www.
grimmstories.com/pt/grimm_contos/os_
musicos_de_bremen>. Acesso em: 10 
out. 2013
“Eu, sou um jumento. Não sou bicho 
de estimação. Não tenho apelido, 
não tenho nome, nem estimação. 
Sou jumento e pronto. Na minha terra 
também me chamam de jegue. E me 
botaram para trabalhar na roça a vida 
inteira. Trabalhar feito jumento. Pra no 
fim... nada. Minha pensão, nenhuma 
cenoura. Acho que é por isso que às 
vezes me chamam de burro. Eu não 
me incomodo. Mas outro dia, eu estava 
subindo um morro com quinhentos 
quilos de pedra no lombo. Estava ali, 
subindo, quando um pai d’égua, falou 
assim: “Mas que mula preguiçosa, sô!”, 
fui ver, e a mula era eu. Aí eu parei - 
“Mula? ah! é demais” - resolvi dar no pé. 
Tomei a estrada que leva à cidade e fui 
seguindo, naquela humilhação, naquela 
escuridão, naquela solidão que nem sei. 
[...] Estava indo pra cidade. “E fazer o 
que na cidade?” - eu pensava. Quando 
alguém não sabe fazer mais nada, nada 
mesmo, pode ser artista.
Fonte: HOLLANDA, Chico Buarque de. 
Os Saltimbancos. Tradução e adaptação 
Chico Buarque; [texto] Sergio Bardotti; 
música Luiz Enriquez. 3 ed. São Paulo: 
Global, 2000, p.5-8.
20
AGORAÉASUAVEZ
Considerando que Os Saltimbancos se 
refere a uma fábula musical inspirada no 
conto Os músicos de Bremen, dos Irmãos 
Grimm, assinale a alternativa correta a 
partir da relação entre a fábula musical e 
o conto:
a) O conto Os músicos de Bremen 
parafraseia a fábula musical Os 
Saltimbancos.
b) A fábula musical Os Saltimbancos 
parafraseia o conto Os músicos de 
Bremen.
c) O conto Os músicos de Bremen e a 
fábula Os Saltimbancos não podem ser 
considerados intertextos.
d) O conto Os músicos de Bremen plagiou 
a fábula Os Saltimbancos.
e) A fábula “Os Saltimbancos” plagiou o 
conto “Os músicos de Bremen”.
Questão 5:
Quanto ao uso de Equipamentos de Pro-
teção Individual (EPI), descreva as obriga-
ções do empregador.
Os dicionários de meu pai
Pouco antes de morrer, meu pai me 
chamou ao escritório e me entregou um 
livro de capa preta que eu nunca havia 
visto. Era o dicionário analógico de 
Francisco Ferreira dos Santos Azevedo. 
Ficava quase escondido, perto dos 
cinco grandes volumes do dicionário 
Caldas Aulete, entre outros livros de 
consulta que papai mantinha ao alcance 
da mão numa estante giratória. Isso 
pode te servir, foi mais ou menos o que 
ele então me disse, no seu falar meio 
grunhido. Era como se ele, cansado, 
me passasse um bastão que de alguma 
forma eu deveria levar adiante. E por 
um tempo aquele livro me ajudou no 
acabamento de romances e letras de 
canções, sem falar das horas em que eu 
o folheava à toa; o amor aos dicionários, 
para o sérvio Milorad Pavic, autor de 
romances-enciclopédias, é um traço 
infantil de caráter de um homem adulto.
Palavra puxa palavra, e escarafunchar 
o dicionário analógico foi virando para 
mim um passatempo. O resultado é que 
o livro, herdado já em estado precário, 
começou a se esfarelar nos meus dedos. 
Encostei-o na estante das relíquias 
ao descobrir, num sebo atrás da sala 
Cecília Meireles, o mesmo dicionário em 
encadernação de percalina. Por dentro 
estava em boas condições, apesar de 
algumas manchas amareladas, e de 
trazer na folha de rosto a palavra anauê, 
escrita a caneta-tinteiro.
Com esse livro escrevi novas canções 
e romances, decifrei enigmas, fechei 
muitas palavras cruzadas. E ao vê-
lo dar sinais de fadiga, saí de sebo 
AGORAÉASUAVEZ
21
em sebo pelo Rio de Janeiro para me 
garantir um dicionário analógico de 
reserva. Encontrei dois, mas não me dei 
por satisfeito, fiquei viciado no negócio. 
Dei de vasculhar livrarias país afora, 
só em São Paulo adquiri meia dúzia de 
exemplares, e ainda arrematei o último à 
venda a Amazom.com antes que algum 
aventureiro o fizesse. Eu já imaginava 
deter o monopólio (açambarcamento, 
exclusividade, hegemonia, senhorio, 
império) de dicionários analógicos 
da língua portuguesa, não fosse pelo 
senhor João Ubaldo Ribeiro, que 
ao que me consta também tem um 
quiçá carcomido pelas traças (brocas, 
carunchos, gusanos, cupins, térmitas, 
cáries, lagartas-rosadas, gafanhotos, 
bichos-carpinteiros).
A horas mortas eu corria os olhos 
pela minha prateleira repleta de livros 
gêmeos, escolhia um a esmo e o 
abria a bel-prazer. Então anotava num 
Moleskine as palavras mais preciosas, 
a fim de esmerar o vocabulário com que 
embasbacaria as moças e esmagaria 
meus rivais.
Hoje sou surpreendido pelo anúncio 
desta nova edição do dicionário 
analógico de Francisco Ferreira 
dos Santos Azevedo. Sinto como 
se invadissem minha propriedade, 
revirassem meus baús, espalhassem 
ao vento meu tesouro. Trata-se para 
mim de uma terrível (funesta, nefasta, 
macabra, atroz, abominável, dilacerante, 
miseranda) notícia.
(Francisco Buarque de Hollanda, Revista 
Piauí, junho de 2010)
O modo predominante de organização 
textual é:
a) Descritivo.
b) Narrativo.
c) Argumentativo.
d) Dissertativo.
e) Injuntivo.
Questão 6:
Os gêneros textuais podem ser vistos como 
a materialização do texto e são caracteriza-
dos pela sua ______________ textual, en-
quanto a tipologia é caracterizada pela sua 
_________________ textual. 
Considerando seu aprendizado sobre as 
concepções de gênero e tipologia textual e 
analisando o enunciado acima, a alternati-
va que melhor completa as lacunas é:
a) composição; produção de sentidos.
b) referenciação; organização.
c) bagagem de conhecimentos; prática. 
AGORAÉASUAVEZ
22
d) compreensão; produção.
e) função; forma.
Questão 7:
A música Bom conselho, de Chico Buar-
que, é um bom exemplo de intertextualida-
de. Em sua canção, o compositor conversa 
com alguns provérbios populares que cir-
culam frequentemente em nosso cotidiano. 
Analisando a letra da canção, identifique 
pelo menos um provérbio com o qual Chico 
Buarque conversa.
Bom conselho
Ouça um bom conselho 
Que eu lhe dou de graça 
Inútil dormir que a dor não passa 
Espere sentado 
Ou você se cansa 
Está provado, quem espera nunca 
alcança 
Ouça, meu amigo 
Deixe esse regaço 
Brinque com meu fogo 
Venha se queimar 
Faça como eu digo 
Faça como eu faço 
Aja duas vezes antes de pensar 
Corro atrás do tempo 
Vim de não sei onde 
Devagar é que não se vai longe 
Eu semeio o vento 
Na minha cidade 
Vou pra rua e bebo a tempestade 
Fonte: BUARQUE, Chico. Bom 
Conselho. Quando o carnaval chegar. 
Universal, 1972. 1 CD. Faixa 11.
Questão 8:
Leia os textos a seguir:
Texto 1:
Ainda que eu falasse as línguas dos 
homens e dos anjos, e não tivesse amor, 
seria como o metal que soa ou como o 
sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, 
e conhecesse todos os mistérios e toda 
a ciência, e ainda que tivesse toda a 
fé, de maneira tal que transportasse os 
montes, e não tivesse amor, nada seria.
Eainda que distribuísse toda a minha 
fortuna para sustento dos pobres, e 
ainda que entregasse o meu corpo para 
AGORAÉASUAVEZ
23
ser queimado, e não tivesse amor, nada 
disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor 
não é invejoso; o amor não trata com 
leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca 
os seus interesses, não se irrita, não 
suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga 
com a verdade; 
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo 
suporta.
O amor nunca falha; mas havendo 
profecias, serão aniquiladas; havendo 
línguas, cessarão; havendo ciência, 
desaparecerá;
Porque, em parte, conhecemos, e em 
parte profetizamos;
Mas, quando vier o que é perfeito, então 
o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como 
menino, sentia como menino, discorria 
como menino, mas, logo que cheguei 
a ser homem, acabei com as coisas de 
menino.
Porque agora vemos por espelho em 
enigma, mas então veremos face a 
face; agora conheço em parte, mas 
então conhecerei como também sou 
conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a 
esperança e o amor, estes três, mas o 
maior destes é o amor.
Fonte: PAULO, Apóstolo. Carta à Igreja 
de Corinto. In: Bíblia Sagrada. Capítulo 
13. Disponível em: <http://www.
bibliaonline.com.br/acf/1co/13>. Acesso 
em: 10 out. 2013.
Texto 2: 
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
AGORAÉASUAVEZ
24
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor? 
Fonte: CAMÕES, Luis Vaz de. Amor é 
fogo que arde sem se ver. In: Poesia 
Lírica. Ulisséia. 1988, 2 ed. Disponível 
em: <http://www.suapesquisa.com/
biografias/amor_e_fogo.htm>. Acesso 
em: 10 out. 2013.
Texto 3:
Monte Castelo - Legião Urbana
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal,
Não sente inveja ou se envaidece.
O amor é o fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria.
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É um não contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder.
É um estar-se preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.
Estou acordado e todos dormem.
Todos dormem. Todos dormem.
Agora vejo em parte,
Mas então veremos face a face.
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.
AGORAÉASUAVEZ
25
Fonte: Legião Urbana. Monte Castelo. 
Disponível em: <http://letras.mus.br/
legiao-urbana/22490/>. Acesso em: 10 
out. 2013.
Após a análise dos textos 1, 2 e 3, explique 
como ocorre o processo de intertextualidade 
entre eles, indicando qual ou quais são 
os textos fontes e qual foi a finalidade do 
intertexto. Justifique sua resposta.
Questão 9:
Enquanto existem inúmeros gêneros tex-
tuais, teoricamente, os tipos textuais são 
designados como: 1. narrativos; 2. descriti-
vos; 3. argumentativos; 4. expositivos e/ou 
5. injuntivos. Nesse sentido, indique pelo 
menos dois exemplos de gêneros textuais 
para cada um dos tipos textuais menciona-
dos.
Questão 10:
Analise o texto abaixo e, em seguida, iden-
tifique quais tipologias textuais podem ser 
reconhecidas. Justifique sua resposta.
Procura-se cachorra desaparecida 
Por volta das 23h do último domingo 
(20) desapareceu, no bairro dos Jardins, 
a cachorra que atende pelo nome de 
Dolly. A cachorra é da raça poodle, de 
porte médio e cor branca, está com 
os pelos do corpo tosados e com as 
orelhas e rabos peludos. Na ocasião, 
estava usando dois lacinhos vermelhos 
nas orelhas.
A cachorra é doente, por isso precisa 
de medicação, a falta de cuidados pode 
levá-la à morte. 
Se você possui informações sobre 
esta cachorra entre em contato pelo 
telefone (51) 8881.9900. Oferecemos 
recompensa.
 
AGORAÉASUAVEZ
26
FINALIZANDO
Neste tema você aprendeu que as vozes de um texto podem apresentar o revozeio de 
outros textos. Na verdade, este é o princípio da intertextualidade, quando um texto é 
construído a partir de outros textos. Nessa direção, os textos podem ser alçados com efeito 
de reafirmar ou contestar o texto fonte e podem remeter a outros textos de forma explícita 
ou implícita. A compreensão e a produção dos sentidos da intertextualidade exige do leitor 
a competência metagenérica de reconhecer e compreender o gênero textual e sua função 
social. Vale enfatizar que, para isso, o leitor precisa de amplo repertório literário, linguístico e 
de conhecimentos de mundo, fortalecendo assim a premissa de que bons escritores devem 
ser também bons leitores.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
REFERÊNCIAS
BRASÍLIA. Lei nº 10.695, de 1º de julho de 2003. Altera e acresce parágrafo ao art. 184 e 
dá nova redação ao art. 186 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Códi-
go Penal. Planalto. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.695.
htm>. Acesso em: 9 out. 2013.
CLARK, H. H. O uso da linguagem. Cadernos de Tradução (9):49-71, UFRGS, Porto Alegre. 
Tradução de Nelson de Oliveira Azevedo e Pedro M. Garcez. 2000.
FIORIN, J.L.; SAVIOLI, F.P. Para entender o texto: leitura e redação. 16. ed. São Paulo: 
Ática, 2006.
27
KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 
2013.
KUMADA, K. M. O. “No começo ele não tem língua nenhuma, ele não fala, ele não tem 
LIBRAS, né?”: representações sobre línguas de sinais caseiras. Dissertação de Mestrado. 
Departamento de Linguística Aplicada. Instituto de Estudos da Linguagem. Unicamp, 2012.
MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: (Orgs.) DIONÍSIO, A. 
et al. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.
RUIZ, E. M. S. D.; FARIA, M. B. A intertextualidade no gênero resenha. In: Revista Lingua-
gem e (dis)curso, Tubarão , v. 12, n. 1, Abr. 2012 . Disponível em: <http://www.scielo.br/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-76322012000100005&lng=en&nrm=iso>. Acesso 
em: 9 out. 2013.
REFERÊNCIAS
GLOSSÁRIO
Competência metagenérica: se refere à competência de produção e compreensão dos 
gêneros textuais, buscando identificá-los e interpretá-los de forma a construir sentidos para 
o texto.
Hibridização: Relativo a misturas ou mesclas.
Paráfrases: Uso de ideias de um texto sob outras palavras, mas com intuito de reafirmar 
o que o texto fonte revela.
Paródias: Uso de ideias de um texto sob o intuito de ridicularizar, criticar ou contestar o 
texto fonte, transformando os sentidos produzidos no texto original.
Plágio: Se refere à prática de copiar ou assinar um texto que contenha partes ou que seja 
integralmente de outro autor, cuja referência ou créditos de autoria não estejam claramente 
apontados.
28
GABARITO
Questão 1
Resposta: A questão desperta no aluno a reflexão sobre os conhecimentos prévios e os 
adquiridos sobre Intertextualidade. Espera-seque o aluno consiga elencar pelo menos um 
dos temas principais apresentados, na coluna do que foi aprendido após a leitura do Caderno 
de Atividades, como por exemplo, a questão da intertextualidade explícita e implícita, as 
finalidades da intertextualidade (paródia e paráfrase), a importância do reconhecimento dos 
gêneros e tipos textuais, etc. 
Questão 2
Resposta: Alternativa A
Questão 3
Resposta: A questão incentiva o aluno a realizar uma análise do intertexto em busca da 
identificação da intertextualidade explícita. Para isso o aluno deve dominar tal conceito e 
saber aplicá-lo. Assim, ele reconhecerá no excerto “Tudo cansa, meu anjo, como dizia o 
poeta inglês. Os mortos têm que ser renovados, a imprensa é uma necrófila insaciável, 
escreveu Rubem Fonseca, em ‘Mandrake’”, onde há a citação de Rubem Fonseca, cuja 
autoria está devidamente referenciada. Do mesmo modo como a alusão a Maquiavel é 
feita no trecho “Tudo segue o que ensinou Maquiavel (1469-1527): faça as maldades de 
uma só vez e as bondades aos poucos. Com o caixa inchado pelas receitas de IPTU, a 
administração fará um monte de benesses nos próximos três anos.” Em ambos os casos, a 
fonte é revelada, o que torna a intertextualidade explícita.
Questão 4
Resposta: Alternativa B
Questão 5
Resposta: Alternativa B
29
Questão 6
Resposta: Alternativa E
Questão 7
Resposta: A questão explora a identificação da intertextualidade na canção Bom conselho, 
exigindo do aluno que recorra aos seus conhecimentos e vivências para identificar os 
trechos em que ocorrem tal fenômeno. Assim, o aluno deverá associar os trechos da música 
com pelo menos um dos provérbios populares utilizados pelo compositor, tais como: 1) Se 
conselho fosse bom não se dava, se vendia; 2) Basta dormir que a dor passa; 3) Quem 
espera [ou quem acredita] sempre alcança; 4) Quem brinca com fogo, pode se queimar; 
5) Faça o que eu digo, não faça o que eu faço; 6) Pense, antes de agir; 7) Devagar se vai 
longe; 8) Quem semeia vento, colhe tempestade.
Questão 8
Resposta: A questão incentiva o aluno a analisar os textos buscando identificar quais 
são os textos fontes e qual o intertexto. No caso, a música Monte Castelo é que realiza 
a intertextualidade com os textos fontes de Camões e de Corintos. Sua finalidade não é 
criticar ou contestar os textos fonte, mas sim reafirmar a magnitude do “Amor” como um 
sentimento nobre, temática que o poema de Camões e a passagem bíblica abordam. 
Questão 9
Resposta: A questão problematiza a distinção entre gêneros e tipologias textuais, 
consolidando em exemplos o aprendizado do aluno. Há uma grande diversidade de gêneros 
para apontar. Entre eles, o aluno pode mencionar na tipologia narrativa os contos, histórias, 
parlendas, notícias, etc. No que tange ao tipo textual descritivo, o aluno pode mencionar 
como exemplos de gêneros textuais os cardápios, anúncios, classificados, narrativas (nas 
quais são descritos personagens e espaços), etc. Por sua vez, o tipo de texto argumentativo 
está associado à defesa de uma tese, por meio de argumentos que validem sua teoria e 
invalidem outras, buscando convencer o leitor de suas ideias. São exemplos de gêneros 
textuais com tipos de textos argumentativos: as monografias, teses, sermão, etc. Por fim, 
o tipo de texto injuntivo infere a orientação sobre uma ação e é geralmente caracterizado 
pelo uso de verbos no imperativo, tais como “faça”, “não faça”, “reserve”, “monte”, etc. São 
encontrados em gêneros textuais como receitas, pedidos, manuais de instrução, ordens, 
etc.
GABARITO
30
Questão 10
Resposta: A questão problematiza o conhecimento sobre as tipologias textuais, exigindo 
do aluno que apresente domínio da diferença entre tipologias e gêneros textuais. Assim, 
nesta questão o aluno deverá identificar os seguintes tipos de texto: 1) narrativo, pois há no 
anúncio o relato de quando, como e quem desapareceu; 2) descritivo, pois há a descrição 
da cachorra envolvendo sua raça, tamanho, cor, condição dos pelos, uso de lacinhos, etc.; 
3) argumentativo, pois justifica a necessidade de se localizar a cachorra, uma vez que ela 
é doente e “por causa disso” (perceba o argumento) precisa de medicação, pois a falta 
de cuidados pode levá-la à morte (argumento pelo qual o autor do texto busca convencer 
o leitor a ajudá-lo); e 4) injuntivo, pois dá uma instrução ao leitor que tiver notícias da 
cachorra, solicitando que “entre em contato”. O verbo no imperativo “entre” sugere uma 
súplica, pedido, desejo ou ordem, característica da tipologia textual injuntiva.
GABARITO

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