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Leitura_e_Producao_de_Texto_04

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Leitura e Produção de Texto
Autoria: Kate Mamhy Oliveira Kumada
Tema 04
Coerência Textual: um princípio de 
interpretabilidade 
seç
ões
Como citar este material:
KUMADA, Kate Mamhy Oliveira. Leitura e 
Produção de Texto: Coerência Textual: um 
princípio de interpretabilidade. Caderno de 
Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 
2014.
Tema 04
Coerência Textual: um princípio de 
interpretabilidade
SeçõesSeções
Tema 04
Coerência Textual: um princípio de 
interpretabilidade
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Ler e compreender: os sentidos 
do texto, das autoras Ingedore Villaça Koch e Vanda Maria Elias, editora Contexto, Livro-
Texto 225, 2013.
Roteiro de Estudo:
Kate Mamhy Oliveira 
Kumada 
Leitura e Produção 
de Texto
5
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
•	 A importância da coerência textual para produção e compreensão de textos.
•	 A coerência textual como princípio de interpretabilidade.
•	 Os diferentes tipos de coerência textual.
CONTEÚDOSEHABILIDADES
6
CONTEÚDOSEHABILIDADES
LEITURAOBRIGATÓRIA
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
•	 Qual a diferença entre coesão textual e coerência textual?
•	 Quais elementos considerar para produzir um texto coerente?
•	 Por que a coerência textual pode ser considerada um princípio de interpretabilidade?
•	 Quais os diferentes tipos de coerência textual?
Coerência textual: um princípio de interpretabilidade
 A coerência de um texto está relacionada à produção de sentido, logo, um texto 
incoerente é aquele que não possui sentido (SPINILLO; MARTINS, 1997). Essa é uma 
associação bastante útil para se compreender a coerência textual, uma vez que, conforme 
Koch e Elias (2013, p. 185), “conceituar a coerência não é tarefa fácil”.
De acordo com Savioli e Fiorin (2006, p. 261), um texto coerente pode ser entendido como 
“um conjunto harmônico, em que todas as partes se encaixam de maneira complementar 
de modo que não haja nada destoante, nada ilógico, nada contraditório, nada desconexo”. 
Para compreender melhor tal representação, observe o exemplo a seguir:
Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma das avenidas 
de São Paulo. Ele era tão fraquinho, que mal podia carregar a cesta em que estavam os 
pacotinhos de amendoim. Um dia, na esquina em que ficava, um motorista, que vinha 
em alta velocidade, perdeu a direção. O carro capotou e ficou de rodas para o ar. O 
menino não pensou duas vezes. Correu para o para o carro e tirou de lá o motorista, que 
era um homem corpulento. Carregou-o até a calçada, parou um carro e levou um homem 
para o hospital. Assim, salvou-lhe a vida.
Fonte: SAVIOLI; FIORIN, 2006, p. 261.
7
LEITURAOBRIGATÓRIA
O texto apresentado consiste em um bom exemplo de incoerência textual, afinal em sua 
leitura você pode verificar a contradição do texto ao se referir ao menino como “tão fraquinho, 
que mal podia carregar a cesta em que estavam os pacotinhos de amendoim” e, em seguida, 
afirmar que o menino “tirou de lá [do carro que capotou] o motorista, que era um homem 
corpulento”. Essas passagens são ilógicas, se contradizem e causam assim estranheza ao 
leitor atento, pois como seria possível um menino tão fraco carregar um homem corpulento?
Apesar disso, nem todos os textos que, à primeira vista, são considerados incoerentes 
(ou sem sentido) o são de fato. Como você já aprendeu, os sentidos de um texto são 
determinados a partir da interação autor-texto-leitor, o que pressupõe a participação ativa 
de cada um também na produção da coerência textual.
Em concordância com Koch e Elias (2013), a coerência está no processo de interação do 
leitor com o autor e o texto, baseados nos conhecimentos sociocognitivos interacionalmente 
constituídos. Em outras palavras, a identificação da coerência textual exige a ativação dos 
conhecimentos linguísticos, enciclopédicos, textuais e interacionais do leitor. Para ilustrar 
essa afirmação, leia o texto a seguir.
Oito Anos
Por que você é Flamengo
E meu pai Botafogo 
O que significa 
“Impávido Colosso”? 
Por que os ossos doem 
Enquanto a gente dorme 
Por que os dentes caem 
Por onde os filhos saem 
Por que os dedos murcham 
Quando estou no banho 
Por que as ruas enchem 
Quando está chovendo 
Quanto é mil trilhões 
Vezes infinito 
Quem é Jesus Cristo 
Onde estão meus primos 
Well, well, well Gabriel... 
Por que o fogo queima 
Por que a lua é branca 
Por que a Terra roda 
Por que deitar agora 
Por que as cobras matam 
Por que o vidro embaça 
Por que você se pinta 
Por que o tempo passa 
Por que que a gente espirra 
Por que as unhas crescem 
Por que o sangue corre 
Por que que a gente morre 
Do que é feita a nuvem 
Do que é feita a neve 
Como é que se escreve 
Reveillón 
Fonte: TOLLER, Paula; Dunga. Oito anos. In: TOLLER, Paula. Nosso. Independente, 
2008. 1 CD. Faixa 15.
8
LEITURAOBRIGATÓRIA
O texto pode ser considerado, a princípio, um conjunto de frases interrogativas sem ligação 
entre si. A partir dessa leitura superficial, você facilmente o julgaria como um texto incoerente. 
Contudo, ao refletir sobre o título do texto, Oito anos, e acrescentar as informações de que 
o texto se refere à canção de Paula Toller sobre as perguntas que seu filho Gabriel (quando 
tinha oito anos de idade) fazia, o texto passa a ter coerência.
Com base nessas informações implícitas no texto é que alguns autores (SPINILLO; 
MARTINS, 1997; KOCH; ELIAS, 2013) enfatizam a diferença conceitual entre coesão e 
coerência, salientando que a coesão não é, necessariamente, suficiente para garantir a 
coerência textual. 
Para Koch e Elias (2013), a coesão pode ser encontrada no próprio texto de forma explícita, 
enquanto a coerência pressupõe os conhecimentos ausentes no texto, mas que são 
construídos a partir de uma série de fatores de ordem semântica, cognitiva, pragmática e 
interacional. 
A coesão é responsável pela sequência organizada de enunciados, onde cada parte se 
conecta harmoniosamente a outra, garantindo uma leitura fluída. 
Segundo Savioli e Fiorin (2006), a articulação entre palavras e enunciados está especialmente 
representada por uma categoria de palavras, denominada conectivos ou elementos de 
coesão. São exemplos de elementos de coesão as preposições (a, de, com, para, por, 
entre outras), as conjunções (que, para que, quando, embora, mas, entretanto, e, ou, entre 
outras), os pronomes (ele, ela, seu, sua, este, esse, aquele, que, o qual, entre outras) e os 
advérbios (aqui, aí, lá, assim, entre outras).
A coesão pode contribuir para a coerência do texto, porém a coerência apresenta exigências 
que ultrapassam o nível da coesão. Como um exemplo disso, verifique o texto a seguir:
Seja na hora do banho ou nas aulas de natação, Pedrinho sempre corria para se escon-
der. Assim, não demorou muito e todos os seus colegas o apelidaram de Cascão, igual 
ao das histórias em quadrinhos.
9
No texto supracitado, a coesão pode ser facilmente verificada, através do uso adequado de 
conectivos, tais como “se”, “seus”, “o”, “assim” (destacados), que tornam o texto coeso. A 
partir do elemento coesivo “se”, o leitor pode remeter que quem se escondia era Pedrinho. 
Já o conectivo “assim” é utilizado como sentido de conclusão (poderia ser substituído por 
“logo”, “nesse sentido” ou “por isso”). Da mesma forma, o uso de “seus” remete aos colegas 
de Pedrinho, dispensando a repetição do nome do personagem no texto. A repetição também 
é evitada durante o uso do “o” em “o apelidaram”, que inibe uma frase do tipo “todos os 
colegas de Pedrinho apelidaram o Pedrinho de Cascão”.
Com isso, você pode notar que o uso de conectivos contribui para estabelecerelos em um 
texto (como no uso de “assim”) e também para evitar a repetição (como foi feito no uso de 
“seus”). São esses conectivos que garantem a coesão do texto.
Apesar disso, para que o texto obtenha sua coerência, é necessário que o leitor ative 
seus conhecimentos sociocognitivos, pois o texto em si não fornece todas as informações 
necessárias. Para produzir sentido ao texto o leitor deve considerar a pista dada no apelido 
“Cascão” e associar ao personagem de história em quadrinhos, conhecido por não gostar 
de água, personagem que possui uma verdadeira aversão ao banho, à chuva, enfim, a tudo 
que envolva água. Essa informação propicia o entendimento da razão pela qual Pedrinho 
corria e se escondia do banho e da aula de natação, ou seja, pelo medo da água, assim 
como o personagem Cascão. Exatamente por isso, o menino recebeu esse apelido de seus 
colegas. 
Diante disso, e em concordância com Koch e Elias (2013), é possível entender que a 
coerência textual trata-se de um fenômeno externo ao texto, constituída pelo leitor a partir 
de seus conhecimentos prévios e da materialidade linguística presente no texto.
Em virtude da participação ativa do leitor, muitos textos destituídos de elementos coesivos 
podem se tornar coerentes, tendo em vista seus contextos de produção e de uso. Para 
Koch e Elias (2013, p. 189), a coerência garante o princípio de interpretabilidade de um 
texto, pois “sempre que for possível aos interlocutores construir um sentido para o texto, 
este será, para eles, nessa situação de interação, um texto coerente”.
Por isso, lembre-se sempre: a coesão auxilia a coerência, mas a coerência não depende 
da coesão. Podem existir textos sem coesão (a depender dos objetivos do autor), mas não 
sem coerência.
LEITURAOBRIGATÓRIA
10
Em síntese, a coerência de um texto demanda o trabalho cooperativo entre autor-texto-leitor. 
Ao autor cabe a tarefa de desenvolver um texto coerente, que será por sua vez interpretado 
pelo leitor, cujo papel é atribuir-lhe sentido. Para isso, quanto mais informações o leitor tiver, 
mais ele terá condições de cumprir seu papel (KOCH; ELIAS, 2013). Por outro lado, o autor, 
no momento da produção textual, deverá considerar todos os elementos necessários para 
que seu texto seja passível de interpretação, ou seja, para garantir sua coerência.
De acordo com Koch e Elias (2013), para a produção de sentidos em um texto, é papel do 
leitor considerar o vocabulário, a situação de uso do texto, os recursos sintáticos utilizados, 
os blocos textuais, a associação a fatos históricos, políticos, sociais, culturais, o gênero 
textual, o propósito comunicacional e a situação comunicativa.
Diante do exposto e com base em Koch e Elias (2013), é válido conhecer os diferentes tipos 
de coerência existentes que, por sua vez, propiciam a coerência global do texto.
A coerência sintática está relacionada ao conhecimento linguístico dos usuários, desde as 
estruturas linguísticas até os recursos coesivos necessários em um texto. 
Assim, a incoerência sintática se vincula às estruturas sintaticamente ambíguas, como é o 
caso do título de uma reportagem da Folha de São Paulo (2005 apud KOCH; ELIAS, 2013, 
p. 195) “Mães estão mais jovens e mais velhas”. O título remete à incoerência sintática, 
pois, considerando que “jovens” e “velhas” são antônimos, é ambígua a afirmação de que 
as mães estão mais jovens “e” mais velhas.
No que tange a coerência semântica, o princípio regulador é o da não contradição, ou seja, 
o texto coerente não pode apresentar em sua estrutura (palavras ou expressões) conteúdos 
contraditórios. 
A coerência temática pressupõe a seleção de enunciados relevantes para o tema ou tópico 
discursivo. Um exemplo de incoerência semântica pode ser ilustrado no breve diálogo a 
seguir:
João: Que horas são?
Carlos: Acho que não vai chover hoje.
LEITURAOBRIGATÓRIA
11
Observe que a resposta de Carlos não corresponde à pergunta de João, ou seja, a resposta 
de Carlos é irrelevante ao interesse contido na pergunta de João.
Segundo Koch e Elias (2013, p. 196), a língua proporciona diversas formas de denotar desvios 
em nossas falas, tais como o uso de expressões como “antes que eu me esqueça”, “por 
falar nisso”, “desculpe interromper, mas...”, “abrindo um parêntese”, etc.; e para a retomada 
do assunto, podem ser utilizadas expressões como “voltando ao assunto”, “fechando o 
parêntese” ou “retomando o que eu vinha dizendo”, etc.
Enquanto isso, a coerência pragmática está relacionada aos atos de fala presentes em um 
texto. Citando o exemplo de Koch e Elias (2013), pense no caso de uma ordem dada por 
um locutor que não se encontre em posição hierárquica para tal, logo, o texto apresentaria 
uma incoerência pragmática.
A coerência estilística, por sua vez, está relacionada à adequação da variedade linguística 
utilizada. Uma situação formal pode exigir uma linguagem mais próxima da norma culta 
(especialmente em textos escritos), enquanto para situações informais a linguagem poderá 
se adequar ao grupo social ou local no qual se encontra. Ademais, a coerência estilística 
pode ser um excelente indicador durante a leitura de textos narrativos que apresentam 
personagens cuja linguagem utilizada colabora para sua identificação. Ou seja, de acordo 
com a forma com que se expressam é possível elaborar inferências sobre sua faixa etária, 
posição social, seu local de origem, etc. Observe os exemplos a seguir:
Sujeito 1: “Oxê, tu é doido!”
Sujeito 2: “Bah, guri que tri-legal!”
Uma breve análise das interjeições “Oxê” e “Bah” já aponta para as variedades linguísticas 
regionais características, respectivamente, da Bahia e do Rio Grande do Sul, sendo 
elementos que podem nortear o leitor durante a construção da coerência textual.
A coerência genérica, como o próprio nome indica, refere-se ao gênero textual utilizado e às 
exigências implícitas em sua adequação ao gênero. Para exemplificar a coerência genérica, 
veja o texto a seguir:
LEITURAOBRIGATÓRIA
12
VENDE-SE 
Apartamento na Praia Grande, com garagem para dois carros, elevador, 2 quartos, 
1 suíte. Oportunidade única. R$ 90.000,00. Contato (11) 1234.5678
O texto possui coerência genérica, pois conserva a função do gênero textual classificados. 
Segundo Koch e Elias (2013), o anúncio de classificados se configura pela função social de 
anunciar: 1. a venda ou o interesse de compra de bens materiais; 2. a oferta ou a procura de 
empregos e serviços e 3. o interesse em encontrar uma companhia para relacionamentos. 
Além da função social, seu formato é geralmente marcado por ser um texto breve (por causa 
do valor cobrado conforme o número de letras/palavras publicadas), com abreviações e 
com a descrição do “objeto” anunciado.
Apesar disso, as autoras reforçam que, muitas vezes, um gênero textual assume a forma de 
outro gênero (conforme Imagem 4.1). Em tais situações, o leitor deve sempre considerar o 
propósito comunicacional para determinar a construção da coerência textual.
LEITURAOBRIGATÓRIA
13
4.1 Imagem de um texto que ilustra a coerência genérica a partir do hibridismo de gêneros textuais. 
Fonte: Pessoal.
Essa imagem retrata a coerência genérica a partir do hibridismo dos gêneros textuais notícia e convite de 
casamento.
LEITURAOBRIGATÓRIA
14
LEITURAOBRIGATÓRIA
A princípio, o texto da Imagem 4.1 pode confundir o leitor, entretanto, mesmo que esteja 
apresentado na forma de notícia, trata-se de um convite de casamento, pois sua função 
textual (convidar para um casamento) reside neste último gênero.
Assim, o bom funcionamento de todos os tipos de coerência apresentados, a ativação 
dos conhecimentos prévios e compartilhados e a produção de inferências consistem em 
requisitos para a construção do sentido do texto. Como o princípio de interpretabilidade 
demanda um texto com sentido, porsua vez, coerente, você tem agora alguns indicadores 
que certamente o conduzirão a boas práticas de leitura e produção de texto.
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Leia o artigo Uma análise da produção de histórias coerentes por crianças, de Alina 
Galvão Spinillo e Raul Aragão Martins. Revista Psicol. Reflex. Crit., v. 10 n.2, Porto Alegre, 
1997. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
79721997000200004&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 14 out. 2013. O artigo aborda o 
conceito de coerência e sua distinção com relação à coesão. Também apresenta os tipos 
de coerência e os fatores micro e macrolinguísticos responsáveis pela coerência de um 
texto.
Acesse e explore os textos sobre coerência textual disponíveis no site Domínio Público. 
Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 14 out. 2013. O site 
disponibiliza vários artigos, teses e dissertações, uma breve pesquisa sob o filtro “Tipo de 
Mídia: Texto” e “Título: Coerência” lhe apresentará inúmeras opções.
15
Leia os capítulos 29, 30 e 31 do livro Para entender o texto: leitura e redação, de José Luiz 
Fiorin e Francisco Platão Savioli. São Paulo: Ática, 1998. Disponível em: <http://pt.scribd.
com/doc/101355002/Para-entender-o-texto-Leitura-e-Redacao-Platao-e-Fiorin>. Acesso 
em: 14 out. 2013. O livro apresenta a conceituação de coerência e coesão textual a partir de 
textos discutidos e exercícios comentados. O livro como um todo é de grande contribuição 
para o aprendizado sobre leitura e produção de textos.
Confira As dicas de língua portuguesa: coesão e coerência textuais, de Sandra Ceraldi 
Carrasco. JCConcursos. Disponível em: <http://jcconcursos.uol.com.br/Concursos/
Noticiario/artigo-sandra-carrasco-coesao-e-coerencia--51602>. Acesso em: 14 out. 2013. 
A matéria aborda algumas dicas para se compreender e trabalhar a coesão e a coerência 
textual, abordando a distinção entre tais conceitos, bem como seus efeitos na prática 
discursiva.
Vídeos
Coerência. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=dz6-QI5ActQ>. Acesso em: 
14 out. 2013. O vídeo apresenta uma aula sobre coerência textual e discursiva. Durante o 
vídeo são apresentados exemplos práticos acompanhados de uma reflexão para analisar 
se o texto é ou não coerente.
LINKSIMPORTANTES
16
AGORAÉASUAVEZ
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
Questão 1:
Considerando seus conhecimentos prévios, 
explique o que significa ser incoerente?
Questão 2:
Leia o texto a seguir:
Sobrevivência na Selva
Carlos Heitor Cony
Rio de Janeiro - Vou transcrever uma 
pequena coluna de um amigo que 
já morreu, o Leon Eliachar. É sobre 
violência e funciona como um manual 
de sobrevivência nas grandes cidades. 
Foi pensada em forma de mandamento 
e escrita no Rio. Serve perfeitamente 
para São Paulo, aliás, com oportunidade 
maior.
O Leon morreu há uns dez anos, e a 
coluna deve ter outros tantos. Logo, a 
realidade da violência é bem antiga. 
Sem tirar nem pôr uma letra, parece ter 
sido escrita hoje para uma situação de 
amanhã. Tem como título “Como evitar 
um assalto”.
Vamos a ela:
“1) Não sair de casa; 2) não ficar em 
casa; 3) se sair sozinho, não sair 
sozinho, nem acompanhado; 4) se sair 
17
sozinho ou acompanhado, não sair a 
pé nem de carro; 5) se sair a pé, não 
andar devagar, nem depressa, nem 
parar; 6) se sair de carro, não parar nas 
esquinas, nem no meio da rua, nem 
nas calçadas, nem nos sinais. Melhor 
deixar o carro na garagem e pegar uma 
condução; 7) se pegar uma condução, 
não pegar ônibus, nem táxi, nem trem, 
nem carona; 8) se decidir ficar em casa, 
não ficar sozinho nem acompanhado; 9) 
se ficar sozinho ou acompanhado, não 
deixar a porta aberta nem fechada; 10) 
como não adianta mudar de cidade ou 
de país, o único jeito é ficar no ar. Mas 
não num avião.”
Curiosamente o próprio Leon não seguiu 
os conselhos que deu. Foi assassinado 
no banheiro de seu apartamento, num 
prédio do morro da Viúva. O caso dele 
teria sido passional, ele se apaixonara 
por uma mulher casada. Chamava-a de 
“meu amor terminal” - o que foi acima de 
tudo uma verdade.
Nascera no Cairo, era por conseguinte 
um cairota - segundo ensinam os 
dicionários. Não me lembre mais como 
terminaram as investigações sobre o 
crime que o matou. Parece que o marido 
da moça foi mandante - não tenho 
certeza.
De qualquer forma, o Leon poderia ter 
acrescentado um mandamento aos dez 
que bolou: 11) não amar a mulher do 
próximo nem a própria.
Fonte: CONY, Carlos Heitor. 
Sobrevivência na Selva. Folha de São 
Paulo, 23 mar. 1999 apud KOCH; ELIAS, 
2013, p.189-190.
Justifique por que a análise pautada 
exclusivamente na coesão é insuficiente 
para garantir a coerência do texto.
Questão 3:
Analise o texto a seguir:
Uma pequena história sobre aborto
“Bem, para esta ocasião eu gostaria 
de contar uma pequena história. E a 
história é essa: uma jovem esposa 
grávida estava hospitalizada devido a 
uma simples crise de apendicite. Os 
médicos tiveram que aplicar gelo no 
estômago dela e quando terminaram o 
tratamento os médicos sugeriram que 
ela abortasse a criança. Eles disseram 
que era a melhor solução, porque o bebê 
poderia nascer com alguma deficiência. 
Mas, a jovem e corajosa esposa decidiu 
não abortar e o seu filho nasceu. Aquela 
mulher era minha mãe e aquela criança 
era eu.”
Andrea Bocceli
Fonte: Vídeo andrea_bocelli.wmv. 
Disponível em: <https://http://www.
youtube.com/watch?v=5vIuzXNG3Gc>. 
Acesso em: 24 out. 2013.
AGORAÉASUAVEZ
18
Andrea Bocceli é um tenor italiano com 
mais de sete milhões de álbuns vendidos 
em todo o mundo. O tenor possui 
glaucoma congênito (doença que acomete 
a visão) e, aos 12 anos de idade, perdeu 
completamente a visão. Assim, com base 
nessas informações, na leitura do texto 
acima e nos seus aprendizados sobre 
coerência textual, assinale a alternativa 
correta:
a) O texto apresenta uma incoerência 
semântica, a partir da contradição dos 
fatos narrados e da vida do tenor Andrea 
Bocceli.
b) Os problemas de coesão textual na fala 
do tenor italiano prejudicam a interação 
autor-texto-leitor.
c) A informação de que o bebê não 
abortado se tornou um tenor mundialmente 
conhecido favorece a coerência do texto.
d) A coesão textual na fala de Andrea 
Bocceli consiste no princípio de 
interpretabilidade do texto.
e) Há uma incoerência temática entre o 
tema do texto “aborto” e a história narrada 
pelo tenor.
Questão 4:
O texto a seguir foi extraído de uma 
entrevista realizada durante um projeto de 
sociolinguística e envolve a entrevistadora 
(E), uma senhora (S) de origem rural, de 71 
anos, e a participação da filha da senhora 
(FS).
(E) A senhora esteve presente nas duas 
últimas reuniões da novena?
(S) Se eu tive?
(E) É.
(S) Não.
(E) A senhora não foi?
(FS) E a senhora não foi naquela última 
novena, não?
(S) Tive na novena, mas não tive 
presente.
Fonte: BORTONI-RICARDO, S.M., 1985 
apud BORTONI-RICARDO, S.M. Nós 
cheguemo na escola e agora?: leituras 
de sociolingüística para professores. 
São Paulo: Mercado das Letras, 2005.
Considerando o texto acima, é possível 
afirmar que o problema de comunicação 
entre a entrevistadora (E) e a senhora (S) 
ocorreu porque:
a) Houve incoerência pragmática, pois o 
texto não respeita a posição hierárquica 
dos interlocutores.
AGORAÉASUAVEZ
19
b) Houve incoerênciasintática, pois foi 
feito o uso inadequado do elemento 
coesivo “mas” durante a última fala da 
senhora.
c) Houve incoerência genérica, pois a 
intergenericidade confundiu a senhora 
entrevistada.
d) Houve um problema de coesão 
textual na pergunta elaborada pela 
entrevistadora.
e) Houve incoerência estilística entre 
a variedade de língua utilizada pela 
entrevistadora e a utilizada pela senhora.
Questão 5:
Frequentemente, as noções de coerência 
e coesão se confundem. Para distinguir 
tais conceitos, Koch e Elias (2013) definem 
que coesão está _________________ 
texto, enquanto a coerência se cons-
trói _____________ texto, com base nos 
_____________________ e na materiali-
dade linguística do texto.
A alternativa que melhor completa as lacu-
nas é:
a) no próprio; fora do; conhecimentos do 
leitor.
b) fora do; no próprio; conhecimentos do 
leitor.
c) implícita no; de forma explícita; 
conhecimentos sociocognitivo.
d) nos conectivos do; na estrutura do; 
aspectos gramaticais.
e) na produção do; na leitura do; tipos de 
coerência textual.
Questão 6:
Leia o texto a seguir:
CHOPIS CENTIS 
Dinho e Júlio Rasec, encarte CD 
Mamonas Assassinas, 1995.
Eu “di” um beijo nela
E chamei pra passear.
A gente fomos no shopping
Pra “mode” a gente lanchar.
Comi uns bicho estranho, com um tal de 
gergelim.
Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro
aipim.
Quanta gente,
Quanta alegria,
A minha felicidade é um crediário nas
Casas Bahia.
AGORAÉASUAVEZ
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Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho.
Pra levar a namorada e dar uns
“rolezinho”,
Quando eu estou no trabalho,
Não vejo a hora de descer dos andaime.
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger
E também o Van Damme. 
Fonte: Brasil Escola. Disponível 
em: <http://www.brasilescola.com/
gramatica/variacoes-linguisticas.htm>. 
Acesso em: 14 out. 2013.
Com base na análise do texto e em seus 
conhecimentos sociocognitivos, justifique 
como, apesar dos erros ortográficos 
apresentados, ocorre a construção da 
coerência do referido texto.
Questão 7:
Refletindo sobre o papel do leitor na cons-
trução da coerência textual, assinale a al-
ternativa que contém a afirmação correta.
a) O leitor não constrói a coerência textual, 
pois este é o papel do autor do texto.
b) A construção da coerência textual 
cabe exclusivamente ao leitor, pois não 
há textos incoerentes.
c) Quanto mais informações o leitor tiver, 
mais ele terá condições de construir 
sentidos para o texto.
d) O leitor depende da coesão textual 
para construir a coerência de um texto.
e) A coerência está no texto, cabendo ao 
leitor competente identificá-la.
Questão 8:
Analise o texto abaixo e responda qual o 
tipo de incoerência textual está presente. 
Justifique sua resposta apresentando o tre-
cho em que a incoerência aparece.
Aninha estava muito animada, pois 
acabara de concluir um lindo desenho, 
foi quando se apressou até a sala para 
mostrá-lo ao seu pai. Ao encontrá-lo no 
sofá lendo um jornal, esticou os braços 
segurando o desenho nas mãos e 
perguntou:
- Papai, o que acha do meu desenho?
- Você já terminou sua tarefa da escola? 
Perguntou o pai.
E Aninha responde:
- Ainda não, mas...
- Então vá fazê-lo! Replicou o pai sem 
nem olhar para o desenho. 
A menina ficou desolada com a reação 
do pai, cabisbaixa retornou ao quarto 
esquecendo-se da tarefa e também do 
desenho.
AGORAÉASUAVEZ
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Questão 9:
O enunciado a seguir foi escrito pela Prof. 
Diana Luz Pessoa de Barros em um livro 
sobre redação no vestibular (FIORIN; 
SAVIOLI, 2006, p. 262). Analise-o e, 
em seguida, transcreva os trechos que 
configuram uma incoerência semântica. 
Justifique sua resposta.
Lá dentro havia uma fumaça formada 
pela maconha e essa fumaça não 
deixava que nós víssemos qualquer 
pessoa, pois ela era muito intensa.
Meu colega foi à cozinha me deixando 
sozinho, fiquei encostado na parede da 
sala fiquei observando as pessoas que 
lá estavam. Na festa havia pessoas de 
todos os tipos: ruiva, brancas, pretas, 
amarelas, altas, baixas, etc.
Fonte: FIORIN; SAVIOLI, 2006, p. 262.
Questão 10:
Leia o fragmento da crônica de Paulo Men-
des de Campos, sobre as características e 
atitudes de um personagem (Jacinto).
Nunca ouvimos de Jacinto uma 
palavra áspera, uma lamúria, nunca 
respondeu com irritação às crianças 
que o insultavam, impiedosas, quando 
passava embriagado. Bêbedo, sorria 
beatífico e acima de todas as misérias, e 
falava de coisas alegres, às vezes numa 
língua particular, ininteligível.
Fonte: Quadrante. 4. ed. Rio de Janeiro, 
ed. do Autor, 1962, p. 204 apud FIORIN; 
SAVIOLI, 2006, p. 269.
Com base nos elementos apresentados, 
especialmente nas características 
de Jacinto, dê continuidade ao texto 
elaborando, de forma coerente, um 
enunciado que envolva Jacinto em uma 
ação.
 
AGORAÉASUAVEZ
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FINALIZANDO
Neste tema você aprendeu que a coerência textual está intrinsecamente relacionada à 
produção de sentido construída a partir da interação entre autor-texto-leitor. Aprendeu ainda 
que a coerência ultrapassa os elementos textuais e coesivos, pois exige a ativação dos 
conhecimentos sociocognitivos do leitor, conhecimentos que estão externos ao texto em si. 
Para reconhecer a coerência textual como um fenômeno global, você aprendeu alguns tipos 
de coerência que podem ser aproveitados tanto na leitura quanto na produção de textos. 
Desse modo, seja como autor ou como leitor, é essencial que se busque a coerência do 
texto como um princípio de interpretabilidade, condição fulcral para a função comunicativa 
do texto e/ou do discurso.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
REFERÊNCIAS
FIORIN, J.L.; SAVIOLI, F.P. Para entender o texto: leitura e redação. 16. ed. São Paulo: 
Ática, 2006.
KOCH, I.V.; ELIAS, V.M. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 
2013.
SPINILLO, A.G.; MARTINS, R.A. Uma análise da produção de histórias coerentes por crian-
ças. Psicol. Reflex. Crit., Porto Alegre , v. 10, n. 2, 1997. Disponível em: <http://www.scie-
lo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79721997000200004&lng=en&nrm=iso>. 
Acesso em: 14 out. 2013. 
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GLOSSÁRIO
Conectivos: os conectivos ou elementos de coesão são palavras ou expressões cuja 
função é estabelecer elos entre orações (parágrafos ou períodos) para criar relações entre 
segmentos do discurso. 
Interpretabilidade: nesse contexto, refere-se à forma passível de interpretação de um 
texto.
Materialidade linguística: trata-se da materialização da língua em um texto ou discurso.
Pragmática: é a área de estudos que investiga a linguagem no contexto de uso comunicativo. 
Semântica: envolve o estudo linguístico sobre os significados usados por seres humanos 
através da linguagem, ou seja, a relação entre significado e significante. 
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GABARITO
Questão 1
Resposta: A questão explora os conhecimentos prévios do aluno sobre o conceito de 
incoerência. O termo pode ser explorado tanto pelo viés textual quanto pessoal. Algumas 
pessoas são contraditórias em suas falas e, por conseguinte, adquirem a fama de serem 
incoerentes. Textos incoerentes também estão associados a falta de sentido, de lógica.
Questão 2
Resposta: A questão ativa no aluno seu domínio sobre a noção de coesão e coerência 
textual, em que se deve identificar que uma análise pautada exclusivamente na coesão 
denunciaria o texto como incoerente, pois os enunciados são contraditórios. A incoerência 
semântica estaria na redação contraditória para “como evitar um assalto”, seguida de 
orientações ambíguas do tipo “não sair de casa” e “sair de casa”. Entretanto, o aluno deveconsiderar que a coerência está alheia ao texto, e exige conhecimentos externos. Logo, 
a contradição se justifica pelo contexto, promovendo assim o sentido do texto, já que a 
leitura demonstra que não é possível evitar um assalto, pois, retomando o exemplo das 
orientações 1 e 2, saindo ou não de casa você estará exposto, haja vista que, atualmente, 
presenciamos inúmeros assaltos dentro e fora de casa.
Questão 3
Resposta: Alternativa C
Questão 4
Resposta: Alternativa E
Questão 5
Resposta: Alternativa A
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Questão 6
Resposta: A questão incentiva o aluno a buscar a coerência do texto estabelecendo um 
vínculo entre os conteúdos aprendidos e a prática da leitura com sentido. Para isso, o aluno 
deve considerar, primeiramente, o contexto do texto, ou seja, ativando seus conhecimentos 
prévios para considerar que se trata de uma música produzida pela banda Mamonas 
Assassinas, cujo propósito era causar efeito de humor. Em seguida, o aluno deve se atentar 
para as pistas do texto “Quando eu estou no trabalho, não vejo a hora de descer dos 
andaime”, o que possibilita ao aluno inferir que o texto é narrado por um sujeito que trabalha 
em obras (operário, pedreiro). Levantando esse contexto, a coerência estilística justifica os 
“erros ortográficos”, cometidos intencionalmente pelo autor da letra da música, sob intuito 
de representar a variedade linguística de um determinado grupo social. Dito isso, os erros 
ortográficos são justificados e o texto se torna coerente.
Questão 7
Resposta: Alternativa C
Questão 8
Resposta: A questão explora o conceito de (in)coerência temática, esperando que o aluno 
a reconheça no texto. A incoerência temática ocorre quando a resposta do pai não atende 
a pergunta da filha, ou seja, quando a resposta não é relevante para o tópico em questão. 
O trecho onde tal incoerência é encontrada está no momento em que Aninha pergunta: 
“Papai, o que acha do meu desenho?” e o pai, ao invés de comentar sobre o desenho, 
responde: “Você já terminou sua tarefa da escola?”.
Questão 9
Resposta: Novamente o aluno é instigado a analisar criticamente um texto em busca da 
(in)coerência textual. Para o êxito de sua resposta o aluno deve identificar que a coerência 
semântica está centrada, especialmente, no principio da não contradição. Diante disso, a 
incoerência está na contradição do texto, ao apresentar informações como “essa fumaça 
não deixava que nós víssemos qualquer pessoa, pois ela [a fumaça] era muito intensa” e 
pouco depois afirmar “fiquei observando as pessoas que lá estavam”. Ora, se a fumaça era 
tão intensa que não permitira ver “qualquer pessoa”, como poderia o narrador afirmar que 
conseguia observar as pessoas? Reside nesses excertos então a contradição do texto, ou 
seja, a incoerência semântica.
GABARITO
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GABARITO
Questão 10
Resposta: A questão provoca o aluno a produzir um texto com coerência, ainda que seja na 
continuidade de outro fragmento de texto. Nessa atividade, o aluno deve considerar o perfil 
de Jacinto e realizar escolhas sintáticas e semânticas que não desviem da coerência textual 
ou que contradigam o perfil de Jacinto (alguém pacífico, que bebia com frequência, que 
falava coisas alegres e, às vezes, ininteligíveis). Do mesmo modo, o aluno deve considerar 
a coerência temática ao fornecer informações relevantes ao texto, sem desviar do assunto, 
que é o próprio Jacinto (por exemplo, seria incoerente o aluno mudar de forma abrupta o 
foco do texto centrado no Jacinto para falar de outro personagem, ou de outro assunto). O 
aluno deve ainda ponderar as exigências para produzir um texto com coerência pragmática, 
estilística e genérica, atentando-se aos atos de fala, à variedade linguística que já está 
sendo utilizada no texto e ao gênero textual “crônica”. Assim, a elaboração de um texto com 
coerência, apresentado pelo aluno, deve ser positivamente avaliada.

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