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Notas de Aula 2015-1

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AULA 1
IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO E SEUS MODOS DE CONVERSÃO
Valor do Conhecimento
Segundo Ranking anual laborado pela NSI National Science Indicators, os países que mais produziram conhecimento em2008 foram :
Estados Unidos, China, Alemanha, Japão, Itália, Canadá, França, Inglaterra, Coreia do Sul, Austrália, India, Espanha. O Brasil está 13º lugar (fomento e pesquisa para formação de recursos humanos por meios de bolsas de estudo e auxílios à pesquisa)
Preocupação atual das empresas: criação, aquisição, transferência, difusão, apropriação e, consequentemente, gestão do conhecimento.
Fluxo do conhecimento = Criação – Difusão - Utilização
“O conhecimento tácito é aquele disponível com pessoas e que não se encontra formalizado em meios concretos”.
“O conhecimento explícito é aquele que pode ser armazenado, por exemplo, em documentos, manuais, bancos de dados ou em outras mídias”.
Diferenças :
Tácito ou implícito 
Presente no cérebro humano;
Não codificado ainda em documentos escritos;
Não transmitido de forma sistemática;
É informal e não sistemático;
Ex. talento, habilidade
Explícito ou codificável
Sofre processo de migração do cérebro humano;
Codificado em documentos e mídias;
Armazenados e podem ser transmitidos por diferentes mídias;
Formal e sistemático;
Ex. procedimentos codificados e fórmulas científicas
Grande desafio das empresas é transformar o conhecimento tácito de seus colaboradores em explícito.
Criação de um novo conhecimento relacionado a um processo de interação dinâmica e cooperativa entre seus colaboradores. Aprendizado, construindo um novo processo, deixando de ser individual para organizacional , regional , nacional ou global.
Socialização
Processo de compartilhamento de experiências, permitindo a interação entre conhecimentos tácitos. Dessa forma, o conhecimento pode ser adquirido de outra pessoa através da observação, imitação ou prática, mesmo sem usar alguma linguagem. Os aprendizes trabalham com seus mestres e aprendem sua arte não através da linguagem, mas sim através da observação, imitação e prática.
Exemplo: Aprendizado de um estagiário na interação com seu orientador numa empresa.
Externalização
Transformação ou articulação do conhecimento tácito em explícito, com migração do cérebro humano para documentos e mídias diversas, por meio de metáforas, analogias, conceitos, hipóteses ou modelos. A metáfora é uma forma de perceber ou entender intuitivamente uma coisa imaginando outra coisa simbolicamente. A externalização é considerada a chave para a criação do conhecimento, pois cria conceitos novos e explícitos a partir do conhecimento tácito. Esse modo é visto no processo de criação de um conceito e, normalmente, é provocado pelo diálogo ou pela reflexão coletiva. 
Exemplo: Quando ouvimos ou lemos uma metáfora percebemos ou entendemos intuitivamente algo, imaginando outra coisa simbolicamente.
Internalização 
Processo inverso ao da externalização, de migração do conhecimento explícito para o cérebro humano, através de diversas metodologias e atividades de aprendizagem. É a incorporação do conhecimento explícito ao conhecimento tácito e está intimamente relacionada ao “aprender fazendo”.
Exemplo: A leitura de manuais e documentação auxilia o indivíduo a internalizar conhecimento explícito, transformando-o em tácito.
Combinação
Processo de interação entre conhecimentos explícitos para geração de novos conhecimentos. É a sistematização de conceitos por meio da combinação de conjuntos diferentes de conhecimentos explícitos. Os indivíduos trocam e combinam conhecimentos através de meios como documentos, reuniões, conversas ao telefone ou redes de comunicação computadorizadas. A reconfiguração das informações existentes através da classificação, do acréscimo, da combinação e da categorização do conhecimento explícito (como realizado em bancos de dados de computadores) pode levar a novos conhecimentos.
Exemplo: A criação de conhecimento através da educação (escola, universidade) ou do treinamento formal.
AULA 2
CRIAÇÃO E TRANSFERÊNCIA DO CONHECIMENTO
No contexto organizacional, o relevante é que o conhecimento seja difundido, ultrapassando o nível individual para o grupal, do grupal para o organizacional e, de acordo com o caso, do organizacional para o interorganizacional.
A Espiral do Conhecimento
Dimensão ontológica, epistemológica e temporal
Dimensões do Conhecimento
Dimensão ontológica:
Está fundamentada no ser e na construção do conhecimento pelo indivíduo, independente do modo pelo qual se manifesta.
Dimensão epistemológica:
Está fundamentada no conhecimento, na distinção entre o conhecimento tácito e o explícito. Essa teoria estudou a interação entre o conhecimento tácito e o explícito, identificando quatro modos de conversão.
Dimensão temporal:
Quando as interações na dimensão ontológica e epistemológica se sobrepõem ao longo do tempo (terceira dimensão desta teoria), é formada a espiral do conhecimento, que representa a dinâmica do processo de criação do conhecimento.
As 5 condições que promovem a criação da espiral do conhecimento:
- Intenção
- Autonomia
- Flutuação/Caos Criativo
- Redundância
- Variedade de Requisitos
Fases do processo de criação do conhecimento
No tácito:
 
Socialização ( Compartilhamento do conhecimenato) 
Externalização (criação de conceitos)
Internalização (Justificação dos conceitos) Meio
No Explicito:
Combinação (construção do arquétipo)
Difusão interativa do conhecimento.
Quando o conhecimento se torna tangível ou assume a forma de arquétipo (modelo ou protótipo), inicia-se um novo ciclo de criação do conhecimento que se expande horizontal e verticalmente na organização, num ciclo virtuoso de difusão do conhecimento, que pode estabelecer-se somente na organização ou ser difundido para outras empresas por meio da interação dinâmica, como empresas associadas ou afiliadas, clientes, fornecedores, concorrentes e outras organizações externas. 
Então, pode ser iniciado um processo de transferência de conhecimento e busca da inovação.
A Transferência do Conhecimento
Segundo Bonaccorsi e Piccaluga (1994), o processo de transferência do conhecimento possui quatro dimensões:
Tempo despendido no processo;
Apropriação do conhecimento;
Implicabilidade do conheacimento
Universalidade do conhecimento
Na atual sociedade do conhecimento, é fundamental a troca e produção deste conhecimento para que as organizações permaneçam competitivas em seus segmentos. Para facilitar esta produção de conhecimento, torna-se fundamental as parcerias e cooperações entre estas organizações e as Universidades que, com seus centros de pesquisas, geram conhecimento científico e tecnológico assimilável pelo setor empresarial.
Benefícios para a universidade e para a empresa na geração do ciclo de inovação:
Universidade:
• Estímulo e melhoria de ensino, pesquisa e extensão.
• Novos problemas e desafios.
• Atualização dos currículos.
• Novas experiências para os alunos.
• Oportunidades de financiamento: bolsas, insumos, equipamentos, infra-estrutura etc.
• Disseminação e avanço do conhecimento.
Empresa:
• Acesso à tecnologia de ponta.
• Estímulo à inovação.
• Identificação e desenvolvimento de talentos.
• Redução de risco e custo em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).
• Maior competitividade e sustentação financeira.
AULA 3
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NAS ORGANIZAÇÕES E O CONHECIMENTO
Google – Um caso de sucesso em inovação tecnológica
No início dos anos 2000 os americanos Larry Page e Sergey Brin resolveram fazer um download da internet, de forma a baixar todas as informações disponíveis na web sobre um determinado assunto. Perceberam que não havia uma boa ferramenta que possibilitasse fazer uma busca completa, trazendo todas as informações possíveis sobre aquele assunto, de forma rápida.
Surgia, então, uma grande ideia inovadora, que foi transformada em oportunidadecom a contratação do iraniano Omid Kordestani para transformá-la num negócio rentável.
Larry e Sergey formaram um pequeno grupo que passou a trabalhar numa sala próxima à Universidade de Stanford, nos EUA. Partindo de um investimento muito baixo, Kordestani criou os “links patrocinados” e assim mobilizou os recursos iniciais para tornar o Google uma empresa valiosa e líder no mercado em apenas nove anos de existência. O valor estimado da Google, atualmente, ultrapassa o de empresas como Coca-cola e Boeing.
Criando uma máquina de busca poderosa, que trazia resultados inigualáveis aos de outros existentes no mercado, o site da Google estabeleceu-se como líder no mercado de buscas na internet. 
Esse mercado não existia dessa forma, com links patrocinados e totalmente grátis aos usuários. A Google apresentou, através da inovação, um grande diferencial e tornou-se um paradigma de busca na Web. 
Empresas gigantes na época, como Microsoft e Yahoo, tentaram de todas as formas conquistar esse mercado e superar a Google, sem sucesso.
Inovação Tecnológica
Desenvolvimento, produção ou aprimoramento de um produto, bem, processo, empresa ou mercado em que a tecnologia desenvolvida atenda as necessidades ou anseios humanos, incorporando-se às atividades humanas.
Podemos classificar a inovação levando em conta o impacto que esta inovação provoca:
• Incremental: Quando se incorpora alguma característica nova. (Celulares)
• Radical: Quando se muda drasticamente o produto/serviço, provocando sua substituição. (Videocassete)
O Google pode ser considerado como uma inovação tecnológica em várias dimensões:
- Gerou um produto		 Motor de busca
- Gerou um bem		 Uma nova empresa
- Gerou um novo processo	 Pesquisas aleatórias baseadas em um ranking de acessos
- Gerou um novo mercado	 Metabusca na internet
Fontes de inovação e dinâmica da Inovação Tecnológica
O Google trata-se de uma inovação de valor, que agrega alguns outros conceitos:
- Atendimento de necessidades não satisfeitas de forma inovadora;
- Criação de uma grande demanda, suficiente para a abertura de um novo mercado; 
- Viabilidade financeira da inovação.
E para manter-se no mercado a Google não parou por aí! Seu processo de inovação é contínuo, incorporando ou desenvolvendo constantemente novos recursos, como: busca avançada, busca por imagens, notícias atualizadas, busca de livros raros, visualização de mapas por satélite, site de relacionamento (rede social), entre outros.
Personas importantes no processo de inovação tecnológica
Para que uma inovação aconteça é preciso que existam pessoas que façam com que ela aconteça. Estas pessoas, consideradas inovadoras, destacam-se por serem criativas e cheias de energia, prontas para criar, experimentar, inspirar e construir a partir de novas ideias.
Quando agrupamos pessoas inovadoras de acordo com suas características específicas podemos utilizar o termo “personas”.
Tom Kelley apresenta em seu livro 10 Personas importantes no processo de inovação tecnológica, divididas em 3 classes:
- Personas que aprendem:
Movidas por ideias de que, por maior que seja o sucesso da empresa hoje, ninguém pode dar-se ao luxo de ser complacente.
1- Antropólogo: traz novas idéias e perspectivas para a organização, observando o comportamento humano e compreensão das interações físicas e emocionais entre as pessoas e serviços. 
2- Experimentador: testa novas ideias continuamente, aprendendo mediante um processo esclarecido de tentativa e erro. O experimentador assume riscos calculados para alcançar o sucesso, mantendo-se em estado constante de “experimentação e implementação”.
3- Polinizador: explora outros setores e culturas, para em seguida adaptar as descobertas e as revelações daí decorrentes às necessidades únicas do próprio empreendimento.
- Personas que organizam:
Sabem como impulsionar ideias, compreendem que as ideias competem por tempo, atenção e recursos. 
4- Saltador de Obstáculos: sabe que o caminho para a inovação está repleto de dificuldades e desenvolve um jeito todo especial para transpor essas barreiras ou para atuar com mais inteligência que os adversários.
5- Colaborador: ajuda a reunir grupos ecléticos e, em geral, atua como líder no meio do pacote, para criar novas combinações e soluções multidisciplinares.
6- Diretor: não só é capaz de compor grupos e equipes talentosas, mas também ajuda a produzir centelhas criativas.
- Personas de construção:
Aplicam os insights gerados pelos papéis de aprendizado e canalizam a capacitação produzida pelos papéis de organização para realizar a inovação. 
7- Arquiteto de Experiências: Projeta experiências que vão além da mera funcionalidade e se conecta em um nível profundo com as necessidades expressas ou latentes dos clientes.
8- Cenógrafo: Cria um palco no qual os membros da equipe possam trabalhar, transformando o ambiente físico em uma ferramenta poderosa para influenciar o comportamento e atitudes.
9- Cuidador: Constrói uma metáfora de um profissional de saúde para cuidar do usuário que vai além de um simples serviço. Um bom cuidador se antecipa às necessidades dos clientes e está disposto a cuidar deles.
10- Contador de Histórias: Constrói tanto a moral interna e externa através de histórias convincentes que transmitem um valor humano fundamental ou reforçam traços culturais específicos.
Desenvolvimento de uma inovação tecnológica
O desenvolvimento de uma inovação tecnológica não implica diretamente na obtenção de produtos ou processos radicalmente novos. Geralmente se dá através de um processo incremental, interativo ou de aprimoramento sobre outros bens, produtos ou processos já existentes. Em um mercado competitivo a tecnologia e as inovações se traduzem na contínua invenção e reinvenção de bens, produtos e serviços.
Conhecimento e inovação tecnológica
Podemos afirmar que a economia da atual sociedade do conhecimento demanda um trabalhador capaz de pensar, raciocinar, decidir e, principalmente, compartilhar conhecimento. Conhecimento este que é uma condição imprescindível para que a inovação tecnológica ocorra. Para que o processo de inovação aconteça é essencial a participação de diversos agentes, de modo interativo, que contribuem com seus conhecimentos na busca por soluções para problemas tecnológicos.
Através da espiral do conhecimento, uma organização pode fomentar a inovação em seu ambiente organizacional e expandir esse conhecimento com geração de inovações tecnológicas e mais conhecimento. Ressalta-se o valor das instituições de pesquisa e universidades, que fornecem a base do desenvolvimento científico e tecnológico para a geração de conhecimentos e capacitação de pessoas, bem como os projetos de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) realizados por diversas empresas, algumas vezes em parceria com universidades.
A difusão do conhecimento e da tecnologia é parte central da inovação. Sem a difusão uma inovação não teria impacto no sistema econômico e, isoladamente, não provocaria mudanças no ambiente e não geraria novos conhecimentos.
Interação Universidade x Empresa:
Do lado das universidades:
1- Possibilidade de captar recursos públicos e privados para a pesquisa universitária e para a capacitação dos laboratórios, além da expectativa de que os produtos e processos desenvolvidos sejam utilizados pelo setor privado, em função do maior potencial de aplicação de seus resultados na produção;
2- Interesse da comunidade acadêmica em legitimar seu trabalho junto à sociedade que é, em grande medida, a responsável pela manutenção das instituições universitárias;
3- Interesse de desenvolver pesquisas em novas áreas, que resultem em produtos e processos de alto valor tecnológico.
Do lado das empresas:
1- Base de conhecimento e infra-estrutura de laboratórios disponível nas universidades e institutos de pesquisa;
2- Custo crescente da pesquisa relacionada ao desenvolvimento de produtos e serviços necessários para assegurar posições vantajosas num mercado cada vezmais competitivo;
3- Necessidade de compartilhar o risco e o custo das pesquisas pré-competitivas com outras instituições que dispõem de suporte financeiro governamental;
4- Necessidade de acelerar o processo de pesquisa, em decorrência do elevado ritmo de introdução de inovações no setor produtivo e da redução do intervalo de tempo que decorre entre a obtenção dos resultados de pesquisa e sua aplicação.
AULA 4
O PROCESSO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
A inovação começa como uma invenção, e uma invenção tem início na criatividade que se originou de uma ideia, da imaginação.
Quando a inovação é fortemente expandida para uso comercial acontece o processo de difusão. Exemplo: telefone celular, que é uma inovação do telefone fixo (= invenção).
Modelos de Inovação Tecnológica
- Linear: o desenvolvimento, a produção e a comercialização de novas tecnologias são vistos como uma sequência bem definida no tempo, que se origina nas atividades de pesquisa, envolvidas na fase de desenvolvimento do produto e leva à produção e, eventualmente, à comercialização.
Fluxo IT:
Pesquisa básica > pesquisa aplicada > desenvolvimento experimental > produção > comercializaçaõ
- Interativa: a inovação se desenvolve a partir de um processo social, com a participação de diferentes atores, com várias retroações. Combina interações no interior das empresas e interações entre as empresas individuais e o sistema de Ciência e Tecnologia mais abrangente em que elas operam.
- Caminho central da inovação: Iniciando no mercado e tendo como centro a empresa.
- Caminho das retroalimentações: A partir de mudanças incrementais num produto ou processo a
 partir de seu uso, seguindo um ciclo de fases que retroagem, gerando sempre um produto
 modificado.
- Caminho direto de e para a pesquisa: A partir de uma necessidade detectada na empresa ou uma
 pesquisa aproveitada pela empresa.
- Caminho da tecnologia gerando ciência: A partir das necessidades da indústria por instrumentos,
 ferramentas ou tecnologias.
Estratégias de inovação tecnológica das empresas e as formas de acesso à tecnologia
Quanto mais uma organização tem domínio e experiência no processo de inovação tecnológica maior é sua capacidade tecnológica. Essa capacidade tecnológica é construída através de um processo que envolve obtenção de capacidades tecnológicas materiais e imateriais.
- Materiais: Licenças de patentes, manuais de procedimentos, tecnologia e ferramentas de apoio ao desenvolvimento de novos produtos.
- Imateriais: Conhecimento dos funcionários sobre áreas tecnológicas, processos, procedimentos e produtos da organização, bem como sobre o mercado.
Estratégias tecnológicas para desenvolver as capacidades tecnológicas materiais e imateriais:
- ofensiva
	- a empresa tem a iniciativa de inovar para disputar com seus concorrentes
	- tendência à contratação de técnicos qualificados e cientistas
	- valoriza o sistema de patentes
- defensiva
	Aproveita erros dos pioneiros
	- empresa defasada em termos de mudança técnicas se aproveita dos erros dos pioneiros
	- resposta e adaptação às inovações dos concorrentes
	- avanços técnicos a custos inferiores
- imitadora
	- empresa não disputa posição de liderança
	- adquire patentes secundárias
	- baixo custo de produção
- dependente
	- sub-contratadas que respondem às flutuações que afetam as empresas de maior porte
- tradicional
	- nem o mercado nem a concorrência empurram mudanças no produto, mas as mudanças ocorrem
- oportunista
	- sobreviventes em espaços de mercado específicos e particulares
Formas de acesso a tecnologia mais usuais:
- compra
- importação explícita
- vigilância tecnológica
- cópia
- ser uma empresa subcontratada
- pesquisa corporativa
- formação de recursos humanos próprios
- licenciamento
- pesquisa por encomenda
- contratação de especialistas
- associações e alianças estratégicas
- pesquisa e desenvolvimento (P&D)
Para ser competitiva no cenário globalizado da sociedade do conhecimento é necessário que a organização desenvolva capacidades tecnológicas, defina estratégias para a inovação e formas de acesso à tecnologia. A partir desse momento, a organização poderá construir com segurança seu ambiente de inovação.
AULA 5
O EMPREENDEDOR
empreender = fazer acontecer
Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades, e a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso.
Empreendedores são pessoas que têm a habilidade de ver e avaliar oportunidades de negócios; prover recursos necessários para pô-los em vantagens; e iniciar ação apropriada para assegurar o sucesso. São orientadas para a ação, altamente motivados; assumem riscos para atingirem seus objetivos.
Bill Gates (Microsoft)
Abilio Diniz (Pão de Açúcar)
Sílvio Santos (Grupo SS)
Mas para ser um empreendedor não é necessário criar uma empresa e se tornar um milionário famoso. Podemos agir de forma empreendedora em nosso dia a dia, em várias dimensões: social, profissional, afetiva. O que faz um empreendedor é o seu comportamento!
Motivações para empreender:
- oportunidades percebidas
Empreendedorismo por oportunidade:
Aqueles que abrem um negócio porque vêem uma oportunidade de explorar uma atividade com
sucesso são os chamados empreendedores por oportunidade. Neste caso, o indivíduo escolhe trilhar
o caminho do empreendedorismo, abrindo o seu próprio negócio, mesmo que informal.
- necessidades produzidas pela falta de uma alternativa satisfatória de trabalho e renda
Empreendedorismo por necessidade: 
Empreendedorismo por não ter outra opção de trabalho. Pessoas que trabalham como autônomas
no setor informal da economia: camelôs, ambulantes e outros que cuidam do seu próprio negócio,
mas o fazem por não conseguirem um emprego com carteira assinada.
Comportamento empreendedor:
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA	28
- Busca de oportunidades e iniciativa;
- Persistência;
- Aceitação de riscos;
- Exigência de eficiência e qualidade;
- Comprometimento com o trabalho;
- Estabelecimento de metas;
- Busca de informações;
- Planejamento e monitoramento sistemáticos;
- Persuasão e redes de contatos;
- Independência e autoconfiança.
AULA 6
COMPORTAMENTOS DO EMPREENDEDOR
Empretec: Ferramenta de capacitação empresarial que visa a formação e o desenvolvimento de capacidades empreendedoras. No Brasil, este programa é gerenciado e aplicado pelo SEBRAE.
10 características do comportamento empreendedor trabalhados pelo Empretec:
- Busca de oportunidades e iniciativa
- Persistência
- Aceitação de riscos
- Exigência de eficiência e qualidade
- Comprometimento com o trabalho
- Estabelecimento de metas
- Busca de informações
- Planejamento e monitoramento sistemáticos
- Persuasão e redes de contatos
- Independência e autoconfiança
O empreendedor deve sempre buscar a inovação do seu próprio produto ou serviço para evitar a obsolescência. Barreiras e dificuldades encontradas:
- Encontrar a oportunidade de negócio
- Carência de conhecimento da área de negócio escolhida
- Falta de formação empreendedora e gerencial
- Dificuldades de obter financiamento
- Inexperiência em lidar com o risco
AULA 7
PERFIS PARA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Características fundamentais do profissional com perfil inovador:
- Conhecimento sobre os produtos, serviços e processos que se deseja inovar;
- Capacidade de geração e detalhamento de ideias;
- Habilidade para solucionar problemas;
- Espírito de pesquisa e busca constante de informações e conhecimentos;
- Boa comunicação e atuação em rede para amadurecimento de ideias;
- Capacidade de transformação de novas ideias em produtos, serviços e processos (inovação);
- Persistência e determinação no processo de convencimento da relevância de uma inovação (persuasão);
- Habilidade de liderança;
- Capacidade paradefinir estratégias para implementação da inovação;
- Habilidade em definir critérios de avaliação de desempenho e sucesso da inovação;
 - Flexibilidade.
INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE
Inovação e criatividade são processos distintos que caminham sempre juntos.
Criatividade, aliada ao conhecimento, é a base para o processo de inovação que, para ser desenvolvida, produz novas dificuldades que necessitam ser novamente resolvidas com criatividade.
Sem a geração de novas ideias não há inovação!
Qual a relação entre inovação e criatividade?
Inovar é implementar algo novo ou melhorar algum produto, processo ou serviço, usando criatividade e conhecimento.
Para que a inovação aconteça é necessário que as pessoas sejam criativas na abordagem dos problemas.
Atitudes para estar aberto a novas ideias:
- Gostar de conviver com pessoas que pensam diferente de você;
- Considerar sempre os dois lados de um argumento;
- Não se incomodar com mudanças frequentes;
- Afastar-se de modelos e paradigmas muito rígidos e cristalizados para “pensar fora da caixa”;
- Permitir-se rir de fatos e situações;
- Questionar de forma coerente normas e regras;
- Agir também por intuição e não somente pela razão;
- Ser flexível para lidar com situações que acontecem diferentemente do que havia sido planejado;
- Procurar ver uma situação ou problema por inteiro e não de forma fragmentada;
- Quebrar paradigmas e observar como as pessoas reagem;
- Ouvir opiniões diferentes das suas;
- Fazer conexões entre fatos que parecem não ter relação entre si;
- Pensar em ideias alternativas;
- Sempre pensar que se pode fazer algo melhor do que já foi feito;
- Correr riscos calculados;
- Não esconder suas ideias e gostar de apresentá-las;
- Colocar-se no lugar do outro para tentar entender suas ideias;
- Procurar entender o que é contraditório;
- Gostar de superar limites.
AULA 8
INOVAÇÃO DE PRODUTOS E PROCESSOS
Inovação = Busca e descoberta, experimentação, desenvolvimento e adoção de novos produtos, novos processos de produção e novas formas organizacionais.
Classificação da inovação de acordo com suas características:
Quanto ao objeto da inovação
- inovação de produtos e serviços:
	- desenvolvimento, produção e comercialização de novos produtos ou serviços novos, utilizando-se
	 de criatividade
	- muitas vezes vinculados à insatisfação dos clientes
	- esses novos produtos ou serviços podem estar fundamentados em novas tecnologias
	- Ex: automóvel com câmbio automático, em comparação ao “convencional”
- inovação de processos:
	- desenvolvimento de outras formas e novos meios de fabricação, manufatura de produtos ou na
	 distribuição ou prestação de serviços
	- necessitam obter vantagens nos custos ou maior presteza em sua elaboração
	- Ex: automóvel produzido por robôs, em comparação ao produzido por operários humanos
- inovação de modelos de negócios:
	- novas formas de inserção e exploração do mercado, traduzidas no desenvolvimento de novos
	 negócios e diferentes formas de conduzi-los, resultando em uma vantagem competitiva sobre seus
	 concorrentes
	- não implica necessariamente em mudanças no produto ou no processo de produção, mas na forma
	 como que ele é levado ao mercado
Quanto ao impacto no mercado
- inovação incremental:	
	- representa pequenos avanços nos benefícios percebidos pelo consumidor e não modificam de
	 forma expressiva a forma como o produto é consumido ou o modelo de negócio
	- Ex: evolução do CD comum para o CD duplo, com capacidade de armazenar o dobro de faixas
	 musicais
- inovação radical:
	- representa mudança drástica na forma como um produto ou serviço é consumido, acompanhada 
	 por um novo modelo de consumo ou comportamento do mercado
	- Ex: evolução do CD de música para os arquivos digitais em MP3
Inovação de Produto versus Inovação de Processo:
- Se a inovação envolve características novas ou substancialmente melhoradas do serviço oferecido aos consumidores, trata-se de uma inovação de produto.
- Se a inovação envolve métodos, equipamentos e/ou habilidades para o desempenho de serviços novos ou substancialmente melhorados, então é uma inovação de processo.
- Se a inovação envolve melhorias substanciais nas características do serviço oferecido e nos métodos, equipamentos e/ou habilidades usados para seu desempenho, ela é uma inovação tanto de produto como de processo.
Tecnologia da Informação e a Inovação:
- papel da TI: empresas precisam responder com agilidade aos sinais do mercado, antes identificados como “ameaças”, e, através do uso de sistemas diferenciados que permitem obter a chamada Inteligência de Negócios, transformarem essas “ameaças“ em grandes “oportunidades”, dada a sua capacidade de gerar ideias inovadoras.
“O que torna um profissional de TI obsoleto não é propriamente uma eventual limitação para seguir os desenvolvimentos tecnológicos, ou o desinteresse pela inovação, mas a incapacidade de relacionar inovação à sustentabilidade. Pela simples e nem sempre clara razão de que qualquer inovação só agrega valor se contribuir para a sustentabilidade da organização, seja reduzindo inteligentemente o custo, seja aumentando a produtividade ou melhorando a segurança. Custo, produtividade e segurança são detalhes essenciais na gestão com foco em sustentabilidade. Sem essa base, poucas organizações têm chance de sobreviver no atual cenário de competição acirrada e sem fronteiras. No entanto, o que define a sustentabilidade é um conjunto de qualidades muito mais sofisticadas, que para serem desenvolvidas exigem mudanças radicais no modelo mental que predomina tradicionalmente nas organizações.” (Fonte: Café com Economia Et Cia.)
AULA 9
COMPORTAMENTO INOVADOR
- evolução da TI criação de novas soluções para as necessidades de processamento de informações nas organizações novos produtos com mais funcionalidades e mais baratos; novos serviços que tornam produtos obsoletos; tecnologias que integram produtos e serviços, etc.
Uma das características fundamentais do perfil inovador é a capacidade de solução de problemas, que pode ser aprendida e depende de métodos adequados ao tipo de problema enfrentado.
- problema = dificuldade que impede que uma vontade seja concretizada
- solucionar problema: exige a capacidade de criar adequadas representações da realidade (modelos) e, com ajuda delas, encontrar um algoritmo de solução que explique como remover ou superar tal dificuldade
Problemas podem ser:
- Anomalias:
	- pequenos problemas que passam despercebidos e são identificados como falhas;
	- quem relata a anomalia geralmente é quem está envolvido na tarefa
- Crônicos:
	- geralmente não são vistos como problemas porque fazem parte da cultura da organização
	- são vistos como acontecimentos normais, mas trazem danos aos processos, produtos ou serviços 
	 de uma empresa
Tipos de problemas quanto às pessoas envolvidas:
- Controláveis: Os envolvidos possuem responsabilidade pelo problema e autoridade para solucioná-lo.
- Incontroláveis: Os envolvidos são afetados pelos efeitos do problema, que está inserido em outro contexto ou processo, pelo qual não tem autoridade nem responsabilidade.
Diagrama de causa e efeito:
- uma das formas de se representar as causas de um problema é o chamado Diagrama de Espinha de Peixe.
Plano de ação para solução do problema:
- técnica de brainstorming: grupo reunido tempestade de ideias
Comportamento inovador nas empresas:
- gestão de oportunidade, risco e mudança
- localização de meios técnicos e humanos
- interação com o consumidor
- resistência cultural à mudança
- desenvolvimento de novos negócios
Solução de problemas e o profissional de TI:
- profissional que se destaca não só pelo conhecimento tecnológico e cultural, mas como líder, visionário e com ideias inovadoras, que seja capaz de criar diferenciais para concorrer com o mercado, culminando com o aumento do capital social da organização- profissional empreendedor e entender como seu trabalho se encaixa nos objetivos da organização
- precisa aprender a desenvolver a curiosidade, somada a uma boa capacidade de concentração e ter seu foco na resolução de problemas com espírito inventivo e humildade
- atento às mudanças que ocorrem no ambiente da organização
AULA 10
CULTURA ORGANIZACIONAL PARA INOVAÇÃO
Empreendedorismo Corporativo ou intra-empreendedorismo:
- o funcionário pode atuar de forma empreendedora em uma empresa, agindo com inovação e pró-atividade em busca dos objetivos desta organização
- significa “arregaçar as mangas” e dar forma e materialidade à ideia criativa
- é imprescindível que a cultura organizacional seja favorável à busca pela inovação e à manifestação criativa
Ao estimular a cultura intra-empreendedora, a empresa possibilita que seus funcionários desenvolvam características que ajudam a alavancar cada vez mais sua posição de mercado como: automotivação, estabelecimento de metas, autoconfiança, foco nos clientes, etc.
 
Características do empreendedor corporativo:
- capacidade de explorar novas oportunidades
- capacidade de se relacionar com outras pessoas
- possibilidade de trabalhar uma ideia própria ou criar a partir da ideia de outra pessoa
Regras para um ambiente intra-empreendedor:
1. Exercer sólida liderança sobre os rumos e as decisões de inovação.
2. Integrar a inovação à mentalidade do negócio.
3. Alinhar a inovação com a estratégia de negócio da empresa.
4. Administrar a tensão natural entre criatividade e captação de valor.
5. Neutralizar os anticorpos organizacionais.
6. Cultivar uma rede de inovação além dos limites da organização.
7. Criar indicadores de desempenho e as recompensas adequadas à inovação.
Os indicadores para avaliação da cultura intra-empreendedora podem estar organizados em oito grupos: 
- Comunicação
- Processo decisório
- Incentivos/motivação
- Recompensa
- Autonomia
- Liderança
- Equipe
- Controle/mensuração
Dificuldades e Barreiras encontradas pelo intra-empreendedor:
- O empreendedor corporativo precisa ter clareza da sua ideia, que deve ser diferenciada, inovadora e gerar valor para a empresa.
- Se for necessário obter recursos financeiros para materializar a ideia, o empreendedor corporativo precisará também elaborar um plano de negócios, apresentando todos os detalhes sobre as ideias.
- Ele precisará convencer os superiores e os colegas a obter apoio das pessoas para aumentar a chance de concretizar o seu projeto. Por isso, a sua rede de contatos terá um papel relevante.
- Precisará também de muita persistência e determinação para conduzir o projeto até o fim.
Fatores importantes para a criação do ambiente inovador:
- A disciplina para tratar da inovação e dos seus processos, para que não se desvie dos objetivos de implantação de um sistema de Gestão de Inovação e intra-empreendedorismo nas organizações.
- Criar uma cultura do aprendizado e da pesquisa na organização para a evolução constante e busca de novos conhecimentos e técnicas para as organizações.
- Flexibilidade para mudanças, provocadas pelas inovações e para a implantação do sistema de gestão da inovação.
- Tolerância aos riscos e erros que podem vir de inovações e idéias empreendedoras, o risco calculado deve ser estimulado e acompanhado para evitar problemas que desestimulem novas tentativas de inovação.
- Criação de ambiente diferenciado para equipes que trabalhem com a inovação e com pesquisa.

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