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Crescimento e Desenvolvimento de Plantas Aula 1 Fisiologia Vegetal Marcelo S. Mielke msmielke@uesc.br 36805285 Crescimento: termo quantitativo relacionado às alterações de tamanho ou massa de um célula, órgão ou organismo. Divisão Celular: processo pelo qual uma célula-mãe se divide e forma duas células-filhas idênticas. Ex ans ão Celular: aumento do volume celular → envolve participação da água (pressão de turgor) e da elasticidade da parede celular. Envolve dois processos principais: Conceitos e definições Divisão Celular: Expansão Celular: Envolve os processos de: Diferenciação Crescimento e Conceitos e definições Desenvolvimento: conjunto de mudanças ao longo do ciclo de vida de um célula, órgão ou organismo. “Células vegetais retêm a informação genética necessária para o desenvolvimento de uma planta completa”. TOTIPOTÊNCIA DIFERENCIAÇÃO Células meristemáticas Elementos de tubo crivado do floema, que perdem o núcleo Diferenciação: termo qualitativo que reflete a um processo de especialização celular, pelo qual as células adquirem propriedades metabólicas, estruturais e funcionais distintas daquelas das suas células progenitoras. Conceitos e definições PROMERISTEMAS PROTODERME MERISTEMA FUNDAMENTAL PROCÂMBIO EPIDERME TECIDOS FUNDAMENTAIS (parênquima, Colênquima, Esclerênquima) FLOEMA XILEMA FELOGÊNIO CÂMBIO VASCULAR SÚBER FELODERME FLOEMA SECUNDÁRIO XILEMA SECUNDÁRIO Meristemas O Ciclo de Vida de uma Planta ● Gametogênese ● Fecundação ● Embriogênese ● Formação da semente ● Germinação da semente ● Desenvolvimento Vegetativo ● Desenvolvimento Reprodutivo ● Senescência ● Morte Animais → Crescimento Fechado A formação de órgãos é um processo limitado ao seu estádio embrionário Plantas → Crescimento Aberto A maior parte do desenvolvimento vegetal ocorre após a embriogênese, através da atividade dos meristemas. Na planta Estruturas DETERMINADAS – folhas, flores e frutos Estruturas INDETERMINADAS – caules e raízes Entre as espécies vegetais Plantas DETERMINADAS: espécies monocárpicas, só florescem uma vez e depois morrem, transformam todas as gemas meristemáticas em reprodutivas. Ex: plantas anuais, como o milho, soja. Plantas INDETERMINADAS – espécies policárpicas, após atingirem a maturidade florescem anualmente, não transformam todas as gemas meristemáticas em reprodutivas. Ex: plantas perenes, como a mangueira, jabuticabeira. Hábito de crescimento Arquitetura de Copas Crescimento monopodial Meristema apical com vida indefinida Crescimento simpodial Meristema apical com vida definida Araucaria columnaris Tabebuia sp Arquitetura de Copas Crescimento Ortotrópico Divisão celular perpendicular ao eixo de crescimento Crescimento Plagiotrópico Divisão celular paralela ao eixo de crescimento Caesalpinia ferrea ht tp :/ /w w w .f ot os qu ec on ta m hi st or ia s. co m .b r/ w p- co nt en t/ u pl oa ds /2 01 2/ 11 /p au -f er ro .7 6 77 6 bw m -0 0 5. jp g Delonix regia Adaptação: é qualquer característica ou comportamento natural evoluído que torna algum organismo capacitado a sobreviver em seu respectivo habitat. Podem ser anatômicas, fisiológicas ou comportamentais. Aclimatação ou aclimatização: termos gerais usados para descrever o processo de um organismo ajustar-se a mudanças em seu habitat, geralmente envolvendo temperatura ou clima. Isso pode ser algo bem discreto ou ser parte de um ciclo periódico, como troca da pelagem de inverno de mamíferos para uma pelagem mais leve no verão. Aclimatação usualmente ocorre por um curto período, e dentro do período de vida de um organismo Adaptação x Aclimatação Ação coordenada dos fatores exógenos e endógenos Plasticidade Fenotípica Caesalpinia echinata Sequoia sempervirens - Fatores abióticos: luz, água, temperatura, ... - Fatores bióticos: interações com outros organismos, de associações simbióticas à patogênicas, ... Bactéria patogênica FATORES EXÓGENOS Controle do Crescimento e Desenvolvimento Ação coordenada dos fatores exógenos e endógenos - Controle da expressão gênica GENES (DNA) → TRANSCRITOS (RNA) → PROTEÍNAS → METABOLISMO - Hormônios auxinas, citocininas, giberelinas, ácido abscísico, etileno, brassinosteróides, ácido salicílico, jasmonatos - Outras moléculas sinalizadoras proteínas, peptídeos, RNAs, microRNAs Controle do Crescimento e Desenvolvimento FATORES ENDÓGENOS Ação coordenada dos fatores exógenos e endógenos Mensageiros químicos mediadores na comunicação intercelular. São compostos orgânicos sintetizados em uma parte da planta e translocados para outra (célula alvo), onde, em baixas concentrações, são reconhecidos por receptores e causam uma resposta fisiológica, ou seja, atuam, no crescimento, no desenvolvimento, e/ou no metabolismo. São sintetizados em diferentes órgãos e tecidos e causam efeitos fisiológicos múltiplos. Hormônios Vegetais Hormônios Vegetais Auxinas – dominância apical, formação de raízes, desenvolvimento de frutos Giberelinas – alongamento do caule, germinação de sementes, controle do florescimento Ácido Abscísico – abscisão foliar, dormência, fechamento dos estômatos Citocininas – quebra da dormência, brotação de gemas, relação fonte/dreno Etileno – amadurecimento de frutos, abscisão foliar Charles e Francis Darwin (1881) Curvatura de plantas em direção à luz (fototropismo) Boysen-Jensen (1913) Substância produzida no ápice dos coleoptiles Fritz Went (1926) Isolamento da substância auxina (auxein – Grego – crescer) Auxinas Naturais (Hormônio ou Fitormônio) Sintéticas (Reguladores do crescimento) Auxinas ht tp :/ /w w w .v is ua lp ho to s. co m /p ho to /1 x3 74 49 14 /P ho to tr o pi sm _P ho to tr op is m _M in t_ ge ra ni um _A C 06 6A .jp g Fototropismo Positivo Auxinas Fototropismo Positivo http://daisydukesgardens.com/wp-content/uploads/2013/01/phototropism.png Auxinas Acidificação da parede celular Auxinas Acidificação da parede celular Características gerais Auxinas http://passel.unl.edu/Image/siteImages/2LgStructuralSimilarities.gif ht tp :/ /2 .b p. bl og sp ot .c om /- rp _A D V xK _- I/T pS K ad yb ng I/ A A A A A A A A A 3E /K 6T un 9e N N oA /s 16 00 /a ux in sy nt he si s. gi f Auxinas Biossíntese Auxinas Locais de síntese Ápices caulinares Folhas jovens Sementes em desenvolvimento Frutos em desenvolvimento Alongamento celular Tropismos Fototropismo (luz) Gravitropismo (gravidade) Tigmotropismo (ação mecânica) Desenvolvimento Dominância apical Formação de raízes adventícias Diferenciação vascular Retardamento da abscisão foliar Desenvolvimento de frutos Auxinas Efeitos fisiológicos Gás insaturado pela existência de uma ligação dupla C2H4 (PM = 28) Praticamente insolúvel em água Facilmente oxidado a óxido de etileno É a mais simples das oleofinas (hidrocarbonetos etilênicos de fórmula geral (CnH2n)É o único hormônio gasoso C C H H H H Etileno Características gerais http://plantphys.info/plant_physiology/images/climacteric.gif http://www.sundropfarms.com h tt p :/ /f a rm 3 .s ta ti c .f lic k r. c o m Frutos Climatéricos Etileno Abscisão Foliar http://naturalpresence.files.wordpress.com/2011/11/oct-24-tree-over-bench-1-tt-sm.jpg Etileno Em células vacuoladas de todos os órgãos de plantas superiores Em regiões meristemáticas e nodais Em folhas novas de feijoeiro a produção de etileno é da ordem de 0,4 nL g-1 h-1, mas em folhas maduras os níveis caem para 0,04 nL g-1 h-1 Em tecidos senescentes e frutos na fase final da maturação. A maçã madura contém mais de 2500 μL L-1. Locais de síntese Etileno http://plantphys.info/plant_physiology/ethylene.shtml Biossíntese Etileno http://plantphys.info/plant_physiology/ethylene.shtml Biossíntese Etileno Inibição do amadurecimento de frutos e da produção de etileno em frutos de tomate pela inibição da síntese de ACC sintase. Theologis, A. et al. Modification of fruit ripening by suppressing gene expression. Plant Physiology, 100:549-551.
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