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RESPIRAÇÃO CELULAR Profª Ândrea C. Dalmolin Organização de moléculas, comunicação até a origem do tecido = GASTO DE ENERGIA Energia provém da RESPIRAÇÃO Energia solar + 6CO2 +12H2O ------ C6H12O6 + O2 ------ 12CO2 +11H2O + Energia química Processo respiratório ocorre nas células fotossintetizantes e não fotossintetizantes, durante o dia e a noite!! RESPIRAÇÃO FOTOSSÍNTESE Reação redox onde a sacarose é completamente oxidada a CO2, enquanto o oxigênio serve como aceptor final de elétrons sendo reduzido a água. citosol Glicólise Rota das pentoses fosfato Ciclo de Krebs Cadeia de transporte de elétrons Organela Mitocôndria Substratos respiratórios Carboidratos: amido, sacarose, frutose, glicose, açúcares. Lipídeos Ácidos orgânicos Proteínas (ocasionalmente) Respiração promove a oxidação das moléculas orgânicas a CO2 e água gerando energia. 3º Ciclo do Ácido Cítrico (ou Ciclo de Krebs): matriz mitocondrial 1º Glicólise no citossol Processo respiratório 4 etapas: 2º Rota oxidativa das pentoses (é facultativa) : citossol 4º Cadeia transportadora de elétrons ou cadeia respiratória: cristas mitocondriais ADP +Pi glicólise Piruvato Glicose ATP Presença de O2 Mitocôndria Ciclo do Ácido Cítrico (Ciclo de Krebs) ATP Ausência de O2 Fermentação Lactato Ou Etanol +CO2 1º Glicólise no citossol Funções Produção de ATP e NADPH Formação de piruvato Formação de compostos intermediários (essenciais para metabolismo celular) Na glicólise a glicose (6C) é “quebrada” em duas moléculas de piruvato (3C) 2 fases: Fase Preparatória: não há produção de energia, mas consumo de 2 ATP Fase de Lucro: há produção de energia (4 ATP e 2 NADPH) Cada fase composta por 5 etapas Glicólise HC=O HCOH HOCH HCOH CH2OH ATP ADP HC=O HCOH HOCH HCOH CH2OP Glicose Glicose 6-P CH2OH C=O HOCH HCOH CH2OP Frutose 6-P 1 2 3 ATP ADP CH2OP C=O HOCH HCOH CH2OP Frutose 1,6 bifosfato 4 e 5 CH2OP C=O CH2OH HC=O HCOH CH2OP 3 PGAld Hexocinase Fosfoglicomutase Fosfoexoisomerase Fosfofrutocinase Pirofosfato- fosfofrutocinase Aldolase Triose fosfoisomerase Fase Preparatória -2 ATP HCOH HCOH HCOH HCOH 2 X 3 PGAld HC=O HCOH CH2OP NAD+ NADH 6 O=COP HCOH CH2OP ADP ATP 7 COOH HCOH CH2OP 2 X 1,3 PGAld 2 X 3 PGAld COOH HCOP CH2OH 8 2 X 2 PGAld ADP ATP 9 COOH C=O CH3 2 X Piruvato Fase de lucro 2 NADH 4 ATP - 2 ATP (Fase preparatória) Saldo etapa glicolitica 2 NADH 2 ATP COOH CO CH2 10 Equação geral da Glicólise Glicose + 2NAD+ + 2ADP +2Pi = 2 piruvato + 2NADH+2H+ + 2 ATP +2 H2O Energia de 1 mol de glicose = 686 quilocalorias Energia de 2 mol de piruvato = 546 quilocalorias (aprox 80%) Completa oxidação do piruvato ocorre na mitocôndria, via Ciclo do Ácido Cítrico e cadeia transportadora de elétrons. Piruvato passa do citossol para a matriz da mitocondria, onde será oxidado e descarboxilado produzindo 1 NADH, para cada piruvato. Piruvato oxidado gera 2 radicais Acetil (_CH3CO) que se liga a Coenzima A gerando Acetil CoA que farão o transporte do CO2 para o ciclo do Ácido Cítrico. O C=O CH3 C=O Piruvato Coenzima A CO2 NAD+ NADH + H C=O CH3 Coenzima A Acetil CoA Ciclo de Krebs (ou ciclo do ácido cítrico (CAT), ciclo dos ácidos tricarboxílicos) 1937 – Hans A Krebs descobriu o ciclo do ácido cítrico ou ciclo de Krebs, que explicou como o piruvato é degradado a CO2 e H2O. Esta descoberta rendeu ao pesquisador o prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina em 1953 que recebeu seu nome – Ciclo de Krebs! O Ciclo do Ácido Cítrico ocorre na matriz da mitocôndria, e tem por finalidade metabolizar o piruvato que é o último produto gerado na via glicolítica Saldo do Ciclo do Ácido Cítrico: 2 ATP 6NADH 2 FADH2 Funções do Ciclo de Krebs • Produção de energia e/ou compostos redutores para a cadeia de transporte de elétrons • Produzir esqueletos de carbono para o metabolismo celular A energia química que estava armazenada nos carboidratos é transferida as moléculas de ATP, NADH e FADH2 http://highered.mcgraw- hill.com/sites/9834092339/student_view0/ chapter7/how_the_krebs_cycle_works.html 1 NADH2 = 3 ATP 1 FADH2 = 2 ATP Cadeia de transporte de elétrons ou cadeia respiratória (fosforilação oxidativa) Processo que ocorre nas cristas mitocondriais e é responsável pela produção da maior parte da energia a ser utilizada pela célula. As proteínas de transporte de elétrons estão organizadas em 4 complexos proteícos: Complexo I – NADH desidrogenase Complexo II – Sucinato desidrogenase Complexo III – Complexo do citocromo bc1 Complexo IV – Citocromo oxidade Mais Complexo ATPase !! Sacarose oxidada na Glicólise e Ciclo de Krebs = saldo de 4 NADH no citossol 16 NADH 4 FADH2 Moléculas que precisam ser reoxidadas para continuar a produção de energia CADEIA RESPIRATÓRIA (cristas mitocondriais) http://highered.mcgraw- hill.com/sites/9834092339/student_view0/c hapter7/electron_transport_system_and_at p_synthesis.html Oxida o NADH gerado na matriz durante o Ciclo de Krebs Transporte de elétrons da Ubequinona ao complexo III ou a enzima auxiliar AOX Oxida a ubequinona reduzida e transfere elétrons para o citocromo c É a oxidase terminal, onde há a redução com 4 elétrons do O2 a duas moléculas de H2O. Síntese de ATP Exportação/ Importação Amido Celulose Glucose 6P Via das pentoses Nucleotídeos Ac. nucleicos ATP ADP NAD NADP CoA Citocinina Gliceraldeído 3P Fosfoenolpiruvato Alcalóides Flavonoides Lignina AIA Acido Chiquimico Piruvato AcetilCoA Aminoacidos Ciclo de Krebs Proteínas Diidroxiacetona P Glicerofosfato Lipídeos Isoprenoides Terpenos Gibilinas ABA Proteínas Aminoacidos Clorofila e Fitocromo • O NADPH produzido nesta rota serve para reações de biossíntese como lipídeos e assimilação de N. • Os elétrons do NADPH podem reduzir O2 e gerar ATP • A rota produz ribose-5-fosfato requeridas na síntese de DNA e RNA • Produtos intermediários podem ser utilizados para produção de lignina, flavonóides, fitoalexinas • Gera intermediários para o Ciclo de Calvin, durante os estágios iniciais de enverdecimento foliar. Rota oxidativa das pentoses fosfato A sacarose ou glicose 6 fosfato é convertida em um açúcar de 5 C (ribulose-5- fosfato), com a perda de 1 CO2 e a geração de 2 NADH, em seguida a ribulose-5 fosfato é convertida a gliceraldeído -3- fosfato e frutose-6-fosfato. Resultado líquido: oxidação de 1 molécula de glicose e produção de 12 NADPH A produção energética da rota das pentoses é menor....qual e a vantagem para a planta em se utilizar ela ao invés da rota glicolítica??? Fermentação Quando a disponibilidade de oxigênio é baixa, a célula não pode completar as três fases da respiração Neste caso ao final da rota glicolítica o fluxo é desviado e o piruvato é reduzido pelaenzima desidrogenase à lactato. O acúmulo de lactato, leva a acidificação do citosol e eventualmente a morte celular. Para evitar maiores danos o piruvato pode ser descarboxilado a acetaldeído e este reduzido a etanol. Problema....serão produzidas somente 2 ATP (via glicolítica) contra 38 caso houvesse CO2 A eficiência da fermentação anaeróbica é de aproximadamente de apenas 4%. C=O C=O O CH3 Piruvato descarboxilase CO2 C=O H CH3 Piruvato Acetaldeído NADH + H NAD+ Alcool desidrogenase C OH H CH3 H Etanol ADP +Pi glicólise Piruvato Glicose ATP Presença de O2 Mitocôndria Ciclo do Ácido Cítrico (Ciclo de Krebs) ATP Ausência de O2 Fermentação Lactato Ou Etanol +CO2 Citossol Balanço com valores aproximados de produção de ATP na respiração Citossol Rendimento Etapa 2ATP’s 2 Glicólise 2 NADH +H+ 6* Glicólise Total do Citossol 8 Mitocôndria 8 NADH +H+ 24* CTE 2 FADH2 4* CTE 2 ATP 2 CAT Total da Organela 30 Total da respiração 38 ATP’s • 3ATP’s para cada NADH • 2 ATP’s para cada FADH2 Alguns fatores alteram as taxas respiratórias: Idade: Quanto maior a atividade metabólica geral de um determinado tecido, maior a sua taxa respiratória. Árvores jovens perdem cerca de 1/3 de seus fotossintatos diários pela respiração, perda esta que pode dobrar em árvores mais velhas, à medida que a razão de tecido fotossintético para o não fotossintético diminui. Concentração de Oxigênio Temperatura Concentração de CO2 O processo respiratório não é dinâmico somente a nível celular, mas também a nível de órgãos vegetais. Raízes : Órgãos de intensa atividade respiratória Energia Síntese de compostos secundários; Absorção e acúmulo de nutrientes Reserva alimentar Raízes primárias e jovens tem maiores taxas respiratórias. Caules Floração e Frutificação = grande demanda energética •Processo de formação e colocação das flores • Desenvolvimento do tubo polínico • Aumento de atividades metabólicas no ovário • Translocação de nutrientes para o ovário após a fecundação •Intensa atividade de divisão celular para crescimento do fruto Aumento das taxas respiratórias, devido ao crescimento do embrião, associado a utilização das reservas energéticas (amido, e outros polissacarídeos) existentes no endosperma e cotilédones. Germinação = grande demanda energética Padrão de Respiração em Frutos O padrão de respiração dos frutos influencia na colheita, na armazenagem e perecibilidade dos frutos. “Determinante da longevidade”. • Frutos Não-climatéricos: Apresentam um declínio lento e constante da taxa respiratória. • Frutos Climatéricos: No final do período de maturação, apresentam um marcante aumento na taxa respiratória, provocada pelo aumento na produção de etileno Não-climatéricos: uva, limão, laranja, abacaxi, morango, romã, caju,. Não devem ser colhidos antes da maturação Climatéricos: pêssego, banana nectarina, manga ameixa, maracujá maçã, pera abacate, melão, goiaba, Podem ser colhidos antes da maturação Alguns tipos de caules podem apresentar estruturas denominadas lenticelas que permitem trocas com o meio. Folhas As taxas respiratórias podem variar de folha para folha, podendo ser maior no período inicial do desenvolvimento foliar ou durante a expansão Alguns vegetais tem suas taxas respiratórias aumentadas quando as folhas estão próximas a abscisão, acredita-se que este fenômeno esteja relacionado com a reabsorção de nutrientes. Flores e frutos O processo de floração envolve geralmente uma grande demanda energética da planta. • Processo de formação e colocação das flores • Desenvolvimento do tubo polínico • Aumento de atividades metabólicas no ovário • Translocação de nutrientes para o ovário após a fecundação • Formação do fruto – intensa atividade de divisão celular. •Temperatura apresenta efeito sobre as taxas respiratórias, acelerando ou retardando o amadurecimento. CONTROLE DA RESPIRAÇÃO NAS PLANTAS POR FATORES INTERNOS Disponibilidade de substrato Quantidade de Oxigênio Temperatura Ferimentos e lesões
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