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MEMBROS INFERIORES O membro inferior é determinado por suas adaptações para a sustentação do peso, locomoção e estabilidade corporal. As adaptações para o suporte de peso e para a estabilidade contribuem para as diferenças estruturais e funcionais entre os membros superiores e inferiores. - Em comparação com a articulação dos membros superiores, os membros inferiores são mais robustos, já que fazem a sustentação do peso. E membros superiores também são mais propensos a luxamentos. Caminhada | O ciclo da marcha. A locomoção é uma função complexa. Os movimentos do membro inferior durante a marcha sobre a superfície plana podem ser divididos em fases de balanço e apoio. O ciclo da marcha consiste apenas em ciclo de balanço e apoio por membro. A fase de apoio começa com o toque do calcâneo, e ele começa a sustentar todo o peso do corpo, e termina com a saída pela parte anterior do pé. A fase de balanço começa quando os dedos do pé saem do solo, e termina quando o calcanhar toca o solo novamente, e assim começando a fase de apoio. - A fase de apoio consiste em 60% da marcha e a fase de balanço 40%. - A marcha é uma atividade muito eficiente, pois faz com que o corpo exija o mínimo de esforço físico para a locomoção. O membro inferior possui 2 componentes funcionais: o anel pélvico e o membro inferior livre. - O anel pélvico ósseo é uma estrutura robusta formada pelos 2 ossos ilíacos e pelo sacro. Recebe o peso corporal da coluna vertebral e repassa para os membros inferiores. Ou seja, ela precisa ser bem estável já que ela recebe bastante carga. Então, a articulação sacroilíaca possui diversos ligamentos reforçando a sustentação da pelve. - É necessária para a marcha normal. -Ser 4 quadrúpede: 4 apoios; -Ser bípede: 2 apoios. Então, há uma diferença na transição de cada um dos casos. - O esforço para se manter em equilíbrio é diferente, ou seja, há uma manutenção e diferenças de ajustes para que esse equilíbrio ocorra. Ocorre um reposicionamento do centro de gravidade do ser bípede. O apoio é mais junto para minimizar os esforços e também há a inclinação do joelho em 174 graus, logo, facilitando o equilíbrio. ARTICULAÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES. Articulações do cíngulo pélvico. É formado por 2 ossos ilíacos. O cíngulo pélvico permite a conexão entre os ossos do membro inferior e o esqueleto axial (pois une os ossos ilíacos e o sacro). - O osso ilíaco é formado por 3 partes: ílio, ísquio e púbis. 1- Articulação sacroilíacas. - São articulações do tipo sinovial plana e possui pouca mobilidade. E como o próprio nome sugere, estão entre a face auricular do sacro e a face auricular do ílio. - Cada articulação sacro ilíaca é estabilizada anteriormente pelos ligamentos sacroilíacos anteriores. E estabilizada também superiormente pelo ligamento íliolombar, que se estende das vértebras lombares até a crista ilíaca. - Na face posterior, a articulação sacroilíaca é estabilizada pelo ligamento sacroilíaco posterior e pelo ligamento interósseo (O ligamento interósseo impede que o sacro seja forçado para frente e pra baixo devido a ação do peso da coluna vertebral sobre o membro inferior). - Além disso, possui também o ligamento sacroespinal une o sacro à espinha isquiática e, posteriormente, deste ligamento possui o ligamento sacro-tuberal que une o sacro ao túber isquiático (esses dois ligamentos impedem a rotação do sacro devido ao peso da coluna vertebral). 2- Sínfise púbica. É uma articulação cartilaginosa (sínfise) e com pouca mobilidade. É a união entre as duas faces sinfisias do púbis. - É composta por dois ligamentos: ligamento púbico superior e ligamento púbico inferior. Articulação do quadril ou coxo-femoral. - É uma articulação do tipo sinovial esferoide, no qual o acetábulo se articula com a cabeça do fêmur. Estruturas adicionais: lábio do acetábulo. Movimentos permitidos pela articulação coxo-femoral tri-axial esferoide: flexão e extensão de coxa, abdução e adução de coxa, e rotação lateral(externa) e medial (interna) de coxa. - A cápsula articular presente sobre reforços. Os ligamentos dessa região fazem esse reforço, são eles: ligamento isquiofemoral (posteriormente), ligamento iliofemoral (anteriormente e superiormente, e principal ligamento estabilizador da região) e o ligamento pubofemoral (anterior e inferiormente). - A capsula articular, porém principalmente o íliofemoral, limita a hiperextensão do quadril. Para a manutenção do equilíbrio necessita que a rotação de pelve seja impedida. Então, o íliofemoral impede a retroversão de pelve, mas consequentemente, resulta na restrição da extensão. - Ligamento da cabeça do fêmur, lábio acetabular e ligamento transverso acetabular. * Casos de luxação da articulação do quadril é raro, pois essa articulação é muito forte e estável. Porém, a luxação pode ocorrer durante um acidente de carro, quando o quadril está em uma posição de flexão que é a posição mais propensa a se ter luxação no quadril (as luxações posteriores são mais comuns). * Posição fletida= menos estável mais propensa a luxação. *Posição estendida= mais estável menos propensa a luxação. Articulação do joelho. - É uma articulação do tipo sinovial e monoaxial. Faz movimentos de flexão, extensão e um pouco de rotação quando o joelho está fletido. - A articulação do joelho é composta por uma cápsula articular que consiste em uma membrana fibrosa resistente, reforçada em quase toda sua extensão por ligamentos. Possui os ligamentos externos, que estabilizam a capsula externamente. E os ligamentos internos, que se localizam no interior da capsula fibrosa. - A articulação do joelho ocorre entre os côndilos tibiais e os côndilos femorais. - A articulação do joelho é mantida e sustentada por ligamentos e músculos. - Essa articulação possui uma ausência de estabilidade, devido ao encaixe ósseo desfavorável. Então, para proporcionar maior estabilidade, a superfície de contato/encaixe/articulação dos ossos é maior. Na parte externa da articulação do joelho. Anteriormente, após a retirada do tendão do músculo quadríceps femoral, a capsula é reforçada pelo ligamento patelar (que se estende do tendão do músculo quadríceps femoral até a tuberosidade da tíbia). Posteriormente, é reforçada pelo ligamento poplíteo oblíquo (que se estende do côndilo lateral do fêmur em direção ao côndilo medial da tíbia), e pelo ligamento poplíteo arqueado (que possui a direção oposta o oblíquo passa por cima do arqueado). Ligamento colateral tibial: é relativamente largo. Suas fibras se estendem desde o epicôndilo medial do fêmur até abaixo do côndilo medial da tíbia. (impede o movimento de abdução). Ligamento colateral fibular: suas fibras se estendem do epicôndilo lateral do fêmur até a cabeça da fíbula. É mais curto e mais estreito que o colateral fibular. (impede o movimento de adução). *Os ligamentos colaterais estabilizam o joelho medialmente (ligamento colateral tibial) e o joelho lateralmente (ligamento colateral fibular). Além de limitar os deslocamentos indesejáveis do fêmur medialmente e lateralmente sobre a tíbia nos movimentos da articulação. Na parte interna da articulação do joelho. Ligamento cruzado anterior: estende-se da parte interna do côndilo lateral do fêmur em direção à área intercondilar anterior da tíbia. Limita os deslocamentos posteriormente do fêmur sobre a tíbia. (está anteriormente ao cruzado posterior). Ligamento cruzado posterior: é em sentido contrário, segue da face interna do côndilo medial do fêmur até a área intercondilar posterior da tíbia. Limita os deslocamentos anteriormente do fêmur sobre a tíbia. *Partes dos ligamentos cruzados são tensionados em todas as posições da articulação. Meniscos são constituídos por cartilagem fibrosa e tecido conjuntivo rígido. São importantes na estabilização, biomecânica e absorção de impactos no joelho. Osdois meniscos têm um formato aproximado de letra c. Além também de adaptarem a tíbia ao formato arredondado do fêmur. (Os meniscos aumentam a congruência entre os côndilos femorais e tibiais.) -Menisco medial: é maior que o lateral. -Menisco lateral: é menor que o medial. Luxação no joelho. - Luxação nas articulações do joelho são bem mais comuns, pois é uma articulação que sustenta muito peso, e sua estabilidade depende quase inteiramente de músculos e de seus ligamentos. - As lesões mais comuns são as de ligamentos. A aplicação de uma força contra o joelho quando o pé está impedido de se mover tende a romper ligamentos. Exemplo: rompimento do ligamento cruzado anterior e posterior. - Para saber se foi rompido o ligamento cruzado anterior será feito o teste de gaveta anterior. E com o rompimento o fêmur irá deslizar anteriormente à tíbia. (irá para frente) - Para saber se foi rompido o ligamento cruzado posterior será feito o teste de gaveta posterior. E com o rompimento o fêmur irá deslizar posteriormente à tíbia. *Os meniscos possuem grandes suscetibilidades à lesões, exemplo: artrose (desgaste dos meniscos por causa do grande peso suportado do corpo). A estabilização do joelho é feita pelos ligamentos colaterais, ligamentos cruzados e meniscos. Articulações da perna. - São associações articulares entre a tíbia e a fíbula. Articulação tibio-fibular proximal: é uma articulação sinovial plana com pouca mobilidade. Se insere na cabeça da fíbula e na incisura fibular da tíbia. Possui ligamentos de reforços da capsula articular: ligamento tibio-fibular anterior e ligamento tibio-fibular posterior. *Entre a tíbia e a fíbula, está a membrana interóssea da perna (do tipo fibrosa) e que atua na estabilização adicional. Fixa-se na margem interóssea da tíbia e da fíbula. Articulação tibio-fibular distal: é uma articulação fibrosa estabilizada por um ligamento interósseo, e ligamento tibio-fibular anterior e posterior. *Maléolo fibular + maléolo tibial formam a pinça maleolar. Articulação do tornozelo ou talo-crural. - É uma articulação sinovial da tíbia com o tálus, do tipo dobradiça (mono-axial) e faz os movimentos de flexão dorsal e flexão plantar. Ligamento colateral medial: tibiotalar posterior, tibiocalcânea, tibiotalar anterior e tibionavicular. Ligamento colateral latera: ligamento talofibular anterior e posterior, e ligamento calcâneo fibular. *Estabilização da pinça maleolar: serve para evitar que o tálus seja forçado entre a tíbia e a fíbula. (articulação tibio-fibular distal). Articulação do pé.
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