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PROGRAMA:
DISCIPLINA – Farmacologia Veterinária I 
CARGA HORÁRIA SEMANAL: 4hs / semana
Introdução à Farmacologia
Formas Farmacêuticas
Farmacocinética
 Absorção (vias de administração)
 Distribuição
 Biotransformação
 Eliminação de fármacos.
Farmacodinâmica
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5. Farmacologia do Sistema Nervoso Autônomo e Junção Neuromuscular.
Simpatomiméticos ou adrenérgicos
 Simpatolíticos ou anti-adrenérgicos.
Bloqueadores da Junção Neuromuscular.
Colinérgicos, anti-colinérgicos, anticolinesterásicos.
Farmacologia do Sistema Nervoso Central.
 Ansiolíticos e anticonvulsivantes.
 Hipnoanalgésicos.
 Anti-inflamatórios
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Antimicrobianos.
 Antivirais.
 Antifúngicos.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
SPINOSA, H.S. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária, 4.ed., Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A., 2006.
 
GOODMAN, L.S., GILMAN, A. As Bases Farmacológicas da Terapêutica, 11.ed., Rio de Janeiro:McGRAW-HILL, 2007.
JONES, L.M. Farmacologia e Terapêutica em Veterinária, Barcelona: Ediciones Jover, 2003.
 
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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
RANG, H.P. DALE., et al., Farmacologia, 5.ed., Rio de Janeiro: Editora Elsevier LTDA. 2004.
 
VALLE, L.B.S. et al. Farmacologia integrada. São Paulo: Livraria Atheneu, 1991. 2 v.
 
HARVEY, R. A.; CHAMPE, P.C. Farmacologia ilustrada. Porto Alegre: Artes Medicas, 1998.
 
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FIO – Faculdades Integradas de Ourinhos
Farmacologia Veterinária I
INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA VETERINÁRIA
Profa. MD. PhD. Isabela Bazzo
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CONCEITO
phármakon: (grego) fármaco, droga ou medicamento.
É A CIÊNCIA QUE ESTUDA A AÇÃO DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS EM UM ORGANISMO VIVO.
 Mitridates VI 123 a 63 a.C. – venenos
 Dioscórides (séculos II – III a.C.) – plantas medicinais (exército)
 Galeno (Pai da Fisiologia Experimental)
 Avicena – cânfora e noz vômica
 Paracelso – poucos ingredientes na formulação
 Hahnemann (1843) – homeopatia
 François Magendie (1855) – sistemática de ação das drogas.
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DEFINIÇÕES
DROGA: droog – seco – reino vegetal. Refere-se a qualquer substância química que possa, em quantidades suficientes, produzir alterações em um organismo vivo.
MEDICAMENTO: medicamentum – curar. Substância química destinada a curar, diminuir, prevenir e/ou diagnosticar enfermidades (efeitos benéficos). 
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3. FÁRMACO: termo usado como sinônimo de droga ou medicamento.
4. REMÉDIO: tudo o que cura (agentes químicos ou físicos).
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A FARMACOLOGIA APLICADA À 
MEDICINA VETERINÁRIA
FARMACODINÂMICA FARMACOLOGIA CLÍNICA FARMACOCINÉTICA
FARMACOGNOSIA IMUNOFARMACOLOGIA FARMACOTÉCNICA
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FORMAS FARMACÊUTICAS
	Quando os medicamentos se apresentam dispostos para o uso imediato, resultante da mistura de substâncias adequadas para determinadas finalidades terapêuticas.
 maneira como as drogas se apresentam para o uso.
 de acordo com a forma farmacêutica, têm-se a via de administração.
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SUBSTÂNCIAS COMPONENTES DE 
UMA FORMA FARMACÊUTICA 
Substância ativa:
Base
Adjuvante
Corretivo:
Edulcorantes
Corantes
Veículo:
Excipiente
Intermediário
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COMPONENTES DE UMA
 FORMULAÇÃO 
SUBSTÂNCIA ATIVA  representa o componente da formulação responsável pelas ações farmacológicas.
No caso de haver mais de uma substância ativa, teremos:
Base: é a substância ativa com maior atividade farmacológica, quer pelo seu potencial de ação, quer pelo seu volume.
Adjuvante: outra(s) substância(s) ativa(s) que complementam a ação da base.
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VEÍCULO  parte da forma farmacêutica que lhe confere forma e volume, gerando maior estabilidade e apresenta ação farmacológica.
Excipiente: é o veículo que tem ação passiva (destina-se a dar forma e aumentar o volume);
Intermediário: estabilidade física e homogeneidade.
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CORRETIVO  todo ingrediente encontrado numa formulação que visa corrigir o produto final em suas propriedades organolépticas e visuais.
Edulcorantes: conferem sabor agradável à preparação.
Corantes: conferem cor as formas farmacêuticas.
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CLASSIFICAÇÃO DAS 
FORMAS FARMACÊUTICAS 
FORMAS FARMACÊUTICAS MAGISTRAIS: são aquelas cuja fórmula é de autoria do clínico.
FORMAS FARMACÊUTICAS OFICINAIS: são aquelas cuja fórmula e técnica encontram-se inscritas e descristas nas Farmacopéias em Formulários.
 
FORMAS FARMACÊUTICAS DE ESPECIALIDADES: encontram-se preparadas e embaladas, apresentam nome fantasia ou o próprio nome da substância ativa de sua formulação.
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1. QUANTO À FORMA FÍSICA 
SÓLIDAS
Cápsulas
Comprimidos (orais e vaginais)
Drágeas
Hóstias
Implantações
Óvulos 
Papéis
Pérolas
Pílulas
Pós
Supositórios
PASTOSAS
Cataplasma
Cremes
Pastas
Pomadas
Unguentos
Géis
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LÍQUIDAS
Alcoolatos
Alcoolaturas
Colutório
Emulsões
Enemas
Linimentos
Óleos medicinais
Poções
Tinturas
Xaropes
ESPECIAIS
Aerossóis
Sprays
Ampolas
Bandagens
Colírios
GASOSAS
Vaporização
Fumigação
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FORMA FÍSICA: SÓLIDAS 
CÁPSULAS: São pequenos invólucros destinados a conter, um pó ou um líquido. Tem forma cilíndrica e são formados por duas partes que se encaixam.
Gastro-resistentes: revestimento de quitina ou glúten
	
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COMPRIMIDOS: São formas farmacêuticas cilíndricas ou lenticulares, que resultam da compressão de um pó cristalino ou de um granulado.
Podem ser administrados via oral, subcutâneos e aplicados no local. 
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DRÁGEAS: São comprimidos revestidos por uma substância de modo a evitar a sua fácil desagregação, para:
Proteger a substância ativa da umidade e luz; 
Ocultar características organolépticas indesejáveis;
Facilitar a ingestão;
Proteger da destruição estomacal.
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ÓVULOS: preparações destinadas a serem introduzidas na vagina.
Os excipientes mais utilizados são gelatina glicerinada (hidrossolúveis) e manteiga de cacau (lipossolúvel). 
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PÓS: Substâncias separadas em dose individual/divididas para facilitar a administração, podem ser:
Simples: pulverização de substâncias dessecadas a baixa temperatura (25 oC);
Composta: resultante da mistura cuidadosa de pós simples incorporados em poções, xaropes, cápsulas, papéis, comprimidos ou aplicação tópica.
Obs: Devem ser protegidos da umidade e da luz.
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SUPOSITÓRIOS: Apresentam consistência firme, forma cônica, destinadas a serem inseridas no reto, onde devem desintegrar-se ou fundir-se a temperatura do organismo, liberando o fármaco e exercendo efeito local ou sistêmico.
 Os excipientes mais utilizados, são óleo de cacau (lipossolúvel) ou gelatina glicerinada (hidrossolúveis).
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CATAPLASMAS: São preparações geralmente magistrais, de aplicação tópica na pele. 	
Farinha: linhaça, amido, fécula, água, … misturados são levados ao fogo até obter a consistência desejada.
Efeito de vasodilatação local.
FORMA FÍSICA: PASTOSAS 
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CERATOS: São um tipo de pomada, em que o excipente é constituído por uma mistura de cera e óleo.
PASTAS: São pomadas espessas devido a grande quatidade de pó insolúvel que veiculam. Podem ser dérmicas ou orais.
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CREMES: o excipente utilizado é água/óleo (creme) ou óleo/água (Cold-cream). 
Óleos emulsionados em 60 a 80% de água, de modo a formar um líquido espesso ou um sólido mole.	
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POMADAS: São preparações de consistência mole, destinadas a serem aplicadas externamente. 
Preparações semi-sólidas numa base (lanolina ou vaselina)
Completa ou moderadamente absorvidas pela pele
Conservam a umidade pelo que aumentam a absorção do fármaco
São o veículo mais eficaz para a absorção de fármacos pela pele.
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 UNGUENTO: Medicamento utilizado sob a forma de papa, extraído de plantas, gorduras animais ou resíduos minerais, que se aplica sobre alguma parte do corpo dolorida ou inflamada.
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ALCOOLATOS: São preparações farmacêuticasque se obtém pela maceração alcoólica de plantas frescas, seguidas de destilação.
ALCOOLATURAS: São preparações que resultam da ação disssolvente do álcool a frio nas graduações de 75, 80 ou 95°, sobre plantas frescas, com o objetivo de retirar a substância ativa.
FORMA FÍSICA: LÍQUIDAS 
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COLUTÓRIOS: São preparações magistrais destinadas a serem depostas na mucosa bucal ou orofaríngeana. São soluções viscosas devido à presença de mel ou glicerina. As substâncias ativas empregues são anti-sépticos. 
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EMULSÕES: São sistemas dispersos constituídos por duas fases líquidas, que podem ser feitas a partir de água em óleo (A/O) ou o contrário (O/A).
Disfarça o mau sabor ou proporcionar uma melhor solubilidade do fármaco.
Devem ser agitadas antes da administração.	
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ELIXIRES: São preparações de fármacos num solvente alcoólico.
Utilizados para fármacos não solúveis em água.
ENEMAS OU CLÍSTER: destinadas a serem introduzidas na porção terminal do intestino.
pode ser líquidos (chás de plantas apropriadas, geralmente
 camomila, hortelã, goiabeira). 
Essa prática ajuda a limpeza intestinal, o que favorece o 
bem-estar do doente febril ou com doenças agudas. 
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LINIMENTOS: Preparações oficinais ou magistrais, destinadas exclusivamente a uso externo, em unção ou fricção sobre a pele
Efeito vasodilatador por ação do movimento mecânico de massagem.
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ÓLEOS MEDICINAIS: Podem ser preparados por dissolução simples da tintura medicamentosa em um óleo fixo (azeite, soja, girassol, algodão, ...) ou por extração dos princípios ativos de plantas secas. 
POÇÕES: São preparações oficinais ou magistrais, que devem ser consumidas rapidamente.
A substância ativa pode estar dissolvida, suspensa ou emulsificada. 
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SOLUÇÕES: Misturas homogêneas de duas ou mais substâncias ativas (normalmente sólidas) em solventes líquidos (normalmente água), em concentrações inferiores à sua solubilidade à temperatura ambiente.
TINTURAS: São preparações oficinais que resultam da ação do álcool por maceração, sobre produtos secos de origem animal, vegetal ou mineral.
São soluções alcoólicas a 10 ou 20%
Pode ser utilizada por via tópica, poções ou xaropes. 
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CHÁ OU INFUSÃO: Resultam da ação da água sobre plantas secas, a fim de retirar a substância ativa. Podem ser obtivas por:
Maceração: Ação prolongada da água a temperatura ambiente sobre a planta seca. Utilizada para substâncias termolábeis;
Digestão: Ação prolongada em água morna (40 - 50°C) sobre a planta seca. Utilizada para substâncias termolábeis;
Decocção: Ação da água desde a temperatura ambiente até à ebulição sobre a planta. Utiliza-se para substâncias termo-resistentes. 
Infusão: Ação instantânea da água fervente sobre a planta.
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XAROPES  São formas farmacêuticas em que a substância ativa, sob a forma de pó ou líquido se encontra dissolvida numa solução aquosa açucarada concentrada (1 parte de água para 2 partes de açúcar).
Vantagens  correção de sabor desagradável do fármaco e conservação do mesmo na forma farmacêutica de administração. 
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VAPORIZAÇÕES: São formas farmacêuticas magistrais resultantes da libertação de vapor de água por si só, ou contendo anti-sépticos, e que se destinam a ser inalados.
FORMA FÍSICA: GASOSAS
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 FUMIGAÇÕES: São gases resultantes da combustão de determinadas plantas, ou liberação de gases com fins desinfetantes de espaços ou dirigidos para as vias resiratórias com fins medicamentosos anti-sépticos - inalação
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 Denominam-se formas farmacêuticas especiais aquelas que, ou não se podem facilmente inserir num determinado grupo, ou que tem inserção em mais de um grupo.
AEROSSÓIS: Se caracterizam por constituírem um “nevoeiro não molhante” formado por micro gotas (diâmetro entre 0,05 - 0,2 micrômetro).
Formam uma suspensão coloidal, em que a fase contínua é o gás e a fase dispersa é o líquido. 
FORMAS ESPECIAIS
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SPRAYS  São semelhantes aos aerossóis, mas o diâmetro da partícula é maior (0,5 micrômetro), podem ser considerados “nevoeiros molhantes”.
AMPOLAS: São tubos de vidro ou plástico, colorido ou incolor, estirados nos dois topos, ou pequenas “garrafas” seladas, podem conter líquido ou pó.
FIM!!!
Servem para facilitar a esterilização e conservação do seu conteúdo;
O pó normalmente é utilizado na preparação extemporânea de solutos injetáveis.
O conteúdo poder ser aplicado via parenteral, 
oral ou tópico.

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