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Aula 10 - RECURSO ORDINARIO CONSTITUCIONAL

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PROCESSO DE CONHECIMENTO II – Prof. Francis Vanine de Andrade Reis
AULA 10
RECURSOS EM ESPÉCIE
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
Conceito: recurso que combate os acórdãos proferidos pelos Tribunais em sede de competência originária, quando forem denegatórios da pretensão do autor, seja quanto ao mérito, seja quanto a questões processuais. – art. 539 CPC – análogo à apelação (regra geral), cabendo discussão do direito subjetivo da parte (princípio do duplo grau de jurisdição). 
OBS: decisão parcialmente denegatória: cabimento do ROC apenas da parte que impôs derrota ao impetrante – da parte que julgou procedente o pedido caberá RE/REsp – julgamento conjunto dos recurso no pleno do STF (S. 299).
Fungibilidade entre ROC e RE/REsp: impossibilidade (S. 272, STF).
CABIMENTO: 
2.1. Para o STF: denegação� de: 
a) MS (mandado de segurança); 
b) HD (habeas data); 
c) MI (mandado de injunção) de competência originária de Tribunais Superiores (STJ, TSE, STM e TST) – 539, I, CPC.
2.2. Para STJ: 
2.2.1. Denegação de: MS de competência originária dos TRF’s e TJ’S – 539, II, “a”, CPC.
2.2.2. Julgamento de: ações que envolvam Estado estrangeiro ou organismo internacional X pessoa residente/domiciliada no Brasil ou Município Brasileiro – 539, II, “b”, CPC – são ações de competência originária da Justiça Federal (109, II, CF)�.
OBS: Julgamento de HD em tribunal regional: cabimento pelo art. 20, II, L. 9.507/1997�.
Objetivo: os mesmos da apelação – neste caso, o STJ e STF funcionam como revisores ordinários (princípio do duplo grau de jurisdição) – 247, RI-STJ.
Dinâmica: procedimento regulado pelos RI-STJ e RI-STF
Prazo: 15 dias (498, CPC).
Interposição: perante o órgão a quo.
Tramitação: segue as regras da apelação�-� - sempre há oitiva do MP no STJ ou STF (35, L. 8.038/1990) e não há a presença do revisor (40, L. 8.038/1990).
Julgamento: pelo STF (art. 539, I) ou STJ (art. 539, II) – art. 540 CPC – aplicação das regras da apelação e do agravo.
OBS: decisão monocrática do relator: deve ser impugnada por agravo interno – só a decisão colegiada denegatória pode ser impugnada por ROC.
Decisões interlocutórias proferidas em ações de Estado estrangeiro x brasileiro (539, II, b, CPC) – cabimento de recurso ordinário análogo ao agravo por instrumento para o STJ (539, parágrafo único, CPC), inclusive quanto à prelibação negativa da “apelação” ou quanto a seu efeito suspensivo�.
Embargos infringentes: não cabem, porque não se trata de apelação�.
Recurso adesivo: não cabe pelos mesmos motivos.
Reexame necessário: também não cabe, já que se trata de causa de competência originária dos tribunais, a não ser no caso de ação de Estado estrangeiro ou organização internacional e Fazenda Pública municipal nacional.
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� Para Elpídio Donizetti e Cassio Scarpinella Bueno, cabe mesmo quando a decisão extinguir o processo sem julgamento do mérito.
� Casos que envolvam Estado estrangeiro e organismo internacional x União ou Estado Membro são de competência do STF (102, II, e, CF).
� Para Cassio Scarpinella Bueno o referido dispositivo é inconstitucional, visto que a competência do STF e STJ só pode ser definida pela CF, não por lei infraconstitucional.
� Contra a decisão que não recebe o ROC, há ampla polêmica. No STJ, a jurisprudência majoritária é pelo não cabimento do agravo de instrumento. Nesses casos, deve ser apresentado agravo regimental ao órgão colegiado e, após, recurso especial. Nesse sentido: PROCESSO CIVIL – SERVIDORES PÚBLICOS ESTADUAIS - AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA DESPACHO QUE JULGOU INTEMPESTIVO RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA - NÃO CONHECIMENTO - AG. REGIMENTAL - IMPROPRIEDADE DA VIA ELEITA. 1 – O Agravo de Instrumento inscrito no art. 544, do Código de Processo Civil, não configura o meio processual adequado para se reexaminar decisão proferida em Recurso Ordinário em Mandado de Segurança julgado intempestivo. Cabível, nestas hipóteses, o chamado agravo regimental ou interno, submetendo a decisão que decretou a deserção e obstou, com isso, eventual subida do recurso, ao crivo do Colegiado de origem.
2 – Precedente (Ag. Reg. Ag nº 367.105/SP). 3 - Agravo regimental conhecido, porém, desprovido. (AgRg no Ag 388.317/GO, Rel. Ministro JORGE SCARTEZZINI, QUINTA TURMA, julgado em 02/04/2002, DJ 20/05/2002, p. 182)No STF, porém, há precedente pelo cabimento do agravo: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. ALEGAÇÃO DE USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DESTA CORTE. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE. INVASÃO DO MÉRITO DO RECURSO. INOCORRÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I - O Código de Processo Civil dispõe que, quanto à admissibilidade de recurso ordinário, devem-se observar os procedimentos previstos para a apelação e que a mesma não será recebida quando estiver em conformidade com Súmula do STJ ou do STF. II - Verificou-se, no juízo de admissibilidade, que o acórdão estava em consonância com a Súmula 267 desta Corte, e, aplicando-se o disposto do Código de Processo Civil, negou-se seguimento ao recurso ordinário. III - O recurso cabível, no caso, seria o agravo de instrumento e não a reclamação. (Rcl 5153 AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 11/10/2007, DJe-142 DIVULG 13-11-2007 PUBLIC 14-11-2007 DJ 14-11-2007 PP-00039 EMENT VOL-02299-01 PP-00137). Essa é a tese defendida, com razão, por Cassio Scarpinella Bueno. Nos casos de ações que envolvam estado estrangeiro, porém, é amplamente admitida a utilização do agravo de instrumento.
� Na decisão denegatória que revoga liminar anteriormente deferida, não cabe efeito suspensivo automático. Assim, para consegui-lo deve a parte apresentar medida cautelar originária junto ao STJ ou STF (incabível, aqui, o agravo de instrumento). Nesse sentido: MEDIDA CAUTELAR. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. EFEITO SUSPENSIVO. TRATAMENTO DE HEPATITE C. FORNECIMENTO DE MEDICAÇÃO. LIMINAR DEFERIDA. 1. Evidenciada nos autos a real possibilidade de êxito do recurso ordinário interposto, assim como assim o risco de ineficácia da medida acautelatória postulada caso provido o apelo, há de ser concedida a liminar pleiteada. 2. O juízo firmado em sede de medidas de natureza cautelar é naturalmente precário, porquanto lastreado na plausibilidade do direito argüido pela parte, estando essas decisões sujeitas a posterior confirmação ou revogação. Não se pode, por isso mesmo, confundir esse exame, realizado com base em juízo de delibação essencialmente provisório e sumário, com aquele mais profundo e detalhado, próprio da fase de cognição plena e exauriente. 3. Agravo regimental improvido. (AgRg na MC 12.061/SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA TURMA, julgado em 23/10/2007, DJ 13/11/2007, p. 519).
� Agravo de instrumento. Prazo. Estado estrangeiro. Decisão interlocutória. 1. Contra decisão interlocutória de Juiz Federal em processo no qual seja parte Estado estrangeiro cabe a interposição de agravo de instrumento, que deve ser protocolado diretamente na Secretaria do Superior Tribunal de Justiça ou postado no correio dentro do prazo legal, a teor dos artigos 539 e 540 combinados com os artigos 524 e 525, todos do Código de Processo Civil. 2. O prazo recursal do Estado estrangeiro não é interrompido ou suspenso pela apresentação, no decêndio legal, do agravo na Secretaria de Tribunal incompetente para processá-lo e julgá-lo. 3. O agravo é manifestamente intempestivo, já que remetido a esta Corte, competente para apreciá-lo, fora do decêndio legal. 4. Agravo de instrumento não conhecido. (Ag 410.661/DF, Rel. Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, TERCEIRA TURMA, julgado em 21/02/2002, DJ 01/04/2002, p. 187)
� Em sentido contrário, pelo cabimento, Cassio Scarpinella Bueno.
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