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Identificação de Cliente, Crime e Ação Penal

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AULA 1 – 06/05/2013
FAZER ESQUELETO:
1) IDENTIFICAR O CLIENTE: 
Identificar a parte que eu estou defendendo;
Identificar a parte contrária.
2) IDENTIFICAR O CRIME:
Identificar o crime/pena.
Se o enunciado trouxer o tipo, anotar.
Se o enunciado apenas descrever a conduta: tipificar.
3) IDENTIFICAR A AÇÃO PENAL:
- Ação Penal Pública
Pública Incondicionada (regra).
Pública condicionada à representação do ofendido/requisição do Ministro da Justiça.
- Ação Penal Privada
Propriamente dita;
Personalíssima;
Subsidiária da Pública (Quando o MP não se manifestar no prazo legal) – 5 dias preso e 15 dias solto – art. 46, CPP.
IDENTIFICAR A AÇÃO PENAL RELATIVA AO CRIME SEGUINDO OS SEGUINTES PASSOS:
1º passo: verificar no próprio tipo penal.
2º passo: verificar as disposições gerais ou finais. Ex: art. 145. 
3º passo: verificar a situação especial do crime de lesão corporal:
	- Art. 129, caput e § 6º: vide art. 88, da Lei 9.099/95 (representação)
	
- Art. 129, §9º: lesão leve com violência doméstica.
		Contra Homem: art. 88, da Lei 9.099 (representação)
		Contra Mulher: art. 41, da Lei 11.340/06 (ou seja, não se aplica a Lei 9.099). Neste caso, a ação penal é pública incondicionada. 
- Art. 303, da lei 9.503/97: na lei de trânsito. Observar art. 291, § 1º. OU SEJA: tambem se aplica o artigo 88, da Lei 9.099 (depende de representação do ofendido – salvo algumas hipóteses que contem no próprio parágrafo 1º).
4) IDENTIFICAR O RITO:
COMUM (PENA): 
	- Ordinário (pena = ou maior que 4 anos)
	- Sumário (pena menor que 4 e maior que 2 anos)
	- Sumaríssimo (pena não superior a 2 anos)
ESPECIAL (CRIME):
	- CPP
		Do júri (art.
		Contra funcionário público (art. 513)
		Contra a honra (art. 519)
		Contra propriedade imaterial (art. 524)
	- LPE
		Drogas
Identificar o rito processual seguindo os seguintes passos:
1º passo: verificar se é infração de menor potencial ofensivo. Caso seja, o rito é sumaríssimo. Caso não seja, passar ao passo seguinte.
2º passo: verificar se há previsão de rito especial. Caso haja, identificar o rito. Caso não haja, passar ao passo seguinte.
3º passo: verificar de acordo com a pena, se o rito é sumário ou ordinário.
Obs: se o crime for praticado em situação de violência doméstica ou familiar contra a mulher, qualquer que seja a pena não se aplica o rito sumaríssimo.
5) SURSIS PROCESSUAL:
Pena mínima igual ou inferior a 1 ano (art. 89, CPP).
AULA 1 – 07/05/2013
Copiar matéria...
AULA 2 – 08/05/2013
TESES DE MÉRITO:
Serão ora classificadas como essenciais e ora subsidiárias.
As essenciais buscam, em regra, a absolvição. As subsidiárias buscam o abrandamento da pena.
Tipicidade: objetiva / subjetiva
É a perfeita adequação do fato ao modelo normativo.
A tipicidade objetiva pode ser formal ou material.
A tipicidade formal é aquela relacionada com a letra da lei.
A tipicidade material é aquela que se relaciona com o conteúdo da norma proibitiva. Pode ser afastada por princípios constitucionais penais, como insignificância e adequação social.
Pela insignificância, riscos e lesões mínimas não merecem relevância penal.
A reincidência interfere na insignificância? Nas cortes superiores prevalece que sim. Critica da segunda turma do supremo: a reincidência não pode interferir na insignificância pois, de outra forma, o sujeito seria punido pelo que é, e não pelo que fez. O direito penal brasileiro é do fato e não do autor.
Os tribunais superiores indicam como requisito, mínima ou nenhuma:
PERICULOSIDADE
REPROVABILIDADE
OFENSIVIDADE
LESIVIDADE
Adequação social: conduta socialmente adequada não merece relevância penal. A criação de riscos juridicamente permitidos, e também a diminuição de riscos, é socialmente adequada e, por isso, não tem relevância penal. Hoje, essa afirmação é o centro da teoria da imputação objetiva.
Consumação e Tentativa: 
Tentativa: iniciada a execução o sujeito não alcança a consumação por circunstâncias alheias à sua vontade.
Punição da tentativa: pena do crime consumado, diminuída de 1/3 a 2/3. A diminuição será tanto maior quanto mais distante da consumação e vice versa.
Desistência voluntária e arrependimento eficaz:
Desistência voluntária: o sujeito, após iniciada a execução, por ato voluntário, desiste de nela prosseguir, impedindo a consumação. Conseqüência: fica afastada a tentativa e o sujeito só responde pelos atos já praticados.
Arrependimento eficaz: após terminar o plano executório, o sujeito, por ato voluntário, atua de forma eficiente a impedir a consumação.
A conseqüência das duas é a mesma.
Na desistência voluntária basta interromper a execução para impedir a consumação.
No arrependimento eficaz é necessária a ação salvadora para impedir a consumação.
Crime impossível: a conduta é muito semelhante à criminosa, mas não tem relevância penal pela ausência de risco ao bem jurídico.
Tipos de crime impossível:
Impropriedade absoluta do objeto: O objeto material, ou seja, aquilo sobre o que recai a conduta do autor, não reveste um bem jurídico.
Inidoneidade absoluta do meio: O meio escolhido pelo sujeito, no caso concreto, não é capaz sequer de trazer risco ao bem jurídico.
Sobre a arma de brinquedo: não gera risco à vida, mas pode facilitar o roubo, embora não configure causa de aumento no art. 157, do CP.
Obra do agente provocador: se há intervenção de terceiro na dinâmica causal do fato tendo este tomado providências anteriores para impedir o risco ao bem jurídico. 
Obs: lembrar que a súmula 145, do STF, esclarece que não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a consumação.
O flagrante preparado/provocado é invalido, pois trata-se de crime impossível por obra do agente provocador: é fato atípico que não pode gerar prisão em flagrante.
Antijuricidade:
Significa proibição. É a contrariedade do fato com a totalidade do ordenamento.
Todo fato típico será antijurídico, salvo se presente uma excludente de antijuridicidade. As excludentes de antijuridicidade estão arroladas, a princípio, no art. 23, do CP. Na parte especial, também pode ser encontradas excludentes de antijuridicidade, dentre as quais se destaca o aborto legal (art. 128, CP). Doutrina e jurisprudência aceitam causas extralegais excludentes da antijuridicidade, dentre as quais se consagra o consentimento do ofendido (o bem deve ser disponível e o sujeito capaz de consentir).
Requisito subjetivo das excludentes: para ser beneficiado pela excludente de antijuridicidade o sujeito deve conhecer a situação de fato que justifica a sua conduta.
Legítima defesa: art. 25, CP.
Requisitos: 
Injusta agressão: Agressão é o ato lesivo humano. No caso de forças da natureza pode configurar o estado de necessidade. Injusta. Toda agressão é injusta, salvo se acobertada de uma excludente de antijuridicidade. É inviável a legítima defesa real recíproca, ou seja, que duas pessoas estejam ao mesmo tempo em legítima defesa real uma contra a outra.
A injusta agressão tem que ser atual ou iminente: Não cabe contra agressão passada ou futura. Se a agressão é passada acaba configurando vingança.
Bem jurídico próprio ou de terceiro.
Meio necessário: é o meio menos lesivo ao alcance do sujeito suficiente para afastar a agressão. Comentários: a necessidade do meio não deve ser medida com precisão matemática; meio único é sempre meio necessário.
Uso moderado: é o emprego do meio necessário da forma menos lesiva suficiente para afastar a agressão.
Excesso: é o transbordar os limites da excludente. Pode ser doloso, culposo e exculpante. Doloso: o sujeito se vale da situação de defesa para deliberadamente atacar, movido por emoções fortes, como a raiva, a ira, a vingança, etc.. Conseqüência: responde pelos atos em excesso a título de dolo. Culposo: é o transbordar os limites da excludente por culpa. Aqui o sujeito é movido por afetos fracos, como o medo, pânico, desespero. Consequência: responde pelosatos em excesso a título culposo. Exculpante: é o que não deriva de dolo nem culpa. Também é movido por afetos fracos, ou seja, medo, pânico, desespero. Consequência: sem dolo ou culpa = irrelevante penal. Chamamos de legítima defesa subjetiva, aquela em que há excesso exculpante.
Culpabilidade: 
É igual a censurabilidade. São excludente de culpabilidade a inimputabilidade, o erro de proibição inevitável e a inexigibilidade de conduta diversa.
O inimputável do artigo 26, do CP, que pratica fato típico e antijurídico receberá medida de segurança em uma sentença de absolvição imprópria.
Isenção de pena:
Vide art. 181 e 348, § 2º, do CP.
Falta de prova:
Extinção da punibilidade:
AULA 3 – 09/05/2013
RESPOSTA À ACUSAÇÃO:
Cabimento: 
Art. 396 e 396-A, do CPP.
Identificação: a última informação processual é de que houve a citação do réu, ou foi determinada.
Competência:
Vara comum. Que pode ser ESTADUAL ou FEDERAL.
Exemplos de endereçamento:
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Criminal da comarca de ...
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ... Vara Criminal da Justiça Federal da Seção Judiciária de ...
Legitimidade:
Apenas o réu.
No preâmbulo, temos 7 pontos, ou seja: nome; qualificação/já qualificado; advogado/procuração; vem respeitosamente; apresentar; peça; e, fundamento.
Tício, já qualificado nos autos do processo crime que lhe move a Justiça Pública, por seu advogado que esta subscreve, conforme procuração anexa, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com fulcro nos artigos 396 e 396-A, do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
Prazo:
 O prazo é de 10 dias, a partir da citação. O prazo é processual, ou seja, começa a contar no primeiro dia útil seguinte.
Ex: no caso de citação na 5ª feira (dia 09/05), o último dia será 2ª feira (dia 20/05), pois o décimo dia é no domingo, e se prorroga até o próximo dia útil.
Ex: no caso de citação na 6ª feira (dia 10/05), o último dia útil será 4ª feira (dia 22/05), pois o primeiro dia não é útil, começando na segunda feira, pulando o sábado e domingo.
Teses e Pedidos:
a) Tese: nulidade (art. 564, CPP) – Pedido: anulação.
b) Tese: extinção da punibilidade (art. 107, CP) – Pedido: absolvição sumária (art. 397, IV, CPP).
c) Tese: mérito (Ex: art. 20, CP) – Pedido: absolvição sumária (art. 397, I ou II ou III, CPP).
Pedido subsidiário:
Caso assim não se entenda, que sejam intimadas as testemunhas a seguir arroladas (arrolar 03 testemunhas). Se pedirem o máximo, será 8, no ordinário e 5, no sumário.
Obs: não é o momento oportuno para requerer a desclassificação. Mas, se estiver claro que o crime praticado difere do crime imputado, deve-se alegar isso na tese, e formular pedidos relacionados a esse crime.
Obs: não há possibilidade na RA de alegaram-se teses relativas à aplicação da pena (ex: pena no mínimo, valor mais baixo da multa, etc.)
Exemplo de parte final da peça:
“
Diante do exposto, requer seja anulado o processo “ab initio”. Caso assim não se entenda, requer seja absolvido sumariamente o réu, com fulcro no artigo 397, inciso III, do CPC. Caso não sejam acolhidas as teses anteriores, requer sejam intimadas as testemunhas a seguir arroladas:
Rol de Testemunhas:
1 – nome, qualificação, endereço;
2 – nome, qualificação, endereço;
3 – nome, qualificação, endereço.
Termos em que,
Pede deferimento
Local, data
Advogado
OAB nº
”
TESES DE DEFESA NA R.A.:
Nulidade: art. 564, CPP.
- Incompetência;
- Ilegitimidade;
- Falta de representação ou de requisição;
- Inépcia da inicial;
- Falta de justa causa (falta de prova mínima).
Extinção da punibilidade (art. 107, CP)
- morte;
- abolitio criminis;
- prescrição/decadência/perempção;
- renúncia/perdão;
- retratação;
- pagamento do tributo (art. 83, da lei 9.430/97);
- reparação do dano (art. 312, § 2º, da lei ...);
Mérito:
- atipicidade;
- excludente de ilicitude (art. 23, 24 e 25, CP);
- excludente de culpabilidade (art. 21, 22 e 28, §1º, do CP);
- escusa absolutória (art. 181 e 348, do CP).
DA APLICAÇÃO DA PENA:
Fixação da pena: art. 68, CP (SISTEMA TRIFÁSICO)
Classificação das circunstâncias:
Judiciais
Legais
- Legais: 
Qualificadoras: são as circunstâncias que trazem novos limites expressos para a pena.
Agravantes (art. 61 e 62, CP) e atenuantes (art. 65 e 66, CP... a do 66 é genérica). Para parte da doutrina, a co culpabilidade pode ser reconhecida como atenuante inominada do art. 66, do CP. Co culpabilidade é o resultado dos diversos fatores sociais que influenciam a prática criminosa. Se a sociedade influenciou o crime, deverá repartir a censura com o infrator abrandando, assim, a sua pena.
Causas de aumento e diminuição: são aquelas que aumentam ou diminuem a pena em fração.
- Judiciais: art. 59, CP
	Discutir as circunstâncias do art. 59, seria uma tese de mérito secundária.
SISTEMA TRIFÁSICO:
1ª FASE: O objetivo é fixar a pena base, ou seja, em um primeiro momento, deverá o juiz fixar os limites da pena, partindo do preceito secundário do tipo ou da qualificadora. Em seguida, deverá o magistrado, partindo do mínimo, fixar a pena base, ponderando as circunstâncias judiciais.
A interferência de uma circunstância judicial na pena depende do prudente arbítrio do juiz.
Na primeira fase, o juiz não poderá desobedecer os limites fixados.
2ª FASE: O objetivo é fixar a pena intermediária. Partindo da pena base, o juiz irá valorar as agravantes e atenuantes. As atenuantes e agravantes também tem a influência dirigida pelo prudente arbítrio do juiz. A súmula 231, do STJ, não permite que sejam transbordados os limites. Obs: para parte minoritária da doutrina, as atenuantes podem trazer a pena a quem do mínimo, em razão da expressão “sempre”, do art. 65, do CP.
3ª FASE: Pena definitiva. Partindo da pena intermediária, o juiz fará incidir as causas de aumento e diminuição. Nesta fase, a pena pode transbordar dos limites mínimo e máximo.
Fixação de regime Inicial: art. 33, CP.
						Reclusão		Detenção
Pena < ou igual a 4 anos			aberto			aberto
Pena > 4 e < ou igual a 8 anos			semiaberto		semiaberto
Pena > 8 anos					fechado		semiaberto
Exceções:
						Reclusão		Detenção
Pena < ou igual a 4 anos			semiaberto		semiaberto
Pena > 4 e < ou igual a 8 anos			fechado		
Nas exceções, temos:
Reincidente: pega o regime mais grave possível.
Súmula 269, do STJ: ao reincidente condenado à pena não superior a 4 anos de reclusão, será possível a fixação de regime semiaberto.
Circunstâncias do caso concreto: recomendam, se for o caso, regime mais grave.
As súmulas 719 e 718, do STF, esclarecem que a opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime, não legitima a fixação de regime mais grave do que o recomendado pela quantidade da pena.
Sumula 440, do STJ: fixada a pena base no mínimo legal, não pode o juiz aplicar regime mais grave que o indicado pela quantidade da pena, baseando-se na gravidade abstrata do delito.
Previsão legal de regime inicial fechado:
a) Lei de crimes hediondos;
b) Lei do crime organizado;
c) Lei de tortura.
Comentário: o STF pacificou que o regime inicial fechado da lei de crimes hediondos é inconstitucional, pois viola a individualização da pena.
Obs: O art. 387, § 2º, do CPP, manda computar na pena que servirá de base para o regime inicial o tempo de prisão processual.
PENA RESTRITIVA DE DIREITOS:
A pena privativa de liberdade poderá ser substituída por restritiva de direitos se presentes os requisitos (art. 44, CP):
Crime sem violência ou grave ameaça (dolosa);
Se o crime for doloso, a pena não pode superar 4 anos. Culposo, pode ser qq pena;
Não pode ser reincidente no mesmo crime doloso;
Circunstâncias favoráveis.
SURSIS (art. 77, do CP) – “sursis” da pena:
O objetivo da suspensão condicional da pena, do art. 77, do CP, é impedir a prisãode curta duração.
Obs: primeiro se pede a restritiva de direitos, para depois, se for o caso, pedir o “sursis”.
Requisitos:
Tem que ser Inviável conversão em P.R.D.
Pena privativa de liberdade que não supere 2 anos. Obs: se o sentenciado for maior de 70 anos ou gravemente enfermo, o requisito passa a ser pena que não supere 4 anos. São os chamados “sursis” etário e humanitário.
Não pode ser reincidente em crime doloso. Obs: se a condenação anterior for pena de multa, permite-se o “sursis”.
Circunstâncias favoráveis.
MEMORIAIS:
Encerrada a produção da prova no rito ordinário, deverá ser aberta oportunidade para debates orais. No entanto, em 3 situações a lei permite a conversão dos debates orais em memoriais escritos:
Art. 403, “caput”, do CPP (se deferidas diligências complementares).
Art. 403, § 3º, do CPP (complexidade da causa).
Art. 403, § 3º, do CPP (grande número de acusados).
Prazo: 5 dias.
A manifestação da defesa nos debates ou em memoriais escritos é essencial. A ausência gera nulidade por cerceamento de defesa.
Peculiaridades:
Em sede de memoriais, o querelante deve formular pedido expresso de condenação. A ausência gera perempção, extinguindo a punibilidade.
Nos ritos em que não há previsão de memórias, deverá ser aplicado o art. 403, por analogia.
TESES E PEDIDOS:
1ª	tese: nulidade – pedido: anulação
2ª	tese: extinção da punibilidade – pedido: extinção da punibilidade
3ª	tese: de mérito (atipicidade, excl. de antijuridicidade, culpabilidade, isenção de pena,
falta de provas) – pedido: absolvição
4ª	tese: punição excessiva – pedido: desclassificação, pedido sobre circunstâncias, 
Pedido sobre o regime, posteriormente pedido de penas restritivas de direito e,
posteriormente, pedido de “sursis” (obs: sempre nessa ordem e jamais a PRD 
cumulada com “sursis”).
Pedidos subsidiários:
Se houver vítima, deve ser feito pedido para que o juiz fixe no mínimo o valor de eventual indenização.
Direito de recorrer em liberdade.
PEÇA: MEMORIAIS
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Criminal da Comarca de ... (juiz da causa)
Autos nº ...
	Fulano, já qualificado nos autos, vem pela presente, por seu advogado infra-assinado (doc. anexo), apresentar MEMORIAIS, com fulcro no art. 403, § 3º, do CPP, nos termos que passa a expor.
I – DOS FATOS
	
	(Paráfrase do problema)
	II – DO DIREITO
	Há evidente nulidade nos autos...
	O fato é atípico...
	É evidente o estado de necessidade. Possível perceber...
	O réu é inocente. Com efeito, ...
	III – DO PEDIDO
	Ante o exposto, requer seja reconhecida nulidade a partir da citação, nos termos supra- indicados. Subsidiariamente, requer seja absolvido, com base no art. 386, inciso **, do CPP. Ainda em caráter de subsidiariedade, requer seja reconhecida a confissão espontânea e, com a pena fixada no mínimo legal, diminuída em razão da tentativa. Requer, ainda, seja fixado regime aberto e convertida em restritiva de direitos, ou, subsidiariamente, seja concedido o “sursis”.
	Requer, ainda, seja fixado valor mínimo de indenização e assegurar o direito de recorrer o direito de liberdade.
	Termos em que
	Pede deferimento
	Local, data
	Advogado
	Oab...
Elaborar para 14/05 problema 7 (Antonio é presidente de um grande clube...). Indicar qual a tese, a competência, a peça e o pedido.
Cliente: Antonio.
Crime: Art. 121, §3º.
Rito: Sumário.
* Ele não aceitou a suspensão condicional do processo.
Fase: memoriais.
Vara: 1ª Vara Criminal de BH
Peça: memoriais (art. 403, § 3º, do CPP).
Competência: Juízo de Direito da 1ª Vara Criminal de Belo Horizonte.
Teses:
Pedidos: absolvição (art. 386, III, CPP); pena no mínimo legal (art. 59, CP); pena restritivas de direitos (art. 44, CP); regime aberto (art. 33, § 2º, “c”); fixação da indenização no mínimo legal (art. 387, IV, CPP); direito de recorrer em liberdade (art. 387, § único, CPP)
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal da comarca de Belo Horizonte
	Antonio, já qualificado nos autos do processo crime nº..., por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento no art. 403, § 3º, do CPP, apresentar MEMORIAIS, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
	I – DOS FATOS
	É atribuída ao acusado a conduta no art. 121, §3º, do Código Penal. Isto porque, segundo a acusação a vítima Cipriano morreu em decorrência de pular em uma piscina sem água suficiente.
	O acusado recusou a proposta de suspensão condicional do processo e, em audiência, os debates orais foram convertidos em memoriais escritos.
	II – DO DIREITO
	O acusado deve ser absolvido, com fundamento no art. 386, III, do CPP.
	O presente caso versa sobre tema fundamental do direito penal, qual seja, a responsabilidade subjetiva.
	No caso em tela, o acusado não pode ser responsabilizado penalmente, pois a sua conduta é atípica.
	Ora, Excelência, a conduta do acusado é omissiva e, neste caso, para ser responsabilizado, somente se existentes as hipóteses do art. 13, § 2º, do CP:
“§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;”
	O presidente do clube não tem obrigação legal de cuidado, proteção e vigilância. Da mesma forma, não assumiu a responsabilidade de impedir o resultado e tampouco houve comportamento anterior que criasse o risco de ocorrência do resultado.
	Dessa forma, o acusado deve ser absolvido, com fundamento no art. 386, III, do CPP.
	No entanto, caso não seja esse o entendimento, há pedidos subsidiários a serem observados por Vossa Excelência.
	Na remota hipótese de condenação deve a pena ser fixada no mínimo legal, nos termos do art. 59, do CP. O acusado é primário, tem bons antecedentes e, por isso, a pena deve ser fixada no mínimo legal. (forma alternativa: a pena deve ser fixada nos termos do art. 59, do CP, em seu patamar mínimo. Isto porque não há nenhuma circunstância desfavorável do art. 59)
	Também em caso de condenação deve haver a substituição por pena restritiva de direitos, nos termos do art. 44, do CP. Com efeito, trata-se de crime culposo, com réu não reincidente em crime doloso, e com as circunstâncias do art. 59, do CP, favoráveis.
	Da mesma forma, tendo em vista o montante da pena fixada, o único regime inicial possível é o aberto, nos termos do art. 33, § 2º, letra “c”, do CP.
	Por fim, em caso da fixação de indenização, deve ser no mínimo legal (art. 387, IV, do CPP), reconhecendo-se ao acusado o direito de recorrer em liberdade (art. 387, § único, CPP).
	III – DO PEDIDO
	Ante o exposto, requer seja julgado improcedente o pedido, absolvendo-se o acusado, com fundamento no art. 386, IIII, do CPP. Caso não seja esse o entendimento, requer a fixação de pena restritiva de direitos (art. 44, do CP); regime inicial aberto (art. 33, do CP); fixação de indenização no mínimo legal (art. 387, IV, CPP); pena no mínimo legal (art. 59, CP); direito de recorrer em liberdade, por ser medida de justiça
	Termos em que,
	Pede deferimento
	Local, data
	
	Advogado
	OAB nº...
APELAÇÃO:
Cabimento: art. 593, CPP
a) Art. 593, I, CPP: sentença absolutória ou condenatória.
Atenção: nas hipóteses envolvendo crime político da sentença cabe Recurso Ordinário Constitucional (ROC) para o STF (art. 102, II, “b”, da CF).
b) Art. 593, II, CPP: decisões definitivas ou com força de definitivas:
b.1) - Decisão do juiz que julga o pedido de restituição de coisa apreendida;
b.2) - Decisão do juiz que indefere o pedido de levantamento do sequestro;
b.3) - Decisão de juiz que não homologa o laudo nos crimes contra a propriedade imaterial. 
Atenção: se a decisão for do delegado, no caso do b.1, caberá mandado de segurança e não apelação.
Prazo:
- art. 593, CPP
- art. 600, CPP
- art. 82, Lei 9.099/95
-art. 598, CPP
Regra: interposição (5 dias) – razões (8 dias).
Exceção: JECRIM (10 dias) – não há interposição e razões = PEÇA ÚNICA.
2.1) – Termo a quo da apelação: 
Prolatada uma sentença, são intimados o réu e o advogado. A contagem se dá a partir daquele que foi intimado por último. Obs: sempre no próximo dia útil.
2.2) – Assistente da acusação:
Temos 2 prazos:
- se o assistente estiver habilitado, segue o prazo geral do CPP (5 dias – 8 dias).
- se o assistente não estiver habilitado, segue o art. 588, do CPP (15 dias).
Atenção: o prazo para o assistente de acusação começa imediatamente após o prazo do MP se encerrar.
Formalidades das peças:
INTERPOSIÇÃO:
Endereçamento DA INTERPOSIÇÃO: Juízo a quo (juiz estadual, juiz federal ou para o juiz do jecrim (aquele que cuja pena máxima não passe 2 anos))
Endereçamento DAS RAZÕES (TJ, TRF, TURMA RECURSAL)
Expressões usadas:
Interpor
*Recebida, processada e encaminhada
RAZÕES:
Apelante:
Apelada:
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Douto Procurador de Justiça
Em que pese o indiscutível saber..., impõe-se a reforma.... pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I – DOS FATOS
II – DO DIREITO
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja *conhecido e provido...
	
	Local, data
	Advogado
	OAB nº...
Teses e pedidos:
Tese: Nulidade (Ex: incompetência; cerceamento de defesa) – Pedido: nulidade
Tese: Extinção da punibilidade (Ex: prescrição; decadência; renúncia) – Pedido: declaração de extinção da punibilidade
Tese: Autoridade arbitrária – Pedido: concessão do direito subjetivo negado
Tese: Mérito (i) absolvição do art. 386, CPP; (ii) desclassificação (ex: art. 29, § 2º, do CP; etc) – Pedido: Absolvição (art. 386, CPP); desclassificação (simples, ou seja, pede a desclassificação e, consequentemente, pena menor; e, aquela que contem hipóteses de nulidade, pois (i) há ilegitimidade de parte, (ii) há incompetência do juízo, ou (iii) deixa de ser dado benefícios pois o crime era menor – ex: sursis processual); pena, ou seja, (a) pena mínima (aplicando-se circunstâncias atenuantes; causas de diminuição de pena; afastando-se agravantes; etc), (b) regime inicial mais brando (art. 33, CP), (c) substituição por pena restritivas de direitos (art. 44, CP), ou (d) suspensão condicional da pena (art. 77, CP), (e) redução do valor da reparação do dano (art. 387, CPP), e (f) direito de recorrer em liberdade (art. 5º, LVII, CF).
Obs: três absolvições do art. 386, do CPP, são melhores do que as outras, pois impedem a ação civil “ex delito”, quais sejam, as dos incisos I, IV e VI (primeira parte).
Atenção 1: ficar atento para vício na sentença. 
Atenção 2: Ficar atento na desclassificação, pois podem surgir teses a partir da desclassificação. Ex: ao desclassificar, pode surgir a prescrição.
Atenção 3: artigo 617, CPP. Vedação da “reformatio in pejus”.
Endereçamentos:
- Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Criminal da comarca de ...
- Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ... Vara Criminal da Justiça Federal da Seção Judiciária de ...
- Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz e Direito do Juizado Especial Criminal da comarca de ...
Obs: a defesa poderá recorrer contra sentença absolutória (art. 593, I – parte final, do CPP) para alterar sua fundamentação. Ex: no caso de uma absolvição imprópria (medida de segurança). Neste caso, o que se procura é uma absolvição própria.
PEÇA: APELAÇÃO
Problema 14, do livro:
INTERPOSIÇÃO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 5ª Vara Criminal da Comarca de Recife
	Xisto, já qualificado nos autos do processo crime nº ..., por seu advogado que esta subscreve, inconformado com a respeitável decisão que o condenou à pena de 22 anos de reclusão, respeitosamente se faz presente ante Vossa Excelência, para interpor o presente recurso de APELAÇÃO, com fulcro no artigo 593, I, do CPP.
	Requer seja o presente recurso recebido e processado, com as inclusas razões, a serem encaminhadas ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco.
	Nestes termos,
	Pede deferimento
	Local, data
	Advogado
	OAB nº
PETIÇÃO DE JUNTADA (se for o caso)
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 5ª Vara Criminal da Comarca de Recife
	Xisto, já qualificado nos autos do processo crime nº ..., por seu advogado que esta subscreve, respeitosamente se faz presente ante Vossa Excelência, para requerer a juntada das inclusas razões de APELAÇÃO, com fulcro no artigo 600, “caput”, do CPP.
	Requer seja o presente recurso devidamente processado, com as inclusas razões, a serem encaminhadas ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco.
	Nestes termos,
	Pede deferimento
	Local, data
	Advogado
	OAB nº
RAZÕES
Teses que podem ser usadas no problema 7:
(i) Desclassificação (art. 29, §2º, do CP); (ii) pena mínima (já que não tem maus antecedentes); (iii) regime inicial mais brando; (iv) substituição por PRD – ou sursis da pena; e, (v) direito de recorrer em liberdade.
REVISÃO CRIMINAL:
- Cabimento: art. 621 e seguintes, do CPP
- Obs: a revisão não está prevista na CF
- Revisão criminal é uma espécie de ação rescisória no processo penal.
- Cabe após o trânsito em julgado da sentença, ou seja, quando não cabe mais recurso.
- Prazo: não há prazo. Pode ser ajuizada até depois da morte do réu.
- Só cabe revisão criminal em favor do réu.
- Art. 621, do CPP: segundo o CPP, cabe revisão criminal após o trânsito em julgado da sentença condenatória. Exceção: cabe, também, contra sentença absolutória imprópria (doutrina e jurisprudência).
- Não cabe:
No caso de sentença absolutória própria, para mudar a fundamentação;
No caso de sentença que declara a extinção a punibilidade;
Quem pode ajuizar a revisão?
Resposta: art. 623, CPP: (i) o próprio réu (mas há entendimento que isso foi revogado pelo art. 1º, do Estatuto da OAB, pois segundo esse artigo, a única peça que não é privativa de advogado é o habeas corpus); (ii) o defensor habilitado; e, (iii) em caso de morte do réu, o CADE (cônjuge, ascendente, descendente ou irmão).
Quando cabe?
Resposta: art. 621, CPP: (i) quando a condenação contrariar a lei ou a prova dos autos; (ii) a sentença condenatória baseou-se em prova comprovadamente falsa; e, (iii) após a condenação, surgem provas da inocência do réu ou que diminuem a pena.
Competência:
Contra acórdão de tribunal: a revisão será endereçada para próprio tribunal (para o respectivo presidente).
Contra decisão do juiz: a revisão será endereçada ao TJ ou TRF (sempre para o respectivo presidente).
Pedidos: segundo o art. 626, do CPP, pode elaborar todos os pedidos de uma apelação + reconhecimento do direito à indenização por erro judiciário (art. 630, CPP).
Obs: a revisão criminal é numa peça só.
Elaborar problema nº 32 do livro.
Cliente: “A”
Crime: art. 272, CP
Pena: Reclusão de 4 a 8 anos e multa
Ação: pública incondicionada
Procedimento: comum ordinário
“Sursis”: não cabe 
Peça: revisão criminal (art. 621, I, CPP)
Endereçamento: Tribunal de Justiça (na pessoa do presidente, que é quem o representa)
Teses: (i) nulidade – art. 564, III, “b”, CPP (por falta do exame do corpo de delito) + art. 158, CPP; (ii) mérito (por falta de prova da materialidade)
Pedido: procedência do pedido (art. 626, CPP), para: (i) anulação do processo (art. 564, CPP); (ii) absolvição (art. 386, II, CPP); (iii) alvará de soltura; (iv) se for o caso, requerer regime inicial aberto; (v) substituição por PRD; e, (vi) requerer o direito à indenização por erro judiciário.
PEÇA: REVISÃO CRIMINAL
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de...
	“A”, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da cédula de identidade – registro geral nº, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob o nº, residente em domiciliado em..., por seu advogado (instrumento de mandato anexo), não se conformandocom a respeitável decisão que o condenou, com trânsito em julgado, nos autos da ação penal nº..., vem, perante Vossa Excelência, propor REVISÃO CRIMINAL, com fulcro no artigo 621, I, do CPP, pelas razões de fato e de direito a seguir expostos.
	I – DOS FATOS
	(paráfrase do problema – constar que ele foi condenado com trânsito em julgado)
	II – DO DIREITO
	A decisão que condenou o requerente, com trânsito em julgado, ao cumprimento de 4 anos de reclusão, não pode subsistir. 
	II. a – DA NULIDADE
	O artigo 158, do CP, determina que, quando o crime deixar vestígio, será indispensável a realização de exame de corpo de delito, direto ou indireto.
	No caso dos autos, o juiz se baseou em mero auto de infração elaborado pela autoridade sanitária, para condenar o requerente, sem que houvesse sido realizado qualquer exame pericial.
	Assim, a ausência de exame de corpo de delito impõe o reconhecimento de nulidade processual, de acordo com o disposto no artigo 564, III, “b”, do CPP, cabendo, ainda, salientar a inexistência de qualquer prova supletiva da perícia.
	II. b – DO MÉRITO
	Caso não seja acolhida a nulidade sustentada, cumpre reconhecer que a ausência de exame de corpo de delito igualmente acarreta a absoluta falta de prova da materialidade do crime.
	Tendo em vista que o ônus da prova da existência do fato imputado incumbe à acusação (art. 156, “caput”, CPP), e considerando o princípio da presunção de inocência (art. 5º, LVII, CF, e art. 8º, nº 2, da Convenção Americana sobre Direitos Humanos – Decreto nº 678/92), deve ser o requerente absolvido.
	Subsidiariamente, caso mantida a condenação do requerente, postula-se a fixação de regime inicial aberto, em face de a quantidade de pena ser de 4 anos, e o condenado ser primário (art. 33, § 2º, “c”, do CP).
	Requer, ainda, em face da quantidade de pena aplicada, bem como da ausência de violência ou grave ameaça à pessoa, a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, nos termos do art. 44, do CP, especialmente do seu inciso I.
	III – DO PEDIDO
	Ante o exposto, requer a procedência do presente pedido, nos termos do artigo 626, do CPP, para a anulação do processo, com fundamento no art. 564, III, “b”, do CPP.
	Caso assim não entendam Vossas Excelências, requer a absolvição, com fulcro no art. 386, II, do CPP. Subsidiariamente, caso mantida a condenação do requerente, pugna-se pela fixação de regime inicial aberto e a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, expedindo-se, em qualquer dos casos, o respectivo alvará de soltura.
	Requer, ainda, o reconhecimento do direito à indenização por erro judiciário, com base no artigo 5º, LXXV, da CF, e artigo 630, do CPP.
	Termos em que
	Pede deferimento
	Local, data
	Advogado
	OAB nº
RESE:
Cabimento: art. 581, CPP. 
Tem que ser taxativo, ou seja, exige-se previsão legal específica para o cabimento.
Inciso I – Decisão que rejeita a denúncia ou queixa;
Obs: No caso da decisão que recebe a denúncia ou queixa não cabe RESE, mas somente HC.
Exceção: A decisão de recebimento da denúncia ou queixa no JECRIM não cabe RESE, mas sim, APELAÇÃO do JECRIM (art. 82, da Lei 9.099/95).
Inciso II – Decisão que reconhece a incompetência do juízo.
Obs: Decisão de desclassificação do art. 419, aquela proferida no fim da primeira fase do Júri, também cabe RESE do artigo 581, II.
Inciso IV – Decisão de pronúncia.
Inciso VIII – Decisão que reconhece a prescrição ou declare a extinção da punibilidade 
Obs 1: Só vale para a acusação, no caso de ação penal privada, requerendo, neste caso, a condenação; no caso de ação penal pública, em princípio só o MP pode interpor o RESE, mas no caso de inércia do MP, a lei possibilita ao ofendido interpor RESE subsidiário – art. 581, VIII, c/c art. 584, § 1º, do CPP.
Obs 2: Se a decisão que tratar de extinção da punibilidade for proferida na fase de execução penal, passa a caber RECURSO DE AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL (art. 197, da LEP).
Inciso IX – Decisão que indefere requerimento de extinção da punibilidade (só vale para a defesa).
Inciso X – Decisão que conceder ou negar HC (lembrando: sempre decisão de juiz de 1º grau). No caso da autoridade co-autora ser o Delegado, o RESE vai para o juiz de 1º grau. Caso seja decisão de Tribunal, o recurso cabível é o ROC (recurso ordinário constitucional). O ROC pode ser julgado no STJ ou no STF. Se que nega o HC foi um TJ ou TRF, o ROC sobe para o STJ; caso a negação seja dos próprios tribunais superiores (STJ), o ROC sobe para o STF.
Procedimento do RESE:
É muito parecido com a apelação. Vejamos:
Prazos:
Interposição: 5 dias (igual à apelação)
Razões: 2 dias (art. 588, CPP) - (difere da apelação que é 8)
Contrarrazões: 2 dias
Após as razões de contrarrazões o processo volta para o juiz, para reapreciar a própria decisão, para manter ou reformar (juízo de retratação) nos termos do art. 589, “caput”, do CPP.
Caso a reforma seja completa, nem sobe para o respectivo tribunal. Entretanto, caso a decisão seja mantida, a decisão sobe para o tribunal competente.
Interposição no RESE:
“...requer seja recebido, processado e, caso seja mantida a decisão recorrida em juízo de retratação (art. 589, “caput”, do CPP), seja encaminhado, com as inclusas razões, ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de...”
Efeito do RESE: No caso do juízo de retratação, há o efeito regressivo, também chamado de interativo ou diferido.
Incisos Revogados do art. 581, dos quais cabem agravo em execução: incisos XI (revoga “sursis”); inciso XII (concede, nega, ou revoga livramento condicional); inciso XVII (unificação de penas); incisos XIX ao XXIII (decisões sobre medidas de segurança).
Inciso Revogado do art. 581: inciso XXIV (revogado completamente).
JURI:
Origem: é o direito a ser julgado pelos pares.
Princípios constitucionais: art. 5º, XXXVIII, CF.
I – Plenitude de defesa;
II – Sigilo das votações;
III – Soberania dos veredictos;
IV – Competência para julgamento nos crimes dolosos contra a vida. 
Plenitude e defesa: é mais intensa que a ampla defesa. Gera um desequilíbrio em prol da defesa. Permite que o jurado, partindo da íntima convicção, absolva por argumentos emocionais, sociais e de política criminal. Maximiza todas as reações da ampla defesa. Dentre as manifestações de desequilíbrio em prol da defesa estão o entendimento que é possível tréplica sem réplica, e a possibilidade de dissolução do conselho de sentença se o juiz entender que o réu está indefeso.
Sigilo das votações: é o que baseia a incomunicabilidade dos jurados. É o que permite a sala secreta, mesmo diante da publicidade dos julgamentos. A alteração legislativa veio acentuar o sigilo que era quebrado nas votações unânimes.
Soberania dos veredictos: a vontade dos jurados não pode ser, a princípio, afrontada pelo juiz togado ou pelo tribunal. O princípio é mitigado pela possibilidade de desconsideração do julgamento no mérito em grau de recurso, ainda que uma só vez. O princípio também pode ser mitigado pela controversa possibilidade de revisão criminal que desde logo possa absolver o peticionário ou afastar qualificadora. Justificativa: a soberania dos veredictos é garantia individual insculpida no art. 5º, da CF. É proteção do indivíduo contra o Estado e não poderia ser usada contra o indivíduo obstando a possibilidade de absolvição em revisão criminal se cabível. Em suma, uma garantia individual não pode prejudicar o direito individual à liberdade.
Competência para julgamento nos crimes dolosos contra a vida: a competência é mínima. A competência pode ser ampliada e foi na legislação brasileira, que abrange os crimes conexos. Crimes dolosos contra a vida: HISA (homicídio, 121, infanticídio, 123, colaboração ao suicídio, 122, e aborto, 124-128).
A súmula 603, do STF, esclarece que a competência para o julgamento do latrocínio é do juiz singular.
Procedimento:
1º ato: denúncia ou queixa;
Quantidadede testemunhas: 8
2º ato: recebida a denúncia, o juiz manda citar;
3º ato: resposta à acusação (art. 406, do CPP). 
No parágrafo 3º, indica que a defesa poderá alegar toda matéria de defesa. Controverso o cabimento da absolvição sumária do art. 397, do CPP, no procedimento do júri. 1ª posição: contra: não cabe, pois será possível absolvição sumária ao final da audiência de instrução do art. 411. Não há sentido em permitir duas absolvições “sumárias”. Além disso, o art. 394, § 3º, manda aplicar ao procedimento do júri os artigos 406 a 497, do CPP, excluindo, assim, o 397; 2ª posição: favorável: os fundamentos da absolvição sumária do art. 397 não são idênticos aos previstos no art. 415, que trata da absolvição sumaria ao final da 1ª fase do rito do júri. Além disso, se presentes as causas do art. 397, não faria sentido desperdiçar energia processual para só absolver após a audiência. Por fim, o art. 394, § 4º, do CPP, manda aplicar os artigos 395 a 398 a todos os procedimentos de “primeiro grau”, dentre os quais se inclui o júri. Essa segunda posição encontra entendimento favorável inspirado na plenitude de defesa. Obs: lembrar que a absolvição sumária que pode ser pedida na resposta à acusação do art. 406, é a prevista no art. 397.
Endereçamento: Juiz da Vara do Júri;
Cabimento: art. 406;
Teses e pedidos: 
Tese: nulidade – Pedido: anulação “ab initio”;
Tese: art. 307 (atipicidade, excludentes de antijuricidade, culpabilidade, isenção de pena, extinção da punibilidade) – Pedido: absolvição sumária (art. 397, do CPP);
Por fim: Requerimento de testemunhas e outras provas, se houver (art. 406, § 3º, do CPP).
4º ato: abertura de vista à acusação para oferecer réplica à resposta;
5º ato: audiência de instrução e julgamento;
6º ato: juízo resolve sobre absolvição sumária;
Se negativa a absolvição: 7º ato: audiência de instrução e julgamento (ordem: art. 411);
MEMORIAIS DO JURI:
Decisões possíveis ao final da 1ª fase do procedimento do júri:
Pronúncia;
Impronúncia;
Absolvição sumária;
Desclassificação.
Pronúncia: art. 423, CPP. Prova de materialidade e indícios suficientes de autoria.
Excesso de linguagem: o juiz, ao pronunciar deve se ater à constatação da materialidade e dos indícios de autoria. A afirmação da certeza de autoria ou o uso indevido de adjetivos geram excesso de linguagem, que anula a pronúncia, nos termos do art. 413, § 1º, do CPP.
“In dubio pro Societate”: para a doutrina tradicional prevalece no juízo de pronúncia, pois na dúvida sobre a culpa o réu deverá ser pronunciado. Para a doutrina moderna, não existe “in dubio pro societate” no direito brasileiro. O raciocínio anterior está errado, pois o juiz, nesta fase, não busca a certeza da culpa e, por isso, não deve ter dúvida sobre ela. O objetivo do juiz é a certeza da materialidade e da suficiência dos indícios de autoria. Na dúvida, deve ser afastada a pronúncia (impronúncia), com a aplicação do “in dubio pro reo”.
Impronúncia: art. 414, CPP. Não se convencendo da materialidade ou indícios suficientes de autoria, o juiz impronunciará o acusado. Nesse caso, enquanto não extinta a punibilidade, o art. 414, § único, permite que seja formulada nova acusação se houver prova nova.
Prova nova: é a que não consta nos autos originais e versa sobre ponto não esclarecido, capaz de influir no convencimento do julgador sobre a autoria e materialidade.
Desclassificação: se reconhecida a desclassificação para crime não doloso contra a vida, o juiz deverá reconhecer a incompetência do júri e remeter os autos ao juiz competente. É possível a desclassificação para outro crime doloso contra a vida, caso em que, se desnecessária “mutatio libeli”, o juiz, desde logo, pronunciará o réu.
Absolvição sumária: art. 415, CPP: a absolvição sumária do art. 415 só será possível a partir dos memoriais.
Hipóteses:
Provada a inexistência do fato;
Provado que não colaborou para o fato;
Atipicidade;
Excludentes de antijuridicidade, culpabilidade ou isenção de pena.
Obs: nos termos do art. 415, § único, do CPP, só será possível a absolvição sumária imprópria (que impõe medida de segurança), se a única tese defensiva for a inimputabilidade.
Contra decisão de pronúncia (art. 581, IV) e desclassificação (art. 581, II) para crime que não é da competência do tribunal do júri, cabe RESE
Contra decisão de impronúncia ou absolvição sumária cabe APELAÇÃO (art. 416, CPP).
 
***
Artigos mais importantes: 
Nulidade: 564
Extinção da punibilidade: 107, CP
Mérito: 13, 17, 18, 20, CP
Pedido: 397, 386, 626, 630, 413, 414, 415, 419, CPP
***
Problema 40, do livro:
Cliente: Felício
Crime: art. 121 (6 a 20 anos)
Ação: pública incondicionada
Rito: júri
Sursis: não é admitido
Momento: pronúncia
Peça: RESE (art. 581, IV)
Competência: Juiz da 1ª Vara do Júri – Razões: TJ
Teses: (i) não houve crime doloso contra a vida (art. 18, CP); (ii) o crime foi lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3º);
Pedido: desclassificação, remetendo-se os autos ao juiz singular (art. 419, CPP).
Peça:
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 1ª Vara do Júri da comarca de ...
	Felício, já qualificado, nos autos do processo crime nº ..., que lhe move a Justiça Pública, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, não se conformando com a respeitável decisão de pronúncia, interpor RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, com fulcro no artigo 581, IV, do Código do Processo Penal.
	Requer seja o presente recurso recebido e processado, e caso Vossa Excelência entenda que deva ser mantida a respeitável decisão, nos termos do art. 589, do CPP, que seja encaminhado, com as inclusas razões, ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de...
	Termos em que,
	Pede deferimento
	Local, data
	Advogado
	OAB nº
RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
RECORRENTE: Felício
RECORRIDA: Justiça Pública
PROCESSO Nº
Egrégio Tribunal de Justiça
Ínclitos Julgadores
Douto Representante do Ministério Público
	Em que pese o notável saber jurídico do Douto Juiz a quo, merece reforma a respeitável decisão de pronúncia, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
		I – DOS FATOS
	(paráfrase do problema)
		II – DO DIREITO
	A respeitável decisão de pronúncia não pode manter-se, uma vez que o recorrente não praticou crime doloso contra a vida, como a seguir restará cabalmente demonstrado.
	O recorrente foi pronunciado pelo crime de homicídio doloso. Conforme a norma inserta no art. 18, do Código Penal, haverá dolo sempre que o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. O ordenamento jurídico brasileiro prevê, portanto, o dolo direto e o eventual. Para o dolo direto, vigora a teoria da vontade. Para o dolo eventual, a teoria da assunção. De todo modo, para que se considere dolosa, a conduta deve implicar no mínimo a assunção do risco de produzir o resultado lesivo.
	No caso em tela, resta evidente que o recorrente não quis e tampouco assumiu o risco de produzir a morte da vítima. A própria forma com que a conduta foi praticada, ou seja, o ato de desferir de lado e sem muita força, um golpe com uma raquete de tênis, durante intensa discussão, revela que não havia qualquer intenção de matar. Ao contrário, a conduta imputada ao recorrente amolda-se, quando muito, ao tipo previsto no artigo 129, § 3º, do Código Penal, ou seja, lesão corporal seguida de morte, uma vez que a intenção era apenas lesionar e jamais provocar a morte.
	Dessa forma, revela-se cristalina a inadequação da decisão que pronunciou o recorrente, motivo pelo qual, impõe-se a sua reforma.
		III – DO PEDIDO
	Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, desclassificando-se a infração e remetendo-se os autos ao juiz singular, conforme artigo 419, do CPP.
	Local, data
	Advogado
	OAB nº
***
2ª Fase do Júri:
Julgamento em plenário – of. de testemunhas (máximo de 5) – obs: quase nunca cai isso.
Durante a 2ª fase,pode acontecer uma peça, que é um pedido de desaforamento (art. 427 e 428, CPP). Endereçamento: TJ (na pessoa do presidente). Tese: art. 427 e 428. Pedido: que seja desaforado o processo. Obs: isso é só na 2ª fase, e o que é desaforado é o processo.
Depois do plenário, vem uma sentença, que cabe apelação (art. 593, III)
Teses e pedidos na apelação de júri:
Tese: Art. 564: nulidade posterior à pronúncia – pedido: anulação do julgamento.
Tese: Art. 593, III, “d”: decisão dos jurados contrária à prova dos autos – pedido: art. 593, § 3º: novo julgamento.
Tese: atipicidade – pedido: novo julgamento.
Obs: Tudo o que estiver ligado com o artigo 483, do CPP, deve ser pedido “novo julgamento”, de acordo com o artigo 593, § 3º, do CPP. OBS: NÃO PODE SER PEDIDO DESCLASSIFICAÇÃO, DIMINUIÇÃO DE PENA, ESCUSA ABSOLUTÓRIA, ETC. só pode ser pedido “novo julgamento”.
Tese: Art. 593, III, “c”: erro ou injustiça na aplicação da pena – pedido: art. 593, § 2º: retificação da aplicação da pena.
Exemplo de erro ou injustiça na aplicação da pena: 1ª fase: pena base (juiz é quem decide); 2ª fase: agravantes e atenuantes (juiz é quem decide); 3ª fase: quantum das causas de aumento e diminuição (quem decide é o juiz); 4ª fase: concurso de crimes (quem decide é o juiz).
Tese: Art. 593, III, “b”: sentença do juiz contrária à lei ou a decisão dos jurados – pedido: art. 593, § 1º: retificação da aplicação da pena.
Exemplo de erro ou injustiça na aplicação da pena: no caso de um regime aplicado que seja pior do que o seria cabível; aplicação ou não de sursis; conversão em PRD; quando a decisão do juiz for contrária à decisão dos jurados (tudo isso gera retificação).
A ordem dos pedidos é: alínea “a”, alínea “d”, depois as alíneas “b” e “c”.
CARTA TESTEMUNHÁVEL:
Fundamento: art. 639, CPP
Finalidade: fazer subir o recurso denegado.
Cabimento: contra decisão do juiz que nega seguimento ao (i) recurso em sentido estrito (RESE); e, (ii) ao agravo em execução.
Interposição: Escrivão chefe do cartório.
Razões: Tribunal
Prazo: 48 horas (2 dias a contar da intimação).
- Admite juízo de retratação – art. 645, CPP cc art. 589, CPP. (é um dos 3 recursos que admitem juízo de retratação, quais sejam, RESE – AGRAVO EM EXECUÇÃO – CARTA TESTEMUNHÁVEL).
Obs: juízo de retratação = efeito regressivo ou efeito iterativo).
Obs: Na interposição, a parte deve requerer o traslado de algumas peças.
Pedidos:
Que o RESE ou o AGRAVO EM EXECUÇÃO seja recebido e processado +
Art. 644, CPP: se o Tribunal entender que a carta está bem instruída, poderá julgar o mérito do recurso denegado.
Tem sempre que fazer os 2 pedidos.
Partes: testemunhante (nosso cliente - réu) e testemunhada (parte contrária - justiça pública / querelante).
Relembrando: pressupostos recursais:
Cabimento
Adequação
Tempestividade
Regularidade
Legitimidade
Interesse recursal
Modelo de carta testemunhável:
Ilustríssimo Senhor Diretor Chefe do ... Ofício Criminal da comarca de ...
Fulano de tal, já qualificado nos autos do processo crime nº ..., por seu advogado que esta subscreve, inconformado com a respeitável decisão que negou seguimento ao seu recurso em sentido estrito / agravo em execução, respeitosamente se faz presente ante Vossa Senhoria, para requerer a extração da presente CARTA TESTEMUNHÁVEL, com fulcro no artigo 639, do CPP.
	Requer sejam trasladadas as seguintes peças: 
Decisão que ensejou o RESE;
Certidão de intimação dessa decisão;
O RESE;
A decisão que negou seguimento ao RESE;
Certidão de intimação dessa decisão.
Caso o magistrado não se retrate (art. 645 cc 589, CPP), requer seja o presente recurso recebido e processado com as inclusas razões, a serem encaminhadas ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de ...
Nesses termos,
Pede deferimento
Advogado
OAB nº
RAZÕES DE CARTA TESTEMUNHÁVEL
Testemunhante: Fulano de tal
Testemunhada: Justiça Pública
Processo nº ...
Egrégio Tribunal de Justiça
Ínclitos Julgadores
Douto representante do Ministério Público
Em que pese o indiscutível saber jurídico do douto magistrado “a quo”, merece ser reformada sua decisão, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
		I – DOS FATOS
	
	(paráfrase do problema – chamar o cliente de testemunhante)
		II – DO DIREITO
	No RESE / AGRAVO EM EXECUÇÃO, o juízo “a quo” é responsável pelo juízo de retratação, e não pelo juízo de admissibilidade que, nesses recursos, é de responsabilidade do Tribunal.
	Além disso, todos os pressupostos recursais estão presentes.
		III – DO PEDIDO
	Ante o exposto, requer seja o presente recurso conhecido e provido, a fim de que o RECURSO EM SENTIDO ESTRITO que foi denegado seja devidamente recebido e processado.
	Outrossim, caso o Tribunal entenda que a presente carta está bem instruída, requer seja julgado o mérito do recurso denegado, nos termos do artigo 644, do CPP.
	Local, data
	Advogado
	OAB nº
EMBARGOS INFRINGENTES:
Fundamento: art. 609, § único, do CPP
É o único recurso exclusivo da defesa.
Prazo: 10 dias (da intimação – como de costume) – Obs: tanto para a interposição quanto para as razões.
Cabimento: contra acórdão não unânime de (i) Apelação; (ii) RESE; e, (iii) Agravo em Execução.
2 peças:
Interposição: ao desembargador relator do acórdão.
Razões: próprio Tribunal
Pedido: (a) somente pode ser pedido o que foi concedido no voto vencido + (b) alegar matérias cognoscíveis de ofício (matérias de ordem pública, que podem ser julgadas pelo tribunal de ofício, quais sejam, qualquer causa (i) de extinção da punibilidade. Ex: prescrição, decadência, renúncia, morte do agente, anistia, graça, indulto; (ii) sobre nulidade absoluta, que também pode ser conhecida de ofício).
Obs: se o único objeto da divergência é a nulidade, os embargos recebem o nome de EMBARGOS DE NULIDADE. É tudo igual aos embargos infringentes, o que muda é só o nome.
Endereçamento:
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Relator do Acórdão nº ... da ... Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de ...
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO:
Quem julga? O próprio juiz ou tribunal que decidiu.
Fundamento:
Contra decisão do Juiz: art. 382, do CPP.
Contra decisão do Tribunal: art. 619, do CPP.
Contra decisão do JECRIM: art. 83, da Lei 9.099/95.
Prazo: são opostos em 2 dias.
Obs: no JECRIM são opostos em 5 dias.
1 peça.
Endereçamento:
Juiz Estadual (juiz da vara)
Juiz Federal
Juiz do JECRIM
Desembargador Relator do Acórdão
Cabimento: contradição / omissão / ambigüidade / obscuridade
No caso da lei 9.099, foi substituída a palavra “ambigüidade” pela palavra “dúvida”, o resto é igual.
Obs: a oposição dos embargos de declaração interrompe o prazo dos demais recursos, ou seja, o prazo volta para o zero.
Exceção: no JECRIM, que suspende o prazo.
Pedido: que seja suprida a contradição / omissão / ambigüidade / obscuridade, com as consequência daí decorrentes (absolvição, desclassificação, pena mínima, etc.).
Modelo de embargos de declaração:
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Criminal da comarca de ...
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Relator do Acórdão nº ... da ... Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de ...
	Fulano de tal, já qualificado nos autos do processo nº ..., por seu advogado que esta subscreve, inconformado com a respeitável decisão que o condenou às penas de (...), respeitosamente se faz presente ante Vossa Excelência, para opor EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, com fulcro no artigo 382, do CPP, e de acordo com as razões de fato e de direito a seguir expostas.
		I – DOS FATOS
	O embargante foi condenado... (paráfrase do problema)
		II – DO DIREITO
Apontar o vício da sentença / acórdão
Apontar qual o direito correto deveria ser usado (ex: pena restritiva – art. 44, CP)
		III – DO PEDIDO 
	Diante do exposto, requer seja o presente recurso conhecido e provido, a fim de que seja suprida a mencionada 1. Omissão2. Contradição 3. Obscuridade, etc, e as consequência daí decorrentes (absolvição, desclassificação, pena mínima, etc.), como medida de justiça.
	Nesses termos,
	Pede deferimento
	Local, data
	Advogado
	OAB nº
Observações: como é sabido por todos, o prazo de interposição do RESE é de 5 dias e suas razões devem ser apresentadas no lapso de 2 dias.
Cuidado: por sua vez, da decisão que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir, o prazo é de 20 dias.
Observação: não se esquecer que o prazo penal é contado de acordo com a regra do art. 10, do CP. No caso, conta-se o dia do começo e exclui o dia do fim. No entanto, caso o último caia no domingo, sábado ou dia não forense, não se prorroga, pois é fatal.
Resolução do problema 55:
Ilustríssimo Senhor Escrivão Chefe (ou Diretor) do ... Ofício Criminal da comarca de ...
	A, já qualificado nos autos do processo – crime nº ..., por meio de seu advogado infra assinado, vem, pela presente, interpor CARTA TESTEMUNHÁVEL, com fulcro no artigo 639, I, do CPP.
	Indica, para a formação do instrumento, as peças discriminadas abaixo:
Decisão que negou o reconhecimento da extinção da punibilidade;
Certidão de intimação da decisão acima referida;
Petição de interposição do Recurso em Sentido Estrito;
Decisão que não admitiu o processamento do Recurso em Sentido Estrito;
Certidão de intimação da decisão acima;
Queixa crime.
Requer seja extraída a carta, nos termos requeridos, e se mantida a decisão, apesar do disposto no artigo 643, do CPP, que seja a presente enviada ao Egrégio Tribunal de Justiça.
	Termos em que,
	pede deferimento
	Local, data
	Advogado
	OAB nº
RAZÕES DE CARTA TESTEMUNHÁVEL
Testemunhante: A
Testemunhado: B
Processo nº
Egrégio Tribunal de Justiça
Ínclitos Julgadores
Douto Representante do Ministério Público
	Em que pese o indiscutível saber jurídico do Magistrado que prolatou a respeitável decisão que denegou o processamento do Recurso em Sentido Estrito interposto, deve ser reformada a decisão, pelos motivos abaixo discriminados.
		I – DOS FATOS
	(paráfrase do problema)
		II – DO DIREITO
	O Recurso em Sentido Estrito é tempestivo. Isso por que no documento de folhas..., a intimação ocorreu no dia.... Por sua vez, a cópia da interposição do RESE indica a interposição apenas ... dias após a intimação, isto é, o recurso é tempestivo.
	Tempestivo o RESE e indevidamente obstado, legitima-se o uso da presente carta testemunhável.	
		III – DO PEDIDO
	Diante de todo o exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, com o processamento do RESE indevidamente obstado. Requer, ainda, caso se entenda suficientemente instruída a presente, que seja, desde logo, julgada “de meritis”, com o reconhecimento da extinção da punibilidade, como permite o artigo 644, do CPP.
	Local, data
	Advogado
	OAB nº
Resolução do problema 57:
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Relator do Acórdão nº..., da... Câmara do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de...
	A, já qualificado nos autos do processo crime nº..., por seu advogado que esta subscreve, vem pela presente, opor EMBARGOS INFRINGENTES, com fundamento no artigo 609, parágrafo único, do Código de Processo Penal.
	Requer sejam conhecidos os presentes embargos, determinando-se o regular processamento.
	Termos em que,
	pede deferimento
	Local, data
	Advogado
	OAB nº
RAZÕES DE EMBARGOS INFRINGENTES
Embargante: A
Embargada: Justiça pública
Processo nº
Egrégio Tribunal
Ínclitos Julgadores
Douto Representante do Ministério Público
	Em que pese o indiscutível saber jurídico da Colenda Câmara deste Egrégio Tribunal de Justiça, a reforma do venerando acórdão é medida que se impõe, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
		I – DOS FATOS
	(paráfrase do problema)
		II – DO DIREITO
	Conforme reconhecido no voto vencido, estão presentes os requisitos do artigo 155, § 2º, do Código Penal. O embargante é primário e a coisa é de pequeno valor, tendo em vista que a coisa subtraída sequer se aproxima do salário mínimo.
	Reconhecidos tais requisitos, é direito subjetivo do embargante o reconhecimento do privilégio, que deve gerar menor apenação no crime aqui tratado.
		III – DO PEDIDO
	Ante o exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, para que prevaleça o voto vencido, diminuindo-se a pena para 8 meses de detenção e excluindo-se uma das penas restritivas de direito.
	Local, data
	Advogado
	OAB nº
PEDIDO DE RECLAMAÇÃO:
Previsão: 
Artigo 102, I, “l”;
Artigo 105, I, “f”;
Artigo 103-A, § 3º
Hipóteses de cabimento:
Descumprimento de decisão do STF e STJ (menor probabilidade de cair na prova)
Descumprimento de súmula vinculante (art. 103-A, § 3º). Nesse caso, o pedido de reclamação será endereçado ao PRESIDENTE DO STF. 
As principais súmulas vinculantes são as de nºs 11 (algemas); e, 14 (ter acesso aos autos do inquérito policial), ressaltando que o sigilo do inquérito não se estende ao advogado (vide também art. 7º, XIV, do estatuto da OAB).
Regulamentação: Vide lei 11.417/2006.
Endereçamento: Ao Presidente do Tribunal
Pergunta: A reclamação “fecha” a via do mandado de segurança ou habeas corpus?
Resposta: Não. O uso da reclamação não afasta a utilização dessas ação autônomas impugnativas. Assim sendo, caso seja violada a súmula vinculante 14, poderá ser impetrado, também, mandado de segurança.
Liminar: Sempre tem que ser pedida a liminar, quando da elaboração de uma reclamação.
Outros pedidos:
Nulidade do ato ou decisão;
Determinação para o cumprimento da decisão ou súmula vinculante.
Obs: além da questão da súmula vinculante, o pedido de reclamação também pode ter como objetivo, a preservação da autoridade das decisões dos tribunais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO:
Cabimento: art. 102, III, CF.
O que pode ser pedido na peça prática é a hipótese do art. 102, III, “a”, ou seja, quando a decisão contrariar dispositivo da Constituição Federal.
Como pergunta, pode cair a alínea “d”, isto é, julgar válida lei local contestada em face de lei federal. Tal inciso diz respeito à competência legislativa, ou seja, saber qual ente federativo pode legislar sobre o tema.
Pressupostos:
Devem ser esgotados os recursos ordinários;
Deve haver PRÉ-QUESTIONAMENTO;
Deve haver REPERCUSSÃO GERAL (art. 103, § 3º, da CF), em outras palavras, a questão discutida deve afetar todo o território nacional (todas as pessoas), e não apenas o interesse individual das partes no caso concreto.
Súmula 640, do STF: é cabível o RECURSO EXTRAORDINÁRIO de decisão do juiz de 1º grau em causas de ALÇADA ou de TURMA RECURSAL.
Procedimento: deve ser interposto no prazo de 15 dias, perante o PRESIDENTE DO TRIBUNAL “A QUO”, ao passo que as razões são endereçadas ao STF.
CUIDADO: O procedimento do recurso extraordinário, e também do recurso especial, está previsto nos artigos 26 a 29, da Lei 8.038/90.
RECURSO ESPECIAL:
Finalidade: é garantir a autoridade das leis federais e uniformizar sua aplicação em todo o território.
Previsão: art. 105, III, da CF (é o STJ quem é o guardião da legislação federal).
Prazo: 15 dias e vide também os artigos 26 a 29, da Lei 8.038/90.
Hipóteses de cabimento:
Se a decisão contrariar tratado ou lei federal ou lhes negar vigência;
Se a decisão julga válido ato de governo local contestado em face de lei federal;
Der à lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal (essa divergência não é aquela entre os julgadores do mesmo tribunal, pois para essa hipótese existe o chamado incidente de uniformização de jurisprudência dos artigos 476/479, do CPC).
Pressupostos:
A decisão recorrida deverá ser necessariamente proferida por tribunal. Daí, não se admite recurso especial contra decisão emanada de juiz singular ou turma recursal, conforme súmula 203, do STJ.
A parte deve ter esgotado todos os recursos ordinários;
A matéria deve, também,ser objeto de PRÉ-QUESTIONAMENTO;
Interposição: perante o presidente do TRIBUNAL “A QUO”
Razões: STJ
PROBLEMA 47 
CLIENTE: Carlos
CRIME: homicídio simples
CUMPRE PENA
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara das Execuções Criminais da comarca de Avaré 
	Carlos, já qualificado nos autos de processo de execução nº ..., por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, requerer a PROGRESSÃO DE REGIME, com fundamento no artigo 66, III, “b”, e 112, da Lei de Execução Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
		I – DOS FATOS
	Carlos foi processado e condenado pelo crime de homicídio à pena de 6 anos de reclusão em regime inicial fechado. Encontra-se preso a exatos 2 anos e neste período nunca foi feito qualquer pedido em seu favor.
		II – DO DIREITO
	
	Excelência, o peticionário está tendo seus direitos violados na medida em que já cumpriu mais tempo do que o exigido pela lei para a progressão de regime.
	Ora, são exigidos para a progressão 1/6 de cumprimento da pena e que haja bom comportamento carcerário nos termos do artigo 112, da LEP.
			“Art. 116 - ........................”
	Diante do quadro apresentado acima é inegável que o requerente preencheu todos os requisitos exigidos pela lei.
	
	Cumpriu o requisito objetivo de 1/6 da pena, bem como os requisitos subjetivos, na medida em que não há nada nos autos que desabone a conduta do requerente.
		III – DO PEDIDO
	Ante o exposto, requer, após a oitiva do digníssimo representante do Ministério Público, seja o réu transferido para o regime semi-aberto, como medida de justiça.
	Termos em que,
	pede deferimento.
	Local, data
	
	Advogado
	OAB nº
PROBLEMA 48:
Cliente: Tício
Crime: 3 homicídios (18, 25 e 30 anos)
Cumpriu: 15 anos – fugiu – ficou mais 15 anos.
Foi feito pedido: de liberdade
Juiz: indeferiu
Peça: agravo em execução
Competência: interposição = juiz da VEC; razões = TJ
Teses: cumprimento máximo da pena (15 + 15 = 30 anos): art. 75, CP; art. 111, LEP; art. 5º, XLVII, “b”, CF.
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara das Execuções Criminais da comarca de ..
	Tício, já qualificado nos autos do processo de execução nº ..., por seu advogado que esta subscreve, não se conformando com a respeitável decisão que indeferiu o pedido de liberdade, vem, respeitosamente, dentro do prazo legal (súmula 700, do STF), interpor AGRAVO EM EXECUÇÃO, com fulcro no artigo 197, da LEP.
	Requer seja recebido e processado o presente recurso e, caso Vossa Excelência entenda que deva manter a respeitável decisão, que seja encaminhado com as inclusas razões, ao Egrégio Tribunal de Justiça (art. 589, CPP).
	Termos em que,
	pede deferimento.
	Local, data
	Advogado
	OAB nº
RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO
Agravante: 
Agravado:
Execução nº
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
Douto Procurador de Justiça
	Em que pese o indiscutível saber jurídico do meritíssimo juiz a quo, impõe-se a reforma da respeitável decisão que indeferiu o pedido de liberdade, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
		I – DOS FATOS
	O agravante foi condenado por 3 homicídios praticados na sua juventude às penas de 18, 25 e 30 anos.
	Desse total, cumpriu 15 anos, tendo empreendido fuga. Ficou em liberdade por 2 anos e, depois tendo sido preso, encontra-se cumprindo pena a 15 anos.
	Foi pedida a sua liberdade que foi negada pelo MM juiz a quo ao argumento de que havia penas à cumprir.
		II – DO DIREITO
	Excelências, a CF é clara em seu artigo 5º, XLVII, “b”, que não haverá penas de caráter perpétuo.
	Infelizmente, a decisão do nobre juiz a quo viola frontalmente a CF, especialmente quando se analisa a legislação infra-constitucional que regulamente este artigo.
	O CP determina em seu artigo 75: “O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos”.
	Ora, no caso em tela, efetivamente foram cumpridos 30 anos, uma vez que não houve nenhuma condenação posterior.
	Neste sentido, o art. 111, da LEP, é claro: “....”	
		III – DO PEDIDO 
	Ante o exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, para que se reforme a decisão, a fim de que o agravante seja colocado em liberdade, expedindo-se o competente alvará de soltura, como medida de justiça.
	Local, data
	
	Advogado
	OAB nº
MEDIDAS CAUTELARES PESSOAIS
Art. 282 a 350, CPP.
Rol das medidas:
Prisão.
Prisão em flagrante:
Prisão preventiva:
Prisão temporária:
Medidas cautelares diversas da prisão (art. 319, CPP).
Critérios para imposição de medidas cautelares pessoais:
Art. 282, I e II: necessidade e adequação.
Art. 282, § 6º: prisão preventiva é a última hipótese.
Art. 283, § 1º.
Prisão em flagrante: art. 301 a 310, CPP.
Modalidades do CPP (art. 302)
I – está cometendo
II – acaba de cometer - fora dessas hipóteses = PRISÃO ILEGAL
III – é encontrado logo depois
Cuidado: sempre o problema disser que o sujeito se entregou, a prisão em flagrante é ilegal.
Formalidades da prisão em flagrante (art. 304 a 306, CPP).
 - Sempre que houver violação das formalidades = PRISÃO ILEGAL
Teses e pedidos no caso de prisão em flagrante:
Prisão ilegal = relaxamento (por meio de uma petição simples, dirigida ao juízo, ou veiculado pela via do HC).
- preâmbulo: art. 5º, LXV, CF.
- teses: art. 302, 304 e 306, CPP (ex: não estão preenchidas as hipóteses do art. 302)
	- pedido: art. 310, I ou 310, III e § único
Atenção: como regra, a prisão em flagrante ilegal dever gerar o pedido de relaxamento. No entanto, como é comum na GV ter mais de uma tese, é muito provável que o candidato tenha que cumular pedido subsidiário de liberdade provisória ou outra cautelar. Por isso, que acima está escrito no pedido art. 310, III e § único.
Prisão legal = liberdade provisória ou outra cautelar (por meio de uma petição simples ou um HC)
- preâmbulo: art. 5º LVI, CP.
- teses: ausência dos art. 312 e 323 e 324 + 282, I e II e § 6º
- pedido: art. 310, III e § único.
Exemplo de pedido (petição simples que é dirigida ao juiz): 
	Ante o exposto, requer seja relaxada a prisão em flagrante, nos termos do art. 310, I, do CPP, ou caso não seja este o entendimento, que seja concedida liberdade provisória ou outra cautelar, com fundamento no art. 310, III e § único, do CPP, expedindo-se, em qualquer caso, o competente alvará de soltura.
Prisão preventiva: art. 311 a 316, CPP.
Cabimento: art. 312 e 313, CPP + o requisito negativo do art. 314
A violação do art. 312 = PEDIDO DE REVOGAÇÃO
A violação dos art. 313 e 314 = PEDIDO DE RELAXAMENTO
	- Teses e pedidos:
	
Prisão preventiva ilegal = RELAXAMENTO (petição simples ou HC) – art. 5º, LXV, CF
Tese: violação do art. 313 ou 314, CPP.
Pedido: art. 5º, LXV, CF. 
Prisão preventiva legal = REVOGAÇÃO (petição simples ou HC) – art. 316
Tese: ausente o art. 312 + art. 282, I e II e § 6º.
Pedido: art. 316 e 321, CPP.
Prisão temporária: Lei 7960/89.
Ilegal: quando violar o art. 1º, III ou o art. 2º, da Lei 7960/89 = RELAXAMENTO
Endereçamento: Juiz
Preâmbulo: art. 5º, LXV, CF
Do Direito: Art. 1º, III, inciso ... , da Lei 7960/89
Do Pedido: art. 5º, LXV, CF)
Desnecessária: quando violar o art. 1º, I e II, da Lei 7960/89 = REVOGAÇÃO
Endereçamento: Juiz
Preâmbulo: art. 1º, I ou II, da Lei 7960/89
Do Direito: art. 1º, I ou II, da Lei 7960/89
Do Pedido: art. 1º, I ou II, da Lei 7960/89
HABEAS CORPUS:
Contra negativa a pedido de relaxamento, de liberdade provisória e de revogação de prisão, cabe HC ao Tribunal ou TRF.
Contra a negativa do Tribunal ou TRF, cabe ROC ao STJ. 
HABEAS CORPUS:
Cabimento: art. 5º, LXVIII + art. 647 e 648, CPP. Caberá, em tese, sempre que houver constrangimento ou ameaça, ainda que futura, à liberdade de locomoção do réu.
Para a prova só caberá HC se não houver recurso ou medida específica adequada para omomento.
Peça única
Competência: autoridade superior à coatora
Delegado = o HC vai para o Juiz (da vara, do júri, do jecrim)
Juiz = o HC vai para o TJ, TRF ou Turma Recursal
Turma Recursal = TJ ou TRF
TJ ou TRF = STJ
STJ = STF
MP = TJ ou TRF (se a autoridade coatora for o promotor de justiça, ex: promotor que requisita instauração de inquérito policial – a competência para o HC será o Tribunal)
Preâmbulo: fundamento = art. 5º, LXVIII, CF + art. 647 e 648, do CPP
1. Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara Criminal da comarca de ...
2. Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ... Vara Criminal da Justiça Federal da Seção Judiciária ...
3. Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do Juizado Especial Criminal da comarca de ...
Etc.
..., advogado inscrito na OAB sob o nº ..., vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, impetrar HABEAS CORPUS, com fulcro no art. 5º, LXVIII, da CF, e art. 647 e 648, do CPP, em favor de Tício, nacionalidade..., profissão..., estado civil..., RG nº ..., CPF nº ..., residente e domiciliado na Rua ..., em face do ato ilegal praticado pelo Ilustríssimo delegado de polícia do ... Distrito Policial da comarca de ...
		I – DOS FATOS
	(paráfrase do problema)
		II – DO DIREITO
Nulidade
Extinção da punibilidade
Mérito (falta de justa causa, atipicidade, etc)
Negação de direito subjetivo
		III – DO PEDIDO
Anulação
Declaração de extinção da punibilidade
Trancamento do inquérito policial ou da ação penal (não há absolvição sumária)
Concessão do direito subjetivo negado
Diante do exposto, requer, após as informações prestadas pela autoridade coatora, seja concedida a ordem de habeas corpus, determinando-se o trancamento da ação penal que tramita contra o Paciente, como medida de justiça.
	Termos em que,
	pede deferimento
	...
	OAB nº
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL (ROC)
Cabimento: art. 102, II ou 105, II – ambos combinados com o art. 30 ou 33, da Lei 8038/90.
Sempre que houver a denegação de HC ou MS no Tribunal.
Obs: não esquecer: Não cabem embargos, mesmo que a votação seja não unânime.
São 02 (duas) peças.
Competência: 
se o HC for denegado pelo TJ ou TRF, a interposição vai para o desembargador presidente destes tribunais;
se o HC for denegado pelo STJ, a interposição vai para o ministro presidente deste tribunal.
Preâmbulo:
fundamento: art. 102, II ou 105, II + art. 30 ou 33, da Lei 8038/90.
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de ...
Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Presidente do Superior Tribunal de Justiça
	Tício, já qualificado nos autos do Habeas Corpus nº ..., por seu advogado que esta subscreve, não se conformando com o venerando acórdão denegatório da ordem impetrada, vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, interpor RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL, com fulcro no ** art. 102, II ou 105, II + art. 30 ou 33, da Lei 8038/90 **.
	Requer seja recebido e processado o presente recurso, e remetido com as inclusas razões ao Superior Tribunal de Justiça.
	Termos em que,
	pede deferimento
	Local, data (5 dias)
	Advogado
	OAB nº
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
RECORRENTE: Tício
RECORRIDA: Justiça Pública
Habeas Corpus nº
Superior Tribunal de Justiça / Supremo Tribunal Federal
Colenda Turma
Douta Procuradoria da República
	Em que pese o indiscutível saber jurídico da Colenda Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de Justiça, merece reforma a respeitável decisão, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
		I – DOS FATOS
		II – DO DIREITO
	Alegar as mesmas teses do HC denegado.
		III – DO PEDIDO
	Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, concedendo-se (tudo o que foi alegado nas teses – ex: suspensão da pena, alvará de soltura, etc).
	Termos em que,
	pede deferimento
	local, data
	Advogado
	OAB nº
JECRIM
Fase judicial – audiência preliminar (art. 72, Lei 9099/95):
Composição dos danos civis – acordo (art. 74) = título executivo judicial (na esfera civil). Isso gera renúncia ao direito de queixa ou representação por parte da vítima. OBS: Isso gera uma tese de extinção da punibilidade, nos termos do art. 74, § único, da lei 9099/95.
Transação penal. O MP pode propor a aplicação de penas alternativas (PRD ou multa). Precisa da aceitação pelo autor do fato e pelo seu defensor. OBS: sempre precisa de defensor. Se não houver defensor = nulidade (art. 564, III, “c”, do CPP + art. 76, § 3º, da Lei 9099/95).
Efeitos da transação proposta e aceita (art. 76, § 4º e 6º, da Lei 9099/95).
A transação impede a propositura da ação penal.
A transação não gera reincidência (continua primário e com bons antecedentes).
A transação não consta de certidão de antecedentes.
A transação não gera efeitos civis para o ofendido.
Impedimentos da transação penal (art. 76, §2º):
Inciso I: Condenado (i) com trânsito em julgado, (ii) por crime, (iii) à pena privativa de liberdade.
Inciso II: não pode ter sido beneficiado anteriormente, no prazo de 5 anos.
Inciso III: aspectos subjetivos desfavoráveis ao nosso cliente.
OBS: se cabia proposta e não foi feita = nulidade (art. 564, IV, CPP + art. 76, da Lei 9099/95).
Se a transação for descumprida depois da homologação do juiz - consequência: se aplicar restritiva em transação penal, nunca pode converter em prisão. Se descumprida, há entendimento do STF, no sentido de que poderá ser oferecida a denúncia ou queixa para o respectivo processo.
Oferecimento de denúncia ou queixa (oral), ainda na audiência preliminar. Nesse caso, encerra-se a audiência preliminar, e o juiz marca a audiência de instrução e julgamento. Na audiência preliminar, o réu já sai citado da referida audiência preliminar.
Audiência de Instrução e Julgamento (art. 81, da Lei 9099/95) = RITO SUMARÍSSIMO:
1º ATO DA AIJ: o juiz dá a palavra ao advogado do acusado, para apresentação de resposta preliminar (Obs: se o juiz não der a palavra = nulidade – art. 564, IV, CPP + art. 81, caput, da Lei 9099/95).
2º ATO DA AIJ: o juiz pode receber ou rejeitar a denúncia ou queixa. 
Se receber, instaura-se a ação penal. Instala-se a audiência de Instrução, ou seja, (i) ouve-se a vítima; (ii) as testemunhas de acusação e defesa – não há previsão do número máximo de testemunhas – usa-se 05, por analogia ao rito sumário do CPP; (iii) interrogatório do acusado; (iv) debates orais; (v) memoriais, com fundamento no art. 403, §3º, cc art. 394, §5º, do CPP; (vi) sentença. Da sentença, cabe APELAÇÃO (art. 82, da Lei 9099/95) – prazo para apelação: interposição + razões em 10 dias.
Se rejeitar = APELAÇÃO para a TURMA RECURSAL (art. 82, da Lei 9099/95).
Exemplo de interposição:
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do ... Juizado Especial Criminal da comarca de ...
Exemplo de razões:
Egrégia Turma Recursal
Douto Promotor de Justiça
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO JECRIM:
Cabimento: art. 83, da Lei 9099/95.
Prazo: 5 dias.
Peça única.
Efeitos:
se opostos contra sentença do juiz = suspensão (art. 83, §2º, da Lei 9099/95).
se opostos contra acórdão da Turma Recursal = interrupção (por aplicação analógica ao art. 538, do CPC)
Obs: para relembrar: no CPP (regra geral), o efeito dos embargos de declaração é de interrupção, por aplicação analógica ao art. 538, do CPC. 
REVISÃO CRIMINAL – DECISÃO ORIUNDA DO JECRIM:
Quem julga é a Turma Recursal, na pessoa do seu presidente, e não o TJ.
Exemplo de endereçamento:
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente da Egrégia Turma Recursal do Juizado Especial Criminal da comarca de ...
RECURSO ESPECIAL OU EXTRAORDINÁRIO – CONTRA DECISÃO DA TURMA RECURSAL:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO (STF): cabe (súmula 640, do STF)
RECURSO ESPECIAL (STJ): não cabe (súmula 203, do STJ + art. 105, III, do CF: para caber recurso especial, as decisões têm que vir do TJ ou do TRF – se não vem deles, não cabe RESP.

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