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Auditoria Ambiental 2/212 Auditoria Ambiental Autoria: Maria Fernanda Wadt Como citar este documento: WADT, Maria Fernanda. Auditoria Ambiental. São Paulo, 2015. Sumário Apresentação da Disciplina 04 Unidade 1: A Questão Ambiental e as Auditorias Ambientais 05 Assista suas aulas 15 Unidade 2: Aspectos Legais das Auditorias Ambientais 23 Assista suas aulas 47 Unidade 3: Modelos de Auditoria Ambiental 54 Assista suas aulas 63 Unidade 4: NBR ISO 19011 – 2002 – Termos, Definições e Princípios de Auditoria 70 Assista suas aulas 80 Unidade 5: NBR ISO 19011:2002 – Gerenciando um Programa de Auditoria 88 Assista suas aulas 99 2/212 3/2123 Unidade 6: NBR ISO 19011:2002 - Executando uma Auditoria 106 Assista suas aulas 161 Unidade 7: NBR ISO 19011:2002 – Competência e Avaliação dos Auditores 169 Assista suas aulas 183 Unidade 8: NBR ISO 19011:2002 – Auditoria Ambiental: Uma Visão Crítica da Evolução e Perspectiva da Ferramenta 191 Assista suas aulas 204 Sumário Auditoria Ambiental Autoria: Maria Fernanda Wadt Como citar este documento: WADT, Maria Fernanda. Auditoria Ambiental. São Paulo, 2015. 4/212 Apresentação da Disciplina A auditoria ambiental é uma disciplina que nos traz o lado profissional, não menciona apenas a parte teórica, mas provoca o aluno a se inserir na sociedade como defensor dos problemas ambientais. É considerada uma ferramenta para as empresas descobrirem que desejam ter a oportunidade de melhoria. É como se fosse uma fotografia da empresa na ótica ambiental, respondendo a questões que envolvem aquisição de insumos e matéria prima, deposição de resíduos, emissões atmosférica, emissões de efluentes, consumo de energia, consumo de água, e a conformidade dos aspectos legais. Esta disciplina foi estruturada de forma a atender os parâmetros ambientais capacitando tomadores de decisões frente às empresas e empreendimentos classificados como potencialmente poluidores ou poluidores do Meio Ambiente. Serão abordados os tipos de auditoria ambiental; o planejamento e aplicação da auditoria ambiental; a condução das atividades de auditoria ambiental; os instrumentos para realização da auditoria ambiental; os critérios de auditoria: NBR ISO 19011-2012 e as bases do processo de certificação do sistema de gestão ambiental. 5/212 Unidade 1 A Questão Ambiental e as Auditorias Ambientais Objetivos 1. Compreender os problemas ambientais e a necessidade de implementação de auditorias ambientais. 2. Conhecer os diferentes conceitos de auditoria ambiental. 3. Identificar a classificação das auditorias ambientais. 4. Compreender o papel dos auditores ambientais. Unidade 1 • A Questão Ambiental e as Auditorias Ambientais6/212 Introdução Anteriormente a metade do século XX, as indústrias não faziam um papel importante na poluição do Meio Ambiente, as Leis nesta época eram pontuais e não havia fiscalização eficiente, as reações eram posteriores aos problemas ambientais, depois de gerados danos ao meio ambiente, é que decidiam quais providências seriam necessárias para minimizar estes danos. Foi somente na década de 70 que as indústrias começaram a elaborar tecnologias a favor dos tratamentos dos poluentes, mas ainda no sentido de elimina-los depois de sua geração. No entanto, alguns setores industriais estavam sujeitos a acidentes graves (vazamentos de poluentes tóxicos, explosões), como as indústrias químicas, petroquímicas e de energia nestes casos foram implantados sistemas de segurança. No final do ano de 80, diversos acidentes aconteceram como o vazamento de metila na fábrica de Union Carbide, em Bophal, na Índia o vazamento radioativo da usina Three Mile Island nos EUA e o acidente com a cápsula de césio 137 em Goiânia, Brasil, os quais após análise mostraram também valias gerenciais. Nos EUA, em uma empresa terceirizada (Arthur D. Little), foi realizada a primeira auditoria na área ambiental, de saúde e segurança ocupacional para verificar se os requesitos legais e padrões exigidos estavam sendo cumpridos. Allied Signal estabeleceu um programa coorporativo de Unidade 1 • A Questão Ambiental e as Auditorias Ambientais7/212 auditorias do meio ambiente, as auditorias surgiram nos EUA, Grã-Bretanha e Alemanha simultaneamente. Surgiram então os programas de prevenção principalmente pelas diversas pressões sociais e de ambientalistas que apontavam contrariedades aos graves acidentes ocorridos e pelo aumento de custos de controle de poluição. Conceitos de Auditoria Am- biental Aparecerem nesta época os seguintes conceitos de auditoria ambiental: [...] um processo sistemático, objetivo e documentado, de obtenção e avaliação de evidências ligadas a um sistema de gestão e informações, eventos ou atividades ambientais específicas, buscando a verificação da conformidade destes com relação a critérios definidos a priori, e a posterior comunicação do resultado deste processo ao cliente (Câmara Internacional do Comércio). [...] avaliação interna efetuada por empresas ou agências governamentais a fim de verificar sua conformidade com relação a exigências legais, assim como com relação a suas próprias políticas e normas internas (órgão de meio ambiente do Canadá) [...] um processo de avaliação sistemático e documentado que visa obter e avaliar objetivamente as evidências que determinam se as atividades específicas, Unidade 1 • A Questão Ambiental e as Auditorias Ambientais8/212 acontecimentos, condições e sistemas de gestão relativos ao meio ambiente, ou informações sobre essas questões, estão em conformidade com os critérios de auditória e comunicar os resultados desse processo ao cliente (ABNT 1997, p. 2). A auditória é um instrumento de gestão que tem o objetivo de identificar se uma determinada organização cumpre certos requisitos estabelecidos. • São realizadas por profissionais que conhecem o assunto a ser auditado • São realizadas por pessoas que não estão envolvidas na atividade auditada • Podem ter escopo variado, havendo necessidade de definição de sua abrangência. • Dela participam três personagens bem definidos: cliente, o auditado, o auditor. Segundo Arthur D. Little, um bom programa de auditoria deve contemplar as seguintes características: • possuir objetivos definidos. • limite de escopos claramente definidos. • abrangência que priorize unidades mais importantes, sem desprezar as demais. • abordagem compatível com os objetivos. Unidade 1 • A Questão Ambiental e as Auditorias Ambientais9/212 • treinamento, experiência e habilidade dos profissionais que conduzem a auditoria. • suporte geral e organização eficazes. 1. Classificação das Auditorias Ambientais Classificação de acordo com a parte auditora • Auditoria Ambiental de Primeira Parte: é formada pela equipe da própria organização auditada, a área ou departamento da empresa é auditada por outra área contendo outros funcionários. • Auditoria Ambiental de Segunda Parte: realizada por uma equipe formada por membros ou representantes de uma parte interessada diretamente na gestão ambiental da organização auditada e que tenha poder legal ou de negociação para exigir a auditoria, por clientes e fornecedores por possíveis compradores em processo de aquisição ou fusão das empresas ou ainda por membros da comunidade afetada pelos impactos ambientais gerados. • Auditoria Ambiental de Terceira Parte: realizada por uma instituição isenta que não tem interesse direto nos impactos ambientais das atividades Unidade 1 • A Questão Ambiental e as Auditorias Ambientais10/212 da organização auditada, por exemplo: Auditorias de Certificação dos Sistemas de Gestão Ambiental ISO 14001. Classificação de acordo com os critérios de auditoria • Auditoria de Conformidade Legal Ambiental: os critérios da auditoria são requisitos da legislação vigente. • Auditoria de Desempenho Ambiental: são verificados indicadores de desempenho, a seremcomparados com padrões, geralmente setoriais, ou com metas definidas, inclui-se nesta categoria auditoria de passivo ambiental que representa o mau desempenho. • Auditoria de Sistemas de Gestão Ambiental: avalia o cumprimento das normas, critérios e procedimentos Para saber mais Uma confusão muito comum é tratar a auditoria de primeira parte como sinônimo de auditoria interna, a auditoria interna é realizada de acordo com procedimentos da própria organização auditada, podendo ser realizada com pessoal próprio ou de empresa externa contratada. Unidade 1 • A Questão Ambiental e as Auditorias Ambientais11/212 de gestão ambiental, que foram estabelecidos pela própria organização auditada, podem ser de adequação para verificar se o sistema montado atende o projeto que é exigido na norma; de conformidade para verificar se o sistema está sendo utilizado; e de eficácia para verificar se os objetivos e metas propostos pelo sistema vêm sendo atingidos. Classificação de acordo com os objetivos da auditoria • Auditoria Ambiental de Certificação: tem por objetivo produzir uma declaração ou certificado atestando que os critérios de auditoria são cumpridos pela organização auditada. O principal exemplo é a ISO 14001. • Auditoria Ambiental de Acompanhamento: verifica se as condições de certificação continuam sendo cumpridas. • Auditoria Ambiental de Verificações de Correções ou de Follow-up: tem por finalidade verificar se as não conformidades de auditorias anteriores foram corrigidas. • Auditoria Ambiental de Responsabilidade (due dilligence): avalia o passivo ambiental das empresas, ou seja, suas responsabilidades ambientais Unidade 1 • A Questão Ambiental e as Auditorias Ambientais12/212 efetivas e potenciais. Em geral, contabilizam-se como passivo ambiental, os seguintes custos: multas, taxas e impostos ambientais a serem pagos. É utilizada principalmente na avaliação para fusão aquisições e refinanciamento de empresas. • Auditoria Ambiental de Sítio: destinada a avaliar o estágio de contaminação de um determinado local. • Auditoria Compulsória: visa cumprir exigência legal referente à realização de auditoria ambiental. • Auditoria Pontual ou de Processos: destinada a otimizar a gestão dos recursos, a melhorar a eficiência do processo produtivo e, consequentemente, minimizar a geração de resíduos, uso de energia ou de outros insumos. Papeis dos auditores A tarefa do auditor é coletar informações por meio de entrevistas, exame documental e observações, compará-las com os critérios de auditorias e relatar ao cliente. 13/212 Considerações Finais As auditorias ambientais têm como objetivo identificar e documentar condições ambientais que indiquem alterações da qualidade ambiental que possam colocar em risco a saúde humana e o meio ambiente, bem como determinar o grau de conformidade em relação a critérios legais e normativos. Unidade 1 • A Questão Ambiental e as Auditorias Ambientais14/212 Referências ASSOCIAÇÃO, Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 9001 – Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2000. ASSOCIAÇÃO, Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 9004 – Sistemas de gestão da qualidade – Diretrizes para melhorias de desempenho. Rio de Janeiro: ABNT, 2000. ASSOCIAÇÃO, Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 19011-2002 – Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: 1988. CAMPOS, L.M. LERÍPIO, A. Auditoria Ambiental - Uma Ferramenta de Gestão. Ed: Atlas. 2009. OLIVEIRA, C.M, de. Manual de Auditoria Ambiental. Ed: Celso Maran ebook. 2009. PHILIPPI JR, A. ROMERO, M. A. BRUNA, G.C. Curso de Gestão Ambiental. Barueri, SP: Ed. Manole. 2ª ed. 2014. 1.250p. VILELA JUNIOR, A. DEMAJOROVIC, J. Modelos e Ferramentas de Gestão Ambiental. 1ª Edição. São Paulo: Senac. 2006. 15/212 Assista a suas aulas Aula 1 - Tema: A Questão Ambiental e as Auditorias Ambientais - Bloco I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ 9ff404c6a7b778866ea210865ebc2885>. Aula 1 - Tema: A Questão Ambiental e as Auditorias Ambientais - Bloco II Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ 400c144db1f15bcfe86ca101fd9b3f5f>. http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/9ff404c6a7b778866ea210865ebc2885 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/9ff404c6a7b778866ea210865ebc2885 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/9ff404c6a7b778866ea210865ebc2885 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/400c144db1f15bcfe86ca101fd9b3f5f http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/400c144db1f15bcfe86ca101fd9b3f5f http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/400c144db1f15bcfe86ca101fd9b3f5f 16/212 1. O texto introdutório refere-se à necessidade de controle de utilização dos recursos naturais em busca de minimizar os acidentes gerados pelas indústrias de risco.Assinale a alternativa INCORRETA. a) Foi somente na década de 70 que as indústrias começaram a elaborar tecnologias a favor dos tratamentos dos poluentes, mas ainda no sentido de eliminá-los depois de sua geração. b) A auditória é um instrumento de gestão que tem o objetivo de identificar se uma determinada organização cumpre certos requisitos estabelecidos e existem características importantes dos processos de auditorias. c) As auditorias são realizadas principalmente por profissionais que conhecem o assunto a ser auditado e que estejam envolvidos com a atividade auditada. d) Nos EUA, em uma empresa terceirizada (Arthur D. Little), foi realizada a primeira auditoria na área ambiental, de saúde e segurança ocupacional para verificar se os requesitos legais e padrões exigidos estavam sendo cumpridos. e) Os programas de prevenção vieram devido às pressões sociais e de ambientalistas devido a graves acidentes e também pelo aumento de custos de controle de poluição. Questão 1 17/212 2. O texto enfoca sobre as classificações das auditorias ambientais de acordo com os critérios; dentre as considerações descritas a seguir, assi- nale duas alternativas que não cabem neste conceito. a) Auditoria de Conformidade Legal Ambiental. b) Auditoria de Desempenho Ambiental. c) Auditoria de Certificação. d) Auditoria de Sistemas de Gestão Ambiental. e) Auditoria de Acompanhamento. Questão 2 18/212 3. Analise as alternativas a seguir sobre o Conceito de Auditoria Ambien- tal e assinale a CORRETA e coerente com as informações descritas no texto introdutório. a) Uma forma de avaliar o sistema de uma empresa sem a necessidade de comprovações documentais. b) Um processo de avaliação sistemático e documentado que visa obter e avaliar objetivamente as evidências que determinam se as atividades específicas, acontecimentos, e comunicar os resultados desse processo ao cliente. c) Um processo de avaliação das condições das empresas em termos de legislação ambiental para a aplicabilidade de penalidades. d) As auditorias possuem um escopo pré-determinado a ser aplicado em todas as circunstâncias. e) O cliente não pode participar dos procedimentos da auditoria ambiental, ele é comunicado posteriormente com a apresentação dos resultados. Questão 3 19/212 4. Analise as alternativas a seguir sobre a classificação de auditorias am- bientais quanto a parte auditora e assinale a INCORRETA. a) Auditoria ambiental de primeira parte: é formada pela equipe da própria organização auditada, a área ou departamento da empresa é auditada por outra área contendo outros funcionários. b) Auditoria ambiental de segunda parte: realizada por uma equipe formada por membros ou representantesde uma parte interessada diretamente na gestão ambiental da organização auditada e que tenha poder legal ou de negociação para exigir a auditoria, por clientes e fornecedores por possíveis compradores em processo de aquisição ou fusão das empresas ou realiza por membros da comunidade afetada pelos impactos ambientais gerados por uma determinada organização. c) Auditoria ambiental de terceira parte: realizada por uma instituição isenta que não tem interesse direto nos impactos ambientais das atividades da organização auditada, por exemplo: Auditorias de Certificação dos Sistemas de Gestão Ambiental ISO 14001. d) A auditoria de primeira parte pode ser considerada como auditoria interna. e) As auditorias de segunda parte podem ser consideradas como auditorias externas. Questão 4 20/212 5. O texto tem o objetivo de esclarecer sobre a classificação das audito- rias com os seus objetivos; dentre as considerações abaixo relacionadas, todas são verdadeiras EXCETO: a) Auditoria ambiental de certificação: tem por objetivo produzir uma declaração ou certificado atestando que os critérios de auditoria são cumpridos pela organização auditada. O principal exemplo é a ISO 14001. b) Auditoria ambiental de acompanhamento: verifica se as condições de certificação continuam sendo cumpridas. c) Auditoria ambiental de responsabilidade (due dilligence): avalia o passivo ambiental das empresas, ou seja, suas responsabilidades ambientais efetivas e potenciais. d) Auditoria ambiental de sítio: destinada a avaliar o estágio de contaminação de um determinado local. e) Auditoria de conformidade legal ambiental: os critérios da auditoria são requisitos da legislação vigente. Questão 5 21/212 Gabarito 1. Resposta: C. As auditorias são realizadas principalmente por profissionais que conhecem o assunto a ser auditado e que NÃO estejam envolvidos com a atividade auditada. 2. Resposta: C e D. O texto enfoca sobre as classificações das auditorias ambientais de acordo com os critérios, as auditorias de Certificação e Acompanhamento são classificadas de acordo com os objetivos da Auditoria e não pelo seu critério. 3. Resposta: B. A auditoria ambiental pode ser conceituada como um processo de avaliação sistemático e documentado que visa obter e avaliar objetivamente as evidências que determinam se as atividades específicas, acontecimentos, e comunicar os resultados desse processo ao cliente. 4. Resposta: D. A auditoria de primeira parte não pode ser considerada como auditoria interna, pois a auditoria interna é realizada de acordo com procedimentos da própria organização auditada, podendo ser realizada com pessoal próprio ou de empresa externa contratada. 22/212 5. Resposta: E. A auditoria de conformidade legal ambiental é classificada de acordo com os critérios da auditoria e são requisitos da legislação vigente. Gabarito 23/212 Unidade 2 Aspectos Legais das Auditorias Ambientais Objetivos 1. Identificar os principais aspectos legais relacionados à aplicação das auditorias ambientais. 2. Conhecer os objetivos e princípios de preservação ambiental definidos na Constituição Federal (CF) e na Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) e a relação com as auditorias ambientais. 3. Entender o histórico das auditorias ambientais no Brasil principalmente como controle de qualidade ambiental. 4. Entender o histórico das auditorias ambientais americanas e europeias Unidade 2 • Aspectos Legais das Auditorias Ambientais24/212 Introdução A primeira menção sobre o Meio Ambiente ocorreu na Constituição de 1946 quando estabeleceu que “a competência de legislar sobre a proteção da água, das florestas, da caça e da pesca competia a União”. No entanto, foi na década de 70 que os olhares para o Meio Ambiente tiveram um impulso mundial com a Conferência das Nações Unidas em Estocolmo, onde surgia o direito fundamental à preservação do Meio Ambiente e o direito à vida. O Primeiro e Segundo Princípios prescreviam que “o ser humano tinha direito fundamental à liberdade, à igualdade e a uma vida com qualidade e condições adequadas de sobrevivência, e o dever de preservar e melhorar o meio ambiente, para as gerações atuais e futuras”. Foi nessa circunstância que o meio ambiente passou a ser considerado essencial para que o ser humano pudesse gozar dos direitos humanos fundamentais, dentre eles, o próprio direito à vida. O olhar para a proteção ao Meio Ambiente, consolidado em Estocolmo, fez, portanto, com que a maioria dos povos passasse a pensar na Natureza de maneira diferente. No Brasil, até então, sem um ordenamento jurídico específico o Meio Ambiente era garantido por disposições comuns e que se caracterizavam pela tutela da segurança ou higiene do trabalho, por proteção de alguns aspectos naturais (Milaré, 2004). Em 1988, a nossa Lei Fundamental (Constituição Federal) passou a abordar o Meio Ambiente com diferentes faces, Unidade 2 • Aspectos Legais das Auditorias Ambientais25/212 o Meio Ambiente natural, artificial, do trabalho, cultural e o patrimônio genético e estabeleceu no Art. n°. 225: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. Dando início a um marco em que exerce na Constituição o papel de principal norteador do Meio Ambiente, mensurado pela obrigação do Estado e da Sociedade em garantir um Meio Ambiente ecologicamente equilibrado, já que se trata de um bem de uso comum do povo que deve ser preservado e mantido para as presentes e futuras gerações. A partir deste contexto, inserirmos uma nova gestão administrativa, ou seja, a condução, a direção e o controle pelo governo do uso dos recursos naturais através de determinados instrumentos, o que inclui medidas econômicas, regulamentos e normalização, investimentos públicos e financiamento, requisitos interinstitucionais e judiciais. A maneira de conduzir a utilização desses recursos naturais em busca de minimizar os impactos negativos gerados é a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (Philippi et all,2014). Um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é uma estrutura desenvolvida para que uma organização possa consistentemente controlar seus impactos significativos Unidade 2 • Aspectos Legais das Auditorias Ambientais26/212 sobre o meio ambiente e melhorar continuamente as operações e negócios. A ISO 14001 é uma norma internacionalmente aceita que define os requisitos para estabelecer e operar um Sistema de Gestão Ambiental. A norma reconhece que organizações podem estar preocupadas tanto com a sua lucratividade quanto com a gestão de impactos ambientais. A ISO integra estes dois motivos e provê uma metodologia altamente eficaz para conseguir um Sistema de Gestão Ambiental efetivo. Na prática, o que a norma oferece é a gestão de uso e disposição de recursos, é reconhecida mundialmente como um meio de controlar custos, reduzir os riscos e melhorar o desempenho de uma empresa, trazendo benefícios tanto corporativos quanto financeiros, desde a melhoria dos relacionamentos com as partes interessadas até a obtenção de custos reduzidos através do uso responsável de materiais e práticas ambientalmente sensíveis sempre que possível. Os custos de seguro podem ser reduzidos através da demonstração de uma melhor gestão do risco. A percepção pública da norma significa que você pode também ganhar vantagem competitiva, levando a oportunidades melhoradas de vendas. Unidade 2 • Aspectos Legais das Auditorias Ambientais27/212 No final da década de 60, com o surgimento da revolução industrial, começaram a aparecer diversos problemas ambientais decorridos do aumento da população e do desenvolvimento industrial. Em consequência, veio a Para saber mais São considerados, portanto, objetivos do SGA declaradospela norma ISO14001: assegurar conformidade com a política ambiental, incluindo o compromisso com a melhoria contínua e a prevenção de poluição; demonstrar essa conformidade a partes interessadas; buscar certificação ou reconhecimento. necessidade implantar ferramentas de Gestão Ambiental, sendo então aprimoradas e aceitas pelas empresas e sociedade (Philippi et all,2014), Dentre estas, a auditoria ambiental é, provavelmente, a que mais rapidamente se consolidou como ferramenta de Gestão Ambiental. Para saber mais Que a auditoria teve início nos Estados Unidos quando as empresas americanas General Motors, Pennsylvania Power anda Light Company, olin e Allied Signal, voluntariamente implantaram programas com o objetivo de verificar suas situações frente à regularização ambiental vigente, de avaliar riscos ambientais. Unidade 2 • Aspectos Legais das Auditorias Ambientais28/212 A proliferação da regulamentação nas décadas de 70 e 80 levando uma incerteza constante sobre a conformidade das plantas industriais em relação aos requisitos legais aplicáveis; a demanda e garantias por parte da sociedade de que a operação das empresas estava em conformidade com a Lei e de que riscos efetivos de gerenciamento de riscos existiam e a responsabilidade ambiental das empresas devido às regularizações e pressão da sociedade, redução de perdas na armazenagem e transporte, redução do consumo de insumo, energia e água, ou ainda melhoria do ambiente ocupacional. As auditorias passaram a ser adotadas não por uma determinação legal, mas como uma ação preventiva em relação aos riscos empresariais relacionadas aos aspectos ambientais de suas atividades. No Brasil, a implantação de auditorias ambientais ocorreu uma década depois com a decisão de empresas multinacionais de implementarem em suas unidades locais programas de auditoria, já existente em suas respectivas matrizes, Shell, Sandoz, White Martins. A implantação efetiva da auditoria ambiental ocorreu devido a uma base conceitual e metodológica que foi sendo desenvolvida com o passar dos anos a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (Epa), que estimulava a prática voluntária da auditoria. Em 1980, a Comprehensive Environment Unidade 2 • Aspectos Legais das Auditorias Ambientais29/212 Response Compensation and Liability Act (Cercla), legislação federal norte Americana voltada para a responsabilização de proprietários de áreas contaminadas, que proporcionou o surgimento de das auditorias para a avaliação de imóveis e empresas para a verificação de passivos ambientais, em 1986 surgiu a Sara – Superfund Amendment and Reauthorization. No decorrer dos anos 1990 foram desenvolvidos e propostos modelos para a gestão ambiental em organização que tinham a auditoria ambiental como uma de suas ferramentas International Chamber of Commerce (ICC) Position Paper on Environmental Auditing, Paris, 1988, já em 1992 a British Standard Institution (BSI) publicou a Norma BS 7750, primeira norma de sistema de gestão ambiental que enfocou a auditoria ambiental, fato ocorrido na Grã-Bretanha. Em 1993 a Comunidade Européia elaborou esta norma com ênfase na certificação de sistemas de gestão e auditoria ambiental pelo setor industrial denominada Emas-Eco- Management and Audit Scheme. A organização Internacional para a Normalização (International Organization for Standardization – ISO), em 1996, iniciou a publicação da ISO 1400, que além de contemplar a auditoria interna do sistema de gestão ambiental como um dos quesitos obrigatórios (ISO 14001:1996). Publicou uma série de normas específicas que orientavam a prática de auditoria, Unidade 2 • Aspectos Legais das Auditorias Ambientais30/212 os requisitos para a formação de auditores, incluindo habilidades pessoais, experiência, escolaridade e conhecimentos específicos (ISO 1410:1996; diretrizes gerais para auditorias; ISO1411:1996 diretrizes para a auditorias de sistema de gestão ambiental e ISO1412:1996 critérios de qualificação para auditores ambientais). Em 2002 estas normas foram substituídas pela ISO 19011:2002, produzida por um grupo de comitês que tratam de normas de gestão ambiental e gestão de qualidade. Unidade 2 • Aspectos Legais das Auditorias Ambientais31/212 Condensando o raciocínio. Linha do tempo das auditorias ambientais. SÉCULO XXI Anos 70 Anos 80 Anos 90 ANOS 10 ISO (1415:2001) Avaliação de locais e organizações.Norma da serie ISO14000 1980- Cercla-Superfund 1992-BSI 7750 ISO 9011:2002 1985- Politica da Epa para auditorias ambientais 1993- EmasEco- Management and Audit Scheme 1986- Sara – Superfund Amendment and Reauthorization ISO 14001:1996 ISO 1410:1996 ISO 1411:1996 ISO 1412:1996 SÉCULO XX Experiências isoladas de companhias com objetivos de conformidade legal em meio ambiente. E segurança ocupacional. ISO 1400:2004 Surgimento da auditoria ambiental nos EUAs 1980- Desenvolvimento metodológico e aproximação entre as práticas de auditoria de conformidade legal 1991- ICC Guide for na Efective Environmental Auditing 1988- ICC Position Paper on Environment Audit Unidade 2 • Aspectos Legais das Auditorias Ambientais32/212 Uma abordagem sobre o desenvolvimento da auditoria ambiental foi realizada por Frank Priznar, citado por Rodrigo Sales, descrevendo três fases: a primeira entre 1979-1983 caracteriza-se pelo surgimento da auditoria ambiental, pela elaboração de seu conceito e a prática voltada para a conformidade legal. A segunda entre 1984 e 1989 teria como principal característica as práticas de avaliação ambiental e a terceira após 1990 envolvia a internacionalização da prática de auditoria ambiental e melhor definição das diferentes categorias da auditoria ambiental. 1. Auditoria Ambiental no Brasil As primeiras experiências de auditoria ocorreram em 1980 devido a expansão de programas ou políticas de auditorias de matrizes americanas com foco em conformidade legal. No início da década de 90, surgiu no Brasil em nível federal, estadual e municipal projetos de Lei que estabeleciam a obrigatoriedade da auditoria ambiental para a atividade de grande potencial poluidor. Na esfera Federal, foi apresentado pelo Deputado Fábio Feldmann o Projeto de Lei n° 3160/92 que estabelecia a obrigatoriedade da auditoria para as empresas potencialmente causadoras de Unidade 2 • Aspectos Legais das Auditorias Ambientais33/212 impacto ambiental e critérios mínimos para a formação e credenciamento de auditores ambientais. Em julho de 2002, o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) publicou a Resolução n° 306 que estabeleceu os requisitos mínimos e os Termo de Referência para a realização de auditorias ambientais. No início, como vimos no capítulo anterior, a auditoria ambiental era praticada como instrumento voluntário de verificação de atendimento à legislação ambiental. No Brasil existiram algumas iniciativas de incorporação de auditorias ambientais, no entanto foi no Estado do Rio de Janeiro que a Lei Federal n° 1898, de 25 de novembro de 1991, regulamentada pelo Decreto Estadual n° 21 470, de 05 de junho de 1995 definiu a Auditoria Ambiental como: {..} a realização de avaliações e estudos destinados a determinar: Os níveis efetivos ou potencias de poluição ou de degradação ambiental provocados por atividades de pessoas físicas ou jurídicas; Link Histórico das auditorias. Disponível em <http:// www.portaleducacao.com.br/biologia/ artigos/16552/historico-da-auditoria- ambiental#!2> Acesso outubro 2015. http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/16552/historico-da-auditoria-ambiental#!2 http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/16552/historico-da-auditoria-ambiental#!2 http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/16552/historico-da-auditoria-ambiental#!2 http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/16552/historico-da-auditoria-ambiental#!2 Unidade 2 • Aspectos Legaisdas Auditorias Ambientais34/212 As condições de operação e manutenção dos equipamentos e sistemas de controle de poluição; As medidas a serem tomadas para restaurar o meio ambiente e proteger à saúde humana; A capacitação dos responsáveis pela operação e manutenção dos sistemas, rotinas, instalações e equipamentos de proteção do meio ambiente e saúde dos trabalhadores. Rio de Janeiro Estado. Decreto Estadual n° 21470 A. 05/06/1995. Documento on line . Disponível em URL:<http://www.lei.adv.br> (outubro 2015) No Brasil, já durante a década de 1990, a auditoria ambiental passa a ter sua realização exigida por lei, através de diplomas instituídos em alguns Estados, como Rio de Janeiro e Minas Gerais, e, ainda, teve uma tentativa de regulamentação federal por meio do Projeto de Lei n° 3.160/92 e, posteriormente, do PL n° 3.539/97, ambos arquivados em 1992. Resta em tramitação, em sede federal, o PL nº 13612, de 1 2 Out / 2010 e o PL n° 1.254/2003, que propõe emendas à Política Nacional de Meio Ambiente (Lei Federal n° 6.938/81). Assim, a análise dos aspectos legais da auditoria ambiental (AA) eram realizadas através das diretrizes contidas no PL e na legislação do Estado do Rio de Janeiro. Esta http://www.lei.adv.br Unidade 2 • Aspectos Legais das Auditorias Ambientais35/212 leitura tinha por finalidade comparar os elementos definidos pela legislação com a normatização existente em relação à auditoria ambiental (NBR ISO 14.001:2004 e NBR ISO 19.011:2002). Para tanto, inicialmente, fora realizada a análise da AA tanto sob a perspectiva teórico- conceitual como das normas técnicas aplicáveis. Em seguida, foram identificados os princípios gerais de Direito Ambiental aplicáveis à AA. Por fim, realizado um breve diagnóstico dos elementos fundamentais da AA constantes da legislação federal, em processo legislativo, e estadual em vigor. Análise do Biólogo; Advogado; Especialista em Gestão Ambiental; Mestre em Direito; Doutor em Meio Ambiente, pela UERJ - Professor Universitário da Faculdade Machado Sobrinhor Vianna Sapiens juiz de foravolume 1 n 2outubro de 2010Issn21773726. Hoje se verifica no Brasil o crescimento das auditorias de conformidade legal e de passivos ambientais e o crescimento de organizações, as quais implantaram seu sistema de gestão através da ISO 14001. O SGI (Sistema de Gestão Integrada) é a combinação de processos, procedimentos e práticas adotadas por uma organização, para implementar suas políticas e atingir seus objetivos de forma mais eficiente do que por meio de múltiplos sistemas de gestão. Direcionado para processos é a gestão que permite integrar de forma mais eficiente, nas operações do dia-a- dia das empresas, os aspectos e objetivos Unidade 2 • Aspectos Legais das Auditorias Ambientais36/212 da qualidade, do desempenho ambiental, da segurança e saúde ocupacional e da responsabilidade social. A visão e orientação para o risco fomentam a prevenção e facilitam o entendimento da integração dos Sistemas de Gestão. A excelência do desempenho e o sucesso no negócio requerem que todas as atividades inter-relacionadas sejam compreendidas e gerenciadas segundo uma visão de PROCESSOS. As diversas normas para sistemas de gestão tratam de processos internos separados, relacionados com a qualidade, o ambiente, a saúde e segurança ocupacional, a segurança da informação e outros. Através de um sistema de gestão integrado, a organização pode adotar uma abordagem completa para o aperfeiçoamento de seus processos internos e obter a certificação de todos os sistemas com somente uma auditoria de certificação. O SGI busca o atendimento das seguintes normas ambientais: • NBR ISO 9001:2008 (Sistema de Gestão da Qualidade): visa ao atendimento a requisitos do cliente. • NBR ISO 14001:2004 – Sistema de Gestão Ambiental: visa ao atendimento aos requisitos legais, aspectos de impactos ambientais significativos, permitindo o controle de riscos e acidentes ambientais. Unidade 2 • Aspectos Legais das Auditorias Ambientais37/212 • OHSAS 18001:2007 – Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional Objetivo: visa à segurança e saúde ocupacional que leva em conta requisitos legais, requisitos próprios, perigos e danos, permitindo o controle dos riscos de acidentes e doenças ocupacionais. A certificação do SGI demonstra o comprometimento da empresa em prestar serviços com qualidade, respeitando o meio ambiente e zelando pela saúde e segurança da sua força de trabalho. SGI (SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA) Unidade 2 • Aspectos Legais das Auditorias Ambientais38/212 O SGI visa obter as seguintes perspectivas: • Melhoria de qualidade dos produtos e serviços realizados; • Economia de tempo e custos; • Transparência na realização dos processos internos; • Fortalecimento da imagem da empresa e a participação no mercado; • Maior controle de riscos com acidentes ambientais; • Satisfação de clientes, funcionários; • Satisfação dos critérios dos investidores e melhoria do acesso a capital; • Aumento da competividade e • Prevenção de falhas nos serviços gerados. METODOLOGIA PDCA A ABNT NBR ISO 14001 segue a metodologia conhecida por aplicar um ciclo de melhoria contínua, denominado Plan- Do-Check-Act (PDCA) que traduzido para o português significa Planejar-Executar- Verificar-Agir. Portanto, o SGA segundo a Norma ISO14001 está estruturado com um ciclo PDCA, ferramenta de controle de processos tradicionalmente utilizada na adinistração. Ela é constituída de quatro etapas básicas: Unidade 2 • Aspectos Legais das Auditorias Ambientais39/212 Unidade 2 • Aspectos Legais das Auditorias Ambientais40/212 O planejamento (P) consiste da identificação e avaliação dos aspectos ambientais (elementos das atividades, produtos e serviços que podem resultar em impacto ambiental), identificação dos requisitos legais e outros pertinentes e definição de objetivos, metas e programas para melhoria ambiental. Na etapa de execução (D) devem ser definidas responsabilidades, recursos e tecnologias devem ser provisionados; o pessoal próprio e terceiros devem ser treinados e conscientizados, de modo a gerenciar adequadamente os aspectos ambientais, utilizando procedimentos de operação e manutenção, além de estar preparado para atuar em situações de emergência. Para checagem (C) da gestão, devem ser monitorados os resultados ambientais, avaliada a conformidade com os requisitos legais e outros e realizadas auditorias internas. A partir dessas informações, verifica-se a necessidade de tomada de ações corretivas ou oportunidades de ações preventivas, tanto na média gerência como no âmbito mais amplo de alcance dos resultados definidos pela alta administração, consolidando o elemento ações (A) do sistema de gestão. • Medição de Processo envolve atividades que necessitam controle, tais como emissões, e pode incluir a calibração de equipamento usado para medições. Unidade 2 • Aspectos Legais das Auditorias Ambientais41/212 • Medição de Conformidade avalia o desempenho em relação aos requisitos legais. • Medição de Sistema inclui o progresso em relação a objetivos e o resultado de auditorias internas. • Assegurar conformidade com a política ambiental, incluindo o compromisso com a melhoria contínua e a prevenção de poluição. • Demonstrar essa conformidade a partes interessadas. • Buscar certificação e reconhecimento. • Avaliação de impactos ambientais sistematização da avaliação prévia dos aspectos e impactos ambientais decorrentes de suas atividades, produtos e serviços, comtemplando as situações acidentais e emergenciais, além da avaliação quando de mudanças e de passivos ambientais. • Identificação e avaliação da conformidade legal acesso, interpretação e avaliação sistemática da conformidade aos requisitos legais e outros pertinentes às atividades, produtos e serviços da empresa, essencial para a redução de riscos de vulnerabilidades,multas e penalidades junto aos órgãos reguladores. • Melhoria do desempenho definição de objetivos, metas e programas Unidade 2 • Aspectos Legais das Auditorias Ambientais42/212 visando à melhoria contínua, à prevenção da poluição e à implementação da política ambiental definida. Procurando alinhar as metas da gestão ambiental com a meta da gestão estratégica empresarial. • Treinamento, conscientização e competência definição de mecanismos para identificação e provisão de treinamentos e competências ambientais de todo o pessoal próprio e daqueles que atuam em nome da empresa. • Comunicação definição de procedimentos formais sistemáticos para a comunicação interna e externa. • Requisitos aos fornecedores o SGA agrega valor à gestão solicitando a identificação, comunicação e avaliação de requisitos ambientais aos fornecedores e prestadores de serviço. • Emergências ambientais implementação e simulação de planos para resposta a emergências ambientais, prática adotada recentemente em virtude dos muitos acidentes ocorridos mundialmente. • Tratamento de não conformidades um dos pontos que melhor caracteriza um sistema de gestão no modelo PDCA é o tratamento das não conformidades reais ou potenciais. Tal sistemática introduzida no SGA é Unidade 2 • Aspectos Legais das Auditorias Ambientais43/212 de grande valor para sua manutenção e melhoria. • Auditorias ambientais definição de procedimentos e programas para auditorias de SGAs visando prover informações à alta administração para tomadas de decisões. • Satisfazer critérios dos investidores para aumentar o acesso ao capital vários agentes financiadores, por exemplo, BID, BNDES, Bird e etc., solicitam uma contrapartida ambiental para os seus investimentos. • Redução da poluição, conservação de materiais e energia resultados satisfatórios na redução da poluição e do uso de recursos. • Reduzir custos permite um gerenciamento mais racional e proativo, reduzindo significamente os custos da organização. • Melhorar a imagem a melhoria da imagem advém de sucessivos anos de ações consistentes com resultados e uma falha pontual pode anular todo o esforço. • Melhorar as relações entre organizações e Governo e facilitar a obtenção de licenças e autorizações em alguns países, por exemplo, EUA, a adoção da ISO14001 é parte de esquemas voluntários para a obtenção de licenças ambientais. Já há previsão na legislação brasileira (Resolução Conama nº. 237/97 e Unidade 2 • Aspectos Legais das Auditorias Ambientais44/212 Decreto Estadual de São Paulo nº. 47.400/02) a facilitação na obtenção de licenças para empresas com SGA. 45/212 Considerações Finais Nas quatro ultimas décadas, a aplicação da auditoria ambiental sofreu diversas transformações passou de um instrumento de verificação de conformidade para o controle de qualidade ambiental incorporando muitas vezes a etapa de licenciamento ambiental. Exercício de fixação: Faça você mesmo 1. Elabore uma linha do tempo brasileira do início a atualidade da implantação das auditorias ambientais. Unidade 2 • Aspectos Legais das Auditorias Ambientais46/212 Referências ASSOCIAÇÃO, Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 9001 – Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2000. ASSOCIAÇÃO, Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 9004 – Sistemas de gestão da qualidade – Diretrizes para melhorias de desempenho. Rio de Janeiro: ABNT, 2000. ASSOCIAÇÃO, Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 19011-2002 – Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: 1988. CAMPOS, L.M. LERÍPIO, A. Auditoria Ambiental - Uma Ferramenta de Gestão. Ed: Atlas. 2009. OLIVEIRA, C.M, de. Manual de Auditoria Ambiental. Ed: Celso Maran ebook. 2009. PHILIPPI JR, A. ROMERO, M. A. BRUNA, G.C. Curso de Gestão Ambiental. Barueri, SP: Ed. Manole. 2ª ed. 2014. 1.250p. Milaré, Édis. Direito do ambiente: doutrina, jurisprudência, glossário. 3ª edição atualizada e ampliada. São Paulo. Editora Revista dos Tribunais, 2004. VILELA JUNIOR, A. DEMAJOROVIC, J. Modelos e Ferramentas de Gestão Ambiental. 1ª Edição. São Paulo: Senac. 2006. 47/212 Assista a suas aulas Aula 2 - Tema: Aspectos Legais das Auditorias Ambientais - Bloco I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ ef83fdf95fec8dc771dd4c7bf5768920>. Aula 2 - Tema: Aspectos Legais das Auditorias Ambientais - Bloco II Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ 7954d46cf90256aaad2c40cb62543db6>. http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ef83fdf95fec8dc771dd4c7bf5768920 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ef83fdf95fec8dc771dd4c7bf5768920 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ef83fdf95fec8dc771dd4c7bf5768920 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/7954d46cf90256aaad2c40cb62543db6 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/7954d46cf90256aaad2c40cb62543db6 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/7954d46cf90256aaad2c40cb62543db6 48/212 1. O texto introdutório refere-se à necessidade de controle de utilização dos recursos naturais em busca de minimizar os impactos gerados pela re- volução industrial. Assinale a alternativa INCORRETA. a) A maneira de conduzir a utilização desses recursos naturais de forma gradativa com menos prejuízo ao Meio Ambiente é a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental. b) Um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é uma estrutura desenvolvida para que uma organização possa consistentemente controlar seus impactos significativos sobre o meio ambiente e melhorar continuamente as operações e negócios. c) A ISO 14001 é uma norma internacionalmente aceita que define os requisitos para estabelecer e operar um Sistema de Gestão Ambiental. d) A Auditoria Ambiental é um sistema independente e se estrutura paralelamente a ferramenta de Gestão Ambiental. e) A preocupação com a proteção ao Meio Ambiente foi consolidada em Estocolmo na década de 70. Questão 1 49/212 2. O texto tem o objetivo de esclarecer sobre os procedimentos de um Siste- ma de Gestão Ambiental Integrado; faz parte destes procedimentos EXCETO: a) A sistematização da avaliação prévia dos aspectos e impactos ambientais decorrentes de suas atividades, produtos e serviços, contemplando as situações acidentais e emergenciais. b) A identificação da conformidade aos requisitos legais e outros pertinentes às atividades, produtos e serviços da empresa. c) A definição de objetivos, metas e programas visando à melhoria contínua, à prevenção da poluição e à implementação da política ambiental definida. d) A definição de mecanismos para identificação e provisão de treinamentos e competências ambientais de todo o pessoal próprio e daqueles que atuam em nome da empresa. e) A aplicação de multas e penalidades junto aos órgãos reguladores. Questão 2 50/212 3. Analise as alternativas a seguir sobre o SGA e assinale a CORRETA e coe- rente com as informações descritas no texto introdutório. a) O SGA funciona em um sistema cíclico que envolve o PDCA (Plan,Do,Check e Action) buscando a melhoria contínua dos processos industriais e melhor qualidade ambiental nos resultados da produção. b) O SGA é um projeto pequeno que define os principais pontos de atividades a serem realizadas no sistema ambiental. c) O SGA busca o baixo custo para a empresa independente da qualidade do produto. d) Os passivos ambientais existentes nas áreas empresariais impedem a redução de custo com a implantação do SGA. e) Os riscos ambientais não são analisados no âmbito do SGA. Questão 3 51/212 4. Dentre os procedimentosde tomadas de decisões para a realização de um sistema de gestão ambiental, podemos elencar, MENOS: a) A redução dos custos. b) A redução da poluição. c) A avaliação dos impactos ambientais. d) A melhoria da imagem na empresa. e) A melhoria da imagem das empresas localizadas no perímetro de 200 m da empresa que implantou o SGA. Questão 4 52/212 5. Fazendo um relacionamento conjunto entre Política Ambiental, SGA e ISO 14001, podemos afirmar que: a) A implementação de uma política ambiental em uma organização independe do processo do SGA e possibilita a implantação da ISO 14001. b) A implementação de uma política ambiental em uma organização faz parte do SGA e sua falha possibilita apenas a implantação da ISO 14001. c) A implementação de uma política ambiental em uma organização faz parte do SGA e sua falha impossibilita a implantação da ISO 14001. d) A implementação de uma política ambiental em uma organização não faz parte do SGA e sua falha impossibilita a implantação da ISO 14001. e) A implementação de uma política ambiental em uma organização não faz parte do SGA e sua falha possibilita a implantação da ISO 14001. Questão 5 53/212 Gabarito 1. Resposta: D. No decorrer dos anos 1990 são desenvolvidos e propostos modelos para a gestão ambiental em organização que tinham a auditoria ambiental como uma de suas ferramentas. 2. Resposta: E. A aplicação de multas e penalidades junto aos órgãos reguladores não faz parte dos procedimentos de um Sistema de Gestão Integrado SGI. 3. Resposta: A. O Sistema de Gestão Ambiental SGA funciona em um sistema cíclico que envolve o PDCA (Plan,Do,Check e Action) buscando a melhoria contínua dos processos industriais e melhor qualidade ambiental nos resultados da produção. 4. Resposta: E. Não há melhoria das empresas localizadas no perímetro de 200 m da empresa que implantou o SGA, cada empresa tem que ter o seu SGA. 5. Resposta: C. A implementação de uma política ambiental em uma organização faz parte do SGA e sua falha impossibilita a implantação da ISO 14001. 54/212 Unidade 3 Modelos de Auditoria Ambiental Objetivos 1. Compreender os diferentes modelos de auditoria ambiental. 2. Conhecer os procedimentos e princípios que orientam as auditorias ambientais. Unidade 3 • Modelos de Auditoria Ambiental55/212 Introdução POR QUE SE FAZ UMA AUDITORIA AMBIENTAL? Segundo Francisco Vieira1 Num mercado globalizado, competitivo e de constante mudança e onde os consumidores estão cada vez mais exigentes, a empresa que se utiliza da prática de gestão ambiental pode atingir a sua grande vantagem competitiva, pois a gestão ambiental auxilia as organizações a aprofundar aos temas ambientais e integrar o cuidado ambiental de forma sistemática das suas operações. 1 REVISÃO A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA AMBIENTAL PARA AS ORGANIZAÇÕES Francisco Pedro Vieira 1 Graduado em Engenharia Agronômica (ESAM), Direito e Matemática (UNIR), Pós Graduado em Direito Ambiental, Administração Rural, Georreferenciamento, Auditoria, Pericia e Gestão Ambiental. Mestre em “Engenharia da Produção” com foco em Agronegócio (UFSC). Professor e Coordenador do Curso Tecnólogo em Gestão Ambiental da Facimed e Engenheiro Agrônomo da Emater-RO. francisco3565@yahoo.com.br Segundo Francisco Vieira, foram identificados diversos fatores ambientais, nos Estados Unidos os crimes ecológicos são punidos com multas muito elevadas. Há o caso da empresa ICI que foi multada em 2,3 milhões de dólares pela contaminação causada por uma de suas instalações de Louisiana, ou o caso da empresa Monsanto condenada a pagar 1 milhão de dólares por uma fuga de ácido em sua fábrica de Massachussetts. 289 Na Europa, também ocorreram casos de agressão ambiental com importantes sanções econômicas, como o caso da empresa Shell, que recebeu uma multa de 1 milhão de libras esterlinas pelo despejo de petróleo no rio Mersey no Reino Unido, com graves conseqüências para a flora e fauna mailto:francisco3565@yahoo.com.br Unidade 3 • Modelos de Auditoria Ambiental56/212 da região, ou o ocorrido com a empresa Sandoz que teve que pagar 40 milhões de francos suíços como indenização por contaminar o rio Reno com pesticidas. Na Espanha começa-se a impor sanções por crime ambiental. O caso na Catalunha da empresa Papeleira Tipel, acusada de realizar em repetidas ocasiões despejos ilegais no rio Congost, levou os fiscais de crimes ambientais a pedir uma condenação para seus diretores de 12 anos de prisão e 30 milhões de pesetas de multa; ou o da indústria têxtil Puigneró, cujo proprietário foi acusado de despejar águas residuárias sem depuração prévia no rio Sorreig. Somente no ano de 1994, a Guarda Civil duplicou as denúncias por infrações ambientais. Recentemente, o caso do despejo de efluentes tóxicos pela empresa mineradora Boliden em Aznalcóllar (Huelva), teve uma grande repercussão social: caso claro de negligência resultando em dano ambiental. No Brasil, o derramamento de um milhão 292 mil litros de óleo na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, no início de 2000, fez a Petrobrás contratar emergencialmente auditagem internacional, realizada pela empresa inglesa ICL, nos nove dutos que constituem a rede de distribuição de combustíveis na região. Essa auditagem externa buscou referendar as providências já adotadas ou propor outras medidas Entretanto, em 14 de julho de 2000, ocorreu o derramamento de cerca de 4 milhões de litros de óleo na bacia do Rio Iguaçu provenientes da refinaria REPAR da Petrobrás em Araucária, Unidade 3 • Modelos de Auditoria Ambiental57/212 PR, no sul do Brasil. Este acidente é o segundo de grande porte acontecido na empresa no ano citado. Elenca ainda de forma didática que o objetivo de uma auditoria ambiental é definir os riscos ou problemas ambientais que possam surgir das atividades de uma empresa, antes que esse se torne um passivo ambiental, já que, com a ocorrência da degradação, quase sempre é impossível o retorno ao que era antes. Pelas experiências já desenvolvidas, um programa de auditoria ambiental pode minimizar ou eliminar a possibilidade de riscos de danos ao meio ambiente. Tendo uma ação 290 proativa a verificação sistêmica da obediência das conformidades, lastradas nos princípios da política ambiental. A adequação da empresa deve afastar os riscos e danos ambientais à organização e ao meio ambiente. E aponta a importância do Sistema de Gestão Ambiental em uma organização no sentido que a maioria das organizações introduzem a variável ambiental através de atitudes isoladas, por etapas que refletem o nível de consciência das questões ambientais em suas estratégias empresariais. É certo que na maioria dos casos essas empresas já estão voltadas para a necessidade da melhoria da qualidade, pois apesar de não ser uma exigência, torna-se necessário que a empresa já tenha implementado um Sistema de Qualidade & Produtividade Unidade 3 • Modelos de Auditoria Ambiental58/212 (ISO 9000) ou que o mesmo esteja em fase de execução, já que as novas normas ambientais representam a continuidade da busca pela qualidade nas atividades industriais. 1. Modelos de Auditoria Am- biental Auditoria de conformidade: Esta auditoria verifica apenas os staus das licenças ambientais e avalia se a organização opera dentro dos limites da Lei, atendendo as normas municipais, estaduais e federais. Os auditores devem verificar os documentos referentes ao licenciamento ambiental, termos de ajustamento de conduta, termos de compromissos ambientais, recuperações de áreas degradadas. Auditoria de desempenho ambiental: Esta auditoria verifica o impacto ambiental da organização sobre o meio natural, medindo a emissão de poluentes e o consumo de matérias primas, insumos, água e energia. O desempenho ambiental é comparado com as metas da legislação e com a política ambiental da empresa. Auditoria de due dilligence: Esta auditoriaé utilizada em situações de compra, venda e/ou fusão de organizações. Na medida em que considera o balanço patrimonial da empresa, e avalia os seus ativos e passivos ambientais, incorporando seu valor final. Unidade 3 • Modelos de Auditoria Ambiental59/212 Os ativos correspondem aos estoques úteis dos processos, os ativos podem ainda ser imobilizados que correspondem aos equipamentos e difusos que são os gastos da organização para melhorar a imagem. Os passivos ambientais corespondem às obrigações da organização em relação a terceiros, recuperação de áreas impactadas, dívidas com danos ambientais, pagamento de multas e indenizações, despesas com consultores ambientais e despesas com a implementação da política ambiental. Auditoria de desperdícios e emissões: Esta auditoria tem como objetivo medir os efeitos negativos dos negócios, contribuindo para a implantação de melhorias. As vistorias podem avaliar se as quantidades de emissões de poluentes ou de efluentes industriais estão de acordo com as normas e padrões ambientais, e sugerir, por exemplo, o substituto de insumos, ou a troca de equipamentos tradicionais por outros mais eficientes do ponto de vista ambiental. Auditoria de pós-acidente: Esta auditoria mede a dimensão dos estragos e aponta as falhas responsáveis pelo problema. É importante no sentido de conter o aumento dos danos, remediar estes danos ambientais e corrigir os instrumentos e falhas do Sistema de Gestão. Unidade 3 • Modelos de Auditoria Ambiental60/212 Auditoria de fornecedores: Esta auditoria investiga os aspectos ambientais dos produtos e serviços adquiridos pela organização, escolhe ou renova um contato de um fornecedor que esteja em padrões ecologicamente corretos e de preferência de acordo com a norma ISO 14001. Auditoria de sistema de gestão ambiental: Esta auditoria contribui para a avaliação do e desempenho do Sistema de Gestão Ambiental verifica se este está em conformidade com a política ambiental da organização ou se a organização está preparada para obter uma Certificação Ambiental em busca da melhoria contínua. Auditoria ambiental segundo a ISO 9001: A norma ISO 19011 propõe padrões uniformes para as auditorias ambientais e de qualidade integrando os sistemas de gestão propostos na série 14000 e 9000. Esta conduta facilitou a integração dos aspectos de administração empresarial, de forma a direcionar as iniciativas para a qualidade ambiental e a preservação do meio ambiente. A ISO não determina requisitos mínimos, mas sim princípios e orientações gerais para o desenvolvimento de programas de auditoria interna e externa. As auditorias são marcadas pela sistematização e objetividade dos dados, o parecer final é definido e fundamentado por evidências colhidas nas unidades auditadas. 61/212 Considerações Finais Em geral, a auditoria ambiental é formulada para verificar a conformidade com os padrões e normas ambientais vigentes, verificar o desempenho ambiental da organização e após análise julgar e estabelecer diretrizes para a melhoria da qualidade ambiental e do meio ambiente. Em adição pode também contribuir para outros fins estabelecidos nas sete auditorias ambientais acima citadas. A norma 19011 propõe padrões para as auditorias ambientais. Unidade 3 • Modelos de Auditoria Ambiental62/212 Referências ASSOCIAÇÃO, Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 9001 – Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2000. ASSOCIAÇÃO, Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 9004 – Sistemas de gestão da qualidade – Diretrizes para melhorias de desempenho. Rio de Janeiro: ABNT, 2000. ASSOCIAÇÃO, Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 19011-2002 – Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. CAMPOS, L.M. LERÍPIO, A. Auditoria Ambiental - Uma Ferramenta de Gestão. Ed: Atlas. 2009. OLIVEIRA, C.M, de. Manual de Auditoria Ambiental. Ed: Celso Maran ebook. 2009. PEARSON, Education do Brasil. Gestão Ambiental. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. PHILIPPI JR, A. ROMERO, M. A. BRUNA, G.C. Curso de Gestão Ambiental. Barueri, SP: Ed. Manole. 2ª ed. 2014. 1.250p. VILELA JUNIOR, A. DEMAJOROVIC, J. Modelos e Ferramentas de Gestão Ambiental. 1ª Edição. São Paulo: Senac. 2006. 63/212 Assista a suas aulas Aula 3 - Tema: Modelos de Auditoria Ambiental - Bloco I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ b33dc68b06b02ce165fdf46bc8f2e143>. Aula 3 - Tema: Modelos de Auditoria Ambiental - Bloco II Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- 1d/680ba015e67f43e622a44aa3da7d27e2>. http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/b33dc68b06b02ce165fdf46bc8f2e143 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/b33dc68b06b02ce165fdf46bc8f2e143 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/b33dc68b06b02ce165fdf46bc8f2e143 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/680ba015e67f43e622a44aa3da7d27e2 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/680ba015e67f43e622a44aa3da7d27e2 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/680ba015e67f43e622a44aa3da7d27e2 64/212 1. Em relação às auditorias de CONFORMIDADE e DESEMPENHO AMBIEN- TAL, podemos elencar, EXCETO: a) São analisadas as Leis Ambientais. b) Atendem as normas municipais, estaduais e federais. c) Medem a emissão de poluentes. d) Calculam o consumo de água e energia. e) Calculam a qualidade de produtos tercerizados. Questão 1 65/212 2. Na auditoria de DUE DILLIGENCE são identificados os ativos; assinale a alternativa que não faz parte dos ativos: a) estoques. b) gastos com melhoria ambiental. c) gastos com reparação de danos ambientais. d) equipamentos. e) gastos com imagens. Questão 2 66/212 3. A norma ISO 19011 propõe padrões uniformes para as auditorias am- bientais e de qualidade integrando os sistemas de gestão propostos na sé- rie 14000 e 9000. Esta vantagem ambiental ocorreu devido a: a) A comprovação de documentos ambientais. b) A integração do sistema de gestão. c) A mudança de qualidade ambiental. d) A alteração no escopo de uma organização. e) A anuência do cliente no processo de auditoria. Questão 3 67/212 4. Segundo Francisco Vieira, foram identificados diversos fatores ambien- tais; esses fatores levaram a: a) Implantação de um programa de auditoria ambiental pode minimizar ou eliminar a possibilidade de riscos de danos ao meio ambiente. b) Contribuição de processos que apresentam riscos ambientais. c) Elaboração de programas de minimização de riscos. d) Elaboração de um plano de qualidade ambiental. e) Elaboração de análise de riscos ambientais. Questão 4 68/212 5. Com relação à auditoria de PÓS-ACIDENTE, as considerações abaixo re- lacionadas estão inseridas no seu escopo EXCETO: a) A medição da dimensão dos estragos. b) A elaboração de relatórios que apontam as falhas aos responsáveis. c) O aumento dos danos ambientais. d) A avaliação do estágio de contaminação de um determinado local. e) A correção dos instrumentos de Gestão Ambiental. Questão 5 69/212 Gabarito 1. Resposta: E. As auditorias de conformidade e desempenho ambiental não conferem a qualidade de produtos terceirizados, estes são objetos da auditoria de fornecedores. 2. Resposta: C. Os ativos ambientais não englobam a reparação de danos que são considerados como passivos ambientais. 3. Resposta: B. A norma ISO 19011 propõe padrões uniformes para as auditorias ambientais e de qualidade integrando os sistemas de gestão propostos na série 14000 e 9000. 4. Resposta: A. Este fato levou a implantação de um programa de auditoria ambiental buscando minimizar ou eliminar a possibilidade deriscos de danos ao meio ambiente. 5. Resposta: D. A auditoria de pós-consumo não avalia o estágio de contaminação de um determinado local. 70/212 Unidade 4 NBR ISO 19011 – 2002 – Termos, Definições e Princípios de Auditoria Objetivos 1. Identificar os principais aspectos legais relacionados aos termos, definições e princípios da aplicação das auditorias ambientais, contidos na norma ISO 19011/2002. 2. Conhecer diretrizes para a implementação de programas de auditorias em organizações que desejam realizar auditorias internas ou externas de sistema de gestão de qualidade e/ou ambiental da norma ISO 19011/2002. Unidade 4 • NBR ISO 19011 – 2002 – Termos, Definições e Princípios de Auditoria71/212 Introdução A norma ISO 19011/2002 fornece diretrizes para a implementação de programas de auditorias em organizações que desejam realizar auditorias internas ou externas de sistema de gestão de qualidade e/ou ambiental, tendo como objetivo principal identificar e caracterizar as diretrizes para auditorias de sistema de gestão da qualidade e/ou ambiental. TERMOS E DEFINIÇÕES (apli- cados nas NBR ISO 9000 E ISO 14050) Auditoria: processo sistemático, documentado e independente para obter evidências de auditoria (3.3) e avaliá-las objetivamente para determinar a extensão na qual os critérios da auditoria (3.2) são atendidos. Para saber mais Quando sistemas de gestão da qualidade e ambiental são auditados juntos, isto é chamado de auditoria combinada. Quando duas ou mais organizações de auditoria cooperam para auditar um único auditado (3.7), isto é chamado de auditoria conjunta. Critério de auditoria: conjunto de políticas, procedimentos ou requisitos. Os critérios de auditoria são usados como uma referência contra a qual a evidência de auditoria (3.3) é comparada. Unidade 4 • NBR ISO 19011 – 2002 – Termos, Definições e Princípios de Auditoria72/212 Evidência de auditoria: registros, apresentação de fatos ou outras informações, pertinentes aos critérios de auditoria (3.2) e verificáveis, a evidência de auditoria pode ser qualitativa ou quantitativa. Constatação da auditoria: resultados da avaliação da evidência de auditoria (3.3) coletada, comparada com os critérios de auditoria (3.2), as constatações de auditoria podem indicar tanto conformidade quanto não conformidade com o critério de auditoria ou oportunidades para melhoria. Conclusão da auditoria: resultado de uma auditoria (3.1), apresentado pela equipe de auditoria (3.9) após levar em consideração os objetivos da auditora e todas as constatações de auditoria (3.4). Cliente da auditoria: organização ou pessoa que solicitou uma auditoria (3.1), o cliente de auditoria pode ser o auditado (3.7) ou qualquer outra organização que tem o direito regulamentar ou contratual para solicitar uma auditoria. Auditado: organização que está sendo auditada. Auditor: pessoa com a competência (3.14) para realizar uma auditoria (3.1). Equipe de auditoria: um ou mais auditores (3.8) que realizam uma auditoria (3.1), apoiados, se necessário, por especialistas (3.10), um auditor na equipe de auditoria é indicado como o líder da equipe de auditoria. Unidade 4 • NBR ISO 19011 – 2002 – Termos, Definições e Princípios de Auditoria73/212 Especialista: pessoa que fornece conhecimento ou experiência específicos para a equipe de auditoria (3.9), o conhecimento específico ou experiência é aquele que diz respeito à organização, processo ou atividade a ser auditada, ou idioma ou cultura. Para saber mais A equipe de auditoria pode incluir auditores em treinamento. Para saber mais Um especialista não atua como um auditor (3.8) na equipe de auditoria. Programa de auditoria: conjunto de uma ou mais auditorias (3.1) planejado para um período de tempo específico e direcionado a um propósito específico, um programa de auditoria inclui todas as atividades necessárias para planejar, organizar e realizar as auditorias. Plano de auditoria: descrição das atividades e arranjos para uma auditoria (3.1). Escopo de auditoria: abrangência e limites de uma auditoria (3.1), o escopo de auditoria geralmente inclui uma descrição das localizações físicas, unidades organizacionais, atividades e processos, bem como o período de tempo coberto. Unidade 4 • NBR ISO 19011 – 2002 – Termos, Definições e Princípios de Auditoria74/212 Competência: atributos pessoais demonstrados e capacidade demonstrada para aplicar conhecimentos e habilidades. 1. Princípios da Auditoria Os princípios de uma auditoria se comportam como uma ferramenta eficaz e confiável em apoio a políticas de gestão e controles, fornecendo informações sobre as quais uma organização pode agir para melhorar seu desempenho. A aderência a estes princípios é um pré- requisito para se fornecer conclusões de auditoria que são relevantes e suficientes, e para permitir que auditores que trabalhem independentemente entre si cheguem a conclusões semelhantes em circunstâncias semelhantes. Os princípios seguintes estão relacionados a auditores: a) Conduta ética: o fundamento do profissionalismo Confiança, integridade, confidencialidade e discrição são essenciais para auditar. b) Apresentação justa: a obrigação de reportar com veracidade e exatidão Constatações de auditoria, conclusões de auditoria e relatórios de auditoria refletem verdadeiramente e com precisão as atividades da auditoria. Obstáculos significantes encontrados durante a auditoria e opiniões divergentes não resolvidas entre a equipe de auditoria e o auditado são relatados. Unidade 4 • NBR ISO 19011 – 2002 – Termos, Definições e Princípios de Auditoria75/212 c) Devido cuidado profissional: a aplicação de diligência e julgamento na auditoria Auditores pratiquem o cuidado necessário considerando a importância da tarefa que eles executam e a confiança colocada neles pelos clientes de auditoria e outras partes interessadas. Ter a competência necessária é um fator importante. Outros princípios se relacionam à auditoria, que é por definição independente e sistemática: d) Independência: a base para a imparcialidade da auditoria e objetividade das conclusões de auditoria Auditores são independentes da atividade a ser auditada e são livres de tendência e conflito de interesse. Auditores mantêm um estado de mente aberta ao longo do processo de auditoria para assegurar que as constatações e conclusões de auditoria serão baseadas somente nas evidências de auditoria. e) Abordagem baseada em evidência: o método racional para alcançar conclusões de auditoria confiáveis e reproduzíveis em um processo sistemático de auditoria. Evidência de auditoria é verificável. É baseada em amostras das informações disponíveis, uma vez que uma auditoria é realizada durante um período finito de tempo e com recursos finitos. O uso apropriado de amostragem está intimamente relacionado com a confiança que pode ser colocada nas conclusões de auditoria. Unidade 4 • NBR ISO 19011 – 2002 – Termos, Definições e Princípios de Auditoria76/212 A orientação fornecida nas seções restantes desta Norma está baseada nesses princípios. São denominados Princípios Gerais de uma auditoria: • Definição dos objetivos e escopo da auditoria; • Objetividade, Independência e competência; • Profissionalismo; • Procedimentos sistemáticos; • Critérios, evidências e constatações; • Confiabilidade das constatações e conclusões de auditoria; e • Relatório de auditoria 77/212 Considerações Finais (1/2) Auditoria é realizada seguindo normas e princípios que tornam a auditoria uma ferramenta íntegra na sua conduta. a) Conduta Ética b) Apresentação Justa: verdade, exatidão e precisão de como os fatos serão descritos nos relatórios de auditoria. c) Devido cuidado profissional: É aplicação de zelo e capacidade de julgamento com experiência, conhecimento do sistema de gestão de qualidade ou ambiental e dos procedimentos. d) Independência:A norma ISO 19011:2002 define que os auditores devem se comportar como: “Auditores são independentes da atividade a ser auditada e são livres de tendência e conflito de interesse.” 78/212 SAIBA QUE Os auditores precisam tomar decisões sem influência de terceiros. e) Abordagem Baseada em Evidências: É o princípio baseado no racional para obtenção de resultado e conclusões confiáveis, as evidências devem ter caráter quantitativo ou qualitativo e serem sempre averiguadas. Considerações Finais (2/2) Unidade 4 • NBR ISO 19011 – 2002 – Termos, Definições e Princípios de Auditoria79/212 Referências ASSOCIAÇÃO, Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 9001 – Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2000. ASSOCIAÇÃO, Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 9004 – Sistemas de gestão da qualidade – Diretrizes para melhorias de desempenho. Rio de Janeiro: ABNT, 2000. ASSOCIAÇÃO, Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 19011-2002 – Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. 80/212 Assista a suas aulas Aula 4 - Tema: NBR ISO 19011 – 2002 – Termos, Definições e Princípios de Auditoria - Bloco I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ a3d629f5d0b715fe807da20f53fbbb95>. Aula 4 - Tema: NBR ISO 19011 – 2002 – Termos, Definições e Princípios de Auditoria - Bloco II Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/pA- piv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/3b- 73fb3681f088651941f94630cbb2c6>. http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/a3d629f5d0b715fe807da20f53fbbb95 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/a3d629f5d0b715fe807da20f53fbbb95 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/a3d629f5d0b715fe807da20f53fbbb95 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/3b73fb3681f088651941f94630cbb2c6 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/3b73fb3681f088651941f94630cbb2c6 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/3b73fb3681f088651941f94630cbb2c6 81/212 1. Qual das seguintes opções não pode ser considerada um princípio da auditoria ambiental? a) A abordagem deve ser em forma de evidências. b) A conduta ética é uma obrigação. c) A apresentação justa deve ser sempre considerada. d) A independência é um fator limitante para a auditoria. e) A competência pode ser adquirida no processo de auditoria. Questão 1 82/212 2. Segundo texto descrito acima, a norma ISO 19011/2002 possui Termos e Definições; avalie as considerações abaixo informando se são verdadeiras ou falsas. a) O critério de auditoria é considerado como o conjunto de políticas, procedimentos ou requisitos. b) A evidência de auditoria é realizada através de registros, apresentação de fatos ou outras informações, pertinentes aos critérios de auditoria. c) A constatação da auditoria é elaborada pelos resultados da avaliação da evidência de auditoria coletada e comparada com os critérios de auditoria. d) A conclusão da auditoria é baseada no resultado de uma auditoria, apresentado pela equipe de auditoria após levar em consideração os objetivos da auditora e todas as constatações de auditoria. e) O cliente da auditoria pode ser o auditado ou qualquer outra organização que tem o direito regulamentar ou contratual para solicitar uma auditoria. Questão 2 83/212 3. Segundo a norma ISO 19011/2002, são denominados Princípios Gerais de uma auditoria, EXCETO: a) Critérios, evidências e constatações. b) Confiabilidade das constatações e conclusões de auditoria. c) Relatório de auditoria Definição dos objetivos e escopo da auditoria. d) Objetividade, Independência e competência. e) Constatações aleatórias sem bases concretas. Questão 3 84/212 4. O programa de auditoria pode ser formado por um conjunto de uma ou mais auditorias, deve ser planejado para um período de tempo espe- cífico e direcionado a um propósito específico, um programa de audito- ria inclui todas as atividades necessárias para planejar, organizar e reali- zar as auditorias. Este contexto está presente em que norma: a) NBR ISO 9001/2000. b) NBR ISO 9000/2000. c) NBR ISO 19011/2002. d) NBR ISO 9000-3/2003. e) NBR 05030/2004. Questão 4 85/212 5. Com suas palavras e baseado nas instruções descritas no texto de es- tudo complete o quadro abaixo: Cliente da Auditoria Auditado Auditor Equipe de auditoria Especialista Questão 5 86/212 Gabarito 1. Resposta: E. Auditores pratiquem o cuidado necessário considerando a importância da tarefa que eles executam e a confiança colocada neles pelos clientes de auditoria e outras partes interessadas. Ter a competência necessária é um fator importante. 2. Resposta: todas verdadeiras. As considerações apresentadas estão de acordo com as notas elencadas na norma ISO 19011/2002. 3. Resposta: E. As auditorias exigem a confiabilidade das constatações e das conclusões apresentadas. 4. Resposta: C. Na NBR ISO 19011/2002. 87/212 Gabarito 5. Resposta: Cliente da Auditoria Pode ser uma organização ou pessoa que solicitou a auditoria Auditado Organização que está sendo auditada Auditor Pessoa competente que possa realizar uma auditoria Equipe de auditoria Um ou mais auditores que realizam uma auditoria Especialista Pessoa que fornece conhecimento ou experiência específico para a equipe de auditoria 88/212 Unidade 5 NBR ISO 19011:2002 – Gerenciando um Programa de Auditoria Objetivos 1. Conhecer a metodologia para o gerenciamento de um Programa de Auditoria contido na NBR ISO 19011:2002. 2. Elaborar um Programa de Auditoria em uma organização contendo a legislação de um sistema de gestão de qualidade e/ou ambiental da NBR ISO 19011:2002. Unidade 5 • NBR ISO 19011:2002 – Gerenciando um Programa de Auditoria89/212 Introdução As auditorias ambientais são importantes ferramentas para o controle gerencial, pois identificam falhas e possíveis erros, que poderão, por meio da verificação dos resultados, determinar ações corretivas e preventivas, bem como tomar decisão sobre eventuais investimentos, visando à melhoria contínua do desempenho ambiental e qualitativo em busca da preservação do meio ambiente. Um exemplo comum que vêm ao encontro deste objetivo é a utilização das auditorias pela matriz que necessita ter informações sobre as práticas ambientais das filiais, a fim de manter padronizados os procedimentos implementados. Dependendo da instituição, do seu tamanho, da natureza e complexidade podem ser realizadas uma única auditoria ou mais auditorias, com vários objetivos, a alta direção das instituições ou organizações cede a autoridade para que ocorra o gerenciamento do programa de auditoria. Esses objetivos são à base do planejamento e da posterior realização das auditorias conforme considerados pela alta direção, podem ser: • Intenções comerciais; • Requisitos de sistema de gestão; • Requisitos estatutários, regulamentares e contratuais; • Necessidades de outras partes interessadas; e • Riscos para organização. Unidade 5 • NBR ISO 19011:2002 – Gerenciando um Programa de Auditoria90/212 A partir dos objetivos indicados pela alta direção de uma organização, o auditor deverá determinar a abrangência do programa de auditoria, que dependerá especificamente de cada caso, sendo definidos: Para saber mais Programa de Auditoria é o conjunto de uma ou mais auditorias, que serão realizadas em um determinado período de tempo e que possuem um objetivo específico, pode ser direcionado a diversas finalidades, como auditorias internas, auditorias de terceira parte, auditorias de fornecedor, auditoria de conformidade legal, auditoria de passivo ambiental. • Escopo, objetivo e duração de cada auditoria a ser realizada. • Frequência das
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