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SOCIEDADE CULTURAL EDUCACIONAL DE ITAPEVA FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E AGRÁRIAS DE ITAPEVA TRATAMENTO EM CÃES E GATOS COM DERMATITE ALÉRGICA POR PICADA DE PULGA: REVISÃO DE LITERATURA Jéssyka Phayther Vilela Pereira Itapeva – São Paulo – Brasil 2017 SOCIEDADE CULTURAL EDUCACIONAL DE ITAPEVA FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E AGRÁRIAS DE ITAPEVA TRATAMENTO EM CÃES E GATOS COM DERMATITE ALÉRGICA POR PICADA DE PULGA: REVISÃO DE LITERATURA Jéssyka Phayther Vilela Pereira Prof. Esp. Hudson Felipe Porto de Abreu Trabalho apresentado à Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva como parte das obrigações para a obtenção do título de Bacharel em Medicina Veterinária. Dezembro - 2017 ITAPEVA - SP Dedico esse trabalho ao meu pai, Marco Antônio Pereira. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, por me proporcionar chegar até aqui. Aos meus pais e minhas irmãs, que sempre estiveram ao meu lado em todas as minhas decisões, sempre me apoiando e aconselhando, mostrando qual é o melhor caminho. Ao meu namorado Thiago por sempre me incentivar em tudo que decidi, torcendo por mim. Aos amigos que fiz durante a faculdade, que foram como uma família na melhor época da vida, por tudo que compartilhamos e aprendemos juntos e por sempre nos cobrarmos para sermos cada dia melhores. Agradecimento em especial a Rose, Augusto, Carol e Tamires, que fizeram toda a diferença na conclusão desta etapa. Aos Professores e Veterinários do Hospital Veterinário - FAIT, por dividir seus conhecimentos, esclarecer dúvidas, e ensinar a rotina clínica. Agradeço especialmente ao Professor e Orientador Hudson Felipe Porto de Abreu que disponibilizou seu tempo para me orientar. Que com toda a paciência e dedicação esteve presente me ajudando e apoiando em tudo o que eu precisava, buscando sempre novidades para este trabalho. Agradeço a Prof.ª Drª Bianca Arnone, por ser essa professora incrível, que não nos privou de conselhos e conhecimentos, em suas aulas. Aulas que com certeza fez e fará toda diferença em minha vida profissional. Enfim, agradeço a todos que de alguma forma me deram todo o apoio nesta fase. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 9 2. REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................... 11 2.1. Dermatite Alérgica à picada de pulga ................................................... 11 2.1.1. Resposta Alérgica .......................................................................... 11 2.1.2. Imunidade a artrópode ................................................................... 12 2.2. Anatomia e Citologia da Pele ............................................................... 13 2.2.1. Epiderme, derme e hipoderme ...................................................... 14 2.3. Ctenocephalides spp ........................................................................ 14 2.3.1 Ciclo Reprodutivo da Pulga ............................................................ 15 2.4. Sinais Clínicos ...................................................................................... 16 2.5. Diagnóstico .......................................................................................... 18 2.6. Tratamento clínico ................................................................................ 18 2.7. Controle de ectoparasitas nos animais ................................................ 19 2.7.1. Reguladores de Crescimento dos Insetos (RCI) ............................ 19 2.7.2. Inibidores de crescimento dos insetos (ICI) ................................... 19 2.7.3 Adulticidas ...................................................................................... 20 2.8. Controle de ectoparasitas no ambiente ................................................ 23 3. MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................... 25 4. DISCUSSÃO ............................................................................................... 26 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................ 28 6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 29 TRATAMENTO EM CÃES E GATOS COM DERMATITE ALÉRGICA POR PICADA DE PULGA: REVISÃO DE LITERATURA RESUMO - Dermatite alérgica por picadas de pulgas é a forma mais comum de dermatopatias cutâneas em cães e gatos. Causada por uma reação alérgica a antígenos contidos na saliva da pulga. Apenas uma picada é suficiente para desencadear a resposta alérgica. O diagnóstico é através dos sinais clínicos, histórico de pulgas e atrás da resposta ao tratamento controlando as pulgas no ambiente. Os sinais clínicos são erupções pruriginosas, crostas e pápulas, com eritema secundário, alopecia, seborreia e escoriações. O tratamento deve ser baseado principalmente no controle ambiental. Sendo necessário prevenir as reinfestações em instalações que o animal vive, pois apenas 5% das pulgas estão presentes no animal, o restante permanece no ambiente em forma de ovos, larvas e pupas. Este trabalho teve como objetivo realizar uma revisão sobre a dermatite alérgica à picada de pulga, quanto à sua patogenia, diagnóstico e tratamento. Palavras-chave: alopecia, reinfestações e pupas TREATMENT IN DOGS AND CATS WITH ALLERGIC DERMATITIS CAUSED BY FLEA BITES: LITERATURE REVIEW ABSTRACT - Allergic dermatitis by flea bites is the most common form of skin diseases in dogs and cats. caused by an allergic reaction to antigens contained in the saliva of the flea. Just one bite is enough to trigger the allergic response. The diagnosis is through the clinical signs, history of fleas and behind the response to the treatment by controlling the fleas in the environment. Clinical signs are itchy eruptions, crusts and papules, with secondary erythema, alopecia, and abrasions. Treatment should be based mainly on environmental control. It is necessary to prevent the reinfestations in installations that the animal lives, because only 5% of the fleas are present in the animal, the remainder remains in the environment in the form of eggs, larvae and pupae. This work was intended to perform a review on allergic dermatitis to flea bites, as to its pathogen, diagnosis and treatment. Keywords: Alopecia, reinfestations and pupae LISTA DE PRINCÍPIOS ATIVOS Afoxolaner: NexGard ® Dinotefuran: Vectra 3D ® e Protetor Pet ® Fipronil: Frontline® Plus e frontline ® Spray Fluralaner: Bravecto ® Imidacloprida: Advantage ® e advocate gatos ® Lufenuron: Program ® Nitempiram: Capstar ® Piretrinas: K – Othrine ® Piriproxifen: Mypet spray ® e Vectra 3D ® Selamectina: Revolution ® Sorolaner: Simparic ® Spinosad: Comfortis ®9 1. INTRODUÇÃO A dermatite alérgica a picada de pulga (DAPP), é uma hipersensibilidade muito comum, observada frequentemente nas clínicas veterinárias. Acomete cães e gatos e caracteriza-se por uma reação de hipersensibilidade aos alergénos presentes na saliva da pulga. Espécies responsáveis pela DAPP são Ctenocephalides felis e Ctenocephalides canis, sendo a primeira mais prevalente em cães e gatos e a segunda restrita a cães. O principal sinal clínico observado é o prurido intenso (SCOTT et al., 2011). A DAPP ocorre quando as pulgas, durante seu repasto sanguíneo (alimentação) no animal, injetam saliva na pele deste, que possui propriedades anticoagulantes. Na saliva estão presentes proteínas que estimulam o sistema imunológico do animal. Animais alérgicos reagem contra essa proteína, desencadeando uma reação de hipersensibilidade (ALVES, 2012; HNILICA, 2012). Aparentemente, não há predileções para sexo ou raça, embora seja relatado com mais frequência em Setters, Fox Terriers, Cocker Spaniel e Chow-Chow (RISTOW, 2012). Os sinais clínicos são erupções pruriginosas, crostas e pápulas, com eritema secundário, alopecia, seborreia e escoriações (HNILICA, 2012). O tratamento deve ser tanto através do controle da população de pulgas no animal, quanto no ambiente em que vive. Atualmente existem diversos produtos para o tratamento do meio ambiente, estes produtos têm uma eficácia variável para eliminar as diferentes etapas do ciclo evolutivo da pulga, a maioria dos produtos têm uma boa atividade residual durante 2 ou 3 meses. Nos casos de infecções secundárias, deve-se efetuar o tratamento das mesmas (ALVES, 2012; RODRIGUÊS, 2008). DAPP não significa ter o animal contaminado por um número elevado de pulgas, basta o animal ser alérgico e ser picado por uma única pulga para 10 apresentar uma dermatite grave. Assim, nos animais alérgicos é indispensável a prevenção de ectoparasitas para o controle dessa doença (RISTOW, 2012). O objetivo do presente trabalho é fazer uma revisão sobre a dermatite alérgica à picada de pulga (DAPP), quanto à sua patogenia, diagnóstico e tratamento. 11 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Dermatite Alérgica à picada de pulga A DAPP é uma desordem cutânea, caracterizada pela presença de prurido e pápulas na pele de cães e gatos, resultantes dos alergénos presentes na saliva da pulga (FERNANDES, 2014). No repasto sanguíneo da pulga no cão, as pulgas injetam saliva na pele com anticoagulantes. A proteína presente na saliva da pulga estimula o sistema imune, e logo em seguida iniciam-se os sinais clínicos. Somente animais alérgicos apresentam sinais de reação alérgica (ALVES, 2012). São mais predispostos a desenvolver DAPP os cães que estão sempre expostos as pulgas, que são tratados irregularmente ou o controle de ectoparasitas é interrompido até que as pulgas reapareçam (BLAGBURN; DRYDEN, 2009). A reação alérgica a picada da pulga pode ser tanto do tipo imediata como tardia, o prurido pode começar no momento em que o animal foi picado e persistir por um longo período depois da pulga já ser eliminada no ambiente. E uma reação de hipersensibilidade mista do tipo I, IV, imediata de fase tardia e basofílica cutânea (FERNANDES, 2014). 2.1.1. Resposta Alérgica Todos os animais são expostos a antígenos, sejam ambientais, alimentares e aerossóis. Em todos os casos, os animais respondem a estes antígenos com a produção de anticorpos IgG ou IgA e não tem consequências sobre isto. Porém, em alguns animais a resposta a antígenos ambientais podem montar uma resposta exagerada, produzindo quantidades excessivas de anticorpos IgE, é nesses casos 12 que esses animais desenvolvem a hipersensibilidade tipo I ou alergias (TIZARD, 2008). As reações de hipersensibilidade tipo I, são uma forma de inflamação que resulta da interação de antígenos com imunoglobulinas E (IgE) ligadas a receptores em mastócitos. Isso vai levar à rápida liberação do conteúdo dos grânulos secretores de mastócitos. Este conteúdo granular é quem vai causar a inflamação aguda, com sinais de rubor e prurido. Esta hipersensibilidade está envolvida com a genética, produção de anticorpos e imunoglobina E IgE (TIZARD, 2008; FERNANDES, 2014). A hipersensibilidade tipo IV (tardia), é carreada pelos linfócitos T, que quando estimulam liberam citocina responsáveis pelas células de defesas contra o antígeno invasores. Esta reação pode levar de 24 a 72 horas após a exposição aos estímulos é uma inflamação que se desenvolvem lentamente (TIZARD, 2008; FERNANDES, 2014). A hipersensibilidade tardia, pode ser transferida de animais sensibilizados para animais normais por linfócitos T auxiliares e citotóxicos, ela deve ser mediada por células. Essas reações resultam em interações envolvendo a proteína, células apresentadoras de antígenos e as células T (TIZARD, 2008). Quando um animal é picado, os antígenos são fagocitados pelos macrófagos e apresentados aos linfócitos T que disparam uma resposta mediada por células e geram células de memória. A hipersensibilidade tipo IV pode ocorrer muitos anos após a exposição ao antígeno, pois algumas células T de memória tem vida longa. O antígeno injetado intradermicamente é capturado pelas células dendríticas, que depois migram para o linfonodo drenante e irão atrair neutrófilos e macrófagos, tornando essa reação crônica (BETIOLI, 2014). No momento da picada são injetados na pele do animal antígenos presentes na saliva da pulga, que são capturados pelas células apresentadoras de antígeno, (linfócito B, células dendríticas e macrófagos) relacionado a hipersensibilidade tipo I e IV. O alérgeno é carreado até o linfonodo onde será reconhecido e desencadeará uma reação inflamatória (BETIOLI, 2014). 2.1.2. Imunidade a artrópode 13 Durante a alimentação, o artrópode injeta saliva que contém enzimas digestivas que auxiliam o parasita durante o repasto sanguíneo, pois minimizam a resposta inflamatória. A saliva contém quinases que destroem bradicinina e proteínas ligantes de histamina, mediadoras da dor e prurido (TIZARD, 2008). A resposta imune do hospedeiro pode ser de três tipos e que variam conforme os componentes salivares, pois alguns são de baixo peso molecular e não atuam como antígenos normais, mas que podem se ligar ao colágeno e estimular a resposta Th1 (T helper 1) e levar a hipersensibilidade tardia. Outros antígenos salivares podem se ligar a células de Langerhans da epiderme e gerar hipersensibilidade cutânea. Por fim, o terceiro tipo de resposta com Th2 (T helper 2) leva a produção de IgE e hipersensibilidade tipo I (TIZARD, 2008; TERRA et al., 2012; SOARES, 2014). 2.2. Anatomia e Citologia da Pele A pele é o maior órgão dos animais, ela determina forma e característica das raças e é a barreira entre o organismo e o meio ambiente, além de possuir função sensitiva (FEITOSA, 2008). Dividida em quatro planos anatômicos ela se diferencia em vários aspectos em relação a localização do corpo. Sendo elas a espessura da pele com pelos, pele escrotal, coxins e planos nasal. Ao redor dos olhos e no escroto a pele é mais fina, e nas costas, entre as escapulas e coxins são grossos (SOUZA, et al., 2009; COLVILLE; BASSERT, 2010). Nos cães e gatos a pele pode se diferenciar em regiões conforme a raça e idade. As estruturas básicas da epiderme dos mamíferos em geral são semelhantes, mas entre o homem e os animais, difere apenas em relação a pele com pelos, pois a estrutura da epiderme e a densidade da pelagem émuito mais fina nos animais, do que em humanos (SOUZA, et al., 2009). Citologicamente a pele é composta por duas camadas distintas: a epiderme e a sua subjacente e mais profunda, a derme. As duas camadas são separadas pela membrana basal epitelial, que pode possuir invaginações e evaginações em algumas espécies (COLVILLE; BASSERT, 2010). 14 2.2.1. Epiderme, derme e hipoderme A epiderme é a camada mais externa e impermeável, formada por um epitélio escamoso estratificado queratinizado, avascular, sendo nutrida pelo fluido intersticial a partir da derme adjacente (COLVILLE; BASSERT, 2010). A sua renovação é constante, na qual as células se desfazem em flocos e são repostas pela divisão de células da camada mais profunda. Ao se acumularem na superfície a camada de estrato córneo passam por uma série de modificações que levam a sua descamação. A epiderme é recoberta por pelos e constituída de quatro camadas: o estrato córneo, estrato granuloso, estrato espinhoso e estrato basal (FEITOSA, 2008; MCGAVIN; SOUZA, et al., 2009; ZACHARY, 2009; LESNAU, 2013). A derme é composta por tecido conjuntivo fibroelástico denso e uma substância amorfa formada por glicosaminoglicanos que sustenta os folículos pilosos, glândulas, vasos e nervos. Geralmente é subdividida em camada superficial e profunda (MCGAVIN; ZACHARY, 2009; COLVILLE; BASSERT, 2010). A derme superficial se adapta ao contorno da epiderme e sustenta a porção superior do folículo piloso e glândulas sebáceas, enquanto a derme profunda sustenta a porção inferior dos folículos pilosos e das glândulas apócrinas (MCGAVIN; ZACHARY, 2009). 2.3. Ctenocephalides spp As pulgas são ectoparasitas que em sua fase adulta são hematófagos pequenos, sem asas. Dentro da família Pulicidae da ordem Siphonaptera, o gênero Ctenocephalides, inclui várias espécies e subespécies, mas apenas duas são as mais comuns, a pulga Ctenocephalides canis e a pulga do gato Ctenocephalides felis felis. A C. felis felis é mais adaptável do que C. canis, uma vez que infesta mais espécies de hospedeiros e com isso infecta regiões do corpo (LINARDI; SANTOS, 2012). São insetos achatados lateralmente, de coloração entre o marrom escuro e médio, sem asas, visíveis a olho nú, sem delimitação clara entre as partes do corpo 15 (cabeça, tórax e abdômen) e com o terceiro par de pernas bem desenvolvidos para o salto (OLIVEIRA, et al., 2008). Embora as duas espécies de Ctenocephalides possam ocorrer na mesma região geográfica brasileira e infestar a mesma espécie hospedeira, C. felis felis é mais importante na transmissão de doenças e já mostrou resistência a inseticidas (LINARDI; SANTOS, 2012). A pulga do gato Ctenocephalides felis é a espécie de pulga mais comum que infesta cães e gatos. A C. felis se muda para uma espécie diferente de hospedeiro, se o hospedeiro preferencial estiver inacessível. Esta pulga também é vetor de alguns patógenos zoonóticos como Bartonella henselae. Também serve como hospedeiro intermediário do nematoide filarídeo de cães, Acanthocheilonema reconditum e outras espécies o- utilizam como hospedeiro intermediário como o Dipylidium caninum e Hymenolepis nana (OLIVEIRA, et al.,2008; LINARDI; SANTOS, 2012; COELHO, et al., 2015; WHITE, et al., 2017). 2.3.1 Ciclo Reprodutivo da Pulga A pulga adulta passa toda a sua vida no seu hospedeiro, migrando de um animal para outro ou até mesmo para os humanos. Para sua reprodução, a fêmea realiza a hematofagia e após isso faz a ovopostura entre os pelos dos animais, que depois cairão no ambiente. Após a eclosão as larvas passarão por três estágios e se alimentarão de debris, fezes de outras pulgas e restos de comida. Ao final do último estágio as larvas formarão o casulo pupal, ficando aderidas ao ambiente e após isso emergem as pulgas adultas, que irão procurar um hospedeiro (Figura 01 BERSTEIN, 2004; MENDONÇA, 2007; ALVES, 2012). 16 Figura 1- Ciclo evolutivo da pulga Fonte: BOWMAN, 2010. O ciclo de vida da pulga dura em torno de 16 dias e a temperatura de eclosão dos ovos são de 26°C e 32°C, para o início da pupação e emergência de novos adultos deve estar entre 23° C a 25° C e com umidade relativa de 70 a 90 %. A vida de uma pulga adulta também depende da umidade e temperatura ambiental, podendo variar de 12 a 113 dias (BERSTEIN, 2004; MENDONÇA, 2007). 2.4. Sinais Clínicos Os sinais clínicos são variados, apresentando prurido, de moderado à intenso e fezes de pulga na superfície da derme. Em cães verificam-se lesões dermatológicas na cauda, dorso, coxas, abdômen e pescoço. Pode haver lesões secundárias devido ao prurido, na forma de feridas com secreção sanguinolenta, crostas, escoriações e alopecia (Figura 2 e 3 ALVES, 2012; HNILICA, 2012; BERSTEIN, 2004). 17 Figura 2- Alopecia na região lombar e base da cauda de um cão alérgico a saliva da pulga Fonte: HNILICA, 2012 Figura 3- Alopecia em gatos, causada por alergia a picada da pulga Fonte: HNILICA, 2012 Os gatos podem desenvolver diferentes reações, como a dermatite miliar e alopecia bilateral simétrica, resultantes da lambedura excessiva, ou lesões do 18 Complexo Granuloma Eosinofílico Felino (CGEF), como a úlcera indolente, placa eosinofílica e granuloma eosinofílico (ALVES, 2012). Mais comum é a ocorrência em meses quentes e no outono. Quando a infestação ocorre em ambientes fechados, a DAPP pode não ser sazonal (BIRCHARD, et al., 2008). 2.5. Diagnóstico O diagnóstico é realizado pelos sinais clínicos, presença de pulgas e fezes destas. Também podem ser feitas raspagens cutâneas, observações com a Lâmpada de Wood (doença secundária), provas da fita adesiva e testes sorológicos de hipersensibilidade são bastantes sensíveis, mas são pouco específicos (MULLER, et al., 1985). Importante enfatizar que deve ser feito o diagnóstico diferencial de doenças com sinais clínicos semelhantes como dermatites por Malassezia sp e hipersensibilidade alimentar, medicamentosa e endoparasitas (RISTOW, 2012). As alopecias são encontradas geralmente em área lombossacral, caudodorsal, abdomen e flancos. As lesões incluem erupções pruriginosas, crostas e pápulas, com eritema secundário, alopecia, seborreia, escoriações, piodermite, hiperpigmentação e liquenificação (HNILICA, 2012). 2.6. Tratamento clínico O tratamento é deve ser feito conforme os sinais clínicos do animal e objetivando principalmente o controle das pulgas. Dessa forma, é necessário o tratamento do local onde os animais permaneçam a maior parte do tempo com inseticidas e inibidores de crescimento de insetos (HNILICA, 2012). O local onde o animal dorme deve ser tratado com Fipronil ou talcos a base de Piretrinas. Todo o ambiente deve ser tratado com Piretrinas. Deve-se reaplicar o produto dentro de 1-2 semanas para atingir os adultos emergentes. O animal deve receber banhos com xampu manipulados ou hipoalergênicos comerciais a cada 3 a 7 dias (CRIVELLENTI, 2012). 19 Para o controle de prurido podem ser utilizados anti-histamínicos, como hidroxizine na dose de 2-3 mg/kg, BID ou TID, VO (cães e gatos) e clemastina 0,05- 0,1 mg/kg, VO, BID (cães), ou corticosteroides como a Prednisona 0,5 - 1,0 mg/kg, VO, a cada 12 horas por 5-7 em cães e para gatos 1 mg/ kg a cada 12 horas, por via oral (CRIVELLENTI, 2012; ANDRADE, 2008). 2.7. Controle de ectoparasitas nos animais Durante a alimentação é que as pulgas injetam os alergénos. Por este motivo, é importante que o produto utilizadocause a morte rápida desta e evite o contato da saliva da pulga com a pele do animal (IHRKE, 2008; FERNANDES, 2014). O ponto principal para o controle é eliminar as pulgas do ambiente, evitando sua reprodução. A erradicação de uma infestação é realizada matando as pulgas com adulticida residuais, que inibirão a reprodução e diminuirá a viabilidade dos ovos (RUGG; HAIR, 2007; DRYDEN. et al., 2013). Existem diversos produtos e diferentes métodos de aplicação, os mais utilizados são os da forma spot-on e aplicados mensalmente. Com o tempo e exposição repetida aos produtos pode acontecer resistência e assim a dificuldade de controle (RUGG; HAIR, 2007). 2.7.1. Reguladores de Crescimento dos Insetos (RCI) O piriproxifeno é um regulador de crescimento dos insetos com ação ovicida e excelente atividade residual. Pode ser utilizado como aerossol ou diluído em água para uso no ambiente. No animal pode ser utilizado a forma de spray ou coleiras (MACDONALD, 2005). 2.7.2. Inibidores de crescimento dos insetos (ICI) 20 O lufenuron, foi a primeira molécula sistêmica comercializada e possui mecanismo limitado à inibição de ovos e larvas. O lufenuron interrompe o ciclo de vida das pulgas, mas sem a função de adulticida (WHITE, et al., 2017). É um composto lipofílico de liberação gradativa, administrado junto om alimentos na dose de 10mg/kg para cães e 30mg/kg para gatos, com atividade de até 30 dias (MACDONALD, 2005). 2.7.3 Adulticidas 2.7.3.1. Imidacloprida O Imidacloprida é um membro da subclasse nitroguanidina dos inseticidas neonicotinóides. Ela atua sobre os receptores pós-sináptica da acetilcolina impedindo a transmissão dos impulsos nervosos e causando sua morte. Podem ser utilizados com segurança em cães e gatos devido as diferenças entre os receptores do inseto e dos mamíferos (BLAGBURN; DRYDEN, 2009). Quando aplicado em forma de spot- on se distribui por toda a pele do animal em 24 horas, devendo ser reaplicado a cada 28 dias. Ele possui ação imediata contra as pulgas, mas sem ação repelente, ou seja, as pulgas morrerão após picar o animal (BRANDÃO, 2004; MACDONALD, 2005). Outra característica do imidacloprida é que ele pode ser administrado frequentemente, uma vez por semana e isto é útil para animais com graves reações. (BLAGBURN; DRYDEN, 2009). Aparentemente o desenvolvimento ambiental das pulgas é menor quando comparado a outros animais sem tratamento. A imidacloprida pode ser administrada a partir das 6 a 7 semanas e, se necessário, reaplicado semanalmente (MACDONALD, 2005). 2.7.3.2. Dinotefuran 21 O dinotefuran é da terceira geração da classe neonicotinóides, que age como agonista competitivo da acetilcolina nos receptores nicotínicos dos insetos, ocasionando paralisia respiratória e morte (BLAGBURN; DRYDEN, 2009). O dinotefuran está disponível como ingrediente único para controle de pulga em gatos e combinado com permetrina para controle de pulga em cães. Em produtos para controle de todo o ciclo da pulga nos cães e gatos, o dinotefuran é combinado com piriproxifeno (BLAGBURN; DRYDEN, 2009). 2.7.3.3 Nitempiram Nitempiram é um composto da nitroenamina, quimicamente semelhante a imidacloprida, diferindo-se pela administrada por via oral e não tópica, na dose de 1 mg/ kg. (BLAGBURN; DRYDEN, 2009). Logo após a administração, ele age nas concentrações circulatórias e elimina as pulgas em um período de 4 a 6 horas. É eliminado após um período de 24 horas pelas vias urinarias, podendo ser novamente administrado (BRANDÃO, 2004). 2.7.3.4 Fipronil Fipronil é um inseticida e acaricida pertencente à família dos fenilpirazóis, cuja ação baseia–se no bloqueio pré e pós-sinápticos dos canais de íons e cloro pelos neurotransmissores GABA (ácido gama-aminobutírico) e glutamato, causando a morte da pulga por hiperexcitação neuronal. Os receptores glutamato são específicos dos artrópodes, o que resulta em uma ampla margem de segurança. Ele é comercializado em combinação com o metoprene e possui ação contra ovos e larvas (BLAGBURN; DRYDEN, 2009). Fipronil é comercializado na concentração de 0,25% em spray e concentração de 10% na forma de spot-on para cães e gatos. Ele é lipofílico, se acumula nas glândulas sebáceas, sendo eliminado aos poucos, revestindo completamente a pele e os pelos. Ele possui efeito tópico, a pulga não precisa picar o animal para entrar em contato com o produto, favorecendo assim o controle da DAPP (BRANDÃO, 2004). 22 Outra vantagem é sua ação a longo prazo, de até 4 semanas após a aplicação. (MACDONALD, 2005). 2.7.3.5 Selamectina Selamectina é um componente semi-sintético da avermectina de aplicação tópica e ação instantânea em cães e gatos, com ação contra endo e ectoparasitas (BLAGBURN; DRYDEN, 2009). Também possui ação contra ovos de pulgas e alguns ácaros (BRANDÃO, 2004). Ela atua abrindo os canais de cloro, aumentando o limiar do potencial de ação de estímulos nervosos, que inibe a passagem de estímulos nervosos e causa paralisia flácida e morte do parasito. Seu efeito contra as pulgas dura até 3 semanas, sendo recomendado o uso em filhotes de cães e gatos a partir de seis semanas de idade. É aplicado topicamente na dose mínima de 6 mg/kg de Selamectina a cada 30 dias (SCOTT, et al., 2011). 2.7.3.6 Spinosad Spinosad é um produto natural a partir da fermentação do actinomiceto Saccharopolyspora spinosa. Spinosad, que é administrado oralmente, e se liga às proteínas plasmáticas possuindo ação próxima de um mês. Ele se liga aos receptores de acetilcolina nicotínica do inseto causando hiperexcitação e morte. Ele também se liga secundariamente ao GABA, potencializando a disfunção do sistema nervoso dos insetos. (BLAGBURN; DRYDEN, 2009). 2.7.3.7. Metaflumizona A metaflumizona é um composto de semicarbazona que atua no bloqueio dos canais de sódio impedindo a passagem dos eletrólitos através das membranas das células nervosas. Isso resulta na falta de impulsos nervosos e promove a paralisia e morte dos insetos. (BLAGBURN; DRYDEN, 2009). 23 2.7.3.8 Piretrina e Piretróide As piretrinas são inseticidas naturais derivado da Chrysanthemum cinerariaefolium, servindo de base para inseticidas sintéticos chamados de piretróides. Os piretróides abrangem diferentes inseticidas sintéticos, como a cipermetrina, permetrina, deltametrina, fenvalerato, tetrametrina e fluvalinato. Estes inseticidas atuam no sistema nervoso central, retardando passagem de sódio nos axônios, causando descargas nervosas repetitivas. Estes efeitos são maiores em mamíferos hipotérmicos e animais de sangue frio (HANSEN; CURRY-GALVIN, 2005). Os produtos mais utilizados são na forma de spot on e sprays, devido a sua eficiência para o controle das pulgas, mas com baixa atividade, necessitando assim de aplicações frequentes (MACDONALD, 2005). 2.7.3.9 Fluralaner Fluralaner é da classe das isoxazolinas, que possuem efeito acaricida e inseticida. Sua ação ocorre através da inibição dos canais de cloreto do GABA, levando a hiperexcitação seguida de morte dos insetos (ROHDICH; ROEPKE; ZACHIESCHE, 2014; DRYDEN, et al., 2016) Administrado por via oral, possui alta eficiência e segurança, eliminando as pulgas e consequentemente evitando a postura de ovos. Possui ação por um período aproximado de 12 semanas (DRYDEN, et al., 2016). Ainda nessa classe existem outros dois compostos mais recentes, o afoxolaner e o sarolaner, também com ação sistêmica excelentes contrapulgas e carrapatos (WHITE, et al., 2017) 2.8. Controle de ectoparasitas no ambiente O tratamento adequado da DAPP deve ser baseado principalmente no controle ambiental das pulgas. Sendo assim, é necessário prevenir as reinfestações 24 nas instalações em que o animal vive. Isso é importante pois apenas 5% das pulgas são adultas estão presentes no animal, o restante permanece na forma de ovos, larvas e pupas (Figura 2) (MENDONÇA, 2007; IHRKE, 2008; DRYDEN. et al., 2013). Figura 4 - Distribuição de pulgas presente no ambiente Fonte: www.merial.com.br Os ambientes internos devem ser tratados com inseticidas e reguladores de crescimento e os ambientes externos com inseticidas ou produtos biológicos. Esse controle deve ser realizado durante todo o ano em climas mais quentes (HNILICA, 2012). Para um efetivo controle ambiental é necessário que além de inseticidas seja realizada a lavagem semanal de camas do animal, junto com a limpeza e aspiração de carpetes, almofadas, moveis e tapetes (BRANDÃO, 2004; BLAGBURN; DRYDEN, 2009). Alguns destes produtos podem causar reações adversas graves, por isso devem ser manuseados e aplicados corretamente de acordo com as recomendações do fabricante. Os efeitos adversos mais comuns causados por piretrinas e piretróides são a depressão, hipersalivação, tremores musculares, ataxia, êmese, anorexia e dispneia. Já os organofosforados causam epífora, hipersalivação, micção e defecação frequentes, êmese, diarreia, febre, tremores musculares, miose, convulsões, coma e morte (HANSEN; CURRY- GALVIN, 2005; KUHL; GREEK, 2005). 25 3. MATERIAL E MÉTODOS Com a intenção de adquirir mais conhecimento sobre o tema, os materiais e métodos utilizados foram baseados em pesquisas, através de livros da biblioteca da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva, como dermatologia de pequenos animais, dermatologia para o clinico de pequenos animais e dermatologia em pequenos animais, bem como o auxílio da internet para pesquisas de artigos científicos em revistas eletrônicas conceituadas como Scientific Electronic Library Online (SciELO), PubMed e Google Acadêmico. As análises e discussão foram obtidas por artigos científicos de tratamentos mais atualizados. 26 4. DISCUSSÃO Younga et al., (2004) e Blagburg & Dryden (2009) concordam que a formulação de fipronil 10% em combinação com metoperene 9% “spot- on”, tem 95% de eficácia nos cães infestados por pulgas e possui ação por até cinco semanas contra ovos e larvas de Ctenocephalides felis felis. Já Fankhauser et al., (2015) descreveram que o fipronil em combinação com permetrina tem propriedades ainda melhores, com ação acaricida e inseticida, pois o fipronil causa a morte por hiperexcitabilidade e a permetrina atua rapidamente sobre os gânglios cerebrais. Entretanto, esta associação tem duração de apenas quatro semanas, mas com a vantagem de que os animais podem ter contato com água. Segundo Six et al., (2016) o sorolaner, apresenta excelente eficácia mesmo com uma única dose oral no período de 5 semanas. Entretanto, Fourie (2015) e Walther et al., (2014) afirmam que o fluralaner, também uma isoxazolina, tem ação ainda maior, até 12 semanas, com início da ação a partir de 1 hora após a administração oral, na dose de 25 mg/ kg de peso corporal. Contudo, Walther et al., (2014) discordam a respeito da dose, recomendando a dose de 56 mg/ kg sem observar nenhum efeito adverso, com ação por um período de 8 semanas. Kilp et al., (2014) recomendam a administração de fluralaner junto com o alimento, pois isso aumenta a sua biodisponibilidade. Walther et al., (2014) concordam que a administração em conjunto com o alimento resulta em uma maior exposição do fármaco, diferente dos animais tratados durante o jejum. Schenker et al., (2003) refere-se ao nitempiram como um auxílio para o tratamento de dapp. Já que o mesmo promove um alivio rápido ao paciente, retirando 100% das pulgas por um período de até 3 horas após a administração. Entretanto, Blagburn & Dryden (2009) relatam que a ação rápida do nitempiram é alcançada em um período de 1 hora após o início do tratamento. Franc & Bouhsira (2009) descreve que o spinosad possui ação rápida e sistêmica por 30 dias, com alta eficácia adulticida antes da produção de ovos, não 27 sendo afetada quando em contato com a água. Ihrke (2008) ressalta que não há desvantagens neste produto. Shanks et al., (2000) estabelecem que o uso de Selamectina na prevenção de infestações por pulgas, necessita de um controle adicional para assegurar o bem- estar do animal. Franc & Yao (2006) avaliando as eficácias do fipronil em comparação com selamectina e do imidacloprid observou nos resultados obtidos que a selamectina tem apenas 85% de eficácia em comparação aos demais, justificando um complemento para o controle de pulgas. Patel & Fosythe (2010) e Guaguère & Bensignor (2005) dizem a respeito dos controladores ambientais que um dos controladores mais utilizados são as piretrinas, que devem sempre estar associado a um regulador de crescimento ou inibidor de crescimento de insetos, para atingir as fases de ovos e larvas. Ihrke (2008) concorda e ressalta que para impedir que ocorra reinfestações é necessária esta combinação em conjunto com a orientação ao proprietário do ciclo biológico da pulga. Kuhl & Greek (2005) relata que pode ser utilizado a nebulização ou spray com piretrinas, organofosforados e RCI ou IDI, para serem aplicados nas instalações como um controle interno em almofadas, camas ou tapetes, tornando a opção adequada e eficiente, com baixa toxidade e atividade repelente. Mas esse produto por apresentar um curto tempo de ação, necessita de uma nova reaplicação de 48- 72 horas. Soriano (2006) cita que a limpeza ambiental de tapetes, camas e locais onde o animal dorme. Devem ser realizadas regularmente e inclusive com o uso de aspiradores de pó. Hnilica, (2011) afirma que a limpeza com o aspirador de pó deve ser feita a cada dois dias para melhor efeito. Macdonald (2005) descreve um outro produto para o ambiente interno de instalações, o poliborato de sódio, uma substancia eficaz, com atividades ovicida e larvicidas, com atividade residual de até 12 meses, após uma única aplicação. Tem um baixo risco de toxidade e é bastante seguro, sendo utilizados até mesmo em escolas, áreas para preparação de alimentos e enfermarias. 28 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS As espécies de pulgas Ctenocephalides felis é a maior causadora de dermatite alérgica por picada de pulga, pois ela parasita um maior número de hospedeiros. Por este motivo é essencial que o controle seja feito não somente no animal, mas sim em todos os animais contactantes e do ambiente. O diagnóstico é baseado nos sinais clínicos, o histórico de pulgas e atrás da resposta ao tratamento controlando as pulgas no ambiente. Já que para um tratamento efetivo deve ser feita controle da pulga em todas as suas fases, visto que embora somente as pulgas adultas realizem a hematofagia, ovos e larvas estão presentes no ambiente e podem causar reinfestação no animal. É importante ressaltar que o maior número de ectoparasitas são encontrados no ambiente e não no animal parasitado. Para sucesso do tratamento é essencial que o proprietário seja informado sobre o ciclo de vida da pulga para que entenda que não haverá melhora sem controle ambiental adequado. Ele também deve ser orientadoque a Dapp não tem cura e por isso o controle deve ser feito por toda a vida do animal. 29 6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, P.; Dermatite alérgica a picada de pulgas – DAPP Disponível em: >http://www.drapriscilaalves.com.br/artigos/DAPP.pdf> Acesso em: 11 de out. 2016. ANDRADE, S. 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