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DIREITO DO TRABALHO De acordo com a Reforma Trabalhista Prof. José Luís Oliveira Ano 2018.2 SALÁRIO E REMUNERAÇÃO Equivalência salarial.Conceito. Princípio da isonomia salarial. Equiparação salarial. Requisitos d a e q u i p a r a ç ã o . S a l á r i o substituição e súmula 159 TST, acúmulo de função. 1. Isonomia salarial Provém das partículas gregas ISO (igual) e NOMOS (norma) e sinaliza a existência de fonte normativa a estabelecer a igualdade no plano salarial entre empregados. Para funções idênticas o empregador deve pagar salários idênticos, salvo exceções legais. CONCEITO ISONOMIA 2. Equivalência salarial ou supletiva 1. É o procedimento de correção da desigualdade salarial por meio do qual ao trabalho de igual valor é atribuída a mesma dimensão retributiva. Ex: Art. 460 da CLT Ex: Lei 6019/74, art. 12,a: Art. 12 - Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos: a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional; 3. Equiparação salarial: paradigma e paragonado 1. É o Procedimento comparativo entre um empregado que recebe menos do que outro, mas exerce as mesmas funções, ao mesmo empregador, observados os demais requisitos. 2. Tem previsão legal no artigo 461 e parágrafos da CLT e na Súmula 6 do TST(sofrerá revisão) 3. Surgem duas figuras importantes: A) PARAGONADO, é o empregado que busca a isonomia salarial, ou seja, que está em desvantagem salarial em relação a um colega de trabalho. B) PARADIGMA , é o empregado que recebe salário maior; § 1o Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos. § 2o Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público. § 3o No caso do § 2o deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional. § 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial. § 5o A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria. § 6o No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. S. 6,III TST: “A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercem a mesma função, desempenhando as mesmas tarefas, não importando se os cargos têm, ou não, a mesma denominação.” “Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade. 4.Equiparação salarial: Requisitos 5. Equiparação salarial: trabalho intelectual 1. Trabalhadores que exercem serviços intelectuais podem ter direito à equiparação. 2. A questão vem assim definida pela S. 6, TST: S. Nº 6, TST - VII - Desde que atendidos os requisitos do art. 461 da CLT, é possível a equiparação salarial de trabalho intelectual, que pode ser avaliado por sua perfeição técnica, cuja aferição terá critérios objetivos. 1.Por força do art. 8.º parágrafo único da CLT, o direito comum aplica-se subsidiariamente ao Direito do Trabalho 2.No caso do acúmulo de funções o dispositivo que assegura a restituição do prejuízo em caso de locupletação do empregador passa a ser o CCB: CCB, Art. 884: Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários. 6. Acúmulo de Função .1. CONCEITO O desvio de função é caracterizado quando o trabalhador, apesar de ter sido contratado para exercer determinada função, executa outra diversa, sem o pagamento do salário respectivo. Ou seja, o desvio funcional efetivamente se caracteriza quando o empregador modifica as funções originais do empregado, destinando-lhe novas tarefas, totalmente incompatíveis com o feixe de atribuições atinentes ao cargo originário, que exigem o exercício de atividade qualitativamente superior à do cargo primitivo, atraindo, assim, o direito à maior remuneração, a qual, todavia, não é observada pelo empregador. 2.DOUTRINA Arnaldo Sussekind: "O desvio de função se caracteriza, sobretudo, quando há quadro de pessoal organizado em carreira; mas pode ocorrer mesmo quando não exista o quadro. Não se trata, porém, na hipótese, de equiparação salarial, pois o desvio de função, desde que não seja episódico ou eventual, cria o direito a diferenças salariais, ainda que não haja paradigma no mesmo estabelecimento". (Curso de Direito do Trabalho, Editora Renovar, 2ª Ed.). 3. Portanto, ainda gera polêmica quanto à necessidade de existência do quadro de carreira na empresa reclamada, para que ocorra o desvio de função. 4. Para a doutrina e jurisprudência mais tradicionais, necessária se faz a presença de tal organização pessoal em quadro de cargos e salários (PCS). Todavia, há entendimento atual e inovador sobre o tema, pelo qual alguns entendem até mesmo, que a ausência desta organização expressa do pessoal da empresa, venha inclusive, a beneficiar o trabalhador que postula o enquadramento salarial, dado seu desvio de função na empresa. 7. Desvio de função SUM-159 SUBSTITUIÇÃO DE CARÁTER NÃO EVENTUAL E VACÂNCIA DO CARGO I - Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, inclusive nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído. II - Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocupá-lo não tem direito a salário igual ao do antecessor. 8. Salário substituição 1. Nas substituições de funções que não tenham caráter eventual, o empregador deve pagar salário igual ao substituído, denominando isto de salário substituição. 2. A Súmula 159 do TST descreve que:
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