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AÇÃO CIVIL EX DELICTO

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AÇÃO CIVIL “EX DELICTO”
CONCEITO
	É a ação que tramita perante o juízo cível e que tem por objeto reparação de dano eventualmente decorrente de crime.
LEGITIMIDADE ATIVA 
	- Ofendido ou representante
	- Ofendido pobre – onde não há defensoria pública o MP é titular
LEGITIMIDADE PASSIVA
	- Autor do Crime
	- Responsável Civil – pai do filho maior dependente, preposto, seguro, relação de consumo
QUAL O PROCEDIMENTO APLICÁVEL?
Há 2 tipos de ação civil para ressarcimento dos danos causados pelo crime, sendo que ambas devem ser ajuizadas pelo próprio ofendido, por seu representante legal ou por seus herdeiros.
	AÇÃO DE EXECUÇÃO DA SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA: 
Art. 63. Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros.
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá ser efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso IV do caput do art. 387 deste Código sem prejuízo da liquidação para a apuração do dano efetivamente sofrido.
Crime – inquérito – ação penal – sentença – recursos – trânsito em julgado (título executivo judicial) – ajuizar execução cível
O fator de complexidade desta hipótese é a necessidade de liquidação por artigos da sentença antes da execução, visto que, de acordo com o artigo 387 do CPP, o juiz criminal irá ficar somente o valor mínimo do dano, uma vez que muitas vezes não possui elementos suficientes para fixar o valor da reparação. Entretanto, se a vítima se contentar com tal valor pode dispensar a liquidação, poderá executar imediatamente o título. 
	AÇÃO DE CONHECIMENTO – INDEPENDENTE DA AÇÃO PENAL: O juiz poderá suspender seu curso até que seja julgada a ação penal pelo mesmo fato, para evitar decisões contraditórias. 
HÁ INDEPENDÊNCIA DE INSTÂNCIAS?
	Sim, de acordo com o artigo 935 do CC, admitindo contradição, de forma a privilegiar a autonomia dos juízes. Uma vez que o modelo de constatação cível é baseado na preponderância de provas, já o modelo de constatação penal é baseado na prova além da dúvida razoável. Se trata de produção de prova diferente, com outros advogados, outras partes (MP não é titular de ação civil). 
Assim, mesmo absolvido o réu na ação penal, se a sentença de absolvição não reconhecer a inexistência material do fato, sempre será possível a propositura da ação cível de ressarcimento de danos, já que o fato pode perfeitamente não constituir ilícito penal, mas configura ilícito civil suscetível de reparação.
Mas o código determina algumas exceções:
- artigo 65 do CPP: quando juiz criminal reconhece excludente de antijuridicidade, não há possibilidade de responder pelo dano que praticou, pois agiu por uma permissão legal. 
Art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
- artigo 66 do CPP: quando decisão criminal julgar inexistência do fato vincula o cível. Entretanto, essa regra só tem efeito se a sentença criminal decidir primeiro, ou seja, se cível decidir primeiro não há vinculação. 
Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato.
-artigo 67 do CPP: Confirma a regra
Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil:
I - o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação;
II - a decisão que julgar extinta a punibilidade;
III - a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime.

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