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APS - DIREITO DE FAMÍLIA: PRINCÍPIOS DO DIREITO DE FAMÍLIA MODERNO.

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ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
DIREITO CIVIL APLICADO - FAMÍLIA E SUCESSÕES 
 
 
Nesta atividade você deverá fazer um relatório abordando o tema PRINCÍPIOS DO DIREITO 
DE FAMÍLIA MODERNO. Para tanto, você deverá utilizar jurisprudência que trate do 
assunto. 
Indicamos aqui a leitura da decisão proferida no STF sobre a relação homoafetiva na ADPF 132 
e ADI 4277. 
 
 
 
 Com a evolução da vida em sociedade o Direito molda-se de acordo as necessidades da 
época. No tocante ao Direito de Família temos grandes modificações, como a decisão do STF 
acerca da relação homoafetiva na ADPF 132 E ADI 4277. Muito diferente do que era a 
entidade familiar no passado, atualmente encontramos diversas formas e princípios que 
norteiam e incorporam essas mudanças. 
 
 A dignidade da pessoa humana, igualdade entre marido e mulher, não diferenciação 
entre filhos, princípio da paternidade responsável e planejamento familiar, comunhão plena 
de vida baseada na afeição, liberdade de constituir uma comunhão familiar, dentre outros 
avanços positivos que humaniza cada vez mais o Direito de Família. Todos os princípios 
decorrem da existência da proteção da dignidade da pessoa humana, tomando como base, 
inicio as considerações acerca do tema: união homoafetiva. Está na norma suprema que rege 
o Estado e faz prevalecer na decisão do STF: “Por votação unânime, acordam em julgar 
procedentes as ações, com eficácia erga omnes e efeito vinculante, com as mesmas regras e 
consequências da união estável heteroafetiva” é mais do que certo a prevalência da não 
discriminação com base no Art.3°/CF, abre a margem para entender que a falta de 
regulamentação nesse sentido vem na contramão do que está estabelecido na Constituição 
Federal de 1988. É difícil designar com precisão o termo família, atualmente está ligado não 
somente ao casamento, consanguinidade, mas também a afetividade e dignidade da pessoa 
humana. Nas circunstâncias atuais é de extrema importância, tanto para a proteção jurídica, 
como vivência em sociedade, facilitação nas relações cotidianas, por isso se torna mais amplo 
a concepção de família. Nada mais coerente do que aceitação da união homoafetiva, tal como 
a adoção conjuntiva, ora, se o que prevalece acima de tudo é o bem-estar do menor, não deve 
ser analisado a questão da diversidade de sexos e sim nos termos já habituais, como 
capacidade, regras regulamentadas pelo ECA. Direitos de Sucessões, dentre outros temas 
regidos e aplicados pelo Direito Civil. Em meio a passos tão modernos, existe o 
conservadorismo baseado principalmente em tema religioso, o que deveria ser neutro, mas 
não ocorre no judiciário brasileiro, tendo em vista que propostas relacionadas ao tema estão 
paradas, sem a visibilidade necessária. Elucida Maria Berenice Dias: “O silêncio da lei, no 
entanto, não impediu conquistas no âmbito do Judiciário. Quer fazendo analogia com a união 
estável, quer invocando os princípios constitucionais que asseguram o direito à igualdade e o 
respeito à dignidade, a Justiça vem deferindo direitos no âmbito do Direito das Famílias e do 
Direito Sucessório. O próprio Superior Tribunal de Justiça, ao afastar a extinção do processo 
sob o fundamento da impossibilidade jurídica do pedido, garantiu às uniões de pessoas do 
mesmo sexo acesso à justiça. Tudo isso, porém, não supre o direito à segurança jurídica que 
só a norma legal confere. O silêncio é a forma mais perversa de exclusão, pois impõe 
constrangedora invisibilidade que afronta um dos mais elementares direitos, que é o direito à 
cidadania, base de um Estado que se quer democrático de direito”. 
 
 Existe um crescente número de casos de homofobia no país, me parece óbvio que não 
se deve distinguir, discriminar e sim incorporar à nossa legislação, temas que visam proteger 
à vida, preservar a dignidade da pessoa humana. Liberdade, igualdade, princípios que 
precisam ser respeitados, uma sociedade justa, solidária, que promove igualdade de todos, 
precisa de que as garantias fundamentais estejam efetivadas na prática, não somente na teoria. 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
DIAS, Maria Berenice - União estável homoafetiva, até que enfim! - 
http://www.mariaberenice.com.br/manager/arq/(cod2_629)56__uniao_estavel_homoafetiva_
ate_que_enfim.pdf - Acesso em: Outubro de 2018. 
 
GONÇALVES, C. Direito Civil Brasileiro – Direito de família - 14°. Ed: Saraiva, SP - 2017.

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