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Aula 07
Noções de Direito Constitucional p/ CGE-RO (Assistente de Controle Interno)
Professores: Equipe Ricardo e Nádia, Nádia Carolina, Ricardo Vale
31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO
   
 
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DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO 
Teoria e Questões 
Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale 
!ULA 07 
PODER!LEGISLATIVO 
Sumário 
Poder Legislativo ............................................................................................................................. 2 
1‑ Funções do Poder Legislativo: ............................................................................................... 2 
A Fiscalização Contábil, Orçamentária, Patrimonial e Operacional ..................................... 3 
1‑ Os controles interno e externo: ............................................................................................. 3 
2‑ A Fiscalização Contábil, Orçamentária, Patrimonial e Operacional: ............................ 4 
3‑ Os Tribunais de Contas: ......................................................................................................... 5 
Questões Comentadas .................................................................................................................. 18 
Lista de Questões ........................................................................................................................... 38 
Gabarito ........................................................................................................................................... 49 
 
 
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DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO 
Teoria e Questões 
Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale 
Poder Legislativo 
1- Fun›es do Poder Legislativo: 
O poder pol’tico Ž uno e indivis’vel, tendo como titular o povo, que o exerce 
por meio de seus representantes ou, diretamente, nos termos da Constitui‹o 
Federal. Consagra-se, assim, a soberania popular, que Ž viga mestra do 
Estado democr‡tico de direito. 
Para alcanar os seus fins, o Estado deve organizar-se, o que Ž feito levando-
se em considera‹o o princ’pio da separa‹o de poderes, ideia defendida, ao 
longo dos tempos, por pensadores do porte de Montesquieu e John Locke. 
Atualmente, por reconhecer-se que o poder pol’tico Ž uno e indivis’vel, Ž 
tecnicamente mais adequado nos referirmos ˆ separa‹o de fun›es 
estatais (e n‹o ˆ separa‹o de poderes). 
S‹o 3 (trs) as fun›es estatais b‡sicas: i) fun‹o executiva; ii) fun‹o 
legislativa e; iii) fun‹o judici‡ria. Cada uma dessas fun›es Ž exercida com 
predomin‰ncia por um dos trs Poderes (Poder Executivo, Poder Legislativo e 
Poder Judici‡rio). 
Na organiza‹o dos Estados contempor‰neos, n‹o se admite que tais fun›es 
sejam exercidas com exclusividade por algum Poder; por isso, o correto Ž 
dizer que cada fun‹o Ž exercida com predomin‰ncia por algum dos trs 
Poderes. Dessa forma, na moderna concep‹o de divis‹o das fun›es estatais, 
cada um dos trs Poderes exerce fun›es t’picas e fun›es at’picas. 
O Poder Legislativo tem duas fun›es t’picas (aquelas que exerce com 
predomin‰ncia): a fun‹o de legislar e a de fiscalizar. A fun‹o de legislar 
consiste na tarefa de elaborar as leis, atos normativos que inovam o 
ordenamento jur’dico. Por sua vez, a fun‹o de fiscalizar se manifesta no 
controle externo dos atos dos demais Poderes estatais; com efeito, o Poder 
Legislativo realiza a fiscaliza‹o cont‡bil, financeira, orament‡ria, 
operacional e patrimonial do Poder Executivo, bem como investiga fato 
determinado por meio das comiss›es parlamentares de inquŽrito (CPIs). 
Ressalte-se que, ao contr‡rio do que alguns podem pensar, as duas fun›es do 
Poder Legislativo (legislar e fiscalizar) possuem o mesmo grau de 
import‰ncia, n‹o existindo hierarquia entre elas. 
No que diz respeito ˆs fun›es at’picas, o Poder Legislativo exerce a fun‹o 
administrativa quando realiza concurso pœblico para provimento de cargos 
ou, ainda, quando promove uma licita‹o para compra de material de 
consumo. TambŽm exerce a fun‹o de julgamento, que se materializa, por 
exemplo, quando o Senado Federal processa e julga o Presidente da Repœblica 
nos crimes de responsabilidade. 
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Teoria e Questões 
Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale 
Na aula de hoje, trataremos apenas da fun‹o fiscalizat—ria do Poder 
Legislativo, tema cobrado expressamente no edital da CEMIG. 
A Fiscaliza‹o Cont‡bil, Orament‡ria, Patrimonial e 
Operacional 
1- Os controles interno e externo: 
Os dinheiros pœblicos sofrem duas formas de controle: i) o controle interno, 
realizado no ‰mbito de cada Poder e; ii) o controle externo, de competncia 
do Poder Legislativo. Veja o que disp›e a Constitui‹o sobre o controle interno: 
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judici‡rio manter‹o, de forma 
integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: 
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execu‹o dos 
programas de governo e dos oramentos da Uni‹o; 
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto ˆ efic‡cia e eficincia, da 
gest‹o orament‡ria, financeira e patrimonial nos —rg‹os e entidades da 
administra‹o federal, bem como da aplica‹o de recursos pœblicos por entidades de 
direito privado; 
III - exercer o controle das opera›es de crŽdito, avais e garantias, bem como dos 
direitos e haveres da Uni‹o; 
IV - apoiar o controle externo no exerc’cio de sua miss‹o institucional. 
O controle interno Ž realizado dentro de cada Poder. No Poder Executivo, o 
controle interno Ž realizado pela Controladoria-Geral da Uni‹o (CGU); no 
Judici‡rio, Ž realizado pelo Conselho Nacional de Justia (CNJ). Determina a 
Carta Magna que os respons‡veis pelo controle interno, ao tomarem 
conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dever‹o cientificar 
o Tribunal de Contas da Uni‹o (TCU), sob pena de responsabilidade 
solid‡ria (art. 74, CF/88). 
O controle externo Ž exercido por —rg‹o que n‹o integra a estrutura 
daquele que ser‡ fiscalizado. Trata-se do controle exercido pelo Poder 
Legislativo sobre os demais Poderes, como veremos mais detalhadamente a 
seguir. 
Os controles interno e externo s‹o realizados de forma complementar. 
Por exemplo, a fiscaliza‹o pela CGU da aplica‹o de recursos pœblicos federais 
em uma rodovia n‹o impossibilita que o TCU proceda a essa mesma 
fiscaliza‹o. Nesse sentido, entende o STF que a Controladoria-Geral da Uni‹o 
(CGU) tem atribui‹o para fiscalizar a aplica‹o dos recursos pœblicos federais 
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repassados, nos termos de convnios, aos Munic’pios. N‹o seria essa, 
portanto, uma atribui‹o exclusiva do TCU1. 
ƒ importante destacar que pode haver participa‹o popular no controle 
externo. Segundoa Constitui‹o, qualquer cidad‹o, partido pol’tico, 
associa‹o ou sindicato Ž parte leg’tima para, na forma da lei, denunciar 
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da Uni‹o (art. 74, 
¤ 2¼, CF). 
 
2- A Fiscaliza‹o Cont‡bil, Orament‡ria, Patrimonial e Operacional: 
A fiscaliza‹o cont‡bil, orament‡ria, patrimonial e operacional da Uni‹o e das 
entidades da Administra‹o Direta e Indireta tem como respons‡vel o 
Congresso Nacional, com o aux’lio do Tribunal de Contas da Uni‹o 
(TCU). Nos Estados, s‹o as Assembleias Legislativas as respons‡veis pela 
fiscaliza‹o, auxiliadas pelos Tribunais de Contas dos Estados. 
Veja importante entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre esse 
assunto: 
 
De acordo com o STF, o poder de fiscaliza‹o da 
a‹o administrativa do Poder Executivo Ž 
outorgado aos —rg‹os coletivos de cada C‰mara 
do Congresso Nacional, no plano federal, e da 
Assembleia Legislativa, no dos Estados; nunca, 
aos seus membros individualmente, salvo, Ž claro, 
quando atuem em representa‹o de sua Casa ou 
comiss‹o (ADI 3.046, DJ de 28.05.2004) 
A fiscaliza‹o realizada pelo Legislativo tem como objeto a legalidade, a 
legitimidade, a economicidade, a aplica‹o das subven›es e a 
renœncia de receitas (art. 70, ÒcaputÓ, CF/88) e como fundamentos os 
princ’pios da legalidade, impessoalidade, moralidade e eficincia, dentre 
outros. Portanto, s‹o quatro as facetas dessa fiscaliza‹o: 
a) Fiscaliza‹o da legalidade: compreende a an‡lise da obedincia 
do administrador ˆ lei. Verifica-se a validade dos atos administrativos 
em face do ordenamento jur’dico. 
b) Fiscaliza‹o financeira: refere-se ˆ aplica‹o das subven›es, ˆ 
renœncia de receitas, ˆs despesas e ˆs quest›es cont‡beis; 
c) Fiscaliza‹o da legitimidade: representa a an‡lise da aceita‹o, 
pela popula‹o, da gest‹o da coisa pœblica. 
                                                        
1
 RMS 25943/DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 24.11.2010. 
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d) Fiscaliza‹o da economicidade: compreende a an‡lise de 
custo/benef’cio das a›es do Poder Pœblico. No que se refere ˆ 
fiscaliza‹o da economicidade, entende a doutrina que os controles 
externo e interno poder‹o, alŽm da legalidade, avaliar tambŽm o mŽrito 
da despesa, ou seja, a pr—pria discricionariedade do administrador. 
Poder‹o, portanto, avaliar o mŽrito de atos administrativos. 
 
3- Os Tribunais de Contas: 
Os Tribunais de Contas s‹o —rg‹os independentes e aut™nomos, sem 
subordina‹o hier‡rquica a qualquer dos Poderes da Repœblica. Sua 
autonomia Ž garantida constitucionalmente. Embora estejam de certo modo 
vinculados ao Poder Legislativo, n‹o exercem fun‹o legislativa, mas de 
fiscaliza‹o e controle, de natureza administrativa. 
A miss‹o desses —rg‹os Ž orientar o Poder Legislativo no exerc’cio do controle 
externo. Embora o titular do controle externo seja o Poder Legislativo, s‹o os 
Tribunais de Contas os —rg‹os que, tecnicamente, realizam essa atividade. 
Cabe destacar que a atua‹o dos Tribunais de Contas alcana toda a 
Administra‹o Pœblica (direta e indireta), de todos os Poderes. 
Devido ˆ relev‰ncia de sua atividade, a CF/88 confere autonomia e 
independncia aos Tribunais de Contas. Esses —rg‹os podem, inclusive, realizar 
o controle de constitucionalidade das leis. Veja o que entende o STF a respeito 
desse assunto: 
 
Sœmula 347 do STF: O Tribunal de Contas, no 
exerc’cio de suas atribui›es, pode apreciar a 
constitucionalidade das leis e dos atos do 
Poder Pœblico. 
Esse controle de constitucionalidade n‹o se d‡ em abstrato (lei em tese), mas 
sim no caso concreto (via de exce‹o). Por meio dele, pode a Corte de Contas 
deixar de aplicar um ato por consider‡-lo incompat’vel com a Constitui‹o. 
 
3.1- O Tribunal de Contas da Uni‹o: 
H‡ divergncia doutrin‡ria a respeito da natureza jur’dica do Tribunal de 
Contas da Uni‹o (TCU). Alguns autores consideram que o TCU integra o Poder 
Legislativo. PorŽm, a posi‹o majorit‡ria Ž a de que o TCU Ž —rg‹o 
independente, que n‹o integra nenhum dos Poderes da Repœblica. Trata-se 
de —rg‹o de natureza pol’tico-administrativa, de estatura constitucional, 
respons‡vel pelo controle externo da Administra‹o Pœblica. Devido ˆ enorme 
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import‰ncia de suas fun›es, a Constitui‹o Federal de 1988 concedeu ao TCU 
autonomia funcional, administrativa, financeira e orament‡ria. 
O Tribunal de Contas da Uni‹o (TCU) Ž composto de 9 (nove) Ministros. 
Tem sede no Distrito Federal e jurisdi‹o em todo o territ—rio nacional. 
Seus Ministros disp›em das mesmas prerrogativas, impedimentos, 
vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justia 
(STJ). Para sua investidura, Ž necess‡rio o cumprimento dos requisitos 
enumerados no art. 73, ¤1¼, da CF: 
a) Mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; 
b) Idoneidade moral e reputa‹o ilibada; 
c) Not—rios conhecimentos jur’dicos, cont‡beis, econ™micos e 
financeiros ou de administra‹o pœblica; 
d) Mais de dez anos de exerc’cio de fun‹o ou de efetiva atividade 
profissional que exija os conhecimentos mencionados acima. 
A escolha de um tero (trs) desses Ministros cabe ao Presidente da 
Repœblica, com posterior aprova‹o dos nomes pelo Senado Federal. Dois 
desses Ministros dever‹o ser escolhidos alternadamente entre auditores e 
membros do MinistŽrio Pœblico junto ao Tribunal, indicados em lista tr’plice 
pelo TCU, segundo critŽrios de antiguidade e merecimento. Os outros dois 
teros s‹o escolhidos pelo Congresso Nacional, na forma de seu 
regimento interno. 
Os Ministros do TCU tm as mesmas prerrogativas, garantias, impedimentos, 
vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justia (STJ), 
de acordo com o art. 73, ¤ 3¼, da CF. Logo, tm como garantias a 
vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de seus subs’dios. 
TambŽm se lhes aplicam as regras do art. 40 da CF/88 referentes a 
aposentadoria e pens‹o. 
Destaca-se, ainda, que o auditor, quando em substitui‹o a Ministro, ter‡ 
as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exerc’cio 
das demais atribui›es da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal 
(art. 73, ¤ 4¼, da CF/88). Como o auditor Ž substituto do Ministro, a ele se 
aplica a exigncia de idade m’nima de 35 anos. Nesse sentido, entende o 
STF (ADI 373/PI, DJ de 6.5.1994) que Ž razo‡vel a exigncia desse limite de 
idade para ingresso no cargo de Auditor de Tribunal de Contas estadual, uma 
vez que as normas estabelecidas para o TCU na CF/88 se aplicam, de regra, 
aos Tribunais de Contas dos Estados. 
O art. 70 da Constitui‹o, como vimos anteriormente, determina que a 
fiscaliza‹o cont‡bil, financeira, orament‡ria, operacional e patrimonial da 
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Uni‹o e das entidades da administra‹o direta e indireta, quanto ˆ legalidade, 
legitimidade, economicidade, aplica‹o das subven›es e renœncia de receitas, 
ser‡ exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo,e 
pelo sistema de controle interno de cada Poder. 
Determina tambŽm, em seu par‡grafo œnico, que prestar‡ contas qualquer 
pessoa f’sica ou jur’dica, pœblica ou privada, que utilize, arrecade, guarde, 
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pœblicos ou pelos quais a 
Uni‹o responda, ou que, em nome desta, assuma obriga›es de natureza 
pecuni‡ria. 
Desse modo, o controle das contas pœblicas Ž de competncia do Congresso 
Nacional, que o exercer‡ com aux’lio do TCU (art. 71, ÒcaputÓ, CF). Vamos ler 
esse artigo? 
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser‡ exercido 
com o aux’lio do Tribunal de Contas da Uni‹o, ao qual compete: 
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repœblica, 
mediante parecer prŽvio que dever‡ ser elaborado em sessenta dias a contar 
de seu recebimento; 
II - julgar as contas dos administradores e demais respons‡veis por 
dinheiros, bens e valores pœblicos da administra‹o direta e indireta, 
inclu’das as funda›es e sociedades institu’das e mantidas pelo Poder Pœblico 
federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra 
irregularidade de que resulte preju’zo ao er‡rio pœblico; 
No que se refere ˆs contas dos administradores e demais respons‡veis 
por recursos pœblicos, a competncia do TCU Ž para julg‡-las. J‡ no que 
concerne ˆs contas do Presidente da Repœblica, cabe ˆ Corte apenas 
apreci‡-las, mediante parecer prŽvio, elaborado no prazo de sessenta dias a 
contar do seu recebimento, de car‡ter meramente opinativo. O julgamento, 
ent‹o, ser‡ realizado pelo Congresso Nacional. 
Outro ponto de destaque Ž que entende o STF (MS 25.092, DJ de 17.3.2006) 
que as empresas pœblicas e as sociedades de economia mista, 
integrantes da Administra‹o Indireta, est‹o sujeitas ˆ fiscaliza‹o do 
Tribunal de Contas, n‹o obstante os seus servidores estarem sujeitos ao 
regime celetista. No mesmo sentido, entende a Corte (MS 21.644, DJ 
8.11.1996) que entidades de direito privado sujeitam-se ‡ fiscaliza‹o do 
Estado quando dele recebem recursos, devendo seus dirigentes prestar contas 
dos valores recebidos. AlŽm disso, tambŽm os conselhos profissionais 
(Conselhos Federais e Conselhos Regionais de classe profissional), por terem 
natureza aut‡rquica, devem prestar contas ao TCU (MS 21.797, DJ 
18.5.2001). Continuemos a an‡lise do artigo... 
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III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admiss‹o de 
pessoal, a qualquer t’tulo, na administra‹o direta e indireta, inclu’das as 
funda›es institu’das e mantidas pelo Poder Pœblico, excetuadas as 
nomea›es para cargo de provimento em comiss‹o, bem como a das 
concess›es de aposentadorias, reformas e pens›es, ressalvadas as melhorias 
posteriores que n‹o alterem o fundamento legal do ato concess—rio; 
Os atos de admiss‹o de pessoal na Administra‹o Pœblica, direta e indireta, 
ser‹o apreciados, quanto ˆ legalidade, pelo Tribunal de Contas da Uni‹o. Isso 
n‹o se aplica, todavia, ˆs nomea›es para cargo de provimento em 
comiss‹o. O provimento de cargos em comiss‹o n‹o Ž apreciado pelo 
TCU. 
Os atos de concess‹o de aposentadorias, reformas e pens›es tambŽm 
s‹o apreciados pelo TCU. Entretanto, as melhorias posteriores que n‹o alterem 
o fundamento legal do ato concess—rio n‹o s‹o apreciadas pela Corte de 
Contas. 
Na aprecia‹o dos atos iniciais de concess‹o de aposentadoria, reforma e 
pens›es, a an‡lise do TCU se restringe aos aspectos de legalidade do 
ato, n‹o podendo a Corte de Contas fazer an‡lise de mŽrito (convenincia e 
oportunidade). AlŽm disso, a atua‹o do TCU se restringe ao registro do ato, 
n‹o cabendo ˆ Corte anul‡-lo ou convalid‡-lo. Havendo v’cios no ato, a Corte 
poder‡ apenas indeferir o pedido de registro, comunicando o fato ao 
—rg‹o/entidade para as providncias cab’veis. Caber‡ a estes anular ou 
convalidar o ato. 
Destaca-se que o registro de aposentadorias n‹o se aplica aos benef’cios 
obtidos por meio do Regime Geral de Previdncia Social (RGPS), mas 
apenas aos obtidos por meio do Regime Pr—prio de Previdncia dos Servidores 
(RPPS), dos servidores estatut‡rios. Assim, os empregados de empresas 
pœblicas e sociedades de economia mista tm apenas seus atos de admiss‹o 
apreciados pelo TCU, sendo as aposentadorias e pens›es apreciadas no ‰mbito 
do RGPS. 
Sobre a concess‹o de aposentadoria, destaca-se, ainda, que segundo o STF 
configura ato administrativo complexo, aperfeioando-se somente com o 
registro perante o Tribunal de Contas. 
Nos processos perante o TCU, deve ser assegurado o contradit—rio e a 
ampla defesa sempre que da decis‹o puder resultar anula‹o ou revoga‹o 
de ato administrativo que beneficie o interessado. N‹o se assegura o 
contradit—rio e ampla defesa apenas na aprecia‹o da legalidade do ato de 
concess‹o inicial de aposentadoria, reforma e pens‹o. ƒ esse o entendimento 
consignado na Sœmula Vinculante n¼ 03: 
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Sœmula Vinculante n. 03 
ÒNos processos perante o Tribunal de Contas da 
Uni‹o asseguram-se o contradit—rio e a ampla 
defesa quando da decis‹o puder resultar anula‹o 
ou revoga‹o de ato administrativo que beneficie o 
interessado, excetuada a aprecia‹o da legalidade 
do ato de concess‹o inicial de aposentadoria, 
reforma e pens‹oÓ. 
Segundo o STF, mesmo n‹o se assegurando a ampla defesa e o contradit—rio 
quando da aprecia‹o da legalidade do ato de concess‹o inicial de 
aposentadoria, reforma e pens‹o (Sœmula Vinculante no 3), decorridos cinco 
anos sem a aprecia‹o conclusiva do TCU seria obrigat—ria a 
convoca‹o do interessado.2 Nesse caso, devido ao longo decurso de tempo 
atŽ a negativa do registro, haveria direito l’quido e certo do interessado de 
exercitar as garantias do contradit—rio e da ampla defesa. 
Por œltimo, um importante entendimento do STF se refere ˆ impossibilidade 
de o Tribunal de Contas suprimir vantagem pecuni‡ria inclu’da nos 
proventos de servidor por decis‹o judicial transitada em julgado (MS 
25.460, DJ de 10.2.2006). Esse tipo de decis‹o, segundo a Corte, s— pode ser 
modificada por meio de a‹o rescis—ria. 
IV - realizar, por iniciativa pr—pria, da C‰mara dos Deputados, do Senado 
Federal, de Comiss‹o tŽcnica ou de inquŽrito, inspe›es e auditorias de 
natureza cont‡bil, financeira, orament‡ria, operacional e patrimonial, nas 
unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judici‡rio, e 
demais entidades referidas no inciso II; 
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital 
social a Uni‹o participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado 
constitutivo; 
VI - fiscalizar a aplica‹o de quaisquer recursos repassados pela Uni‹o 
mediante convnio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congneres, a 
Estado, ao Distrito Federal ou a Munic’pio; 
Com base no art. 71, inciso VI, o STF entendeu que o TCU n‹o tem 
competncia para fiscalizar a aplica‹o dos recursos recebidos a t’tulos 
de ÒroyaltiesÓ, decorrentes da extra‹o de petr—leo, xisto betuminoso e g‡s 
natural, pelos Estados e Munic’pios. Trata-se de competncia dos Tribunais de 
Contas Estaduais, e n‹o do TCU, tendo em vista que o art. 20, ¤ 1¼, da 
Constitui‹o, qualificou os ÒroyaltiesÓ como receita pr—pria dos Estados, 
Distrito Federal e Munic’pios3. O TCU fiscaliza os recursos repassadospela 
                                                        
2 STF, MS 25116. Rel. Min. Ayres Britto. 08.09.2010. 
3
 MS 24.312‐RJ, Rel. Min. Ellen Gracie, 19.02.2003.  
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Uni‹o aos entes federativos mediante convnio, acordo, ajuste ou outros 
instrumentos congneres. 
VII - prestar as informa›es solicitadas pelo Congresso Nacional, por 
qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comiss›es, sobre a 
fiscaliza‹o cont‡bil, financeira, orament‡ria, operacional e patrimonial e 
sobre resultados de auditorias e inspe›es realizadas; 
VIII - aplicar aos respons‡veis, em caso de ilegalidade de despesa ou 
irregularidade de contas, as san›es previstas em lei, que estabelecer‡, entre 
outras comina›es, multa proporcional ao dano causado ao er‡rio; 
IX - assinar prazo para que o —rg‹o ou entidade adote as providncias 
necess‡rias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; 
X - sustar, se n‹o atendido, a execu‹o do ato impugnado, comunicando a 
decis‹o ˆ C‰mara dos Deputados e ao Senado Federal; 
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos 
apurados. 
¤ 1¼ - No caso de contrato, o ato de susta‹o ser‡ adotado diretamente pelo 
Congresso Nacional, que solicitar‡, de imediato, ao Poder Executivo as 
medidas cab’veis. 
¤ 2¼ - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa 
dias, n‹o efetivar as medidas previstas no par‡grafo anterior, o Tribunal 
decidir‡ a respeito. 
Os atos administrativos podem ser sustados diretamente pelo TCU, 
sendo comunicada a decis‹o ˆ C‰mara dos Deputados e ao Senado Federal. J‡ 
no que se refere aos contratos administrativos, a susta‹o caber‡ ao 
Congresso Nacional, que solicitar‡ ao Executivo a anula‹o desses atos. 
Caso essas medidas n‹o sejam adotadas no prazo de noventa dias, o TCU 
adquirir‡ competncia para decidir a respeito, podendo determinar a 
susta‹o do contrato. 
Entende o STF que o TCU tem legitimidade para expedir medidas 
cautelares para prevenir a ocorrncia de les‹o ao er‡rio ou a direito alheio, 
bem como para garantir a efetividade de suas decis›es. Isso decorre da teoria 
de poderes impl’citos, segundo a qual a toda competncia prevista 
constitucionalmente h‡ previs‹o, ainda que implicitamente, das prerrogativas 
necess‡rias para lhe dar efetividade (MS 26.547/DF, 23.05.2007). 
Entretanto, n‹o tem a Corte de Contas, segundo o STF, poder para 
decretar quebra de sigilo banc‡rio (Not’cias STF, 17.12.2007). Isso porque 
o TCU Ž um —rg‹o auxiliar do Poder Legislativo, mas n‹o se confunde com 
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este. Cabe ao Legislativo, n‹o ao TCU, determinar a invas‹o dos dados 
banc‡rios. 
H‡ que se mencionar, todavia, que o TCU tem competncia para requisitar 
informa›es relativas a opera›es de crŽdito origin‡rias de recursos 
pœblicos. Esse foi o entendimento firmado pelo STF no ‰mbito do MS 
33.340/DF. No caso concreto, o TCU havia requisitado ao BNDES informa›es 
relativas a opera›es de crŽdito. 
Mas aten‹o! N‹o Ž que o TCU possa determinar a quebra do sigilo banc‡rio. 
Segundo o STF, Òas opera›es financeiras que envolvam recursos 
pœblicos n‹o est‹o abrangidas pelo sigilo banc‡rioÓ. H‡ uma relativiza‹o 
do sigilo dessas informa›es frente ao interesse de toda a sociedade de 
conhecer o destino dos recursos pœblicos. 
TambŽm n‹o tem o TCU fun‹o jurisdicional (de Òdizer o direitoÓ). Entende 
o Pret—rio Excelso que o TCU n‹o Ž um tribunal administrativo, no sentido 
francs, dotado de poder de solu‹o dos conflitos em œltima inst‰ncia. O 
princ’pio da inafastabilidade da jurisdi‹o impede que haja essa equipara‹o, 
alŽm do que os poderes desse —rg‹o est‹o devidamente delimitados 
constitucionalmente no artigo 71. 4 
¤ 3¼ - As decis›es do Tribunal de que resulte imputa‹o de dŽbito ou multa 
ter‹o efic‡cia de t’tulo executivo. 
¤ 4¼ - O Tribunal encaminhar‡ ao Congresso Nacional, trimestral e 
anualmente, relat—rio de suas atividades. 
A Constitui‹o Federal atribuiu ˆs decis›es do TCU que resultem na imputa‹o 
de dŽbito ou multa efic‡cia de t’tulo executivo extrajudicial. Isso significa 
que a decis‹o do TCU j‡ servir‡ como fundamento para um processo de 
execu‹o contra aquele que sofreu a penalidade. A execu‹o dessas 
decis›es, todavia, n‹o compete ao TCU, mas sim ˆ Advocacia-Geral da 
Uni‹o. 
O TCU tambŽm se submete ao controle do Poder Legislativo. Nesse 
sentido, entende o STF que Òsurge harm™nico com a Constitui‹o Federal 
diploma revelador do controle pelo Legislativo das contas dos —rg‹os que o 
auxiliam, ou seja, dos tribunais de contasÓ5. A an‡lise do Legislativo, 
entretanto, restringe-se ˆs chamadas contas pol’ticas (controle de 
efetividade). As contas administrativas (contrata›es, nomea›es, etc.) s‹o 
julgadas pelo pr—prio TCU, tendo em vista sua autonomia. 
 
                                                        
4
 MS 29599 DF, DJe-030, p. 15/02/2011. 
5
 ADI 1.175, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ de 19.12.2006.  
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3.2- O TCU e a Comiss‹o Mista de Planos, Oramentos Pœblicos e 
Fiscaliza‹o (CMO): 
A CF/88 criou um mecanismo especial de fiscaliza‹o dos ind’cios de 
despesas n‹o autorizadas, como forma de assegurar a obedincia ˆ lei 
orament‡ria. Trata-se de fiscaliza‹o realizada pela Comiss‹o Mista de 
Planos, Oramentos Pœblicos e Fiscaliza‹o (CMO) com o aux’lio do TCU. 
Determina a Constitui‹o, em seu artigo 72, que a CMO, diante de ind’cios de 
despesas n‹o autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos n‹o 
programados ou de subs’dios n‹o aprovados, poder‡ solicitar ˆ autoridade 
governamental respons‡vel que, no prazo de cinco dias, preste os 
esclarecimentos necess‡rios. N‹o prestados os esclarecimentos, ou 
considerados estes insuficientes, a Comiss‹o solicitar‡ ao TCU pronunciamento 
conclusivo sobre a matŽria, no prazo de trinta dias. Entendendo o Tribunal 
irregular a despesa, a Comiss‹o, se julgar que o gasto possa causar dano 
irrepar‡vel ou grave les‹o ˆ economia pœblica, propor‡ ao Congresso Nacional 
sua susta‹o. 
 
3.3- Os Tribunais de Contas dos Estados e dos Munic’pios: 
Reza o art. 75 da Constitui‹o Federal que as normas estabelecidas para o TCU 
aplicam-se, no que couber, ˆ organiza‹o, composi‹o e fiscaliza‹o dos 
Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos 
Tribunais e Conselhos de Contas dos Munic’pios. Trata-se de uma 
aplica‹o do princ’pio da simetria. 
Entretanto, a Constitui‹o estabelece, tambŽm, algumas particularidades para 
essas Cortes de Contas. Segundo a Carta Magna, os Tribunais de Contas dos 
Estados e do Distrito Federal s‹o compostos de sete conselheiros (art. 75, 
par‡grafo œnico, CF). Em decorrncia do princ’pio da simetria, sua nomea‹o 
segue os mesmos critŽrios estabelecidos pela CF/88 (art. 73, ¤ 1¼). Nesse 
sentido, sobre a propor‹o das vagas a serem preenchidas pela escolha do 
Executivo e do Legislativo (1/3 e 2/3, respectivamente, no modelo federal), 
entende o STF que: 
 
Sœmula 653 do STF: 
ÒNo Tribunalde Contas Estadual, composto por sete 
conselheiros, quatro devem ser escolhidos pela 
Assembleia Legislativa e trs pelo Chefe do Poder 
Executivo estadual, cabendo a este indicar um 
dentre auditores e outro dentre membros do 
MinistŽrio Pœblico, e um terceiro ˆ sua livre escolha.Ó 
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Note-se ainda que os vencimentos dos Conselheiros dos Tribunais de Contas 
dos Estados dever‹o ter como par‰metro aqueles dos desembargadores do 
Tribunal de Justia (ADI 396, DJ de 5.8.2005). 
ÒE a quem o Tribunal de Contas Estadual prestar‡ contas, professora?Ó 
Excelente pergunta! Ë Assembleia Legislativa do Estado. Entende o STF 
(ADI 687, DJ 10.02.2006) que o Tribunal de Contas est‡ obrigado, por 
expressa determina‹o constitucional, a encaminhar, ao Poder Legislativo a 
que se acha institucionalmente vinculado, tanto relat—rios trimestrais quanto 
anuais de suas pr—prias atividades, com o objetivo de expor a situa‹o das 
finanas pœblicas administradas por esses —rg‹os. 
Passaremos, agora, ˆ an‡lise da fiscaliza‹o do Munic’pio. Veja o que 
determina o art. 31 da Constitui‹o acerca da fiscaliza‹o dos Munic’pios: 
Art. 31. A fiscaliza‹o do Munic’pio ser‡ exercida pelo Poder Legislativo 
Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do 
Poder Executivo Municipal, na forma da lei. 
¤ 1¼ - O controle externo da C‰mara Municipal ser‡ exercido com o aux’lio 
dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Munic’pio ou dos Conselhos ou 
Tribunais de Contas dos Munic’pios, onde houver. 
Verifica-se, portanto, que a fiscaliza‹o do Munic’pio ser‡ feita pelo 
Legislativo Municipal (controle externo) e pelo Executivo Municipal 
(controle interno), na forma da lei. No controle externo, a C‰mara Municipal 
contar‡ com o aux’lio dos Tribunais de Contas do Estado ou do Munic’pio 
ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Munic’pios, onde houver. 
Note, entretanto, a veda‹o feita pela Constitui‹o em outro par‡grafo do 
mesmo artigo: 
¤ 4¼ - ƒ vedada a cria‹o de Tribunais, Conselhos ou —rg‹os de Contas 
Municipais. 
A Constitui‹o Federal de 1988 pro’be que sejam criados —rg‹os de contas 
municipais. Eles atŽ existem, mas s— aqueles que foram criados previamente 
ˆ Constitui‹o de 1988: o TCM-SP e o TCM-RJ. Depois da CF/88, nenhum 
—rg‹o de contas municipal foi criado, pois isso Ž proibido pela Carta Magna. 
Podem ser criados, todavia, —rg‹os estaduais com competncia para o 
controle externo da Administra‹o Pœblica de todos os munic’pios de um 
determinado estado. S‹o os Conselhos ou Tribunais de Contas dos 
Munic’pios. ƒ o caso, por exemplo, do TCM-GO, que Ž —rg‹o estadual com 
competncia sobre todos os Munic’pios de Goi‡s. 
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Caso n‹o exista um —rg‹o de contas municipal (criado antes da CF/88) ou 
um —rg‹o de contas estadual com competncia sobre todos os Munic’pios do 
estado, o controle externo da Administra‹o Pœblica municipal caber‡ ao 
Tribunal de Contas do Estado (TCE). 
Em s’ntese, o controle externo da Administra‹o Pœblica municipal poder‡ ser 
feito por 3 (trs) tipos de —rg‹os diferentes: 
a) îrg‹o de contas municipal: Aplica-se quando h‡ —rg‹os de contas 
municipais criados antes da CF/88. ƒ o caso do TCM-RJ e TCM-SP. 
b) îrg‹o de contas estadual com competncia sobre todos os 
Munic’pios do estado: S‹o —rg‹os de contas estaduais, mas que tm 
como tarefa o controle externo da Administra‹o Pœblica dos Munic’pios 
do estado. ƒ o caso do TCM-GO, TCM-BA, TCM-PA e TCM-CE. 
c) Tribunal de Contas do Estado (TCEs): Naqueles estados em que 
n‹o existirem os —rg‹os de contas a que fizemos alus‹o anteriormente, o 
controle externo da Administra‹o Pœblica municipal ser‡ competncia do 
TCE. 
Art. 31, ¤ 2¼ - O parecer prŽvio, emitido pelo —rg‹o competente sobre as 
contas que o Prefeito deve anualmente prestar, s— deixar‡ de prevalecer por 
decis‹o de dois teros dos membros da C‰mara Municipal. 
Para entender o tema Òjulgamento das contas do PrefeitoÓ, ser‡ necess‡rio que 
se saiba a diferena entre contas de governo e contas de gest‹o. 
As contas de governo tm car‡ter pol’tico e s‹o de responsabilidade do 
Chefe do Poder Executivo. S‹o julgadas pelo Poder Legislativo, cabendo aos 
Tribunais de Contas t‹o somente apreci‡-las. ƒ o que se extrai do art. 71, I, 
CF/88: 
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser‡ 
exercido com o aux’lio do Tribunal de Contas da Uni‹o, ao qual 
compete: 
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da 
Repœblica, mediante parecer prŽvio que dever‡ ser elaborado em 
sessenta dias a contar de seu recebimento; 
J‡ as contas de gest‹o tm car‡ter tŽcnico e s‹o de responsabilidade dos 
administradores pœblicos. S‹o julgadas pelos Tribunais de Contas. ƒ o que 
se extrai do art. 71, II, CF/88: 
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser‡ 
exercido com o aux’lio do Tribunal de Contas da Uni‹o, ao qual 
compete: 
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(...) 
II - julgar as contas dos administradores e demais respons‡veis por 
dinheiros, bens e valores pœblicos da administra‹o direta e indireta, 
inclu’das as funda›es e sociedades institu’das e mantidas pelo Poder 
Pœblico federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, 
extravio ou outra irregularidade de que resulte preju’zo ao er‡rio 
pœblico; 
Nos Munic’pios, h‡ uma particularidade. O Prefeito, ao contr‡rio do 
Presidente da Repœblica e dos Governadores, Ž ordenador de despesas e, 
portanto, Ž respons‡vel pelas contas de governo e pelas contas de 
gest‹o. Assim, havia controvŽrsias quanto ˆ competncia para o 
julgamento das contas de governo e contas de gest‹o em n’vel municipal. 
No RE n¼ 846.826, o STF pacificou o entendimento de que tanto as contas 
de governo quanto as contas de gest‹o do Prefeito ser‹o julgadas 
politicamente pela C‰mara Municipal. Os Tribunais de Contas elaboram um 
parecer prŽvio, mas que tem car‡ter meramente opinativo. 
H‡ que se destacar, porŽm, que o parecer dos Tribunais de Contas sobre as 
contas do Prefeito somente deixar‡ de prevalecer pelo voto de 2/3 dos 
membros da C‰mara Municipal. Em outras palavras, supondo que o 
Tribunal de Contas tenha recomendado a rejei‹o das contas do Prefeito, o 
qu—rum exigido para que esse parecer seja afastado ser‡ de 2/3 dos 
membros da C‰mara Municipal. Temos, ent‹o, um qu—rum qualificado para 
que o parecer do Tribunal de Contas n‹o prevalea. 
 
A LC n¼ 64/90 prev que ficar‹o ineleg’veis os 
gestores pœblicos que tenham suas contas rejeitadas 
por decis‹o irrecorr’vel de —rg‹o competente. 
Suponha, ent‹o, que o Tribunal de Contas tenha 
rejeitado as contas do Prefeito. A C‰mara Municipal fica 
inerte e n‹o julga as contas. O que acontecer‡? Ser‡ 
isso suficiente para que o Prefeito fique ineleg’vel? 
N‹o se admite o Òjulgamento fictoÓ das contas do 
Prefeito. Isso quer dizer que a rejei‹o pelo Tribunal de 
Contas n‹o Ž suficiente para tornar o Prefeito ineleg’vel. 
ƒ preciso que a C‰mara Municipal decida nesse sentido, 
n‹o sendo poss’velobrig‡-la a julgar em tempo 
razo‡vel as contas do Prefeito. 
 
 
(PGM - Fortaleza Ð 2017) Os munic’pios n‹o gozam de 
autonomia para criar novos tribunais, conselhos ou —rg‹os 
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de contas municipais. 
Coment‡rios: 
A Carta Magna veda que os munic’pios criem novos 
tribunais, conselhos ou —rg‹os de contas municipais (art. 31, 
¤ 4o, CF). Os Estados, entretanto, podem criar um —rg‹o de 
controle externo denominado Conselho ou Tribunal de 
Contas dos Munic’pios para auxiliarem as C‰maras de 
Vereadores no controle externo. Quest‹o correta. 
(TCE-PE Ð 2017) Os tribunais de contas n‹o exercem 
fiscaliza‹o quanto ˆ legalidade e ˆ legitimidade dos atos 
administrativos praticados pelo Poder Judici‡rio, que tem 
autonomia administrativa e financeira. 
Coment‡rios: 
Os Tribunais de Contas exercem, sim, a fiscaliza‹o dos atos 
administrativos praticados pelo Poder Judici‡rio. Enquanto o 
CNJ realiza o controle interno do Poder Judici‡rio, os 
Tribunais de Contas exercem o controle externo. Quest‹o 
errada. 
(TCE-PE Ð 2017) Decis‹o de tribunal de contas estadual de 
impor multa a respons‡vel por irregularidades no uso de 
bens pœblicos possui efic‡cia de t’tulo executivo e pode ser 
executada por iniciativa do pr—prio tribunal de contas do 
estado ou do MinistŽrio Pœblico local. 
Coment‡rios: 
As decis›es dos Tribunais de Contas de que resulte a 
aplica‹o de multa tm efic‡cia de t’tulo executivo 
extrajudicial. A execu‹o Ž feita pela Advocacia Pœblica (e 
n‹o pelo pr—prio Tribunal de Contas ou MinistŽrio Pœblico). 
Quest‹o errada. 
(Procurador de Curitiba Ð 2015) O controle externo, a 
cargo do Congresso Nacional, ser‡ exercido com o aux’lio do 
Tribunal de Contas da Uni‹o, ao qual compete julgar as 
contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repœblica, 
no prazo de sessenta dias a contar de seu recebimento. 
Coment‡rios: 
ƒ o Congresso Nacional que julga as contas do Presidente 
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da Repœblica. O TCU apenas aprecia as contas do Presidente. 
Quest‹o errada. 
(TJDFT Ð 2015) O TCU e, pelo princ’pio da simetria, os 
tribunais de contas estaduais, tm legitimidade para 
requisitar, diretamente, informa›es que importem a quebra 
de sigilo banc‡rio. 
Coment‡rios: 
Os Tribunais de Contas n‹o podem requisitar informa›es 
que importem a quebra de sigilo banc‡rio. Quest‹o errada. 
(MPT Ð 2015) Dentre os requisitos previstos na 
Constitui‹o da Repœblica para o cargo de Ministro do 
Tribunal de Contas da Uni‹o est‹o os referentes a not—rios 
conhecimentos jur’dicos, cont‡beis, econ™micos e de 
administra‹o pœblica, devendo ter mais de cinco anos de 
exerc’cio de fun‹o ou de efetiva atividade profissional. 
Coment‡rios: 
ƒ requisito constitucional para o cargo de Ministro do TCU 
mais de 10 anos de exerc’cio de fun‹o ou de efetiva 
atividade profissional que exija not—rios conhecimentos 
jur’dicos, cont‡beis, econ™micos e financeiros ou de 
administra‹o pœblica. Quest‹o errada. 
(MPT Ð 2015) O Tribunal de Contas da Uni‹o n‹o tem 
competncia para fiscalizar as contas nacionais de empresas 
supranacionais. 
Coment‡rios: 
ƒ competncia do TCU fiscalizar as contas nacionais das 
empresas supranacionais de cujo capital social a Uni‹o 
participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado 
constitutivo (art. 71, V). Quest‹o errada. 
(MPCM Ð 2015) Nos processos perante o Tribunal de 
Contas da Uni‹o asseguram-se o contradit—rio e a ampla 
defesa quando da decis‹o puder resultar anula‹o ou 
revoga‹o de ato administrativo que beneficie o interessado, 
excetuada a aprecia‹o da legalidade do ato de concess‹o 
inicial de aposentadoria, reforma e pens‹o. 
Coment‡rios: 
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ƒ exatamente o que prev a Sœmula Vinculante n¼ 03. 
Quest‹o correta. 
(SAPeJUS-GO Ð 2015) Cabe ao Tribunal de Contas da 
Uni‹o julgar as contas do presidente da Repœblica, podendo 
o Congresso Nacional suspender a decis‹o, caso discorde 
dela. 
Coment‡rios: 
ƒ o Congresso Nacional que julga as contas do Presidente da 
Repœblica. Quest‹o errada. 
(TCE-MG Ð 2015) Considere que a constitui‹o de um 
determinado Estado da Federa‹o prev, alŽm do Tribunal 
de Contas do Estado, a existncia de um Conselho Estadual 
de Contas dos Munic’pios, encarregado de auxiliar as 
C‰maras Municipais no exerc’cio de seu poder de controle 
externo. Na hip—tese, Ž correto afirmar que a referida norma 
constitucional Ž inconstitucional, porque fere a regra da 
Constitui‹o da Repœblica que pro’be a cria‹o de tribunais, 
conselhos ou —rg‹os de contas municipais. 
Coment‡rios: 
N‹o h‡ qualquer inconstitucionalidade na cria‹o de um 
—rg‹o estadual com a tarefa de auxiliar as C‰maras 
Municipais no exerc’cio do controle externo. O que a CF/88 
veda Ž a cria‹o de —rg‹os municipais com essa tarefa. 
Quest‹o errada. 
(TCM-SP Ð 2015) Na medida em que o Tribunal de Contas 
est‡ inserido na estrutura do Poder Legislativo, suas 
decis›es condenat—rias est‹o suscet’veis ˆ revis‹o dessa 
estrutura de poder nas hip—teses previstas em lei. 
Coment‡rios: 
A atua‹o dos Tribunais de Contas n‹o Ž subordinada ao 
Poder Legislativo. Suas decis›es n‹o est‹o, portanto, 
sujeitas ˆ revis‹o pelo Poder Legislativo. Quest‹o errada. 
 
Quest›es Comentadas 
1. Fiscaliza‹o Cont‡bil, Orament‡ria, Patrimonial e Operacional 
1. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) O Tribunal de Contas do 
Estado do Rio de Janeiro pretende ter acesso a opera›es financeiras 
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realizadas por entidade da administra‹o indireta do Estado com 
personalidade jur’dica de direito privado, com vistas a analisar a 
regularidade de contrato envolvendo o emprego de recursos de origem 
pœblica. 
De acordo com a jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal, no caso 
concreto: 
a) aplica-se a reserva de jurisdi‹o, e Ž imprescind’vel a quebra de sigilo 
banc‡rio, mediante a provoca‹o do Poder Judici‡rio, que aferir‡ se est‹o 
presentes os pressupostos cautelares formais e materiais necess‡rios ao 
deferimento da medida; 
b) aplica-se a reserva de jurisdi‹o, e Ž imprescind’vel a quebra de sigilo 
banc‡rio, mediante a provoca‹o do Poder Judici‡rio, que aferir‡ t‹o somente 
se est‹o presentes os pressupostos formais necess‡rios ao deferimento da 
cautelar; 
c) aplica-se a reserva de jurisdi‹o, n‹o se aplicando a inoponibilidade de sigilo 
banc‡rio e empresarial ao TCE ainda que se esteja diante de opera›es 
fundadas em recursos de origem pœblica, pois a entidade n‹o possui 
personalidade jur’dica de direito pœblico; 
d) n‹o se aplica a reserva de jurisdi‹o, e o TCE deve ter livre acesso ˆs 
opera›es financeiras realizadas pela entidade que n‹o est‡ submetida ao seu 
controle financeiro,diante do princ’pio da publicidade dos contratos 
administrativos; 
e) n‹o se aplica a reserva de jurisdi‹o, e o TCE deve ter livre acesso ˆs 
opera›es financeiras realizadas pela entidade submetida ao seu controle 
financeiro, mormente porquanto operacionalizadas mediante o emprego de 
recursos de origem pœblica. 
Coment‡rios: 
Segundo o STF, os Tribunais de Contas tm competncia para requisitar 
informa›es relativas a opera›es de crŽdito origin‡rias de recursos pœblicos 
(MS 33.340/DF). N‹o se trata, tecnicamente, de quebra de sigilo banc‡rio. 
Entende o STF que as opera›es financeiras que envolvam recursos pœblicos 
n‹o est‹o abrangidas pelo sigilo banc‡rio. 
O gabarito Ž a letra E. 
2. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) O Tribunal de Contas da 
Uni‹o Ž o —rg‹o integrante do Congresso Nacional que tem a fun‹o 
constitucional de auxili‡-lo no controle financeiro externo da 
Administra‹o Pœblica. 
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De acordo com a Constitui‹o Federal de 1988, compete ˆ mencionada 
Corte de Contas: 
a) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admiss‹o de 
pessoal, a qualquer t’tulo, na administra‹o direta e indireta, incluindo as 
nomea›es para cargo de provimento em comiss‹o; 
b) sustar, se n‹o atendido, a execu‹o do ato impugnado, comunicando a 
decis‹o ˆ C‰mara dos Deputados e ao Senado Federal; 
c) julgar as contas dos administradores e demais respons‡veis por dinheiros, 
bens e valores pœblicos da Administra‹o Pœblica, exceto entidades da 
administra‹o indireta; 
d) apreciar as contas prestadas semestralmente pelo Presidente da Repœblica, 
mediante parecer prŽvio que dever‡ ser elaborado em trinta dias a contar de 
seu recebimento; 
e) aplicar aos respons‡veis, em caso de ilegalidade de despesa ou 
irregularidade de contas, san›es como multa proporcional ao dano causado 
ao er‡rio, por meio de decis‹o com efic‡cia de t’tulo executivo judicial. 
Coment‡rios: 
Letra A: errada. O TCU tem competncia para apreciar, para fins de registro, a 
legalidade dos atos de admiss‹o de pessoal, a qualquer t’tulo, na 
administra‹o direta e indireta, excetuadas as nomea›es para cargos em 
comiss‹o (art. 71, III, CF/88). 
Letra B: correta. O TCU tem competncia para sustar, se n‹o atendido, a 
execu‹o do ato impugnado, comunicando a decis‹o ˆ C‰mara dos 
Deputados e ao Senado Federal (art. 71, X, CF/88). 
Letra C: errada. O TCU tem competncia para julgar as contas dos 
administradores e demais respons‡veis por dinheiros, bens e valores 
pœblicos da administra‹o direta e indireta, inclu’das as funda›es e 
sociedades institu’das e mantidas pelo Poder Pœblico federal, e as contas 
daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que 
resulte preju’zo ao er‡rio pœblico (art. 71, II, CF/88). 
Letra D: errada. O TCU aprecia as contas prestadas anualmente pelo 
Presidente da Repœblica, mediante parecer prŽvio elaborado em 60 dias a 
contar do seu recebimento. 
Letra E: errada. De fato, o TCU tem competncia para aplicar san›es aos 
respons‡veis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas. 
As decis›es do TCU de que resultem imputa‹o de dŽbito ou multa ter‹o 
efic‡cia de t’tulo executivo extrajudicial. 
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O gabarito Ž a letra B. 
3. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Jo‹o, servidor pœblico, 
pretende que o —rg‹o estadual de sua lota‹o funcional, ao conceder-
lhe a aposentadoria porque atendidos todos os requisitos pertinentes, 
fixe, em car‡ter definitivo, o valor dos respectivos proventos. 
Tal pretens‹o Ž: 
a) conforme ˆ Constitui‹o, porque se o ato concessivo da aposentadoria 
atesta o atendimento a todos os requisitos, o valor dos respectivos proventos 
com eles se harmonizam e Ž definitivo em homenagem ao princ’pio da 
segurana jur’dica; 
b) conforme ˆ Constitui‹o, porque cabe ao —rg‹o de lota‹o do servidor 
verificar o atendimento aos requisitos da aposentadoria e fixar os respectivos 
proventos em conson‰ncia com a legisla‹o, acarretando a presena de ato 
administrativo simples; 
c) inconstitucional, porque o ato concessivo de aposentadoria Ž complexo e 
exige que o Tribunal de Contas o registre, inclusive quanto ao valor dos 
respectivos proventos, devendo determinar-lhe a corre‹o, se ilegal; 
d) inconstitucional, porque a competncia do —rg‹o de lota‹o do servidor se 
esgota na verifica‹o dos requisitos que autorizam a aposentadoria, cabendo a 
fixa‹o do valor dos respectivos proventos ao —rg‹o de controle externo; 
e) inconstitucional, porque o pr—prio servidor pode insurgir-se contra o valor 
dos proventos, fixado no ato concessivo da aposentadoria, e postular a sua 
retifica‹o mediante recurso hier‡rquico, ou a pr—pria administra‹o corrigi-lo 
no exerc’cio da autotutela. 
Coment‡rios: 
Segundo o STF, o ato de concess‹o de aposentadoria Ž um ato complexo, 
que somente se aperfeioa com a manifesta‹o do TCU, nos termos do art. 71, 
III, CF/88: 
Art. 71 (...) 
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admiss‹o 
de pessoal, a qualquer t’tulo, na administra‹o direta e indireta, inclu’das 
as funda›es institu’das e mantidas pelo Poder Pœblico, excetuadas as 
nomea›es para cargo de provimento em comiss‹o, bem como a das 
concess›es de aposentadorias, reformas e pens›es, ressalvadas as 
melhorias posteriores que n‹o alterem o fundamento legal do ato 
concess—rio; 
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Dessa forma, a concess‹o de aposentadoria, em car‡ter definitivo, n‹o Ž feita 
pelo —rg‹o da lota‹o do servidor pœblico, uma vez que precisar‡ ser 
registrado pelo Tribunal de Contas. 
O gabarito Ž a letra C. 
4. (FGV / Procurador de Paul’nia Ð 2016) O Prefeito Municipal X foi 
informado, por sua Procuradoria, que o Tribunal de Contas estava 
adotando o entendimento de que os limites de sua competncia 
fiscalizat—ria, na aprecia‹o das contas do Chefe do Poder Executivo, 
apresentaria varia›es conforme estivesse perante contas de governo 
ou contas de gest‹o. Por n‹o compreender bem essa distin‹o, o 
Prefeito solicitou que sua Procuradoria esclarecesse no que 
consistiriam essas categorias. 
Com os olhos voltados ˆ sistem‡tica constitucional, assinale a 
afirmativa correta. 
a) As contas de governo do Prefeito Municipal s‹o sempre julgadas pelo Poder 
Legislativo. 
b) A distin‹o entre contas de governo e contas de gest‹o n‹o Ž aplic‡vel ao 
Prefeito Municipal. 
c) As contas de governo s‹o apresentadas por todos os agentes que 
administrem receitas pœblicas. 
d) As contas de gest‹o dizem respeito ˆs decis›es pol’ticas fundamentais no 
‰mbito da respectiva estrutura de governo. 
e) Tanto as contas de governo como as contas de gest‹o s‹o sempre julgadas 
pelo Tribunal de Contas. 
Coment‡rios: 
H‡ que se ressaltar a distin‹o entre contas de governo e contas de 
gest‹o. 
As contas de governo tm car‡ter pol’tico e s‹o de responsabilidade do 
Chefe do Poder Executivo. S‹o julgadas pelo Poder Legislativo, cabendo aos 
Tribunais de Contast‹o somente apreci‡-las. ƒ o que se extrai do art. 71, I, 
CF/88: 
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser‡ 
exercido com o aux’lio do Tribunal de Contas da Uni‹o, ao qual 
compete: 
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I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da 
Repœblica, mediante parecer prŽvio que dever‡ ser elaborado em 
sessenta dias a contar de seu recebimento; 
As contas de gest‹o tm car‡ter tŽcnico e s‹o de responsabilidade dos 
administradores pœblicos. S‹o julgadas pelos Tribunais de Contas. ƒ o que 
se extrai do art. 71, II, CF/88: 
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser‡ 
exercido com o aux’lio do Tribunal de Contas da Uni‹o, ao qual 
compete: 
(...) 
II - julgar as contas dos administradores e demais respons‡veis por 
dinheiros, bens e valores pœblicos da administra‹o direta e indireta, 
inclu’das as funda›es e sociedades institu’das e mantidas pelo Poder 
Pœblico federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, 
extravio ou outra irregularidade de que resulte preju’zo ao er‡rio 
pœblico; 
Nos Munic’pios, h‡ uma particularidade. O Prefeito, ao contr‡rio do 
Presidente da Repœblica e dos Governadores, Ž ordenador de despesas e, 
portanto, Ž respons‡vel pelas contas de governo e pelas contas de gest‹o. 
Em raz‹o dessa particularidade, havia controvŽrsia quanto ˆ competncia 
para o julgamento das contas de governo e contas de gest‹o em ‰mbito 
municipal. Em 2016, no RE 846.826, o STF pacificou o entendimento de que 
tanto as contas de governo quanto as contas de gest‹o do Prefeito 
ser‹o julgadas politicamente pela C‰mara Municipal. 
O gabarito Ž a letra A. 
5. (FGV / ISS Cuiab‡ Ð 2016) A respeito do controle financeiro e 
orament‡rio da Administra‹o Pœblica Municipal, exercido pelo 
Tribunal de Contas Estadual, assinale a afirmativa incorreta. 
a) ƒ poss’vel ao Tribunal de Contas Estadual proceder a tomada de contas 
especial de empresa pœblica municipal prestadora de servio pœblico. 
b) O Tribunal de Contas Estadual tem competncia para aplicar multa, caso 
verifique irregularidade nas contas municipais, multa esta que ter‡ efic‡cia de 
t’tulo executivo. 
c) Compete ao Tribunal de Contas Estadual a aprecia‹o, para fins de registro, 
a legalidade dos atos de admiss‹o de pessoal da administra‹o indireta do 
munic’pio. 
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d) A fiscaliza‹o financeira e orament‡ria dos Munic’pios ser‡ exercida pelo 
Tribunal de Contas Estadual, que julga anualmente as contas do prefeito. 
e) O Tribunal de Contas Estadual emite parecer prŽvio sobre as contas do 
prefeito, o qual pode n‹o prevalecer por decis‹o de dois teros dos membros 
da C‰mara Municipal no julgamento das contas. 
Coment‡rios: 
Letra A: correta. O TCE tem competncia, sim, para proceder ˆ tomada de 
contas especial de empresa pœblica municipal prestadora de servio pœblico. 
Segundo o STF, as empresas pœblicas e as sociedades de economia mista 
est‹o sujeitas ˆ fiscaliza‹o pelos Tribunais de Contas. 
Letra B: correta. Por simetria com o art. 71, VIII, CF/88, o Tribunal de 
Contas Estadual tem competncia para aplicar multa em caso de 
irregularidade nas contas municipais. As decis›es de Tribunal de Contas que 
resultem imputa‹o de dŽbito ou multa tm efic‡cia de t’tulo executivo. 
Letra C: correta. Por simetria com o art. 71, III, CF/88, o Tribunal de 
Contas Estadual tem competncia para apreciar, para fins de registro, a 
legalidade dos atos de admiss‹o de pessoal, a qualquer t’tulo, na 
administra‹o indireta do munic’pio. 
Letra D: errada. As contas do Prefeito s‹o julgadas pela C‰mara 
Municipal (e n‹o pelo Tribunal de Contas Estadual!). O TCE tem 
competncia para apreciar as contas do Prefeito, mediante parecer prŽvio. 
Letra E: correta. O TCE emite parecer prŽvio sobre as contas do Prefeito. 
Esse parecer do TCE pode ser rejeitado por decis‹o de 2/3 (dois 
teros) dos membros da C‰mara Municipal. 
O gabarito Ž a letra D. 
6. (FGV / CODEBA Ð 2016) O Tribunal de Contas, a exemplo de 
toda e qualquer estrutura org‰nica de natureza estatal, deve 
observar os direitos fundamentais de todos aqueles que sejam 
alcanados por sua atua‹o funcional. Considerando a sistem‡tica 
estabelecida pela Constitui‹o da Repœblica Federativa do Brasil e a 
interpreta‹o que lhe vem sendo dispensada pelo Supremo Tribunal 
Federal, assinale a afirmativa correta. 
a) As decis›es do Tribunal de Contas, por fora do princ’pio do duplo grau 
de jurisdi‹o, est‹o sujeitas ˆ revis‹o do Poder Legislativo. 
b) Na aprecia‹o da legalidade do ato de concess‹o inicial de pens‹o, antes 
de decorridos cinco anos, Ž dispens‡vel a observ‰ncia do contradit—rio. 
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c) O Tribunal de Contas somente pode apreciar as contas de agentes 
pœblicos, n‹o a conduta de particulares que n‹o pratiquem atos de 
autoridade. 
d) O Tribunal de Contas, por fora do princ’pio da segurana jur’dica, n‹o 
disp›e de poder cautelar, somente ao alcance dos —rg‹os jurisdicionais. 
e) Toda e qualquer decis‹o que anule ou altere benef’cio pressup›e a prŽvia 
observ‰ncia do contradit—rio e da ampla defesa no processo administrativo. 
Coment‡rios: 
Letra A: errada. As decis›es dos Tribunais de Contas est‹o sujeitas ao 
exame pelo Poder Judici‡rio. O Poder Legislativo, entretanto, n‹o poder‡ 
revisar as decis›es dos Tribunais de Contas. 
Letra B: correta. A Sœmula Vinculante n¼ 03 estabelece o seguinte: 
SV n¼ 03: ÒNos processos perante o Tribunal de Contas da Uni‹o 
asseguram-se o contradit—rio e a ampla defesa quando da decis‹o puder 
resultar anula‹o ou revoga‹o de ato administrativo que beneficie o 
interessado, excetuada a aprecia‹o da legalidade do ato de concess‹o 
inicial de aposentadoria, reforma e pens‹oÓ. 
Desse modo, n‹o precisam ser observados o contradit—rio e a ampla 
defesa na aprecia‹o da legalidade do ato de concess‹o inicial de 
aposentadoria, reforma e pens‹o. Segundo o STF, decorridos 5 anos sem 
aprecia‹o conclusiva do TCU, o interessado passaria a ter direito l’quido e 
certo a exercitar as garantias da ampla defesa e contradit—rio. 
Letra C: errada. Os Tribunais de Contas tambŽm podem apreciar a conduta 
de particulares que pratiquem atos de autoridade 
Letra D: errada. Os Tribunais de Contas tambŽm podem adotar medidas 
cautelares. Esse n‹o Ž um poder exclusivo dos —rg‹os jurisdicionais. 
Letra E: errada. Com base na Sœmula Vinculante n¼ 03, Ž poss’vel concluir 
que nem todas as decis›es que anulem ou alterem benef’cios 
pressup›em prŽvia observ‰ncia da ampla defesa e contradit—rio. Isso 
porque essas garantias s‹o dispensadas na aprecia‹o da legalidade do 
ato de concess‹o inicial de aposentadoria, reforma e pens‹o. 
O gabarito Ž a letra B. 
7. (FGV / ISS Niter—i Ð 2015) O Prefeito do Munic’pio WX teve uma 
gest‹o muito conturbada, com diversas not’cias de desvio de recursos 
pœblicos. Ao apreciar suas contas anuais de governo, o Tribunal de 
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Contas competente concluiu pela necessidade de serem rejeitadas. 
Esse pronunciamento, ˆ luz da sistem‡tica constitucional: 
a) deve ser considerado definitivo, acarretando, por si s—, a rejei‹o das 
contas. 
b) deve ser acolhido, pela C‰mara Municipal, para que se torne efetivo e 
produza os seus efeitos legais. 
c) somente pode ser rejeitado pela C‰mara Municipal, pela unanimidade dos 
seus membros. 
d) pode ser rejeitado pela maioria dos membros da C‰mara Municipal. 
e) deve ser rejeitado, por decis‹o de dois teros dos membros da C‰mara 
Municipal, para que deixe de prevalecer. 
Coment‡rios: 
O parecer do Tribunal de Contas sobre as contas do Prefeito goza de presun‹o 
da validade. A regra Ž a prevalncia do parecer, que s— poder‡ ser derrubado 
por decis‹o de 2/3 dos membros da C‰mara Municipal. O gabarito Ž a letra E. 
8. (FGV/ Prefeitura de Niter—i Ð 2015) Em tema de controle da 
atividade administrativa, Ž correto afirmar que o Poder Legislativo 
municipal: 
a) n‹o est‡ sujeito a controle externo pelos outros poderes, em raz‹o do 
princ’pio da separa‹o dos poderes; 
b) exerce o controle externo dos Poderes Executivo e Judici‡rio municipais, 
com o aux’lio de equipe tŽcnica; 
c) exerce o controle externo do Poder Executivo municipal, com o aux’lio do 
Tribunal de Contas; 
d) est‡ sujeito a controle externo pelo Poder Judici‡rio municipal, que o faz 
pelos Ju’zos da comarca; 
e) est‡ sujeito a controle externo pelo Poder Executivo municipal, que o faz 
com aux’lio do Tribunal de Contas. 
Coment‡rios: 
Letra A: errada. O Poder Legislativo municipal est‡ sujeito ao controle externo 
pelo Tribunal de Contas. 
Letra B: errada. N‹o existe Poder Judici‡rio municipal. 
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Letra C: correta. O controle externo da Administra‹o Pœblica municipal 
compete ao Poder Legislativo, com o aux’lio do Tribunal de Contas. 
Letra D: errada. N‹o existe Poder Judici‡rio municipal. 
Letra E: errada. O Poder Executivo n‹o Ž respons‡vel pelo controle externo da 
Administra‹o Pœblica. 
O gabarito Ž a letra C. 
9. (FGV / TCM-SP Ð 2015) Segundo a Constitui‹o da Repœblica, o 
controle externo de cada munic’pio Ž exercido pelo Poder Legislativo 
municipal com aux’lio do —rg‹o municipal de contas, onde houver, ou 
de —rg‹o estadual de contas. 
Considerando esse modelo de controle externo, caso um munic’pio que 
ainda n‹o possua, mas pretenda instituir, um —rg‹o de contas 
municipal: 
a) poder‡ criar um tribunal de contas do munic’pio se previamente autorizado 
por lei municipal, desde que previsto na lei org‰nica do ente federado; 
b) poder‡ criar um tribunal de contas do munic’pio se previamente autorizado 
por lei estadual aprovada pela assembleia legislativa do estado e ratificada por 
lei municipal; 
c) poder‡ criar um tribunal de contas do munic’pio se previamente autorizado 
por lei federal aprovada pelo Congresso Nacional e ratificada por lei municipal; 
d) de acordo com o arcabouo constitucional vigente, n‹o poder‡ criar um 
—rg‹o municipal de contas, pois essa possibilidade Ž vedada pela Constitui‹o 
da Repœblica; 
e) poder‡ criar um conselho municipal de contas, œnica forma admitida pela 
Constitui‹o da Repœblica para novos —rg‹os municipais de contas, se 
previamente autorizado por lei municipal e previsto na lei org‰nica do ente 
federado. 
Coment‡rios: 
Essa Ž uma quest‹o muito interessante! Para resolv-la, voc precisava saber 
o que prev o art. 31, ¤ 4¼, CF/88, segundo o qual Ҏ vedada a cria‹o de 
Tribunais, Conselhos ou —rg‹os de Contas MunicipaisÓ. 
Com base nesse dispositivo, Ž poss’vel afirmar que, ap—s a Constitui‹o 
Federal de 1988, n‹o podem ser criados Tribunais de Contas Municipais. 
Observe que, no Brasil, existem dois Tribunais de Contas de natureza 
municipal (o TCM-SP e o TCM-RJ). No entanto, o TCM-SP e o TCM-RJ apenas 
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existem enquanto —rg‹os municipais porque eles foram criados antes da 
CF/88. 
Destaca-se a posi‹o do STF de que poder‡ ser institu’do no Munic’pio um 
Tribunal de Contas que, embora atue em um Munic’pio espec’fico, ser‡ um 
—rg‹o estadual. Esse —rg‹o ser‡ denominado Conselho ou Tribunal de 
Contas dos Munic’pios (ADI 687, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 
10.02.2006). 
Vamos ˆs alternativas! 
Letras A, B e C: erradas. N‹o poder‡ ser criado um Tribunal de Contas no 
Munic’pio, ainda que haja previs‹o na Lei Org‰nica, lei estadual ou em lei 
federal. Caso isso ocorresse, haveria viola‹o direta ao art. 31, ¤ 4¼, CF/88. 
Letra E: errada. A CF/88 n‹o admite a cria‹o de um Tribunal de Contas do 
Munic’pio. A Carta Magna autoriza apenas a cria‹o de —rg‹o estadual, 
denominado Conselho ou Tribunal de Contas dos Munic’pios. 
O gabarito Ž a letra D. A CF/88 n‹o autoriza a cria‹o de —rg‹o municipal de 
contas. 
10. (FGV / TCM-SP Ð 2015) A respeito da atua‹o dos Tribunais de 
Contas na fiscaliza‹o cont‡bil, financeira e orament‡ria, considere V 
para a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s). 
( ) A fiscaliza‹o das empresas pœblicas e das sociedades de economia mista 
est‡ limitada aos bens ou valores pœblicos por elas administrados. 
( ) O Tribunal de Contas possui competncia para julgar as contas de gest‹o 
do Chefe do Poder Executivo de qualquer ente federativo. 
( ) Na medida em que o Tribunal de Contas est‡ inserido na estrutura do Poder 
Legislativo, suas decis›es condenat—rias est‹o suscet’veis ˆ revis‹o dessa 
estrutura de poder nas hip—teses previstas em lei. 
A sequncia correta Ž: 
a) V Ð F Ð F; 
b) F Ð V Ð V; 
c) F Ð F Ð F; 
d) V Ð V Ð V; 
e) V Ð F Ð V. 
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Coment‡rios: 
A primeira assertiva est‡ errada. As empresas pœblicas e as sociedades de 
economia mista est‹o sujeitas ˆ fiscaliza‹o do TCU, inclusive aquelas que 
exploram atividade econ™mica. A fiscaliza‹o do TCU n‹o se limita aos bens ou 
valores pœblicos, mas todos os bens administrados pelas empresas pœblicas ou 
sociedades de economia mista. 
A segunda assertiva est‡ errada. Os Tribunais de Contas n‹o julgam as contas 
do Chefe do Poder Executivo. Eles apenas apreciam as contas do Chefe do 
Poder Executivo, mediante parecer prŽvio. O julgamento dessas contas cabe 
ao Poder Legislativo. 
A terceira assertiva est‡ errada. O Tribunal de Contas n‹o integra a estrutura 
do Poder Legislativo. Trata-se de —rg‹os aut™nomos. Suas decis›es n‹o 
est‹o suscet’veis ˆ revis‹o pelo Poder Legislativo. 
O gabarito Ž a letra C. 
11. (FGV / TCE-RJ Ð 2015) O Chefe do Poder Executivo de 
determinado munic’pio nordestino formulou consulta ˆ sua assessoria 
jur’dica solicitando que fosse esclarecido para qual —rg‹o deveriam ser 
encaminhadas as contas a respeito da aplica‹o dos recursos 
repassados pela Uni‹o, em raz‹o da participa‹o do munic’pio no 
resultado da explora‹o de g‡s natural realizadaem seu territ—rio. De 
acordo com a sistem‡tica constitucional, Ž correto afirmar que as 
contas devem ser analisadas: 
a) pelo Tribunal de Contas do respectivo munic’pio, pois a receita auferida se 
incorporou ao patrim™nio municipal; 
b) exclusivamente pela C‰mara Municipal, —rg‹o competente para emitir 
parecer e julgar as contas de governo apresentadas pelo Chefe do Poder 
Executivo do munic’pio; 
c) pelo Tribunal de Contas da Uni‹o, pois os recursos minerais, inclusive os do 
subsolo, s‹o de propriedade da Uni‹o; 
d) exclusivamente pelo Congresso Nacional, —rg‹o competente para apreciar a 
correta aplica‹o de bens e receitas da Uni‹o; 
e) pelo Tribunal de Contas do Estado, pois pertencem a cada ente federativo 
as receitas recebidas a t’tulo de participa‹o, sendo t‹o somente repassadas 
pela Uni‹o. 
Coment‡rios: 
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Para resolver essa quest‹o, voc deveria saber que os royalties s‹o 
considerados Òreceita pr—priaÓ dos Estados, Distrito Federal e Munic’pios, em 
raz‹o do art. 20, ¤ 1¼, CF/88. Por isso, n‹o Ž da competncia do TCU fiscalizar 
os recursos repassados aos Munic’pios na forma de royalties. A competncia Ž 
dos Tribunais de Contas Estaduais. 
Foi exatamente esse o posicionamento do STF no MS 24.312. Segundo a 
Corte, cabe ao TCU apenas a fiscaliza‹o dos recursos repassados pela Uni‹o 
Òmediante convnio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congneres, a 
Estado, ao Distrito Federal ou a Munic’pio". 
O gabarito Ž a letra E. 
12. (FGV / TJ-PI Ð 2015) Ao receber as contas de governo de 
determinado Prefeito Municipal, o Tribunal de Contas competente 
detectou inœmeras irregularidades. Ë luz da sistem‡tica 
constitucional, o Tribunal de Contas deve: 
a) julgar as contas irregulares, aplicando ao Prefeito Municipal as san›es 
cab’veis; 
b) emitir parecer prŽvio, que pode ser acolhido ou rejeitado pela maioria 
simples da Assembleia Legislativa; 
c) emitir parecer prŽvio, que pode ser acolhido ou rejeitado pela maioria 
simples da C‰mara Municipal; 
d) emitir parecer prŽvio, ao qual ficar‡ vinculada a C‰mara Municipal, o que 
resultar‡ na rejei‹o das contas; 
e) emitir parecer prŽvio, que somente deixar‡ de prevalecer pelo voto de dois 
teros dos membros da C‰mara Municipal. 
Coment‡rios: 
O Tribunal de Contas Estadual (TCE) tem competncia para apreciar as 
contas do Prefeito. O julgamento das contas do Prefeito cabe ˆ C‰mara 
Municipal. 
O TCE aprecia as contas do Prefeito mediante parecer prŽvio, o qual 
somente poder‡ ser rejeitado pela C‰mara Municipal pelo voto de 2/3 
(dois teros) dos seus membros. 
O gabarito Ž a letra E. 
13. (FGV / DPE-RO Ð Analista Ð 2015) O Congresso Nacional e o 
Tribunal de Contas, no exerc’cio de suas competncias constitucionais, 
devem adotar providncias para evitar que certos atos do Poder 
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Executivo possam redundar em despesas ˆ margem da juridicidade. A 
esse respeito, Ž correto afirmar que a susta‹o de contratos 
considerados ilegais pode ser realizada pelo: 
a) Tribunal de Contas, t‹o logo tenha conhecimento de sua existncia; 
b) Congresso Nacional, caso a ilegalidade detectada pelo Tribunal de Contas 
n‹o seja sanada, pelo —rg‹o ou entidade, no prazo estabelecido; 
c) Tribunal de Contas, caso a ilegalidade detectada n‹o seja sanada, pelo 
—rg‹o ou entidade, ap—s o prazo de 5 (cinco) dias; 
d) Congresso Nacional, mas somente quando julgar as contas anualmente 
prestadas pelo Chefe do Poder Executivo, ap—s parecer prŽvio do Tribunal de 
Contas; 
e) Tribunal de Contas, mas somente quando apreciar as contas de governo 
anualmente apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo. 
Coment‡rios: 
A susta‹o de contratos administrativos compete ao Congresso Nacional, nos 
termos do art. 71, ¤ 1¼, CF/88. A resposta Ž a letra B. 
14. (FGV/ C‰mara Municipal de Caruaru Ð 2015) De acordo com a 
sistem‡tica constitucional afeta ˆ fiscaliza‹o cont‡bil orament‡ria e 
financeira do Munic’pio, Ž correto afirmar que o controle externo 
a) Ž exercido pelos Tribunais de Contas Municipais, isso nos Munic’pios que, 
ap—s a promulga‹o da Constitui‹o de 1988, tenham decidido instituir essas 
estruturas org‰nicas. 
b) denota a possibilidade de serem anulados os atos ilegais e revistos aqueles 
que n‹o se mostrem convenientes e oportunos. 
c) Ž exercido pela C‰mara Municipal, que apreciar‡ o parecer prŽvio emitido 
pelo Tribunal de Contas sobre as contas anuais do Prefeito, somente podendo 
rejeit‡-lo pelo voto de dois teros dos seus membros. 
d) Ž exercido pela C‰mara Municipal, que apreciar‡ o parecer prŽvio emitido 
pelo Tribunal de Contas sobre as contas anuais do Prefeito, podendo acolh-lo 
ou rejeit‡-lo pela maioria dos seus membros. 
e) Ž exercido pelo Tribunal de Contas competente, que julgar‡ as contas 
anuais de governo do Prefeito Municipal, podendo acolh-las ou rejeit‡-las, 
bem como aplicar as san›es cab’veis. 
Coment‡rios: 
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Nos Munic’pios, o controle externo Ž realizado pela C‰mara Municipal. ƒ 
competncia da C‰mara Municipal julgar as contas do Prefeito, ap—s o parecer 
prŽvio emitido pelo Tribunal de Contas. Esse parecer prŽvio do Tribunal de 
Contas somente poder‡ ser rejeitado pelo voto de 2/3 dos membros da 
C‰mara Municipal. 
O gabarito Ž a letra C. 
15. (FGV / TJ-SC Ð 2015) Com os olhos voltados ˆ sistem‡tica 
constitucional brasileira a respeito da fiscaliza‹o cont‡bil, financeira 
e orament‡ria, Ž correto afirmar que o Tribunal de Contas deve: 
a) julgar as contas apresentadas por todos os agentes pœblicos; 
b) negar-se a registrar a aposentadoria, concedida pelo —rg‹o competente, que 
n‹o preencha os requisitos legais; 
c) eximir-se de fiscalizar as contas prestadas pelos entes da administra‹o 
pœblica indireta; 
d) eximir-se de fiscalizar as contas prestadas pela Mesa da Casa Legislativa, 
que ser‹o apreciadas pelo Poder Legislativo; 
e) ter suas decis›es referendadas pelo Poder Legislativo para que adquiram 
efic‡cia. 
Coment‡rios: 
Letra A: errada. O TCU apenas aprecia as contas do Presidente da Repœblica. 
Letra B: correta. ƒ competncia do TCU Òapreciar, para fins de registro, a 
legalidade dos atos de admiss‹o de pessoal, a qualquer t’tulo, na 
administra‹o direta e indireta, inclu’das as funda›es institu’das e mantidas 
pelo Poder Pœblico, excetuadas as nomea›es para cargo de provimento em 
comiss‹o, bem como a das concess›es de aposentadorias, reformas e 
pens›es, ressalvadas as melhorias posteriores que n‹o alterem o fundamento 
legal do ato concess—rioÓ. (art. 71, III, CF/88). Dessa forma, caso o TCU 
constate ilegalidades no ato de concess‹o de aposentadoria, dever‡ abster-se 
de registr‡-la. 
Letra C: errada. O TCU tem competncia para fiscalizar as contas prestadas 
pelos entes da administra‹o pœblica direta e indireta. 
Letra D: errada. O TCU tambŽm fiscaliza as contas prestadas pela Mesa das 
Casas Legislativas. 
Letra E: errada. O TCU Ž —rg‹o que atua com independncia. Suas decis›es 
n‹o est‹o

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