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Aula 07 Noções de Direito Constitucional p/ CGE-RO (Assistente de Controle Interno) Professores: Equipe Ricardo e Nádia, Nádia Carolina, Ricardo Vale 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale !ULA 07 PODER!LEGISLATIVO Sumário Poder Legislativo ............................................................................................................................. 2 1‑ Funções do Poder Legislativo: ............................................................................................... 2 A Fiscalização Contábil, Orçamentária, Patrimonial e Operacional ..................................... 3 1‑ Os controles interno e externo: ............................................................................................. 3 2‑ A Fiscalização Contábil, Orçamentária, Patrimonial e Operacional: ............................ 4 3‑ Os Tribunais de Contas: ......................................................................................................... 5 Questões Comentadas .................................................................................................................. 18 Lista de Questões ........................................................................................................................... 38 Gabarito ........................................................................................................................................... 49 Para tirar dvidas e ter acesso a dicas e contedos gratuitos, acesse nossas redes sociais: Facebook do Prof. Ricardo Vale: https://www.facebook.com/profricardovale Canal do YouTube do Ricardo Vale: https://www.youtube.com/channel/UC32LlMyS96biplI715yzS9Q 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale Poder Legislativo 1- Funes do Poder Legislativo: O poder poltico uno e indivisvel, tendo como titular o povo, que o exerce por meio de seus representantes ou, diretamente, nos termos da Constituio Federal. Consagra-se, assim, a soberania popular, que viga mestra do Estado democrtico de direito. Para alcanar os seus fins, o Estado deve organizar-se, o que feito levando- se em considerao o princpio da separao de poderes, ideia defendida, ao longo dos tempos, por pensadores do porte de Montesquieu e John Locke. Atualmente, por reconhecer-se que o poder poltico uno e indivisvel, tecnicamente mais adequado nos referirmos separao de funes estatais (e no separao de poderes). So 3 (trs) as funes estatais bsicas: i) funo executiva; ii) funo legislativa e; iii) funo judiciria. Cada uma dessas funes exercida com predominncia por um dos trs Poderes (Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judicirio). Na organizao dos Estados contemporneos, no se admite que tais funes sejam exercidas com exclusividade por algum Poder; por isso, o correto dizer que cada funo exercida com predominncia por algum dos trs Poderes. Dessa forma, na moderna concepo de diviso das funes estatais, cada um dos trs Poderes exerce funes tpicas e funes atpicas. O Poder Legislativo tem duas funes tpicas (aquelas que exerce com predominncia): a funo de legislar e a de fiscalizar. A funo de legislar consiste na tarefa de elaborar as leis, atos normativos que inovam o ordenamento jurdico. Por sua vez, a funo de fiscalizar se manifesta no controle externo dos atos dos demais Poderes estatais; com efeito, o Poder Legislativo realiza a fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial do Poder Executivo, bem como investiga fato determinado por meio das comisses parlamentares de inqurito (CPIs). Ressalte-se que, ao contrrio do que alguns podem pensar, as duas funes do Poder Legislativo (legislar e fiscalizar) possuem o mesmo grau de importncia, no existindo hierarquia entre elas. No que diz respeito s funes atpicas, o Poder Legislativo exerce a funo administrativa quando realiza concurso pblico para provimento de cargos ou, ainda, quando promove uma licitao para compra de material de consumo. Tambm exerce a funo de julgamento, que se materializa, por exemplo, quando o Senado Federal processa e julga o Presidente da Repblica nos crimes de responsabilidade. 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale Na aula de hoje, trataremos apenas da funo fiscalizatria do Poder Legislativo, tema cobrado expressamente no edital da CEMIG. A Fiscalizao Contbil, Oramentria, Patrimonial e Operacional 1- Os controles interno e externo: Os dinheiros pblicos sofrem duas formas de controle: i) o controle interno, realizado no mbito de cada Poder e; ii) o controle externo, de competncia do Poder Legislativo. Veja o que dispe a Constituio sobre o controle interno: Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio mantero, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execuo dos programas de governo e dos oramentos da Unio; II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto eficcia e eficincia, da gesto oramentria, financeira e patrimonial nos rgos e entidades da administrao federal, bem como da aplicao de recursos pblicos por entidades de direito privado; III - exercer o controle das operaes de crdito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da Unio; IV - apoiar o controle externo no exerccio de sua misso institucional. O controle interno realizado dentro de cada Poder. No Poder Executivo, o controle interno realizado pela Controladoria-Geral da Unio (CGU); no Judicirio, realizado pelo Conselho Nacional de Justia (CNJ). Determina a Carta Magna que os responsveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, devero cientificar o Tribunal de Contas da Unio (TCU), sob pena de responsabilidade solidria (art. 74, CF/88). O controle externo exercido por rgo que no integra a estrutura daquele que ser fiscalizado. Trata-se do controle exercido pelo Poder Legislativo sobre os demais Poderes, como veremos mais detalhadamente a seguir. Os controles interno e externo so realizados de forma complementar. Por exemplo, a fiscalizao pela CGU da aplicao de recursos pblicos federais em uma rodovia no impossibilita que o TCU proceda a essa mesma fiscalizao. Nesse sentido, entende o STF que a Controladoria-Geral da Unio (CGU) tem atribuio para fiscalizar a aplicao dos recursos pblicos federais 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale repassados, nos termos de convnios, aos Municpios. No seria essa, portanto, uma atribuio exclusiva do TCU1. importante destacar que pode haver participao popular no controle externo. Segundoa Constituio, qualquer cidado, partido poltico, associao ou sindicato parte legtima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da Unio (art. 74, ¤ 2¼, CF). 2- A Fiscalizao Contbil, Oramentria, Patrimonial e Operacional: A fiscalizao contbil, oramentria, patrimonial e operacional da Unio e das entidades da Administrao Direta e Indireta tem como responsvel o Congresso Nacional, com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio (TCU). Nos Estados, so as Assembleias Legislativas as responsveis pela fiscalizao, auxiliadas pelos Tribunais de Contas dos Estados. Veja importante entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre esse assunto: De acordo com o STF, o poder de fiscalizao da ao administrativa do Poder Executivo outorgado aos rgos coletivos de cada Cmara do Congresso Nacional, no plano federal, e da Assembleia Legislativa, no dos Estados; nunca, aos seus membros individualmente, salvo, claro, quando atuem em representao de sua Casa ou comisso (ADI 3.046, DJ de 28.05.2004) A fiscalizao realizada pelo Legislativo tem como objeto a legalidade, a legitimidade, a economicidade, a aplicao das subvenes e a renncia de receitas (art. 70, ÒcaputÓ, CF/88) e como fundamentos os princpios da legalidade, impessoalidade, moralidade e eficincia, dentre outros. Portanto, so quatro as facetas dessa fiscalizao: a) Fiscalizao da legalidade: compreende a anlise da obedincia do administrador lei. Verifica-se a validade dos atos administrativos em face do ordenamento jurdico. b) Fiscalizao financeira: refere-se aplicao das subvenes, renncia de receitas, s despesas e s questes contbeis; c) Fiscalizao da legitimidade: representa a anlise da aceitao, pela populao, da gesto da coisa pblica. 1 RMS 25943/DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 24.11.2010. 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale d) Fiscalizao da economicidade: compreende a anlise de custo/benefcio das aes do Poder Pblico. No que se refere fiscalizao da economicidade, entende a doutrina que os controles externo e interno podero, alm da legalidade, avaliar tambm o mrito da despesa, ou seja, a prpria discricionariedade do administrador. Podero, portanto, avaliar o mrito de atos administrativos. 3- Os Tribunais de Contas: Os Tribunais de Contas so rgos independentes e autnomos, sem subordinao hierrquica a qualquer dos Poderes da Repblica. Sua autonomia garantida constitucionalmente. Embora estejam de certo modo vinculados ao Poder Legislativo, no exercem funo legislativa, mas de fiscalizao e controle, de natureza administrativa. A misso desses rgos orientar o Poder Legislativo no exerccio do controle externo. Embora o titular do controle externo seja o Poder Legislativo, so os Tribunais de Contas os rgos que, tecnicamente, realizam essa atividade. Cabe destacar que a atuao dos Tribunais de Contas alcana toda a Administrao Pblica (direta e indireta), de todos os Poderes. Devido relevncia de sua atividade, a CF/88 confere autonomia e independncia aos Tribunais de Contas. Esses rgos podem, inclusive, realizar o controle de constitucionalidade das leis. Veja o que entende o STF a respeito desse assunto: Smula 347 do STF: O Tribunal de Contas, no exerccio de suas atribuies, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Pblico. Esse controle de constitucionalidade no se d em abstrato (lei em tese), mas sim no caso concreto (via de exceo). Por meio dele, pode a Corte de Contas deixar de aplicar um ato por consider-lo incompatvel com a Constituio. 3.1- O Tribunal de Contas da Unio: H divergncia doutrinria a respeito da natureza jurdica do Tribunal de Contas da Unio (TCU). Alguns autores consideram que o TCU integra o Poder Legislativo. Porm, a posio majoritria a de que o TCU rgo independente, que no integra nenhum dos Poderes da Repblica. Trata-se de rgo de natureza poltico-administrativa, de estatura constitucional, responsvel pelo controle externo da Administrao Pblica. Devido enorme 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale importncia de suas funes, a Constituio Federal de 1988 concedeu ao TCU autonomia funcional, administrativa, financeira e oramentria. O Tribunal de Contas da Unio (TCU) composto de 9 (nove) Ministros. Tem sede no Distrito Federal e jurisdio em todo o territrio nacional. Seus Ministros dispem das mesmas prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justia (STJ). Para sua investidura, necessrio o cumprimento dos requisitos enumerados no art. 73, ¤1¼, da CF: a) Mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; b) Idoneidade moral e reputao ilibada; c) Notrios conhecimentos jurdicos, contbeis, econmicos e financeiros ou de administrao pblica; d) Mais de dez anos de exerccio de funo ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados acima. A escolha de um tero (trs) desses Ministros cabe ao Presidente da Repblica, com posterior aprovao dos nomes pelo Senado Federal. Dois desses Ministros devero ser escolhidos alternadamente entre auditores e membros do Ministrio Pblico junto ao Tribunal, indicados em lista trplice pelo TCU, segundo critrios de antiguidade e merecimento. Os outros dois teros so escolhidos pelo Congresso Nacional, na forma de seu regimento interno. Os Ministros do TCU tm as mesmas prerrogativas, garantias, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justia (STJ), de acordo com o art. 73, ¤ 3¼, da CF. Logo, tm como garantias a vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de seus subsdios. Tambm se lhes aplicam as regras do art. 40 da CF/88 referentes a aposentadoria e penso. Destaca-se, ainda, que o auditor, quando em substituio a Ministro, ter as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exerccio das demais atribuies da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal (art. 73, ¤ 4¼, da CF/88). Como o auditor substituto do Ministro, a ele se aplica a exigncia de idade mnima de 35 anos. Nesse sentido, entende o STF (ADI 373/PI, DJ de 6.5.1994) que razovel a exigncia desse limite de idade para ingresso no cargo de Auditor de Tribunal de Contas estadual, uma vez que as normas estabelecidas para o TCU na CF/88 se aplicam, de regra, aos Tribunais de Contas dos Estados. O art. 70 da Constituio, como vimos anteriormente, determina que a fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale Unio e das entidades da administrao direta e indireta, quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas, ser exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo,e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Determina tambm, em seu pargrafo nico, que prestar contas qualquer pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pblicos ou pelos quais a Unio responda, ou que, em nome desta, assuma obrigaes de natureza pecuniria. Desse modo, o controle das contas pblicas de competncia do Congresso Nacional, que o exercer com auxlio do TCU (art. 71, ÒcaputÓ, CF). Vamos ler esse artigo? Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, ao qual compete: I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repblica, mediante parecer prvio que dever ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; II - julgar as contas dos administradores e demais responsveis por dinheiros, bens e valores pblicos da administrao direta e indireta, includas as fundaes e sociedades institudas e mantidas pelo Poder Pblico federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuzo ao errio pblico; No que se refere s contas dos administradores e demais responsveis por recursos pblicos, a competncia do TCU para julg-las. J no que concerne s contas do Presidente da Repblica, cabe Corte apenas apreci-las, mediante parecer prvio, elaborado no prazo de sessenta dias a contar do seu recebimento, de carter meramente opinativo. O julgamento, ento, ser realizado pelo Congresso Nacional. Outro ponto de destaque que entende o STF (MS 25.092, DJ de 17.3.2006) que as empresas pblicas e as sociedades de economia mista, integrantes da Administrao Indireta, esto sujeitas fiscalizao do Tribunal de Contas, no obstante os seus servidores estarem sujeitos ao regime celetista. No mesmo sentido, entende a Corte (MS 21.644, DJ 8.11.1996) que entidades de direito privado sujeitam-se fiscalizao do Estado quando dele recebem recursos, devendo seus dirigentes prestar contas dos valores recebidos. Alm disso, tambm os conselhos profissionais (Conselhos Federais e Conselhos Regionais de classe profissional), por terem natureza autrquica, devem prestar contas ao TCU (MS 21.797, DJ 18.5.2001). Continuemos a anlise do artigo... 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta e indireta, includas as fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, excetuadas as nomeaes para cargo de provimento em comisso, bem como a das concesses de aposentadorias, reformas e penses, ressalvadas as melhorias posteriores que no alterem o fundamento legal do ato concessrio; Os atos de admisso de pessoal na Administrao Pblica, direta e indireta, sero apreciados, quanto legalidade, pelo Tribunal de Contas da Unio. Isso no se aplica, todavia, s nomeaes para cargo de provimento em comisso. O provimento de cargos em comisso no apreciado pelo TCU. Os atos de concesso de aposentadorias, reformas e penses tambm so apreciados pelo TCU. Entretanto, as melhorias posteriores que no alterem o fundamento legal do ato concessrio no so apreciadas pela Corte de Contas. Na apreciao dos atos iniciais de concesso de aposentadoria, reforma e penses, a anlise do TCU se restringe aos aspectos de legalidade do ato, no podendo a Corte de Contas fazer anlise de mrito (convenincia e oportunidade). Alm disso, a atuao do TCU se restringe ao registro do ato, no cabendo Corte anul-lo ou convalid-lo. Havendo vcios no ato, a Corte poder apenas indeferir o pedido de registro, comunicando o fato ao rgo/entidade para as providncias cabveis. Caber a estes anular ou convalidar o ato. Destaca-se que o registro de aposentadorias no se aplica aos benefcios obtidos por meio do Regime Geral de Previdncia Social (RGPS), mas apenas aos obtidos por meio do Regime Prprio de Previdncia dos Servidores (RPPS), dos servidores estatutrios. Assim, os empregados de empresas pblicas e sociedades de economia mista tm apenas seus atos de admisso apreciados pelo TCU, sendo as aposentadorias e penses apreciadas no mbito do RGPS. Sobre a concesso de aposentadoria, destaca-se, ainda, que segundo o STF configura ato administrativo complexo, aperfeioando-se somente com o registro perante o Tribunal de Contas. Nos processos perante o TCU, deve ser assegurado o contraditrio e a ampla defesa sempre que da deciso puder resultar anulao ou revogao de ato administrativo que beneficie o interessado. No se assegura o contraditrio e ampla defesa apenas na apreciao da legalidade do ato de concesso inicial de aposentadoria, reforma e penso. esse o entendimento consignado na Smula Vinculante n¼ 03: 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale Smula Vinculante n. 03 ÒNos processos perante o Tribunal de Contas da Unio asseguram-se o contraditrio e a ampla defesa quando da deciso puder resultar anulao ou revogao de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciao da legalidade do ato de concesso inicial de aposentadoria, reforma e pensoÓ. Segundo o STF, mesmo no se assegurando a ampla defesa e o contraditrio quando da apreciao da legalidade do ato de concesso inicial de aposentadoria, reforma e penso (Smula Vinculante no 3), decorridos cinco anos sem a apreciao conclusiva do TCU seria obrigatria a convocao do interessado.2 Nesse caso, devido ao longo decurso de tempo at a negativa do registro, haveria direito lquido e certo do interessado de exercitar as garantias do contraditrio e da ampla defesa. Por ltimo, um importante entendimento do STF se refere impossibilidade de o Tribunal de Contas suprimir vantagem pecuniria includa nos proventos de servidor por deciso judicial transitada em julgado (MS 25.460, DJ de 10.2.2006). Esse tipo de deciso, segundo a Corte, s pode ser modificada por meio de ao rescisria. IV - realizar, por iniciativa prpria, da Cmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comisso tcnica ou de inqurito, inspees e auditorias de natureza contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judicirio, e demais entidades referidas no inciso II; V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a Unio participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; VI - fiscalizar a aplicao de quaisquer recursos repassados pela Unio mediante convnio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Municpio; Com base no art. 71, inciso VI, o STF entendeu que o TCU no tem competncia para fiscalizar a aplicao dos recursos recebidos a ttulos de ÒroyaltiesÓ, decorrentes da extrao de petrleo, xisto betuminoso e gs natural, pelos Estados e Municpios. Trata-se de competncia dos Tribunais de Contas Estaduais, e no do TCU, tendo em vista que o art. 20, ¤ 1¼, da Constituio, qualificou os ÒroyaltiesÓ como receita prpria dos Estados, Distrito Federal e Municpios3. O TCU fiscaliza os recursos repassadospela 2 STF, MS 25116. Rel. Min. Ayres Britto. 08.09.2010. 3 MS 24.312‐RJ, Rel. Min. Ellen Gracie, 19.02.2003. 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale Unio aos entes federativos mediante convnio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congneres. VII - prestar as informaes solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comisses, sobre a fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspees realizadas; VIII - aplicar aos responsveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanes previstas em lei, que estabelecer, entre outras cominaes, multa proporcional ao dano causado ao errio; IX - assinar prazo para que o rgo ou entidade adote as providncias necessrias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; X - sustar, se no atendido, a execuo do ato impugnado, comunicando a deciso Cmara dos Deputados e ao Senado Federal; XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. ¤ 1¼ - No caso de contrato, o ato de sustao ser adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitar, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabveis. ¤ 2¼ - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, no efetivar as medidas previstas no pargrafo anterior, o Tribunal decidir a respeito. Os atos administrativos podem ser sustados diretamente pelo TCU, sendo comunicada a deciso Cmara dos Deputados e ao Senado Federal. J no que se refere aos contratos administrativos, a sustao caber ao Congresso Nacional, que solicitar ao Executivo a anulao desses atos. Caso essas medidas no sejam adotadas no prazo de noventa dias, o TCU adquirir competncia para decidir a respeito, podendo determinar a sustao do contrato. Entende o STF que o TCU tem legitimidade para expedir medidas cautelares para prevenir a ocorrncia de leso ao errio ou a direito alheio, bem como para garantir a efetividade de suas decises. Isso decorre da teoria de poderes implcitos, segundo a qual a toda competncia prevista constitucionalmente h previso, ainda que implicitamente, das prerrogativas necessrias para lhe dar efetividade (MS 26.547/DF, 23.05.2007). Entretanto, no tem a Corte de Contas, segundo o STF, poder para decretar quebra de sigilo bancrio (Notcias STF, 17.12.2007). Isso porque o TCU um rgo auxiliar do Poder Legislativo, mas no se confunde com 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale este. Cabe ao Legislativo, no ao TCU, determinar a invaso dos dados bancrios. H que se mencionar, todavia, que o TCU tem competncia para requisitar informaes relativas a operaes de crdito originrias de recursos pblicos. Esse foi o entendimento firmado pelo STF no mbito do MS 33.340/DF. No caso concreto, o TCU havia requisitado ao BNDES informaes relativas a operaes de crdito. Mas ateno! No que o TCU possa determinar a quebra do sigilo bancrio. Segundo o STF, Òas operaes financeiras que envolvam recursos pblicos no esto abrangidas pelo sigilo bancrioÓ. H uma relativizao do sigilo dessas informaes frente ao interesse de toda a sociedade de conhecer o destino dos recursos pblicos. Tambm no tem o TCU funo jurisdicional (de Òdizer o direitoÓ). Entende o Pretrio Excelso que o TCU no um tribunal administrativo, no sentido francs, dotado de poder de soluo dos conflitos em ltima instncia. O princpio da inafastabilidade da jurisdio impede que haja essa equiparao, alm do que os poderes desse rgo esto devidamente delimitados constitucionalmente no artigo 71. 4 ¤ 3¼ - As decises do Tribunal de que resulte imputao de dbito ou multa tero eficcia de ttulo executivo. ¤ 4¼ - O Tribunal encaminhar ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatrio de suas atividades. A Constituio Federal atribuiu s decises do TCU que resultem na imputao de dbito ou multa eficcia de ttulo executivo extrajudicial. Isso significa que a deciso do TCU j servir como fundamento para um processo de execuo contra aquele que sofreu a penalidade. A execuo dessas decises, todavia, no compete ao TCU, mas sim Advocacia-Geral da Unio. O TCU tambm se submete ao controle do Poder Legislativo. Nesse sentido, entende o STF que Òsurge harmnico com a Constituio Federal diploma revelador do controle pelo Legislativo das contas dos rgos que o auxiliam, ou seja, dos tribunais de contasÓ5. A anlise do Legislativo, entretanto, restringe-se s chamadas contas polticas (controle de efetividade). As contas administrativas (contrataes, nomeaes, etc.) so julgadas pelo prprio TCU, tendo em vista sua autonomia. 4 MS 29599 DF, DJe-030, p. 15/02/2011. 5 ADI 1.175, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ de 19.12.2006. 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale 3.2- O TCU e a Comisso Mista de Planos, Oramentos Pblicos e Fiscalizao (CMO): A CF/88 criou um mecanismo especial de fiscalizao dos indcios de despesas no autorizadas, como forma de assegurar a obedincia lei oramentria. Trata-se de fiscalizao realizada pela Comisso Mista de Planos, Oramentos Pblicos e Fiscalizao (CMO) com o auxlio do TCU. Determina a Constituio, em seu artigo 72, que a CMO, diante de indcios de despesas no autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos no programados ou de subsdios no aprovados, poder solicitar autoridade governamental responsvel que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessrios. No prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comisso solicitar ao TCU pronunciamento conclusivo sobre a matria, no prazo de trinta dias. Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comisso, se julgar que o gasto possa causar dano irreparvel ou grave leso economia pblica, propor ao Congresso Nacional sua sustao. 3.3- Os Tribunais de Contas dos Estados e dos Municpios: Reza o art. 75 da Constituio Federal que as normas estabelecidas para o TCU aplicam-se, no que couber, organizao, composio e fiscalizao dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municpios. Trata-se de uma aplicao do princpio da simetria. Entretanto, a Constituio estabelece, tambm, algumas particularidades para essas Cortes de Contas. Segundo a Carta Magna, os Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal so compostos de sete conselheiros (art. 75, pargrafo nico, CF). Em decorrncia do princpio da simetria, sua nomeao segue os mesmos critrios estabelecidos pela CF/88 (art. 73, ¤ 1¼). Nesse sentido, sobre a proporo das vagas a serem preenchidas pela escolha do Executivo e do Legislativo (1/3 e 2/3, respectivamente, no modelo federal), entende o STF que: Smula 653 do STF: ÒNo Tribunalde Contas Estadual, composto por sete conselheiros, quatro devem ser escolhidos pela Assembleia Legislativa e trs pelo Chefe do Poder Executivo estadual, cabendo a este indicar um dentre auditores e outro dentre membros do Ministrio Pblico, e um terceiro sua livre escolha.Ó 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale Note-se ainda que os vencimentos dos Conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados devero ter como parmetro aqueles dos desembargadores do Tribunal de Justia (ADI 396, DJ de 5.8.2005). ÒE a quem o Tribunal de Contas Estadual prestar contas, professora?Ó Excelente pergunta! Ë Assembleia Legislativa do Estado. Entende o STF (ADI 687, DJ 10.02.2006) que o Tribunal de Contas est obrigado, por expressa determinao constitucional, a encaminhar, ao Poder Legislativo a que se acha institucionalmente vinculado, tanto relatrios trimestrais quanto anuais de suas prprias atividades, com o objetivo de expor a situao das finanas pblicas administradas por esses rgos. Passaremos, agora, anlise da fiscalizao do Municpio. Veja o que determina o art. 31 da Constituio acerca da fiscalizao dos Municpios: Art. 31. A fiscalizao do Municpio ser exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei. ¤ 1¼ - O controle externo da Cmara Municipal ser exercido com o auxlio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Municpio ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municpios, onde houver. Verifica-se, portanto, que a fiscalizao do Municpio ser feita pelo Legislativo Municipal (controle externo) e pelo Executivo Municipal (controle interno), na forma da lei. No controle externo, a Cmara Municipal contar com o auxlio dos Tribunais de Contas do Estado ou do Municpio ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municpios, onde houver. Note, entretanto, a vedao feita pela Constituio em outro pargrafo do mesmo artigo: ¤ 4¼ - vedada a criao de Tribunais, Conselhos ou rgos de Contas Municipais. A Constituio Federal de 1988 probe que sejam criados rgos de contas municipais. Eles at existem, mas s aqueles que foram criados previamente Constituio de 1988: o TCM-SP e o TCM-RJ. Depois da CF/88, nenhum rgo de contas municipal foi criado, pois isso proibido pela Carta Magna. Podem ser criados, todavia, rgos estaduais com competncia para o controle externo da Administrao Pblica de todos os municpios de um determinado estado. So os Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municpios. o caso, por exemplo, do TCM-GO, que rgo estadual com competncia sobre todos os Municpios de Gois. 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale Caso no exista um rgo de contas municipal (criado antes da CF/88) ou um rgo de contas estadual com competncia sobre todos os Municpios do estado, o controle externo da Administrao Pblica municipal caber ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). Em sntese, o controle externo da Administrao Pblica municipal poder ser feito por 3 (trs) tipos de rgos diferentes: a) îrgo de contas municipal: Aplica-se quando h rgos de contas municipais criados antes da CF/88. o caso do TCM-RJ e TCM-SP. b) îrgo de contas estadual com competncia sobre todos os Municpios do estado: So rgos de contas estaduais, mas que tm como tarefa o controle externo da Administrao Pblica dos Municpios do estado. o caso do TCM-GO, TCM-BA, TCM-PA e TCM-CE. c) Tribunal de Contas do Estado (TCEs): Naqueles estados em que no existirem os rgos de contas a que fizemos aluso anteriormente, o controle externo da Administrao Pblica municipal ser competncia do TCE. Art. 31, ¤ 2¼ - O parecer prvio, emitido pelo rgo competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, s deixar de prevalecer por deciso de dois teros dos membros da Cmara Municipal. Para entender o tema Òjulgamento das contas do PrefeitoÓ, ser necessrio que se saiba a diferena entre contas de governo e contas de gesto. As contas de governo tm carter poltico e so de responsabilidade do Chefe do Poder Executivo. So julgadas pelo Poder Legislativo, cabendo aos Tribunais de Contas to somente apreci-las. o que se extrai do art. 71, I, CF/88: Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, ao qual compete: I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repblica, mediante parecer prvio que dever ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; J as contas de gesto tm carter tcnico e so de responsabilidade dos administradores pblicos. So julgadas pelos Tribunais de Contas. o que se extrai do art. 71, II, CF/88: Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, ao qual compete: 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale (...) II - julgar as contas dos administradores e demais responsveis por dinheiros, bens e valores pblicos da administrao direta e indireta, includas as fundaes e sociedades institudas e mantidas pelo Poder Pblico federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuzo ao errio pblico; Nos Municpios, h uma particularidade. O Prefeito, ao contrrio do Presidente da Repblica e dos Governadores, ordenador de despesas e, portanto, responsvel pelas contas de governo e pelas contas de gesto. Assim, havia controvrsias quanto competncia para o julgamento das contas de governo e contas de gesto em nvel municipal. No RE n¼ 846.826, o STF pacificou o entendimento de que tanto as contas de governo quanto as contas de gesto do Prefeito sero julgadas politicamente pela Cmara Municipal. Os Tribunais de Contas elaboram um parecer prvio, mas que tem carter meramente opinativo. H que se destacar, porm, que o parecer dos Tribunais de Contas sobre as contas do Prefeito somente deixar de prevalecer pelo voto de 2/3 dos membros da Cmara Municipal. Em outras palavras, supondo que o Tribunal de Contas tenha recomendado a rejeio das contas do Prefeito, o qurum exigido para que esse parecer seja afastado ser de 2/3 dos membros da Cmara Municipal. Temos, ento, um qurum qualificado para que o parecer do Tribunal de Contas no prevalea. A LC n¼ 64/90 prev que ficaro inelegveis os gestores pblicos que tenham suas contas rejeitadas por deciso irrecorrvel de rgo competente. Suponha, ento, que o Tribunal de Contas tenha rejeitado as contas do Prefeito. A Cmara Municipal fica inerte e no julga as contas. O que acontecer? Ser isso suficiente para que o Prefeito fique inelegvel? No se admite o Òjulgamento fictoÓ das contas do Prefeito. Isso quer dizer que a rejeio pelo Tribunal de Contas no suficiente para tornar o Prefeito inelegvel. preciso que a Cmara Municipal decida nesse sentido, no sendo possvelobrig-la a julgar em tempo razovel as contas do Prefeito. (PGM - Fortaleza Ð 2017) Os municpios no gozam de autonomia para criar novos tribunais, conselhos ou rgos 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale de contas municipais. Comentrios: A Carta Magna veda que os municpios criem novos tribunais, conselhos ou rgos de contas municipais (art. 31, ¤ 4o, CF). Os Estados, entretanto, podem criar um rgo de controle externo denominado Conselho ou Tribunal de Contas dos Municpios para auxiliarem as Cmaras de Vereadores no controle externo. Questo correta. (TCE-PE Ð 2017) Os tribunais de contas no exercem fiscalizao quanto legalidade e legitimidade dos atos administrativos praticados pelo Poder Judicirio, que tem autonomia administrativa e financeira. Comentrios: Os Tribunais de Contas exercem, sim, a fiscalizao dos atos administrativos praticados pelo Poder Judicirio. Enquanto o CNJ realiza o controle interno do Poder Judicirio, os Tribunais de Contas exercem o controle externo. Questo errada. (TCE-PE Ð 2017) Deciso de tribunal de contas estadual de impor multa a responsvel por irregularidades no uso de bens pblicos possui eficcia de ttulo executivo e pode ser executada por iniciativa do prprio tribunal de contas do estado ou do Ministrio Pblico local. Comentrios: As decises dos Tribunais de Contas de que resulte a aplicao de multa tm eficcia de ttulo executivo extrajudicial. A execuo feita pela Advocacia Pblica (e no pelo prprio Tribunal de Contas ou Ministrio Pblico). Questo errada. (Procurador de Curitiba Ð 2015) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, ao qual compete julgar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repblica, no prazo de sessenta dias a contar de seu recebimento. Comentrios: o Congresso Nacional que julga as contas do Presidente 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale da Repblica. O TCU apenas aprecia as contas do Presidente. Questo errada. (TJDFT Ð 2015) O TCU e, pelo princpio da simetria, os tribunais de contas estaduais, tm legitimidade para requisitar, diretamente, informaes que importem a quebra de sigilo bancrio. Comentrios: Os Tribunais de Contas no podem requisitar informaes que importem a quebra de sigilo bancrio. Questo errada. (MPT Ð 2015) Dentre os requisitos previstos na Constituio da Repblica para o cargo de Ministro do Tribunal de Contas da Unio esto os referentes a notrios conhecimentos jurdicos, contbeis, econmicos e de administrao pblica, devendo ter mais de cinco anos de exerccio de funo ou de efetiva atividade profissional. Comentrios: requisito constitucional para o cargo de Ministro do TCU mais de 10 anos de exerccio de funo ou de efetiva atividade profissional que exija notrios conhecimentos jurdicos, contbeis, econmicos e financeiros ou de administrao pblica. Questo errada. (MPT Ð 2015) O Tribunal de Contas da Unio no tem competncia para fiscalizar as contas nacionais de empresas supranacionais. Comentrios: competncia do TCU fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a Unio participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo (art. 71, V). Questo errada. (MPCM Ð 2015) Nos processos perante o Tribunal de Contas da Unio asseguram-se o contraditrio e a ampla defesa quando da deciso puder resultar anulao ou revogao de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciao da legalidade do ato de concesso inicial de aposentadoria, reforma e penso. Comentrios: 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale exatamente o que prev a Smula Vinculante n¼ 03. Questo correta. (SAPeJUS-GO Ð 2015) Cabe ao Tribunal de Contas da Unio julgar as contas do presidente da Repblica, podendo o Congresso Nacional suspender a deciso, caso discorde dela. Comentrios: o Congresso Nacional que julga as contas do Presidente da Repblica. Questo errada. (TCE-MG Ð 2015) Considere que a constituio de um determinado Estado da Federao prev, alm do Tribunal de Contas do Estado, a existncia de um Conselho Estadual de Contas dos Municpios, encarregado de auxiliar as Cmaras Municipais no exerccio de seu poder de controle externo. Na hiptese, correto afirmar que a referida norma constitucional inconstitucional, porque fere a regra da Constituio da Repblica que probe a criao de tribunais, conselhos ou rgos de contas municipais. Comentrios: No h qualquer inconstitucionalidade na criao de um rgo estadual com a tarefa de auxiliar as Cmaras Municipais no exerccio do controle externo. O que a CF/88 veda a criao de rgos municipais com essa tarefa. Questo errada. (TCM-SP Ð 2015) Na medida em que o Tribunal de Contas est inserido na estrutura do Poder Legislativo, suas decises condenatrias esto suscetveis reviso dessa estrutura de poder nas hipteses previstas em lei. Comentrios: A atuao dos Tribunais de Contas no subordinada ao Poder Legislativo. Suas decises no esto, portanto, sujeitas reviso pelo Poder Legislativo. Questo errada. Questes Comentadas 1. Fiscalizao Contbil, Oramentria, Patrimonial e Operacional 1. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro pretende ter acesso a operaes financeiras 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale realizadas por entidade da administrao indireta do Estado com personalidade jurdica de direito privado, com vistas a analisar a regularidade de contrato envolvendo o emprego de recursos de origem pblica. De acordo com a jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal, no caso concreto: a) aplica-se a reserva de jurisdio, e imprescindvel a quebra de sigilo bancrio, mediante a provocao do Poder Judicirio, que aferir se esto presentes os pressupostos cautelares formais e materiais necessrios ao deferimento da medida; b) aplica-se a reserva de jurisdio, e imprescindvel a quebra de sigilo bancrio, mediante a provocao do Poder Judicirio, que aferir to somente se esto presentes os pressupostos formais necessrios ao deferimento da cautelar; c) aplica-se a reserva de jurisdio, no se aplicando a inoponibilidade de sigilo bancrio e empresarial ao TCE ainda que se esteja diante de operaes fundadas em recursos de origem pblica, pois a entidade no possui personalidade jurdica de direito pblico; d) no se aplica a reserva de jurisdio, e o TCE deve ter livre acesso s operaes financeiras realizadas pela entidade que no est submetida ao seu controle financeiro,diante do princpio da publicidade dos contratos administrativos; e) no se aplica a reserva de jurisdio, e o TCE deve ter livre acesso s operaes financeiras realizadas pela entidade submetida ao seu controle financeiro, mormente porquanto operacionalizadas mediante o emprego de recursos de origem pblica. Comentrios: Segundo o STF, os Tribunais de Contas tm competncia para requisitar informaes relativas a operaes de crdito originrias de recursos pblicos (MS 33.340/DF). No se trata, tecnicamente, de quebra de sigilo bancrio. Entende o STF que as operaes financeiras que envolvam recursos pblicos no esto abrangidas pelo sigilo bancrio. O gabarito a letra E. 2. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) O Tribunal de Contas da Unio o rgo integrante do Congresso Nacional que tem a funo constitucional de auxili-lo no controle financeiro externo da Administrao Pblica. 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO d www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale De acordo com a Constituio Federal de 1988, compete mencionada Corte de Contas: a) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta e indireta, incluindo as nomeaes para cargo de provimento em comisso; b) sustar, se no atendido, a execuo do ato impugnado, comunicando a deciso Cmara dos Deputados e ao Senado Federal; c) julgar as contas dos administradores e demais responsveis por dinheiros, bens e valores pblicos da Administrao Pblica, exceto entidades da administrao indireta; d) apreciar as contas prestadas semestralmente pelo Presidente da Repblica, mediante parecer prvio que dever ser elaborado em trinta dias a contar de seu recebimento; e) aplicar aos responsveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, sanes como multa proporcional ao dano causado ao errio, por meio de deciso com eficcia de ttulo executivo judicial. Comentrios: Letra A: errada. O TCU tem competncia para apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta e indireta, excetuadas as nomeaes para cargos em comisso (art. 71, III, CF/88). Letra B: correta. O TCU tem competncia para sustar, se no atendido, a execuo do ato impugnado, comunicando a deciso Cmara dos Deputados e ao Senado Federal (art. 71, X, CF/88). Letra C: errada. O TCU tem competncia para julgar as contas dos administradores e demais responsveis por dinheiros, bens e valores pblicos da administrao direta e indireta, includas as fundaes e sociedades institudas e mantidas pelo Poder Pblico federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuzo ao errio pblico (art. 71, II, CF/88). Letra D: errada. O TCU aprecia as contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repblica, mediante parecer prvio elaborado em 60 dias a contar do seu recebimento. Letra E: errada. De fato, o TCU tem competncia para aplicar sanes aos responsveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas. As decises do TCU de que resultem imputao de dbito ou multa tero eficcia de ttulo executivo extrajudicial. 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO 9 www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale O gabarito a letra B. 3. (FGV / ALERJ Ð Procurador Ð 2017) Joo, servidor pblico, pretende que o rgo estadual de sua lotao funcional, ao conceder- lhe a aposentadoria porque atendidos todos os requisitos pertinentes, fixe, em carter definitivo, o valor dos respectivos proventos. Tal pretenso : a) conforme Constituio, porque se o ato concessivo da aposentadoria atesta o atendimento a todos os requisitos, o valor dos respectivos proventos com eles se harmonizam e definitivo em homenagem ao princpio da segurana jurdica; b) conforme Constituio, porque cabe ao rgo de lotao do servidor verificar o atendimento aos requisitos da aposentadoria e fixar os respectivos proventos em consonncia com a legislao, acarretando a presena de ato administrativo simples; c) inconstitucional, porque o ato concessivo de aposentadoria complexo e exige que o Tribunal de Contas o registre, inclusive quanto ao valor dos respectivos proventos, devendo determinar-lhe a correo, se ilegal; d) inconstitucional, porque a competncia do rgo de lotao do servidor se esgota na verificao dos requisitos que autorizam a aposentadoria, cabendo a fixao do valor dos respectivos proventos ao rgo de controle externo; e) inconstitucional, porque o prprio servidor pode insurgir-se contra o valor dos proventos, fixado no ato concessivo da aposentadoria, e postular a sua retificao mediante recurso hierrquico, ou a prpria administrao corrigi-lo no exerccio da autotutela. Comentrios: Segundo o STF, o ato de concesso de aposentadoria um ato complexo, que somente se aperfeioa com a manifestao do TCU, nos termos do art. 71, III, CF/88: Art. 71 (...) III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta e indireta, includas as fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, excetuadas as nomeaes para cargo de provimento em comisso, bem como a das concesses de aposentadorias, reformas e penses, ressalvadas as melhorias posteriores que no alterem o fundamento legal do ato concessrio; 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO 1 www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale Dessa forma, a concesso de aposentadoria, em carter definitivo, no feita pelo rgo da lotao do servidor pblico, uma vez que precisar ser registrado pelo Tribunal de Contas. O gabarito a letra C. 4. (FGV / Procurador de Paulnia Ð 2016) O Prefeito Municipal X foi informado, por sua Procuradoria, que o Tribunal de Contas estava adotando o entendimento de que os limites de sua competncia fiscalizatria, na apreciao das contas do Chefe do Poder Executivo, apresentaria variaes conforme estivesse perante contas de governo ou contas de gesto. Por no compreender bem essa distino, o Prefeito solicitou que sua Procuradoria esclarecesse no que consistiriam essas categorias. Com os olhos voltados sistemtica constitucional, assinale a afirmativa correta. a) As contas de governo do Prefeito Municipal so sempre julgadas pelo Poder Legislativo. b) A distino entre contas de governo e contas de gesto no aplicvel ao Prefeito Municipal. c) As contas de governo so apresentadas por todos os agentes que administrem receitas pblicas. d) As contas de gesto dizem respeito s decises polticas fundamentais no mbito da respectiva estrutura de governo. e) Tanto as contas de governo como as contas de gesto so sempre julgadas pelo Tribunal de Contas. Comentrios: H que se ressaltar a distino entre contas de governo e contas de gesto. As contas de governo tm carter poltico e so de responsabilidade do Chefe do Poder Executivo. So julgadas pelo Poder Legislativo, cabendo aos Tribunais de Contasto somente apreci-las. o que se extrai do art. 71, I, CF/88: Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, ao qual compete: 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO f www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repblica, mediante parecer prvio que dever ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; As contas de gesto tm carter tcnico e so de responsabilidade dos administradores pblicos. So julgadas pelos Tribunais de Contas. o que se extrai do art. 71, II, CF/88: Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, ser exercido com o auxlio do Tribunal de Contas da Unio, ao qual compete: (...) II - julgar as contas dos administradores e demais responsveis por dinheiros, bens e valores pblicos da administrao direta e indireta, includas as fundaes e sociedades institudas e mantidas pelo Poder Pblico federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuzo ao errio pblico; Nos Municpios, h uma particularidade. O Prefeito, ao contrrio do Presidente da Repblica e dos Governadores, ordenador de despesas e, portanto, responsvel pelas contas de governo e pelas contas de gesto. Em razo dessa particularidade, havia controvrsia quanto competncia para o julgamento das contas de governo e contas de gesto em mbito municipal. Em 2016, no RE 846.826, o STF pacificou o entendimento de que tanto as contas de governo quanto as contas de gesto do Prefeito sero julgadas politicamente pela Cmara Municipal. O gabarito a letra A. 5. (FGV / ISS Cuiab Ð 2016) A respeito do controle financeiro e oramentrio da Administrao Pblica Municipal, exercido pelo Tribunal de Contas Estadual, assinale a afirmativa incorreta. a) possvel ao Tribunal de Contas Estadual proceder a tomada de contas especial de empresa pblica municipal prestadora de servio pblico. b) O Tribunal de Contas Estadual tem competncia para aplicar multa, caso verifique irregularidade nas contas municipais, multa esta que ter eficcia de ttulo executivo. c) Compete ao Tribunal de Contas Estadual a apreciao, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal da administrao indireta do municpio. 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO c www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale d) A fiscalizao financeira e oramentria dos Municpios ser exercida pelo Tribunal de Contas Estadual, que julga anualmente as contas do prefeito. e) O Tribunal de Contas Estadual emite parecer prvio sobre as contas do prefeito, o qual pode no prevalecer por deciso de dois teros dos membros da Cmara Municipal no julgamento das contas. Comentrios: Letra A: correta. O TCE tem competncia, sim, para proceder tomada de contas especial de empresa pblica municipal prestadora de servio pblico. Segundo o STF, as empresas pblicas e as sociedades de economia mista esto sujeitas fiscalizao pelos Tribunais de Contas. Letra B: correta. Por simetria com o art. 71, VIII, CF/88, o Tribunal de Contas Estadual tem competncia para aplicar multa em caso de irregularidade nas contas municipais. As decises de Tribunal de Contas que resultem imputao de dbito ou multa tm eficcia de ttulo executivo. Letra C: correta. Por simetria com o art. 71, III, CF/88, o Tribunal de Contas Estadual tem competncia para apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao indireta do municpio. Letra D: errada. As contas do Prefeito so julgadas pela Cmara Municipal (e no pelo Tribunal de Contas Estadual!). O TCE tem competncia para apreciar as contas do Prefeito, mediante parecer prvio. Letra E: correta. O TCE emite parecer prvio sobre as contas do Prefeito. Esse parecer do TCE pode ser rejeitado por deciso de 2/3 (dois teros) dos membros da Cmara Municipal. O gabarito a letra D. 6. (FGV / CODEBA Ð 2016) O Tribunal de Contas, a exemplo de toda e qualquer estrutura orgnica de natureza estatal, deve observar os direitos fundamentais de todos aqueles que sejam alcanados por sua atuao funcional. Considerando a sistemtica estabelecida pela Constituio da Repblica Federativa do Brasil e a interpretao que lhe vem sendo dispensada pelo Supremo Tribunal Federal, assinale a afirmativa correta. a) As decises do Tribunal de Contas, por fora do princpio do duplo grau de jurisdio, esto sujeitas reviso do Poder Legislativo. b) Na apreciao da legalidade do ato de concesso inicial de penso, antes de decorridos cinco anos, dispensvel a observncia do contraditrio. 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale c) O Tribunal de Contas somente pode apreciar as contas de agentes pblicos, no a conduta de particulares que no pratiquem atos de autoridade. d) O Tribunal de Contas, por fora do princpio da segurana jurdica, no dispe de poder cautelar, somente ao alcance dos rgos jurisdicionais. e) Toda e qualquer deciso que anule ou altere benefcio pressupe a prvia observncia do contraditrio e da ampla defesa no processo administrativo. Comentrios: Letra A: errada. As decises dos Tribunais de Contas esto sujeitas ao exame pelo Poder Judicirio. O Poder Legislativo, entretanto, no poder revisar as decises dos Tribunais de Contas. Letra B: correta. A Smula Vinculante n¼ 03 estabelece o seguinte: SV n¼ 03: ÒNos processos perante o Tribunal de Contas da Unio asseguram-se o contraditrio e a ampla defesa quando da deciso puder resultar anulao ou revogao de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciao da legalidade do ato de concesso inicial de aposentadoria, reforma e pensoÓ. Desse modo, no precisam ser observados o contraditrio e a ampla defesa na apreciao da legalidade do ato de concesso inicial de aposentadoria, reforma e penso. Segundo o STF, decorridos 5 anos sem apreciao conclusiva do TCU, o interessado passaria a ter direito lquido e certo a exercitar as garantias da ampla defesa e contraditrio. Letra C: errada. Os Tribunais de Contas tambm podem apreciar a conduta de particulares que pratiquem atos de autoridade Letra D: errada. Os Tribunais de Contas tambm podem adotar medidas cautelares. Esse no um poder exclusivo dos rgos jurisdicionais. Letra E: errada. Com base na Smula Vinculante n¼ 03, possvel concluir que nem todas as decises que anulem ou alterem benefcios pressupem prvia observncia da ampla defesa e contraditrio. Isso porque essas garantias so dispensadas na apreciao da legalidade do ato de concesso inicial de aposentadoria, reforma e penso. O gabarito a letra B. 7. (FGV / ISS Niteri Ð 2015) O Prefeito do Municpio WX teve uma gesto muito conturbada, com diversas notcias de desvio de recursos pblicos. Ao apreciar suas contas anuais de governo, o Tribunal de 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIROwww.estrategiaconcursos.com.br 26 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale Contas competente concluiu pela necessidade de serem rejeitadas. Esse pronunciamento, luz da sistemtica constitucional: a) deve ser considerado definitivo, acarretando, por si s, a rejeio das contas. b) deve ser acolhido, pela Cmara Municipal, para que se torne efetivo e produza os seus efeitos legais. c) somente pode ser rejeitado pela Cmara Municipal, pela unanimidade dos seus membros. d) pode ser rejeitado pela maioria dos membros da Cmara Municipal. e) deve ser rejeitado, por deciso de dois teros dos membros da Cmara Municipal, para que deixe de prevalecer. Comentrios: O parecer do Tribunal de Contas sobre as contas do Prefeito goza de presuno da validade. A regra a prevalncia do parecer, que s poder ser derrubado por deciso de 2/3 dos membros da Cmara Municipal. O gabarito a letra E. 8. (FGV/ Prefeitura de Niteri Ð 2015) Em tema de controle da atividade administrativa, correto afirmar que o Poder Legislativo municipal: a) no est sujeito a controle externo pelos outros poderes, em razo do princpio da separao dos poderes; b) exerce o controle externo dos Poderes Executivo e Judicirio municipais, com o auxlio de equipe tcnica; c) exerce o controle externo do Poder Executivo municipal, com o auxlio do Tribunal de Contas; d) est sujeito a controle externo pelo Poder Judicirio municipal, que o faz pelos Juzos da comarca; e) est sujeito a controle externo pelo Poder Executivo municipal, que o faz com auxlio do Tribunal de Contas. Comentrios: Letra A: errada. O Poder Legislativo municipal est sujeito ao controle externo pelo Tribunal de Contas. Letra B: errada. No existe Poder Judicirio municipal. 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale Letra C: correta. O controle externo da Administrao Pblica municipal compete ao Poder Legislativo, com o auxlio do Tribunal de Contas. Letra D: errada. No existe Poder Judicirio municipal. Letra E: errada. O Poder Executivo no responsvel pelo controle externo da Administrao Pblica. O gabarito a letra C. 9. (FGV / TCM-SP Ð 2015) Segundo a Constituio da Repblica, o controle externo de cada municpio exercido pelo Poder Legislativo municipal com auxlio do rgo municipal de contas, onde houver, ou de rgo estadual de contas. Considerando esse modelo de controle externo, caso um municpio que ainda no possua, mas pretenda instituir, um rgo de contas municipal: a) poder criar um tribunal de contas do municpio se previamente autorizado por lei municipal, desde que previsto na lei orgnica do ente federado; b) poder criar um tribunal de contas do municpio se previamente autorizado por lei estadual aprovada pela assembleia legislativa do estado e ratificada por lei municipal; c) poder criar um tribunal de contas do municpio se previamente autorizado por lei federal aprovada pelo Congresso Nacional e ratificada por lei municipal; d) de acordo com o arcabouo constitucional vigente, no poder criar um rgo municipal de contas, pois essa possibilidade vedada pela Constituio da Repblica; e) poder criar um conselho municipal de contas, nica forma admitida pela Constituio da Repblica para novos rgos municipais de contas, se previamente autorizado por lei municipal e previsto na lei orgnica do ente federado. Comentrios: Essa uma questo muito interessante! Para resolv-la, voc precisava saber o que prev o art. 31, ¤ 4¼, CF/88, segundo o qual Ò vedada a criao de Tribunais, Conselhos ou rgos de Contas MunicipaisÓ. Com base nesse dispositivo, possvel afirmar que, aps a Constituio Federal de 1988, no podem ser criados Tribunais de Contas Municipais. Observe que, no Brasil, existem dois Tribunais de Contas de natureza municipal (o TCM-SP e o TCM-RJ). No entanto, o TCM-SP e o TCM-RJ apenas 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale existem enquanto rgos municipais porque eles foram criados antes da CF/88. Destaca-se a posio do STF de que poder ser institudo no Municpio um Tribunal de Contas que, embora atue em um Municpio especfico, ser um rgo estadual. Esse rgo ser denominado Conselho ou Tribunal de Contas dos Municpios (ADI 687, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 10.02.2006). Vamos s alternativas! Letras A, B e C: erradas. No poder ser criado um Tribunal de Contas no Municpio, ainda que haja previso na Lei Orgnica, lei estadual ou em lei federal. Caso isso ocorresse, haveria violao direta ao art. 31, ¤ 4¼, CF/88. Letra E: errada. A CF/88 no admite a criao de um Tribunal de Contas do Municpio. A Carta Magna autoriza apenas a criao de rgo estadual, denominado Conselho ou Tribunal de Contas dos Municpios. O gabarito a letra D. A CF/88 no autoriza a criao de rgo municipal de contas. 10. (FGV / TCM-SP Ð 2015) A respeito da atuao dos Tribunais de Contas na fiscalizao contbil, financeira e oramentria, considere V para a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s). ( ) A fiscalizao das empresas pblicas e das sociedades de economia mista est limitada aos bens ou valores pblicos por elas administrados. ( ) O Tribunal de Contas possui competncia para julgar as contas de gesto do Chefe do Poder Executivo de qualquer ente federativo. ( ) Na medida em que o Tribunal de Contas est inserido na estrutura do Poder Legislativo, suas decises condenatrias esto suscetveis reviso dessa estrutura de poder nas hipteses previstas em lei. A sequncia correta : a) V Ð F Ð F; b) F Ð V Ð V; c) F Ð F Ð F; d) V Ð V Ð V; e) V Ð F Ð V. 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale Comentrios: A primeira assertiva est errada. As empresas pblicas e as sociedades de economia mista esto sujeitas fiscalizao do TCU, inclusive aquelas que exploram atividade econmica. A fiscalizao do TCU no se limita aos bens ou valores pblicos, mas todos os bens administrados pelas empresas pblicas ou sociedades de economia mista. A segunda assertiva est errada. Os Tribunais de Contas no julgam as contas do Chefe do Poder Executivo. Eles apenas apreciam as contas do Chefe do Poder Executivo, mediante parecer prvio. O julgamento dessas contas cabe ao Poder Legislativo. A terceira assertiva est errada. O Tribunal de Contas no integra a estrutura do Poder Legislativo. Trata-se de rgos autnomos. Suas decises no esto suscetveis reviso pelo Poder Legislativo. O gabarito a letra C. 11. (FGV / TCE-RJ Ð 2015) O Chefe do Poder Executivo de determinado municpio nordestino formulou consulta sua assessoria jurdica solicitando que fosse esclarecido para qual rgo deveriam ser encaminhadas as contas a respeito da aplicao dos recursos repassados pela Unio, em razo da participao do municpio no resultado da explorao de gs natural realizadaem seu territrio. De acordo com a sistemtica constitucional, correto afirmar que as contas devem ser analisadas: a) pelo Tribunal de Contas do respectivo municpio, pois a receita auferida se incorporou ao patrimnio municipal; b) exclusivamente pela Cmara Municipal, rgo competente para emitir parecer e julgar as contas de governo apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo do municpio; c) pelo Tribunal de Contas da Unio, pois os recursos minerais, inclusive os do subsolo, so de propriedade da Unio; d) exclusivamente pelo Congresso Nacional, rgo competente para apreciar a correta aplicao de bens e receitas da Unio; e) pelo Tribunal de Contas do Estado, pois pertencem a cada ente federativo as receitas recebidas a ttulo de participao, sendo to somente repassadas pela Unio. Comentrios: 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale Para resolver essa questo, voc deveria saber que os royalties so considerados Òreceita prpriaÓ dos Estados, Distrito Federal e Municpios, em razo do art. 20, ¤ 1¼, CF/88. Por isso, no da competncia do TCU fiscalizar os recursos repassados aos Municpios na forma de royalties. A competncia dos Tribunais de Contas Estaduais. Foi exatamente esse o posicionamento do STF no MS 24.312. Segundo a Corte, cabe ao TCU apenas a fiscalizao dos recursos repassados pela Unio Òmediante convnio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Municpio". O gabarito a letra E. 12. (FGV / TJ-PI Ð 2015) Ao receber as contas de governo de determinado Prefeito Municipal, o Tribunal de Contas competente detectou inmeras irregularidades. Ë luz da sistemtica constitucional, o Tribunal de Contas deve: a) julgar as contas irregulares, aplicando ao Prefeito Municipal as sanes cabveis; b) emitir parecer prvio, que pode ser acolhido ou rejeitado pela maioria simples da Assembleia Legislativa; c) emitir parecer prvio, que pode ser acolhido ou rejeitado pela maioria simples da Cmara Municipal; d) emitir parecer prvio, ao qual ficar vinculada a Cmara Municipal, o que resultar na rejeio das contas; e) emitir parecer prvio, que somente deixar de prevalecer pelo voto de dois teros dos membros da Cmara Municipal. Comentrios: O Tribunal de Contas Estadual (TCE) tem competncia para apreciar as contas do Prefeito. O julgamento das contas do Prefeito cabe Cmara Municipal. O TCE aprecia as contas do Prefeito mediante parecer prvio, o qual somente poder ser rejeitado pela Cmara Municipal pelo voto de 2/3 (dois teros) dos seus membros. O gabarito a letra E. 13. (FGV / DPE-RO Ð Analista Ð 2015) O Congresso Nacional e o Tribunal de Contas, no exerccio de suas competncias constitucionais, devem adotar providncias para evitar que certos atos do Poder 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale Executivo possam redundar em despesas margem da juridicidade. A esse respeito, correto afirmar que a sustao de contratos considerados ilegais pode ser realizada pelo: a) Tribunal de Contas, to logo tenha conhecimento de sua existncia; b) Congresso Nacional, caso a ilegalidade detectada pelo Tribunal de Contas no seja sanada, pelo rgo ou entidade, no prazo estabelecido; c) Tribunal de Contas, caso a ilegalidade detectada no seja sanada, pelo rgo ou entidade, aps o prazo de 5 (cinco) dias; d) Congresso Nacional, mas somente quando julgar as contas anualmente prestadas pelo Chefe do Poder Executivo, aps parecer prvio do Tribunal de Contas; e) Tribunal de Contas, mas somente quando apreciar as contas de governo anualmente apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo. Comentrios: A sustao de contratos administrativos compete ao Congresso Nacional, nos termos do art. 71, ¤ 1¼, CF/88. A resposta a letra B. 14. (FGV/ Cmara Municipal de Caruaru Ð 2015) De acordo com a sistemtica constitucional afeta fiscalizao contbil oramentria e financeira do Municpio, correto afirmar que o controle externo a) exercido pelos Tribunais de Contas Municipais, isso nos Municpios que, aps a promulgao da Constituio de 1988, tenham decidido instituir essas estruturas orgnicas. b) denota a possibilidade de serem anulados os atos ilegais e revistos aqueles que no se mostrem convenientes e oportunos. c) exercido pela Cmara Municipal, que apreciar o parecer prvio emitido pelo Tribunal de Contas sobre as contas anuais do Prefeito, somente podendo rejeit-lo pelo voto de dois teros dos seus membros. d) exercido pela Cmara Municipal, que apreciar o parecer prvio emitido pelo Tribunal de Contas sobre as contas anuais do Prefeito, podendo acolh-lo ou rejeit-lo pela maioria dos seus membros. e) exercido pelo Tribunal de Contas competente, que julgar as contas anuais de governo do Prefeito Municipal, podendo acolh-las ou rejeit-las, bem como aplicar as sanes cabveis. Comentrios: 31108044840 - TIAGO RODRIGO MONTEIRO www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 49 DIREITO CONSTITUCIONAL – CGE‑RO Teoria e Questões Aula 07 – Profa Nádia / Prof. Ricardo Vale Nos Municpios, o controle externo realizado pela Cmara Municipal. competncia da Cmara Municipal julgar as contas do Prefeito, aps o parecer prvio emitido pelo Tribunal de Contas. Esse parecer prvio do Tribunal de Contas somente poder ser rejeitado pelo voto de 2/3 dos membros da Cmara Municipal. O gabarito a letra C. 15. (FGV / TJ-SC Ð 2015) Com os olhos voltados sistemtica constitucional brasileira a respeito da fiscalizao contbil, financeira e oramentria, correto afirmar que o Tribunal de Contas deve: a) julgar as contas apresentadas por todos os agentes pblicos; b) negar-se a registrar a aposentadoria, concedida pelo rgo competente, que no preencha os requisitos legais; c) eximir-se de fiscalizar as contas prestadas pelos entes da administrao pblica indireta; d) eximir-se de fiscalizar as contas prestadas pela Mesa da Casa Legislativa, que sero apreciadas pelo Poder Legislativo; e) ter suas decises referendadas pelo Poder Legislativo para que adquiram eficcia. Comentrios: Letra A: errada. O TCU apenas aprecia as contas do Presidente da Repblica. Letra B: correta. competncia do TCU Òapreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisso de pessoal, a qualquer ttulo, na administrao direta e indireta, includas as fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, excetuadas as nomeaes para cargo de provimento em comisso, bem como a das concesses de aposentadorias, reformas e penses, ressalvadas as melhorias posteriores que no alterem o fundamento legal do ato concessrioÓ. (art. 71, III, CF/88). Dessa forma, caso o TCU constate ilegalidades no ato de concesso de aposentadoria, dever abster-se de registr-la. Letra C: errada. O TCU tem competncia para fiscalizar as contas prestadas pelos entes da administrao pblica direta e indireta. Letra D: errada. O TCU tambm fiscaliza as contas prestadas pela Mesa das Casas Legislativas. Letra E: errada. O TCU rgo que atua com independncia. Suas decises no esto
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