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EDUCAÇÃO MEDIADA POR TECNOLOGIAS 1

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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 LICENCIATURA EM MATEMÁTICA 
 
 
 
 SILVANO APARECIDO DA SILVA 
 
 
 
 EDUCAÇÃO MEDIADA POR TECNOLOGIAS 
 ATIVIDADE PARA AVALIAÇÃO SEMANA 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 IBIUNA – SÃO PAULO 
 2018 
 
 
 SILVANO APARECIDO DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 EDUCAÇÃO MEDIADA POR TECNOLOGIAS 
 ATIVIDADE PARA AVALIAÇÃO SEMANA 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 IBIUNA - SÃO PAULO 
 2018 
 
 
Trabalho desenvolvido para a 
disciplina ”Educação mediada 
por tecnologias” do curso de 
Licenciatura em Matemática da 
Universidade Virtual do Estado 
de São Paulo. 
Uso de mídias em projetos da minha cidade. 
 
Em qualquer sociedade a criação das crianças ocupa papel central na vida da 
comunidade. Tem sido assim há séculos, desde quando a maior preocupação era 
ensinar aos pequenos a sobreviver por conta própria em meio à natureza. É claro 
que hoje as prioridades de conhecimento mudaram, assim como a própria maneira 
como encaramos a infância, no entanto, o desejo de preparar os jovens para o futuro 
da melhor maneira possível permanece. 
A novidade da educação no século XXI parece focar justamente no fato de que a 
melhor maneira, na verdade, não é um conceito único. Cada vez mais surgem 
escolas que rompem estereótipos do que acreditamos ser uma boa instituição de 
ensino – centrada na disciplina e em conteúdos pré-determinados – focando em 
realidades locais e na autonomia da criança em perseguir seus interesses e 
desenvolver habilidades cada vez mais necessárias para a convivência global. 
Nessas escolas do futuro, mais do que apenas preparar os alunos para o vestibular, 
busca-se formar cidadãos globais que contribuirão efetivamente para a construção 
de um mundo melhor, através de conceitos como liderança, respeito, tolerância, 
solidariedade e sustentabilidade, que são ensinados em paralelo aos conhecimentos 
técnicos e acadêmicos. 
O mais interessante é que essa busca está se tornando cada vez mais abrangente e 
inclusiva, com diferentes iniciativas se proliferando pelo mundo todo. Algumas 
representantes brasileiras estão se destacando com propostas educacionais 
inovadoras, que misturam tecnologia, valorização da natureza e responsabilidade 
social em suas filosofias. 
Em Cotia, na Grande São Paulo, o Projeto Âncora aposta na ideia de construir um 
mundo melhor através da educação, promovendo a inserção social de crianças e 
adolescentes carentes com o uso de um modelo nada convencional. A proposta 
valoriza a autonomia no processo de aprendizagem, enxergando-o como uma busca 
pessoal do aluno, explica a representante do projeto, Ana Paula Alcantara. 
“A aprendizagem é customizada, ela é coletiva, mas também é uma busca pessoal. 
A criança precisa estar motivada a aprender para realmente conseguir absorver 
esses conteúdos de maneira efetiva, não porque precisa estudar para uma prova, 
depois esquece e nunca mais usa”, disse Ana Paula aos Olhares do Mundo. 
Dessa forma, os estudantes formam turmas de acordo com seu ritmo de 
desenvolvimento – e não idade. Cada aluno tem um roteiro pessoal de estudos, 
preparado exclusivamente para ele, e que será desenvolvido em parceria com a 
comunidade. 
A tecnologia é peça fundamental nessa integração, especialmente no que diz 
respeito à comunicação entre equipe pedagógica e as turmas, assim como o 
acompanhamento do progresso das crianças. 
A escola conta com uma plataforma digital em que os alunos têm suas próprias 
páginas, em uma espécie de blog interno. Nelas, as crianças postam o que 
aprenderam seu progresso em relação às atividades, seus interesses. Também são 
registradas suas atitudes e comportamentos. No fim, tudo se transforma em um 
relatório utilizado por professores, coordenadores e assistentes sociais para 
monitorar o aprendizado das crianças. O objetivo da escola no futuro é conseguir 
que os pais também tenham acesso ao software, conta Ana Paula. 
Os alunos também podem interagir entre si na plataforma através dos chamados 
grupos de responsabilidade, espécie de comissões em que eles se reúnem para 
discutir e solucionar problemas do dia a dia, como alimentação, bullying, uso da 
água, conservação da horta, cuidados com os materiais escolares, manutenção das 
instalações, comunicação, eventos, entre outros. 
A ideia é que os jovens busquem seus interesses e aprendam com eles na prática, 
explica Ana Paula: 
“Por que você tem que aprender dentro da escola se você, por exemplo, tem um 
gosto por marcenaria? O grupo ou você mesmo pode ir à marcenaria do seu bairro e 
entender como são feitas as coisas. Ali você mede, aprende sobre volume, vários 
conteúdos que você sobe para a plataforma e por whatsapp você fala com seu tutor 
(professor). (…) A autonomia se dá dessa maneira: eu sou responsável pelo meu 
estudo, faço meu planejamento, realizo minha auto avaliação com ajuda do meu 
tutor e sou avaliado por ele. Assim evoluo os meus estudos”, comenta. 
“A instituição trabalha para que a gente consiga formar comunidades de 
aprendizagem e elas só são possíveis por conta da tecnologia, que é a grande 
tecelã desta rede”, completa. 
Mas há também um cuidado para que a tecnologia seja inserida de modo construtivo 
nesse aprendizado. Os alunos são incentivados a utilizar computadores 
e smartphones como ferramentas de estudo, porém, apenas aqueles que 
apresentaram um comportamento responsável durante um ano e meio de avaliações 
podem utilizá-los durante as aulas – e nunca para navegar em jogos ou redes 
sociais. 
Em São Paulo, a Escola Viva também visa preparar seus alunos para os desafios 
do mundo contemporâneo com responsabilidade, considerando a tecnologia como 
parte fundamental do processo de aprendizagem. 
Hoje não podemos desconsiderar que o celular é parte do corpo desse aluno. Então 
ao invés de ficar só na restrição de uso, também pensamos em formas de usar esse 
dispositivo a favor dos diferentes processos de aprendizagem”, explica a 
coordenadora do Ensino Fundamental II, Luce Diogo. 
Um exemplo da adoção efetiva da tecnologia em sala de aula realizada pela escola 
está em um projeto dos alunos do sexto ano envolvendo a pesquisa sobre 
civilizações antigas e o popular game de construção de mundos Minecraft para a 
disciplina de História, relembra Luce. 
“Uma coisa é você ver as imagens do modo de vida de uma civilização antiga 
através de uma página de livro, uma relação bidimensional. Outra é você pensar 
nesses dados coletados no livro e construir uma estrutura tridimensional dentro de 
um jogo. Esse processo fez com que o aluno experimentasse o lugar de 
protagonista, porque ele tinha que coletar dados, elaborar um projeto, montar uma 
estrutura e depois conhecera estrutura que outros alunos criaram. O instrumento de 
avaliação era a própria maquete construída no jogo, não era mais a prova”. 
Adotar esse tipo de abordagem exigiu que a escola também preparasse a própria 
equipe para lidar com os desafios do mundo digital, além de trazer os pais para a 
discussão,propondo um debate amplo e rompendo antigos preconceitos. 
Nós trabalhamos em uma frente de formação com adultos, famílias e professores. 
Para o professor o universo virtual nas relações com os alunos é uma experiência 
nova. Ele pode ter alunos na sua rede social? O que isso significa? Esses são 
pontos de reflexão para a equipe de professores, entender os impactos dessas 
escolhas e a responsabilidade de cada um. 
 Outra questão, é que chamamos a assessora de língua portuguesa para conversar 
conosco sobre o texto do mundo virtual. Havia uma crença de que se o aluno 
escrevesse com abreviações ou palavras novas nesses dispositivos poderia 
impactar negativamente na escrita de um texto. E então ela nos trouxe pesquisas de 
universidades defendendo que não há prejuízo na escrita de textos porque o aluno 
escreve muito nesse tipo de dispositivo. Isso foi uma quebra de paradigma na 
escola, havia uma insegurança das famílias em relação a isso e uma preocupação 
em relação a formação desse escritor”, comenta Luce. 
Para a instituição, o destaque conferido aos usos construtivos da tecnologia e seus 
impactos na nova sociedade em que estão inseridos ajuda os estudantes a 
compreenderem melhor as consequências de suas ações e, portanto, evitarem 
situações perigosas, como o ciberbullying. 
“Queremos formar pessoas que saibam atuar em ambientes colaborativos e que 
pensem soluções para questões do mundo contemporâneo. O jovem quando está 
em um ambiente virtual, ele tem a sensação que está no ambiente privado. Então 
um passo para essa formação é entender que é um ambiente híbrido, não é nem só 
privado e nem só público. Ele precisa entender que, ao publicar conteúdos no 
mundo virtual, ele tem uma responsabilização, um compromisso ético.” 
Aproveitar a tecnologia para desenvolver competências sociais, acadêmicas e 
pessoais necessárias ao mundo global também é o objetivo da Avenues, que abrirá 
sua primeira unidade em São Paulo em 2018. O colégio já tem uma unidade em 
Nova York e pretende promover o intercâmbio entre os alunos, além de uso 
extensivo da tecnologia nas instalações, com direito a Wi-Fi em todas as 
dependências, tabletes e computadores como material didático e uma equipe 
totalmente focada no desenvolvimento de novas tecnologias como partes centrais 
em seu programa de estudos, como explica Dirk A. DeLo diretor global de 
Infraestrutura e Desenvolvimento de Campus da Avenues: 
A tecnologia é uma ferramenta usada para permitir que nossos alunos ampliem seu 
aprendizado para muito além das paredes da sala de aula. Como parte de nossa 
missão de criar cidadãos globais, a tecnologia permite que os estudantes fiquem 
confortáveis fora de suas zonas de conforto desde muito pequenos. “Nosso currículo 
também enfatiza o uso responsável da tecnologia, para que nossos alunos usem o 
poder da tecnologia para o aprendizado apropriado e produtivo e compreendam o 
que significa ser um cidadão digital responsável”. 
Utilizando o método STEAM (uma abordagem integrada de Ciências, Tecnologia, 
Engenharia, Artes e Matemática) como estratégia pedagógica, a escola incluirá a 
tecnologia até mesmo no ensino do jardim de infância, adequando à utilização de 
acordo com a idade e necessidade das crianças. 
Para Dirk, a “tecnologia permite a criação de novas habilidades, inconcebíveis sem 
ela”, o que também abre novas possibilidades para um sistema de educação mais 
adaptável e abrangente: 
Combinada com o aprendizado personalizado, a tecnologia cria um ambiente mais 
inclusivo. Existem aplicativos colaborativos que podem ser usados para uma 
participação mais livre dos estudantes e a tecnologia assistiva integrada aos tabletes 
realmente permite que crianças com necessidades especiais ou até mesmo adultas 
não alfabetizadas a utilizem como ferramenta de aprendizagem, avaliam. 
As estratégias que a educação vem encontrando para se adaptar ao mundo virtual 
são muitas, o que torna o debate cada vez mais rico e frutífero. Ainda é cedo para 
saber como cada método irá se desenvolver e quais as próximas adaptações à 
sociedade exigirá, porém, a tendência de alunos cada vez mais empoderados, 
recebendo formações que levam em consideração todos os âmbitos de sua vida, 
parece ser a melhor saída para a criação de um sistema educacional mais justo, 
moderno e eficiente. Com estudantes motivados, cheios de energia para criar um 
futuro melhor, o benefício definitivamente será de todos.

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