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U2Audição e Surdez

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EA
D
2
Audição e Surdez
1. ObjetivOs
•	 Analisar	o	processo	normal	da	audição.
•	 Demonstar	o	que	é	a	deficiência	auditiva/surdez	e	refletir	
sobre	ela.
•	 Reconhecer	as	formas	de	tratamento	e	de	prevenção	da	
deficiência	auditiva.
2. COnteúdOs
•	 Audição	normal.
•	 Deficiência	auditiva/surdez.
•	 Formas	de	tratamento	e	de	prevenção	da	deficiência	auditiva.
3. Orientações para O estudO da unidade
Antes	de	 iniciar	o	estudo	desta	unidade,	é	 importante	que	
você	leia	as	orientações	a	seguir:
© Língua Brasileira de Sinais
 Claretiano - Rede de eduCação
54
1)	 Para	que	você	tenha	um	bom	desenvolvimento	no	estu-
do	desta	disciplina	e	compreenda	os	conceitos	aborda-
dos,	é	fundamental	interagir	com	seu	tutor	e	colegas	na	
Sala	de	Aula	Virtual,	sanando	suas	dúvidas	e	levantando	
novos	questionamentos	acerca	dessa	temática.
2)	 Lembre-se	de	anotar	ou	grifar	o	que	considerar	mais	im-
portante	nas	leituras.	Isso	facilitará	seus	estudos	para	a	
avaliação	final.
3)	 Não	deixe	de	realizar	a	leitura	complementar	apresenta-
da	ao	final	desta	unidade,	ela	irá	ajudá-lo	a	compreender	
uma	questão	muito	importante	que	aflige	a	comunidade	
surda	que	é	o	implante	coclear.
4)	 No	final	desta	unidade,	você	encontrará	algumas	questões	
autoavaliativas.	Responda	todas	as	questões	e,	em	caso	de	
dúvidas,	entre	em	contato	com	o	seu	tutor	e	com	os	seus	
colegas	na	Sala	de	Aula	Virtual	para	solucioná-las.
4. intrOduçãO à unidade
Dando	 continuidade	 aos	 estudos	 realizados	 na	Unidade	1,	
na	qual	você	conheceu	a	história	da	educação	dos	surdos	no	Brasil	
e	as	abordagens	educacionais	(oralismo,	comunicação	total	e	bi-
linguismo)	que	orientaram	a	educação	desses	alunos	ao	longo	da	
história,	vamos,	nesta	unidade,	estudar	os	aspectos	relacionados	à	
audição	normal	e	aos	problemas	do	aparelho	auditivo,	enfocando	
as	implicações	que	uma	perda	de	audição	pode	acarretar	para	ao	
processo	educacional.	
Os	 conteúdos	 que	 abordaremos	 ajudarão	 você	 a	 compre-
ender	 a	 configuração	 do	 aparelho	 auditivo	 e	 seu	 funcionamen-
to	normal.	Trabalharemos,	também,	a	definição	e	a	classificação	
das	perdas	auditivas,	suas	causas	mais	frequentes,	os	métodos	de	
prevenção,	 bem	 como	o	processo	 de	diagnóstico	 e	 reabilitação,	
incluindo	uma	discussão	sobre	a	indicação	e	a	adaptação	de	próte-
ses	auditivas	e	de	implante	coclear.
Bons	estudos!
55© Audição e Surdez
5. audiçãO
A	audição	é	o	meio	pelo	qual	o	indivíduo	entra	em	contato	
com	o	mundo	sonoro	e	com	as	estruturas	da	língua	oral,	possibi-
litando,	dentre	outras	coisas,	o	desenvolvimento	da	linguagem.	A	
língua	oral	é	o	principal	meio	de	comunicação	entre	os	seres	hu-
manos,	e	a	audição	participa	efetivamente	no	processo	de	apren-
dizagem	desde	os	conceitos	mais	básicos,	até	a	aprendizagem	da	
leitura	e	da	escrita.	Adicionalmente,	a	audição	influencia	decisiva-
mente	nas	 relações	 interpessoais,	 que	permitirão	um	adequado	
desenvolvimento	 pessoal	 e	 emocional	 (SILVA,	 KAUCHAKJE	 e	GE-
SUELI,	2003).
Basicamente,	a	audição	desempenha	as	funções	de:
1)	 Localização e identificação:	capacidade	de	reconhecer-
mos	de	onde	vem	um	som	e	qual	é	a	fonte	sonora	que	o	
está	produzindo.
2)	 alerta:	capacidade	de	nos	atentarmos	para	todos	os	es-
tímulos	sonoros	que	nos	rodeiam,	como,	por	exemplo,	a	
buzina	de	um	carro	vindo	em	nossa	direção.
3)	 socialização:	 capacidade	 de	 nos	 relacionarmos,	 pois	 é	
principalmente	pela	audição	que	entramos	em	contato	
com	as	outras	pessoas.
4)	 intelectual:	grande	parte	das	 informações	nos	é	trans-
mitida	por	meio	do	código	oral.
5)	 Comunicação:	a	fala	é	o	meio	de	comunicação	mais	utili-
zado	pelo	homem,	e	é	por	meio	da	audição	que	a	lingua-
gem	e	a	fala	se	desenvolvem.
Para	compreendermos	o	processo	normal	da	audição,	é	ne-
cessário	conhecer	a	anatomia	do	ouvido	humano.	O	nosso	ouvido	
é	formado	pela	orelha	externa,	média	e	interna.	Vejamos,	agora,	
um	pouco	mais	sobre	cada	uma	delas.
Conforme	mostra	o	esquema	da	Figura	1,	a	orelha	externa	
é	constituída	pelo	pavilhão	auricular,	conduto	auditivo	externo	e	
membrana	timpânica.	Essas	estruturas	são	responsáveis	pela	cap-
tação	e	condução	do	estímulo	sonoro.
© Língua Brasileira de Sinais
 Claretiano - Rede de eduCação
56
orelha	externa
canal
auditivo
externo
hélix
concha
tragus
anti-tragus
cartilagem
Figura	1	Orelha externa.	
A	orelha	média	(Figura	2)	assemelha-se	a	uma	caixa	preen-
chida	por	ar.	Nela,	encontramos	os	três	menores	ossos	do	nosso	
corpo:	martelo,	bigorna	e	estribo.	A	orelha	média	é	responsável	
pela	transformação	da	energia	sonora	em	energia	mecânica,	bem	
como	pela	proteção	da	orelha	interna	de	sons	muito	intensos,	por	
meio	da	contração	do	músculo	estapédio.
janela	oval
tuba	auditiva
cavidade	da	
orelha	média
membrana	do	
timpano
estribo
martelo
bigorna
Figura	2	Orelha média.
Como	exemplo,	imagine	que	você	fique	exposto	a	um	lugar	onde	
há	sons	intensos,	como	uma	casa	noturna,	um	show	de	rock	ou	uma	
rua	onde	homens	trabalham	com	britadeiras.	É	devido	à	ação	do	mús-
culo	estapédio	que,	ao	sair	de	um	desses	locais,	você	tem	a	sensação	
57© Audição e Surdez
de	ouvido	tapado	e	de	não	estar	ouvindo	adequadamente.	Após	alguns	
minutos,	esse	músculo	vai	relaxando	e	sua	audição	volta	ao	normal.
A	orelha	interna	(Figura	3)	compreende	a	cóclea	e	os	canais	
semicirculares.	Nos	canais	semicirculares,	encontram-se	as	estru-
turas	responsáveis	pelo	equilíbrio.	A	cóclea	é	formada	por	um	ór-
gão,	chamado	órgão	de	Corti,	que	transforma	a	energia	mecânica,	
proveniente	da	orelha	média,	em	impulso	nervoso.
 
canais	 nervo	
vestibular
nervo	
coclear
janela	
oval
cóclea
Figura	3	Orelha interna.
Na	orelha	interna,	são	realizadas	as	diferenciações	sonoras,	
ou	seja,	o	reconhecimento	de	um	som	grave	e	de	um	som	agudo.	
Os	impulsos	nervosos	provenientes	das	células	ciliadas	são	trans-
mitidos	 para	 o	 cérebro,	 onde	 irá	 acontecer	 a	 interpretação	 dos	
sons,	ou	seja,	os	sons	passarão	a	ter	significado	para	o	indivíduo.	
Quando	uma	pessoa	apresenta	uma	dificuldade	de	interpretação	
dos	sons	detectados,	dizemos	que	ela	possui	uma	Desordem	do	
Processamento	Auditivo	Central.
Até	aqui,	estudamos	as	partes	que	compõem	o	sistema	au-
ditivo.	Vejamos,	agora,	de	uma	forma	resumida,	como	se	processa	
a	fisiologia	da	audição.
A	 onda	 sonora	 captada	 pelo	 pavilhão	 auricular	 e	 conduzi-
da	pelo	conduto	auditivo	externo	faz	a	membrana	timpânica	e	o	
© Língua Brasileira de Sinais
 Claretiano - Rede de eduCação
58
sistema	ossicular	(martelo,	bigorna	e	estribo)	vibrarem.	O	estribo	
provoca	a	movimentação	da	membrana	da	janela	oval,	estrutura	
que	liga	a	orelha	média	à	orelha	interna.	Esse	movimento	provoca	
o	deslocamento	nos	líquidos	que	se	encontram	dentro	da	cóclea,	
estimulando	o	órgão	de	Corti.	Ocorre,	então,	a	transmissão	do	im-
pulso	nervoso	para	o	nervo	auditivo	e	deste,	passando	por	diversas	
estruturas,	para	o	córtex	cerebral,	para	ser	interpretado.	Quando	
um	indivíduo	apresenta	uma	dificuldade	na	percepção	dos	sons,	
dizemos	que	ele	apresenta	uma	deficiência	auditiva	ou	surdez.
6. defiCiênCia auditiva/surdez
A	surdez	é	caracterizada	como	um	problema	sensorial	não	evi-
dente,	que	acarreta	dificuldades	na	detecção	e	na	percepção	dos	
sons.	Na	primeira	infância,	a	presença	de	qualquer	alteração	no	sis-
tema	auditivo	pode	comprometer	o	desenvolvimento	da	criança	em	
vários	aspectos,	como	o	cognitivo,	o	linguístico	e	o	social.
No Brasil, cerca de 15 milhões de pessoas apresentam algum 
tipo de perda auditiva. O Censo de 2000, realizado pelo Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que 3,3% da 
população responderam ter algum problema auditivo e, aproxima-
damente, 1% declarou ser incapaz de ouvir. Disponível em: <www.
surdo.org.br>. Acesso em: 12 abr. 2010.Os	fatores	etiológicos,	 isto	é,	aqueles	que	podem	causar	a	
perda	 da	 audição,	 podem	ocorrer	 no	 período	 pré-natal,	 perina-
tal	 ou	 pós-natal.	 A	 deficiência	 auditiva	 pode	 ser	 classificada	 em	
congênita,	quando	o	problema	que	provocou	a	perda	de	audição	
ocorreu	antes	do	nascimento,	ou	adquirida,	quando	o	problema	
ocorreu	durante	ou	após	o	nascimento.
Os	fatores	pré-natais	–	aqueles	que	acometeram	o	sistema	
auditivo	durante	a	gestação	–	mais	comuns	são	a	hereditarieda-
de,	as	síndromes	genéticas	e	o	histórico	familiar.	Entretanto,	exis-
tem	algumas	doenças	adquiridas	pela	mãe	durante	a	gestação,	ou	
59© Audição e Surdez
complicações	ocorridas	durante	o	período	pré-natal,	que	não	são	
de	caráter	hereditário,	ou	seja,	que	não	passam	de	pai	para	filho	
por	ocasião	da	concepção.	Dentre	elas,	podemos	destacar:
1)	 rubéola:	 é	 a	 principal	 causa	 pré-natal	 de	 deficiência	
auditiva.	Nas	crianças	com	rubéola	congênita,	observa-
-se	um	comprometimento	auditivo	em	mais	de	50%	dos	
casos.	Além	da	possibilidade	de	desenvolver	problemas	
cardíacos,	visuais	e	neurológicos.
2)	 sífilis:	é	uma	doença	que,	se	não	tratada,	pode	causar	
várias	 consequências	 ao	 bebê.	 É	 contraída	 pela	 mãe	
(Treponema pallidum)	no	momento	da	relação	sexual.
3)	 toxoplasmose:	provocada	por	um	parasita	presente	em	
animais	 domésticos,	 como	 gato,	 coelho	 ou	 cachorro.	
A	grávida	contamina	o	feto	por	meio	da	placenta,	pro-
vocando	 sérias	 complicações,	 principalmente	 nos	 três	
primeiros	meses	de	gestação.	O	bebê	pode	nascer	com	
deficiência	auditiva,	retardo	mental	ou	visão	subnormal.
4)	 Citomegalovírus:	acredita-se	que	sua	transmissão	acon-
teça	por	meio	da	saliva	e	da	relação	sexual.	A	contamina-
ção	do	bebê	pode	acontecer	ainda	na	gravidez	ou	duran-
te	a	sua	passagem	por	meio	do	canal	do	parto.	Quando	
a	doença	é	contraída	nas	fases	iniciais	da	gestação,	pode	
causar	no	feto	desde	uma	infecção	inaparente,	sem	con-
sequências,	 até	 retardo	 mental,	 deficiência	 auditiva,	
comprometimento	 de	 visão	 e	 calcificações	 no	 cérebro	
que	provocam	crises	convulsivas.
5)	 Herpes:	 é	 uma	 das	 doenças	 sexualmente	 transmissí-
veis	mais	 comuns	e	pode	causar	 feridas	em	diferentes	
mucosas	do	corpo.	A	transmissão	do	vírus	para	o	bebê	
acontece	durante	o	nascimento,	podendo	causar	sérias	
consequências	ao	bebê,	levando-o,	inclusive,	à	morte.
6)	 alterações endócrinas:	como,	por	exemplo,	a	diabetes.
7)	 desnutrição materna:	má	alimentação	da	mãe	durante	
a	gravidez.
8)	 ingestão de drogas e/ou medicamentos:	alguns	medica-
mentos,	quando	ingeridos	pela	gestante,	são	responsá-
veis	pela	lesão	do	ouvido	do	bebê,	provocando	a	surdez.	
Antibióticos,	principalmente	os	da	família	dos	aminogli-
© Língua Brasileira de Sinais
 Claretiano - Rede de eduCação
60
cosídeos,	 são	 os	mais	 perigosos,	 além	de	 alguns	 tipos	
de	diuréticos	e	anti-hipertensivos.	As	medicações	mais	
perigosas	contêm,	entre	outros,	os	seguintes	princípios	
ativos:	 estreptomicina,	 gentamicina,	 canamicina,	 siso-
micina,	 amicacina,	 tobramicina.	 Além	das	medicações,	
há	algumas	substâncias	que	podem	estar	presentes	nas	
fórmulas	 de	 produtos	 de	 uso	 doméstico	 que	 também	
são	perigosas:	monóxido	de	carbono,	tabaco,	mercúrio,	
álcool,	arsênio	e	chumbo.	
9)	 fator rh (incompatibilidade sanguínea):	 o	 sangue	 do	
bebê	 (Rh+),	 sendo	 diferente	 do	 sangue	 da	mãe	 (Rh-),	
pode	trazer	problemas	no	futuro	da	saúde	da	criança.	
10)	fatores perinatais:	 acometem	 o	 bebê	 durante	 o	 seu	
nascimento.	Os	mais	comuns	para	a	deficiência	auditiva	
desta	categoria	são:
a)	 anóxia (falta	de	oxigenação).
b)	 prematuridade:	quando	o	nascimento	ocorre	antes	
da	38ª	semana	de	gestação.
c)	 Complicações no parto:	quando	o	resultado	do	tes-
te	de	Apgar	(ver	Glossário)	vai	de	0-4	no	1º	minuto	
ou	de	0-6	no	5º	minuto.	A	hipóxia	é	a	diminuição	da	
oferta	de	oxigênio	para	o	feto	durante	o	momento	
do	nascimento.	Dependendo	de	 sua	duração	 e	 in-
tensidade,	 pode	 causar	 lesões	 graves	 no	 cérebro,	
nos	ouvidos	e	em	outras	partes	do	organismo.
d)	 peso ao nascimento inferior a 1500 gramas,	 ou	
quando	a	criança	nasce	pequena	para	a	idade	ges-
tacional.	
11)	fatores pós-natais	–	aqueles	que	acorrem	após	o	nas-
cimento	 –	mais	 comumente	 encontrados	 em	 casos	de	
surdez	são:
a)	 drogas ototóxicas:	incluindo,	mas	não	se	limitando,	
os	aminoglicosídeos	quando	utilizados	em	múltiplas	
doses	ou	em	combinação	com	diuréticos.
b)	 ventilação mecânica por cinco dias ou mais.
c)	 infecções por vírus ou bactérias:	meningite,	saram-
po,	caxumba,	otite	média	recorrente	ou	persistente	
por	mais	de	três	meses.
61© Audição e Surdez
d)	 Lesões traumáticas:	traumatismos	cranioencefálicos.
e)	 permanência na incubadora por mais de sete dias.
f)	 distúrbios metabólicos.
g)	 traumas acústicos.
h)	 perda auditiva induzida por ruído ocupacional.
i)	 neuroma do nervo acústico (tumor).
j)	 presbiacusia:	envelhecimento	natural	da	orelha,	re-
sultante	do	conjunto	de	alterações	degenerativas	de	
todo	o	aparelho	auditivo.	Caracteriza-se	por	perda	
bilateral	da	audição	para	sons	agudos,	acompanha-
da,	geralmente,	por	perda	desproporcional	da	capa-
cidade	de	reconhecer	a	fala.	Essa	perda	é	gradual	e	
progressiva	(ver	Glossário).
A	 deficiência	 auditiva	 pode,	 também,	 ser	 classificada	 de	
acordo	com	a	localização	da	lesão,	com	o	grau	da	perda	de	audição	
e	com	o	momento	em	que	ocorreu	a	perda	auditiva.	Vejamos	cada	
uma	dessas	situações:
De	acordo	com	o	 local em	que	ocorreu	a	 lesão	do	sistema	
auditivo,	as	perdas	auditivas	podem	ser	classificadas	em:
•	 perda auditiva condutiva:	 determinada	 por	 alterações	 na	
orelha	externa	e/ou	orelha	média.	Na	maioria	das	vezes,	é	
passível	de	tratamento	medicamentoso	e/ou	cirúrgico.	Como	
exemplos	de	perdas	auditivas	condutivas,	podemos	citar	as	
otites,	a	otosclerose,	a	perfuração	timpânica	e	até	mesmo	a	
rolha	de	cerume.	Em	geral,	basta	aumentar	a	intensidade	do	
estímulo	sonoro	para	que	o	indivíduo	perceba	o	som.
•	 perda auditiva neurossensorial:	acontece	quando	as	cau-
sas	da	perda	auditiva	estão	localizadas	na	cóclea	e/ou	no	
nervo	auditivo.	Esse	tipo	de	lesão	é	irreversível,	causando	
diminuição	da	audição,	dificuldade	na	discriminação	au-
ditiva,	distorção	da	sensação	sonora	e	recrutamento.
•	 perda auditiva mista:	quando	encontramos	alterações	tan-
to	na	orelha	interna	quanto	na	orelha	externa	e/ou	média.
© Língua Brasileira de Sinais
 Claretiano - Rede de eduCação
62
A	Figura	4	 indica	os	 componentes	do	 sistema	auditivo	e	a	
localização	da	lesão:	
Adultos
• Exposição Excessiva ao Ruído
• Presbiacusia - Envelhecimento
• Hereditariedade
• Distúrbios Vasculares e
 Circulatórios
• Tumores e Outras Lesões
Crianças
Alterações do Ouvido Médio
• Otite Média
Causas Congênitas 
• Anomalias Crâniofaciais
• Histórico Familiar de Perda 
 Auditiva
• Infecções Congênitas
Outras
• Trauma Craniano
• Medicamentos Ototóxicos
• Distúrbios Infecciosos na
 Infância (Caxumba, Sarampo)
• Meningite Bacteriana
Principais Causas 
da Perda Auditiva
Figura	4	O ouvido humano.	
No	 que	 se	 refere	 ao	 grau,	 as	 perdas	 auditivas	 podem	 ser	
classificadas	em:	leve,	moderada,	severa	e	profunda,	conforme	as	
descrições	a	seguir:
1)	 perda leve	(de	26	dB	a	40	dB):	capacidade	de	perceber	
qualquer	som,	desde	que	em	intensidade	um	pouco	mais	
elevada.	 Sendo	assim,	uma	criança	com	perda	 leve	de	
audição	é	capaz	de	desenvolver	e	adquirir	a	linguagem	
oral	espontaneamente.	Assim,	o	problema	é	descoberto	
tardiamente;	geralmente,	o	indivíduo	não	se	adapta	ao	
aparelho	de	amplificação,	pois	sua	audição	é	muito	pró-
xima	da	considerada	normal	e	seu	problema,	dependen-
do	da	natureza,	é	irreversível. 
2)	 perda moderada	(de	41	dB	a	70	dB):	nesse	caso,	a	crian-
ça	pode	demorar	um	pouco	para	desenvolvera	fala	e	a	
linguagem;	apresenta	alterações	articulatórias	(troca	de	
letras,	principalmente	do	tipo	pato/rato;	réu/mel;	cão/
não)	por	não	perceber	todos	os	sons	com	clareza;	tem	
dificuldade	em	perceber	a	fala	em	ambientes	ruidosos.	
63© Audição e Surdez
Em	uma	conversação,	pergunta	muito	o	que	acabou	de	
ser	 dito,	 usando,	 por	 exemplo,	 as	 expressões	 "hein?"	
ou	 "como?";	 ao	 telefone,	não	escuta	 com	clareza.	Ge-
ralmente,	crianças	com	perda	moderada	de	audição	são	
desatentas	e	apresentam	dificuldade	no	aprendizado	da	
leitura	e	da	escrita.
3)	 perda severa	(de	71	dB	a	90	dB):	a	criança	com	este	grau	
de	perda	auditiva	apresenta	atraso	significativo	no	de-
senvolvimento	da	fala,	não	consegue	escutar	a	voz	hu-
mana	sem	uma	prótese	auditiva.	Sendo	assim,	ela	terá	
dificuldades	em	adquirir	a	 fala	e	a	 linguagem	esponta-
neamente;	poderá	adquirir	vocabulário	do	contexto	fa-
miliar;	é	 indicado	o	uso	do	aparelho	de	amplificação	e	
torna-se	necessário	o	acompanhamento	especializado.	
O	 indivíduo	 com	uma	perda	 severa	 de	 audição	 escuta	
sons	 intensos,	como	o	 latido	do	cachorro,	avião,	cami-
nhão,	serra	elétrica,	entre	outros.
4)	 perda profunda	(acima	de	91	dB):	a	criança	com	esse	tipo	
de	perda	dificilmente	desenvolverá	a	linguagem	oral	es-
pontaneamente;	somente	responderá,	auditivamente,	a	
sons	muito	intensos,	como,	por	exemplo,	trovão,	rojão,	
motor	de	carro	e	avião.	Frequentemente,	utiliza	a	leitura	
orofacial,	 isto	é,	procura	entender	a	palavra	falada	por	
outra	 pessoa	 observando	 os	 movimentos	 dos	 lábios.	
Necessita	fazer	uso	de	aparelho	e/ou	implante	coclear,	
bem	como	de	acompanhamento	especializado.	De	acor-
do	com	a	abordagem	bilíngue,	sua	primeira	língua	deve	
ser	a	de	sinais.
De	acordo	com	o	período	ou	a	época	em	que	ocorreu	a	per-
da	da	audição,	a	deficiência	auditiva	pode	ser	classificada	em:
•	 deficiência auditiva pré-verbal:	quando	a	criança	perde	
a	audição	antes	mesmo	de	ter	desenvolvido	a	linguagem	
e	a	fala.
•	 deficiência auditiva pós-verbal:	quando	a	criança	perde	
a	audição	depois	do	período	de	desenvolvimento	da	fala	
e	da	linguagem.
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7. diagnóstiCO e tratamentO dOs distúrbiOs 
da audiçãO
A	avaliação,	o	diagnóstico	e	o	atendimento	da	criança	com	
perda	auditiva	devem	ser	realizados	por	uma	equipe	formada	mul-
tiprofissional,	da	qual	devem	fazer	parte	o	médico	otorrinolaringo-
logista,	o	fonoaudiólogo,	o	pediatra	e,	em	alguns	casos,	o	psicólo-
go	e	o	assistente	social.
Vários	exames	podem	ser	realizados	para	diagnosticar	a	sur-
dez,	entre	eles,	podemos	citar:
1)	 Audiometria	do	tronco	cerebral	(BERA).
2)	 Otoemissões	acústicas.
3)	 Audiometria.
4)	 Avaliação	auditiva	comportamental.
5)	 Exame	do	processamento	auditivo.
Após	o	diagnóstico	da	perda	de	audição,	a	criança	deveria	
ter	garantido	acesso	aos	auxílios	terapêuticos	e	educacionais	com	
profissionais	especializados.
De	acordo	com	a	abordagem	bilíngue,	os	pais	deveriam	procurar	
a	comunidade	de	surdos	para	conhecer	melhor	a	cultura	surda,	as	lutas	
e	as	conquistas	dessa	comunidade,	bem	como	de	seus	familiares.
Quanto	ao	tratamento,	uma	das	alternativas	diante	da	defi-
ciência	auditiva	detectada	é	a	indicação,	pelo	médico,	do	uso	de	
prótese	auditiva.	Após	a	seleção,	o	fonoaudiólogo	realiza	a	adap-
tação	dessa	prótese	na	criança.
Entretanto,	os	profissionais	da	área	pontuam	que	vários	fa-
tores	podem	interferir	no	processo	de	reabilitação	da	pessoa	com	
surdez,	dentre	eles	a	idade,	a	motivação	para	utilizar	o	aparelho	de	
audição,	o	estilo	de	vida	dessa	pessoa,	bem	como	seu	estado	de	
saúde	geral	(GESSER,	2009).
Outra	possibilidade	de	 tratamento	para	a	deficiência	audi-
tiva	 é	 a	 realização	do	 implante	 coclear.	No	 entanto,	 a	 indicação	
65© Audição e Surdez
desse	tratamento	ainda	é	muito	restrita	e	com	custos	elevados,	e	
tem	sido	alvo	de	muitas	polêmicas.
O	 implante	coclear	 trata-se	de	um	método	 invasivo	para	a	
colocação	de	um	dispositivo	interno	no	osso	mastoide	do	pacien-
te.	O	 sucesso	 desse	 procedimento	 dependerá	 de	 vários	 fatores,	
dentre	 eles:	 idade	 do	 paciente,	 tempo	 de	 surdez,	 condições	 do	
nervo	auditivo,	quantidade	de	eletrodos	implantados,	situação	da	
cóclea,	acompanhamento	fonoaudiológico	e	médico	para	ativação	
e	ajuste	no	dispositivo	do	implantado	etc.
Apesar	de	 toda	essa	 tecnologia,	a	prevenção	e	a	detecção	
precoce	da	deficiência	auditiva	ainda	são	as	melhores	atitudes	a	se	
tomar.	A	seguir,	apresentamos	os	níveis	de	prevenção	da	deficiên-
cia	auditiva,	bem	as	principais	ações	que	podem	ser	desenvolvidas	
em	cada	um	desses	níveis.
prevenção dos distúrbios da audição
A	atenção primária	à	saúde	compreende	o	período	pré-patogê-
nese.	Nesse	período,	podem	ser	adotados	os	seguintes	procedimentos:
1)	 Aconselhamento	genético.
2)	 Medidas	de	imunização	para	combater	a	rubéola,	a	me-
ningite	e	a	caxumba,	doenças	relacionadas	à	deficiência	
auditiva;
3)	 Assistência	à	 saúde	da	gestante	e	do	neonato,	 contro-
lando	as	infecções	maternas,	administrando	de	maneira	
criteriosa	medicamentos,	especialmente	os	ototóxicos,	
ou	seja,	aqueles	que	podem	prejudicar	a	audição.
4)	 Medidas	de	redução	das	 infecções	da	orelha	média	nos	
primeiros	anos	de	vida;	por	exemplo,	ao	ser	amamentada,	
a	criança	deve	estar	com	a	cabeça	mais	alta	que	o	corpo,	
evitando,	assim,	que	o	 leite,	por	meio	da	tuba	auditiva,	
passe	para	a	orelha	média,	provocando	uma	otite.
A	atenção secundária	à	saúde	refere-se	ao	período	de	iden-
tificação	e	de	tratamento	precoce	dos	distúrbios	da	audição.	Algu-
mas	ações	para	prevenir	a	deficiência	auditiva	neste	nível	são:
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•	 Estar	 atento	 ao	desenvolvimento	da	 audição,	 fala	 e	 lin-
guagem	da	 criança,	 não	deixando	para	mais	 tarde	uma	
consulta	com	o	médico	a	fim	de	esclarecerem	suspeitas	
quanto	à	normalidade	de	seu	desenvolvimento.	
•	 Participar	de	programas	de	triagem	auditiva	em	materni-
dades,	unidades	básicas	de	saúde,	creches	e	escolas.
A	atenção terciária	à	saúde	está	relacionada	ao	período	des-
tinado	à	redução	do	prejuízo	provocado	pelo	distúrbio	auditivo,	e	
nesse	momento	a	 família	deve	procurar	a	 reabilitação	por	meio	
da	seleção	e	adaptação	de	próteses	auditivas	e	terapia	fonoaudio-
lógica,	ou	buscar	auxílio	na	comunidade	surda	para	que	a	crian-
ça	surda	possa,	o	mais	cedo	possível,	adquirir	a	língua	de	sinais	e	
constituir-se	um	sujeito	surdo.
8. Leitura COmpLementar
Nesta	 unidade,	 ao	 estudarmos	 sobre	 as	 formas	 de	 trata-
mento	das	perdas	auditivas,	mencionamos	o	Implante	Coclear	(IC)	
como	uma	alternativa	de	reabilitação.	No	entanto,	a	comunidade	
surda	tem	se	mostrado	contrária	à	realização	desse	procedimento,	
fundamentando	sua	negação	com	base	na	valorização	da	língua	de	
sinais,	no	contato	com	a	comunidade	surda	e	no	desenvolvimen-
to	de	pesquisas	científicas	que	evidenciaram	as	 línguas	de	sinais	
como	línguas	naturais.
Tais	 aspectos,	 segundo	Lichtig	et	al.	 (ver	Tópico	E-Referên-
cias),	 criaram	 um	 senso	 de	 coesão	 na	 comunidade	 surda,	 bem	
como	uma	cultura	surda	e	a	evidência	de	identidade	próprias.	Os	
autores	afirmam	que,	em	países	como,	por	exemplo,	os	Estados	
Unidos,	onde	a	comunidade	surda	é	mais	consolidada,	há	as	ex-
pressões	"deaf power"	ou	"deaf world",	que	caracterizam	a	impor-
tância	da	língua,	cultura	e	identidade	dos	surdos.	
Vejamos	a	justificativa	da	comunidade	surda	em	relação	ao	
IC	de	acordo	com	Lichtig	et	al.	(2003):
67© Audição e Surdez
Justificativa –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
A intolerância da comunidade surda com relação ao IC mostra-se contrária ao 
uso do IC em crianças surdas, especialmente naquelas com surdez pre-lingual, 
por acreditar que tal prática pode violar a integridade e os direitos humanosda 
criança e por limitar a opção da criança de ser ou não um usuário da Língua de 
Sinais ou do implante coclear (BDA, 1995). Ademais, o não uso de sinais pelas 
crianças surdas pode significar o genocídio da comunidade surda, uma vez que 
são as crianças as responsáveis pela sua sobrevivência (Bienvenu, 1994).
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
A	fim	de	ilustrar	o	posicionamento	dos	surdos	perante	o	IC,	
Lichtig	et	al.	(2003)	descrevem	uma	pesquisa	realizada	com	17	sur-
dos	adultos	da	 cidade	de	São	Paulo.	Os	pesquisadores	entrevis-
taram	os	surdos	individualmente	com	questionários	previamente	
elaborados,	obtendo	os	seguintes	resultados:
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Todos os dezessete surdos entrevistados afirmaram ter alguma informação sobre o IC. 
A maioria (13 sujeitos) apresentou uma visão negativa com relação ao IC. Contudo, 
os sujeitos entrevistados pautaram-se em argumentos que denotavam um real des-
conhecimento sobre o assunto. Outros se mostraram preocupados com a perda da 
identidade da cultura surda e com a manutenção do uso da língua de sinais. No que 
se refere à realização do IC, novamente todos os 17 sujeitos se mostraram contrários à 
mesma, por razões que abrangeram desde o medo de morrer na cirurgia até o orgulho 
da condição da surdez.
Exceto por 1 sujeito, todos os demais (16) apresentaram objeção à realização 
do IC em bebês. Quanto à implantação em crianças, verificou-se um panorama 
diferente, já que 5 sujeitos apresentaram argumentos favoráveis, desde que a 
criança pudesse ter a escolha de ser, ou não, submetida à cirurgia, após ter do-
mínio e conhecimento da língua e da cultura surda.
[...] De forma geral, um dos aspectos que se destaca é o desconhecimento preciso pe-
los surdos, tanto em relação à cirurgia quanto em relação aos benefícios e limitações 
do IC. Tal desconhecimento não é relatado na literatura internacional. Contudo, nota-
se que, assim como as comunidades surdas de países desenvolvidos, as comunida-
des surdas paulistanas mostram-se preocupadas em preservar a língua, identidade e 
cultura surda e em criar seus filhos dentro de um modelo no qual o surdo é visto como 
integrante de uma minoria linguística e cultural e não como portador de uma condição 
patológica.
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Assim,	os	resultados	obtidos	com	essa	pesquisa	demonstra-
ram	que,	apesar	de	todos	afirmarem	o	conhecimento	sobre	o	IC,	
têm	ainda	dúvidas	sobre	a	aplicação	do	procedimento	em	bebês,	
crianças	e	adultos.
© Língua Brasileira de Sinais
 Claretiano - Rede de eduCação
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9. Questões autOavaLiativas
Ao	finalizar	seus	estudos	sobre	o	processo	de	audição	nor-
mal	 e	 as	 implicações	 da	 deficiência	 auditiva,	 procure	 responder	
para	si	mesmo	às	seguintes	questões:
1)	 Como	se	processa	a	fisiologia	normal	da	audição?
2)	 Quais	as	principais	causas	das	perdas	auditivas?
3)	 Como	as	perdas	auditivas	podem	ser	classificadas?	Defina	cada	uma	dessas	
possibilidades.
4)	 Quais	as	formas	de	tratamento	e	de	prevenção	da	surdez?
10. COnsiderações
Nesta	 unidade,	 você	 estudou	 os	 problemas	 de	 audição	 e	
suas	especificidades,	inclusive	a	anatomia	e	a	fisiologia	do	sistema	
auditivo	em	condições	normais	de	audição.	Vimos	os	conceitos	de	
deficiência	auditiva,	 suas	 causas,	 classificações	e	 formas	de	pre-
venção	e	reabilitação.
A	próxima	unidade	trata	da	importância	da	língua	de	sinais	
para	o	desenvolvimento	cognitivo,	linguístico	e	afetivo	da	criança	
surda.	Você	verá	que	a	surdez	pode	afetar	todo	o	sistema	familiar,	
que,	apesar	das	dificuldades	enfrentadas,	deve	formar	interlocu-
tores	em	libras	e	envolver-se	no	processo	educacional	da	criança	
surda.
11. E-REfERências
Lista de figuras
figura 1 Orelha externa.	Disponível	em:	<http://www.audimaxpp.com/perda_auditiva.
htm>.	Acesso	em:	07	jan.	2011.	
figura 2 Orelha média.	 Disponível	 em:	 <http://www.audimaxpp.com/perda_auditiva.
htm>.	Acesso	em:	07	jan.	2011.
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figura 3 Orelha interna.	Disponível	em:	<http://www.audimaxpp.com/perda_auditiva.
htm>.	Acesso	em:	07	jan.	2011.
figura 4 O ouvido humano.	Disponível	em:	<http://www.somvital.com.br/servicos.htm>.	
Acesso	em:	07	jan.	2011.
Site pesquisado
LICHTIG,	I.;	MECCA,	F.	F.	D.	N.;	BARBOSA,	F.;	GOMES,	M.	O	implante	coclear	e	a	comunidade	
surda:	desafio	ou	solução?	In:	II Seminário ATIID: Acessibilidade, TI e Inclusão Digital,	São	
Paulo	(SP),	23	e	24	set.	2003.	Disponível	em:	<http://www.prodam.sp.gov.br/multimidia/
midia/cd_atiid/conteudo/ATIID2003/MR4/01/ImplanteCoclear-ComunidadeSurda.pdf>.	
Acesso	em:	04	jan.	2011.
11. referênCias bibLiOgráfiCas
GESSER,	A.	Libras?	Que	 língua	é	essa?	Crenças	e	preconceitos	em	 torno	da	 língua	de	
sinais	e	da	realidade	surda.	São	Paulo:	Parábola,	2009.
RUSSO,	I.	C.	P.;	SANTOS,	T.	M.	M.	Audiologia infantil.	4.	ed.	São	Paulo:	Cortez,	1994.
SILVA,	 I.	R.;	KAUCHAKJE,	S.;	GESUELI,	Z.	M.	Cidadania, surdez e linguagem.	São	Paulo:	
Plexus,	2003.

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