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4º Aula Prática Maquinas e Mecanização Florestal GNE-159 Prof. Volpato SISTEMA DE ARREFECIMENTO A combustão nos motores alternativos produz temperaturas máximas compreendidas entre 1700 e 2500 C. Parte deste calor é absorvido por componentes do motor que se não forem devidamente refrigerados podem alcançar temperatura suficientemente elevada que prejudicaria o seu funcionamento. O sistema de arrefecimento é projetado para manter a temperatura das diversas partes do motor dentro dos limites permissíveis. O calor dissipado pelo sistema de arrefecimento varia de 20 a 30% do calor total desenvolvido pela combustão. Basicamente o arrefecimento consiste em transmitir certa quantidade de calor resultante da combustão ao fluido refrigerante, que em geral é a água. O arrefecimento dos motores pode ser feita das seguintes maneiras: a ar, a água e por ar e água conjuntamente. Arrefecimento a Ar: este sistema é empregado sempre em pequenos motores (motocicletas). Atualmente, é bastante empregado em motores estacionários e em motores de auto-veículos. Neste sistema o motor tem o bloco e o cabeçote dotado de aletas (saliências) que aumentando a superfície de contato com a corrente de ar aumenta a eficiência de arrefecimento. A temperatura das paredes dos motores arrefecidos a ar é em geral, maior que a do tipo refrigerado a água. São empregados ventilados especiais e deflectores para obrigar a circulação do ar em torno do motor evitando a formação dos chamados pontos quente. O arrefecimento a ar tem a vantagem de eliminar as camisas d'água, bombas, radiadores e conexões de água. No setpr florestal motores arrefecidos a ar são encontrados em motosserras, pulverizadores costais motorizados, roçadoras costais, etc. Veículos automotivos mais comuns são as motocicletas. Os fuscas e kombes também são arrefecidos a ar. Figura 1: Motor arrefecido a ar Arrefecimento a Água: o sistema de arrefecimento utilizando apenas água, é quase que exclusivamente utilizado em motores estacionários. Neste caso o motor é provido de tubulações por onde circula água em torno do cilindro, as quais se comunicam com um reservatório de água situado na parte externa. A água que entra no motor é aquecida (retira calor) e posteriormente volta ao depósito onde novamente se resfria. A circulação da água é feita por termossifão ou através de bomba. Figura 2: Arrefecimento a agua com circulação forçada Arrefecimento com Água e ar: neste sistema a água circula em volta das camisas e no cabeçote, retirando calor do motor e posteriormente se comunica com um trocador de calor que é o radiador. O radiador consiste essencialmente de dois reservatórios (depósitos ou tanques), um superior e outro inferior interligados por uma série de tubos de dimensões reduzidas (colmeia ou núcleo), através dos quais a água circula a cede calor ao ar. A forma construtiva do radiador (núcleo com inúmeros tubos de dimensões reduzidas) traduz-se num sensível aumento da superfície de troca de calor, e a arrefecimento da água se processa mais rapidamente do que se fosse mantida em uma só massa. Um ventilador do tipo axial força a passagem de um fluxo de ar mais intenso pelo núcleo do radiador. A circulação da água pode ser feita de duas maneiras: por termossifão ou por circulação forçada. No sistema de termossifão a água circula em virtude da diferença de densidade entre a água quente e a água fria. A água mais densa (fria) sai do reservatório inferior do radiador entra no motor pela sua parte inferior circula em volta dos cilindros e sai pela parte de cima do motor, entrando no reservatório superior do radiador. Na colmeia é resfriada pela corrente de ar vinda do ventilador. De maneira semelhante, no sistema por circulação forçada a água circula por meio de uma bomba d'água, geralmente do tipo centrífugo. Uma das vantagens do sistema por circulação forçada é o fato de se poder reduzir as dimensões e o peso do radiador, além de se utilizar um menor volume de água. Figura 3: Circulação por termosifão Figura 4: Sistema de arrefecimento de um motor de quatro tempos Diesel Figura 4: Sistema de arrefecimento de um motor de quatro tempos Otto REGULAGEM DA ARREFECIMENTO O motor de combustão interno tem uma faixa de temperatura ideal para o seu bom funcionamento. Quando estão frios, a combustão não é regular e então gotículas de combuslíve1 não vaporizadas depositam-se nas paredes do cilindro, sendo raspadas pelos anéis para o cárter, diluindo o óleo lubrificante e facilitando o fenômeno da corrosão. Por esta razão logo após a partida, o motor deve atingir sua temperatura ideal de trabalho o mais rápido possível. Assim utiliza-se a válvula termostática no circuito de arrefecimento com o objetivo de limitar a circulação de água entre o motor e o radiador até que a temperatura atinja o nível desejado. Nos motores arrefecidos pelo ar são utilizados dispositivos que permitem variar a entrada ou saída do ar de arrefecimento. Para reduzir as perdas por evaporação e possibilitar aumento da temperatura de trabalho do motor, sem perdas da água por ebulição, atualmente estão sendo utilizados sistemas de arrefecimento sob pressão. Um dispositivo de controle de pressão instalado na tampa do radiador controla a pressão do sistema, diminuindo as perdas do vapor d'água. Figura 4: Ttampa pressurizada do radiador Figura 6: Válvula termostática Manutenção no sistema de arrefecimento Pode não parecer, mas o sistema de arrefecimento é um dos responsáveis por manter o motor funcionando em perfeitas condições, contribuir com o rendimento a eficiência energética e redução de gases nocivos ao meio ambiente. A temperatura do motor é um dos fatores que mais pesam quando a questão é eficiência, consumo e desgaste. Por isto o sistema de arrefecimento deve estar sempre em perfeitas condições de funcionamento. O motor gera muito calor, o que acaba contribuindo com o aumento ou diminuição do dimensional da estrutura das peças, quando elevado ao limite. O calor também deteriora o óleo, provoca o aumento da pressão no motor, alguma mangueira ou tampa do radiador podem se romper, a junta do cabeçote pode queimar. O sistema precisa ser revisado todo dia para verificação preventiva. O reservatório de expansão de água, assim como tubulações e mangueiras devem ser verificados quanto a trincas e rachaduras. A bomba d’água deve ser inspecionada quanto a vazamentos em sua vedação com o bloco, e também deve ser testada a sua eficiência com a medição da pressão do sistema. A válvula termostática é um componente muito importante no sistema de arrefecimento, se a mesma apresentar defeitos, pode fazer com que o motor trabalhe muito frio ou muito quente, o que acarretará em problemas para o motor. O radiador é o principal componente do sistema de arrefecimento. Ele é responsável por resfriar a água que circula no motor para que a temperatura não ultrapasse muito o ideal para seu funcionamento. Nos carros a gasolina a temperatura ideal é de 70ºC, enquanto nos diesel é de 80ºC. O radiador também deve ser submetido a uma revisão periódica. Sendo o responsável por fazer a troca de calor do sistema, o radiador deve ser limpo uma vez a cada ano, desobstruindo os canais internos e permitindo uma melhor circulação da água e dissipação do calor. Se não houver água, ou o motor acaba danificado, ou simplesmente se funde, além de danificar a válvula termostática. Como seus professores de química e física ensinaram, o calor provoca o agitamento das moléculas, aumentando o volume de um corpo qualquer. Nesse caso, os componentes móveisdo motor se dilatam, aumentando o atrito e, na pior das hipóteses, fazendo com que seu motor trave. Ver como está o nível de água do radiador. Se a água estiver abaixo do mínimo, complete com água e aditivo para radiador na medida certa. A água sem aditivo é corrosiva para o sistema, além de evaporar e ferver em temperaturas mais baixas. Em locais de clima temperado, sem o aditivo a água do radiador pode congelar, rompendo mangueiras, tubos/dutos do radiador. Em situações extremas, pode até mesmo criar micro fissuras no bloco do motor. Se o nível do liquido de arrefecimento está sempre baixo, existe algum vazamento ao longo do sistema, então leve o trator a uma oficina. Ainda que não haja vazamento, as montadoras recomendam que a troca completa do líquido seja feita a cada 700 horas. Com o motor desligado e frio, abra a tampa de expansão (a tampa do radiador) para facilitar o escoamento da água. - Solte a mangueira inferior do radiador para que o líquido escoe e verifique se ele está ou não com coloração ferruginosa (despejar em esgoto doméstico é crime ambiental). - Se está ferruginosa, jogue água com uma mangueira dentro do reservatório do liquido do radiador (vaso de expansão) até que a água saia limpa pela mangueira que foi solta no radiador. - Retire o reservatório e o lave em água corrente. - Lavado, coloque o reservatório no lugar e aperte a mangueira inferior do radiador. - Compre um aditivo para água do radiador a base de etileno-glicol, de uma marca de confiança. - Na hora de misturar o aditivo com a água, siga as especificações do manual do trator. Se você não tiver, faça uma mistura com 60% de água filtrada ou de preferência destilada, para 40% de aditivo. Nunca coloque apenas água ou apenas aditivo. - Encha o reservatório até o máximo indicado e o feche. - Ligue o motor e o deixe em funcionamento até a ventoinha (eletroventilador) entrar em ação, e com a válvula de expansão. Fique atento para ver se não existe algum vazamento. SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO Dois corpos metálicos quando deslizam-se um sobre o outro, se aquecem e tendem a fundirem-se num só corpo, dando origem ao fenômeno comumente chamado "grimpamento". A lubrificação do motor tem como objetivo principal impedir o "grimpamento", diminuir a energia perdida por atrito e reduzir o desgaste das partes móveis. Além disto, o lubrificante atua também como agente de limpeza do motor, retirando os carvões e partículas de metal que se formam durante o seu funcionamento. Auxilia também na vedação entre os anéis, o pistão e as paredes do cilindro e reduz os ruídos produzidos pelas partes móveis. E ainda ajuda na no arrefecimento interno do motor (principalmente do êmbolo), e este óleo aquecido pode ser também refrigerado em um radiador de óleo que alguns tipos de motores possuem. O objetivo principal é conseguido, interpondo-se uma película de lubrificante entre superfícies deslizantes. Lubrificação renovável É o tipo de lubrificação usada nos motores de 2 tempos a gasolina, de grande aplicação nos pulverizadores costais e motosserras. O lubrificante é adicionado ao combustível em proporções convenientes. No carburador, a gasolina é pulverizada e misturada ao ar, enquanto que o óleo lubrificante é atomizado. Quando o êmbolo desce e comprime a mistura existente no cárter, o óleo atomizado se transforma parcialmente em gotículas, lubrificando as partes móveis contidas no cárter. A outra parte é admitida no cilindro e, durante a fase de compressão, é transformada também em gotículas que lubrificam as partes superiores do motor (paredes do cilindro, anéis, etc.). O excesso de óleo é queimado juntamente com o combustível. Figura 7: motor dois tempos: lubrificação renovável. LUBRIFICAÇÃO POR DEPÓSITO Neste sistema o óleo lubrificante é depositado na parte inferior do motor denominada cárter. Para que haja uma boa lubrificação, o volume de lubrificante no cárter não deve ser maior ou menor do que o indicado pelo fabricante. A lubrificação por depósito pode ser feita por: -Respingo (ou salpique) ou -Circulação forçada. A lubrificação por respingo é feita através da parte inferior da biela (pescador) que tem um formato especial. A cada giro da a.d.m., o pescador mergulha no lubrificante depositado no cárter e na subida "borrifa" pequenas gotas de óleo nas partes a serem lubrificadas. O sistema de salpico é utilizado em motores estacionários monocilíndricos de uso agrícola. A lubrificação por circulação forçada utiliza um sistema de bombeamento para fazer o óleo circular pelos canalículos de lubrificação até os pontos a serem lubrificados. O óleo sob pressão atinge os munhões de centro e excêntricos da a.d.m., munhões de centro do e.c.v., o mecanismo das válvulas e através de furos na biela é direcionado até o pino do êmbolo. A cabeça da biela pode ser furada e o excesso de óleo extravasa para atingir a parte interna da cabeça do êmbolo refrigerando aquela região. As paredes do cilindro são borrifadas com óleo proveniente também dos furos existentes no mancal do pé da biela. De maneira a manter uma pressão constante no sistema, válvulas reguladoras de pressão mantêm uma vazão constante nos diferentes pontos de lubrificação. Normalmente a circulação do óleo lubrificante se faz do cárter para a bomba, desta para o filtro e dai para o manômetro que serve como um indicador externo da pressão do sistema. Na entrada da bomba encontra-se freqüentemente uma tela metálica para fazer uma pré-filtragem do óleo. O óleo que vai aos canalículos de lubrificação sai do filtro. Este tem a função de remover as impurezas do lubrificante tais como: sujidades, partículas metálicas do motor, carvões, água, etc. O tipo mais comum de filtro é constituído de papel pregreado e impregnado de resina. A área da superfície do filtro é aumentada muitas vezes pelo pregreamento do papel. Este filtro não pode ser usado mais de uma vez, devendo ser substituído após um número pré-determinado de horas de trabalho do trator. O movimento alternativo dos êmbolos provoca variações de pressão dentro do cárter. Para manter igual a pressão do cárter com a pressão atmosférica, existe nos motores uma comunicação com o exterior denominada "respiro do cárter". Este respiro é normalmente provido de uma fibra filtrante para purificar o ar que entra e sai de dentro do cárter. Figura 8: pontos de lubrificação do motor Classificação dos Lubrificantes Quanto ao estado físico, os lubrificantes são classificados em: - Sólidos: grafite, mica, pedra sabão e talco. - Pastosos: graxas a base de sabões minerais. - Líquidos: óleos lubrificantes. As graxas são classificadas principalmente pela consistência e recebem como nomenclatura 000, 00, 01, 2, 3, 4, 5 e 6. A graxa 000 é considerada semi-fluída e a 6 bem mais consistente. Para a lubrificação de tratores e implementos agrícolas, a mais empregada é a de consistência 2, denominada de graxa para chassis. Sendo de fácil aplicação e não solúvel em água, são aplicadas por bombas através dos pinos graxeiros denominados de alemites ou gaxetas. Os lubrificantes líquidos que são obtidos através do óleo mineral puro, para serem utilizados em motores recebem vários aditivos que lhes dão características especiais como maior resistência, poder de limpeza, etc. O escurecimento do óleo no motor depois de um certo tempo de funcionamento, ocorre devido a atuação de detergentes dispersantes que reagem com o material carbonáceo produzido pela queima do combustível, evitando concentrações deste material que entopem canais de lubrificação, levando o motor a sérias conseqüências. Mediantea este fato, pode- se dizer que motores que possuem mais potência e que consomem mais combustível, devem utilizar um óleo com maior quantidade de detergente dispersante. Classificação dos Óleos Lubrificantes Na realidade, os óleos lubrificantes evoluem junto com os motores. A melhor indicação para a utilização de um óleo lubrificante em um motor, é obtida pelos fabricantes do motor, pois eles sabem as dimensões das folgas que a película de lubrificante deverá entrar e o regime de trabalho do motor. Os lubrificantes são classificados pela S.A.E (Sociedade dos Engenheiros Automobilísticos), que diferenciam os lubrificantes pela viscosidade, que é o poder de fluir ou a grossura do óleo, e pela A.P l (Instituto Americano do Petróleo) que os classificam pelo Regime de Trabalho a que estarão sujeitos. Classificação SAE Óleos para Motores: SAE 0W, SAE 5W, SAE 10W, SAE 20W, SAE 25W, SAE 20, SAE 30, SAE 40 , SAE 50 e SAE 60, que atendem apenas uma viscosidade, sendo o SAE 10W o mais fino citado com aditivo anticongelante (Wínter). Existe a variação SAE, devido a variações de temperatura ambiente. Em regiões muito frias seriam indicados SAE 0W, SAE 5W, SAE 10W, SAE 20W, SAE 25W. Para facilitar o funcionamento do motor quando frio ou a temperatura ideal de funcionamento e mesmo para o trabalho onde há variação de temperatura ambiente, existem os óleos multiviscosos como SAE 10W-40, SAE 20W-50, SAE 15W-40, que possuem comportamento de um óleo mais fino a mais grosso. Óleos para transmissões: SAE 70W, SAE 75W e SAE 80W, SAE 85W, SAE 80 SAE 90, SAE 140, SAE 250. Os óleos multiviscosos (como 10W-30) são uma nova invenção, resultado da adição de polímeros ao óleo. Os polímeros permitem ao óleo possuir viscosidades diferentes em temperaturas diferentes. O primeiro número indica a viscosidade do óleo em uma temperatura baixa, como no motor na hora da partida e o segundo indica a viscosidade à temperatura operacional. Segue abaixo uma descrição interessante sobre o funcionamento dos polímeros. Em temperaturas frias, os polímeros ficam inertes e permitem que o óleo flua como indicam os seus baixos números. À medida que o óleo se aquece, os polímeros começam a se desdobrar em longas cadeias que impedem o óleo de afinar tanto, como normalmente aconteceria. O resultado é que a 100o C o óleo afinou apenas para o valor indicado pelo número mais alto de viscosidade. Uma outra forma de ver os óleos multiviscosos é pensar em 20W-50 como um óleo 20 que não se afinará mais do que um 50 quando aquecido. Classificação A.P.I. Como o regime de trabalho dos motores do ciclo Diesel é bem mais severo que os do ciclo Otto, a classificação é separada: . Óleos para Motores: Ciclo Otto Ciclo Diesel SA, SB, SC CA, CB SE CC SF CD SG CE SH CF, CF-2, CF-4 SJ CG-4 SL CH-4 SM CI-4 Os óleos API SA, seriam indicados para motores do ciclo Otto, com o menor regime de trabalho, ou seja, pequenas variações de rotação, pequena carga, pouco consumo de combustível e temperaturas não elevadas de funcionamento. Os API SE, foram produzidos para os veículos fabricados na década de 70, API SF para a década de 80 e API SH que supera todos os anteriores, para os motores atuais. Para os motores Diesel, API CA seria para motores pequenos, da mesma forma que os indicados para API SA, e para os motores de grandes potências e superalimentados (Turbo), seria API CE ou CF. . Para Transmissões: GL 1, GL 2, GL 3, GL 4, GL 5 e GL 6. Para transmissão dos tratores, a recomendação será API GL 5, que são mais resistentes e normalmente possuem aditivos de extrema pressão para produzirem aderência suficiente nos elementos que lubrificam. Com o que foi exposto, a classificação de um 6leo para um motor de 140 HP de potência no motor e superalimentado será 15W-40, API CE ou CF. Atualmente existem no mercado, óleos lubrificantes 100% sintéticos, que mesmo tendo um custo mais elevado, possuem uma resistência maior, principalmente com relação à viscosidade. Classificação 100% Atualizada CLASSIFICAÇÃO API PARA LUBRIFICANTES AUTOMOTIVOS: DESIGNAÇÃO DESCRIÇÃO API DESCRIÇÃO ASTM SA Lubrificantes para motores diesel e gasolina, em serviços leves. Não requerem dados de performance. Óleos sem aditivação. SB Lubrificantes para motores a gasolina, em serviços leves. Óleos com alguma capacidade antioxidante e antidesgaste. SC Lubrificantes para motores a gasolina, sob garantia a partir de 1964. Devem proporcionar o controle dos depósitos em altas e baixas temperaturas, do desgaste, da oxidação e da corrosão. Óleos que atendem aos requisitos dos fabricantes dos motores de 1964 a 1967. SD Lubrificantes para motores a gasolina, sob garantia a partir de 1968. Devem proporcionar proteção contra depósitos em altas e baixas temperaturas, contra o desgaste, a ferrugem e a corrosão. Podem substituir qualquer um dos Óleos que atendem aos requisitos dos fabricantes dos motores de 1968 a 1971. anteriores. SE Lubrificantes para motores a gasolina, sob garantia a partir de 1972. Devem proporcionar maior resistência à oxidação, à formação de depósitos em altas e baixas temperaturas, à ferrugem e à corrosão que os SD. Podem ser usados onde esses são recomendados. Óleos que atendem aos requisitos dos fabricantes dos motores de 1972 a 1979. SF Lubrificantes para motores a gasolina, sob garantia a partir de 1980. Devem proporcionar maior estabilidade contra a oxidação e melhor desempenho antidesgaste que os SE. Também pro porcionam proteção contra depósitos, ferrugem e corrosão. Podem substituir qualquer um dos an teriores. Óleos que atendem aos requisitos dos fabricantes dos motores de 1980 a 1988. SG Lubrificantes para motores a gasolina, sob garantia a partir de 1989. Podem substituir qualquer um dos anteriores. Óleos que atendem aos requisitos dos fabricantes dos motores de 1989 1994. SH Lubrificantes para motores a gasolina, sob garantia a partir de julho de 1993. Podem substituir qualquer um dos anteriores. Óleos que atendem aos requisitos dos fabricantes dos motores de 1995-1996. SI Lubrificantes para motores a gasolina, sob garantia a partir de 1996. Podem substituir qualquer um dos anteriores. Óleos que atendem aos requisitos dos fabricantes dos motores de 1996 a 1998; SJ Lubrificantes para motores a gasolina, sob garantia a partir de agosto de 1997. Podem substituir qualquer um dos anteriores. Óleos que atendem aos requisitos dos fabricantes dos motores a partir de 1999 a 2000. SL Lubrificantes para motores a gasolina, sob garantia a partir de 2001. Podem substituir qualquer um dos anteriores. Óleos que atendem aos requisitos dos fabricantes dos motores de 2001 a 2004 SM Lubrificantes para motores a gasolina, sob garantia a partir de 2004. Podem substituir qualquer um dos anteriores Óleos que atendem aos requisitos dos fabricantes dos motores de 2004..... API = American Petroleum Institute ASTM = American Society of Testing and Materials S = Spark CLASSIFICAÇÃO API PARA LUBRIFICANTES DE TRANSMISSÃO: DESIGNAÇÃO DESCRIÇÃO API GL-1 Lubrificantes para engrenagens de transmissões que operam com baixas pressões e velocidades, onde um óleo mineral puro apresenta bons resultados. Inibidores de oxidação, antiespumantes e abai xadores do ponto de mínima fluidez podem ser utilizados, agentes de extrema-pressão e modificadores de atrito não devem constar na formulação. GL-2 Lubrificantes para engrenagens que operam sob condições mais críticas que as anteriores, quan to a cargas, temperaturase velocidades. Neste caso, um API GL-1 não tem um desempenho satisfa tório. GL-3 Lubrificantes para engrenagens que operam sob condições moderadas de carga e velocidade. GL-4 Lubrificantes para engrenagens que operam sob condições muito severas, como algumas hipóides em veículos automotivos. Os lubrificantes desta categoria tem que alcançar a performance descrita pela ASTM STP-512 e os níveis de proteção do CRC Reference Gear Oil RGO-105. GL-5 Lubrificantes para engrenagens que operam sob condições muito severas, como algumas hipóides em veículos automotivos. Os lubrificantes desta categoria tem que alcançar a performance descrita pela ASTM STP-512 e os níveis de proteção do CRC Reference Gear Oil RGO-110. GL-6 É uma categoria obsoleta, listada somente para referência histórica. GL = Gear Lubricant CLASSIFICAÇÃO CCMC PARA LUBRIFICANTES AUTOMOTIVOS A classificação CCMC, assim como a API, está fundamentada no desempenho dos lubrificantes em serviço. A qualificação é determinada por uma comissão, através da análise dos resultados de uma série de ensaios. No início de 1989, o CCMC emitiu especificações novas e revisadas para os lubrificantes. Para motores a gasolina, a antiga G1, que era quase igual a API SE, foi eliminada. As recentes especificações G4 (óleo para aplicações gerais) e G5 (óleo com baixa viscosidade e que economiza combustível) substituem as G2 e G3. Com exceção dos graus de viscosidade, da estabilidade ao cisalhamento e da volatilidade, os produtos que atendem G4 e G5 são idênticos. Estas novas exigências de desempenho são um pouco mais severas que as da API SG. Quanto aos motores a diesel, a antiga D1 foi eliminada, sendo que as D2 e D3 são agora obsoletas, substituídas que foram pelas D4, que delimita um óleo para desempenho moderado, e D5, para serviços severos ou sujeitos a trocas prolongadas. As propriedades físicas especificadas para os dois são iguais. Comparando as D2 e D3 com as D4e D5, as últimas são consideravelmente mais exigentes quanto a volatilidade do óleo (controle do consumo do lubrificante) e ao aumento da viscosidade do óleo usado. Segue, abaixo, a classificação discriminada por combustível. O nível das exigências cresce da esquerda paras a direita em cada grupo (G, D e PD). GASOLINA DIESEL G1 G2 G3 G4 G5 Automóveis Veículos Pesados PD1 PD2 D1 D2 D3 D4 D5 CLASSIFICAÇÃO ISO PARA LUBRIFICANTES INDUSTRIAIS A partir de 01/01/78, os graus de viscosidade dos lubrificantes industriais Mobil passaram a ser designados conforme estabelece o sistema ISO, adotado pela ASTM. O sistema ISO está baseado na viscosidade cinemática (centistokes) a 40ºC. Os números que indicam cada grau ISO representam o ponto médio de uma faixa de viscosidade compreendida entre 10% abaixo e 10% acima desses valores. Por exemplo, um lubrificante designado pelo grau ISO 100 tem uma viscosidade cinemática a 40ºC na faixa de 90 cSt a 110 cSt. Todas as viscosidades a 40ºC. Usar os "ASTM D-341 Charts" para determinar uma viscosidade em outra temperatura ISO Standard 3448 ASTM D-2422 Ponto médio de Viscosidade, cSt Viscosidade Cinemática, cSt Equivalência Aproximada, SUS mínimo máximo ISO VG 2 2,2 1,98 2,42 32 ISO VG 3 3,3 2,88 3,52 36 ISO VG 5 4,6 4,14 5,06 40 ISO VG 7 6,8 6,12 7,48 50 ISO VG 10 10 9,00 11,0 60 ISO VG 15 15 13,5 16,5 75 ISO VG 22 22 19,8 24,2 105 ISO VG 32 32 28,8 35,2 150 ISO VG 46 46 41,4 50,6 215 ISO VG 68 68 61,2 74,8 315 ISO VG 100 100 90,0 110 465 ISO VG 150 150 135 165 700 ISO VG 220 220 198 242 1000 ISO VG 320 320 288 352 1500 ISO VG 460 460 414 506 2150 ISO VG 680 680 612 748 3150 ISO VG 1000 1000 900 1100 4650 ISO VG 1500 1500 1350 1650 7000 Obs.: O sistema ISO se aplica apenas aos lubrificantes industriais em que a viscosidade é um fator preponderante para a seleção, estando excluídos, portanto, os óleos de corte, óleos de têmpera, óleos de transformador, etc. Os óleos automotivos continuarão sendo designados pelo grau SAE. Os graus de viscosidade ISO normalmente são fornecidos na faixa de 2 a 1500. No entanto, a Mobil tem alguns produtos, tais como os Mobilgear SHC, com grau ISO de 3200 a 6800. ISO = International Standards Organization CLASSIFICAÇÃO NLGI PARA GRAXAS LUBRIFICANTES A graduação de consistências é definida por limites, em décimos de milímetro, para a penetração de um cone em uma amostra de graxa trabalhado (60 cursos no aparelho "GREASE WORKER"), conforme o ensaio ASTM D217-86. GRAU NLGI PENETRAÇÃO A 25ºC (77F), GRAXA TRABALAHADA 000 445 a 475 00 400 a 430 0 355 a 385 1 310 a 340 2 265 a 295 3 220 a 250 4 175 a 205 5 130 a 160 6 85 a 115 NLGI = National Lubricating Grease Institute CLASSIFICAÇÃO SAE PARA LUBRIFICANTES AUTOMOTIVOS A SAE classifica os lubrificantes para motores e engrenagens somente quanto a viscosidade, não considerando a qualidade do óleo. Apresentamos, a seguir, as tabelas para os óleos de motores, de caixas de mudanças e diferenciais. Classificação SAE para os óleos de motores: Grau SAE Viscosidade (cP), máx. Viscosidade (cSt) a 100ºC mínimo Máximo 0W 3250 a -30ºC 3,8 - 5W 3500 a -25ºC 3,8 - 10W 3500 a -20ºC 4,1 - 15W 3500 a -15ºC 5,6 - 20W 4500 a -10ºC 9,3 - 25W 6000 a -5ºC 9,3 - 20 - 5,6 9,3 30 - 9,3 12,5 40 - 12,5 16,3 50 - 16,3 21,9 60 - 21,9 26,1 Classificação SAE para os óleos de caixas de mudanças e diferenciais: Grau SAE Temperatura (ºC) para a viscosidade de 150000 cP (150 Pa.s) Viscosidade (cSt) a 100ºC mínimo máximo 70W -55 4,1 - 75W -40 4,1 - 80W -26 7,0 - 85W -12 11,0 - 90 - 13,5 24,0 140 - 24,0 41,0 250 - 41,0 - SAE = Society of Automotive Engineers
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