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GERENCIAMENTO DE OPERAÇÕES AGRÍCOLAS MECANIZADAS GNE193-GERENCIAMENTO DE SISTEMAS MECANICOS PROFESSSOR: Carlos Eduardo Silva Volpato I- INTRODUÇÃO: O gerenciamento de operações agrícolas mecanizadas é uma tarefa complexa, conforme poderemos observar ao longo das discussões. Não podemos, sob pena de tornar um empreendimento agrícola inviável, esquecer que a finalidade de uma empresa, por menor que seja, em um sistema capitalista, é gerar lucros. LUCRO = RECEITA TOTAL - CUSTO TOTAL OBJETIVO: - Projetar sistemas motomecanizados - Controlar e calcular os custos do uso das máquinas agrícolas. - Manutençao Conceitos Importantes: RENDIMENTO: Relação entre energia fornecida e energia consumida Homens ou animais de tração: relação entre a energia consumida nos alimentos e a energia fornecida nos trabalhos. R = Energia dos alimentos /energia fornecida trabalho Homem: 10% Cavalo: 10 – 12% Bovino: 9 – 10% Motores térmicos: relação entre a energia calorífica química disponível nos combustíveis e a energia mecânica gerada. R = Energia Combustível / Energia Mecânica Fornecida Ciclo Otto: 25% Ciclo Diesel: 30% Motores elétricos: relação entre a energia consumida e a energia mecânica gerada R = Energia Elétrica Gasta / Energia Mecânica Fornecida Motores elétricos R = 60% TERMINOLOGIAS Com base no que se propõe o Livro “Máquinas e Implementos Agrícolas do Brasil”, editado em 1991 pelo extinto Núcleo Setorial de Informação em Maquinaria Agrícola, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S.A., uma vez que esse tipo de publicação é a única referência nacional no que se concerne à nomenclatura de máquinas e implementos agrícolas, não procurando variações de analise semântica dos termos, mas sim, propondo um referencial técnico, objetivo e harmônico, para designar nomes aos equipamentos utilizados na mecanização da agricultura, que referenciamos a esse trabalho desenvolvido pelas equipes de especialistas em maquinaria agrícola pertencentes ao IPT-SP e ao Departamento de Engenharia Rural da ESALQ/USP. O objetivo de incluir este Capítulo de Nomenclatura no programa do módulo didático, tem a exclusiva razão de procurar nivelar e homogeneizar o “linguajar” técnico e acadêmico para profissionais que, em nível e no contexto de um curso de pós-graduação, possam se referir de maneira superior e correta à uma terminologia que indique sistematicamente um mesmo equipamento, sem contudo deixarmos de mencionar que formas popular e regional de referência aos equipamentos podem ser mencionados e consultados na bibliografia citada no parágrafo anterior. Segundo o livro “Máquinas e Implementos Agrícolas no Brasil (Gadanha Júnior et al, 1991), os equipamentos aplicados na mecanização são assim considerados: - máquina: é o equipamento agrícola constituído por um conjunto de órgãos que apresentam movimento relativo, e de resistência suficiente para transmitir o efeito de forças ou transformar energia. Quando transmitir o efeito de forças é considerada “movida” e, quando transforma energia é considerada “motora”; - implemento: é o equipamento agrícola constituído por um conjunto de órgãos que não apresentam movimento relativo nem tem capacidade para transformar energia; - Ferramenta: é o implemento em sua forma mais simples, constituindo a parte ativa do implemento ou máquina. As máquinas e implementos agrícolas foram ainda classificados quanto à fonte de potência para o seu acionamento em: - motorizadas: apresentam motor de combustão interna apenas para o acionamento de seus órgãos ativos; - tratorizadas: são aquelas que utilizam o trator agrícola para tração com acionamento, ou não, de seus órgãos ativos pela tomada de potência (TDP); - autopropelidas: possuem motorização para acionamento de seus órgãos ativos e elementos de (pré)processamento e para seu auto deslocamento operacional e/ou transporte; - de tração animal: a fonte de potência é oferecida pelo esforço de trabalho gerado pelo deslocamento e tração de animais; e - manual/braçal: quando a fonte de potência para geração de trabalho é diretamente oferecida pelo esforço humano para deslocamento e/ou acionamento. As máquinas e implementos agrícolas são ainda classificadas quanto a forma de acoplamento, ou sejam: - de arrasto: os equipamentos de arrasto se caracterizam por apresentar seu acoplamento à fonte de potência em apenas um ponto, no caso das tratorizadas pela barra de tração; - semi-montados: se caracterizam por apresentar seu acoplamento nos dois braços inferiores do sistema hidráulico de engate de três pontos do trator agrícola, sendo sua parte traseira apoiada no solo por rodas ou patins; e - montados: são equipamentos que se caracterizam por apresentar seu acoplamento pelos três pontos do sistema hidráulico de engate do trator agrícola. A terminologia adota o sufixo “ora” para as máquinas e implementos agrícolas, o que designam que executam operações agrícolas, por exemplo: roçadora, semeadora, adubadora, etc.. O sufixo “eira” refere-se a pessoas do sexo feminino que executam manualmente ou operam o equipamento que realiza uma operação agrícola propriamente dita, por exemplo: roçadeira, semeadeira, adubadeira. Assim a máquina que lava roupas, denomina-se “lavadora”, ao passo que a mulher que lava roupa, denomina-se “lavadeira”. Esclarecemos que no transcorrer deste texto muitas vezes encontraremos termos contraditórios às “normas” propostas, isto se dá em virtude de respeito às marcas registradas e de expressões consagradas popularmente no meio rural e no marketing empresarial. Propomos, no entanto, que no meio acadêmico e técnico, profissionalmente, acatemos a terminologia correta. A- DESEMPENHO OPERACIONAL: TERMINOLOGIAS BÁSICAS ADOTADAS: A.1- TEMPO DE CAMPO: É o tempo que a máquina utiliza no campo, desde o início da atividade funcional até o termino desta. A.2- TEMPO TEÓRICO POR UNIDADE DE ÁREA: É o tempo que seria requerido trabalhando-se na capacidade de campo teórica. A.3- TEMPO OPERACIONAL EFETIVO: É o tempo durante a qual a máquina esta realmente desempenhando a função para a qual foi projetada. A.4- TEMPO TOTAL DE CAMPO: É a soma do tempo operacional efetivo com os tempos perdidos. A.5- TEMPOS PERDIDOS: TRÊS TIPOS: A.5.1- PROPORCIONAIS A ÁREA TRABALHADA: São as perdas de tempo causadas por, obstruções no campo; embuchamentos, enchimento, manobras de cabeceiras; manutenção (reabastecimento, lubrificação); descarga de produto colhido; enchimento de tanques de máquinas aplicadoras de defensivos agrícolas; etc. A.5.2- PROPORCIONAIS AO TEMPO OPERACIONAL EFETIVO: São perdas de tempo causadas por paradas para descanso, para ajustagem ou verificação dos equipamentos no campo. A.5.3- CONFIABILIDADE DA MÁQUINA: Confiabilidade pode ser definida como a probabilidade estatística que um equipamento ira desempenhar a contento, sob condições específicas, por um dado período de tempo. Quebra de máquinas é inversamente proporcional a confiabilidade. A.6- CAPACIDADE DE CAMPO: A.6.1- EFETIVA (Ce): Razão entre o desempenho atual de um tempo dado e o tempo total de campo. A.6.2- TEÓRICA (Ct): Razão de desempenho obtida, se a máquina trabalhar 100% do tempo a velocidade nominal, utilizando 100% de sua largura nominal de trabalho. A.7- EFICIÊNCIA DE CAMPO: Razão entre a capacidade de campo efetiva e a capacidade de campo teórica. Efc = Ce = (A/Tc) = Tt => tempo teórico Ct (A/Tt) Tc => tempo de campo A.8- EFICIÊNCIADE TEMPO: Razão entre o tempo efetivo e o tempo total de campo Eft = Te => tempo efetivo Tc => tempo total de campo ______ | | .TEMPO TOTAL DE CAMPO: Tc = Te + Tpn + Tpp Te => tempo efetivo por unidade de área Tpn => tempo perdido não proporcional a área Tpp => tempo perdido proporcional a área Te pode ser representado por: Te = 100 Tt/ K K => percentagem da largura de corte efetivamente utilizada Tc = Te + Tp Te => efetivo Tp => perdido Efc = Tt / (Te+Tp) Eft = Te / (Te+Tp) Eft = 100 Tt / K / (Te + Tp) = Efc * K CONCLUSÃO: Eficiência de tempo = eficiência de campo se K = 1 ou 100%. A.9- EFICIÊNCIA FUNCIONAL: Razão entre a efetividade atual de uma máquina e sua efetividade teórica, expressa em percentagem (%). A.10- VELOCIDADE DE TRABALHO: Razão média de deslocamento de uma máquina no campo durante um período ininterrupto de atividade funcional. A.11- LARGURA DE TRABALHO { EFETIVA: efetivamente opera { TEÓRICA: é a largura medida da parte operacional da máquina. B- CÁLCULO DO DESEMPENHO OPERACIONAL: EX: COLHEDORA DE ARROZ ( combinada auto-motriz) . ÁREA TRABALHADA : 0,37 ha . LARGURA TRABALHO: 3,64 m . TEMPO EFETIVO DE COLHEITA: 21,76 min . TEMPO DE MANOBRAS: 5,89 min . VELOCIDADE : 2,8 Km/h . TEMPO DE DESCARREGAMENTO: 4,42 min A- TEMPO TOTAL DE CAMPO: (Tc) Tc = Te + Tp Tc = 21,76 + 5,89 + 4,42 Tc = 32,97 min B- CAPACIDADE EFETIVA CAMPO: (Cec) Cec = A= 0 ,37 (60) = 0,692 ha/h Tc 32,97 C- CAPACIDADE TEÓRICA CAMPO: (Ct) Ct = L (m) * V (m/h) = 3,64 * 2800 = 1,02 ha/h 10000 (m2/ha) 10000 D- EFICIÊNCIA CAMPO: (Efc) Efc = 0,692 = 0,679 OU 67% 1,02 Efc = Tt = 21,76 = 21,76 = 0,679 OU 67,9% Tc 21,76 + 5,58 + 4,42 32,97 OUTRO: CAPACIDADE DE MANIPULAÇÃO DA COLHEDORA CM= LARGURA(m) * VELOCIDADE(m/h) * Efc * R 10000 R = Produtividade agrícola da cultura de Arroz => ton/ha CM = 3,64 * 2800 * 0,679 * 8,56 = 5,92 ton/ 10000 QUADRO 1: EFICIÊNCIA DE CAMPO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS TIPO EFICIÊNCIA DE CAMPO VELOCIDADE (Km/h) ARADO 70 - 85 % 4,0 - 5,0 GRADE 70 - 90 % 5,0 - 10,0 SEMEADORA/ADUBA DORA 70 - 85 % 4,7 - 10,0 CULTIVADOR 75 - 90 % 2,5 - 6,5 COLHEDORA COMBINADA 60 - 75 % 3,2 - 5,4 COLHEDORA AUTOMOTRIZ 70 - 80 % 5,0 - 8,0 COLHEDORAS DE FORRAGENS 50 - 75 % 2,5 - 6,5 ESPIGADORAS DE MILHO 55 - 70 % 3,2 - 5,4 ENFARDADORAS 65 - 85 % 3,8 - 7,9 CEIFADORAS 75 - 90 % 4,0 - 5,0 ANCINHOS MECÂNICOS 65 - 90 % 6,5 - 10,0 COLHEDORAS DE ALGODÃO 60 - 75 % 2,5 - 4,7 EXEMPLO: Que área poderá ser preparada em 60 horas por um conjunto trator/grade/arado trabalhando respectivamente a 5 e 7 Km/h com trator de rodas de 60 c.v. ARADO: 3 discos de 70 cm , diâmetro ( 28") = 90 cm LC. GRADE NIVELADORA: 28 discos de 46 cm, diâmetro (18") = 20cm/disco ( DUPLA TANDEN) => 2 passadas de grade II - CAPACIDADE DE TRAÇÃO DISPONÍVEL E FORÇA EXIGIDA PELOS IMPLEMENTOS. A- A força disponível na barra de tração dos tratores é função de sua potência e da velocidade de trabalho. F = P V F = Força disponível na barra de tração ( kgf ) p = potência na barra de tração ( kgf. m/s) ==> TRATORES RODAS: 60 - 80 % DA POTÊNCIA DO MOTOR ==> TRATORES ESTEIRA: 70 - 90 % DA POTÊNCIA DO MOTOR V = VELOCIDADE DE TRABALHO (m/s) . Transformar c.v. em kgf/m/s ==> * 75 QUADRO 2: EFICIÊNCIAS MÁXIMAS DE TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA. POTÊNCIA LÍQUIDA MOTOR____ | 0,96 | 0,98 | | | 0,75 a 0,81 | /TRANSMISSÃO | 0,87 a 0,90 / | 0,85 a 0,89 | | / | | | / 0,9 a 0,92 EIXO | TDP 0,92 a 0,93 | | | BARRA TRAÇÃO PERDAS DE POTÊNCIA Nem sempre um trator oferece 100% de potência, que lhe é atribuída, dada as condições locais de trabalho. Assim sendo, o resultado obtido deve ser subtraído valores dependentes dos seguintes fatores: - ALTITUDE - TEMPERATURA DO AR - DECLIVIDADE DO TERRENO - CONDIÇÕES DO TERRENO A- ALTITUDE: Ã medida que se sobe em relação ao nível do mar, o ar torna-se mais rarefeito, consequentemente, menos denso. Essa rarefação do ar influencia diretamente na potência desenvolvida pelo motor. B - TEMPERATURA DO AR: O aumento de temperatura ambiente também ocasiona rarefação do ar, e, consequentemente, afeta a potência desenvolvida pelo motor. QUADRO 3: PERDAS DE POTÊNCIA DEVIDO A ALTITUDE (sem turbo) DIESEL ALTITUDE GASOLINA 0 20 30 40 300 5% --- --- 4% 9% 400 8 1 2 6 11,0 500 10 1,5 3,5 7,5 12,5 600 12 2,0 5,0 8,75 14,0 700 14 2,5 6,5 10,0 15,5 800 16 3,25 8 11,25 17,0 900 18 4,0 9 12,25 18,0 1000 20% 5,0 10 13,75 19,0 C- DECLIVIDADE: Para subir uma rampa, a força necessária ao trator é igual ao seu peso multiplicado pelo seno do ângulo de declividade do terreno. há portanto uma perda de força de tração proporcional ao peso do trator e à declividade da encosta. Para cada 1% de declividade o trator perde 1% do peso em força ou seja: perde 10 kgf ==> 1 ton. de seu peso ==> 1% decliv. QUADRO 4: PERDA DEVIDO A DECLIVIDADE DECLIVE PERDA TRAÇÃO (kgf /ton.) 1 9.06 2 18.14 3 27.21 4 36.28 5 45.35 6 54.43 7 63.50 8 72.54 9 81.64 10 92.72 15 134.16 20 117.08 25 219.99 50 405.96 75 542.49 100 635.93 B- CONDIÇÕES DO TERRENO: Sua influência é também medida com base no peso do trator. A resistência que um solo cheio de torrões, lamacento ou muito macio fornece é bem maior que um solo firme. QUADRO 5: PERDAS DEVIDO AS CONDIÇÕES DO SOLO CONDIÇÕES PERDA TRAÇÃO (kgf/ton) solo firme 0 solo regular 22,5 kgf/ton - peso conjunto solo ruim45,0 kgf/ton - peso conjunto EXEMPLO: Qual a força de tração disponível desenvolvida por um trator/arado, trabalhando em segunda marcha em um terreno de condições regulares, com declividade de 4% a uma altitude média de 660 m. dados: potência na barra de tração: 40 c.v. velocidade na 2 marcha: 3,6 Km/h peso do trator: 1,58 ton peso do arado: 0,5 ton PLANIFICAÇÃO DO EQUIPAMENTO AGRÍCOLA EM FUNÇÃO DA ÁREA 01 ARAÇÃO PREPARO DO SOLO { 01 NA OCASIÃO DA ARAÇÃO 02 GRADAGENS { 02 SE NECESSÁRIO, NA OCASIÃO DA SEMEADURA TEMPO DISPONÍVEL - Aração: consome 2/3 ou 3/4 do tempo disponível - Gradagem: 1/3 ou 1/4 do tempo restante QUADRO 6: VELOCIDADES PARA ALGUMAS OPERAÇÕES AGRÍCOLAS (Km/h) OPERAÇÕES VELOCIDADES (Km/h) ARAÇÃO 4 - 6 GRADAGEM 6 - 8 SEMEADURA/ADUBAÇÃO 4 - 6 CULTIVOS INICIAIS 2,5 - 5 PULVERIZAÇÃO 4 - 6 COLHEITA MECÂNICA 4 - 6 CULTIVOS FINAIS 4 - 8 EXEMPLO: Uma área de 100 ha e dispõe de 45 dias úteis ( 8 horas) para o preparo do terreno. Calcular o equipamento que deve adquirir considerando 5 Km/h a velocidade de aração e 7 Km/h para gradagem, cujos coeficientes de rendimento são 70% e 80%. Tempo disponível total = 45 * 8 = 360 h p/ aração = 360 * 2 = 240 h 3 p/ gradagem = 360 * 1 = 120 h 3 A- ESCOLHA DO ARADO Ce = A ==> 100 ha = 0,41 ha/h T 240 h Ce = V * L * Ef ==> L = 10000 * Ce ==> 10000 * 0,41 = 4,1 10000 V * Ef 5000 * 0,70 3,5 B- ESCOLHA DA GRADE Ce = A ==> 100 ha ==> 1,66 ha/h T 120 h 2 grades Ce = V * L * Ef ==> 10000 * Ce ==> 10000 * 1,66 = 16,6 10000 V * Ef 7000 * 0,8 5,6 QUADRO 7: LARGURA DE CORTE PARA ARADOS E GRADES* IMPLEMENTO LARGURA DE CORTE ARADO AIVECA 30 cm ( 12 " ) 30 cm (12") 35 cm ( 14 " ) 35 cm (14") 40 cm ( 16 " ) 40 cm ( 16") ARADO DISCO 60 cm ( 24" ) 20 cm ( 08") 65 cm ( 26" ) 25 cm (10" ) 70 cm ( 28" ) 30 cm ( 12" ) 75 cm ( 30" ) 35 cm ( 14" ) *LARGURA DE CORTE (m) N DE DISCOS DISCOS (cm) PESO 2,20 24 45.7 519 2.50 20 45.7 548 3.10 32 45.7 577 QUADRO : GRADES CUSTO HORÁRIO DO CONJUNTO ( TRATOR / IMPLEMENTO ) - CUSTOS FIXOS OU CUSTOS DE AQUISIÇÃO E PROPRIEDADE - CUSTOS VARIÁVEIS OU CUSTOS DE OPERAÇÃO A -CUSTOS FIXOS OU CUSTOS DE AQUISIÇÃO E PROPRIEDADE: São aqueles debitados, independente da máquina ter sido utilizada ou não A.1- DEPRECIAÇÃO: É a depreciação da máquina em função do tempo, seja ela utilizada ou não pouco usada - obsolência intensamente usada- desgaste / sucateamento MÉTODOS: - linear ou linha reta - saldo decrescente - fundo de depreciação . MÉTODO LINEAR: Va => valor de aquisição D = Va* + Vt Vt => valor de revenda ( 10% Va ) Vu Vu => vida útil em anos A.2- JUROS: Calculados sobre o capital investido na compra da máquina. => remuneração do capital investido. J = [ ( Va* x i ) ] i = taxa anual de juros hf hf = horas efetivas de uso anual A.3 - ALOJAMENTO (abrigo): 0,75 a 1% de Va / ano => horas A.4- SEGURO: 0,75 a 1% de Va / ano => horas B- CUSTOS VARIÁVEIS: Depende da quantidade de uso que se faz da máquina. B.1- COMBUSTÍVEL: A quantidade de combustível gasta em uma determinada operação, depende: - tipo de combustível - carga exercida sobre o motor => potência fornecida á barra de tração do trator pode ser convertida em potência equivalente na tomada, para uma dada operação: I - x = potência equivalente na tomada potência máxima na tomada uma vez obtido o valor “x” o consumo, (l / Kw.h) pode ser estimado por: OTTO = 2,74 ( x ) + 3,15 - 0,2 ( 667 x ) 1/2 II - DIESEL = 2,64 ( x ) + 3,91 - 0,2 ( 738 x + 173 ) 1/2 PASSOS: A- Descobrir a potência equivalente ( TDP ) TDP’ = potência na barra 0,96 . Efta Efta => eficiência tratória A.1- Descobrir a eficiência tratória Efta = { [ ( 1- p ) ( 1 -[ ( 1,2 / Cn ) + 0,004 ] 0,75 [ 1-e -0,3 (Cn ) ( p ) ] Efta = eficiência tratória = quantidade de potência que o rodado pode oferecer a barra de tração. p = percentual de patinagem *Cn = coeficiente admensional { solos duros => 50 solos firmes => 30 solos trabalhados => 20 solos fofos, arenosos => 15 B- POTÊNCIA NA BARRA ( Kw ou c.v. ) H = Etr x V = kgf * m/s = c.v. ou c.v. ( 0,734 ) = Kw 75 kgf*m/s/cv C- Substituir na equação I e depois na equação II => consumo em l/Kw.h ( Cc ) => consumo horário (ch) = Cc * potência TDP equivalente => custo = ch * preço unitário EXEMPLO: Um trator opera sobre um solo argiloso firme tracionando uma grade aradora 1000 kgf à uma velocidade de 5,36 Km/h, com um patinamento de 15%. Qual o consumo de combustível esperado sabendo-se que a potência máxima disponível (l/h) na tomada é de 55,8 Kw ? Efta = ( 1- p ) ( l - (1,2/30) + 0,04 = 0,7109 0,75 [1-e -0,3(30)(p) ] H = 2 * 200 * 1,48 = 43,67 c.v. = 32,05 Kw 75 TDPequivalente = 32,05/0,96 * 0,7109 = 47 Kw x = TDPe’ = 47 = 0,78 TDPm’ 60,3 consumo comb = 2,64 ( x ) + 3,91 - 0,2 ( 738 (x) + 173 ) 1/2 “ “ = 2,64 (0,78) + 3,91 - 0,2 ( 738 ( 0,78 ) + 173 )1/2 “ “ = 0,5 l/Kw.h consumo horário = 0,5 l/Kw.h * 47 Kw “ “ = 23,4 l/h Cc = ch * pu Cc = 23,4 l/h * 1000 US$/l Cc = 23400 US$/h B.2- CONSUMO DE LUBRIFICANTES LÍQUIDOS PELO MOTOR DIESEL = 0,00059H + 0,02169 GASOLINA = 0,00056H + 0,02487H => potência nominal do motor => indicada pelo fabricante ex: 118 cv => 118 * 0,7334 = 86,7 Kw ch = 0,00059 ( 86,7 ) + 0,02169 ch = 0,073 l/h cl = ch * pu = 0,073 l/h * xxxxxxx US$/l cl = US$/h outra maneira; cárter 15L - 120 h transmissão final 20L - 1000h cambio e diferencial 36L - 1000h S.H 27L - 1000h reserv. filtro primário 2L - l0h GRAXAS = 0,5 kgf / 10 horas cárter = 0,125 l/h * pu (US$/L) redução final = 0,02 l/h * pu (US$/L) cambio e diferencial = 0,36 l/h * pu (US$/L) S.H = 0,027 l/h * pu (US$/L) reserv.filtro primário = 0,2 l/h * pu (US$/L) TOTAL DE LUBRIFICANTES = US$/h B.3- MANUTENÇÃO E REPAROS: PREVENTIVA: Gastos com componentes trocados a intervalos regulares ex: filtros de ar filtros de óleo filtros de combustível CORRETIVA: Bem mais difícil de ser estimada uma vez que depende de valores de difícil controle. ex: habilidade do operador condições do terreno CUSTO DE REPAROS E MANUTENÇÃO COMO % DO CUSTO INICIAL Equaçoes para cálculo do custo manutenção e reparos ( CMR ) tratores esteira 0,024 (x) 1,5 tratores de roda 4x4 0.024 (x) 1,5 tratores de roda 4x2 (TDA) 0.024 (x) 1,5 tratores de roda 2x4 0.029 (x) 1,5 combinadas, colhedoras de algodão, forragens e roçadeiras 0.23 (x) 1,4 scrapers, lâminas niveladoras, pas carregadoras e dist.esterco 0.17 (x) 1,4 espigadoras de milho, colhedoras forragens e pulv.montados) 0.3 (x) 1,4 enfardadoras (top) c. batata e c.beterraba 0.22 (x) 1,4 colhedoras (top) 0.38 (x) 1,4 enleiradoras, condicionadores feno e carretas transp.ração 0.28 (x) 1,4 semeadoras 0.78 (x) 1,4 distrib.de fertilizantes 0.49 (x) 1,3 segadoras e equipamentos de mov. do solo 0.36 (x) 1,3 X = N HORAS ACUMULADAS 1000 ex: 1000 h /ano ==> 0,024 ( 8000) 1,5 = 0,543 ou 54,3% do custo inicial 8 anos 1000 B.4- SALÁRIOS = ( V.M ) * ( E.S ) * k = ( V.M ) * (E.S) * 12 meses 8 * 24 * 12 2112 h/ano 230.000 * (2) * 12 meses = 10.454 Cr$/h => 2,56 US$/h 8 * 24 * 12 meses V.M => valor mensal E.S => encargos socias K => n 0 meses/ ano 8 => jornada de trabalho 24 => n o de dias mês 12 => meses/ano C- CUSTO DE ADMINISTRAÇÃO: (CAD) CAD = 10 a 15% CF + CV CF= custos fixos CV= custos variáveis D- CUSTO TOTAL = CF + CV + CAD custo total = US$/h Aração 2- CUSTO DE OPERAÇÃO { Gradagem Colheita etc. Co = custo horário ( US$/h) => Co = US$/ha produtividade (ha/h) ex: custo de aração = 4,00 US$/ha
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