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AGEREMAQ Máquinas e Mecanização Florestal

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GERENCIAMENTO DE OPERAÇÕES AGRÍCOLAS MECANIZADAS 
GNE193-GERENCIAMENTO DE SISTEMAS MECANICOS 
 
 
PROFESSSOR: Carlos Eduardo Silva Volpato 
 
I- INTRODUÇÃO: O gerenciamento de operações agrícolas mecanizadas é uma tarefa 
complexa, conforme poderemos observar ao longo das discussões. Não podemos, sob pena 
de tornar um empreendimento agrícola inviável, esquecer que a finalidade de uma empresa, 
por menor que seja, em um sistema capitalista, é gerar lucros. 
 
LUCRO = RECEITA TOTAL - CUSTO TOTAL 
 
OBJETIVO: 
- Projetar sistemas motomecanizados 
- Controlar e calcular os custos do uso das máquinas agrícolas. 
- Manutençao 
 
Conceitos Importantes: 
RENDIMENTO: Relação entre energia fornecida e energia consumida 
Homens ou animais de tração: relação entre a energia consumida nos alimentos e a 
energia fornecida nos trabalhos. 
R = Energia dos alimentos /energia fornecida trabalho 
Homem: 10% 
Cavalo: 10 – 12% 
Bovino: 9 – 10% 
Motores térmicos: relação entre a energia calorífica química disponível nos 
combustíveis e a energia mecânica gerada. 
R = Energia Combustível / Energia Mecânica Fornecida 
Ciclo Otto: 25% 
Ciclo Diesel: 30% 
Motores elétricos: relação entre a energia consumida e a energia mecânica gerada 
R = Energia Elétrica Gasta / Energia Mecânica Fornecida 
 Motores elétricos R = 60% 
TERMINOLOGIAS 
 Com base no que se propõe o Livro “Máquinas e Implementos Agrícolas do Brasil”, 
editado em 1991 pelo extinto Núcleo Setorial de Informação em Maquinaria Agrícola, do 
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S.A., uma vez que esse tipo de 
publicação é a única referência nacional no que se concerne à nomenclatura de máquinas e 
implementos agrícolas, não procurando variações de analise semântica dos termos, mas 
sim, propondo um referencial técnico, objetivo e harmônico, para designar nomes aos 
equipamentos utilizados na mecanização da agricultura, que referenciamos a esse trabalho 
desenvolvido pelas equipes de especialistas em maquinaria agrícola pertencentes ao IPT-SP 
e ao Departamento de Engenharia Rural da ESALQ/USP. 
O objetivo de incluir este Capítulo de Nomenclatura no programa do módulo 
didático, tem a exclusiva razão de procurar nivelar e homogeneizar o “linguajar” técnico e 
acadêmico para profissionais que, em nível e no contexto de um curso de pós-graduação, 
possam se referir de maneira superior e correta à uma terminologia que indique 
sistematicamente um mesmo equipamento, sem contudo deixarmos de mencionar que 
formas popular e regional de referência aos equipamentos podem ser mencionados e 
consultados na bibliografia citada no parágrafo anterior. 
Segundo o livro “Máquinas e Implementos Agrícolas no Brasil (Gadanha Júnior et 
al, 1991), os equipamentos aplicados na mecanização são assim considerados: 
- máquina: é o equipamento agrícola constituído por um conjunto de órgãos que 
apresentam movimento relativo, e de resistência suficiente para transmitir o efeito de 
forças ou transformar energia. Quando transmitir o efeito de forças é considerada 
“movida” e, quando transforma energia é considerada “motora”; 
- implemento: é o equipamento agrícola constituído por um conjunto de órgãos que não 
apresentam movimento relativo nem tem capacidade para transformar energia; 
- Ferramenta: é o implemento em sua forma mais simples, constituindo a parte ativa do 
implemento ou máquina. 
As máquinas e implementos agrícolas foram ainda classificados quanto à fonte de 
potência para o seu acionamento em: 
- motorizadas: apresentam motor de combustão interna apenas para o acionamento de 
seus órgãos ativos; 
- tratorizadas: são aquelas que utilizam o trator agrícola para tração com acionamento, ou 
não, de seus órgãos ativos pela tomada de potência (TDP); 
- autopropelidas: possuem motorização para acionamento de seus órgãos ativos e 
elementos de (pré)processamento e para seu auto deslocamento operacional e/ou 
transporte; 
- de tração animal: a fonte de potência é oferecida pelo esforço de trabalho gerado pelo 
deslocamento e tração de animais; e 
- manual/braçal: quando a fonte de potência para geração de trabalho é diretamente 
oferecida pelo esforço humano para deslocamento e/ou acionamento. 
As máquinas e implementos agrícolas são ainda classificadas quanto a forma de 
acoplamento, ou sejam: 
- de arrasto: os equipamentos de arrasto se caracterizam por apresentar seu acoplamento 
à fonte de potência em apenas um ponto, no caso das tratorizadas pela barra de tração; 
- semi-montados: se caracterizam por apresentar seu acoplamento nos dois braços 
inferiores do sistema hidráulico de engate de três pontos do trator agrícola, sendo sua 
parte traseira apoiada no solo por rodas ou patins; e 
- montados: são equipamentos que se caracterizam por apresentar seu acoplamento pelos 
três pontos do sistema hidráulico de engate do trator agrícola. 
A terminologia adota o sufixo “ora” para as máquinas e implementos agrícolas, o 
que designam que executam operações agrícolas, por exemplo: roçadora, semeadora, 
adubadora, etc.. O sufixo “eira” refere-se a pessoas do sexo feminino que executam 
manualmente ou operam o equipamento que realiza uma operação agrícola propriamente 
dita, por exemplo: roçadeira, semeadeira, adubadeira. Assim a máquina que lava roupas, 
denomina-se “lavadora”, ao passo que a mulher que lava roupa, denomina-se “lavadeira”. 
Esclarecemos que no transcorrer deste texto muitas vezes encontraremos termos 
contraditórios às “normas” propostas, isto se dá em virtude de respeito às marcas 
registradas e de expressões consagradas popularmente no meio rural e no marketing 
empresarial. Propomos, no entanto, que no meio acadêmico e técnico, profissionalmente, 
acatemos a terminologia correta. 
 
 
 
A- DESEMPENHO OPERACIONAL: 
 
TERMINOLOGIAS BÁSICAS ADOTADAS: 
 
A.1- TEMPO DE CAMPO: É o tempo que a máquina utiliza no campo, desde o início da 
atividade funcional até o termino desta. 
 
A.2- TEMPO TEÓRICO POR UNIDADE DE ÁREA: É o tempo que seria requerido 
trabalhando-se na capacidade de campo teórica. 
 
A.3- TEMPO OPERACIONAL EFETIVO: É o tempo durante a qual a máquina esta 
realmente desempenhando a função para a qual foi projetada. 
 
A.4- TEMPO TOTAL DE CAMPO: É a soma do tempo operacional efetivo com os tempos 
perdidos. 
 
A.5- TEMPOS PERDIDOS: TRÊS TIPOS: 
A.5.1- PROPORCIONAIS A ÁREA TRABALHADA: São as perdas de tempo causadas 
por, obstruções no campo; embuchamentos, enchimento, manobras de cabeceiras; 
manutenção (reabastecimento, lubrificação); descarga de produto colhido; enchimento de 
tanques de máquinas aplicadoras de defensivos agrícolas; etc. 
A.5.2- PROPORCIONAIS AO TEMPO OPERACIONAL EFETIVO: São perdas de tempo 
causadas por paradas para descanso, para ajustagem ou verificação dos equipamentos no 
campo. 
A.5.3- CONFIABILIDADE DA MÁQUINA: Confiabilidade pode ser definida como a 
probabilidade estatística que um equipamento ira desempenhar a contento, sob condições 
específicas, por um dado período de tempo. Quebra de máquinas é inversamente 
proporcional a confiabilidade. 
 
A.6- CAPACIDADE DE CAMPO: 
A.6.1- EFETIVA (Ce): Razão entre o desempenho atual de um tempo dado e o tempo total 
de campo. 
A.6.2- TEÓRICA (Ct): Razão de desempenho obtida, se a máquina trabalhar 100% do 
tempo a velocidade nominal, utilizando 100% de sua largura nominal de trabalho. 
 
A.7- EFICIÊNCIA DE CAMPO: Razão entre a capacidade de campo efetiva e a capacidade 
de campo teórica. 
 
 Efc = Ce = (A/Tc) = Tt => tempo teórico 
 Ct (A/Tt) Tc => tempo de campo 
 
A.8- EFICIÊNCIADE TEMPO: Razão entre o tempo efetivo e o tempo total de campo 
 
 Eft = Te => tempo efetivo 
 Tc => tempo total de campo ______ 
 | | 
.TEMPO TOTAL DE CAMPO: Tc = Te + Tpn + Tpp 
 
 Te => tempo efetivo por unidade de área 
 Tpn => tempo perdido não proporcional a área 
 Tpp => tempo perdido proporcional a área 
 
 Te pode ser representado por: 
 
 Te = 100 Tt/ K 
 
 K => percentagem da largura de corte efetivamente utilizada 
 
 Tc = Te + Tp Te => efetivo 
 Tp => perdido 
 
 Efc = Tt / (Te+Tp) 
 Eft = Te / (Te+Tp) 
 
 Eft = 100 Tt / K / (Te + Tp) = Efc * K 
 
CONCLUSÃO: Eficiência de tempo = eficiência de campo se K = 1 ou 100%. 
 
A.9- EFICIÊNCIA FUNCIONAL: Razão entre a efetividade atual de uma máquina e sua 
efetividade teórica, expressa em percentagem (%). 
 
A.10- VELOCIDADE DE TRABALHO: Razão média de deslocamento de uma máquina 
no campo durante um período ininterrupto de atividade funcional. 
 
A.11- LARGURA DE TRABALHO { EFETIVA: efetivamente opera 
 { TEÓRICA: é a largura medida da parte operacional 
 da máquina. 
 
B- CÁLCULO DO DESEMPENHO OPERACIONAL: 
 
EX: COLHEDORA DE ARROZ ( combinada auto-motriz) 
 
. ÁREA TRABALHADA : 0,37 ha 
. LARGURA TRABALHO: 3,64 m 
. TEMPO EFETIVO DE COLHEITA: 21,76 min 
. TEMPO DE MANOBRAS: 5,89 min 
. VELOCIDADE : 2,8 Km/h 
. TEMPO DE DESCARREGAMENTO: 4,42 min 
 
A- TEMPO TOTAL DE CAMPO: (Tc) 
 
 Tc = Te + Tp 
 Tc = 21,76 + 5,89 + 4,42 
 Tc = 32,97 min 
 
B- CAPACIDADE EFETIVA CAMPO: (Cec) 
 
 Cec = A= 0 ,37 (60) = 0,692 ha/h 
 Tc 32,97 
 
C- CAPACIDADE TEÓRICA CAMPO: (Ct) 
 
 Ct = L (m) * V (m/h) = 3,64 * 2800 = 1,02 ha/h 
 10000 (m2/ha) 10000 
 
D- EFICIÊNCIA CAMPO: (Efc) 
 
 Efc = 0,692 = 0,679 OU 67% 
 1,02 
 
 Efc = Tt = 21,76 = 21,76 = 0,679 OU 67,9% 
 Tc 21,76 + 5,58 + 4,42 32,97 
 
OUTRO: CAPACIDADE DE MANIPULAÇÃO DA COLHEDORA 
 
 CM= LARGURA(m) * VELOCIDADE(m/h) * Efc * R 
 10000 
R = Produtividade agrícola da cultura de Arroz => ton/ha 
 
 CM = 3,64 * 2800 * 0,679 * 8,56 = 5,92 ton/ 
 
 10000 
 
 
 
 
 
 
 
QUADRO 1: EFICIÊNCIA DE CAMPO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS 
TIPO 
 
EFICIÊNCIA DE 
CAMPO 
VELOCIDADE 
(Km/h) 
ARADO 70 - 85 % 4,0 - 5,0 
GRADE 70 - 90 % 5,0 - 10,0 
SEMEADORA/ADUBA 
DORA 
 
70 - 85 % 
 
4,7 - 10,0 
CULTIVADOR 75 - 90 % 2,5 - 6,5 
COLHEDORA 
COMBINADA 
60 - 75 % 3,2 - 5,4 
COLHEDORA 
AUTOMOTRIZ 
70 - 80 % 5,0 - 8,0 
COLHEDORAS DE 
FORRAGENS 
50 - 75 % 2,5 - 6,5 
ESPIGADORAS DE 
MILHO 
55 - 70 % 3,2 - 5,4 
ENFARDADORAS 65 - 85 % 3,8 - 7,9 
CEIFADORAS 75 - 90 % 4,0 - 5,0 
ANCINHOS 
MECÂNICOS 
65 - 90 % 6,5 - 10,0 
COLHEDORAS DE 
ALGODÃO 
60 - 75 % 2,5 - 4,7 
 
EXEMPLO: Que área poderá ser preparada em 60 horas por um conjunto trator/grade/arado 
trabalhando respectivamente a 5 e 7 Km/h com trator de rodas de 60 c.v. 
ARADO: 3 discos de 70 cm , diâmetro ( 28") = 90 cm LC. 
GRADE NIVELADORA: 28 discos de 46 cm, diâmetro (18") = 20cm/disco 
( DUPLA TANDEN) => 2 passadas de grade 
 
II - CAPACIDADE DE TRAÇÃO DISPONÍVEL E FORÇA EXIGIDA PELOS 
IMPLEMENTOS. 
 
A- A força disponível na barra de tração dos tratores é função de sua potência e da 
velocidade de trabalho. 
 
 F = P 
 V 
F = Força disponível na barra de tração ( kgf ) 
p = potência na barra de tração ( kgf. m/s) 
 
 
 ==> TRATORES RODAS: 60 - 80 % DA POTÊNCIA DO MOTOR 
 ==> TRATORES ESTEIRA: 70 - 90 % DA POTÊNCIA DO MOTOR 
 
 
V = VELOCIDADE DE TRABALHO (m/s) 
 
. Transformar c.v. em kgf/m/s ==> * 75 
 
 
QUADRO 2: EFICIÊNCIAS MÁXIMAS DE TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA. 
 
 POTÊNCIA LÍQUIDA MOTOR____ 
 | 0,96 | 0,98 | 
 | | 0,75 a 0,81 
 | /TRANSMISSÃO | 
 0,87 a 0,90 / | 0,85 a 0,89 | 
 | / | | 
 | / 0,9 a 0,92 EIXO | 
 TDP 0,92 a 0,93 | 
 | | 
 BARRA TRAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERDAS DE POTÊNCIA 
 
 Nem sempre um trator oferece 100% de potência, que lhe é atribuída, dada as 
condições locais de trabalho. Assim sendo, o resultado obtido deve ser subtraído valores 
dependentes dos seguintes fatores: 
 
- ALTITUDE 
- TEMPERATURA DO AR 
- DECLIVIDADE DO TERRENO 
- CONDIÇÕES DO TERRENO 
 
A- ALTITUDE: Ã medida que se sobe em relação ao nível do mar, o ar torna-se mais 
rarefeito, consequentemente, menos denso. Essa rarefação do ar influencia diretamente na 
potência desenvolvida pelo motor. 
 
B - TEMPERATURA DO AR: O aumento de temperatura ambiente também ocasiona 
rarefação do ar, e, consequentemente, afeta a potência desenvolvida pelo motor. 
 
QUADRO 3: PERDAS DE POTÊNCIA DEVIDO A ALTITUDE (sem turbo) 
 DIESEL 
ALTITUDE GASOLINA 0 20 30 40 
300 5% --- --- 4% 9% 
400 8 1 2 6 11,0 
500 10 1,5 3,5 7,5 12,5 
600 12 2,0 5,0 8,75 14,0 
700 14 2,5 6,5 10,0 15,5 
800 16 3,25 8 11,25 17,0 
900 18 4,0 9 12,25 18,0 
1000 20% 5,0 10 13,75 19,0 
 
 
C- DECLIVIDADE: Para subir uma rampa, a força necessária ao trator é igual ao seu peso 
multiplicado pelo seno do ângulo de declividade do terreno. há portanto uma perda de força 
de tração proporcional ao peso do trator e à declividade da encosta. Para cada 1% de 
declividade o trator perde 1% do peso em força ou seja: 
 
perde 10 kgf ==> 1 ton. de seu peso ==> 1% decliv. 
 
 
 
 
 
QUADRO 4: PERDA DEVIDO A DECLIVIDADE 
 
DECLIVE PERDA TRAÇÃO (kgf /ton.) 
1 9.06 
2 18.14 
3 27.21 
4 36.28 
5 45.35 
6 54.43 
7 63.50 
8 72.54 
9 81.64 
10 92.72 
15 134.16 
20 117.08 
25 219.99 
50 405.96 
75 542.49 
100 635.93 
 
B- CONDIÇÕES DO TERRENO: Sua influência é também medida com base no peso do 
trator. A resistência que um solo cheio de torrões, lamacento ou muito macio fornece é bem 
maior que um solo firme. 
 
QUADRO 5: PERDAS DEVIDO AS CONDIÇÕES DO SOLO 
 
CONDIÇÕES PERDA TRAÇÃO (kgf/ton) 
 
solo firme 0 
solo regular 22,5 kgf/ton - peso conjunto 
solo ruim45,0 kgf/ton - peso conjunto 
 
EXEMPLO: Qual a força de tração disponível desenvolvida por um trator/arado, 
trabalhando em segunda marcha em um terreno de condições regulares, com declividade de 
4% a uma altitude média de 660 m. 
 
dados: potência na barra de tração: 40 c.v. 
 velocidade na 2 marcha: 3,6 Km/h 
 peso do trator: 1,58 ton 
 peso do arado: 0,5 ton 
 
 
PLANIFICAÇÃO DO EQUIPAMENTO AGRÍCOLA EM FUNÇÃO DA ÁREA 
 
 01 ARAÇÃO 
PREPARO DO SOLO { 01 NA OCASIÃO DA ARAÇÃO 
 02 GRADAGENS { 
 02 SE NECESSÁRIO, NA OCASIÃO 
 DA SEMEADURA 
 
TEMPO DISPONÍVEL 
 
- Aração: consome 2/3 ou 3/4 do tempo disponível 
- Gradagem: 1/3 ou 1/4 do tempo restante 
 
QUADRO 6: VELOCIDADES PARA ALGUMAS OPERAÇÕES AGRÍCOLAS (Km/h) 
 
OPERAÇÕES VELOCIDADES (Km/h) 
ARAÇÃO 4 - 6 
GRADAGEM 6 - 8 
SEMEADURA/ADUBAÇÃO 4 - 6 
CULTIVOS INICIAIS 2,5 - 5 
PULVERIZAÇÃO 4 - 6 
COLHEITA MECÂNICA 4 - 6 
CULTIVOS FINAIS 4 - 8 
 
EXEMPLO: Uma área de 100 ha e dispõe de 45 dias úteis ( 8 horas) para o preparo do 
terreno. Calcular o equipamento que deve adquirir considerando 5 Km/h a velocidade de 
aração e 7 Km/h para gradagem, cujos coeficientes de rendimento são 70% e 80%. 
 
 
Tempo disponível 
 
total = 45 * 8 = 360 h 
 
p/ aração = 360 * 2 = 240 h 
 3 
 
p/ gradagem = 360 * 1 = 120 h 
 3 
 
A- ESCOLHA DO ARADO 
 
Ce = A ==> 100 ha = 0,41 ha/h 
 T 240 h 
 
Ce = V * L * Ef ==> L = 10000 * Ce ==> 10000 * 0,41 = 4,1 
 10000 V * Ef 5000 * 0,70 3,5 
 
B- ESCOLHA DA GRADE 
 
Ce = A ==> 100 ha ==> 1,66 ha/h 
 T 120 h 
 2 grades 
 
Ce = V * L * Ef ==> 10000 * Ce ==> 10000 * 1,66 = 16,6 
 10000 V * Ef 7000 * 0,8 5,6 
 
QUADRO 7: LARGURA DE CORTE PARA ARADOS E GRADES* 
 
IMPLEMENTO LARGURA DE CORTE 
ARADO AIVECA 30 cm ( 12 " ) 30 cm (12") 
 35 cm ( 14 " ) 35 cm (14") 
 40 cm ( 16 " ) 40 cm ( 16") 
ARADO DISCO 60 cm ( 24" ) 20 cm ( 08") 
 65 cm ( 26" ) 25 cm (10" ) 
 70 cm ( 28" ) 30 cm ( 12" ) 
 75 cm ( 30" ) 35 cm ( 14" ) 
 
*LARGURA DE 
CORTE (m) 
 
N DE DISCOS 
 
 DISCOS (cm) 
 
PESO 
2,20 24 45.7 519 
2.50 20 45.7 548 
3.10 32 45.7 577 
 
QUADRO : GRADES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUSTO HORÁRIO DO CONJUNTO ( TRATOR / IMPLEMENTO ) 
 
- CUSTOS FIXOS OU CUSTOS DE AQUISIÇÃO E PROPRIEDADE 
- CUSTOS VARIÁVEIS OU CUSTOS DE OPERAÇÃO 
 
A -CUSTOS FIXOS OU CUSTOS DE AQUISIÇÃO E PROPRIEDADE: 
 
São aqueles debitados, independente da máquina ter sido utilizada ou não 
 
A.1- DEPRECIAÇÃO: É a depreciação da máquina em função do tempo, seja ela utilizada 
ou não 
 pouco usada - obsolência 
 intensamente usada- desgaste / sucateamento 
 
MÉTODOS: - linear ou linha reta 
 - saldo decrescente 
 - fundo de depreciação 
 
. MÉTODO LINEAR: Va => valor de aquisição 
 D = Va* + Vt Vt => valor de revenda ( 10% Va ) 
 Vu Vu => vida útil em anos 
 
A.2- JUROS: Calculados sobre o capital investido na compra da máquina. => remuneração 
do capital investido. 
 
 J = [ ( Va* x i ) ] i = taxa anual de juros 
 hf hf = horas efetivas de uso anual 
A.3 - ALOJAMENTO (abrigo): 
 
 0,75 a 1% de Va / ano => horas 
 
A.4- SEGURO: 
 0,75 a 1% de Va / ano => horas 
 
B- CUSTOS VARIÁVEIS: Depende da quantidade de uso que se faz da máquina. 
 
B.1- COMBUSTÍVEL: A quantidade de combustível gasta em uma determinada operação, 
depende: 
- tipo de combustível 
- carga exercida sobre o motor 
 
=> potência fornecida á barra de tração do trator pode ser convertida em potência 
equivalente na tomada, para uma dada operação: 
 
 
 
 
 I - x = potência equivalente na tomada 
 potência máxima na tomada 
uma vez obtido o valor “x” o consumo, (l / Kw.h) pode ser estimado por: 
 
 OTTO = 2,74 ( x ) + 3,15 - 0,2 ( 667 x )
1/2
 
 II - 
 DIESEL = 2,64 ( x ) + 3,91 - 0,2 ( 738 x + 173 )
1/2 
 
PASSOS: 
 
A- Descobrir a potência equivalente ( TDP ) 
 
 TDP’ = potência na barra 
 0,96 . Efta Efta => eficiência tratória 
 
A.1- Descobrir a eficiência tratória 
 
 Efta = { [ ( 1- p ) ( 1 -[ ( 1,2 / Cn ) + 0,004 ] 
 0,75 [ 1-e
-0,3 (Cn ) ( p ) 
] 
 
 
Efta = eficiência tratória = quantidade de potência que o rodado pode oferecer a barra de 
tração. 
p = percentual de patinagem 
*Cn = coeficiente admensional { solos duros => 50 
 solos firmes => 30 
 solos trabalhados => 20 
 solos fofos, arenosos => 15 
 
B- POTÊNCIA NA BARRA ( Kw ou c.v. ) 
 
 H = Etr x V = kgf * m/s = c.v. ou c.v. ( 0,734 ) = Kw 
 75 kgf*m/s/cv 
 
C- Substituir na equação I e depois na equação II 
 
=> consumo em l/Kw.h ( Cc ) 
=> consumo horário (ch) = Cc * potência TDP equivalente 
=> custo = ch * preço unitário 
 
EXEMPLO: Um trator opera sobre um solo argiloso firme tracionando uma grade aradora 
1000 kgf à uma velocidade de 5,36 Km/h, com um patinamento de 15%. Qual o consumo 
de combustível esperado sabendo-se que a potência máxima disponível (l/h) na tomada é de 
55,8 Kw ? 
 
Efta = ( 1- p ) ( l - (1,2/30) + 0,04 = 0,7109 
 0,75 [1-e
-0,3(30)(p)
 ] 
 
H = 2 * 200 * 1,48 = 43,67 c.v. = 32,05 Kw 
 75 
 
TDPequivalente = 32,05/0,96 * 0,7109 = 47 Kw 
 
x = TDPe’ = 47 = 0,78 
 TDPm’ 60,3 
 
consumo comb = 2,64 ( x ) + 3,91 - 0,2 ( 738 (x) + 173 )
1/2
 
 “ “ = 2,64 (0,78) + 3,91 - 0,2 ( 738 ( 0,78 ) + 173 )1/2 
 “ “ = 0,5 l/Kw.h 
 
consumo horário = 0,5 l/Kw.h * 47 Kw 
 “ “ = 23,4 l/h 
 
Cc = ch * pu 
Cc = 23,4 l/h * 1000 US$/l 
Cc = 23400 US$/h 
 
 
B.2- CONSUMO DE LUBRIFICANTES LÍQUIDOS PELO MOTOR 
 DIESEL = 0,00059H + 0,02169 
 GASOLINA = 0,00056H + 0,02487H => potência nominal do motor => indicada pelo fabricante 
 ex: 118 cv => 118 * 0,7334 = 86,7 Kw 
 ch = 0,00059 ( 86,7 ) + 0,02169 
 ch = 0,073 l/h 
 cl = ch * pu = 0,073 l/h * xxxxxxx US$/l 
 cl = US$/h 
outra maneira; 
cárter 15L - 120 h 
transmissão final 20L - 1000h 
cambio e diferencial 36L - 1000h 
 S.H 27L - 1000h 
reserv. filtro primário 2L - l0h 
GRAXAS = 0,5 kgf / 10 horas 
cárter = 0,125 l/h * pu (US$/L) 
redução final = 0,02 l/h * pu (US$/L) 
cambio e diferencial = 0,36 l/h * pu (US$/L) 
 S.H = 0,027 l/h * pu (US$/L) 
reserv.filtro primário = 0,2 l/h * pu (US$/L) 
 
TOTAL DE LUBRIFICANTES = US$/h 
 
 
B.3- MANUTENÇÃO E REPAROS: 
 
PREVENTIVA: Gastos com componentes trocados a intervalos regulares 
 
ex: filtros de ar 
 filtros de óleo 
 filtros de combustível 
 
CORRETIVA: Bem mais difícil de ser estimada uma vez que depende de valores de difícil 
controle. 
 
ex: habilidade do operador 
 condições do terreno 
 
 
CUSTO DE REPAROS E MANUTENÇÃO COMO % DO CUSTO INICIAL 
 
Equaçoes para cálculo do custo manutenção e reparos ( CMR ) 
tratores esteira 0,024 
(x)
1,5
 
tratores de roda 4x4 0.024 (x)
1,5
 
tratores de roda 4x2 (TDA) 0.024 (x)
1,5
 
tratores de roda 2x4 0.029 (x)
1,5
 
combinadas, colhedoras de algodão, forragens e roçadeiras 0.23 (x)
1,4
 
scrapers, lâminas niveladoras, pas carregadoras e dist.esterco 0.17 
(x)
1,4
 
espigadoras de milho, colhedoras forragens e pulv.montados) 0.3 (x)
1,4
 
enfardadoras (top) c. batata e c.beterraba 0.22 (x)
1,4
 
colhedoras (top) 0.38 
(x)
1,4
 
enleiradoras, condicionadores feno e carretas transp.ração 0.28 
(x)
1,4
 
semeadoras 0.78 
(x)
1,4
 
distrib.de fertilizantes 0.49 (x)
1,3
 
segadoras e equipamentos de mov. do solo 0.36 
(x)
1,3 
 
 
 
X = N HORAS ACUMULADAS 
 1000 
 
 ex: 1000 h /ano ==> 0,024 ( 8000)
1,5 
 = 0,543 ou 54,3% do custo inicial 
 8 anos 1000 
 
 
 
B.4- SALÁRIOS = ( V.M ) * ( E.S ) * k = ( V.M ) * (E.S) * 12 meses 
 8 * 24 * 12 2112 h/ano 
 230.000 * (2) * 12 meses = 10.454 Cr$/h => 2,56 US$/h 
 8 * 24 * 12 meses 
 
V.M => valor mensal 
E.S => encargos socias 
K => n
0 
meses/ ano 
8 => jornada de trabalho 
24 => n
o
 de dias mês 
12 => meses/ano 
 
C- CUSTO DE ADMINISTRAÇÃO: (CAD) 
 
CAD = 10 a 15% CF + CV 
 
CF= custos fixos 
CV= custos variáveis 
 
D- CUSTO TOTAL =  CF + CV + CAD 
 custo total = US$/h 
 Aração 
2- CUSTO DE OPERAÇÃO { Gradagem 
 Colheita 
 etc. 
Co = custo horário ( US$/h) => Co = US$/ha 
 produtividade (ha/h) 
 
ex: custo de aração = 4,00 US$/ha

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