Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 04 Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Orações Coordenadas e Subordinadas Professor: Albert Iglésia Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 2 Olá! Nesta aula, darei continuidade ao estudo sobre a sintaxe da oração e do período, agora com o foco voltado para as relações existentes entre as orações. Será preciso lançar mão de conceitos sobre o que é uma oração e o que é um período. Lembra-se de que na aula anterior iniciei minhas explicações esclarecendo o que é uma oração e o que é um período? Se você ainda tem dúvidas de reconhecê-los, deve reler o material do nosso último encontro. Abaixo está o conteúdo que será abordado aqui. Introdução ........................................................................................... 3 Orações Coordenadas Assindéticas e Sindéticas .................................. 6 Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas .................................... 6 Aditivas. ........................................................................................... 6 Adversativas ..................................................................................... 7 Alternativas. ..................................................................................... 7 Conclusivas....................................................................................... 9 Explicativa ........................................................................................ 9 Orações Subordinadas ........................................................................ 12 Orações Subordinadas Substantivas ...................................................... 12 Subjetiva ......................................................................................... 13 Objetiva Direta ................................................................................. 16 Objetiva Indireta .............................................................................. 17 Completiva Nominal .......................................................................... 18 Predicativa ....................................................................................... 20 Apositiva ......................................................................................... 20 Orações Subordinadas Adverbiais .......................................................... 20 Causal. ............................................................................................ 21 Consecutiva ..................................................................................... 22 Sumário Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 3 Condicional. ..................................................................................... 22 Concessiva. ..................................................................................... 23 Comparativa. ................................................................................... 23 Conformativa. .................................................................................. 25 Proporcional ..................................................................................... 26 Final ............................................................................................... 26 Temporal ......................................................................................... 27 Principais Conjunções Subordinativas .................................................. 27 Orações Subordinadas Adjetivas ............................................................ 32 Orações Adjetivas Restritivas e Explicativas ......................................... 33 Lista das Questões Comentadas .......................................................... 46 Gabarito das Questões Comentadas .................................................... 59 Introdução De início, você deve observar que as orações surgem organizadas em períodos. Um período pode ser classificado em simples ou composto. Será simples quando contiver apenas uma oração (um verbo ou uma locução verbal), caso em que a oração será dita oração absoluta. Vive-se um momento social delicado. Os alunos continuam estudando. Será composto quando nele houver mais de uma oração, caso em que as orações estarão articuladas em uma relação de igualdade (coordenação) ou dependência (subordinação) sintáticas. Eu vou à escola; você, à praia. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 4 A primeira observação a ser feita sobre o exemplo acima é que o verbo da segunda oração – “você, à praia” – foi substituído pela vírgula, já que esta é uma das funções desse sinal de pontuação. A segunda, perceba, é que as orações se equivalem sintaticamente, o que caracteriza a coordenação entre elas. Note que na palavra “coordenação” existe o elemento “co”, que traduz a ideia de igualdade, nivelamento. Em outras palavras, não há o desempenho de uma função sintática (sujeito, objeto, adjunto adnominal etc.) por qualquer das orações do período. É necessário que vocês estudem. A respeito da frase anterior, podemos dividi-la em duas orações: “É necessário” e “que vocês estudem”. Alguém já deve ter percebido que o a primeira oração é constituída por um verbo de ligação (SER) e por um termo (“necessário”) que confere um atributo ao sujeito desse verbo. Mas onde está o sujeito dele? Se você percebeu que o sujeito é a segunda oração (“que vocês estudem”) está de parabéns! Caso contrário, sugiro que coloque a frase na ordem direta: Que vocês estudem é necessário. Ficou melhor? Não?! Tente usar um velho e bom artifício: substitua a oração “Que vocês estudem” pelo pronome ISSO, assim: Isso é necessário. Notou agora a função sintática de sujeito sendo exercida pela oração “Que vocês estudem”? Pois é, quando uma oração desempenha alguma função sintática na outra, dizemos que a relação entre elas é de subordinação. Note que no vocábulo “subordinação” existe o prefixo “sub”, tradutor da noção de posição abaixo, dependência. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 5 Às vezes, em um mesmo período, as orações que o compõem articulam-se de forma coordenada e, também, subordinada. Eu disse que trabalho e estudo. As duas últimas orações (“que trabalho e estudo”) subordinam-se sintaticamente à primeira (“Eu disse”), complementando o significado do verbo “disse” (o quê?), exercendo a função sintática de objeto direto (isso). Não obstante, entre si mesmas, as duas últimas orações estabelecem uma relação sintática coordenada. A terceira oração soma-se à segunda para, juntas, indicarem o que foi dito. Logo, o período é misto, ou seja, composto por subordinação e coordenação ao mesmo tempo. Bem, já que falamos na relação coordenada entre orações, precisamos agora estudar as classificações e os valores semânticos de cada uma delas. Além disso, devemos notar se essa articulação coordenada se dá por meio de um conectivo ou não. Sendo a resposta afirmativa, teremos uma coordenação sindética (o vocábulo síndeto significa conjunção) entre orações. Caso a resposta seja negativa, estaremos de uma coordenação assindética (sem conjunção). Antes deaveriguarmos detalhadamente tudo isso, quero propor um teste a você. Tudo bem? [...] São pessoas de uma só família, que a obrigação do pai fez 7 sentar à mesma mesa. Quanto ao gênero deles, não sei que diga que não seja inútil. O livro está nas mãos do leitor. Direi somente que se há [...] Machado de Assis. Obra completa. Vol. II, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p. 236. (com adaptações). Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 6 1. (Cespe/2014/TC-DF/Técnico em Administração) No trecho “Quanto ao gênero deles, não sei que diga que não seja inútil” (l.8-9) a vírgula separa orações coordenadas. Comentário – Antes de qualquer coisa, prezado aluno, observe atentamente a ausência de um verbo no segmento “Quanto ao gênero deles”. Então, é descabido falar que “a vírgula separa orações”, sejam elas quais forem. Pronto, acabou! Resposta – Item errado. Orações Coordenadas Assindéticas e Sindéticas As orações coordenadas que se ligam uma às outras sem conjunção são chamadas assindéticas. Diferentemente, as orações coordenadas sindéticas são conectadas por uma conjunção que recebe nome semelhante ao da oração. Lá estava, lá fiquei. (coordenada assindética, sem conjunção) Sentou e olhou ao redor. (coordenada sindética, com conjunção) Estudou, mas não passou. (coordenada sindética, com conjunção) 1 – Costuma-se chamar coordenada inicial a primeira oração de um período composto por coordenação. 2 – O mesmo período pode ser composto por orações coordenadas assindéticas e sindéticas. “Vi, vim e venci.” (a segunda oração – “vim” – coordena-se à primeira sem conjunção; a terceira – “e venci” – articula-se por meio da conjunção “e”). Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas a) Aditivas – indicam fatos sequenciais, dando a ideia de soma. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 7 Ela falava, e eu ouvia. Nossas crianças não fumam nem bebem. Ele não só passou no concurso, mas também tirou o primeiro lugar. (esta é uma estrutura aditiva enfática) b) Adversativas – exprimem fatos opostos ao que se declara na oração coordenada anterior; ideia de contraste. Apressou-se, contudo não chegou a tempo. Principais conjunções e locuções: mas, porém, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. Cuidado: senão, ao passo que, antes, em todo caso (conforme Cegalla, 2008, pág. 290). [...] 7 Augusto Comte, teria a seguinte redação: “Ordem e um Novo Progresso”. Essa renovação de ideias, entretanto, precisa do apoio das novas gerações, pois o cenário mundial atual, e do 10 Brasil em particular, é muito diferente do registrado há duas décadas, por exemplo. Na configuração geopolítica do século [...] João Campos. Uma nova educação para um novo progresso. In: Revista Darcy, jun./2012 (com adaptações). 2. (Cespe/2014/ICMBio/Nível Médio) Sem prejuízo da correção gramatical do texto, o termo “entretanto” (l.8) e o trecho “e do Brasil em particular” (l.9-10), bem como as vírgulas que os isolam, poderiam ser excluídos do período a que pertencem. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 8 Comentário – Cabe ressaltar que a conjunção adversativa “entretanto” só apareceu entre vírgulas por estar deslocada. Sua posição natural é no início da oração. Já a expressão “e do Brasil em particular” tem natureza explicativa e por isso também surgiu corretamente separada pelas vírgulas. No mais, fique atento para o que disse o examinador: “Sem prejuízo da correção gramatical”. Ele nada disse sobre alteração de sentido, certo? Portanto ele tem razão. Observe o trecho reescrito já com as mudanças propostas: Essa renovação de ideias precisa do apoio das novas gerações, pois o cenário mundial atual é muito diferente do registrado há duas décadas, por exemplo. Resposta – Item certo. 3. (Cespe/2014/ICMBio/Nível Superior) A expressão “no entanto” (l.20) poderia ser substituída pelo vocábulo entretanto, sem que houvesse prejuízo à correção gramatical e ao sentido do texto Comentário – Agora a situação é outra. As conjunções destacadas são permutáveis, por expressarem a mesma ideia adversativa. Não precisamos do texto para saber isso. Resposta – Item certo. [...] A redação acima poderia ter sido extraída do editorial 7 de uma revista, mas é parte do texto O oxente e o ok, primeiro lugar na categoria opinião da 4.ª Olimpíada de Língua [...] Língua Portuguesa, 1/2015. Internet: <www.revistalingua.uol.com.br> (com adaptações). 4. (Cespe/2015/FUB/Nível Médio) O elemento coesivo “mas” (l.7) inicia uma oração coordenada que exprime a ideia de concessão em uma sequência de fatos. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 9 Comentário – A conjunção “mas” exprime ideia adversa ao que foi declarado anteriormente. Resposta – Item errado. c) Alternativas – exprimem fatos que se alternam ou se excluem mutuamente. Ora respondia, ora ficava mudo. Estarei lá, quer você permita, quer você não permita. Principais conjunções: ou... ou...; ora... ora...; já... já...; quer... quer...; seja... seja... d) Conclusivas – expressam uma conclusão lógica que é obtida a partir dos fatos expressos na oração anterior. Ele estuda; passará, pois. A conjunção pois tem valor semântico conclusivo quando aparecer após o verbo da oração em que surge. Antes dele, porém, ela integrará oração de cunho explicativo. Principais conjunções e locuções: logo, pois, portanto, por conseguinte, por isso, de modo que, em vista disso. e) Explicativa – expressam a justificativa de uma ordem, suposição ou sugestão. Fique calmo, pois ele já vem. Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 10 Não devemos confundir explicação com causa, isto é, orações coordenadas sindéticas explicativas com orações subordinadas adverbiais causais. Uma explicação é sempre posterior ao fato que a gerou; uma causa é sempre anterior à consequência gerada. Além disso, as orações explicativas normalmente aparecem após frases imperativas ou optativas. Principais conjunções: que, porque, porquanto, pois (antes do verbo da oração explicativa) 1 – “Não se deve classificar uma oração considerando apenas a conjunção que a introduz. Pediu-lhe a filha em casamento, e logo se arrependeu. Apesar da conjunção ‘e’ ser normalmente aditiva, percebe-se que a segunda oração é coordenada sindética adversativa; pois, nesse contexto, a conjunção ‘e’ apresenta valor de contraste, de oposição.” (João Domingues Maia) 2 – “Para a Nomenclatura Gramatical Brasileira, no entanto, vale a forma. A conjunção ‘e’ é aditiva e fim. [...] felizmente, essa visão limitada já está fora de moda. A classificação leva em conta o sentido efetivo.” (Ulisses Infante e Pasquale Cipro Neto) 3 – “Há orações coordenadas assindéticas que possuem claramente valor de sindéticas, porque apresentam um conectivo subentendido.Fiz o possível para prevenir-lhe o perigo; ninguém me ouviu. Fale baixo: não sou surdo. A terceira oração do primeiro período (‘ninguém me ouviu’) e a segunda do segundo período (‘não sou surdo’), apesar de formalmente assindéticas, já que não apresentam conjunção, têm sentidos Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 11 bem marcados: a primeira tem valor semântico adversativo (equivale a ‘mas ninguém me ouviu’); a segunda, explicativo (equivale a ‘pois não sou surdo’). Por isso convém insistir em que você se preocupe mais com o uso efetivo das estruturas linguísticas do que com discussões às vezes intermináveis sobre questões de mera nomenclatura.” (Ulisses Infante e Pasquale Cipro Neto, com adaptações). Antes de passar adiante e tratar das orações subordinadas, quero exemplificar o que foi dito anteriormente Marque a alternativa em que se observa a mesma relação de sentido de adição que se verifica entre as orações coordenadas em “Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”. a) Tem olhos, e não vê. Tem boca, e não fala. b) — Você pode viajar sozinha, mas apenas por uma semana. c) Qualquer passo em falso, e você colocará tudo a perder! d) A nova secretária era competente, mas principalmente responsável. Comentário – Na alternativa A, as orações coordenadas introduzidas pela conjunção “e” possuem claro valor semântico adversativo. Em B, a oração “mas apenas por uma semana” expressa a condição para que o fato mencionado anteriormente seja levado a efeito. A terceira alternativa apresenta oração coordenada que traduz a consequência imediata da realização do fato mencionado antes. Finalmente, é na última alternativa em que encontramos oração coordenada (“mas principalmente responsável”) com a mesma relação de sentido aditivo existente também na oração “mas livrai- nos do mal”, no comando da questão. Resposta – D Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 12 Como você pode perceber, não devemos nos limitar à análise fria e tradicional das conjunções durante o processo de classificação das orações. É fundamental, antes, perceber a relação semântica existente entre elas. A partir de agora, trataremos das orações subordinadas, que podem exercer funções típicas de substantivos, advérbios e adjetivos. Antes de estudarmos suas características e valores semânticos, apresentarei um quadro-resumo delas. Orações Subordinadas Orações Subordinadas Substantivas São aquelas que desempenham funções típicas de substantivos no período simples. Elas podem surgir em duas formas: 1. desenvolvidas ligam-se à oração principal por meio das conjunções subordinativas integrantes que e se, ou ainda por meio de um pronome ou advérbio interrogativo. É importante que estudemos com afinco. (conjunção integrante) Perguntamos se voltará hoje. (conjunção integrante) Ele quer saber que horas são. (pronome interrogativo) Ele indagou quando será a prova. (advérbio interrogativo) Substantivas 1 – Subjetiva 2 – Predicativa 3 – Objetiva Direta 4 – Objetiva Indireta 5 – Completiva Nominal 6 - Apositiva Adverbiais 1 – Causal 2 – Consecutiva 3 – Condicional 4 – Concessiva 5 – Comparativa 6 – Conformativa 7 – Temporal 8 – Proporcional 9 – Final Adjetivas 1 – Explicativa 2 – Restritiva Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 13 2. reduzidas apresentam verbo no infinitivo e podem ser introduzidas por preposição. É importante estudar com afinco. Pensou em omitir o fato, mas se arrependeu. Subjetiva (equivale-se ao sujeito da oração principal) É fundamental a sua opinião sobre o assunto. É fundamental que você opine sobre o assunto. É fundamental você opinar sobre o assunto. O primeiro exemplo constitui-se de período simples. Nele há apenas uma oração (um só verbo), cujo sujeito é a expressão a sua opinião sobre o assunto. Colocando-se a frase na ordem direta, é mais fácil perceber isso: A sua opinião sobre o assunto é fundamental. Nos dois últimos exemplos, há períodos compostos, pois a expressão inicial foi transformada em duas orações: uma na forma desenvolvida (com a conjunção integrante que); outra na forma reduzida (verbo opinar no infinitivo). Quando ocorre oração subordinada substantiva subjetiva, o verbo da oração principal sempre fica na terceira pessoa do singular. Estruturas típicas da oração principal nesse caso são: 1. verbo de ligação + predicativo é bom...; é conveniente...; é claro...; está comprovado...; parece certo ...; fica evidente... etc. É preciso que se adotem providências eficazes.. Parece estar provado que soluções mágicas não funcionam.. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 14 2. verbo na voz passiva sintética ou analítica sabe-se...; soube-se...; comenta-se...; dir-se-ia...; foi anunciando...; foi dito... etc. Sabe-se que a prova está próxima. Foi dito que a prova será adiada. 3. verbos como cumprir, convir, acontecer, importar, ocorrer, suceder, parecer, constar, urgir etc. conjugados na terceira pessoa do singular. Convém estarmos aqui. Urge que tomemos uma decisão. 5. (Cespe/PC-CE/Inspetor de Polícia/2012) No trecho “É verdade que a CE vem desenvolvendo novas formas políticas” (L.21-22), o emprego da forma verbal singular “É” justifica-se pelo fato de essa forma verbal não ter sujeito explícito. Comentário – Deve chamar sua atenção a estrutura verbo de ligação + predicativo (“É verdade”), como explicado no item 1 acima. Agora, uma preciosa dica para classificar adequadamente as orações subordinadas substantivas: substitua a oração “que a CE vem desenvolvendo novas formas políticas” pelo pronome demonstrativo ISSO: É verdade ISSO. Se preferir, reorganize tudo: ISSO é verdade. Ficou fácil identificar o sujeito da forma verbal “É”, certo? Pois é, trata-se de um sujeito oracional e de uma oração subordinada substantiva subjetiva. Resposta – Item errado. 6. (Cespe/MP/Analista de Infraestrutura/2012) Seria mantida a correção gramatical do período “É fato que os números absolutos impressionam” (L.11-12), caso a preposição de fosse inserida imediatamente antes da conjunção “que”. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 15 Comentário – Estamos diante de uma estrutura típica de ORAÇÃO PRINCIPAL (“É fato”: verbo de ligação + predicativo do sujeito) seguida de ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA (“que os números absolutos impressionam”). Portanto não faz sentido empregar a preposição de antes da conjunção integrante “que”. Não convém preposicionar o sujeito desse modo; nem sequer existe algum verbo ou nome requerendo tal preposição. Resposta – Item errado. [...] Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda 7 da Corte e a presença inédita de um soberano em terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual luso-brasileira.Àquela altura, ninguém vislumbrava a ideia de 10 uma separação, mas se esperava ao menos que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas. [...] Lucia Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In: Revista de História da Biblioteca Nacional, n.º 48, set./2009, p. 19-21 (com adaptações) 7. (Cespe/ANAC/Especialista em Regulação de Aviação Civil - Área 5/2012) A oração “que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas” (L.10-11) exerce a função de complemento direto da forma verbal “esperava” (L.10). Comentário – Observe atentamente que estamos diante de uma estrutura típica de voz passiva sintética (ou pronominal), com pronome apassivador “se” e verbo transitivo direto “esperava”. Compare com o que eu disse no item 2 das “Estruturas típicas da oração principal”. Portanto a oração “que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas” (L.10-11) funciona como sujeito (paciente) do verbo “esperava”. Preliminarmente, a banca considerou o item certo, ou seja, como objeto direto mesmo. Mas depois retrocedeu e mudou o gabarito. Resposta – Item errado. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 16 Objetiva Direta Complementa o valor semântico do verbo transitivo direto da oração principal, articulando-se com ela sem o intermédio de preposição obrigatória. Ressalte-se que, nas frases interrogativas indiretas, as orações subordinadas substantivas objetivas diretas podem ser introduzidas pelas conjunções subordinativas integrantes se ou que e, ainda, por pronomes ou advérbios interrogativos. Tome cuidado porque as bancas examinadoras podem perguntar, por exemplo, se “as palavras em destaque nos trechos abaixo possuem a mesma classificação gramatical” e sublinhar, maliciosamente, dois vocábulos introdutores de orações subordinadas substantivas objetivas diretas. Partindo da ideia comum de que elas são iniciadas por conjunções integrantes, é possível que algum candidato mais afoito diga “sim”, sem se dar conta de que pode estar diante de uma conjunção integrante e um pronome interrogativo. Todos sabemos que ele aceitará o convite. como as coisas funcionam aqui. onde fica a farmácia. quanto custa o remédio. quando acabam as aulas. qual é a matéria da prova. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 17 Com os verbos deixar, mandar fazer (causativos), ver, sentir e ouvir (sensitivos), ocorre um tipo especial de oração subordinada substantiva objetiva direta: Ouvi-os bater. / Deixe-me entrar. As orações em destaque são reduzidas de infinitivo. E o mais interessante é que os pronomes oblíquos átonos os e me são os sujeitos dos verbos no infinitivo. Na Língua Portuguesa, esse é o único caso em que tais pronomes desempenham tal função sintática. 8. (Cespe/IRBr/Diplomata/2012) No período “Que Demócrito não risse, eu o provo” (L.20), o verbo provar complementa-se com uma estrutura em forma de objeto direto pleonástico, com uma oração servindo de referente para um pronome. Comentário – A oração “Que Demócrito não resiste” (iniciada por uma conjunção integrante) é subordinada substantiva objetiva direta. Por estar antecipada e retomada pelo pronome oblíquo (que funciona como objeto direto pleonástico ou repetido), surge separada pela vírgula (voltaremos a esse caso na aula específica sobre pontuação). Entenda a frase da seguinte forma: Eu provo que Demócrito não risse (Eu provo ISSO). Resposta – Item certo. Objetiva Indireta Completa o sentido de um verbo transitivo indireto da oração principal. Normalmente vem introduzida por preposição, mas esta pode ser omitida. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 18 adjetivo advérbio substantivo Lembro-me de que fizemos muitas visitas. (Mário Donato) Meu Deus, só agora me lembrei que a gente morre. (Clarice Lispector) Completiva Nominal Liga-se a um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) da oração principal completando seu significado. É introduzida por preposição (como todo complemento nominal). Tenho a impressão de estar sempre no mesmo lugar. A nova metodologia é útil para diminuir a margem de erro. Está perto de fazermos a prova. Quanto à obrigatoriedade do emprego da preposição, devo fazer alguns esclarecimentos. Já não se discute o emprego facultativo da preposição diante de oração objetiva indireta. Exemplo: Concordamos (com) que o aumento seja maior. Não me recordo agora de uma questão problemática envolvendo esse tipo de análise. Quando o foco é uma oração completiva nominal, o emprego da preposição suscita dúvidas. Há quem defenda a obrigatoriedade do emprego da preposição. A Esaf, por exemplo, já se manifestou a respeito no passado. Veja o item da prova de AFT/2003: Na América Latina, por exemplo, “a integração global aumentou ainda mais as desigualdades salariais”, e há uma preocupação generalizada que o processo esteja levando uma maior desigualdade no próprio interior dos países. Essa Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 19 desigualdade já alcançou os Estados em suas relações assimétricas. O item foi considerado errado também por causa da falta da preposição “de”: ...preocupação generalizada de que o processo... Mas não podemos ignorar a argumentação daqueles que defendem a possibilidade de omissão da preposição. O eminente Celso Pedro Luft, por exemplo, diz que “é viável a elipse da preposição” (Dicionário Prático de Regência Nominal). O Cespe já trilhou essa mesma linha. Analise atentamente o item seguinte (TJ-BA/Oficial de Justiça/2005), que foi considerado correto pelo examinador. “Não há dúvida de que, no início do século XXI, os EUA chegaram mais perto do que nunca da possibilidade de constituição de um império mundial”. Como na sequência há um complemento oracional, a omissão da preposição "de" "não há dúvida de que" também estaria de acordo com as exigências da norma escrita culta. Cegalla (2008:386) diz que “As completivas nominais são regidas de preposição, a qual em certos casos pode ser omitida” (observe a contundência da afirmação na primeira parte da frase). Ele não esclarece quais são os casos, apenas dá um exemplo e nada mais: “Zé Grande tinha a impressão [de] que estava voltando a ser criança”. Segundo Evanildo Bechara (2009:483-4), “pode-se prescindir da preposição que inicia uma oração objetiva indireta ou completiva nominal”. Ele apresenta dois exemplos: a) “ ‘...em que o avisava [de] que em conselho se decidirá que o fossem cercar...’ ”; b) “...tive medo [de que] fosse ouvida...” (note que agora o conectivo também foi omitido). Como se percebe, tudo depende do ponto de vista dos examinadores, até que uma bibliografia seja definida no edital. Enquanto isso não acontece, devemos analisar cuidadosamente todas as opções e marcar a melhor resposta. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 20 PredicativaFunciona como um predicativo do sujeito da oração principal; seu valor semântico caracteriza, especifica, determina o sujeito dela. É de se notar também a presença de um verbo de ligação na oração principal. Nosso desejo era encontrares o teu caminho. O triste é que não era uma planta qualquer. Apositiva Atua como aposto de um termo da oração principal e é marcada pela pontuação (vírgula, dois-pontos). Seu significado amplia, explica, desenvolve, resume o conteúdo da oração principal. O boato, de que o presidente renunciaria, espalhou-se rapidamente. Só resta uma alternativa: encontrar o culpado. Orações Subordinadas Adverbiais I. Têm valor semântico de advérbio (causa, tempo, condição, finalidade etc.) e exercem função de adjunto adverbial em relação à oração principal; II. Desenvolvidas: possuem verbo no modo indicativo ou subjuntivo e são introduzidas por conjunção; III. Reduzidas: possuem verbo na forma nominal (infinitivo, gerúndio, particípio). Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 21 1 Empossado na prefeitura carioca, Negrão de Lima arregalou os olhos quando os técnicos em urbanismo informaram-lhe que havia oito milhões de ratos na cidade. 4 Perguntou: “Como é que vocês contaram?” [...] Carlos Heitor Cony. Folha de S.Paulo, 4/8/2013 (com adaptações). 9. (Cespe/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2014) Uma forma correta de reescrita do trecho iniciado pela conjunção temporal “quando” (l.2) é a seguinte: ao ser informado pelos técnicos em urbanismo que existia oito milhões de ratos na cidade do Rio de Janeiro. Comentário – Cuidado! O examinador tentou desviar seu olhar para o erro contido na reescritura. A conjunção “quando” inicia uma oração subordinada adverbial temporal desenvolvida (observe, além da própria conjunção, o verbo “informaram”, que está conjugado no modo indicativo). A proposta da banca substitui essa oração desenvolvida por uma reduzida de infinitivo: “ao ser informado...” (observe a ausência da conjunção e o verbo “ser” no infinitivo). Até aqui, tudo bem! O erro surge sutilmente no emprego da forma verbal “existia”. O verbo existir é pessoal, possui sujeito. Este é representado pelo termo “oito milhões de ratos”. Portanto o verbo deveria ser flexionado no plural (existiam) para concordar em número como o sujeito da oração. Resposta – Item errado. Classificações Causal: expressa a causa do que se diz na oração principal. Como não haviam combinado, uns cantavam em inglês e outros em português. (Clarice Lispector) Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 22 Consecutiva: apresenta a consequência do que se diz na oração principal. Fiquei tão alegre com esta ideia que ainda agora me treme a pena na mão. (Machado de Assis) [...] cadastros em lojas online. Lidamos com tantas combinações 10 desse tipo, que já se fala de uma nova categoria de estresse: a “fadiga de senhas”. A solução para driblar o problema é o [...] Renata Valério de Mesquita. Você é a sua senha. In: Planeta, fev./2014 (com adaptações). 10. (Cespe/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2014) A oração introduzida pela conjunção “que” (L.10) expressa ideia de consequência em relação à oração anterior, à qual se subordina. Comentário – Sim, é isso mesmo. A conjunção “que” é integrante (não desempenha função sintática). Cuidado para não confundi-la com pronome relativo (que introduz oração adjetiva e desempenha uma função sintática). Resposta – Item certo. Condicional: estabelece uma condição para que o fato expresso na oração principal se realize. Eu cantarei, se as Musas me ajudarem, a verdadeira história de Elpenor. (Augusto Meyer) Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 23 11. (Cespe/2014/Câmara dos Deputados/Técnico Legislativo) No segundo quadrinho, a fala de Calvin é introduzida por uma oração condicional, ponto de partida para o raciocínio de Calvin, que pode ser assim esquematizado: Se A, então B. Comentário – Sim, é isso mesmo. A primeira oração (“Se os ignorantes é que são felizes” – “é que” é expressão de realce) constitui a condição para a realização do que foi declarado na oração seguinte. Resposta – Item certo. Concessiva: expressa um fato que deveria impedir o acontecimento do que se declara na oração principal. [...] descobri-me, embora estivessem muitas pessoas na sala. (Graciliano Ramos) Comparativa: indica o segundo elemento de uma comparação. Ele saiu da vida como quem sai de uma festa. (Cassiano Ricardo) Muitas vezes, o verbo da oração subordinada adverbial comparativa está oculto. As ideias marinhavam-lhe no cérebro, como em hora de temporal [...]. (Machado de Assis) Além disso, a oração à qual se subordina a oração comparativa pode apresentar expressões como: mais, menos, pior, tal, tanto. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 24 12. (Cespe/TJ-RO/Analista Judiciário/Análise de Sistemas/2012) No que se refere a aspectos morfossintáticos e semânticos do texto, assinale a opção correta. a) Na oração “que o governo popular” (L.8), que expressa uma consequência, há elipse da forma verbal “exige” (L.7). b) Os elementos “menos” (L.8) e “outras” (L.8) são modificadores de intensidade relacionados ao núcleo nominal “virtudes” (L.8). c) Sem contrariar o sentido original do texto e mantendo-se a correção gramatical, a expressão “perante a autoridade da experiência” (L.2) poderia ser reescrita da seguinte forma: perante ao reconhecimento da autoridade dos mais experientes. d) Na oração “a terceira é o pior de todos os governos” (L.7), o verbo poderia ser suprimido e a vírgula, empregada no lugar dele, para indicar a elipse. e) Na linha 7, “se exige” corresponde a é exigido. Comentário – Alternativa A: errada. A oração destacada é comparativa. O autor do texto compara a exigência de virtudes feita pela aristocracia com a Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 25 que é feita pelo governo popular. O verbo realmente está elíptico: “que o governo popular [exige]”. Mas isso não impede que a sentença esteja errada. Alternativa B: errada. A ideia transmitida pelo elemento “outras” é qualitativa, e não quantitativa. Alternativa C: errada. Perante já é preposição e, por isso, dispensa outra preposição ao seu lado. Em “perante a autoridade”, o “a” é artigo definido. Então, não é correta a sintaxe perante ao reconhecimento. O a está sobrando no trecho. Alternativa D: certa. A elipse do verbo pode muito bem ser indicada por meio da vírgula. A compreensão da frase é facilitada pela evidência do mesmo verbo na oração anterior. Veja: ...a segunda, a aristocracia propriamente dita, é o melhor governo; a terceira, o pior de todos os governos. A vírgula que substitui normalmente o verbo é chamada de vírgula vicária. Alternativa E: errada. Não confunda a estrutura “se exige” com a flexão do verbo em voz passiva sintética. O “se”não é pronome apassivador; é conjunção condicional. Veja o trecho com outra organização: Contudo, se a aristocracia exige menos virtudes que o governo popular [exige]... Outra dica legal é trocar o “se” por caso (com as devidas adaptações): Contudo, caso exija a aristocracia menos virtudes que o governo popular... Resposta – D Conformativa: a ideia expressa nela está de acordo com a que é dita na oração principal. Conforme nos mandara o sargento, ficamos passando um pelo outro. (Mário Donato) Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 26 Proporcional: expressa um fato que se realiza proporcionalmente ao que se diz na oração principal. Quanto mais uma civilização é artista, mais ela se afasta da natureza. (Graça Aranha) Final: indica a finalidade do que se diz na oração principal. O fuzil foi passado de mão em mão, para que todos aprendessem os quatro movimentos. [...] 7 Todavia, as discussões sobre essa matéria ainda aguardam decisão do Supremo Tribunal Federal, cujas teses se dividem basicamente em duas: uma que defende a 10 inconstitucionalidade da lei, invocando o princípio de que norma penalizadora mais dura não pode retroagir para prejudicar o réu e ferir suposto direito adquirido [...] Andeson de Oliveira Alarcon. As inovações eleitorais, a fichalimpa e as eleições 2012. In: Escola Judiciária Eleitoral da Paraíba. Internet: <www.tre-pb.gov.br> (com adaptações). 13. (Cespe/TRE-MS/Analista Judiciário/2013) Nas linhas 11 e 12, os verbos “retroagir”, “prejudicar” e “ferir” estão coordenados entre si e subordinados à forma auxiliar “pode”. Comentário – As relações não são bem essas que o examinador indicou. As orações constituídas pelos verbos “prejudicar” e “ferir”, de fato, estão coordenadas entre si por meio da conjunção aditiva “e”: “prejudicar o réu e ferir suposto direito adquirido”. No entanto, tais orações mostram-se subordinadas à oração constituída pela locução verbal “pode retroagir” e funcionam como adjunto adverbial de finalidade. Observe ainda que, na Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 27 locução verbal, o primeiro verbo (“pode”) é o auxiliar; o segundo (“retroagir”), o principal. Resposta – Item errado. Temporal: expressa o tempo em que ocorre o que se diz na oração principal. Quando o semáforo abriu, ele tentou arrancar na bicicleta [...]. (Lourenço Diaféria) Observe que as três orações subordinadas abaixo destacadas apresentam estruturas diferentes das anteriores. Nelas não há verbos desenvolvidos (conjugados no modo indicativo ou subjuntivo) nem conjunções. Agora, os verbos assumem uma das formas nominais (gerúndio, infinitivo e particípio). Ao abrir o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (infinitivo) Aberto o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (particípio) Abrindo o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (gerúndio) Principais Conjunções Subordinativas Uma vez estudadas as características e os valores semânticos das orações subordinadas adverbiais, convém agora apontar as principais conjunções que fazem a articulação entre elas e sua principal. Causais Porque; como; que; pois; porquanto; visto que; dado que; já que; uma vez que; na medida em que; etc. Consecutivas Que, de forma que, de maneira que, de modo que etc. Comparativas Que; (do) que; quanto; como; assim como; bem como; etc. Concessivas Ainda que; embora; mesmo que; posto que; por mais que; se bem que; por pouco que; nem que; conquanto etc. Condicionais Se; caso; sem que; contanto que; salvo se; desde que; a menos que; a não ser que; que; etc. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 28 Conformativas Conforme; como; segundo; consoante; etc. Finais Para que; a fim de que; que; etc. Proporcionais À medida que; à proporção que; ao passo que; quanto mais... mais; quanto menos... menos; quanto maior... maior; enquanto (conforme Cunha e Cintra, 2008, págs. 604 e 623) etc. Tempo Quando; enquanto; antes que; depois que; desde que; logo que; assim que; até que; que; apenas; mal; sempre que; tanto que; etc. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 29 14. (Cespe/TRE-RJ/Técnico Judiciário/2012) As relações sintáticas do período não seriam prejudicadas caso se substituísse “enquanto” (L.7) por ao passo que. Comentário – Considero esta questão difícil, pois não aprendemos isso durante os muitos anos de estudo na escola nem em alguns cursos preparatórios. O examinador deve ter se fundamentado na Nova gramática do português contemporâneo (CUNHA & CINTRA, 2008, pág. 604). Leia com atenção o que os gramáticos ensinam: As [conjunções] PROPORCIONAIS iniciam uma oração subordinada em que se menciona um fato realizado ou para realizar-se simultaneamente com o da oração principal. São as conjunções à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais... mais , quanto mais... tanto mais, quanto mais... menos, quanto mais... tanto menos, quanto menos... menos, quanto menos... tanto menos, quanto menos... mais, quanto menos... tanto mais (...). [grifos meus] Na página 623, existem os seguintes exemplos de orações proporcionais: a) “Choviam os ditos / ao passo que ela seguia pelas mesas. /” e b) “Duas ou três funcionárias aproximaram-se, / enquanto o servidor / que fizera a pergunta / ia dando o fora. /”. Esclareço que não encontrei a conjunção enquanto classificada como adversativa nas gramáticas de Bechara, Cegalla e Celso Cunha. Já a locução conjuntiva ao passo que consta em Cegalla (2008, pág. 290) também como adversativa. Resposta – Item certo. 1 Em 2013, a oferta de emprego nas cidades do interior de nove estados (São Paulo, Rio, Minas Gerais, Pernambuco, Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 30 Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Ceará e Pará) superou 4 expressivamente a das áreas metropolitanas desses estados, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho e Emprego. E não 7 é fato episódico, mas uma nova tendência ou processo, pois, desde 2010, cresce o peso do interior na contratação de mão de obra formal, enquanto se reduz o peso das grandes capitais. 10 Há vários aspectos importantes nessa mudança do vetor do emprego. Ela é registrada nos serviços, no comércio, na construção civil e, ainda mais, na indústria. Neste segmento, 13 reforça-se a convicção de que o interior oferece não só melhor condição de instalação de novas fábricas, como de contratação do pessoal, que pode trabalhar perto da casa e da família, com 16 menor custo de transporte e menor perda de tempo no deslocamento entre a casa e o trabalho. O Estado de S.Paulo, 6/3/2014 (com adaptações). 15. (Cespe/TJ-CE/Nível Médio/2014) Assinale a opção correta em relação às estruturas linguísticas do texto acima. a) A vírgula logo após “pessoal” (l.15) isola oração subsequente, que temnatureza restritiva. b) No trecho “a das áreas” (l.4) há elipse da palavra “cidade” logo após o termo “a”. c) Prejudicam-se a correção gramatical do período e suas relações sintáticas ao se substituir “pois” (l.7) por qualquer um dos termos a seguir: porquanto, já que, porque, visto que. d) Alteram-se as relações sintáticas originais do período ao se substituir “enquanto” (l.9) por ao passo que. e) A palavra “vetor” (l.11) está sendo utilizada no sentido de direção, orientação, sentido. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 31 Comentário – Alternativa A: errada. A oração “que pode trabalhar perto da casa e da família” tem natureza explicativa. Orações restritivas não podem ser isoladas do termo a que se referem por meio da pontuação. Alternativa B: errada. Logo após o termo “a” há elipse da seguinte expressão: “oferta de emprego nas cidades”. Alternativa C: errada. Não há prejuízo. Todos os conectivos podem expressar o mesmo sentido de causa. Basta reler atentamente o quadro acima. Alternativa D: errada. Não há alteração. No texto, a conjunção “enquanto” expressa proporcionalidade. A locução conjuntiva ao passo que também pode indicar o mesmo sentido. Resposta – E Dizem que se conselho fosse bom ninguém daria, mesmo assim eu arrisco um: não confunda as locuções conjuntivas à medida que e na medida em que. A primeira introduz oração subordinada tradutora de valor semântico de proporcionalidade; a segunda inicia oração subordinada que expressa a causa de um fato. Já vi muito candidato bom “derrapar” por falta de atenção a esse detalhe. Quer outro conselho? Não confunda oração subordinada adverbial causal com oração coordenada sindética explicativa! Em alguns momentos, elas podem apresentar semelhanças que dificultam a análise correta. Por exemplo, ambas admitem as conjunções pois, que, porque, porquanto. Porém, um pouco de atenção para os aspectos que vou assinalar pode ser de grande utilidade: [Ele pegou a doença] [porque andava descalço.] [Não ande descalço,] [porque você vai pegar uma doença.] 1. Há uma relação de causa e consequência entre as duas orações. 1. Não há relação de causa e consequência: apenas é dado o motivo para que não se ande Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 32 descalço. 2. A conjunção que introduz a oração causal não pode ser eliminada. 2. Pode-se eliminar a conjunção coordenativa explicativa: Não ande descalço, você vai pegar uma doença. 3. A oração adverbial pode ser transformada em oração reduzida de infinitivo: Ele pegou a doença por andar descalço. 3. Não se pode transformar a oração coordenada em oração reduzida. 4. O verbo da oração principal não expressa dúvida ou hipótese. 4. A oração anterior à explicativa geralmente possui verbo no imperativo ou tem caráter hipotético. De outro modo, poderíamos dizer: Ele dever ter andado descalço, pois pegou uma doença. Orações Subordinadas Adjetivas As orações subordinadas adjetivas podem equivaler-se, semanticamente, a adjetivos, ou seja, caracterizar um substantivo, atribuindo-lhe qualidade, estado ou modo de ser. Sintaticamente, podem exercer a função de adjunto adnominal de um termo da oração principal. Observem: Deve-se investir em soluções definitivas. Deve-se investir em soluções que resolvam definitivamente os problemas. Comparando os dois exemplos acima, é fácil perceber que, no segundo, a oração “que resolvam definitivamente os problemas” discrimina o substantivo “soluções” e restringe o seu alcance semântico. Além disso, exerce função idêntica à do adjetivo “definitivas” no primeiro exemplo: ambas as expressões são adjuntos adnominais do substantivo “soluções”, que é núcleo do objeto indireto. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 33 Oraç. Subord. Adj. Restritivas Oraç. Subord. Adj. Explicativas ORAÇÕES ADJETIVAS RESTRITIVAS E EXPLICATIVAS Na relação que estabelecem com o termo a que se referem, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras distintas: restringindo e individualizando esse termo ou simplesmente explicando, realçando, amplificando uma informação sobre ele. O jovem que estuda passa. O homem que luta vence. O homem, que é mortal, almeja a vida eterna. Cristo, que é filho de Deus, morreu por nós. No primeiro caso, as orações adjetivas equiparam-se a verdadeiros adjetivos restritivos (aqueles cujos valores semânticos não constituem um atributo inerente a todo e qualquer ser de mesma natureza): nem todo jovem passa (apenas o que estuda); nem todo homem vence (somente o que luta). Elas funcionam como adjuntos adnominais e não podem ser separadas do substantivo por vírgulas. No segundo caso, as orações adjetivas têm valor semântico explicativo, pois expressam uma característica intrínseca, essencial ao termo a que se referem: todo homem é mortal; Cristo é filho de Deus. Por não influenciarem o significado do termo a que se referem, podem ser retiradas da frase ou ficar separadas do substantivo pela pontuação sem implicar alteração semântica. Sendo assim, elas se assemelham a um aposto explicativo. [...] A crescente e constante ampliação da escolaridade feminina tem contribuído para ampliar o espaço de atuação das mulheres no mercado de trabalho também em profissões Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 34 16 que, historicamente, têm sido consideradas como espaços masculinos. As profissões científicas e tecnológicas inserem-se nesse contexto. Essas carreiras estão associadas a 19 conhecimentos de ciência e tecnologia cuja construção histórica e social foi marcada por exclusões de gênero que resultaram em campos com predominância masculina, seja pelo 22 perfil de gênero dos seus profissionais, seja pela forma como seus conhecimentos se desenvolveram, estruturaram-se ou se organizaram. A baixa participação feminina, nesse universo, 25 ainda é uma realidade, particularmente na Engenharia. A reduzida presença de mulheres é um fenômeno que pode ser visto como corolário da baixa presença feminina em cursos 28 superiores dessa área. Nanci Stancki Silva. Engenharias no Brasil: mudanças no perfil de gênero? Internet: <www.fazendogenero.ufsc.br> (com adaptações). 16. (Cespe/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2012) As orações “que, historicamente, têm sido consideradas como espaços masculinos” (l.16-17) e “que resultaram em campos com predominância masculina” (l.20-21) poderiam, mantendo-se a coerência do texto e a sua correção gramatical, ser introduzidas por vírgulas, sendo, assim, interpretadas de uma maneira não restritiva. Comentário – As duas orações apontadas são adjetivas restritivas e, portanto, possuem caráter restritivo. É importante notar que elas não são separadas dos substantivos que especificam por meio de pontuação (vírgula, por exemplo): – “profissões que, historicamente, têm sido consideradas”; – “exclusões de gênero que resultaram em campos”. De fato, a inserção de vírgulas mudaria o caráter restritivo delas paraexplicativo, porém afetaria o sentido original do texto. Resposta – Item errado. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 35 [...] 31 Então, sim, eu escolhi ser professor. É mesmo comparável a colocar a cabeça dentro da boca de um leão ou a qualquer outra coisa que os outros julgam louca, mas não 34 fazem ideia da emoção que causa. [...] André da Cunha. Mas você vai ser professor? In: Revista Língua Portuguesa, n.º 39, Escala Educacional, 2012 (com adaptações). 17. (Cespe/SEGER-ES/Analista Executivo/Direito/2013) O trecho “que os outros julgam louca” (l.33) constitui uma oração coordenada. Comentário – Na oração destacada pelo examinador, surge o pronome relativo “que”. Se você tem dúvida da classe gramatical desse vocábulo, basta substituí-lo pelo pronome relativo por excelência: o qual (com as devidas variações de gênero e número) Se o teste der certo, então teremos realmente um PR: ...É mesmo comparável a colocar a cabeça dentro da boca de um leão ou a qualquer outra coisa a qual os outros julgam louca... Assim sendo, temos uma oração subordinada adjetiva. Lembre-se de que o pronome relativo introduz oração adjetiva e não coordenada. Resposta – Item errado. 1 Entre as iniciativas desenvolvidas pelo Ministério da Integração Nacional (MI) por meio da Secretaria Nacional de Irrigação está o programa Mais Irrigação, que prevê 4 investimentos de R$ 10 bilhões em recursos federais e em parcerias com a iniciativa privada, para aumentar a eficiência das áreas irrigáveis e incentivar a criação de polos de 7 desenvolvimento. Internet: <www.integracao.gov.br> (com adaptações). 18. (Cespe/2013/MI/Assistente Técnico Administrativo) A oração subsequente à expressão “Mais Irrigação” (l.3) tem natureza restritiva. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 36 Comentário – Você observou a vírgula separando as orações? Ela tem um papel importante, pois indica que a oração subsequente tem natureza explicativa. Relendo atentamente a passagem, constata-se que essa oração não influencia o significado do termo a que se refere (“o programa Mais Irrigação”) e pode ser retirada da frase sem implicar alteração semântica. Resposta – Item errado. 19. (Cespe/MTE/Contador/2014) No trecho “Não são poucos os chefes que não sabem como tratar um tema que envolve seus subordinados” (l.3-4), há duas orações de natureza restritiva, uma referente a “os chefes” e outra a “um tema”. Comentário – Sim, é verdade. Primeiramente, faça o seguinte teste: substitua o “que” por “o qual” (e suas variações) para se certificar da existência do pronome relativo. Veja: “Não são poucos os chefes os quais não sabem como tratar um tema o qual envolve seus subordinados”. Agora perceba que as orações introduzidas pelos pronomes relativos não estão separadas por meio de vírgula. Resposta – Item certo. 1 As obras de dragagem objetivam remover os sedimentos que se encontram no fundo do corpo d'água para permitir a passagem das embarcações, garantindo o acesso ao 4 porto. [...] Internet: <www.antaq.gov.br> (com adaptações). 20. (Cespe/Antaq/Nível Médio/2014) A oração “que se encontram no fundo do corpo d'água” (L.2) tem função restritiva. Comentário – Trata-se de uma informação que restringe o significado dos sedimentos mencionados no texto. Portanto a oração é realmente (adjetiva) restritiva. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 37 Resposta – Item certo. [...] 13 de comunicação. O histórico dos crimes cibernéticos, por sua vez, remonta à década de 70, quando, pela primeira vez, foi definido o termo hacker, como sendo aquele indivíduo que, 16 dotado de conhecimentos técnicos, promove a invasão de sistemas operacionais privados e a difusão de pragas virtuais. Artur Barbosa da Silveira. Os crimes cibernéticos e a Lei nº 12.737/2012. In: Internet: <www.conteudojuridico.com.br> (com adaptações). 21. A oração “que, dotado (...) pragas virtuais” (l. de 15 a 17) é de natureza restritiva. Comentário – Cuidado, pois a questão é perigosa! As vírgulas que separam o termo “dotado de conhecimentos técnicos” podem confundir você. Basta retirá-lo para notar mais claramente o valor restritivo da oração iniciada pelo pronome relativo “que”: “...como sendo aquele indivíduo que promove a invasão de sistemas operacionais privados e a difusão de pragas virtuais”. Resposta – Item certo. Note que as conexões entre as orações subordinadas adjetivas apresentadas até aqui e suas orações principais são feitas pelo pronome relativo que. Esse pronome, além de conectar (ou relacionar – daí o nome relativo) os dois tipos de orações, também desempenha uma função sintática na oração subordinada que introduz. No desempenho dessa função, o pronome relativo ocupa o papel que seria exercido pelo termo que ele substitui (o antecedente). Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 38 sujeito sujeito Deve-se investir em soluções. Essas soluções devem resolver definitivamente os problemas. Deve-se investir em soluções [que resolvam definitivamente os problemas.] Quando as orações subordinadas adjetivas são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo (forma finita), elas são chamadas de desenvolvidas. E quando não são introduzidas por um pronome relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio), elas são chamadas de reduzidas. Essas são as ideias tão valorizadas por ele. Via-se um cartaz comunicando a falência. Nosso argumento foi o primeiro a cair. Uma vez arregimentado, você pode resolver mais questões de provas anteriores. Nesta etapa, você notará que é frequente, como disse antes, a exploração das relações semânticas estabelecidas entre as orações que compõem um período. Portanto não se deixe influenciar simplesmente pela conjunção empregada (ou não). Além dessa análise inicial, observe ainda o sentido da frase. [...] Desenvolvimento Florestal (IBDF). Em 1973, foi criada a 16 Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA). Mas foi a Lei da Política Nacional de Meio Ambiente, de 1981, que estabeleceu a estrutura formal do Sistema Nacional do Meio Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 39 19 Ambiente (SISNAMA), integrado por órgãos federais, [...] Adriana Ramos. Política ambiental. In: Almanaque Brasil socioambiental. São Paulo: ISA, 2008 (com adaptações). 22. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2013) A oração “que estabeleceu a estrutura formal do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA)” (L.17-19) classifica-se como adjetiva explicativa, o que justifica o fato de estar empregada entre vírgulas. Comentário – Esta é uma questão considerada difícil por muitos candidatos. Muita gente ainda está sem entender o porquê do erro. Adianto a você que estamos diante de uma locução de realce: “foi...que”. Esse “que” não desempenha nenhuma função sintática. Logo não pode ser considerado pronome relativo. Consequentemente, a oração não pode ser adjetiva (nem restritiva, nem explicativa). Para entender melhor o caso, você precisa ler o que dizem os gramáticos Cunha e Cintra: “[A expressão ‘é que’] é uma construção fixa, que não deve ser confundida com outra semelhante, mas móvel, em que o verbo ser antecede o sujeito e passa, naturalmente, a concordar com ele e a harmonizar-se com o tempo dos outros verbos. Compare-se, por exemplo, ao anterior o seguinte exemplo: ‘José é que trabalhou, mas foram os irmãos que se aproveitaram do seu esforço.’ Ou este: ‘Foi José que trabalhou, mas os irmãos é que se aproveitaram do seu esforço.’.” Agora, resta-nos reescrever a passagem do texto da prova para constatarmos que a locução “foi... que” de fato é expletiva, podendo ser retirada da frase sem ocasionar problema: Mas __ a Lei da Política Nacional de Meio Ambiente, de 1981, __ estabeleceu a estrutura formal do Sistema Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 40 Nacional do Meio Ambiente... Notou as lacunas? Elas correspondem aos elementos que compõem a locução “foi... que”. Resposta – Item errado. 23. (Cespe/IFB/Cargos de Nível Médio/2011) Considerando-se apenas o trecho “Viver em ambiente sem gravidade faz coisas curiosas com o corpo” (L.1-2), não se pode determinar, do ponto de vista sintático, o sujeito da forma verbal “faz”. Comentário – Quando o examinador diz “do ponto de vista sintático”, ele não está preocupado com o aspecto semântico, ou seja, não importa para ele a identificação do ser responsável pela ação verbal. Nesse caso, vale mesmo é a relação estabelecida entre os termos e as orações do período. Assim sendo, é importante notar que a oração “Viver em ambiente sem gravidade” funciona como sujeito (oracional) do verbo da segunda oração: “faz” (repare a flexão em terceira pessoa do singular). Resposta – Item errado. [...] 24. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Médio/2011) Seria mantida a relação sintático-semântica entre as orações que compõem o terceiro período do texto ao se substituir “uma vez que” (L.9) por qualquer um dos termos a seguir: porque, porquanto, já que, visto que, conquanto. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 41 Comentário – A locução conjuntiva “já que” integra o rol das típicas conjunções subordinativas adverbiais que exprimem valor semântico de causa. Semelhantemente, as conjunções (ou locuções) porque, porquanto, já que e visto que também. Mas a conjunção conquanto, diferentemente, integra o conjunto das conjunções subordinativas adverbiais concessivas. Isso altera a relação sintático-semântica apontada pelo examinador. Resposta – Item errado. No lugar de alta carga tributária e estrutura de impostos inadequada, o país deve priorizar investimentos que expandam 16 a produção e contribuam simultaneamente para o aumento de produtividade, como é o caso dos gastos com educação. É dessa forma que são criadas boas oportunidades de trabalho, 19 geradoras de renda, de maneira sustentável. O Globo, Editorial, 12/7/2010 (com adaptações). 25. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) A ausência de vírgula logo após o termo “investimentos” (L.15) permite concluir que, segundo o autor do texto, é necessário que, no Brasil, sejam priorizados investimentos voltados para a expansão da produção e para o aumento da produtividade. Comentário – A ausência de vírgula faz surgir orações (subordinadas adjetivas restritivas) que limitam e distinguem o alcance semântico do substantivo “investimentos”. Caso uma vírgula fosse empregada, as orações teriam natureza semântica explicativa. Resposta – Item certo. 26. (Cespe/STM/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2011) Entre as orações que compõem o período “não é preciso trabalhar com esses Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 42 temas, ou sequer saber que existem” (L.14-15) estabelece-se uma relação sintático- semântica de alternância. Comentário – Que bela questão! Muitos candidatos erraram a resposta porque se deixaram levar pela aparência. Em outras palavras, eles viram a conjunção “ou” articulando as orações e prontamente concordaram com o argumento do examinador, sem analisar a real relação existente entre os segmentos. A ideia é a seguinte: não é preciso trabalhar com esses temas nem ao menos saber que eles existem. Ficou melhor assim? Deu para perceber que a conjunção “ou”, no contexto, tem valor semântico de adição, como a conjunção nem? Vou escrever de outra forma: não é preciso trabalhar com esses temas e também não é preciso saber que eles existem. Então, o que você me diz agora? Resposta – Item errado. Cinco curiosidades sobre Erasmo de Rotterdam (1467-1536) 1 Nos primeiros anos como seminarista, em Bois le Due, na Holanda, Erasmo dedicou-se mais à pintura e à música do que à filosofia e à religião. [...] Filosofia, nº 28, Escala Educacional, 16 (com adaptações) 27. (Cespe/Correios/Analista de Correios/Letras/2011) Na construção “mais à pintura e à musica do que à filosofia e à religião” (L.2-3), o vocábulo “que” introduz oração restritiva com verbo elíptico. Comentário – Vocábulo que introduz oração (adjetiva) restritiva é pronome relativo. Na qualidade de pronome relativo, o que pode muito bem ser substituído por o/a qual, o que não é possível na passagem apresentada: ...Erasmo dedicou-se mais à pintura e à música da qual à filosofia e à religião (estranho, não é?). Na verdade, o que é uma conjunção subordinativa que Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 43 introduz oração adverbial com valor semântico de comparação. E é nas orações comparativas que o verbo costuma vir oculto. Observe: ...Erasmo dedicou-se mais à pintura e à música do que se dedicou à filosofia e à religião. Resposta – Item errado. 28. (Cespe/Correios/Agente de Correios/Carteiro/2011) Assinale a opção correspondente ao trecho em que há mais de uma oração. (A) “Aposto que ela vai adorar.” (B) “Vou mandar um cartão de dia dos namorados para a Susi Derkins.” (C) “Ela é uma gatinha.” (D) “Eu fiz um coraçãozão vermelho.” (E) “Agora vou botar renda em volta.” Comentário – Para haver mais de uma oração, é necessário haver mais de um verbo com sentido próprio (dois verbos, duas orações, três verbos, três orações...) ou mais de uma locução adverbial. Alternativa A: “Aposto” = oração principal; “que ela vai adorar” = oração subordinada substantiva objetiva direta. O conjunto “vai adorar” é uma locução formada por verbo auxiliar + verbo principal. Note que ela pode ser substituída por adorará. Alternativa B: “Vou mandar” = locução verbal (Mandarei), uma oração. Alternativa C: “é” = um verbo, uma oração. Alternativa D: “fiz” = um verbo, uma oração. Alternativa E: “vou botar” = uma locução verbal (botarei), uma oração. Resposta – A [...] Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e SubordinadasProf. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 44 16 recolher. Não adiantou. Os protestos continuaram. A semana terminou sem que estivesse claro o futuro político do maior aliado dos Estados Unidos da América (EUA) no mundo árabe. [...] Juliano Machado e Letícia Sorg. O grito árabe pela democracia. In: Época, 31/1/2011, p. 32 (com adaptações). 29. (Cespe/TJ-ES/Cargos de Nível Superior/2011) No desenvolvimento da argumentação do texto, a oração “sem que estivesse claro o futuro político do maior aliado dos Estados Unidos da América (EUA)” (L.17-18) expressa circunstância de causa em relação à oração que a antecede. Comentário – Não! A relação é de modo. Como a semana terminou? De maneira isso aconteceu? Interessante é que a NGB não relaciona este tipo de oração no rol das subordinadas adverbiais. Porém esclarecidos gramáticos – como Bechara, Cegalla e Rocha Lima, por exemplo – percebem tal circunstância. Veja dois exemplos colhidos em Bechara e Cegalla: Os convidados saíram sem que fossem notados. Aqui viverás em paz, sem que ninguém te incomode. Resposta – Item errado. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 45 30. (Cespe/2014/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo) As orações “onde é muito frio” (L.4) e “que banha o litoral” (L.10) têm natureza explicativa, o que justifica o fato de estarem isoladas por vírgulas. Comentário – Onde é pronome relativo e não deve ser confundido com advérbio, pois agora ele retoma um substantivo antecedente (“montanhas”). O que também é pronome relativo, pois substitui o antecedente “mar Negro”. Como as orações introduzidas por esses dois pronomes estão entre vírgulas, fica evidente o caráter explicativo de ambas as orações. Resposta – Item certo. Fique com Deus e até a próxima aula! Albert Iglésia Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 46 Lista das Questões Comentadas [...] São pessoas de uma só família, que a obrigação do pai fez 7 sentar à mesma mesa. Quanto ao gênero deles, não sei que diga que não seja inútil. O livro está nas mãos do leitor. Direi somente que se há [...] Machado de Assis. Obra completa. Vol. II, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p. 236. (com adaptações). 1. (Cespe/2014/TC-DF/Técnico em Administração) No trecho “Quanto ao gênero deles, não sei que diga que não seja inútil” (l.8-9) a vírgula separa orações coordenadas. [...] 7 Augusto Comte, teria a seguinte redação: “Ordem e um Novo Progresso”. Essa renovação de ideias, entretanto, precisa do apoio das novas gerações, pois o cenário mundial atual, e do 10 Brasil em particular, é muito diferente do registrado há duas décadas, por exemplo. Na configuração geopolítica do século [...] João Campos. Uma nova educação para um novo progresso. In: Revista Darcy, jun./2012 (com adaptações). 2. (Cespe/2014/ICMBio/Nível Médio) Sem prejuízo da correção gramatical do texto, o termo “entretanto” (l.8) e o trecho “e do Brasil em particular” (l.9-10), bem como as vírgulas que os isolam, poderiam ser excluídos do período a que pertencem. Lista das Questões Comentadas Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 47 3. (Cespe/2014/ICMBio/Nível Superior) A expressão “no entanto” (l.20) poderia ser substituída pelo vocábulo entretanto, sem que houvesse prejuízo à correção gramatical e ao sentido do texto [...] A redação acima poderia ter sido extraída do editorial 7 de uma revista, mas é parte do texto O oxente e o ok, primeiro lugar na categoria opinião da 4.ª Olimpíada de Língua [...] Língua Portuguesa, 1/2015. Internet: <www.revistalingua.uol.com.br> (com adaptações). 4. (Cespe/2015/FUB/Nível Médio) O elemento coesivo “mas” (l.7) inicia uma oração coordenada que exprime a ideia de concessão em uma sequência de fatos. 5. (Cespe/PC-CE/Inspetor de Polícia/2012) No trecho “É verdade que a CE vem desenvolvendo novas formas políticas” (L.21-22), o emprego da forma verbal singular “É” justifica-se pelo fato de essa forma verbal não ter sujeito explícito. 6. (Cespe/MP/Analista de Infraestrutura/2012) Seria mantida a correção gramatical do período “É fato que os números absolutos impressionam” (L.11-12), caso a preposição de fosse inserida imediatamente antes da conjunção “que”. [...] Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda 7 da Corte e a presença inédita de um soberano em terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 48 luso-brasileira. Àquela altura, ninguém vislumbrava a ideia de 10 uma separação, mas se esperava ao menos que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas. [...] Lucia Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In: Revista de História da Biblioteca Nacional, n.º 48, set./2009, p. 19-21 (com adaptações) 7. (Cespe/ANAC/Especialista em Regulação de Aviação Civil - Área 5/2012) A oração “que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas” (L.10-11) exerce a função de complemento direto da forma verbal “esperava” (L.10). 8. (Cespe/IRBr/Diplomata/2012) No período “Que Demócrito não risse, eu o provo” (L.20), o verbo provar complementa-se com uma estrutura em forma de objeto direto pleonástico, com uma oração servindo de referente para um pronome. 1 Empossado na prefeitura carioca, Negrão de Lima arregalou os olhos quando os técnicos em urbanismo informaram-lhe que havia oito milhões de ratos na cidade. 4 Perguntou: “Como é que vocês contaram?” [...] Carlos Heitor Cony. Folha de S.Paulo, 4/8/2013 (com adaptações). 9. (Cespe/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2014) Uma forma correta de reescrita do trecho iniciado pela conjunção temporal “quando” (l.2) é a seguinte: ao ser informado pelos técnicos em urbanismo que existia oito milhões de ratos na cidade do Rio de Janeiro. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 49 [...] cadastros em lojas online. Lidamos com tantas combinações 10 desse tipo, que já se fala de uma nova categoria de estresse: a “fadiga de senhas”. A solução para driblar o problema é o [...] Renata Valério de Mesquita. Você é a sua senha. In: Planeta, fev./2014 (com adaptações). 10. (Cespe/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2014) A oração introduzida pela conjunção “que” (L.10) expressa ideia de consequência em relação à oração anterior, à qual se subordina. 11. (Cespe/2014/Câmara dos Deputados/Técnico Legislativo) No segundo quadrinho, a fala de Calvin é introduzida por uma oração condicional, ponto de partida para o raciocínio de Calvin, que pode ser assim esquematizado: Se A, então B. Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 50 12.
Compartilhar