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Orações Coordenadas e Subordinadas

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Aula 04 
 
Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) 
Orações Coordenadas e Subordinadas 
Professor: Albert Iglésia 
Língua Portuguesa para o TRE-PI (Teoria e Exercícios) 
Aula 4 – Orações Coordenadas e Subordinadas 
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Olá! 
Nesta aula, darei continuidade ao estudo sobre a sintaxe da oração 
e do período, agora com o foco voltado para as relações existentes entre as 
orações. Será preciso lançar mão de conceitos sobre o que é uma oração e o 
que é um período. Lembra-se de que na aula anterior iniciei minhas 
explicações esclarecendo o que é uma oração e o que é um período? Se você 
ainda tem dúvidas de reconhecê-los, deve reler o material do nosso último 
encontro. 
Abaixo está o conteúdo que será abordado aqui. 
 
 
 
Introdução ........................................................................................... 3 
Orações Coordenadas Assindéticas e Sindéticas .................................. 6 
Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas .................................... 6 
Aditivas. ........................................................................................... 6 
Adversativas ..................................................................................... 7 
Alternativas. ..................................................................................... 7 
Conclusivas....................................................................................... 9 
Explicativa ........................................................................................ 9 
Orações Subordinadas ........................................................................ 12 
Orações Subordinadas Substantivas ...................................................... 12 
Subjetiva ......................................................................................... 13 
Objetiva Direta ................................................................................. 16 
Objetiva Indireta .............................................................................. 17 
Completiva Nominal .......................................................................... 18 
Predicativa ....................................................................................... 20 
Apositiva ......................................................................................... 20 
Orações Subordinadas Adverbiais .......................................................... 20 
Causal. ............................................................................................ 21 
Consecutiva ..................................................................................... 22 
Sumário 
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Condicional. ..................................................................................... 22 
Concessiva. ..................................................................................... 23 
Comparativa. ................................................................................... 23 
Conformativa. .................................................................................. 25 
Proporcional ..................................................................................... 26 
Final ............................................................................................... 26 
Temporal ......................................................................................... 27 
Principais Conjunções Subordinativas .................................................. 27 
Orações Subordinadas Adjetivas ............................................................ 32 
Orações Adjetivas Restritivas e Explicativas ......................................... 33 
Lista das Questões Comentadas .......................................................... 46 
Gabarito das Questões Comentadas .................................................... 59 
 
Introdução 
 
De início, você deve observar que as orações surgem organizadas 
em períodos. Um período pode ser classificado em simples ou composto. 
Será simples quando contiver apenas uma oração (um verbo ou uma locução 
verbal), caso em que a oração será dita oração absoluta. 
Vive-se um momento social delicado. 
Os alunos continuam estudando. 
Será composto quando nele houver mais de uma oração, caso em 
que as orações estarão articuladas em uma relação de igualdade 
(coordenação) ou dependência (subordinação) sintáticas. 
Eu vou à escola; você, à praia. 
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A primeira observação a ser feita sobre o exemplo 
acima é que o verbo da segunda oração – “você, à praia” – foi substituído pela 
vírgula, já que esta é uma das funções desse sinal de pontuação. A segunda, 
perceba, é que as orações se equivalem sintaticamente, o que caracteriza a 
coordenação entre elas. Note que na palavra “coordenação” existe o 
elemento “co”, que traduz a ideia de igualdade, nivelamento. Em outras 
palavras, não há o desempenho de uma função sintática (sujeito, objeto, 
adjunto adnominal etc.) por qualquer das orações do período. 
É necessário que vocês estudem. 
A respeito da frase anterior, podemos dividi-la em duas orações: “É 
necessário” e “que vocês estudem”. Alguém já deve ter percebido que o a 
primeira oração é constituída por um verbo de ligação (SER) e por um termo 
(“necessário”) que confere um atributo ao sujeito desse verbo. Mas onde está 
o sujeito dele? Se você percebeu que o sujeito é a segunda oração (“que vocês 
estudem”) está de parabéns! Caso contrário, sugiro que coloque a frase na 
ordem direta: 
Que vocês estudem é necessário. 
Ficou melhor? Não?! Tente usar um velho e bom 
artifício: substitua a oração “Que vocês estudem” pelo pronome ISSO, assim: 
Isso é necessário. 
Notou agora a função sintática de sujeito sendo exercida pela 
oração “Que vocês estudem”? Pois é, quando uma oração desempenha alguma 
função sintática na outra, dizemos que a relação entre elas é de 
subordinação. Note que no vocábulo “subordinação” existe o prefixo “sub”, 
tradutor da noção de posição abaixo, dependência. 
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Às vezes, em um mesmo período, as orações que o compõem 
articulam-se de forma coordenada e, também, subordinada. 
Eu disse que trabalho e estudo. 
As duas últimas orações (“que trabalho e estudo”) 
subordinam-se sintaticamente à primeira (“Eu disse”), complementando o 
significado do verbo “disse” (o quê?), exercendo a função sintática de objeto 
direto (isso). Não obstante, entre si mesmas, as duas últimas orações 
estabelecem uma relação sintática coordenada. A terceira oração soma-se à 
segunda para, juntas, indicarem o que foi dito. Logo, o período é misto, ou 
seja, composto por subordinação e coordenação ao mesmo tempo. 
Bem, já que falamos na relação coordenada entre orações, 
precisamos agora estudar as classificações e os valores semânticos de cada 
uma delas. Além disso, devemos notar se essa articulação coordenada se dá 
por meio de um conectivo ou não. Sendo a resposta afirmativa, teremos uma 
coordenação sindética (o vocábulo síndeto significa conjunção) entre 
orações. Caso a resposta seja negativa, estaremos de uma coordenação 
assindética (sem conjunção). 
Antes deaveriguarmos detalhadamente tudo isso, quero propor um 
teste a você. Tudo bem? 
 
 [...] 
 São pessoas de uma só família, que a obrigação do pai fez 
7 sentar à mesma mesa. 
 Quanto ao gênero deles, não sei que diga que não seja 
 inútil. O livro está nas mãos do leitor. Direi somente que se há 
 [...] 
Machado de Assis. Obra completa. Vol. II, Rio de Janeiro: 
Nova Aguilar, 1994, p. 236. (com adaptações). 
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1. (Cespe/2014/TC-DF/Técnico em Administração) No trecho “Quanto ao 
gênero deles, não sei que diga que não seja inútil” (l.8-9) a vírgula separa 
orações coordenadas. 
Comentário – Antes de qualquer coisa, prezado aluno, observe atentamente a 
ausência de um verbo no segmento “Quanto ao gênero deles”. Então, é 
descabido falar que “a vírgula separa orações”, sejam elas quais forem. Pronto, 
acabou! 
Resposta – Item errado. 
 
Orações Coordenadas Assindéticas e Sindéticas 
As orações coordenadas que se ligam uma às outras sem 
conjunção são chamadas assindéticas. Diferentemente, as orações 
coordenadas sindéticas são conectadas por uma conjunção que recebe nome 
semelhante ao da oração. 
Lá estava, lá fiquei. (coordenada assindética, sem conjunção) 
Sentou e olhou ao redor. (coordenada sindética, com conjunção) 
Estudou, mas não passou. (coordenada sindética, com conjunção) 
1 – Costuma-se chamar coordenada inicial a 
primeira oração de um período composto por coordenação. 
2 – O mesmo período pode ser composto por 
orações coordenadas assindéticas e sindéticas. 
“Vi, vim e venci.” (a segunda oração – “vim” – 
coordena-se à primeira sem conjunção; a terceira – “e venci” – articula-se por 
meio da conjunção “e”). 
 
 Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas 
 
a) Aditivas – indicam fatos sequenciais, dando a ideia de soma. 
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Ela falava, e eu ouvia. 
Nossas crianças não fumam nem bebem. 
Ele não só passou no concurso, mas também tirou o primeiro 
lugar. (esta é uma estrutura aditiva enfática) 
b) Adversativas – exprimem fatos opostos ao que se declara na 
oração coordenada anterior; ideia de contraste. 
Apressou-se, contudo não chegou a tempo. 
 
Principais conjunções e locuções: mas, porém, 
todavia, entretanto, no entanto, não obstante. Cuidado: senão, ao passo 
que, antes, em todo caso (conforme Cegalla, 2008, pág. 290). 
 
 
[...] 
7 Augusto Comte, teria a seguinte redação: “Ordem e um Novo 
 Progresso”. Essa renovação de ideias, entretanto, precisa do 
 apoio das novas gerações, pois o cenário mundial atual, e do 
10 Brasil em particular, é muito diferente do registrado há duas 
 décadas, por exemplo. Na configuração geopolítica do século 
 [...] 
João Campos. Uma nova educação para um novo 
progresso. In: Revista Darcy, jun./2012 (com adaptações). 
2. (Cespe/2014/ICMBio/Nível Médio) Sem prejuízo da correção gramatical do 
texto, o termo “entretanto” (l.8) e o trecho “e do Brasil em particular” 
(l.9-10), bem como as vírgulas que os isolam, poderiam ser excluídos do 
período a que pertencem. 
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Comentário – Cabe ressaltar que a conjunção adversativa “entretanto” só 
apareceu entre vírgulas por estar deslocada. Sua posição natural é no início da 
oração. Já a expressão “e do Brasil em particular” tem natureza explicativa e 
por isso também surgiu corretamente separada pelas vírgulas. No mais, fique 
atento para o que disse o examinador: “Sem prejuízo da correção gramatical”. 
Ele nada disse sobre alteração de sentido, certo? Portanto ele tem razão. 
Observe o trecho reescrito já com as mudanças propostas: Essa renovação 
de ideias precisa do apoio das novas gerações, pois o cenário mundial 
atual é muito diferente do registrado há duas décadas, por exemplo. 
Resposta – Item certo. 
 
3. (Cespe/2014/ICMBio/Nível Superior) A expressão “no entanto” (l.20) 
poderia ser substituída pelo vocábulo entretanto, sem que houvesse 
prejuízo à correção gramatical e ao sentido do texto 
Comentário – Agora a situação é outra. As conjunções destacadas são 
permutáveis, por expressarem a mesma ideia adversativa. Não precisamos do 
texto para saber isso. 
Resposta – Item certo. 
 
 [...] 
 A redação acima poderia ter sido extraída do editorial 
7 de uma revista, mas é parte do texto O oxente e o ok, primeiro 
 lugar na categoria opinião da 4.ª Olimpíada de Língua 
 [...] 
Língua Portuguesa, 1/2015. Internet: <www.revistalingua.uol.com.br> (com adaptações). 
4. (Cespe/2015/FUB/Nível Médio) O elemento coesivo “mas” (l.7) inicia uma 
oração coordenada que exprime a ideia de concessão em uma sequência 
de fatos. 
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Comentário – A conjunção “mas” exprime ideia adversa ao que foi declarado 
anteriormente. 
Resposta – Item errado. 
 
c) Alternativas – exprimem fatos que se alternam ou se excluem 
mutuamente. 
Ora respondia, ora ficava mudo. 
Estarei lá, quer você permita, quer você não permita. 
Principais conjunções: ou... ou...; ora... ora...; 
já... já...; quer... quer...; seja... seja... 
d) Conclusivas – expressam uma conclusão lógica que é obtida a 
partir dos fatos expressos na oração anterior. 
Ele estuda; passará, pois. 
A conjunção pois tem valor semântico conclusivo 
quando aparecer após o verbo da oração em que surge. Antes dele, porém, ela 
integrará oração de cunho explicativo. 
Principais conjunções e locuções: logo, pois, portanto, por conseguinte, 
por isso, de modo que, em vista disso. 
 
e) Explicativa – expressam a justificativa de uma ordem, suposição 
ou sugestão. 
Fique calmo, pois ele já vem. 
Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas. 
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Não devemos confundir explicação com causa, isto 
é, orações coordenadas sindéticas explicativas com orações subordinadas 
adverbiais causais. Uma explicação é sempre posterior ao fato que a gerou; 
uma causa é sempre anterior à consequência gerada. Além disso, as orações 
explicativas normalmente aparecem após frases imperativas ou optativas. 
Principais conjunções: que, porque, porquanto, pois (antes do verbo da oração 
explicativa) 
 
1 – “Não se deve classificar uma oração 
considerando apenas a conjunção que a introduz. 
Pediu-lhe a filha em casamento, e logo se arrependeu. 
Apesar da conjunção ‘e’ ser normalmente aditiva, percebe-se que a segunda 
oração é coordenada sindética adversativa; pois, nesse contexto, a conjunção 
‘e’ apresenta valor de contraste, de oposição.” (João Domingues Maia) 
2 – “Para a Nomenclatura Gramatical Brasileira, no 
entanto, vale a forma. A conjunção ‘e’ é aditiva e fim. [...] felizmente, essa 
visão limitada já está fora de moda. A classificação leva em conta o sentido 
efetivo.” (Ulisses Infante e Pasquale Cipro Neto) 
3 – “Há orações coordenadas assindéticas que 
possuem claramente valor de sindéticas, porque apresentam um conectivo 
subentendido.Fiz o possível para prevenir-lhe o perigo; ninguém me ouviu. 
Fale baixo: não sou surdo. 
A terceira oração do primeiro período (‘ninguém 
me ouviu’) e a segunda do segundo período (‘não sou surdo’), apesar de 
formalmente assindéticas, já que não apresentam conjunção, têm sentidos 
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bem marcados: a primeira tem valor semântico adversativo (equivale a ‘mas 
ninguém me ouviu’); a segunda, explicativo (equivale a ‘pois não sou surdo’). 
Por isso convém insistir em que você se 
preocupe mais com o uso efetivo das estruturas linguísticas do que com 
discussões às vezes intermináveis sobre questões de mera nomenclatura.” 
(Ulisses Infante e Pasquale Cipro Neto, com adaptações). 
 
Antes de passar adiante e tratar das orações subordinadas, quero 
exemplificar o que foi dito anteriormente 
Marque a alternativa em que se observa a mesma relação de sentido de adição 
que se verifica entre as orações coordenadas em “Não nos deixeis cair em 
tentação, mas livrai-nos do mal”. 
a) Tem olhos, e não vê. 
 Tem boca, e não fala. 
b) — Você pode viajar sozinha, mas apenas por uma semana. 
c) Qualquer passo em falso, e você colocará tudo a perder! 
d) A nova secretária era competente, mas principalmente responsável. 
Comentário – Na alternativa A, as orações coordenadas introduzidas pela 
conjunção “e” possuem claro valor semântico adversativo. Em B, a oração 
“mas apenas por uma semana” expressa a condição para que o fato 
mencionado anteriormente seja levado a efeito. A terceira alternativa 
apresenta oração coordenada que traduz a consequência imediata da 
realização do fato mencionado antes. Finalmente, é na última alternativa em 
que encontramos oração coordenada (“mas principalmente responsável”) com 
a mesma relação de sentido aditivo existente também na oração “mas livrai-
nos do mal”, no comando da questão. 
Resposta – D 
 
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Como você pode perceber, não devemos nos limitar à análise fria e 
tradicional das conjunções durante o processo de classificação das orações. É 
fundamental, antes, perceber a relação semântica existente entre elas. 
A partir de agora, trataremos das orações subordinadas, que 
podem exercer funções típicas de substantivos, advérbios e adjetivos. 
Antes de estudarmos suas características e valores semânticos, apresentarei 
um quadro-resumo delas. 
 
Orações Subordinadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orações Subordinadas Substantivas 
São aquelas que desempenham funções típicas de substantivos no 
período simples. Elas podem surgir em duas formas: 
 
1. desenvolvidas  ligam-se à oração principal por meio das conjunções 
subordinativas integrantes que e se, ou ainda por meio de um pronome 
ou advérbio interrogativo. 
É importante que estudemos com afinco. (conjunção integrante) 
Perguntamos se voltará hoje. (conjunção integrante) 
Ele quer saber que horas são. (pronome interrogativo) 
Ele indagou quando será a prova. (advérbio interrogativo) 
 
Substantivas 
1 – Subjetiva 
2 – Predicativa 
3 – Objetiva Direta 
4 – Objetiva Indireta 
5 – Completiva Nominal 
6 - Apositiva 
Adverbiais 
1 – Causal 
2 – Consecutiva 
3 – Condicional 
4 – Concessiva 
5 – Comparativa 
6 – Conformativa 
7 – Temporal 
8 – Proporcional 
9 – Final 
 
Adjetivas 
1 – Explicativa 
2 – Restritiva 
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2. reduzidas  apresentam verbo no infinitivo e podem ser introduzidas 
por preposição. 
É importante estudar com afinco. 
Pensou em omitir o fato, mas se arrependeu. 
 
Subjetiva (equivale-se ao sujeito da oração principal) 
É fundamental a sua opinião sobre o assunto. 
É fundamental que você opine sobre o assunto. 
É fundamental você opinar sobre o assunto. 
O primeiro exemplo constitui-se de período simples. Nele há 
apenas uma oração (um só verbo), cujo sujeito é a expressão a sua opinião 
sobre o assunto. Colocando-se a frase na ordem direta, é mais fácil perceber 
isso: A sua opinião sobre o assunto é fundamental. 
Nos dois últimos exemplos, há períodos compostos, pois a 
expressão inicial foi transformada em duas orações: uma na forma 
desenvolvida (com a conjunção integrante que); outra na forma reduzida 
(verbo opinar no infinitivo). 
Quando ocorre oração subordinada substantiva 
subjetiva, o verbo da oração principal sempre fica na terceira pessoa do 
singular. 
 
Estruturas típicas da oração principal nesse caso são: 
1. verbo de ligação + predicativo  é bom...; é conveniente...; é claro...; 
está comprovado...; parece certo ...; fica evidente... etc. 
É preciso que se adotem providências eficazes.. 
Parece estar provado que soluções mágicas não funcionam.. 
 
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2. verbo na voz passiva sintética ou analítica  sabe-se...; soube-se...; 
comenta-se...; dir-se-ia...; foi anunciando...; foi dito... etc. 
Sabe-se que a prova está próxima. 
Foi dito que a prova será adiada. 
 
3. verbos como cumprir, convir, acontecer, importar, ocorrer, suceder, 
parecer, constar, urgir etc. conjugados na terceira pessoa do singular. 
Convém estarmos aqui. 
Urge que tomemos uma decisão. 
 
5. (Cespe/PC-CE/Inspetor de Polícia/2012) No trecho “É verdade que a CE 
vem desenvolvendo novas formas políticas” (L.21-22), o emprego da 
forma verbal singular “É” justifica-se pelo fato de essa forma verbal não 
ter sujeito explícito. 
Comentário – Deve chamar sua atenção a estrutura verbo de ligação + 
predicativo (“É verdade”), como explicado no item 1 acima. Agora, uma 
preciosa dica para classificar adequadamente as orações subordinadas 
substantivas: substitua a oração “que a CE vem desenvolvendo novas formas 
políticas” pelo pronome demonstrativo ISSO: É verdade ISSO. Se preferir, 
reorganize tudo: ISSO é verdade. Ficou fácil identificar o sujeito da forma 
verbal “É”, certo? Pois é, trata-se de um sujeito oracional e de uma oração 
subordinada substantiva subjetiva. 
Resposta – Item errado. 
 
6. (Cespe/MP/Analista de Infraestrutura/2012) Seria mantida a correção 
gramatical do período “É fato que os números absolutos impressionam” 
(L.11-12), caso a preposição de fosse inserida imediatamente antes da 
conjunção “que”. 
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Comentário – Estamos diante de uma estrutura típica de ORAÇÃO PRINCIPAL 
(“É fato”: verbo de ligação + predicativo do sujeito) seguida de ORAÇÃO 
SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA (“que os números absolutos 
impressionam”). Portanto não faz sentido empregar a preposição de antes da 
conjunção integrante “que”. Não convém preposicionar o sujeito desse modo; 
nem sequer existe algum verbo ou nome requerendo tal preposição. 
Resposta – Item errado. 
 
 [...] 
 Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda 
7 da Corte e a presença inédita de um soberano em terras 
 americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual 
 luso-brasileira.Àquela altura, ninguém vislumbrava a ideia de 
10 uma separação, mas se esperava ao menos que a metrópole 
 deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas. [...] 
Lucia Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In: Revista 
de História da Biblioteca Nacional, n.º 48, set./2009, p. 19-21 (com adaptações) 
7. (Cespe/ANAC/Especialista em Regulação de Aviação Civil - Área 5/2012) A 
oração “que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas 
políticas” (L.10-11) exerce a função de complemento direto da forma 
verbal “esperava” (L.10). 
Comentário – Observe atentamente que estamos diante de uma estrutura 
típica de voz passiva sintética (ou pronominal), com pronome apassivador “se” 
e verbo transitivo direto “esperava”. Compare com o que eu disse no item 2 
das “Estruturas típicas da oração principal”. Portanto a oração “que a 
metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas” (L.10-11) 
funciona como sujeito (paciente) do verbo “esperava”. 
Preliminarmente, a banca considerou o item certo, ou seja, 
como objeto direto mesmo. Mas depois retrocedeu e mudou o gabarito. 
Resposta – Item errado. 
 
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Objetiva Direta 
Complementa o valor semântico do verbo transitivo direto da 
oração principal, articulando-se com ela sem o intermédio de preposição 
obrigatória. 
Ressalte-se que, nas frases interrogativas 
indiretas, as orações subordinadas substantivas objetivas diretas podem ser 
introduzidas pelas conjunções subordinativas integrantes se ou que e, 
ainda, por pronomes ou advérbios interrogativos. 
 
Tome cuidado porque as bancas examinadoras 
podem perguntar, por exemplo, se “as palavras em destaque nos trechos 
abaixo possuem a mesma classificação gramatical” e sublinhar, 
maliciosamente, dois vocábulos introdutores de orações subordinadas 
substantivas objetivas diretas. Partindo da ideia comum de que elas são 
iniciadas por conjunções integrantes, é possível que algum candidato mais 
afoito diga “sim”, sem se dar conta de que pode estar diante de uma 
conjunção integrante e um pronome interrogativo. 
Todos sabemos que ele aceitará o convite. 
como as coisas funcionam aqui. 
onde fica a farmácia. 
quanto custa o remédio. 
quando acabam as aulas. 
qual é a matéria da prova. 
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Com os verbos deixar, mandar fazer (causativos), 
ver, sentir e ouvir (sensitivos), ocorre um tipo especial de oração 
subordinada substantiva objetiva direta: 
Ouvi-os bater. / Deixe-me entrar. 
As orações em destaque são reduzidas de 
infinitivo. E o mais interessante é que os pronomes oblíquos átonos os e me 
são os sujeitos dos verbos no infinitivo. Na Língua Portuguesa, esse é o único 
caso em que tais pronomes desempenham tal função sintática. 
 
 
8. (Cespe/IRBr/Diplomata/2012) No período “Que Demócrito não risse, eu o 
provo” (L.20), o verbo provar complementa-se com uma estrutura em 
forma de objeto direto pleonástico, com uma oração servindo de referente 
para um pronome. 
Comentário – A oração “Que Demócrito não resiste” (iniciada por uma 
conjunção integrante) é subordinada substantiva objetiva direta. Por estar 
antecipada e retomada pelo pronome oblíquo (que funciona como objeto direto 
pleonástico ou repetido), surge separada pela vírgula (voltaremos a esse caso 
na aula específica sobre pontuação). Entenda a frase da seguinte forma: Eu 
provo que Demócrito não risse (Eu provo ISSO). 
Resposta – Item certo. 
 
Objetiva Indireta 
Completa o sentido de um verbo transitivo indireto da oração 
principal. Normalmente vem introduzida por preposição, mas esta pode ser 
omitida. 
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adjetivo 
advérbio 
substantivo 
Lembro-me de que fizemos muitas visitas. (Mário Donato) 
Meu Deus, só agora me lembrei que a gente morre. (Clarice Lispector) 
 
Completiva Nominal 
Liga-se a um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) da oração 
principal completando seu significado. É introduzida por preposição (como todo 
complemento nominal). 
Tenho a impressão de estar sempre no mesmo lugar. 
 
 
A nova metodologia é útil para diminuir a margem de erro. 
 
Está perto de fazermos a prova. 
 
 
Quanto à obrigatoriedade do emprego da 
preposição, devo fazer alguns esclarecimentos. Já não se discute o emprego 
facultativo da preposição diante de oração objetiva indireta. Exemplo: 
Concordamos (com) que o aumento seja maior. Não me recordo agora de 
uma questão problemática envolvendo esse tipo de análise. Quando o foco é 
uma oração completiva nominal, o emprego da preposição suscita dúvidas. Há 
quem defenda a obrigatoriedade do emprego da preposição. A Esaf, por 
exemplo, já se manifestou a respeito no passado. Veja o item da prova de 
AFT/2003: 
Na América Latina, por exemplo, “a integração global 
aumentou ainda mais as desigualdades salariais”, e há uma 
preocupação generalizada que o processo esteja levando uma 
maior desigualdade no próprio interior dos países. Essa 
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desigualdade já alcançou os Estados em suas relações 
assimétricas. 
O item foi considerado errado também por causa da falta da preposição “de”: 
...preocupação generalizada de que o processo... Mas não podemos ignorar a 
argumentação daqueles que defendem a possibilidade de omissão da 
preposição. O eminente Celso Pedro Luft, por exemplo, diz que “é viável a 
elipse da preposição” (Dicionário Prático de Regência Nominal). O Cespe já 
trilhou essa mesma linha. Analise atentamente o item seguinte 
(TJ-BA/Oficial de Justiça/2005), que foi considerado correto pelo examinador. 
“Não há dúvida de que, no início do século XXI, os EUA 
chegaram mais perto do que nunca da possibilidade de 
constituição de um império mundial”. Como na sequência há 
um complemento oracional, a omissão da preposição "de" "não 
há dúvida de que" também estaria de acordo com as 
exigências da norma escrita culta. 
Cegalla (2008:386) diz que “As completivas nominais são regidas de 
preposição, a qual em certos casos pode ser omitida” (observe a contundência 
da afirmação na primeira parte da frase). Ele não esclarece quais são os casos, 
apenas dá um exemplo e nada mais: “Zé Grande tinha a impressão [de] que 
estava voltando a ser criança”. Segundo Evanildo Bechara (2009:483-4), 
“pode-se prescindir da preposição que inicia uma oração objetiva indireta ou 
completiva nominal”. Ele apresenta dois exemplos: a) “ ‘...em que o avisava 
[de] que em conselho se decidirá que o fossem cercar...’ ”; b) “...tive medo 
[de que] fosse ouvida...” (note que agora o conectivo também foi omitido). 
Como se percebe, tudo depende do ponto de vista dos examinadores, até que 
uma bibliografia seja definida no edital. Enquanto isso não acontece, devemos 
analisar cuidadosamente todas as opções e marcar a melhor resposta. 
 
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PredicativaFunciona como um predicativo do sujeito da oração principal; seu 
valor semântico caracteriza, especifica, determina o sujeito dela. É de se notar 
também a presença de um verbo de ligação na oração principal. 
Nosso desejo era encontrares o teu caminho. 
O triste é que não era uma planta qualquer. 
 
Apositiva 
Atua como aposto de um termo da oração principal e é marcada 
pela pontuação (vírgula, dois-pontos). Seu significado amplia, explica, 
desenvolve, resume o conteúdo da oração principal. 
O boato, de que o presidente renunciaria, espalhou-se 
rapidamente. 
Só resta uma alternativa: encontrar o culpado. 
 
Orações Subordinadas Adverbiais 
 
I. Têm valor semântico de advérbio (causa, tempo, condição, 
finalidade etc.) e exercem função de adjunto adverbial em relação à oração 
principal; 
II. Desenvolvidas: possuem verbo no modo indicativo ou subjuntivo e 
são introduzidas por conjunção; 
III. Reduzidas: possuem verbo na forma nominal (infinitivo, gerúndio, 
particípio). 
 
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1 Empossado na prefeitura carioca, Negrão de Lima 
 arregalou os olhos quando os técnicos em urbanismo 
 informaram-lhe que havia oito milhões de ratos na cidade. 
4 Perguntou: “Como é que vocês contaram?” 
 [...] 
Carlos Heitor Cony. Folha de S.Paulo, 4/8/2013 (com adaptações). 
9. (Cespe/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2014) Uma forma correta de 
reescrita do trecho iniciado pela conjunção temporal “quando” (l.2) é a 
seguinte: ao ser informado pelos técnicos em urbanismo que 
existia oito milhões de ratos na cidade do Rio de Janeiro. 
Comentário – Cuidado! O examinador tentou desviar seu olhar para o erro 
contido na reescritura. A conjunção “quando” inicia uma oração subordinada 
adverbial temporal desenvolvida (observe, além da própria conjunção, o verbo 
“informaram”, que está conjugado no modo indicativo). A proposta da banca 
substitui essa oração desenvolvida por uma reduzida de infinitivo: “ao ser 
informado...” (observe a ausência da conjunção e o verbo “ser” no infinitivo). 
Até aqui, tudo bem! 
O erro surge sutilmente no emprego da forma verbal “existia”. 
O verbo existir é pessoal, possui sujeito. Este é representado pelo termo “oito 
milhões de ratos”. Portanto o verbo deveria ser flexionado no plural 
(existiam) para concordar em número como o sujeito da oração. 
Resposta – Item errado. 
 
 Classificações 
Causal: expressa a causa do que se diz na oração principal. 
Como não haviam combinado, uns cantavam em inglês e outros em 
português. (Clarice Lispector) 
 
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Consecutiva: apresenta a consequência do que se diz na oração principal. 
Fiquei tão alegre com esta ideia que ainda agora me treme a pena na 
mão. (Machado de Assis) 
 
 [...] 
 cadastros em lojas online. Lidamos com tantas combinações 
10 desse tipo, que já se fala de uma nova categoria de estresse: a 
 “fadiga de senhas”. A solução para driblar o problema é o 
 [...] 
Renata Valério de Mesquita. Você é a sua senha. In: Planeta, fev./2014 (com adaptações). 
10. (Cespe/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2014) A oração 
introduzida pela conjunção “que” (L.10) expressa ideia de consequência 
em relação à oração anterior, à qual se subordina. 
Comentário – Sim, é isso mesmo. A conjunção “que” é integrante (não 
desempenha função sintática). Cuidado para não confundi-la com pronome 
relativo (que introduz oração adjetiva e desempenha uma função sintática). 
Resposta – Item certo. 
 
Condicional: estabelece uma condição para que o fato expresso na oração 
principal se realize. 
Eu cantarei, se as Musas me ajudarem, a verdadeira história de 
Elpenor. (Augusto Meyer) 
 
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11. (Cespe/2014/Câmara dos Deputados/Técnico Legislativo) No segundo 
quadrinho, a fala de Calvin é introduzida por uma oração condicional, 
ponto de partida para o raciocínio de Calvin, que pode ser assim 
esquematizado: Se A, então B. 
Comentário – Sim, é isso mesmo. A primeira oração (“Se os ignorantes é que 
são felizes” – “é que” é expressão de realce) constitui a condição para a 
realização do que foi declarado na oração seguinte. 
Resposta – Item certo. 
 
Concessiva: expressa um fato que deveria impedir o acontecimento do que se 
declara na oração principal. 
[...] descobri-me, embora estivessem muitas pessoas na sala. 
(Graciliano Ramos) 
Comparativa: indica o segundo elemento de uma comparação. 
Ele saiu da vida como quem sai de uma festa. (Cassiano Ricardo) 
Muitas vezes, o verbo da oração subordinada 
adverbial comparativa está oculto. 
As ideias marinhavam-lhe no cérebro, como em hora de temporal 
[...]. (Machado de Assis) 
Além disso, a oração à qual se subordina a oração comparativa pode 
apresentar expressões como: mais, menos, pior, tal, tanto. 
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12. (Cespe/TJ-RO/Analista Judiciário/Análise de Sistemas/2012) No que se 
refere a aspectos morfossintáticos e semânticos do texto, assinale a opção 
correta. 
a) Na oração “que o governo popular” (L.8), que expressa uma 
consequência, há elipse da forma verbal “exige” (L.7). 
b) Os elementos “menos” (L.8) e “outras” (L.8) são modificadores de 
intensidade relacionados ao núcleo nominal “virtudes” (L.8). 
c) Sem contrariar o sentido original do texto e mantendo-se a correção 
gramatical, a expressão “perante a autoridade da experiência” (L.2) 
poderia ser reescrita da seguinte forma: perante ao reconhecimento 
da autoridade dos mais experientes. 
d) Na oração “a terceira é o pior de todos os governos” (L.7), o verbo 
poderia ser suprimido e a vírgula, empregada no lugar dele, para indicar a 
elipse. 
e) Na linha 7, “se exige” corresponde a é exigido. 
Comentário – Alternativa A: errada. A oração destacada é comparativa. O 
autor do texto compara a exigência de virtudes feita pela aristocracia com a 
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que é feita pelo governo popular. O verbo realmente está elíptico: “que o 
governo popular [exige]”. Mas isso não impede que a sentença esteja errada. 
Alternativa B: errada. A ideia transmitida pelo elemento 
“outras” é qualitativa, e não quantitativa. 
Alternativa C: errada. Perante já é preposição e, por isso, 
dispensa outra preposição ao seu lado. Em “perante a autoridade”, o “a” é 
artigo definido. Então, não é correta a sintaxe perante ao reconhecimento. 
O a está sobrando no trecho. 
Alternativa D: certa. A elipse do verbo pode muito bem ser 
indicada por meio da vírgula. A compreensão da frase é facilitada pela 
evidência do mesmo verbo na oração anterior. Veja: ...a segunda, a 
aristocracia propriamente dita, é o melhor governo; a terceira, o pior de todos 
os governos. A vírgula que substitui normalmente o verbo é chamada de 
vírgula vicária. 
Alternativa E: errada. Não confunda a estrutura “se exige” 
com a flexão do verbo em voz passiva sintética. O “se”não é pronome 
apassivador; é conjunção condicional. Veja o trecho com outra organização: 
Contudo, se a aristocracia exige menos virtudes que o governo popular 
[exige]... Outra dica legal é trocar o “se” por caso (com as devidas 
adaptações): Contudo, caso exija a aristocracia menos virtudes que o governo 
popular... 
Resposta – D 
 
Conformativa: a ideia expressa nela está de acordo com a que é dita na 
oração principal. 
Conforme nos mandara o sargento, ficamos passando um pelo outro. 
(Mário Donato) 
 
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Proporcional: expressa um fato que se realiza proporcionalmente ao que se 
diz na oração principal. 
Quanto mais uma civilização é artista, mais ela se afasta da natureza. 
(Graça Aranha) 
 
Final: indica a finalidade do que se diz na oração principal. 
O fuzil foi passado de mão em mão, para que todos aprendessem os 
quatro movimentos. 
 
 [...] 
7 Todavia, as discussões sobre essa matéria ainda 
 aguardam decisão do Supremo Tribunal Federal, cujas teses se 
 dividem basicamente em duas: uma que defende a 
10 inconstitucionalidade da lei, invocando o princípio de que 
 norma penalizadora mais dura não pode retroagir para 
 prejudicar o réu e ferir suposto direito adquirido [...] 
Andeson de Oliveira Alarcon. As inovações eleitorais, a fichalimpa 
e as eleições 2012. In: Escola Judiciária Eleitoral da Paraíba. 
Internet: <www.tre-pb.gov.br> (com adaptações). 
13. (Cespe/TRE-MS/Analista Judiciário/2013) Nas linhas 11 e 12, os verbos 
“retroagir”, “prejudicar” e “ferir” estão coordenados entre si e 
subordinados à forma auxiliar “pode”. 
Comentário – As relações não são bem essas que o examinador indicou. As 
orações constituídas pelos verbos “prejudicar” e “ferir”, de fato, estão 
coordenadas entre si por meio da conjunção aditiva “e”: “prejudicar o réu e 
ferir suposto direito adquirido”. No entanto, tais orações mostram-se 
subordinadas à oração constituída pela locução verbal “pode retroagir” e 
funcionam como adjunto adverbial de finalidade. Observe ainda que, na 
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locução verbal, o primeiro verbo (“pode”) é o auxiliar; o segundo (“retroagir”), 
o principal. 
Resposta – Item errado. 
 
Temporal: expressa o tempo em que ocorre o que se diz na oração principal. 
Quando o semáforo abriu, ele tentou arrancar na bicicleta [...]. 
(Lourenço Diaféria) 
Observe que as três orações subordinadas abaixo destacadas 
apresentam estruturas diferentes das anteriores. Nelas não há verbos 
desenvolvidos (conjugados no modo indicativo ou subjuntivo) nem conjunções. 
Agora, os verbos assumem uma das formas nominais (gerúndio, infinitivo e 
particípio). 
Ao abrir o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (infinitivo) 
Aberto o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (particípio) 
Abrindo o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (gerúndio) 
Principais Conjunções Subordinativas 
Uma vez estudadas as características e os valores semânticos das 
orações subordinadas adverbiais, convém agora apontar as principais 
conjunções que fazem a articulação entre elas e sua principal. 
 
Causais 
Porque; como; que; pois; porquanto; visto que; dado que; 
já que; uma vez que; na medida em que; etc. 
Consecutivas Que, de forma que, de maneira que, de modo que etc. 
Comparativas 
Que; (do) que; quanto; como; assim como; bem como; 
etc. 
Concessivas 
Ainda que; embora; mesmo que; posto que; por mais que; 
se bem que; por pouco que; nem que; conquanto etc. 
Condicionais 
Se; caso; sem que; contanto que; salvo se; desde que; a 
menos que; a não ser que; que; etc. 
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Conformativas Conforme; como; segundo; consoante; etc. 
Finais Para que; a fim de que; que; etc. 
Proporcionais 
À medida que; à proporção que; ao passo que; quanto 
mais... mais; quanto menos... menos; quanto maior... 
maior; enquanto (conforme Cunha e Cintra, 2008, 
págs. 604 e 623) etc. 
Tempo 
Quando; enquanto; antes que; depois que; desde que; 
logo que; assim que; até que; que; apenas; mal; sempre 
que; tanto que; etc. 
 
 
 
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14. (Cespe/TRE-RJ/Técnico Judiciário/2012) As relações sintáticas do período 
não seriam prejudicadas caso se substituísse “enquanto” (L.7) por ao 
passo que. 
Comentário – Considero esta questão difícil, pois não aprendemos isso 
durante os muitos anos de estudo na escola nem em alguns cursos 
preparatórios. O examinador deve ter se fundamentado na Nova gramática do 
português contemporâneo (CUNHA & CINTRA, 2008, pág. 604). Leia com 
atenção o que os gramáticos ensinam: 
As [conjunções] PROPORCIONAIS iniciam uma oração 
subordinada em que se menciona um fato realizado ou para 
realizar-se simultaneamente com o da oração principal. São as 
conjunções à medida que, ao passo que, à proporção que, 
enquanto, quanto mais... mais , quanto mais... tanto mais, 
quanto mais... menos, quanto mais... tanto menos, quanto 
menos... menos, quanto menos... tanto menos, quanto menos... 
mais, quanto menos... tanto mais (...). [grifos meus] 
Na página 623, existem os seguintes exemplos de orações 
proporcionais: 
a) “Choviam os ditos / ao passo que ela seguia pelas 
mesas. /” e 
b) “Duas ou três funcionárias aproximaram-se, / enquanto o 
servidor / que fizera a pergunta / ia dando o fora. /”. 
Esclareço que não encontrei a conjunção enquanto 
classificada como adversativa nas gramáticas de Bechara, Cegalla e Celso 
Cunha. Já a locução conjuntiva ao passo que consta em Cegalla (2008, pág. 
290) também como adversativa. 
Resposta – Item certo. 
 
1 Em 2013, a oferta de emprego nas cidades do interior 
 de nove estados (São Paulo, Rio, Minas Gerais, Pernambuco, 
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 Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Ceará e Pará) superou 
4 expressivamente a das áreas metropolitanas desses estados, de 
 acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e 
 Desempregados, do Ministério do Trabalho e Emprego. E não 
7 é fato episódico, mas uma nova tendência ou processo, pois, 
 desde 2010, cresce o peso do interior na contratação de mão de 
 obra formal, enquanto se reduz o peso das grandes capitais. 
10 Há vários aspectos importantes nessa mudança do 
 vetor do emprego. Ela é registrada nos serviços, no comércio, 
 na construção civil e, ainda mais, na indústria. Neste segmento, 
13 reforça-se a convicção de que o interior oferece não só melhor 
 condição de instalação de novas fábricas, como de contratação 
 do pessoal, que pode trabalhar perto da casa e da família, com 
16 menor custo de transporte e menor perda de tempo no 
 deslocamento entre a casa e o trabalho. 
O Estado de S.Paulo, 6/3/2014 (com adaptações). 
15. (Cespe/TJ-CE/Nível Médio/2014) Assinale a opção correta em relação às 
estruturas linguísticas do texto acima. 
a) A vírgula logo após “pessoal” (l.15) isola oração subsequente, que temnatureza restritiva. 
b) No trecho “a das áreas” (l.4) há elipse da palavra “cidade” logo após o 
termo “a”. 
c) Prejudicam-se a correção gramatical do período e suas relações sintáticas 
ao se substituir “pois” (l.7) por qualquer um dos termos a seguir: 
porquanto, já que, porque, visto que. 
d) Alteram-se as relações sintáticas originais do período ao se substituir 
“enquanto” (l.9) por ao passo que. 
e) A palavra “vetor” (l.11) está sendo utilizada no sentido de direção, 
orientação, sentido. 
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Comentário – Alternativa A: errada. A oração “que pode trabalhar perto da 
casa e da família” tem natureza explicativa. Orações restritivas não podem ser 
isoladas do termo a que se referem por meio da pontuação. 
Alternativa B: errada. Logo após o termo “a” há elipse da 
seguinte expressão: “oferta de emprego nas cidades”. 
Alternativa C: errada. Não há prejuízo. Todos os conectivos 
podem expressar o mesmo sentido de causa. Basta reler atentamente o 
quadro acima. 
Alternativa D: errada. Não há alteração. No texto, a conjunção 
“enquanto” expressa proporcionalidade. A locução conjuntiva ao passo que 
também pode indicar o mesmo sentido. 
Resposta – E 
Dizem que se conselho fosse bom ninguém daria, 
mesmo assim eu arrisco um: não confunda as locuções conjuntivas à medida 
que e na medida em que. A primeira introduz oração subordinada tradutora 
de valor semântico de proporcionalidade; a segunda inicia oração subordinada 
que expressa a causa de um fato. Já vi muito candidato bom “derrapar” por 
falta de atenção a esse detalhe. 
Quer outro conselho? Não confunda oração subordinada adverbial 
causal com oração coordenada sindética explicativa! Em alguns momentos, 
elas podem apresentar semelhanças que dificultam a análise correta. Por 
exemplo, ambas admitem as conjunções pois, que, porque, porquanto. 
Porém, um pouco de atenção para os aspectos que vou assinalar pode ser de 
grande utilidade: 
[Ele pegou a doença] [porque 
andava descalço.] 
[Não ande descalço,] [porque 
você vai pegar uma doença.] 
1. Há uma relação de causa e 
consequência entre as duas orações. 
1. Não há relação de causa e 
consequência: apenas é dado o 
motivo para que não se ande 
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descalço. 
2. A conjunção que introduz a 
oração causal não pode ser eliminada. 
2. Pode-se eliminar a conjunção 
coordenativa explicativa: Não ande 
descalço, você vai pegar uma 
doença. 
3. A oração adverbial pode ser 
transformada em oração reduzida de 
infinitivo: Ele pegou a doença por 
andar descalço. 
3. Não se pode transformar a 
oração coordenada em oração 
reduzida. 
4. O verbo da oração principal não 
expressa dúvida ou hipótese. 
4. A oração anterior à explicativa 
geralmente possui verbo no 
imperativo ou tem caráter hipotético. 
De outro modo, poderíamos dizer: Ele 
dever ter andado descalço, pois 
pegou uma doença. 
 
Orações Subordinadas Adjetivas 
As orações subordinadas adjetivas podem equivaler-se, 
semanticamente, a adjetivos, ou seja, caracterizar um substantivo, 
atribuindo-lhe qualidade, estado ou modo de ser. Sintaticamente, podem 
exercer a função de adjunto adnominal de um termo da oração principal. 
Observem: 
Deve-se investir em soluções definitivas. 
Deve-se investir em soluções que resolvam definitivamente os 
problemas. 
Comparando os dois exemplos acima, é fácil perceber que, no 
segundo, a oração “que resolvam definitivamente os problemas” 
discrimina o substantivo “soluções” e restringe o seu alcance semântico. Além 
disso, exerce função idêntica à do adjetivo “definitivas” no primeiro exemplo: 
ambas as expressões são adjuntos adnominais do substantivo “soluções”, 
que é núcleo do objeto indireto. 
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Oraç. Subord. Adj. Restritivas 
Oraç. Subord. 
Adj. Explicativas 
ORAÇÕES ADJETIVAS RESTRITIVAS E EXPLICATIVAS 
Na relação que estabelecem com o termo a que se 
referem, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras 
distintas: restringindo e individualizando esse termo ou simplesmente 
explicando, realçando, amplificando uma informação sobre ele. 
O jovem que estuda passa. 
O homem que luta vence. 
O homem, que é mortal, almeja a vida eterna. 
Cristo, que é filho de Deus, morreu por nós. 
No primeiro caso, as orações adjetivas equiparam-se a verdadeiros 
adjetivos restritivos (aqueles cujos valores semânticos não constituem um 
atributo inerente a todo e qualquer ser de mesma natureza): nem todo jovem 
passa (apenas o que estuda); nem todo homem vence (somente o que luta). 
Elas funcionam como adjuntos adnominais e não podem ser separadas do 
substantivo por vírgulas. 
No segundo caso, as orações adjetivas têm valor semântico 
explicativo, pois expressam uma característica intrínseca, essencial ao termo a 
que se referem: todo homem é mortal; Cristo é filho de Deus. Por não 
influenciarem o significado do termo a que se referem, podem ser retiradas da 
frase ou ficar separadas do substantivo pela pontuação sem implicar alteração 
semântica. Sendo assim, elas se assemelham a um aposto explicativo. 
 
 [...] 
 A crescente e constante ampliação da escolaridade feminina 
 tem contribuído para ampliar o espaço de atuação das 
 mulheres no mercado de trabalho também em profissões 
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16 que, historicamente, têm sido consideradas como espaços 
 masculinos. As profissões científicas e tecnológicas inserem-se 
 nesse contexto. Essas carreiras estão associadas a 
19 conhecimentos de ciência e tecnologia cuja construção 
 histórica e social foi marcada por exclusões de gênero que 
 resultaram em campos com predominância masculina, seja pelo 
22 perfil de gênero dos seus profissionais, seja pela forma como 
 seus conhecimentos se desenvolveram, estruturaram-se ou se 
 organizaram. A baixa participação feminina, nesse universo, 
25 ainda é uma realidade, particularmente na Engenharia. A 
 reduzida presença de mulheres é um fenômeno que pode ser 
 visto como corolário da baixa presença feminina em cursos 
28 superiores dessa área. 
Nanci Stancki Silva. Engenharias no Brasil: mudanças no perfil de 
gênero? Internet: <www.fazendogenero.ufsc.br> (com adaptações). 
16. (Cespe/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2012) As orações 
“que, historicamente, têm sido consideradas como espaços masculinos” 
(l.16-17) e “que resultaram em campos com predominância masculina” 
(l.20-21) poderiam, mantendo-se a coerência do texto e a sua correção 
gramatical, ser introduzidas por vírgulas, sendo, assim, interpretadas de 
uma maneira não restritiva. 
Comentário – As duas orações apontadas são adjetivas restritivas e, 
portanto, possuem caráter restritivo. É importante notar que elas não são 
separadas dos substantivos que especificam por meio de pontuação (vírgula, 
por exemplo): 
– “profissões que, historicamente, têm sido consideradas”; 
– “exclusões de gênero que resultaram em campos”. 
De fato, a inserção de vírgulas mudaria o caráter restritivo 
delas paraexplicativo, porém afetaria o sentido original do texto. 
Resposta – Item errado. 
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 [...] 
31 Então, sim, eu escolhi ser professor. É mesmo 
 comparável a colocar a cabeça dentro da boca de um leão ou 
 a qualquer outra coisa que os outros julgam louca, mas não 
34 fazem ideia da emoção que causa. [...] 
André da Cunha. Mas você vai ser professor? In: Revista Língua 
Portuguesa, n.º 39, Escala Educacional, 2012 (com adaptações). 
17. (Cespe/SEGER-ES/Analista Executivo/Direito/2013) O trecho “que os 
outros julgam louca” (l.33) constitui uma oração coordenada. 
Comentário – Na oração destacada pelo examinador, surge o pronome 
relativo “que”. Se você tem dúvida da classe gramatical desse vocábulo, basta 
substituí-lo pelo pronome relativo por excelência: o qual (com as devidas 
variações de gênero e número) Se o teste der certo, então teremos realmente 
um PR: ...É mesmo comparável a colocar a cabeça dentro da boca de um leão 
ou a qualquer outra coisa a qual os outros julgam louca... Assim sendo, temos 
uma oração subordinada adjetiva. Lembre-se de que o pronome relativo 
introduz oração adjetiva e não coordenada. 
Resposta – Item errado. 
 
1 Entre as iniciativas desenvolvidas pelo Ministério da 
 Integração Nacional (MI) por meio da Secretaria Nacional de 
 Irrigação está o programa Mais Irrigação, que prevê 
4 investimentos de R$ 10 bilhões em recursos federais e em 
 parcerias com a iniciativa privada, para aumentar a eficiência 
 das áreas irrigáveis e incentivar a criação de polos de 
7 desenvolvimento. 
Internet: <www.integracao.gov.br> (com adaptações). 
18. (Cespe/2013/MI/Assistente Técnico Administrativo) A oração subsequente 
à expressão “Mais Irrigação” (l.3) tem natureza restritiva. 
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Comentário – Você observou a vírgula separando as orações? Ela tem um 
papel importante, pois indica que a oração subsequente tem natureza 
explicativa. Relendo atentamente a passagem, constata-se que essa oração 
não influencia o significado do termo a que se refere (“o programa Mais 
Irrigação”) e pode ser retirada da frase sem implicar alteração semântica. 
Resposta – Item errado. 
 
19. (Cespe/MTE/Contador/2014) No trecho “Não são poucos os chefes que 
não sabem como tratar um tema que envolve seus subordinados” (l.3-4), 
há duas orações de natureza restritiva, uma referente a “os chefes” e 
outra a “um tema”. 
Comentário – Sim, é verdade. Primeiramente, faça o seguinte teste: 
substitua o “que” por “o qual” (e suas variações) para se certificar da 
existência do pronome relativo. Veja: “Não são poucos os chefes os quais não 
sabem como tratar um tema o qual envolve seus subordinados”. Agora 
perceba que as orações introduzidas pelos pronomes relativos não estão 
separadas por meio de vírgula. 
Resposta – Item certo. 
 
1 As obras de dragagem objetivam remover os 
 sedimentos que se encontram no fundo do corpo d'água para 
 permitir a passagem das embarcações, garantindo o acesso ao 
4 porto. [...] 
Internet: <www.antaq.gov.br> (com adaptações). 
20. (Cespe/Antaq/Nível Médio/2014) A oração “que se encontram no fundo do 
corpo d'água” (L.2) tem função restritiva. 
Comentário – Trata-se de uma informação que restringe o significado dos 
sedimentos mencionados no texto. Portanto a oração é realmente (adjetiva) 
restritiva. 
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Resposta – Item certo. 
 
 [...] 
13 de comunicação. O histórico dos crimes cibernéticos, por sua 
 vez, remonta à década de 70, quando, pela primeira vez, foi 
 definido o termo hacker, como sendo aquele indivíduo que, 
16 dotado de conhecimentos técnicos, promove a invasão de 
 sistemas operacionais privados e a difusão de pragas virtuais. 
Artur Barbosa da Silveira. Os crimes cibernéticos e a Lei nº 12.737/2012. 
In: Internet: <www.conteudojuridico.com.br> (com adaptações). 
21. A oração “que, dotado (...) pragas virtuais” (l. de 15 a 17) é de natureza 
restritiva. 
Comentário – Cuidado, pois a questão é perigosa! As vírgulas que separam o 
termo “dotado de conhecimentos técnicos” podem confundir você. Basta 
retirá-lo para notar mais claramente o valor restritivo da oração iniciada pelo 
pronome relativo “que”: “...como sendo aquele indivíduo que promove a 
invasão de sistemas operacionais privados e a difusão de pragas 
virtuais”. 
Resposta – Item certo. 
Note que as conexões entre as orações 
subordinadas adjetivas apresentadas até aqui e suas orações principais são 
feitas pelo pronome relativo que. Esse pronome, além de conectar (ou 
relacionar – daí o nome relativo) os dois tipos de orações, também 
desempenha uma função sintática na oração subordinada que 
introduz. No desempenho dessa função, o pronome relativo ocupa o papel 
que seria exercido pelo termo que ele substitui (o antecedente). 
 
 
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sujeito 
sujeito 
 
Deve-se investir em soluções. Essas soluções devem resolver 
definitivamente os problemas. 
 
Deve-se investir em soluções [que resolvam definitivamente os 
problemas.] 
 
Quando as orações subordinadas adjetivas são introduzidas por 
um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo 
(forma finita), elas são chamadas de desenvolvidas. E quando não são 
introduzidas por um pronome relativo (podem ser introduzidas por preposição) 
e apresentam verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio e 
particípio), elas são chamadas de reduzidas. 
Essas são as ideias tão valorizadas por ele. 
Via-se um cartaz comunicando a falência. 
Nosso argumento foi o primeiro a cair. 
 
Uma vez arregimentado, você pode resolver mais questões de 
provas anteriores. Nesta etapa, você notará que é frequente, como disse 
antes, a exploração das relações semânticas estabelecidas entre as orações 
que compõem um período. Portanto não se deixe influenciar simplesmente 
pela conjunção empregada (ou não). Além dessa análise inicial, observe ainda 
o sentido da frase. 
 
 [...] 
 Desenvolvimento Florestal (IBDF). Em 1973, foi criada a 
16 Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA). Mas foi a Lei 
 da Política Nacional de Meio Ambiente, de 1981, que 
 estabeleceu a estrutura formal do Sistema Nacional do Meio 
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19 Ambiente (SISNAMA), integrado por órgãos federais, 
 [...] 
Adriana Ramos. Política ambiental. In: Almanaque Brasil 
socioambiental. São Paulo: ISA, 2008 (com adaptações). 
22. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2013) A oração “que estabeleceu a 
estrutura formal do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA)” 
(L.17-19) classifica-se como adjetiva explicativa, o que justifica o fato de 
estar empregada entre vírgulas. 
Comentário – Esta é uma questão considerada difícil por muitos candidatos. 
Muita gente ainda está sem entender o porquê do erro. Adianto a você que 
estamos diante de uma locução de realce: “foi...que”. Esse “que” não 
desempenha nenhuma função sintática. Logo não pode ser considerado 
pronome relativo. Consequentemente, a oração não pode ser adjetiva (nem 
restritiva, nem explicativa). Para entender melhor o caso, você precisa ler o 
que dizem os gramáticos Cunha e Cintra: 
“[A expressão ‘é que’] é uma construção fixa, que não deve 
ser confundida com outra semelhante, mas móvel, em que o 
verbo ser antecede o sujeito e passa, naturalmente, a 
concordar com ele e a harmonizar-se com o tempo dos outros 
verbos. 
Compare-se, por exemplo, ao anterior o seguinte exemplo: 
‘José é que trabalhou, mas foram os irmãos que se 
aproveitaram do seu esforço.’ 
Ou este: 
‘Foi José que trabalhou, mas os irmãos é que se aproveitaram 
do seu esforço.’.” 
Agora, resta-nos reescrever a passagem do texto da prova 
para constatarmos que a locução “foi... que” de fato é expletiva, podendo ser 
retirada da frase sem ocasionar problema: Mas __ a Lei da Política Nacional de 
Meio Ambiente, de 1981, __ estabeleceu a estrutura formal do Sistema 
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Nacional do Meio Ambiente... Notou as lacunas? Elas correspondem aos 
elementos que compõem a locução “foi... que”. 
Resposta – Item errado. 
 
23. (Cespe/IFB/Cargos de Nível Médio/2011) Considerando-se apenas o 
trecho “Viver em ambiente sem gravidade faz coisas curiosas com o 
corpo” (L.1-2), não se pode determinar, do ponto de vista sintático, o 
sujeito da forma verbal “faz”. 
Comentário – Quando o examinador diz “do ponto de vista sintático”, ele não 
está preocupado com o aspecto semântico, ou seja, não importa para ele a 
identificação do ser responsável pela ação verbal. Nesse caso, vale mesmo é a 
relação estabelecida entre os termos e as orações do período. 
Assim sendo, é importante notar que a oração “Viver em 
ambiente sem gravidade” funciona como sujeito (oracional) do verbo da 
segunda oração: “faz” (repare a flexão em terceira pessoa do singular). 
Resposta – Item errado. 
 
 
[...] 
24. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Médio/2011) Seria mantida a relação 
sintático-semântica entre as orações que compõem o terceiro período do 
texto ao se substituir “uma vez que” (L.9) por qualquer um dos termos a 
seguir: porque, porquanto, já que, visto que, conquanto. 
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Comentário – A locução conjuntiva “já que” integra o rol das típicas 
conjunções subordinativas adverbiais que exprimem valor semântico de causa. 
Semelhantemente, as conjunções (ou locuções) porque, porquanto, já que e 
visto que também. Mas a conjunção conquanto, diferentemente, integra o 
conjunto das conjunções subordinativas adverbiais concessivas. Isso altera a 
relação sintático-semântica apontada pelo examinador. 
Resposta – Item errado. 
 
 No lugar de alta carga tributária e estrutura de impostos 
 inadequada, o país deve priorizar investimentos que expandam 
16 a produção e contribuam simultaneamente para o aumento de 
 produtividade, como é o caso dos gastos com educação. É dessa 
 forma que são criadas boas oportunidades de trabalho, 
19 geradoras de renda, de maneira sustentável. 
O Globo, Editorial, 12/7/2010 (com adaptações). 
25. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) A ausência de vírgula logo após 
o termo “investimentos” (L.15) permite concluir que, segundo o autor do 
texto, é necessário que, no Brasil, sejam priorizados investimentos 
voltados para a expansão da produção e para o aumento da 
produtividade. 
Comentário – A ausência de vírgula faz surgir orações (subordinadas 
adjetivas restritivas) que limitam e distinguem o alcance semântico do 
substantivo “investimentos”. Caso uma vírgula fosse empregada, as orações 
teriam natureza semântica explicativa. 
Resposta – Item certo. 
 
26. (Cespe/STM/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2011) Entre as 
orações que compõem o período “não é preciso trabalhar com esses 
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temas, ou sequer saber que existem” (L.14-15) estabelece-se uma 
relação sintático- semântica de alternância. 
Comentário – Que bela questão! Muitos candidatos erraram a resposta 
porque se deixaram levar pela aparência. Em outras palavras, eles viram a 
conjunção “ou” articulando as orações e prontamente concordaram com o 
argumento do examinador, sem analisar a real relação existente entre os 
segmentos. 
A ideia é a seguinte: não é preciso trabalhar com esses 
temas nem ao menos saber que eles existem. Ficou melhor assim? Deu para 
perceber que a conjunção “ou”, no contexto, tem valor semântico de adição, 
como a conjunção nem? Vou escrever de outra forma: não é preciso trabalhar 
com esses temas e também não é preciso saber que eles existem. Então, o 
que você me diz agora? 
Resposta – Item errado. 
 
Cinco curiosidades sobre Erasmo de Rotterdam (1467-1536) 
1 Nos primeiros anos como seminarista, em Bois le Due, 
 na Holanda, Erasmo dedicou-se mais à pintura e à música do 
 que à filosofia e à religião. 
 [...] 
Filosofia, nº 28, Escala Educacional, 16 
(com adaptações) 
27. (Cespe/Correios/Analista de Correios/Letras/2011) Na construção “mais à 
pintura e à musica do que à filosofia e à religião” (L.2-3), o vocábulo 
“que” introduz oração restritiva com verbo elíptico. 
Comentário – Vocábulo que introduz oração (adjetiva) restritiva é pronome 
relativo. Na qualidade de pronome relativo, o que pode muito bem ser 
substituído por o/a qual, o que não é possível na passagem apresentada: 
...Erasmo dedicou-se mais à pintura e à música da qual à filosofia e à religião 
(estranho, não é?). Na verdade, o que é uma conjunção subordinativa que 
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introduz oração adverbial com valor semântico de comparação. E é nas 
orações comparativas que o verbo costuma vir oculto. Observe: ...Erasmo 
dedicou-se mais à pintura e à música do que se dedicou à filosofia e à 
religião. 
Resposta – Item errado. 
 
28. (Cespe/Correios/Agente de Correios/Carteiro/2011) Assinale a opção 
correspondente ao trecho em que há mais de uma oração. 
(A) “Aposto que ela vai adorar.” 
(B) “Vou mandar um cartão de dia dos namorados para a Susi Derkins.” 
(C) “Ela é uma gatinha.” 
(D) “Eu fiz um coraçãozão vermelho.” 
(E) “Agora vou botar renda em volta.” 
Comentário – Para haver mais de uma oração, é necessário haver mais de 
um verbo com sentido próprio (dois verbos, duas orações, três verbos, três 
orações...) ou mais de uma locução adverbial. 
Alternativa A: “Aposto” = oração principal; “que ela vai 
adorar” = oração subordinada substantiva objetiva direta. O conjunto “vai 
adorar” é uma locução formada por verbo auxiliar + verbo principal. Note que 
ela pode ser substituída por adorará. 
Alternativa B: “Vou mandar” = locução verbal (Mandarei), 
uma oração. 
Alternativa C: “é” = um verbo, uma oração. 
Alternativa D: “fiz” = um verbo, uma oração. 
Alternativa E: “vou botar” = uma locução verbal (botarei), 
uma oração. 
Resposta – A 
 
 [...] 
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16 recolher. Não adiantou. Os protestos continuaram. A semana 
 terminou sem que estivesse claro o futuro político do maior 
 aliado dos Estados Unidos da América (EUA) no mundo árabe. 
 [...] 
Juliano Machado e Letícia Sorg. O grito árabe 
pela democracia. In: Época, 31/1/2011, p. 32 (com adaptações). 
29. (Cespe/TJ-ES/Cargos de Nível Superior/2011) No desenvolvimento da 
argumentação do texto, a oração “sem que estivesse claro o futuro 
político do maior aliado dos Estados Unidos da América (EUA)” (L.17-18) 
expressa circunstância de causa em relação à oração que a antecede. 
Comentário – Não! A relação é de modo. Como a semana terminou? De 
maneira isso aconteceu? Interessante é que a NGB não relaciona este tipo de 
oração no rol das subordinadas adverbiais. Porém esclarecidos gramáticos – 
como Bechara, Cegalla e Rocha Lima, por exemplo – percebem tal 
circunstância. Veja dois exemplos colhidos em Bechara e Cegalla: Os 
convidados saíram sem que fossem notados. Aqui viverás em paz, sem que 
ninguém te incomode. 
Resposta – Item errado. 
 
 
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30. (Cespe/2014/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo) As orações 
“onde é muito frio” (L.4) e “que banha o litoral” (L.10) têm natureza 
explicativa, o que justifica o fato de estarem isoladas por vírgulas. 
Comentário – Onde é pronome relativo e não deve ser confundido com 
advérbio, pois agora ele retoma um substantivo antecedente (“montanhas”). O 
que também é pronome relativo, pois substitui o antecedente “mar Negro”. 
Como as orações introduzidas por esses dois pronomes estão entre vírgulas, 
fica evidente o caráter explicativo de ambas as orações. 
Resposta – Item certo. 
 
Fique com Deus e até a próxima aula! 
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Lista das Questões Comentadas 
 
 [...] 
 São pessoas de uma só família, que a obrigação do pai fez 
7 sentar à mesma mesa. 
 Quanto ao gênero deles, não sei que diga que não seja 
 inútil. O livro está nas mãos do leitor. Direi somente que se há 
 [...] 
Machado de Assis. Obra completa. Vol. II, Rio de Janeiro: 
Nova Aguilar, 1994, p. 236. (com adaptações). 
1. (Cespe/2014/TC-DF/Técnico em Administração) No trecho “Quanto ao 
gênero deles, não sei que diga que não seja inútil” (l.8-9) a vírgula separa 
orações coordenadas. 
 
[...] 
7 Augusto Comte, teria a seguinte redação: “Ordem e um Novo 
 Progresso”. Essa renovação de ideias, entretanto, precisa do 
 apoio das novas gerações, pois o cenário mundial atual, e do 
10 Brasil em particular, é muito diferente do registrado há duas 
 décadas, por exemplo. Na configuração geopolítica do século 
 [...] 
João Campos. Uma nova educação para um novo 
progresso. In: Revista Darcy, jun./2012 (com adaptações). 
2. (Cespe/2014/ICMBio/Nível Médio) Sem prejuízo da correção gramatical do 
texto, o termo “entretanto” (l.8) e o trecho “e do Brasil em particular” 
(l.9-10), bem como as vírgulas que os isolam, poderiam ser excluídos do 
período a que pertencem. 
 
Lista das Questões Comentadas 
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3. (Cespe/2014/ICMBio/Nível Superior) A expressão “no entanto” (l.20) 
poderia ser substituída pelo vocábulo entretanto, sem que houvesse 
prejuízo à correção gramatical e ao sentido do texto 
 
 [...] 
 A redação acima poderia ter sido extraída do editorial 
7 de uma revista, mas é parte do texto O oxente e o ok, primeiro 
 lugar na categoria opinião da 4.ª Olimpíada de Língua 
 [...] 
Língua Portuguesa, 1/2015. Internet: <www.revistalingua.uol.com.br> (com adaptações). 
4. (Cespe/2015/FUB/Nível Médio) O elemento coesivo “mas” (l.7) inicia uma 
oração coordenada que exprime a ideia de concessão em uma sequência 
de fatos. 
 
5. (Cespe/PC-CE/Inspetor de Polícia/2012) No trecho “É verdade que a CE 
vem desenvolvendo novas formas políticas” (L.21-22), o emprego da 
forma verbal singular “É” justifica-se pelo fato de essa forma verbal não 
ter sujeito explícito. 
 
6. (Cespe/MP/Analista de Infraestrutura/2012) Seria mantida a correção 
gramatical do período “É fato que os números absolutos impressionam” 
(L.11-12), caso a preposição de fosse inserida imediatamente antes da 
conjunção “que”. 
 
 [...] 
 Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda 
7 da Corte e a presença inédita de um soberano em terras 
 americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual 
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 luso-brasileira. Àquela altura, ninguém vislumbrava a ideia de 
10 uma separação, mas se esperava ao menos que a metrópole 
 deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas. [...] 
Lucia Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In: Revista 
de História da Biblioteca Nacional, n.º 48, set./2009, p. 19-21 (com adaptações) 
7. (Cespe/ANAC/Especialista em Regulação de Aviação Civil - Área 5/2012) A 
oração “que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas 
políticas” (L.10-11) exerce a função de complemento direto da forma 
verbal “esperava” (L.10). 
 
8. (Cespe/IRBr/Diplomata/2012) No período “Que Demócrito não risse, eu o 
provo” (L.20), o verbo provar complementa-se com uma estrutura em 
forma de objeto direto pleonástico, com uma oração servindo de referente 
para um pronome. 
 
1 Empossado na prefeitura carioca, Negrão de Lima 
 arregalou os olhos quando os técnicos em urbanismo 
 informaram-lhe que havia oito milhões de ratos na cidade. 
4 Perguntou: “Como é que vocês contaram?” 
 [...] 
Carlos Heitor Cony. Folha de S.Paulo, 4/8/2013 (com adaptações). 
9. (Cespe/TC-DF/Auditor de Controle Externo/2014) Uma forma correta de 
reescrita do trecho iniciado pela conjunção temporal “quando” (l.2) é a 
seguinte: ao ser informado pelos técnicos em urbanismo que 
existia oito milhões de ratos na cidade do Rio de Janeiro. 
 
 
 
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 [...] 
 cadastros em lojas online. Lidamos com tantas combinações 
10 desse tipo, que já se fala de uma nova categoria de estresse: a 
 “fadiga de senhas”. A solução para driblar o problema é o 
 [...] 
Renata Valério de Mesquita. Você é a sua senha. In: Planeta, fev./2014 (com adaptações). 
10. (Cespe/Câmara dos Deputados/Analista Legislativo/2014) A oração 
introduzida pela conjunção “que” (L.10) expressa ideia de consequência 
em relação à oração anterior, à qual se subordina. 
 
 
11. (Cespe/2014/Câmara dos Deputados/Técnico Legislativo) No segundo 
quadrinho, a fala de Calvin é introduzida por uma oração condicional, 
ponto de partida para o raciocínio de Calvin, que pode ser assim 
esquematizado: Se A, então B. 
 
 
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12.

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