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Contratos na Uniao Estavel

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CONTRATOS NA UNIÃO ESTÁVEL 
E SUA VALIDADE 
Por Leandro Cordioli em 06/07.
 
SUMÁRIO 
 
Considerações introdutórias 
 
1. União Estável e sua configuração 
a. Afetividade do vínculo 
b. Intuito de constituir família (affectio maritalis) e outros requisitos 
c. Desnecessidade de morar sobre o mesmo teto 
 
2. O que deve ser partilhado 
a. Divisão do patrimônio mesmo se a separação se deu antes da vigência 
da lei da união estável 
b. Bens adquiridos onerosamente por ambos o companheiros na 
constância da união estável 
c. Verbas rescisórias trabalhistas (fgts, etc) 
Deferindo 
Indeferindo 
d. Venda de imóvel exclusivo de um cônjuge ao outro comunica 
e. Benfeitoria construída em bem alheio (do pai de um dos companheiros) 
 
3. Bens exclusivos e seus sub-rogados (bens adquiridos com o dinheiro da 
venda dos bens exclusivos) 
a. Bem anterior à união estável vendido e a prova indubitável da sub-
rogação 
b. Sub-rogação de bem adquirido com numerário proveniente da venda 
de bem anterior à união 
c. Partilha de imóvel pago parcialmente antes da união estável 
d. Bens anteriores não se partilham 
 
4. Contratos de convivência regulando as disposições patrimoniais 
a. Contrato por escritura pública (instrumento público por tabelião) 
b. Escritura pública e sua relativização quanto à data estipulada para o 
início do relacionamento (parece não ter havido disposição patrimonial, 
apenas da data que foi derrubada por testemunhas) 
c. Contratos por escrito particular (instrumento particular por advogado) 
d. Contrato no Curso da União Estável e posterior casamento 
e. Acordo patrimonial no fim do relacionamento (a primeira instância deu 
a invalidade, o Tribunal reformou declarando sua validade) 
f. Bens particulares NÃO podem ser objeto de disposição particular 
g. Alimentos podem ser regulados em instrumento particular 
 
 
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Considerações introdutórias 
A união estável, antigamente denominada de concubinato, é um fato social inegável 
na modernidade, assumindo grande relevância para o Direito. E isto ocorre, na medida em 
que uma grande parcela das famílias em nossa sociedade atual se constitui através deste 
instituto, ao invés do casamento. Por isso, passou a ter uma grande relevância para o 
Direito e, aos poucos, passando a ser admitida no ordenamento pátrio, primeiramente pela 
jurisprudência. Sendo que, posteriormente, veio a ser admitida no texto constitucional, 
legislação especial e, enfim, com a reforma de nosso Código Civil, passou a integrá-lo 
definitivamente dentro de seus dispositivos. 
Esta nova forma de constituição da família brasileira pode ser descrita 
sumariamente como a união duradoura entre homem e mulher, com o fim de constituição de 
família (affectio maritalis), com a geração ou não de filhos e de forma pública e contínua. 
Constitui-se, normalmente, quando os companheiros vivem juntos como se casados fossem. 
Porém, optaram por não casar formalmente. 
O relacionamento entre os companheiros, vindo a ser considerado uma união 
estável, gerará efeitos jurídicos entre os mesmos, ou seja, sua relação passará a ser 
regulada pelo Direito. No que diz respeito ao regime patrimonial, o mesmo será regulado 
como se os conviventes tivessem casado pelo regime da comunhão parcial no 
casamento. Ademais, passarão a ter direito aos alimentos, caso o companheiro ou a 
companheira tenha necessidade e, o outro, a possibilidade de adimpli-los. Bem como, 
passarão a figurar como herdeiros (Direito de Sucessão), um do outro, dos bens que 
foram adquiridos de forma onerosa na constância da união e nos termos do art. 1790, NCCB 
(neste ponto existe divergência na jurisprudência e doutrina). 
Outro efeito jurídico de grande relevância é que eles terão direito à partilha 
patrimonial dos bens adquiridos onerosamente durante a constância da união. Tal 
direito existe, mesmo que um deles não contribua com o dinheiro propriamente dito para a 
aquisição do patrimônio. Ao mesmo tempo, ele não alcança os bens adquiridos em sub-
rogação de outro bem incomunicável (comprados com a venda ou permuta de outro bem 
que era exclusivo de um deles). É o que acontece, por exemplo, no caso de alguém que 
adquiriu um imóvel em 1986 e passou a viver em união estável com outrem em 1996. Tal 
apartamento não necessitará ser partilhado no caso de uma separação, pois foi adquirido 
antes de o casal passar a viver em união estável. 
Ademais, também não se misturam os bens adquiridos gratuitamente, como as 
doações para um único dos companheiros, ou os bens recebidos através de herança por 
qualquer um deles. Assim, por exemplo, no caso de o pai efetuar uma doação a seu filho, o 
qual vive em união estável com uma companheira, sendo esta doação legal e juridicamente 
documentada, não haverá a obrigatoriedade de tal bem ser partilhado no caso de uma 
separação. Da mesma forma ocorreria, se a companheira recebesse uma herança de seus 
familiares. Dissolvido o vinculo afetivo e familiar, mesmo na existência de filhos comuns, não 
seria necessário dividir tal herança com o antigo companheiro. 
Ocorre, ainda, outro caso de especial sutileza que acaba refletindo no que tange à 
regulação dos direitos e obrigações patrimoniais no curso da união estável e que é o caso 
central desta pesquisa. E ela diz respeito ao que os companheiros dispuseram antes, na 
constância ou posteriormente à união estável a respeito de seu patrimônio e por sua livre e 
espontânea vontade através do que vem sendo comumente chamado de contrato de 
convivência ou disposição de vontades na união estável (similar ao pacto antenupcial no 
casamento). 
Este documento, cujo valor jurídico vem sendo reconhecido nos tribunais 
brasileiros, pode ser lavrado através de um contrato particular ou através de escritura 
pública redigida por tabelião. E serve para que os companheiros, ao invés de aderirem à 
regra legal, possam dispor do regime que melhor lhes aprouver a respeito de seus bens e 
dentro de suas realidades particulares. Ademais, é a melhor forma para se resguardar o 
patrimônio de um eventual futuro litígio numa ação de dissolução de união estável, como 
poderemos ver das decisões abaixo compiladas. 
 
 
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1. União Estável e sua configuração 
 
a. Intuito de constituir família (affectio maritalis) e outros requisitos 
TJRS, APELAÇÃO CÍVEL Nº 70018152744, PORTO ALEGRE, 26 DE ABRIL DE 
2007. 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE UNIÃO 
ESTÁVEL. REQUISITOS PARA CONFIGURAÇÃO DA UNIÃO 
ESTÁVEL. TERMO INICIAL DO RELACIONAMENTO. 
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. 
 
A união estável é relação fática, de forma que somente pode 
produzir efeitos jurídicos com a comprovação, em juízo, dos 
requisitos necessários para a sua caracterização. Comprovada 
a affectio maritalis, decorrente da existência de 
convivência pública, contínua, duradoura estabelecida com 
objetivo de constituir família, é de ser reconhecida a união 
estável. 
 
Não merece reparo o período fixado como sendo o de vigência 
da união estável, quando este decorre da prova dos autos, 
sendo imprescindível a declaração do marco inaugural em 
virtude dos reflexos na esfera patrimonial. 
 
Justifica-se a condenação nas penas da litigância de má-fé se 
a conduta da parte incidiu em um dos incisos do art. 17 do 
CPC. 
 
APELO PARCIALMENTE PROVIDO. 
 
 
 
 
TJRS, APELAÇÃO CÍVEL Nº 70018507343, PORTO ALEGRE, 12 DE ABRIL DE 
2007. 
 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RECONHECIMENTO E 
DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL CUMULADA COM 
PEDIDO DE ALIMENTOS, GUARDA DE FILHO 
E PARTILHA DE BENS. 
 
REQUISITOS PARA CONFIGURAÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL.A união estável é relação fática, de forma que somente pode 
produzir efeitos jurídicos com a comprovação, em juízo, dos 
requisitos necessários para a sua caracterização. Comprovada 
a affectio maritalis, decorrente da existência de convivência 
pública, contínua, duradoura estabelecida com objetivo de 
constituir família, é de ser reconhecida a união estável. 
 
TERMO INICIAL DO RELACIONAMENTO. 
 
 
 
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Não merece reparo o período fixado como sendo o de vigência 
da união estável, quando este decorre da prova dos autos, 
sendo imprescindível a declaração do marco inaugural em 
virtude dos reflexos na esfera patrimonial. 
 
ALIMENTOS. FIXAÇÃO. BINÔMIO ALIMENTAR DAS 
PARTES. 
 
Sendo incontestes as necessidades da menor, descabe o 
pedido de redução de alimentos. Também, não demonstrada 
alteração na situação econômica do alimentante, correto o 
quantum fixado na sentença. 
 
PARTILHA DOS BENS. INCIDÊNCIA DOS ARTIGOS 1.725 E 
1.659, I, AMBOS DO CÓDIGO CIVIL. 
 
A Lei nº. 9.278/96 em seu artigo 5º já dispunha que “os bens 
móveis e imóveis adquiridos por um ou por ambos os 
conviventes na constância da união estável e a título oneroso 
são considerados fruto do trabalho e da colaboração comum, 
passando a pertencer a ambos, em condomínio e em partes 
iguais, salvo estipulação contrária em contrato escrito.” 
Referido dispositivo foi recepcionado pelo atual Código Civil, 
em seu artigo 1.725. Não tendo sido realizado contrato escrito 
entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais o 
regime da comunhão parcial de bens. 
 
Para ser estabelecida a partilha, deve-se trabalhar com dados 
concretos e seguros, com o objetivo de afastar a possibilidade 
de enriquecimento sem causa por uma das partes. Deve-se 
excluir da partilha o automóvel VW/GOL pertencente ao 
demandado. Aplicação do artigo 1.659, I, do Código Civil. 
 
APELOS NÃO PROVIDOS. 
 
 
 
b. Afetividade do vínculo 
 
TJRS, APELAÇÃO CÍVEL Nº 70015848559, PORTO ALEGRE, 06 DE SETEMBRO 
DE 2006. 
 
 
 
UNIÃO ESTÁVEL. REQUISITOS. CARACTERIZAÇÃO. 
Somente os vínculos afetivos que geram entrelaçamento de 
vidas podem ser reconhecidos como entidade familiar e 
ingressar no mundo jurídico, possibilitando a extração de 
efeitos no âmbito do direito. Inteligência do art. 1.723 do 
Código Civil. 
Negado provimento ao apelo. 
 
 
 
 
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c. Desnecessidade de morar sobre o mesmo teto 
 
STJ, RECURSO ESPECIAL Nº 474.962 - SP (2002/0095247-6), BRASÍLIA, 23 DE 
SETEMBRO DE 2003(DATA DO JULGAMENTO). 
 
 
RELATOR : MINISTRO SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA 
 
E M E N T A 
DIREITOS PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. UNIÃO ESTÁVEL. 
REQUISITOS. CONVIVÊNCIA SOB O MESMO TETO. DISPENSA. 
CASO CONCRETO. LEI N. 9.728/96. ENUNCIADO N. 382 DA 
SÚMULA/STF. ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO. REEXAME. 
IMPOSSIBILIDADE. ENUNCIADO N. 7 DA SÚMULA/STJ. 
DOUTRINA. PRECEDENTES. RECONVENÇÃO. CAPÍTULO DA 
SENTENÇA. TANTUM DEVOLUTUM QUANTUM APELLATUM. 
HONORÁRIOS. INCIDÊNCIA SOBRE A CONDENAÇÃO. ART. 20, 
§ 3º, CPC. RECURSO PROVIDO PARCIALMENTE. 
I - Não exige a lei específica (Lei n. 9.728/96) a coabitação como 
requisito essencial para caracterizar a união estável. Na realidade, 
a convivência sob o mesmo teto pode ser um dos fundamentos a 
demonstrar a relação comum, mas a sua ausência não afasta, de 
imediato, a existência da união estável. 
II - Diante da alteração dos costumes, além das profundas 
mudanças pelas quais tem passado a sociedade, não é raro 
encontrar cônjuges ou companheiros residindo em locais 
diferentes. 
III - O que se mostra indispensável é que a união se revista de 
estabilidade, ou seja, que haja aparência de casamento, como no 
caso entendeu o acórdão impugnado. 
IV - Seria indispensável nova análise do acervo fático-probatório 
para concluir que o envolvimento entre os interessados se tratava 
de mero passatempo, ou namoro, não havendo a intenção de 
constituir família. 
V - Na linha da doutrina, “processadas em conjunto, julgam-se as 
duas ações [ação e reconvenção], em regra, 'na mesma sentença' 
(art. 318), que necessariamente se desdobra em dois capítulos, 
valendo cada um por decisão autônoma, em princípio, para fins de 
recorribilidade e de formação da coisa julgada". 
VI - Nestes termos, constituindo-se em capítulos diferentes, a 
apelação interposta apenas contra a parte da sentença que tratou 
da ação, não devolve ao tribunal o exame da reconvenção, sob 
pena de violação das regras tantum devolutum quantum apellatum 
e da proibição da reformatio in peius. 
VII - Consoante o § 3º do art. 20, CPC, "os honorários serão 
fixados (...) sobre o valor da condenação". E a condenação, no 
caso, foi o usufruto sobre a quarta parte dos bens do de cujus. 
Assim, é sobre essa verba que deve incidir o percentual dos 
honorários, e não sobre o valor total dos bens. 
 
 
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2. O que deve ser partilhado 
 
 
a. Divisão do patrimônio mesmo se a separação se deu antes da vigência 
da lei da união estável 
 
 
STJ, RECURSO ESPECIAL N°297.910 - SE (2000/0144764-5), BRASÍLIA, 22 DE 
MAIO DE 2001. 
 
 
RELATOR MINISTRO RUY ROSADO DE AGUIAR 
 
EMENTA 
UNIÃO ESTÁVEL. Partilha. Patrimônio comum. 
União estável de 23 anos confere à concubina o direito à 
metade do capital acumulado durante a convivência, para 
cuja formação contribuiu cuidando da casa, criando e 
educando os filhos. O fato de a união ter sido desfeita 
antes da vigência do Lei 9278/96 não elimina o direito da 
mu[her, deferido com base em norma jurisprudencial 
pacificada nesta Corte. Recurso não conhecido. 
 
 
 
 
b. Bens adquiridos onerosamente por ambos o companheiros na 
constância da união estável 
 
 
TJRS, APELAÇÃO CÍVEL Nº 70 017 255 944, PORTO ALEGRE, 28 DE 
FEVEREIRO DE 2007. 
 
UNIÃO ESTÁVEL. DISSOLUÇÃO. PARTILHA DE BENS. 
ALIMENTOS. FILHA MENOR. ADEQUAÇÃO DO QUANTUM. 1. 
Comprovada a união estável, devem ser partilhados de forma 
igualitária os bens adquiridos na constância da vida em comum, 
pouco importando qual tenha sido a colaboração prestada 
individualmente pelos conviventes. Inteligência do art. 1.725 do 
CCB. 2. O imóvel adquirido durante a convivência marital é 
partilhável, mas deve ser excluído da partilha o valor gasto pelo 
varão, no imóvel comum, em sub-rogação de bens que lhe foram 
doados por seu genitor. 3. Descabe partilhar bens móveis e 
eletrodomésticos quando não fica comprovada a época de sua 
aquisição, isto é, se antes ou durante a união estável. 4. Os 
alimentos devem ser fixados de forma a atender as necessidades 
da filha, proporcionando-lhe padrão de vida compatível com o do 
genitor, mas sem sobrecarregá-lo em demasia, sendo que o dever 
de sustentar a prole comum é tanto do pai quanto da mãe, cada 
qual na medida da própria disponibilidade. Recursos desprovidos. 
 
 
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c. Verbas rescisórias e trabalhistas (fgts, etc) 
 
Deferindo a comunicação e a partilha 
STJ, RECURSO ESPECIAL Nº 758.548 - MG (2005/0097055-2), BRASÍLIA (DF), 3 
DE OUTUBRO DE 2006(DATA DO JULGAMENTO). 
 
RELATORA : MINISTRA NANCY ANDRIGHI 
Direito civil. Família. Ação de reconhecimento e dissolução de 
união estável. Partilha de bens. Valores sacados do FGTS.- A 
presunção de condomínio sobre o patrimônio adquirido por um ou 
por ambos os companheiros a título oneroso durante a união 
estável, disposta no art. 5º da Lei n.º 9.278/96 cessa em duas 
hipóteses: (i) se houver estipulação contrária em contrato escrito 
(caput, parte final); (ii) se a aquisição ocorrer como produto de 
bens adquiridos anteriormente ao início da união estável (§1º). 
- A conta vinculada mantida para depósitos mensais do FGTS pelo 
empregador, constitui um crédito de evolução contínua, que se 
prolonga no tempo, isto é, ao longo da vida laboral do empregado o 
fato gerador da referida verba se protrai, não se evidenciando a 
sua disponibilidade a qualquer momento, mas tão-somente nas 
hipóteses em que a lei permitir. - As verbas de natureza trabalhista 
nascidas e pleiteadas na constância daunião estável comunicam-
se entre os companheiros. - Considerando-se que o direito ao 
depósito mensal do FGTS, na hipótese sob julgamento, teve seu 
nascedouro em momento anterior à constância da união estável, e 
que foi sacado durante a convivência por decorrência legal 
(aposentadoria) e não por mero pleito do recorrido, é de se concluir 
que apenas o período compreendido entre os anos de 1993 a 1996 
é que deve ser contado para fins de partilha. Recurso especial 
conhecido e provido em parte. 
 
 
TJRS, APELAÇÃO CÍVEL Nº 70 017 175 175, SÉTIMA CÂMARA CÍVEL, PORTO 
ALEGRE, 28 DE FEVEREIRO DE 2007. 
 
UNIÃO ESTÁVEL. PERÍODO DE VIGÊNCIA. PARTILHA. AQUISIÇÃO 
DE BENS. 1. Sendo incontroverso o período de vigência da união 
estável, descabe desconstituir a sentença, cabendo, no entanto, corrigir o 
equívoco constante na sentença. 2. Se os valores do FGTS foram 
sacados pelo varão e depositados em conta bancária, passou a integrar 
o patrimônio do casal, sendo irrelevante o destino dado, isto é, se foi 
consumido pelo casal ou se serviu para aquisição de bens, não se 
operando a sub-rogação. 3. Se o automóvel que está em nome da virago 
foi adquirido durante a convivência do casal, cabível a sua inclusão na 
partilha. 4. Descabe o pleito de restituição do valor alcançado à virago 
em razão da partilha anterior, pois o valor recebido pelo varão foi 
repartido entre os litigantes, não havendo desequilíbrio algum. 5. 
Considerando que ambas as partes decaíram de parte dos seus pleitos, 
é cabível a divisão igualitária dos ônus sucumbenciais, devendo ser 
estabelecida a compensação. Inteligência do art. 21 do CPC e da Súmula 
nº 306 do STJ. Recurso conhecido em parte e provido em parte. 
 
 
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TJRS, APELAÇÃO CÍVEL Nº 70018291005, OITAVA CÂMARA CÍVEL, PORTO 
ALEGRE, 26 DE ABRIL DE 2007. 
 
APELAÇÃO. AÇÃO DE RECONHECIMENTO E 
DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL. PARTILHA DE BENS. 
IMÓVEL ADQUIRIDO COM VALORES DO FGTS. 
 
Na união estável, em relação aos direitos patrimoniais, no que 
couber, aplica-se o regime da comunhão parcial de bens (art. 
1725, CC), comunicando-se os bens adquiridos na constância 
do casamento (art. 1658), salvo exceções expressas. Assim, o 
apartamento adquirido durante o relacionamento deve ser 
partilhado, pois a companheira não comprovou a sub-rogação, 
doação ou sucessão. 
 
Embora o FGTS constitua provento pessoal do trabalho, uma 
vez movimentada tal verba, com qualquer investimento 
decorrente, seja poupança, compra de imóveis, veículos ou 
outro investimento financeiro, deixa de haver a 
incomunicabilidade, pois a verba transformou-se em 
investimento, patrimônio do casal e, portanto, partilhável em 
caso de separação. 
 
A separação de fato extingue o regime de bens, não se 
comunicando os bens havidos após o término da vida em 
comum. 
 
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 
 
 
Indeferindo a comunicação e a partilha 
 
TJRS, APELAÇÃO CÍVEL Nº 70018365759, OITAVA CÂMARA CÍVEL, PORTO 
ALEGRE, 29 DE MARÇO DE 2007. 
 
APELAÇÃO CÍVEL. UNIÃO ESTÁVEL. PARTILHA DE BENS. 
fgts E VERBAS TRABALHISTAS oriundas de demandas 
judiciais recebidas pelo ex-companheiro. 
INCOMUNICABILIDADE. arts. 269, IV e 263, XIII, do antigo 
Código Civil, combinados com o art. 2.039 do novo Código 
Civil. 
As verbas trabalhistas recebidas em decorrência de demanda 
judicial e o FGTS, ainda que tenham sido auferidos durante a 
união estável, cujo regime de bens a ser considerado é o da 
comunhão parcial de bens, são incomunicáveis e, portanto, não 
podem ser objeto de partilha, porquanto são “frutos civis” do 
trabalho do ex-companheiro, ainda que utilizados para a 
compra da residência da entidade familiar. Precedentes. 
 
RECURSO DESPROVIDO. 
 
 
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TJRS, APELAÇÃO CÍVEL Nº 70019377407, PORTO ALEGRE, 24 DE MAIO DE 
2007. 
 
 
 
FAMÍLIA. DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL. PARTILHA DE 
BENS. OCORRÊNCIA DE UNIÃO ESTÁVEL COMO FATO 
INCONTROVERSO. INSURGÊNCIA RELATIVA À DIVISÃO 
DO ACERVO PATRIMONIAL. VALORES UTILIZADOS COMO 
ENTRADA PARA IMÓVEL E DEPOSITADOS EM CONTA 
BANCÁRIA DECORRENTES DE INDENIZAÇÕES 
TRABALHISTAS DO VARÃO, MILITAR EM ATIVIDADES 
EXTERNAS. INCOMUNICABILIDADE. NÃO INTEGRAÇÃO AO 
PATRIMÔNIO COMUM (CC/02, ART. 1.659, VI, E CC/16, 
ARTS. 263, XIII, E 271, VI). PRECEDENTES 
JURISPRUDENCIAIS. DIVISÃO DAS PARCELAS DO 
FINANCIAMENTO DO IMÓVEL PAGAS DURANTE O 
VÍNCULO E DOS BENS MÓVEIS ADQUIRIDOS DURANTE O 
LAPSO. SENTENÇA MANTIDA. APELAÇÃO DESPROVIDA, 
POR MAIORIA. 
 
 
 
 
d. Venda de imóvel exclusivo de um cônjuge ao outro comunica 
 
TJRS, APELAÇÃO CÍVEL Nº 70017308982, SÉTIMA CÂMARA CÍVEL, PORTO 
ALEGRE, 06 DE DEZEMBRO DE 2006. 
 
APELAÇÃO CÍVEL. UNIÃO ESTÁVEL. PARTILHA DE BENS. 
VENDA SIMULADA DE IMÓVEL DA MULHER PARA O 
COMPANHEIRO NA VIGÊNCIA DA RELAÇÃO. 
COMUNICAÇÃO DE BENS. 
1. As relações patrimoniais nas uniões estáveis, salvo contrato 
escrito, são regidas pelas regras do regime da comunhão 
parcial de bens. Não pode a parte se beneficiar da própria 
torpeza se foi simulada venda de imóvel de sua propriedade 
exclusiva ao companheiro, na vigência da união estável, a fim 
obter empréstimo. 2. A transferência da titularidade do bem ao 
varão leva o imóvel para o patrimônio do casal. 3. A sub-
rogação, para excepcionar a regra geral da comunicação 
patrimonial, deve estar contundentemente demonstrada. 4. A 
separação fática rompe o regime de bens e faz cessar as 
responsabilidades comuns. A mulher ficou na posse exclusiva 
do imóvel residencial e é dela o encargo de pagamento de 
condomínio. 
CONHECERAM EM PARTE E NEGARAM PROVIMENTO, À 
UNANIMIDADE. 
 
 
 
 
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e. Benfeitoria construída em bem alheio (do pai de um dos companheiros) 
 
TJRS, APELAÇÃO CÍVEL Nº 70008128589, SÉTIMA CÂMARA CÍVEL, PORTO 
ALEGRE, 07 DE ABRIL DE 2004. 
 
 
APELAÇÃO CÍVEL. UNIÃO ESTÁVEL. PARTILHA DE 
BENS. Resulta do reconhecimento da existência de união 
estável a partição igualitária de bens pertencentes a 
ambos, assim sendo considerados aqueles havidos na 
constância da convivência, a título oneroso, salvo se 
adquiridos com o produto de bens existentes 
anteriormente ao início da união ou estipulação contrária 
em contrato escrito. DIREITO APLICÁVEL. No que tange 
ao direito aplicável, consoante a jurisprudência já 
consolidada deste colegiado, desde a Constituição 
Federal de 1988, independentemente da legislação 
ordinária posterior, já se encontrava superada a Súmula 
380, do STF, presumindo-se, a partir daí, face à natureza 
de entidade familiar da união estável, a comunhão dos 
bens adquiridos em sua constância. IMÓVEL 
CONSTRUIDO SOBRE TERRENO ALHEIO. Não há 
dúvida de que a casa foi erigida sobre terreno pertencente 
ao pai do apelante. Logo, por força do art. 547, do Código 
Civil de 1916 (correspondente ao art. 1.255 do Código 
Civil de 2002), a edificação incorpora-se ao terreno, 
passando a pertencer ao proprietário deste. Cabe, 
portanto, reconhecer à apelada não um direito real sobre 
o imóvel (como o fez a sentença), mas, sim, a meação 
sobre os direitos e ações correspondentesa um eventual 
crédito que (em outra demanda) venha a ser reconhecido 
contra o dono do terreno (que não é parte neste feito). 
 
DERAM PARCIAL PROVIMENTO, POR MAIORIA. 
 
 
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3. Bens exclusivos e seus sub-rogados (bens 
adquiridos com o dinheiro da venda dos bens 
exclusivos) 
 
a. Bens anteriores não se partilham 
 
STJ, RECURSO ESPECIAL Nº 801.194 - AM (2005/0199068-9), BRASÍLIA, 16 DE 
MARÇO DE 2006 (DATA DO JULGAMENTO). 
 
 
RELATOR : MINISTRO ARI PARGENDLER 
 
EMENTA 
 
CIVIL. DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL. PARTILHA 
DOS BENS DO CASAL. A dissolução da união estável 
implica a partilha dos bens que o casal adquiriu no período, 
salvo aqueles que o homem ou a mulher tenham 
incorporado ao respectivo patrimônio com recursos que já 
tinham antes do início do relacionamento. Recurso especial 
não conhecido. 
 
 
 
b. Partilha de imóvel pago parcialmente antes da união estável 
 
TJRS, APELAÇÃO CÍVEL Nº 70011969888, OITAVA CÂMARA CÍVEL, PORTO 
ALEGRE, 27 DE OUTUBRO DE 2005. 
 
 
APELAÇÃO CÍVEL. UNIÃO ESTÁVEL. DISSOLUÇÃO DE 
SOCIEDADE DE FATO. PARTILHA. 
Não obstante a prova de que o contrato para aquisição do 
imóvel em litígio foi firmado antes do início da relação 
more uxorio, houve pagamento de parte do financiamento 
imobiliário durante a união estável. Assim, o insurgente 
tem direito à metade dos valores despendidos para 
pagamento das parcelas compreendidas entre janeiro de 
1990 e maio de 2000, direito que lhe é assegurado 
independentemente de prova de contribuição financeira, 
conforme prevê o art. 1.725 do atual CCB, e já constava 
no art. 5º da Lei 9.278/96, vigente ao tempo da relação. 
 
DERAM PROVIMENTO EM PARTE À APELAÇÃO. 
UNÂNIME. 
 
 
 
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c. Sub-rogação de bem adquirido com numerário proveniente da venda 
de bem anterior a união 
 
 
TJRS, APELAÇÃO CÍVEL Nº 70017880741, PORTO ALEGRE, 09 DE MAIO DE 
2007. 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE 
DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL. PARTILHA DE BENS E 
ALIMENTOS. BENS IMÓVEIS ADQUIRIDOS EM SU-
ROGAÇÃO. ESTANDO DEMONSTRADO NOS AUTOS QUE 
OS BENS QUE A APELANTE PRETENDE PARTILHAR 
FORAM ADQUIRIDOS PELO VARÃO EM SUB-ROGAÇÃO A 
BENS PARTICULARES, DEVEM SER MANTIDOS 
EXCLUÍDOS DA PARTILHA. ALIMENTOS. VERBA 
ALIMENTAR ESTABELECIDA PROVISORIAMENTE EM 25% 
DOS RENDIMENTOS LÍQUIDOS DO APELADO. 
MANUTENÇÃO. CABIMENTO, NO CASO CONCRETO. 
DEMONSTRADAS AS NECESSIDADES DA APELANTE, E 
CONSIDERANDO QUE, DURANTE TODOS OS ANOS DE 
CONVIVÊNCIA NA CIDADE DE CACEQUI-RS, PARA ONDE 
SE MUDOU PARA ACOMPANHAR O ALIMENTANTE, 
PERMANECEU A AUTORA DEDICANDO-SE 
EXCLUSIVAMENTE ÀS LIDES DOMÉSTICAS, RAZOÁVEL A 
MANUTENÇÃO DOS ALIMENTOS PROVISORIAMENTE 
FIXADOS ATÉ QUE POSSA A DEMANDANTE SE 
REESTRUTURAR E PODER PROVER O PRÓPRIO 
SUSTENTO. 
 
Recurso parcialmente provido. 
 
 
 
d. Bem anterior à união estável vendido e a prova indubitável da sub-
rogação 
 
TJRS, APELAÇÃO CÍVEL Nº 70017006792, SÉTIMA CÂMARA CÍVEL, PORTO 
ALEGRE, 29 DE NOVEMBRO DE 2006. 
 
APELAÇÃO CÍVEL. UNIÃO ESTÁVEL. PARTILHA. PEDIDO 
DE EXCLUSÃO DE VEÍCULO ALEGADAMENTE ADQUIRIDO 
POR SUB-ROGAÇÃO A BEM PARTICULAR. 
1. Nas uniões estáveis, salvo contrato escrito, se aplica o 
regime da comunhão parcial de bens. Todavia, a lei excepciona 
esta regra no inc. I do art. 1.659 ao dispor que se excluem da 
comunhão, entre outros, os bens que cada um possuir ao 
iniciar a relação e os que sobrevierem por sub-rogação. 2. 
Como circunstância que excepciona a regra geral, a sub-
rogação, a fim de favorecer a parte, deve estar demonstrada de 
forma induvidosa e contundente. Esta prova não há nos autos. 
NEGARAM PROVIMENTO, À UNANIMIDADE. 
 
 
 
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TJRS, APELAÇÃO CÍVEL Nº 70014383954, PORTO ALEGRE, 24 DE MAIO DE 
2006. 
UNIÃO ESTÁVEL. PARTILHA DE BENS. SUB-
ROGAÇÃO. 
Partilham-se os bens adquiridos na constância do 
relacionamento, salvo se comprovada hipótese 
excludente de comunicabilidade. A configuração da sub-
rogação legal exige prova cabal de sua ocorrência, 
competindo o ônus da prova àquele que a alega, pois se 
presume a comunicabilidade do patrimônio adquirido 
onerosamente na constância da relação. Inteligência dos 
artigos 1.725, 1.659 e 1.661 do Código Civil. 
 
PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. 
Os valores depositados em plano de previdência, face ao 
seu caráter personalíssimo, não se comunicam com o 
consorte. Contudo, os rendimentos decorrentes de tais 
numerários são passíveis de partilha, por força do art. 
1.660, V, do Código Civil. Inteligência do art. 1.659, VI e 
VII, c/c art. 1.725 do Código Civil. 
 
VALORES DEPOSITADOS EM CONTA CORRENTE E 
EM FUNDO DE INVESTIMENTO. 
Integram a partilha os valores depositados em conta 
corrente, ainda que em nome de só um dos consortes, 
bem como os rendimentos oriundos do saldo de FGTS 
aplicado em fundo de investimento. Inteligência do art. 
1.660, V, do Código Civil. 
 
Desprovido o agravo retido. Provido em parte o apelo da 
virago e provido em parte o recurso adesivo do varão. 
 
 
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4. Contratos de convivência regulando as disposições 
patrimoniais 
 
a. Contrato por escritura pública (instrumento público por tabelião) 
 
TJRS, EMBARGOS INFRINGENTES Nº 70013055413, QUARTO GRUPO CÍVEL, 
PORTO ALEGRE, 09 DE DEZEMBRO DE 2005. 
 
EMBARGOS INFRINGENTES. UNIÃO ESTÁVEL. NÃO-
COMUNICAÇÃO DE BENS. ESCRITURA PÚBLICA 
LAVRADA PELA AUTORA NA QUAL CONSIGNA NÃO TER 
DIREITOS SOBRE O PATRIMÔNIO ADQUIRIDO NO CURSO 
DA CONVIVÊNCIA. 
1. Estabelece o art. 1.725 do CCB que, como regra, aplica-se 
às uniões estáveis o regime da comunhão parcial de bens e a 
mesma norma excepciona a possibilidade de disposição por 
escrito em sentido diverso. 2. No caso dos autos, a autora, 
fazendo uso de escritura pública e durante a vigência da união 
estável, declarou, unilateralmente, que vivia maritalmente com 
o varão e consignou que não tinha nenhum direito sobre os 
móveis e imóveis adquiridos até aquela data. 3. Assim, ante a 
existência de manifestação volitiva que declara destino diverso 
aos bens eventualmente amealhados por um ou outro, ou por 
ambos os companheiros, na vigência da relação familiar, não 
há falar em comunicação patrimonial e, conseqüentemente, 
inexistirá partilha de bens. 4. O fato de o texto legal adotar a 
expressão contrato não suprime a validade e eficácia jurídica 
da declaração unilateral prestada pela mulher com evidente 
repercussão na esfera de direito pessoais do varão. Ademais, a 
lei não exige maiores formalidades para a produção do 
documento que venha a abrigar a manifestação volitiva, cuja 
estipulação, instrumentalizada em conjunto ou separadamente, 
pode ou não se revestir de forma solene. Apenas se exige que 
seja feita sob a forma escrita. 
PROVERAM, À UNANIMIDADE. 
 
 
TJRS, APELAÇÃO CÍVEL Nº 70 010 210 326, SÉTIMA CÂMARA CÍVEL, PORTO 
ALEGRE, 15 DE DEZEMBRO DE 2004. 
 
UNIÃO ESTÁVEL. ANULAÇÃO DE AJUSTE CONSTANTE EM 
ESCRITURA PÚBLICA. ERRO SUBSTANCIAL. PARTILHA DE 
BENS. PROVA. Prevalece o conteúdo do acordado na escritura 
pública quando a autora não se desincumbe do ônus de provar 
o fato constitutivo do seu direito, não demonstrado ter sido 
induzida a erro, nem que existiam bens a serem partilhados, 
sendo que a confissão ficta tem valor relativo, cumprindo ter em 
mira o princípio da livre apreciação da prova pelo juiz. Recurso 
desprovido. 
 
 
 
 
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www.cordioliadvogados.comb. Escritura pública e sua relativização quanto à data estipulada para o 
início do relacionamento (parece não ter havido disposição patrimonial, 
apenas declarou-se falsamente a data que foi derrubada por 
testemunhas) 
 
 
TJRS, APELAÇÃO CÍVEL Nº 70 018 913 970, PORTO ALEGRE, 25 DE ABRIL DE 
2007. 
 
 
UNIÃO ESTÁVEL. RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO. 
PARTILHA. BENS. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. 
REVOGAÇÃO. 1. A escritura pública firmada pelos litigantes 
indicando o termo inicial da relação marital tem valor apenas 
relativo, cumprindo reconhecer a convivência marital pelo período 
que ficou bem comprovado pela prova documental e testemunhal 
produzida durante a fase cognitiva. 2. Comprovada a união 
estável, os bens adquiridos a título oneroso e na constância da 
vida em comum devem ser partilhados de forma igualitária, pouco 
importando qual tenha sido a colaboração prestada 
individualmente pelos conviventes. Inteligência do art. 1.725 do 
CCB. 3. O imóvel adquirido pela companheira e quitado antes do 
início da relação marital não é partilhável. 4. Os bens imóveis 
adquiridos de forma parcelada, devem ser partilhados apenas na 
proporção das prestações pagas ao tempo da união estável. 5. 
Não são partilháveis as empresas constituídas por qualquer dos 
conviventes antes do início da união estável, quando não 
comprovado acréscimo de capital social. 6. A concessão da 
assistência judiciária gratuita tem por pressuposto a efetiva 
condição de necessitado de quem o postula, a fim de que possa 
litigar em juízo na defesa dos seus direitos, sem prejuízo do 
próprio sustento, sendo correta a revogação do benefício quando 
não demonstrada a situação de hipossuficiência. Recurso 
desprovido. 
 
c. Contratos por escrito particular (instrumento particular por advogado) 
 
STJ, RECURSO ESPECIAL Nº 726.822 - SP (2005/0028356-1), Brasília (DF), 6 de 
outubro de 2005 (data do julgamento). 
 
 
 
RELATOR : MINISTRO CARLOS ALBERTO MENEZES 
DIREITO 
 
EMENTA 
União estável. Partilha de bens. Art. 5° da Lei nº. 9.728/96. 
Alimentos: ausência de violação dos artigos 128, 460, 512 e 
515 do Código de Processo Civil. Precedentes da Corte. 1. O 
art. 5° da lei n° 9.728/96 determina que os bens adquiridos na 
constância da união estável por um ou por ambos os 
 
 
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conviventes são considerados fruto do trabalho e da colaboração 
comum, pertencendo a ambos em condomínio, salvo estipulação 
contrária por escrito, com o que devem ser partilhados. 2. 
Postulando o réu, na apelação, reforma integral da sentença, 
não há falar em violação dos artigos 128, 460, 512 e 515 do 
Código de Processo Civil no julgado que afasta os alimentos. 3. 
Recurso especial conhecido e provido, em parte. 
 
 
d. Contrato no Curso da União Estável e posterior casamento 
 
TJRS, APELAÇÃO CÍVEL Nº 70017144338, SÉTIMA CÂMARA CÍVEL, PORTO 
ALEGRE, 25 DE ABRIL DE 2007. 
 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE SEPARAÇÃO JUDICIAL. RECONVENÇÃO. 
PARTILHA DE BENS ADQUIRIDOS NA CONSTÂNCIA DA UNIÃO. 
CONTRATO PARTICULAR DE CONVIVÊNCIA ESTABELECENDO 
SEPARAÇÃO TOTAL DE BENS. VALIDADE. O art. 1725, do CCB, exige 
apenas que o contrato seja escrito, nenhuma outra formalidade é exigida para 
sua validade. Sendo o Instrumento Particular manifestação de vontade das 
partes válido e eficaz e, não tendo havido comprovação de que o casal 
adquiriu bens outros na constância da união, é de ser confirmada a sentença 
que declarou não haver bens a partilhar. 
RECURSO DESPROVIDO.1 
 
1 DES. RICARDO RAUPP RUSCHEL (RELATOR): 
“...Segundo dispõe o art. 1.725 do Código Civil, "na união estável, salvo contrato escrito entre os 
companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de 
bens" (sem grifo). 
Conforme se observa, as partes mantiveram união estável, durante o período compreendido entre 
2000 e 2001, havendo, inclusive, contrato de convivência, firmado em 27/03/2001, nos seguintes 
termos {fls. 134/136): 
"CLÁUSULA PRIMEIRA: o casal está vivendo em união estável aproximadamente há 4 meses, e 
resolveram entre si contrair as seguintes cláusulas deste acordo extrajudicial, que passa a vigorar a 
partir da assinatura deste contrato; 
"CLÁUSULA SEGUNDA: A contratante Gizelma é proprietária de uma empresa de informática, (...) 
há mais ou menos uns 8 anos, sendo adquirida antes desta união, não se comunicando, assim, 
com qualquer direito a ser pleiteado pelo contraente (Telmo); 
“(...) 
"CLÁUSULA QUINTA: a requerente é proprietária de uma casa situada na Rua Erechim n° 381, 
em Imbé, RS, de um jet ski, de um carro GM Celta, uma camionete Blazer, e um consórcio com 
vinte e seis parcelas pagas, sendo que estes dois últimos carros estão em nome da mãe da 
requerente, e os demais no nome da contratante Gizelma, sendo que todos adquiridos anteriormente 
a esta última união, não se comunicando com os bens do requerido; 
"CLÁUSULA SEXTA: dos bens do contratante Telmo - o contratante não possui nenhum bem em 
seu nome, sendo que, após este contrato, se vier a adquirir algum bem será única e 
exclusivamente de sua propriedade; 
"CLÁUSULA SÉTIMA: dos bens a serem adquiridos - os bens a serem adquiridos por ambos deverão 
estar comprovadamente discriminados através de nota fiscal e propriedade do objeto, ficando para o 
adquirente. Não se comunicarão os bens adquiridos por cada um dos contratantes. Não haverá 
bem a ser adquirido por ambos, sendo exclusivamente daquele que adquirir com sua 
remuneração"; 
"CLÁUSULA OITAVA: o patrimônio deixado pelo pai da contratante (Gizelma), ou seja, 25% do 
patrimônio do de cujus, não se comunica com o contrato ora celebrado" (sem grifo). 
 
 
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e. Acordo patrimonial no fim do relacionamento (a primeira instância deu 
a invalidade, o Tribunal reformou declarando sua validade) 
 
TJRS, APELAÇÃO CÍVEL Nº 70014788822, SÉTIMA CÂMARA CÍVEL, PORTO 
ALEGRE, 21 DE JUNHO DE 2006. 
UNIÃO ESTÁVEL. CONTRATO DE CONVIVÊNCIA. 
Tratando-se de união estável, descabida a partilha judicial 
quando as partes, maiores e capazes, solvem as questões 
patrimoniais mediante acordo particular. 
ALIMENTOS. 
Estando a mulher em pleno exercício de atividade laborativa e, 
indemonstrada a necessidade alimentar, desnecessária a 
concessão de alimentos. Apelo da virago provido em parte e 
desprovido o apelo do varão.2 
 
Resta demonstrado, assim, que os litigantes estipularam, através do contrato de convivência, o 
regime da separação total de bens a vigorar durante o período da união estável, pacto que 
perdurou até 23/11/2001, data da celebração do casamento, momento em que convencionaram o 
regime da comunhão parcial de bens (fí. 28). 
Como bem ensina Arnaldo Rizzardo, "por meio do regime da separação de bens, os cônjuges 
conservam exclusivamente para si os bens que possuíam quando do casamento e aqueles que 
adquirem ou vão adquirir na constância do mesmo. Há a completa separação do patrimônio dos 
cônjuges, nada tornando-se comum, inclusive aquilo que advém do esforço conjunto'* (sem grifo)....” 
 
2 “...DESA. MARIA BERENICE DIAS (PRESIDENTA E RELATORA) 
Os litigantes viveram em união estável durante o período compreendido entre 7-5-2000 e 23-9-2004, 
fato este reconhecido em sentença, e, desde o início, incontroverso entre eles. 
Em 30-12-2004, as partes firmaram acordo extrajudicial de partilha de bens, no qual declararam a 
existência de uma relação nos moldes de uma entidade familiar, durante o lapso temporal acima 
referido, e, também, estipularam acerca dosbens comuns, estabelecendo obrigações entre si (fls. 
364-9). 
A sentença de primeiro grau entendeu por desconsiderar o ajuste contratual, tecendo as seguintes 
considerações: 
No tocante ao pedido da autora de ver validado o pacto de partilha extrajudicial (fls. 214 e seguintes), 
tem-se que restou evidenciado nos autos que foram as próprias que inviabilizaram a ultimação da 
partilha extrajudicial, de maneira que ela não pode ser validade extrajudicialmente. Pelo que se 
depreende das provas carreadas, a autora teria impedido o acesso do demandado ao local onde era 
exercida a atividade empresarial de uma das pessoas jurídicas do ex-casal, a qual tocaria ao varão, 
com exclusividade, nos termos da partilha ajustada. Este,por seu turno, teria suspendido o 
pagamento das parcelas a título de compensação de meação. 
Não se sabe, ao certo, o que ocorreu primeiro, se a suspensão dos pagamentos ou o impedimento de 
acesso ao local de trabalho, mas isto é irrelevante, uma vez que a conseqüência óbvia é que a 
situação fática que gerou o acordo de divisão de bens foi modificada, não havendo como ser mantida 
a forma de partilha do patrimônio que havia sido ajustada, devendo ser determinada a divisão 
eqüitativa dos bens amealhados (fl. 488). 
Em que pese o entendimento preconizado pelo juízo de primeira instância, não se visualiza, em 
concreto, qualquer óbice a inviabilizar a partição dos bens na forma estabelecida no pacto celebrado 
entre os conviventes, pessoas maiores e capazes, em pleno exercício de seus direitos e obrigações. 
Cabe registrar que o varão, em nenhum momento, alegou qualquer mácula ou vício de consentimento 
no negócio jurídico entabulado, apenas manifestando inconformidade quanto aos respectivos termos. 
A união estável constitui uma relação fática que, para sua formação e dissolução independe da 
chancela estatal e de qualquer formalidade, diversamente do que ocorre com o casamento. No que 
diz respeito às questões patrimoniais, persiste o mesmo tratamento diferenciado. No casamento, a 
divisão dos bens necessita de homologação judicial. Na união estável, os companheiros podem, de 
forma consensual, solver as questões patrimoniais, sendo despicienda a interferência da Justiça, 
 
 
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f. Bens particulares NÃO podem ser objeto de disposição particular 
 
TJRS, APELAÇÃO CÍVEL Nº 70 014 934 384, SÉTIMA CÂMARA CÍVEL, PORTO 
ALEGRE, 27 DE SETEMBRO DE 2006. 
 
 
 
 
UNIÃO ESTÁVEL. REGIME LEGAL DE BENS. CONTRATO 
ESCRITO. LIMITAÇÃO. IRRELEVÃNCIA NO CASO, ONDE O 
RECORRENTE É HERDEIRO DA FALECIDA COMPANHEIRA. 
INCIDÊNCIA DA LEI VIGENTE AO TEMPO DA ABERTURA DA 
SUCESSÃO. 1. NO CONTRATO ESCRITO OS 
COMPANHEIROS PODEM DISPOR ACERCA DO REGIME DE 
BENS APLICÁVEL AO PATRIMÔNIO QUE VIER A SER 
ADQUIRIDO NA CONSTÂNCIA DA UNIÃO; NÃO PODENDO, 
NO ENTANTO, DISPOR ACERCA DA COMUNICAÇÃO DE 
BENS PARTICULARES, MORMENTE SE FOREM IMÓVEIS, 
POIS CONFIGURARIA DOAÇÃO. 2. A DISCUSSÃO TORNA-SE 
INÓCUA, PORÉM, SE O POSTULANTE É O HERDEIRO DA 
FALECIDA COMPANHEIRA, QUE NÃO DEIXOU 
DESCENDENTES NEM ASCENDENTES, HAVENDO 
INCIDÊNCIA DA LEI VIGENTE AO TEMPO DA ABERTURA DA 
SUCESSÃO. RECURSO DESPROVIDO. 3 
 
conforme já referido doutrinariamente por esta Relatoria (in Manual de Direito das Famílias. Porto 
Alegre: Livraria do Advogado, 2005, p. 187). 
Dessa forma, constituindo o acordo de partilha um instrumento jurídico hábil e eficaz, mostra-se 
descabida a partilha judicial levada a efeito pela julgadora monocrática. Ressalte-se que, embora o 
instrumento tenha sido nominado de “PARTILHA EXTRAJUDICIAL”, em verdade, trata-se de 
verdadeiro contrato de convivência, o qual pode ser realizado quando do fim do relacionamento e 
com cláusulas atinentes à partilha de bens....” 
 
3 DES. SÉRGIO FERNANDO DE VASCONCELLOS CHAVES (RELATOR) 
“...Em segundo lugar, lembro que, através de contrato escrito, os companheiros podem dispor acerca 
do regime de bens aplicável ao patrimônio que vier a ser adquirido na constância da união estável. 
Todavia, não podem dispor com a mesma liberdade acerca da comunicação de bens particulares, 
mormente se forem imóveis, pois nesse caso configuraria doação e não se pode prescindir da forma 
legal. 
Nesse sentido, também tem razão a ilustre agente ministerial quando observa que “através do 
contrato escrito, os conviventes podem dispor acerca dos bens adquiridos apenas no curso da união 
estável. Quanto aos demais bens, necessário lançar mão do instituto da doação”, sendo pertinente a 
lição doutrinária invocada no referido parecer. 
Refere o parecer do Ministério Público que “essa posição é defendida por GUILHERME 
CALMON NOGUEIRA DA GAMA (in ‘O Companheirismo: uma espécie de família’, São 
Paulo, Revista dos Tribunais, 1998, p. 342)”, lembrando que RODRIGO DA CUNHA 
PEREIRA, em sua obra COMENTÁRIOS AO NOVO CÓDIGO CIVIL (Rio de Janeiro, 
Editora Forense, 2.003, p. 179 ) afirma que “os bens particulares devem ser transacionados 
através do uso do instrumento próprio, que é o instituto da doação. A disponibilidade entre os 
companheiros, em matéria de regime de bens, somente abrange os bens adquiridos 
onerosamente durante a união, estando afastados os bens adquiridos no curso do 
companheirismo, a título gratuito ou por fato eventual”. ...” 
 
 
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g. Alimentos podem ser regulados em instrumento particular (pode haver 
divergência, apesar de não termos localizado) 
 
TJRS, AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 70014333660, OITAVA CÂMARA CÍVEL, 
PORTO ALEGRE, 27 DE ABRIL DE 2006. 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. UNIÃO ESTÁVEL. FIXAÇÃO 
DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS. 
 
Tratando-se de pessoa jovem, capaz e que trabalha como 
estagiária, descabe a fixação de alimentos provisórios pela 
alegada união estável. No caso dos autos, vigora entre as 
partes o contrato de convivência, o qual determina que, 
somente haveria necessidade de prestar alimentos ao outro 
convivente após desfazimento do vínculo afetivo, se a outra 
parte não exercesse nenhuma atividade laboral. 
 
RECURSO IMPROVIDO.

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