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Conceitos de Ciência Política, Teoria Geral do Estado e Estado

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1-CONCEITUE CIÊNCIA POLÍTICA.
Ciência política é o estudo da política, dos sistemas políticos, das organizações e dos processos políticos. Envolve o estudo da estrutura e dos processos de governo. É uma ciência social que se dedica ao estudo da atividade política como um fenómeno universal e necessário. É a ciência racional, objetivo e metódico de uma realidade política, também se encarrega de desenvolver a teoria do estado, a principal forma de organização social.
Convém referir que a política sempre existiu, pelo que as reflexões sobre os seus âmbitos datam da antiguidade. No entanto, há quem situe o nascimento da ciência política no século XVI, com o trabalho de Nicolás Maquiavel, em seu livro “o príncipe”. 
2- CONCEITUE TEORIA GERAL DO ESTADO. 
É a ciência que estuda os fenômenos do Estado, desde sua origem, formação, estrutura, organização, funcionamento e suas finalidades, considerando tudo que existe no Estado. Essa teoria sistematiza conhecimentos jurídicos, filosóficos, políticos, históricos, geográficos, antropológicos, econômicos e psicológicos, etc. Com base nesses conhecimentos, busca o aperfeiçoamento do Estado, procurando atingir seus fins com eficácia e com justiça. Como diria Nicolau Maquiavel em seu livro “O Príncipe”, “os fins justificam os meios”. 
Segundo Miguel Reale, a Teoria Geral do Estado, recebe influência de várias ciências, depois faz uma síntese dos elementos essenciais e constantes. Ele diz ainda que cuida dos problemas múltiplos, sociológicos, econômicos, históricos, etc. Portanto o Estado deve ser compreendido em sua evolução histórica, nos aspectos sociais, jurídicos e políticos, com finalidade de uma convivência harmoniosa.
3- DEFINE ESTADO.
A origem da palavra Estado, vem dos gregos, onde os mesmos não ultrapassavam os limites da cidade, usavam o termo polis, cidade, e daí veio política, que significa (arte ou ciência de governar a cidade).
Estado é a entidade político-social juridicamente organizada para executar os objetivos da soberania nacional. O primeiro autor que introduziu o termo Estado, no sentido próximo do atual, foi Maquiavel, em sua obra “O Príncipe”, lançando os fundamentos da política, como a arte de atingir, exercer e conservar o poder. Portanto para se formar um Estado existe três elementos básicos: Território, povo e governo.
O Estado é uma sociedade natural, no sentido de que decorre naturalmente do fato de os homens viverem necessariamente em sociedade e aspirarem realizar o bem geral que lhes é próprio, isto é, o bem comum. Por isso e para isso a sociedade se organiza em Estado. O homem é envolvido na teia do Estado antes de seu nascimento, com a proteção dos direitos do nascituro, e até depois de sua morte o Estado disciplina o cumprimento de suas últimas vontades. Segundo Thomas Hobbes “o Estado deve distribuir direitos e obrigações, garantindo seu respeito mediante a ameaça e de punições”. Para Hobbes, o poder é necessário e absoluto do Estado, porque só assim é possível organizar a sociedade. O Estado é comparado a um poderoso “monstro” que garante o direito por meio da ameaça e da coação. 
O Estado pode coercitivamente impor sua vontade a todos que habitam seu território, pois, seus objetivos são os de ordem e defesa social para realizar o bem público. Pra tanto o Estado tem autoridade e dispõe de poder, cuja manifestação concreta é a força por meio da qual se faz obedecer. Estado é a organização político-jurídica de uma sociedade, com governo próprio e território determinado. Segundo Platão, “Cabe ao Estado dar a cada um aquilo que merece”. Assim sendo, o Estado deve se estruturar conforme os tipos da natureza humana: há pessoas movidas pelo desejo, coragem ou razão. O desejo caracteriza o “povo”, este trabalha e situa-se no escalão inferior. Depois as pessoas ditadas de coragem, ou seja, os militares, localizados no escalão intermediário. No ápice da hierarquia encontram-se os filósofos, que possuem o dom da razão e devem governar e sociedade. Distribuindo por direito a cada um aquilo que corresponde à sua natureza e função na sociedade. Segundo Aristóteles, o pensamento adotado por Platão, pode ser chamado de justiça distributiva, ou seja, é uma desigualdade social. Pois o princípio de igualdade é a justiça comutativa, logo, todos devem cumprir suas promessas.
Existem duas teorias sobre a formação originária do Estado: a formação natural, que afirma que o Estado se formou naturalmente e não por ato voluntário; a formação contratual, afirmando que um acordo de vontades de alguns homens ou de todos que levou à criação do Estado. Existem as seguintes as teorias de surgimento do estado: 
 a) Origem familial ou patriarcal; cada família primitiva se ampliou e deu origem a um Estado.
b) Origem em atos de força, de violência ou conquista; a superioridade de força de um grupo social permitiu-lhe submeter um grupo mais fraco, nascendo o Estado dessa conjunção de dominantes e dominados. c) Origem em causas econômicas ou patrimoniais; o acúmulo de riquezas individuais deteriorou a convivência harmônica, surgindo assim a necessidade do reconhecimento de novas formas de aquisição da propriedade.
d) Origem no desenvolvimento interno da sociedade; é o próprio desenvolvimento espontâneo da sociedade que deu origem ao Estado.
4- QUAIS SÃO OS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO ESTADO? EXPLIQUE CADA UM.
Para se formar um estado existe três elementos básicos: território, povo e governo.
Território: é a base física sobre a qual se fixa o povo e se exerce o poder coercitivo estatal sobre os indivíduos humanos. Cuida-se da esfera territorial de validade da ordem jurídica nacional. Sendo materialmente composto pela terra firme, incluindo o subsolo e as águas internas (rios, lagos e mares internos), pelo mar territorial, pela plataforma continental e pelo espaço aéreo. O território só possui sentido jurídico quando permeado por uma organização política, pois sem indivíduos humanos não há território, mas apenas partes da superfície terrestre.
Povo: conjunto das pessoas dotadas de capacidade jurídica para exercer os direitos políticos assegurados pela organização estatal. É o conjunto de indivíduos sujeitos às mesmas leis, são os súditos, os cidadãos de um mesmo estado, detentores de direitos e deveres. Difere-se da população, cujo conceito envolve aspectos meramente estatísticos do número total de indivíduos que se sujeitam ao poder do estado, incluindo, por exemplo, os estrangeiros, apátridas e os visitantes temporários.
No paradigma constitucional social, o povo age segundo ideias, interesses e representações de natureza política, ao passo que no paradigma estado democrático de direito, o povo se configura na pluralidade de indivíduos que constitui o elemento pessoal e coletivo da comunidade de forças culturais, sociais e políticas, formando assim um estado democrático.
Governo: é o conjunto das funções necessárias à manutenção da ordem jurídica e da administração pública. Deve ser soberano, ou seja, absoluto, indivisível e incontestável no âmbito de validade do ordenamento jurídico estatal. O povo e território são elementos concretos, enquanto o poder é elemento formal e abstrato. Para tanto, só existe poder se existir o povo, ou seja, o elemento humano.
5- QUAL A DIFERENÇA ENTRE TERRITÓRIO REAL E FICTO?
O território real ou terrestre, é a superfície ocupada pela nação e circunscrita por suas fronteiras. No qual encontramos os seguintes elementos: solo, subsolo, águas internas, águas limítrofes, águas litorâneas ou mar territorial, espaço aéreo nacional e plataforma continental.
No solo, encontramos demarcação bem definida das fronteiras, seja pela própria natureza ou artificial. Esta era estabelecida por tratos. 
O subsolo, é a superfície abaixo do solo e pertence também ao estado. 
As águas internas são os rios, lagos, mares internos dentro das fronteiras do estado. 
As águas limítrofes, é composta por rios e lagos, que sirvam de limites com outros estados. O mar territorial são as águas da faixa costeira que estão sobresoberania dos estados litorâneos. Nas águas litorâneas, o governo exercer o seu poder para proteger o seu território, fiscalizando e explorando suas economias. 
O espaço aéreo não é definido, é um costume em que se limita até onde as aeronaves civis militares poderem sobrevoar, depois disso o espaço pertence a humanidade.
A plataforma continental, é o solo e o subsolo do mar territorial. Neste espaço o país explora seus recursos naturais. 
Território ficto, é extensão do direito de um determinado estado fora dos limites de seu território. Por exemplo, tudo aquilo que, de acordo com o princípio da extraterritorialidade, é considerado um prolongamento da nação. Esse privilégio aplicasse aos chefes de estado e agentes diplomáticos que representa e defende os interesses do estado a que pertence junto ao estado estrangeiro. Estendendo-se aos navios e aviões militares, mas necessitam de autorização para navegar ou sobrevoar espaço de outro estado, submetidos às leis dos estados costeiros.
6- QUAL A DIFERENÇA ENTRE POVO E POPULAÇÃO
Povo: conjunto das pessoas dotadas de capacidade jurídica para exercer os direitos políticos assegurados pela organização estatal. Povo também não se confunde com “nação”. Embora o conceito de nação esteja ligado ao conceito de povo, contém um sentido político próprio: a nação é o povo que já adquiriu a consciência de si mesmo. O povo é o titular da soberania é aos componentes do povo que se reservam os direitos inerentes à cidadania.
População: conceito envolve aspectos meramente estatísticos do número total de indivíduos que se sujeitam ao poder do estado, incluindo, por exemplo, os estrangeiros, apátridas e os visitantes temporários. Onde todos participam positivamente ou negativamente, da forca do estado. O ideal que a maioria da população seja composta por povo, isto é, que possam participar politicamente nas decisões do estado à que pertence, afim de participar das decisões do estado.
7- FAÇA UMA DISTINÇÃO ENTRE NAÇÃO, ESTADO E GOVERNO. 
Nação: é um grupo de indivíduos que se sentem unidos pela origem, pelos interesses, por conceito moral, psicológico, espiritual e principalmente, por ideias e aspirações comuns, com espírito de coletividade, exercido todos os dias. É uma comunidade de consciência, unidas por um sentimento complexo, indefinível e poderosíssimo: o patriotismo. Portanto, para que um estado se torne grande e duradouro é preciso que esteja repousado sobre uma nação.
 Estado: é a organização político-jurídica de uma sociedade para realizar o bem público/comum, com governo próprio e território determinado. Pode ser uma sociedade natural ou contratual. Natural no sentido de que decorre naturalmente do fato de os homens viverem necessariamente em sociedade e aspirarem realizar o bem geral que lhes é próprio, isto é, o bem comum. Contratual, afirmando que um acordo de vontades de alguns homens ou de todos que levou à criação do estado. Por isso e para isso a sociedade se organiza em estado. O homem é envolvido na teia do estado antes de seu nascimento, com a proteção dos direitos do nascituro, e até depois de sua morte o estado disciplina o cumprimento de suas últimas vontades. O poder é um dos elementos constitutivos do estado, não se tratando de qualquer poder, e sim o poder político ou a soberania, ou seja, o estado é ser soberano.
Governo: é o conjunto das funções necessárias à manutenção da ordem jurídica e da administração pública. Deve ser soberano, ou seja, absoluto, indivisível e incontestável no âmbito de validade do ordenamento jurídico estatal.
Monarquia: governo de um só, é a forma de governo em que o poder está nas mãos de um indivíduo, de uma pessoa física “o monarca “. Este tem poder absoluto.
Aristocracia: governo de mais de um, porém poucos. A classe social que detém o poder político por título de nobreza ou de riqueza.
Democracia: governo do povo, onde os cidadãos escolhem seu representante através do voto. Ou seja as pessoas participam diretamente ou através dos seus representantes livremente eleitos.
8- QUAIS AS FORMAS DE ESTADO?
• Estado perfeito – é o estado que reúne os três elementos constitutivos; povo, território e governo, cada um na sua integridade, devendo o elemento governo ser soberano irrestritamente.
• estado imperfeito – é o estado que embora possuindo os três elementos constitutivos, sofre restrição em algum deles, principalmente sobre o governo. Pode ter administração própria, mas sobre tutela estrangeira. 
Estado unitário (Uruguai): dentro deste território existe um único centro de poder, ou seja, uma única pessoa jurídica que pode editar leis. Sem divisões internas que não sejam simplesmente de ordem administrativa. No entanto seria difícil atender as necessidades do estado. Por isso, foi dividido: estado unitário simples, só pode ser possível em pequenos estados, onde as ações do governo se estende por todo território, sem existências de regiões administrativas autônomas. Estado unitário simples desconcentrado, neste modelo, ocorre apenas a desconcentração administrativa territorial, não têm personalidade jurídica própria, logo, não tem autonomia, não podendo tomar decisões sem o poder central. Este aproxima a administração da população, entretanto, como toda decisão depende do poder central, torna-se lento. Estado unitário descentralizado, passam a adotar a descentralização territorial, são dotados de autonomia administrativa, possuem autoridades executivas instituídas que geram os interesses locais da comunidade, não sendo necessário se reportar ao poder central.
Estado composto: são formados pela aglutinação de vários estados, com estrutura complexa, onde a centralização do poder não é tão acentuada. Podem ser transitórias ou permanentes. Para tanto, é preciso no mínimo, autonomia política. Com formas de uniões políticas. Nas confederações, não possuem uma constituição única, os antigos estados unem-se por meio de um pacto de defesa externa, paz interna e ajuda mútua. Nas federações, considerado um estado de descentralização política. Nesta forma de estado há uma repartição de competências entre o governo federal e os governos estaduais.
As uniões políticas próprias das monarquias podem ser: união política pessoal, ocorre na monarquia, ela não corresponde a uma verdadeira união de estados, porque se baseia exclusivamente na pessoa do monarca. União política real, ela supõe a união de dois ou mais estados sob o mesmo monarca, cada estado mantendo sua organização interna, e aparecendo como um só estado na vida internacional. União política incorporada, ela resulta da fusão de dois ou mais estado independentes para formar um novo estado. 
Estado regional também chamado de geográfico designa para alguns autores os estados membros que têm certa autonomia própria em relação aos poderes que o regem (legislativo, executivo e judiciário). Esta forma de estado é unitária e pouco descentralizada, pois este não elimina por completo a superioridade política e jurídica do poder central, mesmo possuindo uma carta política própria está submetido constitucionalmente ao estado unitário.
9- QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO ESTADO UNITÁRIO?
O poder central é exercido sobre todo o território sem as limitações impostas por outra fonte do poder. Como se pode notar, é a unicidade do poder, seja na estrutura, seja no exercício do mando, o que bem caracteriza esse tipo de estado.
O tipo puro do estado simples é aquele em que somente existe um poder legislativo, um poder executivo e um poder judiciário, todos centrais, com sede na capital. Todas as autoridades executivas ou judiciárias que existem no território são delegações do poder central, tiram dele sua força; é ele que as nomeia e lhes fixa as atribuições. O poder legislativo de um estado simples é único, nenhum outro órgão existindo com atribuições de fazer leis nesta ou naquela parte do território.
Pelo fato de apresentar a centralização política, o estado unitário só tem uma fonte de poder, o que não impede a descentralizaçãoadministrativa. Geralmente o estado simples, divide-se em departamentos e comunas que gozam de relativa autonomia em relação aos serviços de seus interesses, tudo, porém como uma delegação do poder central e não como poder originário ou de auto-organização.
10- QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO FERERALISMO?
O federalismo possui território próprio, formado pelo conjunto de estados membros. Tem população própria, está sujeita à organização do estado federal e dos estados-membros, tendo direitos e deveres frente a um e a outro.
É aquele que se divide em províncias politicamente autônomas, possuindo duas fontes paralelas de direito público, uma nacional e outra provincial. O fato de se exercer harmônica e simultaneamente sobre o mesmo território e sobre as mesmas pessoas a ação pública de dois governos distintos (federal e estadual) é o que justamente caracteriza o estado federal.
Esta definição se ajusta a um conceito de direito público interno, o qual tem por objetivo o estudo das unidades estatais na sua estrutura intima. Devemos ressaltar que o estado federal se projeta como unidade não como pluralidade. Ex: brasil, estados unidos da américa do norte, etc.
11- QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICA DA CONFEDERAÇÃO?
Confederação é a união contratual de estados independentes que se ligam para fins de defesa externa e paz interna. Na união confederativa os estados confederados não sofrem qualquer restrição à sua soberania interna, nem perdem a personalidade jurídica de direito público internacional. Destes estados soberanos, unidos pelos laços da união contratual, surge a confederação como entidade supra estatal, com suas instituições e autoridades constituídas que promovem todas as medidas conducentes ao objetivo de defesa externa e paz interna dos estados confederados. No que diz respeito aos objetivos comuns, delegam a maior competência ao supra governo. Ex.: a suíça foi uma das mais antigas confederações, sendo hoje uma federação.
12-QUAIS SÃO AS FORMAS DE GOVERNO? EXPLIQUE CADA UMA DELAS.
Monarquia – é a forma de governo em que um só indivíduo, ocupando o cargo em caráter vitalício e sujeito à sucessão hereditária, governa em prol do bem geral. Mais tarde surge outra limitação ao poder do monarca, com a adoção do parlamentarismo pelos estados monárquicos, onde o monarca se torna apenas o chefe de estado, com atribuições quase de representação, não de governo, que passa a ser exercido por um gabinete de ministros. :
• vitaliciedade – o monarca pode governar enquanto viver ou enquanto tiver condições para tanto;
• hereditariedade – a escolha do monarca se dá pela simples verificação da linha de sucessão. Quando morre o monarca ou este deixa o governo por outra razão, é imediatamente substituído pelo herdeiro da coroa;
• irresponsabilidade – o monarca não tem responsabilidade política, ou seja, não deve explicações ao povo ou qualquer órgão sobre os motivos pelos quais adotou certa orientação política.
República - é a forma de governo típica da coletividade, em que o poder e o exercício da soberania são atribuídos ao povo, que elege os representantes para um mandato pré-fixado. O desenvolvimento da ideia republicana se deu através das lutas contra a monarquia absoluta e pela afirmação da soberania popular que exigia participação do povo no governo, surgindo, assim, a república, mais que uma forma de governo, um símbolo de todas as reivindicações populares. Suas principais características são:
• temporariedade – o chefe do governo recebe um mandato, como o prazo de duração predeterminado; 
• eletividade – na república o chefe do governo é eleito pelo povo, não se admitindo a sucessão hereditária ou por qualquer forma que impeça o povo de participar da escolha; 
• responsabilidade - o chefe do governo é politicamente responsável, o que significa que deve prestar contas de sua orientação política ao povo diretamente ou a um órgão de representação popular.
13- DISCORRA SOBRE O DISPOSITIVO DA C.F/88: “O BRASIL É UMA REPÚBLICA FEDERATIVA PRESIDENCIALISTA”.
É o sistema de governo no qual a administração do estado se concentra no presidente da república, que exerce a função de chefe de estado e chefe de governo. No presidencialismo, ao contrário do parlamentarismo, é demarcado por uma rígida separação de poderes, assentada na independência orgânica e na especialização funcional. No brasil, segundo artigo 1 da constituição de 1988, é uma república democrática indireta, todo o poder emana do povo, que exerce por meio de representantes eleitos. Já o artigo 14 da constituição determina que a soberania popular será exercida pelo voto direto e secreto e, também, nos termos da lei, pelo plebiscito, referendo ou pela iniciativa popular. Esses são três grandes institutos da democracia semidireta, que o brasil adotou em 1988.
Algumas características básicas do governo presidencialista: 
•A chefia do executivo é unipessoal - a responsabilidade pela fixação de diretrizes do poder executivo cabe exclusivamente ao presidente da república. 
•Temporariedade – o chefe do governo recebe um mandato com o prazo de duração pré-determinado.
• O presidente da república tem poder de veto – os projetos aprovados pelo poder legislativo, devem ser remetidos ao presidente da república para sua sanção. Se considerar o projeto inconstitucional ou inconveniente pode vetá-lo.
• Supremacia da lei constitucional rígida – a constituição é a lei maior do estado, podendo sofrer alterações mediante processo especial. 
• Independência dos três poderes do estado - os poderes executivo, legislativo e judiciário são independentes e harmônicos entre si. 
14-QUAIS OS SISTEMAS DE GOVERNO? APRESENTE AS PRINCIPAIS?
O sistema de parlamentarismo: o sistema político parlamentarista é a forma de regime representativo, dentro do qual a direção dos negócios públicos pertence ao parlamento e ao chefe de estado, por intermédio de um gabinete responsável perante a representação nacional. 
Este sistema repousa sobre três princípios básicos: o da igualdade entre o executivo e o legislativo; o da colaboração entre os dois poderes e a reciprocidade de ação de cada um desses poderes sobre outro. 
Dentre as características do parlamentarismo, verifica-se, portanto, uma separação atenuada entre os poderes, dada a íntima e constante colaboração entre o parlamento e o gabinete, o qual divide com o chefe do estado a direção dos negócios públicos. 
O sistema presidencialista: o presidencialismo é o sistema político representativo no qual a direção dos negócios públicos se concentra no presidente da república, enfeixando as funções de chefe de estado e de governo. Neste sistema de governo há uma nítida separação de poderes (legislativo, executivo e judiciário). Pela elaboração de leis pelo congresso, o veto pelo presidente, e o controle constitucionalidade pelo judiciário, e pela eleição direta e indireta do presidente. No presidencialismo, encontramos, dois importantes órgãos políticos: o presidente e congresso.
O semipresidencialismo: é o sistema de governo mais novo na história, surgiu na franca com a constituição de 1958. Caracteriza-se pela existência de um governo bicéfalo, onde o primeiro ministro compartilha o governo com o presidente da república. No semipresidencialismo, temos, pois “três “importantes órgãos políticos: o 1º ministro, o parlamento e o presidente. Sua formula exige grande responsabilidade política, e dificilmente pode ser copiado. Suas principais características são: eleições diretas do presidente da república para um mandato de sete anos. O presidente da república escolhe o primeiro ministro, sendo que este é o responsável perante o parlamento, dependendo, portanto, de uma maioria parlamentar para se manter no poder. Várias competências do presidente e do primeiro ministro são compartilhadas. Neste caso se tivermos o presidente forte e primeiro ministro fraco do mesmo partido e com apoio parlamentar (um presidencialismo de fato). Ou um presidente e primeiro ministro fortes, mas do mesmo partido. E aindaprimeiro ministro forte e presidente fraco (parlamentarismo de fato).
15-COMENTE SOBRE OS SISTEMAS DE GOVERNO E SUA APLICAÇÃO NO BRASIL.
A constituição brasileira de 1998 optou pelo sistema de governo presidencialismo, onde, como o próprio nome diz, o nível de poder mais alto é o do presidente, seguido pelo vice-presidente, ministros, senadores, deputados federais, governadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores. O presidencialismo é considerado um dos mais modernos regimes de governo onde a democracia (direito de todo cidadão participar, criticar e dar sugestões) é amplamente divulgada.
O sistema presidencial tem como característica essencial a clara separação de poderes, procurando-se estabelecer um equilíbrio perfeito entre os poderes executivo, legislativo e judiciário. Entretanto, na sua história, o presidencialismo tem apresentado graves distorções, demonstrando clara tendência à supremacia do executivo sobre os demais poderes, tendo sido preferido por vários governos autoritários que se têm sucedido na américa latina. 
16-QUAL O CONSEITO DE DEMOCRACIA?
Entende-se por democracia, o sistema de governo onde o povo tem o direito e eleger seus representantes, sem distinção de classe social ou sexo. Uma realidade hoje em dia, bem diferente de antigamente, onde somente os nobres e homens poderiam votar. É um regime de governo que pode existir no sistema presidencialista, onde o presidente é o maior representante do povo, ou no sistema parlamentarista, onde existe o presidente eleito pelo povo e o primeiro ministro que toma as principais decisões políticas.
Democracia é um regime de governo que pode existir também, no sistema republicano, ou no sistema monárquico, onde há a indicação do primeiro ministro que realmente governa. A democracia tem princípios que protegem a liberdade humana e baseia-se no governo da maioria, associado aos direitos individuais e das minorias.
Uma das principais funções da democracia é a proteção dos direitos humanos fundamentais, como as liberdades de expressão, de religião, a proteção legal, e as oportunidades de participação na vida política, econômica, e cultural da sociedade. Os cidadãos possuem os direitos expressos, e os deveres de participarem no sistema político, com a finalidade de proteção de seus direitos e liberdades.
17- EXPLIQUE: a) DEMOCRACIA DIRETA; b) DEMOCRACIA SEMI-DIRETA; c) DEMOCRACIA INDIRETA
•Democracia direta: é aquela onde o povo tem participação direta na política, nos interesses em comum da sociedade. Os cidadãos se reúnem através de assembleias populares, com ausência de eleições, a comunidade se autogoverna. Esta era a forma de democracia praticada na Grécia antiga, especialmente em Atenas, onde o povo debatia e decidia as questões mais importantes da polis em assembleias realizadas em praça pública.
• Democracia semidireta: nesse tipo de democracia o povo participa diretamente, propondo, aprovando ou autorizando a elaboração de uma lei ou a tomada de uma decisão relevante pelo estado. A atuação do povo não é exclusiva, pois age em conjunto com os representantes eleitos, que vão discutir, elaborar ou aprovar a lei. Com isso o governo devolve o povo o direito de opinar e resolver as questões da vida nacional.
•Democracia indireta ou representativa: é aquela que o povo participa do governo através de seus representantes eleitos pelo voto direto ou indireto. Os representantes eleitos decidem em nome e interesse do povo. 
18- QUAIS OS INSTRUMENTOS DE DEMOCRACIA SEMI DIRETA? EXPLIQUE CADA UM.
•Plebiscito: o governo lança uma lei e abri uma votação popular, onde o povo decide o melhor, sendo que a decisão não pode ser desacatada.
•Referendum: após ser elaborada uma lei, é feita uma consulta ao povo, para saber sua opinião, caso está seja negativa, a lei não entra em vigor.
•Iniciativa popular: o povo se manifesta em grande número de eleitores através de abaixo assinado, propondo um projeto de lei ao governo. Deste modo cabe ao legislativo discutir e votar sua aprovação.
•Voto popular: o povo se reuni através de abaixo assinado e exige do governo que determinada lei seja submetida ao voto popular, podendo anula-la. 
•O recall: o cidadão pode revogar o mandato a presidentes eleitos, que não corresponda às expectativas de seu eleitorado.
19- QUAIS OS PRINCÍPIOS QUE ESTÃO PRESENTES NA DEMOCRACIA? 
O tipo ideal de democracia é a democracia direta, onde a população participa, possibilitando que as funções sejam exercidas de modo imediato, e direto, pela totalidade de cidadãos dotados de plenos direitos políticos, e assembleia popular ou assembleia primaria. Para tanto, seria necessários três princípios básicos; igualdade perante a lei (a isonomia), livre acesso às funções públicas (a isotimia) e, igualdade para participar das assembleias (a isagoria). 
20- QUAL O TIPO DE DEMOCRACIA ADOTADA NO BRASIL?
 A democracia adotada no brasil é indireta ou representativa, onde os eleitores elegem seus representes atraves do voto direto e secreto. Este regime democrático deve criar condições institucionais para viabilizar a cidadania plena e coletiva, propiciando nova conotação às liberdade públicas, em ambiente de segurança social, compreendendo o exercício dos direitos individuais interdependentes dos direitos sociais, de forma a concretizar os princípios da igualdade, da cidadania, da dignidade da pessoa humana, da conciliação dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, da ausência de preconceitos e da pluralidade ideológico, ético e cultural, como valores supremos de uma sociedade fraterna, livre, justa e solidária.
Entretanto, lamentavelmente, o discurso constitucional, que afirma uma democracia justa no Brasil, isso é uma utopia, distante da realidade constitucional, a qual apresenta instituições políticas ineficientes e corruptas. Com isso, apresenta uma minoria privilegiada e uma maioria desprivilegiada. Como se pode observar na periferia dos grandes centros urbanos, dominada pelo narcotráfico e pela miséria, nos acampamentos dos sem- terra e dos sem- casas, na multidão de crianças abandonadas e no desemprego, que ronda os lares brasileiros; tudo isso refletindo a ausência da democracia real. Não se pode falar em democracia numa sociedade injusta e perversa, com instituições políticas desacreditadas, sem mecanismos eficazes de distribuição de rendas, caracterizada pela falta de interesses da classe dominante em favor do dominados.
Portanto, para mudar esta situação, seria preciso maior participação popular nas decisões do estado, com a possibilidade de mudanças nos costumes e nas mentalidades da classe dominante. Exigência de direitos e de cidadania por maior participação política, implantando mecanismo de democracia em favor da igualdade.
21- QUAL A FUNÇÃO DAS AÇÕES AFIRMATIVAS NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO? COMENTE SUA RESPOSTA.
O estado de direito iniciado no século XVIII foi concebido, inicialmente, com a ideia de limitar as atrocidades cometidas pelo estado/soberano, período marcado pela liberdade, adjetivo que deu nome a este tipo de comportamento. Toda via esta liberdade não foi suficiente para suprir as necessidades da sociedade, que já estava cansada da omissão do estado.  A garantia das liberdades e da igualdade política não resolvia os problemas que assolavam a sociedade, que cobrava mais comprometimento dos governantes, a fim de que estes passassem a intervir a favor dos menos favorecidos, podendo assim, proporcionar a todos uma “efetiva igualdade.
Por isso, foi criado e regulado por uma constituição; os agentes públicos fundamentais são eleitos e renovados periodicamente pelo provo e respondem pelo cumprimento de seus deveres; o poder político é exercido, em parte diretamente pelo povo, em parte por órgãos estatais independentes e harmônicos, que controlam uns aos outros; a lei produzida pelo legislativo é necessariamente observada pelos demais poderes; os cidadãos, sendo titulares de direitos, inclusive políticos e sociais, podem opô-los ao próprio estado; o estado tem o dever seautuar positivamente para gerar desenvolvimento e justiça social.
22- O QUE É PODER CONSTITUINTE? APRESENTE PELO MENOS DOIS CONCEITOS DE AUTORES CONSAGRADOS PARA ENRIQUECER SUA RESPOSTA.
O poder constituinte pertence ao povo, que o exerce por meio dos seus representantes (assembleia nacional constituinte). “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos indiretamente ou diretamente, nos termos da constituição. Tendo em vista que o poder legislativo, executivo e judiciário são poderes constituídos, podemos concluir que existe um poder maior que os constituiu, isto, o poder constituinte. Assim, a constituição federal é fruto de um poder distinto daqueles que ela institui.
Segundo Hans Kelsen “o verdadeiro do sentido de poder ou dominação estatal não é o de que uns homens estão submetidos a outros, mas sim o de que todos os homens (governantes e governados, acrescento eu) estão submetidos às normas”.
Por outro lado, na visão de Afonso Arinos de Melo Franco “poder constituinte, apresenta-se no momento da organização de um novo Estado ou, também nas ocasiões em que se torna necessário a reordenação jurídica fundamental de um estado já existente’’. 
 
23- O QUE É PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO, DERIVADO E DECORRENTE?
Poder constituinte originário, é aquele que elabora a nova constituição organizadora do estado, em substituição ao texto constitucional até então vigente. É originário, também, quando elabora a primeira constituição de um estado. É inicial porque não se baseia em nenhum outro poder anterior, dele derivando todos os demais poderes do estado, sendo, assim, a base da base da ordem jurídica. Cria as leis, às corrige ou se preciso for às anula (legislativo).
Poder constituinte derivado, é aquele instituído pela constituição com o objetivo de proceder à sua reforma, administrar e executar as leis (executivo). O poder constituinte é derivado porque deriva do poder constituinte originário; é subordinado porque se encontra limitado às normas constitucionais, e passível de controle de constitucionalidade pelo supremo tribunal federal, finalmente, é condicionado porque o seu exercício está submetido às regras previamente estabelecidas na constituição federal.
Poder constituinte decorrente, é quando exercido pelos estados federativos, porque ele deriva do poder constituinte originário e não se destina à revisão da constituição federal, mas à instituição de uma constituição regional ou estadual, que está limitada pelas regras constitucionais da federação. O poder judiciário, tem como objetivo, solucionar os conflitos que lhe são apresentados. Uma regra do judiciário é agir somente se for provocado, este não emite pareceres, não dá opiniões, e sim decide, apresenta soluções, ou seja, sentenças, sendo que tal poder é definido por leis. As principais características do judiciário são; provocação, decisão e pronunciamento in concreto (o judiciário somente age em casos concretos).
24- EXPLIQUE A TEORIA DA SEPARAÇÃO DOS PODERES DE MONTESQUIEU.
Segundo Montesquieu, o poder do estado é uma força única. Porém, essa força existe para exercer três funções distintas. Uma, é a de legislar (poder legislativo), outra, de administrar (poder executivo), e a terceira, se preciso for, é a de julgar (poder judiciário). Para que não houvesse um abuso de poder por parte de quem o tivesse, seria preciso uma divisão do mesmo. Desta forma o poder não seria concentrado em uma só pessoa, e sim uma divisão, com separação e cooperação dos órgãos competentes, com a finalidade de especificar as funções a cada órgão.
25- QUAL A DIFERENÇA ENTRE PODER PESSOAL E PODER INSTITUCIONAL?
O “poder pessoal” é aquele inerente à pessoa, é a capacidade de opção individual, que é própria do ser humano, dotado de razão. É aquela soberania individual, inalienável, e que, somada à soberania dos demais indivíduos de um grupo, virá a se transformar na “soberania coletiva ou soberania nacional”, capaz de se constituir, através de um contrato social, em um “Estado”. O “poder pessoal”, a meu ver, continuará sempre a existir no indivíduo, em âmbito já agora “extra estatal “.
Constituído o estado, surge o “poder institucional”, entendido como o poder que a própria pessoa tem, porém não mais por inerência física ou mental, e sim, em virtude do cargo ou posição que ocupa na “instituição” chamada Estado. É aquele poder que permite ao juiz, ser humano como os demais, possa julgar, num determinado ordenamento político-jurídico e dentro de sua jurisdição, o seu próprio semelhante, absolvendo-o ou condenando-o, adjudicando-lhe bens ou dele os tirando. O “poder institucional”, e não o pessoal, explica e faz entender que um sargento comande o recruta hoje e que venha a ser comandado amanhã, na qualidade de oficial. As pessoas são as mesmas, mas a sua posição institucional inverteu-se.
26-CONCEITUE CONSTITUIÇÃO.
É um conjunto de normas jurídicas necessárias e básicas à estruturação de uma sociedade política, geralmente agrupadas em uma única lei fundamental, indica a natureza particular de cada estado e sua estrutura essencial. Sua principal função é a ordem jurídica e política, geralmente reunidos em um código, com a finalidade de designar a organização fundamental do estado, e também a posição fundamental do indivíduo perante o poder estatal. 
Além disso, nas constituições de cada estado, fica previsto sua forma de governo, uma ordem de valores, sociais, econômicas, ambientais, culturais e espirituais voltados à uma constante sintonia entre direito e a realidade, na construção efetiva de um estado de direito, democrático e social, igualmente aberto à cooperação no plano externo. 
27- QUAIS OS TIPOS DE CONSTITUIÇÃO? EXPLIQUE CADA UM.
•Quanto à Forma: É uma constituição que pode ser, orgânica ou escrita, e inorgânica ou não escrita. As orgânicas, de dividem em analíticas e sintéticas.
Constituição Orgânica, visa fixar em um documento escrito ou costumeiro, todas as obrigações e direitos dos cidadãos e do estado. Todas as leis do estado, serão baseadas nas regras prevista na constituição. Um exemplo deste tipo de constituição é a constituição brasileira. 
Analítica, quando apresenta em sua estrutura, grandes dispositivos, chamados artigos, parágrafos. Tratando de vários assuntos de grande importância para o Estado. Não é imutável, pode sofrer alterações que muitas das vezes dependendo da interpretação, não passando pelo processo formal de alteração do texto constitucional.
Sintética, é aquele que se reduz às normas essenciais de organização e funcionamento do estado, e ainda a declaração e garantia de alguns direitos fundamentais.
Constituição Inorgânicas, são aquelas onde os preceitos jurídicos são mantidos historicamente através dos tempos.
•Quanto à Origem: conforme seu nascimento a constituição pode ser dogmática (podem ser votadas) ou outorgada (imposta pela vontade dos governantes ao povo). 
Constituição Dogmática é aquela que resulta da aplicação de princípios ou dogmas, de forma consciente, para a organização fundamental do Estado. Uma assembleia nacional constituinte é eleita pelo povo, com a finalidade renovar a ordem jurídica e fazer com que seja cumprida.
Outorgada, onde é imposta a vontade dos governantes, o povo por sua vez, não se manifesta, pelo contrário tem que obedecer. Um exemplo foi a constituição brasileira de 1937 (conhecida como polaca) imposta pelo ditador Getúlio Vargas, quando implantou no brasil a ditadura do Estado Novo. Sua principal característica, era concentração de poder nas mãos do presidente Getúlio Vargas. 
•Quanto à Revisão: deve considerar como é feito o processo de elaboração de emendas. Elas podem ser históricas, imutáveis e fixas, ou atuais, rígidas e flexíveis. 
Constituição Imutáveis, são exemplos de constituições que se mantinham permanentes, sem nenhuma alteração em seu conteúdo original, não permitia emendas constitucionais.
Constituição Fixas, esse tipo de constituição só poderia sofrer algum tipo de mudança em seu texto origina, pelo mesmoórgão que a formulou.
Constituição Rígida, quando obedece um processo de revisão formal, que dificulta a alteração de seu texto. As alterações são feitas através de emendas constitucionais, que para serem aprovadas, precisa de dois turnos de votação. Sendo que a proposta só poderá partir dos membros da câmara de deputados ou senado, do presidente da república ou mais da metade da assembleia legislativas. O poder constituinte derivado (o poder de reforma), não pode alterar a estrutura fundamental da constituição, comprometendo os seus princípios fundamentais. 
Constituições Flexíveis, que ao contrário das constituições rígidas, podem ser alteradas través de procedimentos simplificados, perdendo com isso o caráter de supremacia, que devem ter os textos flexíveis se mostram inadequados para permitirem a garantia que a constituição deve oferecer enquanto norma suprema, que se impõe como limite a atuação dos poderes, sejam públicos ou privados, que atuam no território estatal.
28-QUAL A CLASSIFICAÇÃO DA ATUAL CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA? JUSTIFIQUE.
A sétima constituição brasileira é a “Constituição da República Federativa do Brasil”, promulgada em 05 de outubro de 1988. É orgânica, analítica, quando a forma, e rígida, quanto ao processo de revisão. A forma de governo adotada é presidencialista, com a separação dos poderes e funções. Princípios da livre organização social, da convivência justa e da solidariedade. O regime político, com princípios de cidadania, da dignidade da pessoa humana, do pluralismo, da soberania popular, da representação política e da participação popular direta. Por consequência, a atual constituição é dogmática, porque foi elaborada e promulgada por uma assembleia nacional constituinte eleita, embora tivesse o nome de congresso constituinte, mas o que importa é a convocação e realização da eleição. Ela pode ser emendada pelo voto de três quintos dos membros das duas casas do congresso nacional, separada em dois turnos. Hoje nossa atual constituição já foi emendada 62 vezes: seis chamadas emendas de revisão e cinquenta e seis emendas constituição “normais ‘’.
Embora nossa constituição vise a igualdade social, liberdade, dignidade, princípios de cidadania, direitos humanos, etc. Na pratica, não é isso que acontece, podemos observar uma enorme desigualdade social, com várias pessoas passando fome, sem moradia, vivendo ao relendo, cidadãos que se encontram a margem da sociedade, seres humanos vivendo em condições desumanas, comendo restos nos lixos, dormindo nas ruas. Por outro lado, nossos governantes envolvidos em vários escândalos de corrupção envolvendo dinheiro público, e muitas das vezes saem ilesos, com isso a ambição para os cargos públicos só aumenta, políticos que veem uma oportunidade para usurpar dos cofres públicos. Desde modo, nós cidadãos, perguntamos; onde fica os princípios que regem a constituição? Será que as leis da constituição só funcionam para as classes menos favorecidas? Digo isso pois, se um pai de família adentrar em um supermercado e roubar um pacote de arroz, caso seja pego, será imediatamente levado para a prisão, e muitas das vezes, de lá jamais irá sair. Portanto, não estou dizendo que este pai deveria roubar para sustentar sua família, mas que todos os crimes sejam julgados de forma igualitária e justa, sem distinção de classe social ou raça, e que faça valer os princípios da constituição. 
29- QUAL A CLASSIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO DOS E.U.A? 
A constituição dos Estados Unidos das Américas é a lei fundamental, estabelecendo a forma federal do Estado, os órgãos de poder, as suas competências e forma de funcionamento. Foi discutida e aprovada pela convenção constitucional de Filadélfia - na Pensilvânia, entre 25 de maio e 17 de setembro de 1787.naquele ano, foi aprovada a sua primeira constituição e, até hoje, única.
A constituição exprime um meio-termo entre a tendência estadista defendida por Thomas Jefferson, que queria grande autonomia política para os estados membros da federação, e a tendência federalista que lutava por um poder central forte. O presidente dos Estados Unidos é eleito pelo período de quatro anos pelos cidadãos eleitores num sistema em que os candidatos não ganham diretamente pelo número absoluto de votos no país, mas dependem da apuração em cada estado, que manda para uma espécie de segunda eleição votos em número proporcional a sua população para o vencedor em seu território.
A constituição dos Estados Unidos é; quanto à forma é orgânica, onde reúne seus preceitos jurídicos em um só código. Ela foi a primeira constituição orgânica do mundo. Quanto a origem é dogmática, porque foi elaborada e promulgada por uma assembleia nacional constituinte. Quanto à revisão, é rígida de todas as constituições existentes, porque para ser emendada, exige um processo especial e um quórum difícil de ser obtido.
Foi a primeira constituição a consagrar, na prática a doutrina de Montesquieu, separando os órgãos do poder do estado: o legislativo, o executivo e o judiciário. Ela criou a primeira federação do mundo, forma de estado composto até então inexistente que consiste numa união mais perfeita entre os antigos estados confederados, com base numa constituição única, superior às constituições dos estados federados.
30- QUAIS AS CARACTERISTICAS DA SOBERANIA NA CONTEMPORANEIDADE?
Solidificado nas entranhas do próprio Estado, o poder é um se seus elementos constitutivos. Não se trata de qualquer espécie de poder, mas o poder político ou a soberania, que é uma qualidade do poder do Estado, seu elemento político por excelência. O conceito de soberania teve origem na França, onde se afirmava que o caráter distintivo do estado é ser soberano. Entretanto, como examinaremos, existem vertentes distintas no entendimento do conceito de soberania quando de sua elaboração. 
Podemos entender soberania em sua acepção ampla ou restrita. Em sentido amplo entende-se por soberania um poder de mando de última instância que se reveste na transformação da forca (poder de fato) em poder legítimo (poder de direito). O sentido restrito do termo surge em decorrência da necessidade de unificação do poder num determinado território e sobre determinada população.
A soberania possui duas vertentes ou faces: a externa e a interna. A face externa da soberania significa independência e se prende à não-submissão do estado soberano a qualquer outro, seja em seus assuntos domésticos ou internacional. No plano interno é entendida como poder gerador do direito positivo, é tratada como soberania constituinte. O ato constituinte é um fato realizado pelo povo, o poder constituinte é a amplitude e qualidade da função pertencente ao povo, revelando sua adoção à teoria da soberania popular.

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