Buscar

PRATICA JURIDICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PRÁTICA JURÍDICA
PRÁTICA EM RECURSOS NO PROCESSO CIVIL
TEMA: APELAÇÃO
I – LEGISLAÇÃO PERTINENTE
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
CAPÍTULO II
DA APELAÇÃO
        Art. 513.  Da sentença caberá apelação (arts. 267 e 269).
        Art. 514.  A apelação, interposta por petição dirigida ao juiz, conterá:
        I - os nomes e a qualificação das partes;
        II - os fundamentos de fato e de direito;
        III - o pedido de nova decisão.
        Art. 515.  A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
        § 1o  Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que a sentença não as tenha julgado por inteiro.
        § 2o  Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
        § 3o Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito (art. 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento. 
 Art. 516. Ficam também submetidas ao tribunal as questões anteriores à sentença, ainda não decididas. 
        Art. 517.  As questões de fato, não propostas no juízo inferior, poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.
        Art. 518.  Interposta a apelação, o juiz, declarando os efeitos em que a recebe, mandará dar vista ao apelado para responder. 
        Parágrafo único.  Apresentada a resposta, é facultado ao juiz o reexame dos pressupostos de admissibilidade do recurso. 
               Art. 519. Provando o apelante justo impedimento, o juiz relevará a pena de deserção, fixando-lhe prazo para efetuar o preparo.
        Parágrafo único.  A decisão referida neste artigo será irrecorrível, cabendo ao tribunal apreciar-lhe a legitimidade.
        
 Art. 520.  A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e suspensivo. Será, no entanto, recebida só no efeito devolutivo, quando interposta de sentença que:
        I - homologar a divisão ou a demarcação; 
        II - condenar à prestação de alimentos;  
        III - julgar a liquidação de sentença; 
        IV - decidir o processo cautelar; 
        V - rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes; 
        VI - julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem.  
        VII – confirmar a antecipação dos efeitos da tutela; 
        
 Art. 521.  Recebida a apelação em ambos os efeitos, o juiz não poderá inovar no processo; recebida só no efeito devolutivo, o apelado poderá promover, desde logo, a execução provisória da sentença, extraindo a respectiva carta.
II – INFORMAÇÕES TEÓRICAS SOBRE A “APELAÇÃO”
a) Conceito
- É o recurso contra decisão de primeira instância, interposto por uma, ou duas, partes litigantes em relação à sentença (terminativa ou definitiva) proferidas pelo Juiz de Primeiro Grau, e que tem por objetivo obter na instância superior a anulação ou a reforma da citada sentença
b) Objetivo da apelação
- O objetivo da apelação pode ser: 
Obter a declaração de “nulidade” da sentença de primeiro grau, de forma que o Juízo ad quem (Tribunal) determine o retorno dos autos à 1ª instância para a prolação de nova sentença;
Obter a modificação do mérito da sentença de primeiro grau, total ou parcialmente;
Nada obsta que num mesmo recurso seja pleiteado inicialmente (em preliminar) a nulidade da sentença e, caso o Tribunal não entenda pela citada nulidade, o Recorrente pleiteia a modificação do julgado em algum ou alguns pontos.
c) Cabimento
- Cabe recurso de apelação de todas as sentenças, sejam elas terminativas ou definitivas. Sabemos que sentença, conforme artigo 162, §1º, do CPC, é o ato pelo qual o juiz põe fim ao processo, decidindo ou não o mérito da causa. 
- Denomina-se “sentença definitiva” a sentença que põe fim ao processo com o julgamento do mérito (extingue o processo com o julgamento do mérito com fundamento numa das hipóteses do artigo 269 do CPC) ;
- Denomina-se “sentença terminativa” a sentença que põe fim ao processo sem o julgamento do mérito (extingue o processo sem o julgamento do mérito numa das hipóteses do artigo 267 do CPC)
d) Prazo
- de 15(quinze) dias, conforme artigo 508 do CPC, contado de uma das seguintes datas: 
Quando a sentença é publicada em audiência: conta-se o prazo a partir da data da leitura da sentença em audiência;
quando a sentença não for proferida em audiência : conta-se o prazo a partir da data da intimação das partes.
- Observação: Quando se trata de recurso de “apelação” interposto no Juizado Especial Cível, o prazo é de 10(dez) dias, conforme artigo 42, caput, do CPC, contados da data da ciência da sentença e será dirigido à Turma recursal do próprio Juizado Especial.
e) Efeitos do recurso de apelação
- Conforme artigo 520 do CPC, o recurso de apelação é recebido, ​em regra, em seus efeitos devolutivo e suspensivo.
- O efeito devolutivo, conforme disposto no artigo 515, é aquele através do qual se devolve ao Tribunal o conhecimento da matéria impugnada no recurso. Esse efeito se dá tão somente quanto à matéria impugnada, ou seja, sendo o recurso parcial, somente abra a parte impugnada deverá se manifestar.
- O efeito suspensivo é aquele que, recebido o recurso nesse efeito, tem força de suspender todo o andamento da ação até o pronunciamento da instância superior. Isso quer dizer que não pode a parte vencedora na demanda se beneficiar dos resultados do julgado enquanto o recurso não for apreciado pelo Juízo a quo.
- Exceção: o artigo 520 do CPC apresenta hipóteses em que o recurso de apelação será recebido somente no seu efeito devolutivo ( e não no efeito suspensivo), permitindo, assim, a parte vencedora no Juízo de Primeiro Grau requerer a execução provisória da sentença de primeiro grau. 
 Eis as hipóteses previstas pelo artigo 520 do CPC em que a apelação será recebida somente em seu efeito devolutivo: 
“ Art. 520. A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e suspensivo. Será, no entanto, recebida só no efeito devolutivo, quando interposta de sentença que: 
I – homologar a divisão ou a demarcação;
II- condenar à prestação de alimentos;
III- julgar a liquidação de sentença;
IV- decidir o processo cautelar;
V- rejeitar liminarmente embargos à execução ou julga-los improcedentes;
VI- julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem,”
f) Conteúdo mínimo do recurso de apelação
- O artigo 514 do CPC determina o seguinte conteúdo mínimo do recurso de apelação: 
petição dirigida ao Juiz (de primeira instância, que prolatou a sentença recorrida) contendo o nome e qualificação das partes
os fundamentos de fato e de direito apresentados para a declaração de “nulidade” da sentença ou para a sua “modificação”
pedido de nova decisão
g) Termos utilizados no recurso de apelação
- interposição: é o ato de se “apresentar” o recurso. O recurso de apelação é interposto, não é oposto ou proposto
- Recorrente/Apelante: a parte que interpõe o recurso
- Recorrido/Apelado: a parte contrária a que interpõe o recurso
- Juízo a quo / Juízo de origem/ Juízo de Primeiro Grau: Juízo prolator da sentença atacada
- Juízo ad quem: Juízo competente para apreciar o recurso
- Sentença a quo/ Sentença de Origem/ Sentença de Primeiro Grau/ Decisão impugnada: é a sentença proferida pelo Juiz (primeira instância) e que está sendo atacada pelo recurso de apelação
- Parte impugnada da sentença: é a parte (ou as matérias) da sentença de primeiro grau que é atacada por um recurso.
- Juízo de admissibilidade: refere-se àquele que tem a competência de verificar se o recursocompleta todos os recursos impostos por lei (requisitos de admissibilidade do recurso: tempestividade, preparo, forma, cabimento e legitimidade) para o seu prosseguimento e conhecimento pelo Juízo a quo.
- Denegação de recurso: é o impedimento de prosseguimento do recurso por falta de algum requisito de admissibilidade, é o trancamento do recurso por falta de algum(ns) requisito(s) de admissibilidade. Ocorrendo a denegação do recurso pelo juízo de admissibilidade, o recurso não “sobe” para o Juízo ad quem.
- Preliminarmente: termo normalmente utilizado para se introduzir a parte das razões de recurso em que são apontados eventuais fatos geradores de nulidade processual e é requerida a declaração da nulidade da sentença de primeiro grau.
- Mérito: termo normalmente utilizado para introduzir a parte das razões de recurso em que são apontados fatos e fundamentos jurídicos capazes de levar o Juízo ad quem a modificar total ou parcialmente o conteúdo da sentença de primeiro grau atacada
h) As contra-razões de recurso de apelação
- As contra-razões são apresentadas pelo Recorrido e tem como objetivo convencer o Juízo ad quem a manter o conteúdo da sentença de primeiro grau naquilo que foi impugnado pelo Recorrente. 
III – ESTRUTURA DO RECURSO DE APELAÇÃO
a) Partes que compõem o recurso de apelação: 
		O Recurso de apelação é composto, basicamente, por 2(duas) partes: a petição de encaminhamento e as razões recursais.
PETIÇÃO DE ENCAMINHAMENTO: também denominada na prática jurídica de “petição de encaminhamento. Trata-se de petição dirigida ao Juízo de Primeira Instância (que exerce o primeiro juízo de admissibilidade do recurso de apelação) apresentando o recurso que está sendo interposto e requerendo o seu regular processamento com a remessa dos autos ao Juízo a quo para a sua efetiva apreciação. Nessa petição é demonstrado que o recurso completa todos os requisitos de admissibilidade.
RAZÕES RECURSAIS: É a parte do recurso que é dirigida ao Juízo a quo (isto é, de Segunda Instância, competente para a apreciação do recurso) e onde constam: 
- saudação ao Juízo ad quem;
- a especificação da(s) parte(s) da sentença de primeiro grau que merece(m) ser modificada(s);
- os argumentos de fato e de direito que objetivam convencer o Juízo ad quem a “anular” ou modificar o conteúdo da sentença de primeira instância
- o pedido de “anulação” da sentença a quo e/ou o pedido de modificação do conteúdo (mérito) da sentença.
b) Ilustração do recurso de apelação
 1º.					2º 
 Petição Razões
 de 				do
 Encaminhamento Recurso 
 
c) ESTRUTURA DA PETIÇÃO DE ENCAMINHAMENTO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __a VARA CÍVEL DA COMARCA DE _______________
Processo: 
 (nome do Recorrente), Autor/Réu, por seu advogado ao final assinado, nos autos do processo em epígrafe que move em face de (ou que lhe move) (nome do Recorrido, vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência interpor o presente RECURSO DE APELAÇÃO, conforme razões recursais anexas.
 O Recorrente requer a juntada dos inclusos comprovantes de recolhimento dos preparos devidos, bem como requer o regular processamento do presente recurso, dando vistas à parte contrária para contra-razões e, posteriormente, remetendo os autos ao Juízo ad quem para a devida apreciação.
			Termos em que,
			Pede e espera deferimento.
			(cidade), (dia) de (mês) de (ano).
 ___________________________
 (nome do advogado)
 OAB/SP....................
d) Estrutura das razões recursais
(modelo estrutural de razões de apelação com o objetivo de modificar a sentença de primeiro grau)
RAZÕES DE RECURSO DE APELAÇÃO
Recorrente: ...........................................
Recorrido: ..........................................
Processo: ........../xx da _ a Vara Cível da Comarca de ___________________
			EGRÉGIO TRIBUNAL.
			COLENDA CÂMARA.
DIGNÍSSIMOS JULGADORES.
 
			A despeito do incensurável conhecimento jurídico do Juízo de Origem, não agiu o mesmo com a habitual justiça na sentença atacada, que merece urgente reforma.
				Demonstremos: 
(Breve síntese da lide)
(Apresentação dos argumentos de fato e de direito com os quais o Recorrente pretende a modificação da sentença.
Ante o todo exposto, espera o Recorrente que seja o seu recurso conhecido e acolhido in totun, a fim de que se alcance a mais pura e cristalina JUSTIÇA!
			(cidade), (data)
			________________________________ 
			 (nome do advogado)
			 OAB/SP................
(modelo estrutural de razões de apelação com o objetivo de anular a sentença de primeiro grau)
RAZÕES DE RECURSO DE APELAÇÃO
Recorrente: ...........................................
Recorrido: ..........................................
Processo: ........../xx da _ a Vara Cível da Comarca de ___________________
			EGRÉGIO TRIBUNAL.
			COLENDA CÂMARA.
DIGNÍSSIMOS JULGADORES.
 
			A despeito do incensurável conhecimento jurídico do Juízo de Origem, não agiu o mesmo com a habitual justiça na sentença atacada, que merece urgente reforma.
				Demonstremos: 
I – PRELIMINAR DE NULIDADE DA SENTENÇA A QUO 
(exposição dos argumentos que objetivam demonstrar que a sentença é nula)
(pedido de decretação da nulidade da sentença a fim de que os autos retornem ao Juízo a quo) para a prolação de nova decisão.
 II – NO MÉRITO
		Mesmo que o Douto Juízo não entenda pela nulidade do decisum a quo, ainda assim prosperidade mereceria o presente recurso a fim de modificar o conteúdo da sentença de primeiro grau, conforme abaixo demonstrado.
 
(Breve síntese da lide)
(Apresentação dos argumentos de fato e de direito com os quais o Recorrente pretende a modificação da sentença.
Ante o todo exposto, espera o Recorrente que seja o seu recurso conhecido e acolhido a fim de que se declare a nulidade da sentença de primeiro grau e se determine o retorno dos autos ao Juízo a quo para a prolação de nova decisão. E, caso o Douto Juízo não entenda pela nulidade, que seja provido o presente recurso para modificar a sentença de origem, a fim de que se alcance a mais pura e cristalina JUSTIÇA!
			(cidade), (data)
			________________________________ 
			 (nome do advogado)
			 OAB/SP................
e) Algumas notas sobre as partes estruturais das razões
- Da “breve síntese”
 
 Nessa parte das razões recursais se faz um resumo conciso do pleiteado na inicial, do alegado em defesa e do julgado na sentença atacada
Exemplo: “Em inicial, o Autor, ora Recorrido, pleiteia indenização por danos materiais sob o argumento de que em razão de acidente automobilístico ocorrido por culpa do Réu, ora Recorrente, adveio-lhe danos emergentes e lucros cessantes no importe de R$ ___________. Em defesa, o Réu nega a culpa no acidente narrado na inicial, imputando ao Autor ato imprudente que culminou no acidente. O Juízo a quo julgou procedente a ação, condenando o Réu, ora Recorrente, no pagamento de indenização no importe de R$ _______”.
- Da exposição dos fatos e fundamentos jurídicos com os quais o Recorrente pretende a modificação da sentença.
 Nesta parte do recurso o Recorrente ataca a sentença objetivando demonstrar que: 
 1. (discussão de fato) o juiz considerou existente um fato inexistente (ou considerou inexistente um fato existente),utilizando-se dos documentos e dos depoimentos constantes dos autos para demonstrar tal equívoco do juiz; e/ou 
2. (discussão de direito) que o Juiz aplicou equivocadamente uma norma jurídica ou não a interpretou corretamente 
Exemplo de argumentação sobre fato: “Data venia, equivocou-se o Douto Juízo ao afirmar que o Réu-Recorrente não respeitou o sinal vermelho a ele dirigido. Como se verifica da leitura do depoimento da testemunha Sr. Xxxxxxxx, cujo veículo se encontrava transitando ao lado do veículo do Réu e que declarou expressamente que o sinal encontrava-se “verde” para o Recorrido. 
						Ora, caberia ao Autor-Recorrido, na forma do artigo 333, I, do CPC, provar robustamente o alegado ato de negligência do Recorrente, sendo que, como se verifica dos elementos de prova trazidos aos autos, o Recorrido não logrou desincumbir-se de seu ônus probatório.
Exemplo de argumentação sobre direito: Equivocou-se o Douto Juízo ao aplicar o artigo ___ do Código de Defesa do Consumidor à relação existente entre as partes visto que, conforme cristalizada jurisprudência, o Réu-Recorrente não se enquadra no conceito de fornecedor....
IV - ESTRUTURA DE CONTRA-RAZÕES DE APELAÇÃO
(petição de encaminhamento das contra-razões de apelação)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __a VARA CÍVEL DA COMARCA DE _______________
Processo: 
 (nome do Recorrido), Autor/Réu, por seu advogado ao final assinado, nos autos do processo em epígrafe que move em face de (ou que lhe move) (nome do Recorrente, vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência apresentar as suas CONTRA-RAZÕES DE APELAÇÃO, conforme elucidação anexa.
 Requer o Recorrido que sejam as presentes contra-razões juntadas aos autos a fim de serem objeto de apreciação do juízo ad quem.
			Termos em que,
			Pede e espera deferimento.
			(cidade), (dia) de (mês) de (ano).
 ___________________________
 (nome do advogado)
 OAB/SP....................
CONTRA- RAZÕES DE RECURSO DE APELAÇÃO
Recorrido: ...........................................
Recorrente: ..........................................
Processo: ........../xx da _ a Vara Cível da Comarca de ___________________
			EGRÉGIO TRIBUNAL.
			COLENDA CÂMARA.
DIGNÍSSIMOS JULGADORES.
 
			Apesar de todo o esforço do Recorrente em modificar a sentença a quo, não merece esta qualquer retoque tendo em vista compatibilizar-se perfeitamente com as provas produzidas nos autos.
Demonstremos: 
(Breve síntese da lide)
(Apresentação dos argumentos de fato e de direito com os quais o Recorrente pretende a manutenção da sentença.
Ante o todo exposto, espera o Recorrido que seja mantida integralmente a sentença de origem, tendo em vista tratar-se de medida da mais pura JUSTIÇA!
			(cidade), (data)
			________________________________ 
			 (nome do advogado)
			 OAB/SP................
V – QUESTÕES PRÁTICAS
1) PROBLEMA: A, residente em Santos, quando de uma viagem a São Paulo com B, comerciante, também residente em Santos, emprestou-lhe a importância de R$ 80.000,00, o que foi presenciado por diversos participantes da excursão. “B” se comprometeu a devolver para “A” a importância emprestada quando retornassem a Santos, e emitiu um vale da mesma, no verso de um cartão de visitas seu.
		 Não tendo “B” cumprido o contratado, “A” propôs regular ação de cobrança.
		 Contestada a ação, houve réplica, tendo o juiz saneado o processo deferindo provas orais e designando audiência. Na audiência, tomou-se o depoimento pessoal das partes, ouviram-se testemunhas, mantendo as partes suas posições por ocasião dos debates.
		 Decidindo, o juiz entendeu por extinguir o processo sem o julgamento do mérito sob o fundamento de que o Réu “B” seria parte ilegítima para figurar no pólo passivo da relação processual, já que teria tomado o empréstimo para a empresa de turismo da qual era empregado, conforme resultou de seu depoimento. Condenou o Autor “A” nas custas processuais e nos honorários de sucumbência que fixou em 10% do valor da ação.
		 Não se conformando, já que a totalidade dos depoimentos das testemunhas foi no sentido de ter sido o empréstimo tomado para aquisição de presentes para familiares.
QUESTÃO: Como advogado do autor interpor o recurso cabível.
2) PROBLEMA: João havia dado a Pedro um apartamento em usufruto, por prazo determinado. Terminado o prazo, João foi obrigado a mover ação de reintegração de posse contra Pedro, pois este se recusara a devolver-lhe o imóvel. Pedro moveu reconvenção, pleiteando por sua vez indenização por benfeitorias necessárias que realizou no apartamento durante a vigência do usufruto. A sentença julgou procedente a ação e improcedente a reconvenção, sustentando que Pedro, por não ter atendido notificação premonitória de desocupação, passou a ser considerado possuidor de má-fé e, como tal, não teria direito a indenização pelas benfeitorias necessárias. Pedro conforma-se com a devolução do imóvel, mas não abre mão da indenização.
QUESTÃO: Como advogado de Pedro, tome a medida cabível. A sentença foi publicada há 10 (dez) dias e o processo tramita perante a 50.ª Vara Cível Central de São Paulo.
3) PROBLEMA. Julgada procedente, em parte, ação de cobrança perante a 3.ª Vara Cível de São Paulo, promovida por Américo, Pedro foi condenado a pagar o valor da dívida, mais perdas e danos materiais e morais, correção monetária, juros legais, custas e honorários advocatícios de 20% sobre o total do débito.
QUESTÃO: Prepare o recurso cabível, defendendo os direitos de Pedro e fundamentando ante a legislação. (ver artigo 21 do CPC)
4) PROBLEMA: Fúlvio Quintilio, sentindo-se difamado por artigo veiculado na edição de 17 de março de 2002 do jornal publicado pela empresa FONS VERITATIS S/A, ajuizou ação de indenização por danos morais e materiais em 17 de julho do mesmo ano. Nada obstante a resposta oposta pela Ré e as circunstâncias apuradas no curso da instrução processual, sobreveio decreto condenatório, impondo-lhe a obrigação de reparar os danos materiais no montante de 100 salários mínimos e morais no equivalente a 120 salários mínimos, afora custas e honorários advocatícios fixados em 20% sobre o somatório dos valores da indenização, à invocação dos postulados dos artigos 49, inciso I, 50 e 54 da Lei n o 5.250/67, cc. artigo 5 o , inciso X da Magna Carta. Produzidos embargos de declaração à primeira foram eles enjeitados, como também os segundos, os quais causaram a apenação de 10% sobre o valor da causa, por entendê-los procrastinatórios o juízo a quo. A publicação do título sentencial operou-se pelo órgão estatal de comunicação oficial veiculado no dia 2 de dezembro de 2002, uma sexta-feira.
QUESTÃO: Decorridos 16 dias daquele ato, como advogado da Ré opere em seu proveito
III – ESTRUTURA DO RECURSO DE APELAÇÃO

Outros materiais