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CARBOIDRATOS

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Introdução 
 Outras denominações: 
 - Hidratos de carbono 
 - Glicídios, glícides ou glucídios 
 - Açúcares. 
 Ocorrência e funções gerais: 
 São amplamente distribuídos nas plantas e nos animais, 
onde desempenham funções estruturais e metabólicas. 
É o combustível preferencial para a contração muscular 
esquelética, sua depleção repercute em queda do 
desempenho. 
 
 
Carboidratos 
 Composição 
 São formados por C, H, O. 
 
 
 Fórmula Geral 
 CnH2nOn 
 
 
 
Classificação 
(quanto ao número de monômeros) 
 Monossacarídeos 
 Açúcares Fundamentais (não necessitam de qualquer 
alteração para serem absorvidos) 
 Fórmula Geral: CnH2nOn n≥ 3 
 Propriedades: 
 solúveis em água e insolúveis em solventes 
orgânicos 
 brancos e cristalinos 
 maioria com saber doce 
 estão ligados à produção energética. 
Carboidratos 
Amido, 
GLICOGÊNIO 
 
CARBOIDRATOS 
Monossacarídios 
Dissacaridíos 
Polissacarídos 
Glicose, frutose, 
Galactose 
Sacarose, lactose 
e maltose 
Armazenamento dos carboidratos 
 Vegetais AMIDO 
 
 Animais GLICOGÊNIO 
Fígado (250 mmKg) 
 
Músculos (100 mm Kg) 
A quantidade de Glicogênio armazenada depende 
Exercício DIETA 
Observação: 
 
Após uma noite de sono os estoques de glicogênio 
hepático podem até zerar, como podem alcançar 
valores de 500 mmol/Kg depois de uma refeição rica 
em carboidrato. 
Monossacarídeos 
 O nome genérico do monossacarídeo é dado 
baseado no número de carbonos mais a 
terminação “ose”. 
 03 carbonos – trioses 
 04 carbonos – tetroses 
 05 carbonos – pentoses 
 06 carbonos – hexoses 
 07 carbonos – heptoses 
 Podem ser classificados ainda como aldoses ou 
cetoses. 
 
MONOSSACARÍDEO 
 
FUNÇÃO 
RIBOSE 
(PENTOSE) 
ESTRUTURAL 
(RNA) 
DESOXIRRIBOSE 
(PENTOSE) 
ESTRUTURAL 
(DNA) 
GLICOSE 
(HEXOSE) 
ENERGIA 
FRUTOSE 
(HEXOSE) 
ENERGIA 
GALACTOSE 
(HEXOSE) 
ENERGIA 
Estrutura das oses 
 Por convenção: 
1. Fórmulas de projeção das oses são escritas com a cadeia carbônica na 
posição vertical e o grupo “CHO” na parte superior da cadeia. 
2. Quando a hidroxila do C mais afastado do grupo aldeídico ou cetônico está 
escrito à direita recebe a letra “D” e à esquerda a letra “L”. 
Ex: glicose 
OH ----------- H 
L - glicose 
Funções dos carboidratos 
Fonte de energia 
Estrutural 
Reserva de Energia 
Matéria prima para biossíntese 
de outras biomoléculas 
Os mais 
importantes 
 Glicose ou dextrose: é a forma de açúcar que 
circula no sangue e se oxida para fornecer 
energia. No metabolismo humano, todos os 
tipos de açúcar se transformam em glicose. É 
encontrada no milho, na uva e em outras 
frutas e vegetais. 
 Frutose ou Levulose: é o açúcar das frutas. 
 Galactose: faz parte da lactose , o açúcar do 
leite. 
 
 
 
Oxidação 
A oxidação do açúcar fornece energia para 
a realização dos processos vitais dos 
organismos. 
A oxidação (completa) fornece CO2 e H2O. 
Cada grama fornece aproximadamente 4 
kcal, independente da fonte. 
O oposto desta oxidação é o que ocorre 
na fotossíntese. 
 
Dissacarídeos 
 
 
 São combinações de açúcares simples 
que, por hidrólise, formam duas moléculas 
de monossacarídeos, iguais ou diferentes. 
 
DISSACARÍDEO COMPOSIÇÃO FONTE 
Maltose Glicose + Glicose Cereais 
Sacarose Glicose + Frutose Cana-de-açúcar 
Lactose Glicose + Galactose Leite 
 
Oligossacarídeos 
 
 
 São açúcares complexos que têm de 3 a 
10 unidades de monossacarídeos. 
 
Polissacarídeos 
 
 
 São açúcares complexos que têm mais de 
10 moléculas de monossacarídeos 
POLISSACARÍDEO FUNÇÃO E FONTE 
Glicogênio Açúcar de reserva energética de animais e 
fungos 
Amido Açúcar de reserva energética de vegetais e 
algas 
Celulose Função estrutural. Compõe a parede 
celular das células vegetais e algas 
Quitina Função estrutural. Compõe a parede 
celular de fungos e o exoesqueleto de 
artrópodes 
Ácido hialurônico Função estrutural. Cimento celular em 
células animais 
Polissacarídeos 
• Homo ou Heteropolissacarídeos 
• Caracteriza-se pelo tipo de monômeros 
presentes, a seqüência e o tipo de ligação 
glicosídica envolvida. 
• Principais polissacarídeos: 
- Celulose – Homo Glicoproteinas - Hetero 
- Amido – Homo Ácido hialurônico - 
Hetero 
- Glicogênio - Homo 
- Quitina - homo 
Heteropolissacarídeos 
 Peptidoglicanos - componentes das paredes 
bacterianas; 
 Formados por unidades de N-acetilglicosamida e 
ácido N-acetilmurânico; 
 
 Glicosaminoglicanos - presentes na matriz 
extracelular de animais superiores; 
 
 Polímeros lineares com unidades: 
N-acetilglicosamida ou a N-acetilgalactosamina. 
A outra unidade monomérica é o ácido urômico; 
 
 
AMIDO 
 Amilose: 
 Macromolécula constituída de 250 a 300 resíduos de D-
glicopiranose (maltose); 
 
Amilopectina: 
 Macromolécula, menos hidrossolúvel que a amilose, 
constituída de aproximadamente 1400 resíduos de α-
glicose; 
 A amilopectina constitui, 80% dos polissacarídeos do grão 
de amido. 
 
Glicogênio 
Estrutura ramificada, permite rápida produção da 
glicose em períodos de necessidade metabólica 
Polissacarídeos estruturais 
 
Celulose e Quitina 
 
As plantas possuem paredes celulares rígidas 
compostas por celulose; 
 
Celulose polímero linear de até 15 mil resíduos de 
glicose ligados por ligações glicosídicas β(1" 4) 
• Difere-se da celulose na natureza de 
monossacarídeos; na celulose o monômero é ß-D-
glicose, e na quitina o monômero é a N-acetil- ß-
D-glicosamina; 
• Possui papel estrutural e apresenta boa 
resistência mecânica. 
Quitina 
Celulose 
 É o principal componente estrutural das plantas, 
especialmente de madeira e plantas fibrosas. 
 
 Apresenta cadeias individuais reunidas por pontes de 
H, que dão às plantas fibrosas sua força mecânica. 
 
 Os animais não possuem as enzimas celulases, que 
são encontradas em bactérias, incluindo as que 
habitam o trato digestivo dos cupins e animais de 
pasto, como gados e cavalos. 
 
Funções Especiais dos Carboidratos no 
Tecido Corporal 
1- Ação poupadora de energia: a presença de carboidratos 
suficientes para satisfazer a demanda energética impede que 
as proteínas sejam desviadas para essa proposta, permitindo 
que a maior proporção de proteína seja usada para função 
básica de construção de tecido. 
 
 2- Efeito anticetogênico: a quantidade de 
carboidrato presente determina como as 
gorduras poderiam ser quebradas para suprir 
uma fonte de energia imediata, desta forma 
afetando a formação e disposição das cetonas. 
 
Funções Especiais dos Carboidratos no 
Tecido Corporal 
3- Coração: o glicogênio é uma importante fonte emergencial 
de energia contrátil. 
 
 4- Sistema Nervoso Central: O cérebro não 
armazena glicose e dessa maneira depende 
minuto a minuto de um suprimento de glicose 
sangüínea. Uma interrupção prolongada 
glicêmica pode causar danos irreversíveis ao 
cérebro. 
 
Digestão: boca 
 A saliva contém uma enzima que hidrolisa 
o amido: a amilase salivar (ptialina), 
secretada pelas glândulas parótidas. 
 
 A amilase salivar consegue hidrolisar 
apenas 3 a 5 % do total, pois age em um 
curto período de tempo, liberando 
dextrinas 
 (forma de maltose e isomaltose). 
 
Necessidades de Carboidratos 
50% a 60% das caloriastotais devem ser derivadas 
dos carboidratos 
 
1 g de carboidrato fornece 4 Kcal 
 
1 g de glicose fornece 3,41 Kcal 
 
Necessidade mínima de carboidrato: 1mg/Kg/dia 
Carboidratos  
 
Hiperglicemia 
 
Glicosúria 
 
Síntese e armazenamento de gordura, proteínas e 
glicogênio 
 
Carboidratos  
 
Consumo glicogênio da reserva 
 
Consumo Triglicerídeos tecido adiposo 
 
Consumo de proteínas 
 
Carência 
 A falta de carboidratos no organismo 
manifesta-se por sintomas de fraqueza, 
tremores, mãos frias, nervosismo e 
tonturas, o que pode levar até ao 
desmaio. É o que acontece no jejum 
prolongado. A carência leva o organismo a 
utilizar-se das gorduras e reservas do 
tecido adiposo para fornecimento de 
energia, o que provoca emagrecimento. 
 
Excesso 
 Os carboidratos, quando em excesso no 
organismo, transformam-se em gordura e 
ficam acumulados nos adipósitos, 
podendo causar obesidade e 
arterosclerose 
 (aumento dos triglicerídeos sangüíneos). 
 
Mecanismos de regulação 
 Níveis de carboidratos no sangue são controlados 
por hormônios secretados por células 
pancreáticas: 
 INSULINA 
 GLUCAGON 
 SOMATOSTATINA 
Glicemia 
 É a taxa de glicose no sangue. 
 Varia em função da nossa alimentação e 
nossa atividade. 
 Uma pessoa em situação de equilíbrio 
glicêmico ou homeostase possui uma 
glicemia que varia, em geral, de 80 a 110 
mg/dL. 
 Segundo recente sugestão da Associação 
Americana de Diabetes, a glicemia normal 
seria de 70 a 99 mg/dL. 
Hiperglicemia 
 Estimula a secreção da insulina pelo pâncreas. 
 Esse hormônio estimula as células do nosso 
organismo a absorver a glicose presente no 
sangue. 
 Se essas células não necessitam imediatamente 
do açúcar disponível, as células do fígado se 
responsabilizam pela transformação da glicose, 
estocando-a sob a forma de glicogênio. 
Diabetes 
 Quando o pâncreas pára de fabricar a 
insulina, ou o organismo não consegue 
utilizá-la de forma eficiente, a glicose fica 
circulando na corrente sanguínea, 
gerando a hiperglicemia e levando a uma 
doença conhecida como o diabetes 
 
Glicemia baixa 
 Estimula o pâncreas a secretar outro 
hormônio: o glucagon. 
 O fígado transforma o glicogênio em 
glicose e libera a glicose no sangue. 
 A glicemia retorna, então, ao valor de 
referência. 
Liberação da Insulina 
 Após detectar excesso de glicose 
(HIPERGLICEMIA); 
 Exerce três efeitos principais: 
 Estimula a captação de glicose pelas células; 
 Estimula a glicogênese (armazenamento da glicose na 
forma de glicogênio); 
 Estimula armazenamento de aa e ácidos graxos. 
GLUCAGON 
 Efeito antagônico à insulina; 
 Formado pelas células  pancreáticas; 
 Liberado quando na HIPOGLICEMIA; 
 Atua: 
 Estimulando a degradação de glicogênio hepático e 
muscular; 
 Estimula a mobilização de aa e ácidos graxos; 
 Estimula a lipólise. 
SOMATOSTATINA 
 Regulação inibitória da liberação de insulina e 
glucagon; 
 Sintetizada pelas células delta. 
Digestão: estômago 
 A amilase salivar é rapidamente inativada em 
pH 4,0 ou mais baixo, de modo que a digestão 
do amido iniciada na boca, cessa rapidamente 
no meio ácido do estômago. 
 
Digestão: intestino 
 Duodeno: A amilase pancreática é capaz de 
realizar à digestão completa do amido, 
transformando-o em maltose e dextrina. 
 
 Intestino Delgado: Temos a ação das 
dissacaridases ( enzimas que hidrolisam os 
dissacarídeos), que estão na borda das células 
intestinais. 
 
Curiosidades 
1. Na rapadura encontramos 90% de carboidratos. 
Sendo 80% de sacarose. 
2. Os carboidratos da nossa dieta são oriundos de 
alimentos de origem vegetal. A exceção é a 
lactose, proveniente do leite e seus derivados. 
3. Mais da metade do carbono orgânico do planeta 
está armazenado em apenas duas moléculas de 
carboidratos: amido e celulose.

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