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GST0013 Aula 10 Metodologias para Modelagem de Processos. 1 2 Manuais e formulários são complementares entre si. Informações precisas são a base da perfeita comunicação organizacional. Sem elas os fluxos de trabalho e as atividades não serão corretamente realizadas. Dois instrumentos são utilizados para evitar que isto ocorra: o manual e o formulário. Enquanto os manuais são guias orientadores da forma de fazer os trabalhos, os formulários são instrumentos de envio de coleta e informação entre áreas, setores ou pessoas. Uma das atribuições do profissional de OSM é a criação e manutenção de formulários e manuais. Sua importância advém da necessidade de padronizar as informações e procedimentos relativos aos processos. AULA 8 3 O ponto de partida para a elaboração de formulários abrange quatro aspectos básicos. Você sabe quais são? FORMULÁRIOS 4 O ponto de partida para a elaboração de formulários abrange quatro aspectos básicos. Finalidade Deve-se identificar, inicialmente, a que fim se destina o formulário. Para tal, algumas questões devem ser respondidas: • Qual ou quais informações serão transportadas pelo formulário? • Qual o nível de aprofundamento de informação ou informações? • Qual ou quais os resultados que se espera obter com a(s) informação(ões)? X 5 O ponto de partida para a elaboração de formulários abrange quatro aspectos básicos. Áreas envolvidas Determinar quem serão os emissores e os receptores das informações. Identificar: • quais setores necessitam das informações; • quais setores podem fornecer informações; • a forma de circulação dos formulários entre setores. X AULA 8 6 Uma vez elaborado o formulário, é necessário orientar os responsáveis pelo preenchimento e pela análise dos mesmos, a fim de unificar o entendimento. Segundo Araújo, “... para que seu desempenho seja eficiente e eficaz é fundamental que as gerências tenham pessoal qualificado na sua análise, no seu desenho e na sua elaboração...”. O autor propõe a utilização de um questionário para identificar os elementos necessários de estarem contidos no formulário. Para tal, divide as questões em três grupos distintos. • Questões abrangentes, que são aquelas que versam sobre os todos os formulários da organização. • Questões específicas, que são aquelas a serem aplicadas aos formulários em estudo e, portanto, válidas apenas para o formulário. • Questões de integração, que são aquelas que abordam o formulário em estudo e as relações que mantêm com outros formulários e demais aspectos da organização. 7 RECEBIMENTO VISTO/DATAAMINISTÉRIO DA SAUDE AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DIRETORIA DE ALIMENTOS E TOXILOGIA COMUNICAÇÃO DO INÍCIO DE FABRICAÇÀO DE PRODUTOS DISPENSADOS DE REGISTRO ANEXO X MUNICÍPIO UF FAX FONE CEP BAIRRO NUMERO RUA RAZÃO SOCIAL TERCEIRIZADAPROPRIA CNPJ DADOS DA UNIDADE FABRILC E-MAIL MUNICÍPIO UF FAX FONECEP BAIRRO NUMERO RUA RAZÃO SOCIAL CNPJ DADOS DA EMPRESA DETENTORA DO(S) PRODUTO (S) / MARCA (S)B Informo que a partir de ___/___/___, esta empresa, devidamente licenciada para a produção de alimentos/embalagens, deu início à fabricação do (s) produto (s) relacionado (s) no verso e/ou no (s) anexo (s), que estarão sendo comercializado (s) no prazo de ____ dias, e declaro que estou ciente : a) das legislações específicas do (s) produto (s) que fabrico, inclusive as de rotulagem e outras pertinentes; b) de que a unidade fabril pode ser inspecionada por essa autoridade sanitária, conforme prevê a legislação. Local e data : ______________________,____/___/_____ -------------------------------------------------- ------------------------------------------------ Nome legível do responsável pela empresa Assinatura TERMO DE RESPONSABILIDADED ÚLTIMA INSPEÇÃO : ____/___/_____ LOCAL / DATA : __________________, ____/____/______ ------------------------------------------ Assinatura e identificação do responsável DADOS DA INSPEÇÃO DA INDÚSTRIA ( Uso exclusivo da VISA )E 8 O formulário deve ser instrumento de facilitação da comunicação e da transmissão de informações, e não deve ser um causador de entraves burocráticos à organização em função de sua má utilização. • Inventário de formulários já existentes. • Levantamento do fluxo do trabalho e da presença de informações. • Estudo da viabilidade do aproveitamento dos formulários existentes ou sua adaptação, considerando a compatibilização com a gestão de processos. • Criação de novos formulários. • Teste de formulários. O teste não serve somente para validar a qualidade de sua elaboração e preenchimento, mas, também, para avaliar a sua importância junto a demais aspectos da organização. AULA 8 9 Elaboração do manual – fase em que são considerados os seguintes aspectos: sistematização das informações; disposição das informações; segmentação das informações. Qualificação da informação – fase onde deve ser feito um detalhamento sobre quais informações deverão constar nos manuais. O objetivo principal dos manuais é armazenar as informações necessárias para o funcionamento da organização. Neles podem estar contidas informações sobre estrutura organizacional, preenchimento de formulários, fluxo de processos e conduta dos funcionários. Na implantação de um sistema de manuais, a organização deve desenvolver algumas fases. Veja quais são. Otimização de modelos – fase de identificação de qual ou quais tipos de manuais são necessários à organização. Distribuição dos manuais – fase em que os manuais são distribuídos a todos os interessados nas informações neles contidas, ou seja, aos usuários dos materiais. MANUAIS 10 10 Com a sistematização das informações, busca-se definir a ordem em que as informações serão apresentadas. Com a disposição, defini-se a forma de apresentação das informações. Com a segmentação busca-se agrupar as informações sobre assuntos correlatos em um mesmo capítulo ou tópico. Assim como acontece no formulário, as informações contidas nos manuais devem ser claras, precisas e de fácil entendimento, a fim de evitar que o manual se torne um obstáculo ao perfeito funcionamento organizacional. Não se pode descuidar do treinamento, tanto dos funcionários usuários dos manuais como, principalmente, daqueles envolvidos em sua confecção. 11 formulários comunicação manuais informação comparação transmissão meio armazenar burocráticos percepção instrumento Informações precisas são a base da perfeita comunicação organizacional. Sem elas os fluxos de trabalho e as atividades não serão corretamente realizadas. Enquanto os manuais são guias orientadores da forma de fazer os trabalhos, os formulários são instrumentos de envio de coleta e informação entre áreas, setores ou pessoas. O formulário deve ser instrumento de facilitação da comunicação e da transmissão de informações, e não deve ser um causador de entraves burocráticos à organização em função de sua má utilização. O objetivo principal dos manuais é armazenar as informações necessárias para o funcionamento da organização. medir realizadas 12 Crescimento da organização - quando não é mais possível dar instruções particulares para cada empregado. Complexidade da Operação - quando não é mais possível dar explicações individuais. Nos Manuais estão previstos todos os casos, podendo ser consultado pelo próprio empregado. Alta taxa de Turnover - quando a rotatividade de pessoal é grande,torna-se impraticável o treinamento exaustivo de cada novo funcionário. 13 Codificação - Numeração dos documentos com base nas respectivas finalidades. Padronização - forma de apresentação, tamanho do papel, margens, composição dos campos. TÉCNICA DE ELABORAÇÃO Manual de Organização Manual de Formulários Manual de Procedimentos TIPOS DE MANUAIS Documentar a forma como a empresa está organizada. Retratar o plano organizacional da empresa, mostrando de maneira prática as regiões em que ela opera, as linhas de produtos, a coordenação das funções e o controle dos serviços. MANUAL DE ORGANIZAÇÃO 15 Manual de Formulários - Define a finalidade do formulário, a forma de preenchimento, nº de vias a sua distribuição, tipo de papel, tamanho, cor de impressão, e o usuário do formulário na empresa. Manual de Procedimentos - Tem como objetivo descrever as atividades que interessam aos diversos órgãos da empresa e explicar como elas devem ser desenvolvidas. Tecnologias de Gestão Orientadas para Processos de Negócios: Benchmarking e BPR Benchmarking? A expressão inglesa benchmark está relacionada às cotas de nível utilizadas nas medições topográficas. Esta expressão deu origem ao que hoje conhecemos como benchmarking. Para Kotler, benchmark ou benchmarking é estudar as empresas com as melhores práticas, a fim de melhorar o próprio desempenho. Já a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), conceitua benchmarking como sendo um processo de comparação dos indicadores de desempenho da empresa com padrões de excelência de outras empresas. Desta forma, o benchmarking é um processo de gestão, ou técnica de gestão. AULA 10 Benchmarking foi introduzido na linguagem empresarial em trabalho realizado pela Xerox, que o definiu como sendo "o processo contínuo de medirmos e compararmos os nossos produtos, serviços e práticas com os mais fortes concorrentes ou com as empresas reconhecidas como líderes da indústria". Benchmarking O benchmarking tem por objetivo, através da aprendizagem advinda da comparação da empresa com outras, estimular e facilitar as mudanças organizacionais e a melhoria de desempenho. O benchmarking pode ser realizado para a organização como um todo ou visar apenas um determinado processo, departamento, ou unidade de negócio. Através dele, as organizações adquirem referências que permitirá a elas identificar formas de melhorarem seus processos. AULA 10 Através do benchmarking, as empresas ou organizações avaliam o desempenho dos seus processos, sistemas e procedimentos de gestão fazendo comparações entre o desempenho de seus processos e os melhores desempenhos encontrados em outras organizações. Na maioria das vezes são utilizados para essas comparações concorrentes bem sucedidos, porém, podemos também utilizar empresas de outros segmentos, outros ramos de atividade. Desempenho Esta ferramenta ressalta que nenhuma empresa é a melhor em todas as áreas e que, por isso, deve seguir os exemplos das que são superiores. Melhorarem seus processos AULA 10 Interno É o mais utilizado de todos. Consiste em comparar as operações entre os departamentos da empresa ou entre organizações do mesmo grupo. É de fácil implementação e o objetivo é identificar dentro da organização qual o melhor modelo a seguir. TIPOS DE BENCHMARKING Competitivo Toma como base à concorrência direta. Através da comparação de produtos e serviços, a empresa deve superar o desempenho das empresas concorrentes. É mais difícil de colocar em prática, uma vez que as informações sobre os métodos dos concorrentes não são fáceis de serem obtidas. 22 Funcional ou genérico Realiza comparações com empresas de outros segmentos, porém, reconhecidas como detentora das melhores práticas. Tratando-se de empresas não concorrentes, a abertura à troca de informação é geralmente mais fácil, uma vez que pode haver entre as empresas uma negociação. AULA 10 23 Para implementar o processo de benchmarking, é necessário passar por quatro fases. A primeira fase deverá se a o planejamento. Nesta fase, identifica-se quais os objetivos devem ser atingidos e a escolha de quem deve ser analisado. Na segunda fase, inicia-se o levantamento de dados, analisando as informações públicas existentes e as disponibilizadas pela empresa escolhida como referência. Na terceira fase, é feita a análise dos dados e informações levantadas, determinando as diferenças de desempenho e identificando os fatores responsáveis pelo desempenho superior da empresa escolhida como referência. A quarta e última fase será a adaptação de melhorias advindas da tomada de decisões em relação às ações implementadas para melhorar a rentabilidade e competitividade da empresa. AULA 10 24 A idéia básica do BPR é construir a organização através dos processos que ela executa, ao invés de criar departamentos por especialidades. FERRAMENTA BPR Assim, equipes seriam formadas para cuidar de todas as tarefas do processo, desde a aquisição dos materiais até a distribuição do produto final, resultante do processo, ao cliente, de modo a evitar os entraves gerados pela passagem de tarefas de um departamento a outro. 25 O método do BPR (Business Process Reengineering) foi desenvolvido por Hammer e Champy, que o descreveu como: “a reconsideração fundamental e o redesenho radical de processos organizacionais, a fim de conseguir a melhoria drástica da performance atual nos custos, nos serviços e na velocidade”. BPR Projete e construa um protótipo do novo processo, que atuará como ponto de partida para o redesenho. Compreenda e analise os processos atuais, para evitar repetir os erros. Identifique como melhorá-los, avaliando suas potencialidades. Para a implantação do BPR, Davenport prescreve uma abordagem de cinco etapas. Identifique os processos a redesenhar, classificando-os em ordem de urgência. Desenvolva a missão do negócio e os objetivos dos processos (redução de custo, redução de tempo, melhoria da qualidade etc.). AULA 10 27 O BPR É ACONSELHADO QUANDO HÁ: uma nítida defasagem competitiva da empresa em relação ao mercado em que atua; grande quantidade de conflitos na organização; excesso de comunicações individuais; excesso de reuniões; possibilidade de implantação de uma cultura de melhorias contínuas e graduais. 28 Aplicado de forma indevida por pessoas não capacitadas em diversas empresas, o BPR perdeu o foco dos ganhos gerados em função da melhoria dos processos em si, e passou a considerar os ganhos financeiros da redução imediata de custos ocasionada por uma expressiva redução do quadro de empregados. Assim, o processo redesenhado privilegiava a redução de mão de obra e não o aumento da eficiência. Felizmente grande parte das organizações já entende que esta prática, embora possa gerar resultados financeiros em curto prazo, não é capaz de se sustentar a médio e longo prazo. 29 Apesar de seus resultados, o BPR ganhou má-fama por ter sido sistematicamente utilizado como desculpa para demissões em massa. Redução do quadro de empregados Em alguns casos, é necessário adaptar a estrutura organizacional para suportar o novo processo redesenhado. Processo redesenhado 30 realizad o benchmarkin g retido organiza r O benchmarking tem por objetivo, através da aprendizagem advinda da comparação da empresa com outras, estimular e facilitar as mudanças organizacionais e a melhoria de desempenho.A idéia básica do BPR é construir a organização através dos processos que ela executa, ao invés de criar departamentos por especialidades. O benchmarking pode ser realizado para a organização como um todo ou visar apenas um determinado processo, departamento, ou unidade de negócio. O BPR, aplicado de forma indevida por pessoas não capacitadas em diversas empresas, perdeu o foco dos ganhos gerados em função da melhoria dos processos em si, e passou a considerar os ganhos financeiros da redução imediata de custos ocasionada por uma expressiva redução do quadro de empregados. departament o repartição perdeu ganhou induçã o empregados trabalho BPR executa básic a 31 Síntese da Aula 10 – Tecnologias de Gestão Orientadas para Processos de Negócios: Benchmarking e BPR Conceitos da aula: • Benchmarking é um processo de gestão, ou técnica de gestão; • viu que através do benchmarking as empresas ou organizações avaliam o desempenho dos seus processos, sistemas e procedimentos de gestão fazendo comparações entre o desempenho de seus processos e os melhores desempenhos encontrados em outras organizações; • aprendeu que o benchmarking pode ser realizado para a organização como um todo ou visar apenas um determinado processo, departamento ou unidade de negócio; conheceu que a ideia básica do BPR é construir a organização através dos processos que ela executa, ao invés de criar departamentos por especialidades; • compreendeu que apesar de seus resultados, o BPR ganhou má-fama por ter sido sistematicamente utilizado como desculpa para demissões em massa; • viu que o BPR, aplicado de forma indevida por pessoas não capacitadas em diversas empresas, perdeu o foco dos ganhos gerados em função da melhoria dos processos em si, e passou a considerar os ganhos financeiros da redução imediata de custos ocasionada por uma expressiva redução do quadro de empregados.
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