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teoria da contabilidade Resumo

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Convenções Contábeis
Foram criadas com base na grande margem de liberdade que os Princípios Contábeis permitem ao
contador no registro das operações (escrituração dos fatos contábeis). Ou seja, as convenções são
mais objetivas e têm a função de indicar a conduta adequada que deve ser observada no exercício
profissional da contabilidade.
Sendo assim, as convenções contábeis têm por objetivo limitar ou restringir a abrangência dos
Princípios Contábeis, definindo com maior precisão e clareza o seu alcance e significado. Elas
representam o complemento dos Princípios e Postulados, no sentido de delimitar conceitos,
atribuições e direções a serem seguidas no registro das operações facilitando o trabalho do contador.
Segue abaixo as principais convenções:
Convenção da Objetividade
Refere-se ao sentido de neutralidade que se deve atribuir à Contabilidade nos registros dos fatos que
envolvem a gestão do patrimônio das entidades. O profissional contábil deve escolher, entre vários
procedimentos, o mais adequado para descrever um evento contábil. Ele deve procurar exercer a
Contabilidade sempre de forma objetiva, não se deixando levar por sentimentos ou expectativas de
administradores ou qualquer pessoa que venha a influenciar o seu trabalho. Os registros devem estar
baseados, sempre que possível, em documentos que comprovem a ocorrência das respectivas
transações.
A finalidade dessa convenção é eliminar ou restringir áreas de excessivo liberalismo na escolha de
critérios, principalmente de valor.
Exemplo: Toda vez que um Contabilista tiver mais de uma opção de valores para atribuir a um
dado bem, como um documento original de compra e um laudo pericial de avaliação do bem, ele
deverá optar pelo mais objetivo. No caso, o documento.
OBS.: Caso não haja documento para suporte, deve-se convocar peritos em avaliação que, mediante
laudos, forneçam um valor objetivo para o contador desenvolver de maneira imparcial sua
contabilidade.
Convenção da Materialidade
Estabelece que a contabilidade não deve se preocupar com valores ou fatos irrelevantes, tanto do
ponto de vista de registro como de controle. Sendo assim, a informação contábil deve ser relevante,
justa e adequada e o profissional deve considerar a relação custo x benefício da informação que
será gerada, evitando perda de recursos e de tempo da entidade. Dessa forma, o contador não perde
tempo com registros cujos controles podem se tornar mais onerosos (caros) que os próprios valores
a serem registrados.
Exemplo: Quando materiais de expediente da empresa são utilizados (como papéis, impressos,
lápis, caneta, etc.), é registrado uma diminuição do ativo da empresa. Essa diminuição poderia,
teoricamente, ser lançada nos registros contábeis à medida de sua ocorrência, porém, pela
irrelevância da operação isto não é feito. A despesa é apurada somente no final do período por
diferença de estoques, dado os seus pequenos valores unitários.
Em resumo, cabe à administração da empresa, sem ferir os demais Princípios e Convenções, bem
como as normas constantes da Legislação Comercial e Fiscal, estabelecer uma relação custo-
benefício, para decidir sobre a adoção de um sistema contábil mais apurado e detalhado, evitando o
desperdício de tempo e dinheiro para controlar elementos e mutações patrimoniais de pequena
expressão em relação ao conjunto do Patrimônio.
Convenção da Consistência
De acordo com essa convenção, os critérios adotados no registro dos atos e fatos administrativos
não devem mudar frequentemente. Refere-se a uniformidade, utilizando métodos e critérios
uniformes ao longo do tempo para o registro dos fatos contábeis e elaboração das demonstrações
financeiras.
OBS.: No caso de necessidade de mudanças em tais critérios, tais devem ser informadas em notas
explicativas nos relatórios contábeis de maneira a informar ao usuário esta mudança.
Ou seja, os relatórios devem ser elaborados com a forma e o conteúdo das informações consistentes
para facilitar sua interpretação e análise pelos diversos usuários. Quando houver necessidade de
adoção de outro critério ou método de avaliação, o profissional deverá informar a modificação e
apresentar os reflexos que a mudança poderá causar se não for observada pelo usuário.
Exemplo: Se for adotado o método FIFO para avaliação de estoques em lugar do LIFO (ambos
atendem ao mesmo princípio geral, isto é, "Custo como base de valor"), deverá ser usado sempre o
mesmo método nos outros períodos.
IMPORTANTE: A quebra da consistência na escrituração provoca influências nos demonstrativos
contábeis, o que prejudica a análise clara e eficiente em comparação com os demonstrativos de
exercícios anteriores.
Convenção do Conservadorismo
Estabelece que o profissional da Contabilidade deve manter uma conduta mais conservadora em
relação aos resultados que serão apresentados, evitando que projeções distorcidas sejam feitas pelos
usuários.
A posição conservadora (precaução/prudência) do contador será evidenciada para antecipar
prejuízo e nunca antecipar lucro. Assim ele não estará influenciando os acionistas, por exemplo, a
um otimismo que será ilusório (é preferível ter expectativa de prejuízo e a entidade apresentar
resultados positivos do que o contrário). O objetivo do conservadorismo é não dar uma imagem
otimista em uma situação alternativa que, com o passar do tempo, poderá reverter-se. 
Existindo alternativas igualmente válidas para se atribuir valores aos elementos patrimoniais, por
motivo de precaução, deve-se optar pelo valor mais baixo ao ativo e pelo valor mais alto ao
passivo.
Exemplo: Se o contador estiver em dúvida diante de dois valores, igualmente válidos, de dívida da
empresa com terceiros, ele deverá registrar o maior valor.
Deriva dessa convenção a regra do custo de mercado, dos dois o menor, pela qual o estoque será
avaliado pelo preço de mercado, se este for inferior ao custo de aquisição. De certo modo, ela
modifica o Princípio do Custo Histórico como Base de Valor, adotada pela atual Lei das S.A.
Postulados:
São comumente chamados de "Pilares da Contabilidade", por serem a base de toda a teoria contábil.
O Postulado da Entidade estabelece o Patrimônio como sendo o objeto da Contabilidade, e afirma a
necessidade de diferenciação do patrimônio próprio com o patrimônio da entidade jurídica,
independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou
instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. É imprescindível
distinguir corretamente a pessoa física da pessoa jurídica.
 O Postulado da Continuidade prevê que o processo contábil deve ser desenvolvido supondo-se que
a entidade nunca terá um fim ou seja sem prazo estimado de duração. A suspensão das suas
atividades pode provocar efeitos na utilidade de determinados ativos, com a perda, até mesmo
integral, de seu valor. A queda no nível de ocupação pode também provocar efeitos semelhantes.
Na contabilidade, a categoria postulados são muitos abrangentes, pois envolve o ambiente e as 
condições de executar a contabilidade e eles representam o alicerce sobre o qual se desenvolve todo 
raciocínio contábil.
Classificação dos postulados:
Postulado Normativo: defini o que a contabilidade deve fazer ou como deve ser feita e é 
necessário obedecer preceitos legais e todo processo de informação deve ser amparado pela 
legislação inerente à área. Os postulados normativos representa procedimentos da contabilidade 
financeira ou societária.
Postulado Descritivo: além de definir o que a contabilidade deve fazer, tentam descrever e explicar
porque e como a informação contábil deve ser apresentada e comunicada aos usuários.
Postulado Ambientais: defini o ambiente no qual a contabilidade pode ser elaborada. São 
fundamentais para que se possa entender asdiversas dimensões da geração da informação contábil, 
à medida que evidenciam o ambiente econômico, social, jurídico e organizacional das empresas. 
Nesse contexto destaca a importância da contabilidade no sentido de propiciar aos gestores 
informações que denotem a importância desses ambientes no processo de geração de caixa e 
continuidade da empresa.
Os postulados, nesse caso, seriam o ambiente e através do qual se pretende alcançar os objetivos 
propostos e para alcançar os os objetivos são necessário apenas dois postulados básicos que são:
1 - Postulado da Entidade Contábil: entidade e qualquer individuo, empresa, grupo de empresas etc, 
desde que desenvolva atividade econômica e que se justifique um relatório separado de receitas e 
despesas com vistas a apuração do resultado analisando os seguintes enfoques jurídico, econômico, 
organizacional e social.
2 - Postulado de Continuidade: prevê que o processo contábil deve ser desenvolvido supondo-se que
a entidade nunca terá um fim ou seja sem prazo estimado de duração. A suspensão das suas 
atividades pode provocar efeitos na utilidade de determinados ativos, com a perda, até mesmo 
integral, de seu valor. A queda no nível de ocupação pode também provocar efeitos semelhantes.
Princípios e Convenções 
1. Princípio da Entidade: reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a 
autonomia patrimonial, a necessidade de diferenciar um patrimônio particular de uma pessoa 
física,independentemente dos patrimônios das pessoas jurídicas individuais, do conjunto de pessoas 
jurídicas, sem considerar se a finalidade é ou não a obtenção de lucro. O patrimônio de uma pessoa 
física não se confunde, nem se mistura com o patrimônio da pessoa jurídica em que fizer parte. Na 
prática, como exemplo: despesas particulares de pessoas físicas (administradores, funcionários e 
terceiros) não devem ser consideradas como despesas da empresa; bens particulares de 
administradores não devem ser confundidos ou registrados na empresa. 
2. Princípio da Continuidade: a continuidade ou não de uma Entidade (empresa), bem como a sua
vida estabelecida ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das 
variações patrimoniais. Essa continuidade influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos 
casos, o valor e o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da sociedade tem 
prazo determinado, previsto ou previsível. 
Todas as vezes que forem apresentadas as Demonstrações Contábeis (Balanço Patrimonial, DRE, 
etc) e, nessa data, ser conhecido um fato relevante que irá influenciar na continuidade normal da 
empresa, esse fato deverá ser divulgado através de Nota Explicativa A aplicação desse princípio 
está intimamente ligada à correta aplicação do Princípio da Competência, pois se relaciona 
diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, e de 
constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado. 
Muito cuidado, porém, deve ser observado pelo profissional na observância desse PFC, uma vez 
que uma informação não fundamentada poderá trazer desastradas consequências para a empresa. 
3. Princípio da Oportunidade - refere-se ao momento em que devem ser registradas as variações 
patrimoniais. Devem ser feitas imediatamente e de forma integral, independentemente das causas 
que as originaram, contemplando os aspectos físicos e monetários.Quando se tratar de um fato 
futuro, o registro deverá ser feito desde que tecnicamente estimável mesmo existindo razoável 
certeza de sua ocorrência. São os casos de Provisões para Férias, para Contingências, etc.
4. Princípio do Registro pelo Valor Original /(ou Custo Como Base de Valor) - as variações do 
patrimônio devem ser registradas pelos valores originais das transações com o mundo exterior, 
expressos em valor presente e na moeda do país. Esses valores serão mantidos na avaliação das 
variações patrimoniais posteriores, quando configurarem agregações ou decomposições no interior 
da empresa. 
5. Princípio da Competência - estabelece que as Receitas e as Despesas devem ser incluídas na 
apuração do resultado do período em que foram geradas, sempre simultaneamente quando se 
correlacionarem (Princípio da Confrontação das Despesas com as Receitas), independentemente de 
recebimento ou pagamento. Prevalece sempre o período em que ocorreram. 
As Receitas são consideradas realizadas (ocorridas):
a) nas vendas a terceiros de bens ou serviços, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem o 
compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade do bem vendido, quer pela 
fruição (usufruto) do serviço prestado; 
b) quando do desaparecimento parcial ou total de um passivo, qualquer que seja o motivo; 
c) pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros. 
As Despesas são consideradas incorridas:
a) Quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para 
terceiro; 
b) pela diminuição ou extinção do valor econômico do ativo; 
c) pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo. 
6. Princípio da Prudência - determina a adoção do menor valor para os componentes do Ativo e 
do maior valor para os componentes do Passivo, sempre que se apresentarem alternativas 
igualmente válidas para a quantificação das variações patrimoniais que alterem o PL. Impõe a 
escolha da hipótese de que resulte menor PL, sempre que se apresentarem opções igualmente 
aceitáveis diante dos demais PFC’s. Baseia-se na premissa de “nunca antecipar lucros e sempre 
prever possíveis prejuízos”. 
A aplicação desse PFC ganha ênfase quando devem ser feitas estimativas para definir valores 
futuros com razoável grau de incerteza.

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