Apresentação código florestal

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GURUPI
ENGENHARIA FLORESTAL
GERENCIAMENTO DA INDÚSTRIA DA MADEIRA
Código Florestal Brasileiro
 
 Acadêmico: 
 Leovigildo A. Costa Santos
Introdução
Brasil:
Legislação Ambiental Brasileira: considerada uma das mais completas do mundo,
País continental: 
Complexidade e peculiaridade de cada região: por ser composto de diferentes biomas e regiões, a legislação deve atender a peculiaridade de cada um e da região abrangida por ele, o que torna as leis complexas e muitas vezes de difícil interpretação.
Código Florestal
Lei 12.651 de 25 de maio de 2012;
Procura atender 6 princípios:
Compromisso do Brasil com a preservação das diversas formas de vegetação nativa,
Importância da agropecuária o papel das florestas e outras formas de vegetação nativa na sustentabilidade,
Ação governamental de proteção e uso das florestas,
Responsabilidades da União, Estados, DF, Municípios e sociedade civil a preservação e restauração da vegetação nativa e de suas funções em áreas urbanas e rurais,
Busca de inovação no uso sustentável do solo e da água
Incentivos econômicos para fomentar a recuperação e preservação da vegetação nativa atrelada ao desenvolvimento sustentável rural.
Pontos principais do Código Florestal:
APP;
Áreas Consolidadas;
Áreas de uso restrito;
Reserva Legal;
Cota de Reserva Ambiental;
Supressão da vegetação nativa para uso alternativo do solo;
Exploração Florestal;
Cadastro Ambiental Rural (CAR);
Programa de Regularização Ambiental.
Área de Preservação Permanente
Conceito;
Finalidade;
Objetivos: 
Proteção e conservação dos recursos hídricos e dos ecossistemas aquáticos,
Proteção e conservação dos solos e manutenção da recarga hídrica,
Declaradas de Interesse Social por Ato do Chefe do Poder Executivo.
APP de proteção e conservação dos recursos hídricos:
Cursos d’água naturais:
Largura da APP
Rios(largura)
30m
Com menos de 10m
50m
De 10m a 50m
100m
De 50m a 200
200m
De 200m a 600m
500m
Com mais de 600m
Nascentes e olhos d’água perenes: Raio mínimo de 50m de vegetação, como na figura abaixo.
Lagos e nas Lagoas Naturais:
Na zona rural: 50 metros para corpos d’água com superfície inferior a 20ha,100 metros para corpos d’água com superfície superior a 20ha.
Em zona urbana: 30 metro, independente da superfície do lago.
Lagos e lagoas naturais com superfície inferior a 01ha a APP é dispensada
Reservatórios Artificiais: 
Em zona rural a largura da faixa deverá medir entre 30m e 100m.
Em zona urbana, a largura da faixa deverá medir entre 15 e 30 metros.
Reservatórios destinado a geração de energia: APP será a distância entre o nível operativo normal e a cota máxima maximorum
Nas veredas: APPs demarcadas nas duas margens a partir dos locais permanentemente brejoso e encharcado, mínimo de 50m:
Nas restingas: Toda a extensão da restinga como fixadora de dunas e estabilizadora de mangues é considerada Área de Preservação Permanente. Supressão somente para utilidade pública.
Manguezais: São Áreas de Preservação Permanente os manguezais em toda sua extensão.
No topo de morros, montanhas e serras: de altura mínima de 100m e inclinação mínima de 25º a partir da base ou ponto de sela.
Encostas: As APPs são as encostas ou parte destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive.
Tabuleiros ou Chapadas: São APPs As bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais, deve estar acima de 600m de altitude em relação ao nível do mar.
Altitudes elevadas: são APPs as áreas com altitude superior a 1800m de altitude em relação ao nível do mar.
Casos especiais de APPs 
Objetivos: conter erosão, mitigar riscos de enchentes e deslizamentos, proteger restingas ou veredas, proteger várzeas, proteger fauna e flora ameaçadas de extinção; proteger sítios de excepcional beleza, valor científico ou histórico; faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias; assegurar condições de bem - estar público; auxiliar na defesa do território nacional (critério das forças militares); proteger áreas de importância internacional.
Intervenção em APP
Casos de utilidade pública;
Ações de interesse social;
Atividades eventuais ou baixo impacto ambiental;
Exclusivamente permitido a áreas consolidadas o uso de APPs para atividades agrosilvipastoris, ecoturismo e turismo rural;
Permitido o acesso de pessoas e animais para obtenção de água e atividades de baixo impacto.
Recomposição de APPs por quantidade de módulos fiscais em Áreas Consolidadas: nas encostas e áreas de altitude > 1800m é desnecessária a recomposição.
Áreas de uso restrito
Conceito;
Pantanais e planícies pantaneiras,
Áreas com declividade entre 25⁰ e 45⁰
Reserva Legal
Conceito;
Tamanho da RL
% da propriedade
Formação Vegetal
80%
Floresta (Amazônia Legal)
35%
Cerrado(Amazônia Legal)
20%
Áreas campestres (Amazônia Legal)
20%
Demais formações vegetais do país.
Observações quanto à RL:
APP pode ser computada no cálculo da reserva legal, exemplo: propriedade em área de reserva legal de Cerrado, com 10% de APP e 0% de RL, somente recompor 10% da RL e computar a APP.
Em área de Cerrado com área da APP sendo 20% da propriedade, está dispensada a recomposição da RL.
Se a área já tiver 20% de Reserva Legal e mais 20% de APP, o proprietário não poderá excluir ou desmatar a RL.
O cômputo da APP na RL pode ser feito em qualquer propriedade, não importando o tamanho.
Casos de redução da Reserva Legal:
Os casos de redução ocorrem somente para recomposição e nunca para supressão, a redução não se aplica a corredores ecológicos e áreas prioritárias para conservação. Quando pode ocorrer redução:
Quando 50% da área do município for de UC de domínio público ou terras indígenas homologadas, 
Quando permitido pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente se o Estado tiver Zoneamento Ecológico Econômico aprovado e mais de 65% de seu território ocupado por Ucs de domínio público, 
Quando a Reserva Legal é dispensada?
Pela permissão ou autorização para exploração de potencial de energia elétrica,
Implantação ou ampliação de rodovias e ferrovias,
Quando as áreas são utilizadas para infraestrutura pública (transporte, saúde, saneamento, educação, etc.)
O que pode ser feito na Reserva Legal?
Manejo florestal com propósito comercial,
Manejo florestal sem propósito comercial em pequenas propriedades a exploração de madeira é de no máximo 15m³/ano, em médias e grandes propriedades é de 20m³ por ano.
Exploração de produtos não madeireiros deve-se respeitar:
-Períodos de coletas e volumes especificados pelo órgão ambiental competente,
-Época de maturação de frutos e sementes,
-Técnicas que não coloquem em risco a sobrevivência de indivíduos e das espécies coletadas.
Cota de Reserva Ambiental (CRA)
Cota de Reserva Ambiental é utilizada quando o proprietário não quer recuperar sua RL e compra cotas de vegetação nativa em outros lugares.
Para compensar a Reserva Legal a Cota precisa ser instituída em área de mesmo bioma e, se for em outro estado tem que estar em área considerada prioritária.
Supressão da vegetação nativa para uso alternativo do solo, deve seguir os requisitos: 
Cadastramento do imóvel no Cadastro Ambiental Rural.
Planta da propriedade indicando APP, RL e áreas de uso restrito com coordenadas geográficas.
Reposição ou compensação florestal: efetuar o plantio equivalente, com espécies preferencialmente nativas do mesmo bioma onde ocorreu a supressão, em outro
local, mas obrigatoriamente dentro do mesmo Estado da Federação.
Utilização efetiva e sustentável das áreas já convertidas: é preciso que o imóvel não tenha área abandonada ou subutilizada.
Exploração de florestas nativas
Somente será permitida a exploração mediante a elaboração e apresentação do Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS),
Exploração de Florestas Plantadas:
É livre a exploração de florestas plantadas nas áreas não consideradas de APP ou RL,
A exploração de florestas nativas plantadas em áreas de uso alternativo não necessita de autorização prévia, desde que o plantio esteja registrado no órgão ambiental e a exploração seja previamente declarada.
Cadastro Ambiental Rural (CAR)
Conceito: registro público nacional para todas as propriedades rurais.
Objetivo: controle ambiental e do desmatamento, base de combate a desmatamentos, monitoramento e planejamento ambiental e econômico.
Como e onde se inscrever no CAR: inscrição no órgão ambiental estadual ou municipal.
O que é exigido na inscrição?
Identificação do proprietário ou possuidor rural,
comprovação da propriedade ou posse rural,
identificação do imóvel por meio de planta e memorial descritivo com indicações das coordenadas geográficas, com pelo menos um ponto de amarração do perímetro do imóvel, e com informações da localização dos remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Preservação Permanente– APPs , das Áreas de Uso Restrito, das áreas consolidadas e, caso exista, da localização da Reserva Legal.
Programa de Regularização Ambiental (PRA)
São programas da União, Estados, Distrito Federal e Municípios a compreender o conjunto de ações ou iniciativas a serem desenvolvidas por proprietários e posseiros rurais com o objetivo de adequar e promover a regularização ambiental.
É obrigatório a inscrição no CAR.
Se a propriedade tiver passivo ambiental o proprietário deverá solicitar de imediato o PRA.
Observações sobre o Programa de Regularização Ambiental:
As infrações cometidas antes de julho de 2008, após a adesão do PRA o proprietário ou possuidor rural não poderá ser autuado e terá suspensas as sanções relacionadas ao passivo.
Cumpridos as obrigações estabelecidas no PRA, as multas serão convertidas em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental.
Referências
Cartilha do Código Florestal Brasileiro. Disponível em: http://www.ciflorestas.com.br/cartilha/index.html. Acessado em 08 de abril de 2015.
Código Florestal Brasileiro – Sistema FAEP. Disponível em: http://codigoflorestal.sistemafaep.org.br/wp-content/uploads/2012/11/novo-codigo-florestal.pdf. Acessado em 08 de abril de 2015.