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Simulado av2 Direito Penal

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7 )Fato típico + ilícito + culpável = Fato criminoso (Teoria do Crime)
Fato Típico – 1 elemento. O crime está descrito na lei – Art. 157 do CP - AÇÃO de Subtrair com grave ameaça (inciso 1º). II - se há o concurso de duas ou mais pessoas. V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. (inciso 2º - paragrafo II e V). PUNE-SE a mera tentativa - Art. 14 - Diz-se o crime: Tentativa II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Pena de tentativa Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
Desistência voluntária e arrependimento eficaz Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
Arrependimento posterior - Art. 16 Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
São excludentes de TIPICIDADE, se atender aos seguintes requisitos:
Início da execução;
Não consumação do crime por circunstancias inerentes à vontade do(s) agente(s);
Voluntariedade (agir ou deixar de agir sem coação física ou moral).
Pode-se então concluir que o fato típico não será afastado, ou seja, não há ausência de tipicidade na adequação típica indireta do fato.
Ilícito – 2 elemento. O fato típico devidamente classificado é justificável? Praticado o fato típico, presume-se a antijuridicidade (teoria da ratio cognoscendi), havendo uma causa que exclua a antijuridicidade (descriminante), o fato será jurídico/lícito.
Critério de razoabilidade: O excesso doloso ou culposo será analisado e poderá levar à responsabilização do agente.
Estado de necessidade: 
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa; 
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito
Excesso punível
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo. 
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
Legitima defesa:
Art. 25 – Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Culpável – 3 elemento. Juizo de reprovação do agente por ter praticado um fato típico e antijurídico, quando podia entender o caráter ilícito do fato e, assim, agir conforme o direito.
Impuitabilidade: Atribuição de capacidade para o agente ser responsabilizado. Responsabilidade pelos seus atos.
Potencial consciência da ilicitude. 
Não se exige o conhecimento da lei mas sim o conhecimento do profano, de uma situação lógica naquela situação.
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. 
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. 
Coação irresistível e obediência hierárquica.
Exigibilidade de conduta diversa.
Causas de exclusção da culpabilidade:
Inimputabilidade:
Menor idade Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. Emoção e paixão
Art. 228. CF São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.
Doença mental. Inimputáveis. Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Obs.: Semi-imputabilidade art. 26 PU Redução de pena Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. SISTEMA VICARIANTE: Art. 98 - Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste Código e necessitando o condenado de especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, nos termos do artigo anterior e respectivos §§ 1º a 4º. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Direitos do internado. 
Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial. Prazo § 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos. Perícia médica § 2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá ser repetida de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execução. Desinternação ou liberação condicional § 3º - A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser restabelecida a situação anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, pratica fato indicativo de persistência de sua periculosidade. § 4º - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos. Substituição da pena por medida de segurança para o semi-imputável
Embriaguez completa: Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: 
I - a emoção ou a paixão; 
Embriaguez
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. 
§ 1 º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
§ 2 º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
A analise é realizada pela Teoria do Crime, onde a lei penal descreve condutas reprováveis que acarretam uma sanção devido a prática de uma ação. Portanto houve fato criminoso, pois os três critérios da análise para existência de um crime foram encontrados.
Houve o crime tentado de subtrair coisa móvel alheia mediante extorsão e coparticipação.
Há adequação de um fato ocorrido no mundo exterior que se amolda de acordo com o art 157, onde de um tipo podemos dizer também que o fato se subsumiu ou que houve subsunção do fato à norma penal quando este se adequa perfeitamente ao tipo.
E de acordo com o Art 29 contribuiu com o crime sem fazer a ação central, que possibilita a punição de quem colaborou para o crime sem praticar a conduta principal. Responderá pelo mesmo crime. O fato se adequa ao crime. A norma, a partir da utilização de uma norma de extensão é o que ocorre com as normais previstas no Art 14 2 Do CP, que permite a punição do crime tentado.
CP - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940 
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. 
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: 
§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018) 
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; 
I – (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018) 
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; 
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância. 
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) 
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) 
VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) 
§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços): (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) 
I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo; (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) 
II – se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) 
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal de natureza grave, a pena é de reclusão, de cinco a quinze anos, alem da multa; se resulta morte, a reclusão é de quinze a trinta anos, sem prejuizo da multa. 
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de cinco a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) 
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 
§ 3º Se da violência resulta: (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018) 
I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 (sete) a 18 (dezoito) anos, e multa; (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) 
II – morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) 
Extorsão 
CP - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940 
Art. 14 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime consumado (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Pena de tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Desistência voluntária e arrependimento eficaz (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Conceito analítico de crime (Tipo Penal : Modelo, padão de conduta que o Estado, por meio de um único inctrumento (LEI) tipifica.
Objetivos do tipo: Visa que determinada conduta seja tipificada, ou determinada que seja levada a efeito por todos nós. O tipo, assim, é a descrição precisa do comportamento humano feita pela lei penal. 
Elementares: São os dados essenciais à figura, sem os quais ocorre uma atipicidade absoluta ou relativa da conduta.
a)	Atipicidade absoluta – nesse caso, ausente uma elementar indispensável ao tipo, a conduta do agente será considerada atípica.
b)	Atipicidade relativa – nesse caso, ausente uma elementar, ocorreará a desclassificação do fato para outra figura típica.
Elementos integrantes do tipo penal:
a)	Elementos Objetivos:
I)	Elementos descritivos:
II)	Elementos normativos:
b)	Elementos subjetivos
Tipicidade Penal:
Quando alquem realiza uma conduta, para que ela seja punida, é preciso que ela se amolde a um modelo abstrato previsto na lei penal.
a)	Tipicidade formal ou legal: É a adequação de uma conduta realizada àquela prevista na lei penal.
b)	Tipicidade material: Aqui, haverá a necessidade de a conduta do agente violar de maneira significativa o bem jurírico tutelado. Caso a violação não seja significativa, não ensejará a aplicação da lei penal, sendo considerada portanto INSIGNIFICANTE.
c)	Tipicidade Conglobante: É a soma da ANTINORMATIVIDADE + TIPICIDADE MATERIAL . A conduta praticada pelo agente deverá ser antinormativa, ou seja, deverá ser contrária a todo o ordenamento jurídico. Assim. Se existir uma norma que determine a realização de determinada conduta, esta conduta será normativa e portanto, lícita.
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Questão objetiva.
Sobre tipicidade, considere as afirmações abaixo.
I - Os princípios da insignificância penal e da adequação social se identificam, ambos caracterizados pela ausência de preenchimento formal do tipo penal.
II - Tipicidade legal é a individualização que a lei faz da conduta, mediante o conjunto dos elementos descritivos e valorativos (normativos) de que se vale o tipo legal.
III - A tipicidade conglobante é um corretivo da tipicidade legal, posto que pode excluir do âmbito do típico aquelas condutas que apenas aparentemente estão proibidas.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
X b) Apenas II e III.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
8.a) Ato comissivo é aquele que o agente pratica o ato através de uma ação; já ato omissivo é aquele que se pratica o ato através de uma omissão, um não agir.
8.b) Homicídio, porque o agente era garantidor, pai, tinha responsabilidade legal. Artigo 121 inciso 2 paragrafo III asfixia do código penal combinado com o artigo 13, § 1º do código penal. Porém o inciso 5 diz: § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
Art. 121. Matar alguem:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
Caso de diminuição de pena 
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
Homicídio qualificado 
§ 2º Se o homicídio é cometido: 
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; 
II - por motivo futil; 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; 
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido; 
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
II - menosprezo
ou discriminação à condição de mulher. (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
Homicídio culposo 
§ 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) 
Pena - detenção, de um a três anos. 
Aumento de pena 
§ 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de um terço, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. 
§ 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de um terço, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de catorze anos. (Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990) 
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) 
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) 
§ 6º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012) 
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima. (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio 
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Superveniência de causa independente (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Relevância da omissão (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Questão objetiva.
Analise as assertivas abaixo e selecione a opção correta:
I. Para a teoria finalista, ação é a conduta do homem, comissiva ou omissiva, dirigida a uma finalidade e desenvolvida sob o domínio da vontade do agente, razão pela qual não reputa criminosa a ação ocorrida em estado de inconsciência, como no caso de quem, durante o sono, sonhando estar em legítima defesa, esbofeteia e causa lesão corporal na pessoa que dorme ao seu lado. Para esta mesma teoria, a culpabilidade não é psicológica, nem psicológico-normativa. 
II. Os princípios da adequação social e da insignificância, sugeridos pela doutrina, servem de instrumentos de interpretação restritiva do tipo penal, que afetam a tipicidade material do fato.
III. Os crimes omissivos impróprios são de estrutura típica aberta e de adequação típica de subordinação mediata. Só podem ser praticados por determinadas pessoas, embora qualquer pessoa possa, eventualmente, estar no papel de garante. Neles, descumpre-se tão somente a norma preceptiva e não a norma proibitiva do tipo legal de crime ao qual corresponda o resultado não evitado.
IV. Segundo o Código Penal, a omissão imprópria tem relevância penal sempre que houver o dever de impedir o resultado, independentemente do omitente ter ou não possibilidade de evitá-lo.
Estão corretas as assertivas: Resposta SOMETE I
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, II e III.
Caso 9
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas:
No dia 31 de março de 2012 (sábado), por volta das 19h30 min, na Avenida X, Antonino, dirigindo o veículo VW/Fusca 1300, placas XXX, cor verde, ano de fabricação/modelo 1976, atropelou Felizberto, causando-lhe lesões corporais das quais adveio sua morte por hemorragia encefálica consecutiva a fraturas de ossos do crânio. Restou comprovado que Antonino estava conduzindo seu veículo em estado de embriaguez alcoólica e em velocidade aproximada de 50km/h, durante a noite, com os faróis do veículo desligados, bem como sem possuir habilitação para conduzir veículo automotor, quando simplesmente colheu frontalmente a vítima, a qual caminhava bem próximo ao meio fio da calçada, causando-lhe as graves lesões corporais que o levaram a óbito. O acusado foi preso em flagrante e, no mesmo dia, posto em liberdade mediante o pagamento de fiança. Ante o exposto, a partir dos estudos sobre a teoria finalista da ação, responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas: 
Diferencie as condutas dolosas e culposas e apresente seus elementos caracterizadores.
9) Conduta dolosa indireta eventual: dirigir veículo automotor sem habilitação.
Conduta culposa: homicídio devido a embriaguez voluntária ou culposa não isenta e nem diminui a pena (art. 28 II CP).
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Embriaguez 
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 1 º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 2 º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
No caso concreto ora narrado, a conduta se configura dolosa ou culposa?
Dolosa. Pois a morte ocorreu devido ao perigo eminente do autor e a sendo embriaguez voluntária e culposa.
A conduta restará tipificada no Código Penal ou no Código de Trânsito Brasileiro (Lei n.9503/1997)?
A conduta será tipificada no Código Penal art. 121 Matar alguém, por ser um crime de maior importância, pois para o CTB o Ilícito seria puramente administrativo, caso não houvesse dano.
Artigo 309 da Lei nº 9.503 de 23 de Setembro de 1997 
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo
de dano:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
"Inexistindo provas acerca da existência do dano concreto, a conduta de dirigir sem habilitação não constitui crime, uma vez que, para que seja considerada como fato típico, exige a comprovação de que o agente teria colocado em risco, de forma concreta, a segurança própria ou alheia, não constituindo ilícito penal - mas, mera infração de trânsito - a condução de veículo por motorista inabilitado que não ocasione nenhum risco ou lesão a qualquer bem jurídico. Tanto é assim que no XXI Encontro do FONAJE foi aprovado o Enunciado 98, segundo o qual 'os crimes previstos nos artigos 309 e 310 da Lei 9.503/1997 são de perigo concreto'" https://www.conjur.com.br/2013-jul-06/dirigir-habilitacao-nao-configura-crime-nao-houver-risco-concreto
Questão objetiva.
Com a desclassificação no torneio nacional, o presidente do clube AZ demite o jogador que perdeu o pênalti decisivo. Irresignado com a decisão, o futebolista decide matar o mandatário. Para tanto, aproveitando o dia da assinatura de sua rescisão, acopla bomba no carro do presidente que estava estacionado na sede social do clube. O jogador sabe que o motorista particular do dirigente será fatalmente atingido e tem a consciência que não pode evitar que torcedores ou funcionários da agremiação, próximos ao veículo, venham a falecer com a explosão. Como para ele nada mais importa, a bomba explode e, lamentavelmente, além das mortes dos dois ocupantes do veículo automotor, três torcedores e um funcionário morrem. A partir da leitura desse caso, é correto afirmar que o indiciamento do jogador pelos crimes de homicídio sucederá 
a) por dolo direto de primeiro grau em relação ao presidente e ao motorista.
X b) por dolo eventual em relação ao motorista; aos torcedores e ao funcionário.
c) por dolo direto de segundo grau em relação ao presidente e ao motorista.
d) por dolo eventual apenas em relação aos torcedores.
e) por dolo direto de segundo grau apenas em relação ao motorista.
Caso 10
Leia à notícia transcrita abaixo e responda às questões formuladas:
Acidente envolvendo três veículos causa uma morte na RS-115 em Taquara Rodovia, no limite entre Taquara e Igrejinha, ficou bloqueada por cerca de quatro horas neste sábado (disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/transito/noticia/2018/04/acidenteenvolvendo-tres-veiculos-causa-uma-morte-na-rs-115-em-taquaracjfzeow47000a01qlhzjfs6aa.html.Atualizada em 14/04/2018 - 11h07min) Um acidente envolvendo três veículos causou uma morte, por volta de 6h30min deste sábado (14), entre os quilômetros 3 e 4 da RS-115, no limite entre Taquara e Igrejinha. A vítima está no local, aguardando perícia, e a via ficou totalmente bloqueada por cerca de quatro horas. Segundo informações iniciais, o acidente foi quase em frente ao posto do Corpo de Bombeiros de Taquara. Houve uma colisão frontal entre um veículo Uno, com placas de Taquara, e um caminhonete Montana. O condutor do Uno, Telminho Santos da Silva, 51 anos, foi arremessado para fora do carro após o impacto. Ele morreu no local. Duas pessoas que estava na caminhonete ficaram feridas. Logo após a colisão, um veículo Corolla bateu no Uno e ainda atingiu a vítima que estava na pista. O motorista do Corolla não ficou ferido. O Batalhão Rodoviário da Brigada Militar sinalizou o trecho e orientou motoristas sobre desvios no local. No entanto, com a chegada da perícia e com a retirada dos carros que estavam na pista, a rodovia foi liberada logo depois das 10h30. A Em relação ao trabalho pericial, um servidor deslocado para atender a ocorrência informou que foi acionado somente por volta de 8h30min. Os nomes das pessoas feridas não foram divulgados.
Ante o exposto, responda de forma objetiva e fundamentada: 
Quais as teorias adotadas pelo Código Penal acerca da Relação de Causalidade?
10.a) Teoria da conditio sine qua non. 
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 
Superveniência de causa independente 
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. Relevância da omissão.
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: 
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. 
No caso narrado, caso a vítima que se encontrava na pista em decorrência do acidente entre o veículo Uno e a caminhonete Montana, tivesse vindo a óbito em decorrência da conduta do motorista do Corolla, o resultado morte seria imputado a todos os condutores envolvidos no acidente?
Questão objetiva.
Analise as assertivas abaixo, acerca da Relação de Causalidade e Resultado e assinale a opção correta:
Para a teoria da conditio sine qua non, se a vítima morre quando poderia ter sido salva, caso levada, logo após o fato, a atendimento médico, responde o agente da ação com animus necandi por homicídio consumado. Mas, se levada a socorro em hospital, morresse por efeito de substância tóxica ministrada por engano pela enfermeira, o agente responderia por tentativa de homicídio e não por homicídio consumado. 
Para a teoria da imputação objetiva, o ato de imputar significa atribuir a alguém a realização de uma conduta criadora de um risco relevante e juridicamente proibido e a produção de um resultado jurídico. Pressupõe um perigo criado pelo agente e não coberto por um risco permitido dentro do alcance do tipo. O risco permitido conduz à atipicidade, e o risco proibido, quando relevante, à tipicidade. A imputação objetiva constitui elemento normativo implícito do tipo penal.
Considera-se o delito de extorsão mediante sequestro, previsto no art.159, do Código Penal, um crime instantâneo de efeito permanente, já que seu momento consumativo é instantâneo, mas seus efeitos perduram no tempo. 
Segundo a teoria da imputação objetiva, cuja finalidade é limitar a responsabilidade penal, o resultado não pode ser atribuído à conduta do agente quando o seu agir decorre da prática de um risco permitido ou de uma conduta que diminua o risco proibido.
Estão corretas as assertivas:
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) II, III e IV.
d) I e II.
Caso 11
Leia à notícia transcrita abaixo e responda às questões formuladas:
https://www.google.com.br/amp/g1.globo.com/ro/vilhena-e-conesul/noticia/2016/07/homem-e-flagrado-em-loja-com-pe-e-cabra-em-tentativa-de-furtoem-ro.amp (03/07/2016 ) VILHENA E CONE SUL Homem é flagrado em loja com pé de cabra em tentativa de furto em RO PM foi chamada, pois alguém teria quebrado vidro do estabelecimento. Suspeito tem condenação por furto e foi levado para Ressocialização. Um homem de 25 anos foi preso em flagrante por tentativa de furto em uma loja de móveis e eletrodomésticos na madrugada deste domingo (3). A Polícia Militar (PM) foi chamada a comparecer no estabelecimento, no bairro Cristo Rei, em Vilhenax (RO), pois alguém teria quebrado o vidro do local. No endereço, os policiais flagraram o suspeito com um pé de cabra. Conforme a PM, ao ver a viatura, o homem tentou se desfazer da ferramenta, jogando-a no lixo. Na loja foram encontrados uma bolsa, uma chave de roda de caminhão e outro
objeto utilizado para estourar cadeados. Ele foi levado para o Centro de Ressocialização Cone Sul, pois já tem condenação por furto. Diante da situação fática narrada e dos estudos sobre o iter criminis, responda de forma objetiva e fundamentada às questões formuladas:
a) A partir da análise do iter criminis, identifique em que fase o agente se encontrava.
Fase externa: Por em prática o que pensou e inicia a execução da conduta
b) Ainda, a partir da premissa de que o agente tentou se desfazer
da ferramenta, jogando-a no lixo, sua conduta configuraria tentativa ou desistência voluntária? Quais seus consectários penais?
Arrependimento Posterior. Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 
Crime impossível
Questão objetiva.
Decidido a praticar crime de furto na residência de um vizinho, João procura o chaveiro Pablo e informa do seu desejo, pedindo que fizesse uma chave que possibilitasse o ingresso na residência, no que foi atendido. No dia do fato, considerando que a porta já estava aberta, João ingressa na residência sem utilizar a chave que lhe fora entregue por Pablo, e subtrai uma TV. Chegando em casa, narra o fato para sua esposa, que o convence a devolver o aparelho subtraído. No dia seguinte, João atende à sugestão da esposa e devolve o bem para a vítima, narrando todo o ocorrido ao lesado, que, por sua vez, comparece à delegacia e promove o registro próprio. Considerando o fato narrado, na condição de advogado(a), sob o ponto de vista técnico, deverá ser esclarecido aos familiares de Pablo e João que:
X a) nenhum deles responderá pelo crime, tendo em vista que houve arrependimento eficaz por parte de João e, como causa de excludente da tipicidade, estende-se a Pablo.
b) ambos deverão responder pelo crime de furto qualificado, aplicando-se a redução de pena apenas a João, em razão do arrependimento posterior.
c) ambos deverão responder pelo crime de furto qualificado, aplicando-se a redução de pena para os dois, em razão do arrependimento posterior, tendo em vista que se trata de circunstância objetiva.
d) João deverá responder pelo crime de furto simples, com causa de diminuição do arrependimento posterior, enquanto Pablo não responderá pelo crime contra o patrimônio.
Caso 12
Leia a notícia abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas. No Acre, mulher alega legítima defesa e é absolvida de homicídio contra ex: 'apanhou por três anos', diz defesa. Ré esfaqueou o ex-marido durante uma briga no bairro Vitória em Rio Branco, em novembro de 2014. Júri popular entendeu que ela agiu em legítima defesa após ser agredida. (Disponível em: https://g1.globo.com/ac/acre/noticia/no-acre-mulher-alega-legitimadefesa- e-e-absolvida-de-homicidio-contra-ex-apanhou-por-tres-anos-diz-mae.ghtml) Atualizado em: Atualizado 15/03/2018 18h42.
O Tribunal do Júri de Rio Branco absolveu Karine Fonseca, de 21 anos, acusada de matar o ex-marido, em novembro de 2014, no bairro Vitória, na capital acreana. À Justiça, ela alegou que deu uma facada no homem, após ter sido agredida durante uma briga na casa dele. O julgamento ocorreu no Dia da Mulher, comemorado no dia 8 de março, mas o Tribunal de Justiça divulgou somente na quarta-feira (14). Um dos advogados de Karine, Fábio Santos, informou que a mulher já tinha registrado um boletim de ocorrência contra o ex-marido e que existia uma medida protetiva em seu favor desde o início do ano de 2014. Ele contou que o casal viveu junto por três anos e sofreu agressão desde o início. No dia do crime, segundo o advogado, a acusada foi até a casa do ex-marido para buscar as coisas que ele havia comprado para a filha deles, que na época tinha 2 anos, e, quando chegou, ele pediu que ela ficasse no local por um tempo. Eles dois teriam ingerido bebida alcoólica e à tarde, quando a mulher disse que ia embora, iniciou-se uma discussão. Nesse momento, ela correu para a cozinha e pegou uma faca para se defender. Foi quando o homem se aproximou para seguir com as agressões e ela o atingiu com uma facada na região do peito. A mulher chamou o Serviço de Atendimento Móvel (Samu) e saiu do local, mas foi presa em flagrante e ficou no presídio durante três meses. Depois, foi solta e passou a responder em liberdade. “No dia em que ela foi presa, ela aparentava scoriações, ele tinha agredido ela no dia que ela o matou. Ele já tinha sido preso anteriormente por agredir a mulher antes de Karine. Levantamos duas teorias, que foi a legítima defesa e outra foi a falta de necessidade da pena. Ela apanhou por três anos”, afirmou a defesa. Conforme o TJ-AC, o Júri Popular entendeu que o homicídio ocorreu em legítima defesa em deco rência da agressão física e verbal em que a mulher passava pelo ex-marido, no momento em que decidiu dar a facada. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre ilicitude e causas excludentes, responda de forma objetiva e fundamentada:
Qual a distinção entre legítima defesa e estado de necessidade?
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
§ 1 º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. 
§ 2 º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços. 
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
O objetivo desses institutos é o mesmo: o de afastar uma agressão injusta, atual ou iminente, considerando as devidas peculiaridades para cada situação. São as circunstâncias, o momento, a vontade do agente que ditarão quais dos institutos devem ser aplicados ao caso concreto. As diferenças conceituais são sutis. Um dos requisitos do estado de necessidade é a razoabilidade do sacrifício do bem. Assim, há estado de necessidade no sacrifício de um bem menor para salvar um bem de maior valor, bem como no sacrifício de um bem de valor idêntico ao preservado, como no caso de um homicídio praticado num naufrágio, numa disputa pelo colete salva-vidas. Não se pode, todavia, abdicar-se da vida humana por um patrimônio. Essa aferição, valoração dos bens, é feita no caso concreto pelo magistrado. 
O Código Penal brasileiro adotou a teoria unitária, na qual o estado de necessidade é causa de exclusão de antijuricidade, desde que o bem jurídico sacrificado seja de valor igual ou inferior ao bem preservado. Dessa forma, se, para salvar vida humana, houver destruição de patrimônio alheio ou a morte de outra pessoa, haverá a excludente de ilicitude. Basta, somente, a razoabilidade da conduta do agente.
b) Ainda, o conselho de sentença tivesse entendido que Karine Fonseca atuou em excesso, ainda assim teria sido absolvida?
O Código Penal brasileiro adotou a teoria unitária, na qual o estado de necessidade é causa de exclusão de antijuricidade, desde que o bem jurídico sacrificado seja de valor igual ou inferior ao bem preservado. Dessa forma, se, para salvar vida humana, houver destruição de patrimônio alheio ou a morte de outra pessoa, haverá a excludente de ilicitude. Basta, somente, a razoabilidade da conduta do agente.
Questão objetiva.
Oficial de Justiça ingressa em comunidade no interior do Estado de Santa Catarina para realizar intimação de morador do local. Quando chega à rua, porém, depara-se com a situação em que um inimputável em razão de doença mental está atacando com um pedaço de madeira uma jovem de 22 anos que apenas caminhava pela localidade. Verificando que a vida da jovem estava em risco e não havendo outra forma de protegêla, pega um outro pedaço de pau que estava no chão e desfere golpe no inimputável, causando lesão corporal de natureza grave. Com base apenas nas informações narradas, é correto afirmar que, de acordo com a 
doutrina majoritária, a conduta do Oficial de Justiça:
a) não configura crime, em razão da atipicidade;
b) não configura crime, em razão do estado de necessidade;
c) configura crime, mas o resultado somente poderá ser imputado a título de culpa, em razão do estado de necessidade;
d) não configura crime, em razão da legítima defesa;
e) configura crime, tendo
em vista que não havia direito próprio do Oficial de Justiça em risco para ser protegido.

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