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DIREITO ADMINISTRATIVO II

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DIREITO ADMINISTRATIVO II
O Direito não é um poder do Estado, mas sim um dever deste. É um direito regulador das ações do ente público representado por seus agentes públicos.
Os atos administrativos são os atos da administração pública à luz do direito, é um ato de dever do Estado. A lei de licitações é um xemplo, pois também é um mecanismo de controle sobre as ações do Estado quando na contratação/ aquisição de bens ou serviços, assim como o pregão entre outros.
FATO
Fato é tudo o que acontece no mundo, no nosso dia- a- dia, p.ex.: um acidente de trânsito.
ATO
Ato vem da ação, da atitude volitiva, por meio da vontade humana.
FATO JURÍDICO
Fato jurídico é todo acontecimento que gera conseqüências jurídicas, p.ex.: a morte de um cidadão, os reflexos deste fato estão ligados ao direito sucessório, previdenciário.
ATO JURÍDICO ADMINISTRATIVO
O ato jurídico será administrativo quando gerar conseqüências administrativas, para a administração pública. 
ATO ADMINISTRATIVO
Ato administrativo é um ato de “vontade”, praticado por quem o represente (agente Público), causando efeitos jurídicos. Vontade está grifada pelo fato desta “vontade” não ser pessoal do agente, mas sim representado o interesse público. Para os agentes públicos só lês é autorizado fazer o que a lei permitir p.ex.: a desapropriação de terras, multa de trânsito, são atos da administração pública que devem ter, somente, e somente se, houver real interesse público, nunca para satisfazer as vontades pessoais do administrador. 
FATO ADMINITRATIVO
O fato administrativo é todo acontecimento que gera conseqüências jurídicas para a administração pública, p.ex.: uma escola atingida por enchente.
ATO ADMINISTRATIVO VINCULADO
Ato administrativo vinculado é o ato vinculado à lei, onde esta lei permite apenas uma possibilidade de ação ao administrador público. A lei permite ou não permite, regula se sim ou não, logo, diminui substancialmente, quiçá totalmente a margem de liberdade do administrador, p.ex.: a licença para constão de um empreendimento, neste sentido a licença pode ou não ser concedida. A lei vincula a decisão da administração. Estando preenchidos todos os requisitos legais para a concessão da licença, p.ex., e mesmo assim o administrador negá-la, cabe ao prejudicado impetrar mandado de segurança contra a administração pública. Outros exemplos: concessão de aposentadoria, processo administrativo disciplinar.
ATO ADMINISTRATIVO DISCRICIONÁRIO
Os atos administrativos discricionários, são os atos que a lei permite mais de uma ação/ comportamento do administrador público, a lei permite que o mesmo opte por uma ou outra ação, há certa margem de liberdade de manobra, sempre com vistas ao interesse público, não para seu deleite pessoal. Como exemplo cita-se: nomeação e exoneração de pessoa em cargo em comissão, autorização ou não de mesas e cadeiras em calçadas.
ELEMENTOS DO ATO ADMINISTRATIVO
São elementos para que o ato tenha existência legal.
Agente ou sujeito competente: este sujeito deve ser um agente público, p.ex.: mesários de eleição e jurados do júri popular (não são agentes públicos de carreira, contudo são nomeados para aquele ato). A lei é quem define quem são estes agentes competentes. Pode ser de competência primária, prevista em lei, competência secundária, por meio de delegação. Pode ainda ter competência dividida em razão da matéria, território, hierárquica e por tempo, ou seja, pelo tempo que o agente ocupar o cargo, os mesários e jurados são o exemplo.
Forma: é outro elemento, e se relaciona com a exteriorização da vontade, ou seja, a forma pela qual será publicado o ato. Em regra os atos administrativos além de públicos serão escritos (forma), há, contudo, outros que não têm a forma escrita, como por exemplo, o sinal regulamentar de parada de um agente de trânsito, o semáforo, placas de sinalização. O silêncio administrativo deve ser interpretado, a princípio, como não gerador de efeitos jurídicos, pois não advém da vontade da pessoa do agente, mas sim o que a lei prevê, contudo o silêncio não é um ato jurídico reconhecido, mas se este silêncio vier a causar prejuízo para o cidadão bem como para a própria administração pública é cabível ação. O vício da forma pode gerar invalidade, mas se não prejudicar o ato poderá ser sanado, caso contrário se prejudicar substancialmente o ato ele será nulo.
Fim ou finalidade: ter haver em o ato atingir, sempre, o interesse público, nunca o interesse do agente público, p.ex.: a transferência de um servidor público sem motivação por interesse público.
Motivo do ato administrativo: é pressuposto de validade, é o motivo pelo qual o ato administrativo será editado, Motivo todo ato deve ter, tanto o ato vinculado quanto o discricionário. Do ato vinculado é obrigatória a motivação, que nada mais é que a exposição da fundamentação que gerou o ato. Do ato discricionário não é obrigatória a motivação, logo, o administrador público não precisa da exposição da fundamentação por seu ato. Interessante pesquisar sobre a “teoria dos motivos determinantes” conforme o “STJ vem adotando a teoria dos motivos determinantes, relacionando aos princípios da proteção da confiança e da boa-fé objetiva, enquanto consectários do princípio constitucional da moralidade administrativa”.
(http://jus.com.br/artigos/23291/consideracoes-sobre-a-teoria-dos-motivos-determinantes-na-doutrina-e-na-jurisprudencia-do-stj#ixzz3StyhBJyK.). Motivos são as circunstâncias de fato e os elementos de direito que justificam o fato.
Objeto: é o resultado prático do ato em si.
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO (PRERROGATIVAS)
Presunção de legitimidade: informa toda a atividade da administração pública, além da exigência de celeridade e segurança das atividades administrativas;
Imperatividade: característica que atribui à administração pública o poder de coerção quando identificadas irregularidades e
Autoexecutoriedade: a própria administração executa seus atos, por meio da coação, impõe aos cidadãos suas vontades, ou melhor dizendo, as vontades que visam o interesse público, pois se vale do poder de polícia para executá-los.
CLASSIFICAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO
ATOS QUANTO AO DESTINATÁRIO: GERAIS E ABSTRATOS E INDIVIDUAIS
Os atos gerais são abstratos: não se sabe para quem será dirigido, pois é de abrangência geral. 
O ato individual: é o contrário, p.ex.: nomeação de cidadão para exercer o cargo administrativo.
ATOS QUANTO AO ALCANCE: INTERNO OU EXTERNO
É interno: quando destinado a fazer regulamentação de uma unidade administrativa. 
O externo: p.ex.: ocorre por meio de uma comunicação do horário de funcionamento de uma unidade pública.
ATOS QUANTO A MANIFESTAÇÃO DA VONTADE: UNILATERAL OU BILATERAL 
Unilateral: demanda da manifestação da vontade de apenas um agente, p.ex.: o contrato administrativo, no que se refere às cláusulas exorbitantes, mas se confunde com a bilateralidade, pois ainda que seja um contrato com a administração pública, o contrato requer a manifestação da vontade de ambas as partes, do particular e da administração pública. Os contratos administrativos, contudo, conforme autores é uma modalidade de expressão da vontade unilateral, pois se alicerça na teoria da supremacia do interesse público como fator determinante da vontade da sociedade, ou seja, restrita ao interesse público. É a expressão da vontade de administrar, sempre pautado pelo interesse público, p.ex.: portaria. 
Bilateral: demanda da vontade dos dois contraentes, coisa que, como apreciado acima, não existe na relação com a administração pública, apenas nas relações de direito privado.
ATOS QUANTO AO OBJETO: DE IMPÉRIO, DE GESTÃO OU DE EXPEDIENTE
De império: quando o administrador com base no interesse público pode expropriar um bem particular com objetivo de convertê-lo ao uso social, coletivo. O ato de desapropriação deve ser prévio e justo. 
Os atos de gestão: são atos realizados no interior da administração pública, p.ex.: locação,contratação para instalação de serviços públicos. 
Os atos de expediente: servem para dar impulso aos atos administrativos, como os despachos de mero expediente.
ATOS QUANTO GRAU DE LIBERDADE
Vinculados como a concessão de licença ou discricionários como a nomeação, já vistos anteriormente.
ATOS QUANTO À FORMAÇÃO, SIMPLES OU COMPLEXO
Simples: é p.ex.: a nomeação ou exoneração de servidor realizada por um agente público. Composto quando depende da manifestação da vontade de dois agentes do mesmo órgão público. 
Complexo: logo, é a manifestação da vontade de dois agentes realizados por dirigentes de órgãos distintos da administração pública, p.ex.: o quinto constitucional que depende da assinatura do chefe do poder executivo e do chefe do poder judiciário.
ATOS QUANTO À ESTRUTURA, CONCRETOS E ABSTRATOS
Concreto: quando o ato tem efeitos imediatos, p.ex.: a nomeação/ exoneração. 
Abstrato: pois se propaga no tempo, é duradouro, não se tem uma data fim, p.ex.: a fixação de velocidade em via pública.
ATOS QUANTO AOS EFEITOS, CONSTITUTIVOS OU DECLARATÓRIOS
Constitutivos: quando o ato cria direito, a nomeação, a aposentadoria, etc. 
Declaratório: quando o direito já existe, apenas declara o direito preexistente, p.ex.: o atestado.
ATOS QUANTO AO RESULTADO NA ESFERA JURÍDICA, AMPLIATIVOS E RESTRITIVOS
Ampliativo: quanto ao aumento dos direitos subjetivos, p.ex.: a posse. 
Restritivos: quando diminuem os direitos do cidadão, p.ex.: demissão.
MODALIDADES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
	ATOS NORMATIVOS: são os atos que contém comando geral e abstrato, assim como uma lei;
ATOS ORDINATÓRIOS: visam diretamente o funcionamento interno do órgão público;
ATOS NEGOCIAIS: não é no sentido comercial da palavra, são em verdade os atos de interesse do administrado e da administração pública, p.ex.: permissão;
ATOS ENUNCIATIVOS: tem haver no ato de emitir uma “opinião” um certificado, p.ex.: consulta de viabilidade de construção;
ATOS PUNITIVOS: atos de punição ao inadimplente/ infrator das leis/ normas, é restritivo.
FORMAÇÃO E EFEITO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
ATO PERFEITO: é o ato que está ligado ao que a lei prevê, se os requisitos da lei foram respeitados, legalidade em sentido estrito;
ATO VÁLIDO: além da perfeição deve estar em consonância com todo o direito, inclusive princípios, p.ex.: o professor contratado tendo alguém, que se submeteu o concurso público, aguardando vaga;
ATO EFICAZ: é o ato que já é válido e perfeito e está apto a tornar efeitos.
ATO PERFEITO<ATO VÁLIDO<ATO EFICAZ
EXTINÇÃO DO ATO
POR SUA EXECUÇÃO MATERIAL: O ato administrativo se extingue por já ter cumprido seus efeitos, p.ex.: exoneração;
PELO DESAPARECIMENTO DO OBJETO: quando o objeto do ato, por exemplo, o contribuinte falece. Pode ainda ser pela retirada ou desfazimento do ato anterior, por meio da anulação e revogação.
Anulação: ocorre por via judicial ou administrativa, esta por meio da auto- tutela. Pode ser o desfazimento de um ato ilegal ou ilegítimo. Anulação pelo judiciário quando se tratar de atos vinculados, em se tratando de atos discricionários o judiciário não pode entrar no mérito, mas pode intervir questionando o desvio, logo não questiona a conveniência e a oportunidade.
Revogação: ocorre por via administrativa somente. Baseada na conveniência e oportunidade, não está relacionada a um ato ilegal, senão seria anulação. O objeto de apreciação serão somente os discricionários. 
Súmula 473 STF,
 “A ADMINISTRAÇÃO PODE ANULAR SEUS PRÓPRIOS ATOS, QUANDO EIVADOS DE VÍCIOS QUE OS TORNAM ILEGAIS, PORQUE DELES NÃO SE ORIGINAM DIREITOS; OU REVOGÁ-LOS, POR MOTIVO DE CONVENIÊNCIA OU OPORTUNIDADE, RESPEITADOS OS DIREITOS ADQUIRIDOS, E RESSALVADA, EM TODOS OS CASOS, A APRECIAÇÃO JUDICIAL”. (grifo meu).
Pode ainda ocorrer a extinção dos atos administrativos pela:
CASSAÇÃO: por ter descumprido o contribuinte ou o favorecido alguma condição, p.ex.: exigência do alvará;
CONTRAPOSIÇÃO: exoneração diante da nomeação, edição de um ato que contrapõe ato anterior;
RENÚNCIA: a renúncia se dá pela vontade do beneficiário, é anterior, recusa de posse é um exemplo.
CONVALIDAÇÃO
A convalidação sana o vício, desde que o vício não corresponda a uma invalidação total do ato. Resumindo, deve ter relevante interesse público e não pode prejudicar direito de terceiro. Pode ser ratificado (confirmar, reafirmar, validar o que dissemos, fizemos ou prometemos), confirmado (tornar mais certo, mais firme, mais seguro: confirmar uma notícia, um testemunho) ou saneado (reparar, eliminar falhas ou excessos).
Se o ato foi impugnado ocorre obstáculos à convalidação. Está relacionada à segurança jurídica, assim como o decurso do tempo.
CONTRATO ADMINISTRATIVO
CONTRATO DE DIREITO PRIVADO: caracterizado pela horizontalidade, há, entre os contraentes, paridade de “armas” no que se refere às cláusulas do contrato. Existem obrigações recíprocas bem como deveres. 
CONTRATO DE DIREITO PÚBLICO: caracterizado pela verticalidade, ainda que os contratos devam ser proveitosos para ambos os contratantes, a administração pública se vale da supremacia do interesse público para em favor da sociedade estabelecer as cláusulas exorbitantes como meio de defesa dos interesses públicos. Há, portanto um descompasso no que se refere à igualdade de tratamento nesta modalidade de contrato.
A distinção entre um e outro está na lei que os rege, p.ex.: o contrato de direito privado se vale do CC/2002 enquanto o contrato de direito público é regido por regras do direito público, contudo em paralelo com o CC/2002. 
Vale lembrar que antes da existência do contrato administrativo tev que haver o processo licitatório.
Distinção: A administração age como poder público, o objeto do contrato visa a organização e funcionamento dos serviços públicos. Os contratos administrativos devem observar os procedimentos legais, sua importância ocorre para fins de controle de outros órgãos públicos, o legislativo, o Ministério Público, a controladoria, bem como o próprio povo, visto que são públicos, devem ser publicados. É um meio de fiscalização e controle dos atos públicos.
A administração pública se vale da supremacia do interesse público para impor cláusulas exorbitantes, com vistas ao bem público, serviços públicos, sociais. São cláusulas que não podem existir nos contratos de direito privado, contudo perante os contratos administrativos podem ocorrer.
 SEMELHANÇAS ENTRE UM E OUTRO CONTRATO
Ambos possuem forma, finalidade, procedimento e competência.
O aspecto formal é meio pelo qual será criado o contrato, via de regra, o contrato administrativo deve ser escrito. As aquisições com valor de até R$ 4.000,00 (Quatro Mil Reais), dispensam o contrato, portanto é o valor do negócio jurídico que vão determinar a obrigatoriedade ou não de licitação e posteriormente o contrato. Logicamente registros internos devem ser realizados para fins de prestação de contas. A finalidade, claro, sempre com vistas ao benefício público. O procedimento tem haver com a previsão de orçamento para então justificar a saída dos valores dos cofres públicos.
DIREITO POSITIVO
A base do contrato de direito administrativo se encontra capitulado no artigo 22, XXVI da Lei 8.666/93, ou seja, define a competência para legislar. Esta lei regulamenta a lei de licitações e contratos administrativos.
CARACTERÍSTICAS
A presença do administrador de onde advêm inúmeras prerrogativas. A forma prescrita em lei, conforme artigos 60, 61 parágrafo único, 62 e 55 todos da Lei 8.666/91. O artigo 55 estabelece as cláusulas necessárias. Os contratos serão arquivados por ordem cronológica, para fins de controle e fiscalização.
O procedimento legal são as licitações, a autorização legislativa o próprio contrato, etc.
É um tipo de contrato de adesão, o contatado não tem como discutir as cláusulas, se aceitar o contrato, apenas o cumpre.
A finalidade pública, já vista anteriormente....
Tem natureza intuito personae,ou seja, a empresa vencedora da contratação é quem deve executar o contrato, se houver subcontratação por parte da empresa vencedora, este fato deverá constar no momento da assinatura do contrato.
CLÁUSULAS EXORBITANTES, LEI 8.666/91
a) As cláusulas exorbitantes são as que caracterizam o contrato administrativo, dão a ele o poder de império e possibilita a garantia da supremacia do interesse público sobre o privado. A administração pode exigir certo valor como meio de garantia, estes valores serão discutidos ao final da execução do contrato. Existe pois no caso de qualquer motivo irrelevante de descumprimento do contrato pelo particular, o Estado se vale desta garantia como meio de indenização aos cofres públicos.
b) A alteração unilateral, no direito público, pode ocorrer sempre com vistas ao interesse público. Podem ser analisadas três situações que são: a adequação ao interesse público, conforme artigo 58,I, “O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de: I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado”, a modificação do objeto e o valor contratual, ambos previstos no artigo 65, I da Lei 8.666/91” , Art. 65, “Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: I - unilateralmente pela Administração”.
Quando ocorrer a alteração os limites são de 25% para acréscimos ou supressões, ou seja, um serviço que necessite de algum acréscimo por motivo, por exemplo, da troca de material empregado, não poderá ultrapassar o limite estipulado. O mesmo ocorre em casos de reforma, o limite é de 50%.
A manutenção do equilíbrio econômico e financeiro, tem relação com a própria saúde econômica e financeira tanto do Estado quanto do particular. Cláusula da onerosidade excessiva, quando o particular sofrer economicamente por motivo relevante e justificável, pode ocorrer a revisão do valor do contrato.
c) Na rescisão unilateral no contrato administrativo, são hipóteses relevantes dentre elas o inadimplemento, que é a falta de execução da obra ou serviço público, não enseja a indenização. Outra hipótese é o desaparecimento do objeto, que pode ser a falência ou insolvência da empresa contratada. A rescisão de forma unilateral só pode ocorrer por razões de interesse público. Em situações de caso fortuito ou força maior, são ocasionados por eventos da natureza, há discussão, pois a administração pública tem razão, pelo fato do contratado não ter culpa do fato atípico, pode gerar indenização, artigo 78.
Art. 78.  Constituem motivo para rescisão do contrato:
I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos;
II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos;
III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados;
IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;
V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação à Administração;
VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no contrato;
VII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de seus superiores;
VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na forma do § 1o do art. 67 desta Lei;
IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil;
X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado;
XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que prejudique a execução do contrato;
XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o contrato;
XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou compras, acarretando modificação do valor inicial do contrato além do limite permitido no § 1o do art. 65 desta Lei;
XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações assumidas até que seja normalizada a situação;
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação;
XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no projeto;
XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da execução do contrato.
Parágrafo único.  Os casos de rescisão contratual serão formalmente motivados nos autos do processo, assegurado o contraditório e a ampla defesa.
XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, sem prejuízo das sanções penais cabíveis. (Incluído pela Lei nº 9.854, de 1999)
d) A fiscalização do contrato, artigo 58 c/c 67,
Art. 58.  O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei;
III - fiscalizar-lhes a execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.
§ 1o  As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.
§ 2o  Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.
Art. 67.  A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
§ 1o  O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados.
§ 2o  As decisões e providências que ultrapassarem a competência do representante deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.
Existe o controle externo, exercido pelo legislativo, população, bem como o controle interno, por meio da própria administração pública por meio da controladoria.A fiscalização não somente existe na forma do contrato, mas também na execução da obra ou serviço.
e) A aplicação de penalidades, artigo 58 c/c 87 
Artigo 58 [...];
Art. 87.  Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:
I - advertência;
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;
III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.
§ 1o  Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferença, que será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela Administração ou cobrada judicialmente.
§ 2o  As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis.
§ 3o  A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é de competência exclusiva do Ministro de Estado, do Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a defesa do interessado no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação. (Vide art 109 inciso III)
Cabe à administração pública apurar o inadimplemento contratual e se necessária a aplicação de penalidades. Observados os institutos da ampla defesa e contraditórios. As sanções podem ser advertência, multa, etc.
f) Anulação está relacionada em razão do interesse público, está ligada a ilegalidade e ilegitimidade. “A administração pública pode revogar os atos... por ilegalidade...”, observadas a ampla defesa e o contraditório. Quando a ilegalidade for flagrada sendo cometido por agente público o contrato será anulado e isso enseja o direito do contratado à indenização correspondente. Apura-se neste caso a improbidade administrativa do servidor público.
g) Retomada do objeto contratual, artigo 80,
Art. 80.  A rescisão de que trata o inciso I do artigo anterior acarreta as seguintes conseqüências, sem prejuízo das sanções previstas nesta Lei:
I - assunção imediata do objeto do contrato, no estado e local em que se encontrar, por ato próprio da Administração;
II - ocupação e utilização do local, instalações, equipamentos, material e pessoal empregados na execução do contrato, necessários à sua continuidade, na forma do inciso V do art. 58 desta Lei;
III - execução da garantia contratual, para ressarcimento da Administração, e dos valores das multas e indenizações a ela devidos;
IV - retenção dos créditos decorrentes do contrato até o limite dos prejuízos causados à Administração.
§ 1o  A aplicação das medidas previstas nos incisos I e II deste artigo fica a critério da Administração, que poderá dar continuidade à obra ou ao serviço por execução direta ou indireta.
§ 2o  É permitido à Administração, no caso de concordata do contratado, manter o contrato, podendo assumir o controle de determinadas atividades de serviços essenciais.
§ 3o  Na hipótese do inciso II deste artigo, o ato deverá ser precedido de autorização expressa do Ministro de Estado competente, ou Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso.
§ 4o  A rescisão de que trata o inciso IV do artigo anterior permite à Administração, a seu critério, aplicar a medida prevista no inciso I deste artigo.
Se relaciona com o princípio da continuidade dos serviços públicos. Quando um particular executa um serviço público ocorre, p.ex.: quando o contrato da empresa com a administração pública acaba, o ente público retoma para si a responsabilidade de execução do serviço, pois os serviços públicos não podem parar, são essenciais.
h) Restrição “exceptio non adimplement contractus”. Exceção do contrato não cumprido, no direito público é relativizada, não é absoluto, mas deve ser bem fundamentado, quando a administração pública não cumprir com os requisitos à ela inerentes na parte que lhe cabe no contrato, artigo 78, XV, XVI,
Art. 78.  Constituem motivo para rescisão do contrato:
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação;
XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no projeto;
Pode ocorrer pela falta de pagamento para a empresa, a falta de desapropriação de um terreno para executar a obra.
MUTABILIDADE
Decorre das cláusulas exorbitantes, podem ser bilatérias, pelas ÁLEAS que são imprevisões, motivos. A álea administrativa é a alteração unilateral do contrato, artigo 58, I “O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de: I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado”. Álea administrativa= fato do príncipe, ex.: o tributo sobre a matéria prima, mudança necessária não ligada diretamente no contrato e as partes. Álea administrativa= Fato da administração, ex.: administração não entrega o local da obra, ligado a irregularidade ou inobservância da adm. Pública, pode ensejar aumento de prazo. Álea econômica= execução onerosa.
RESCISÃO DO CONTRATO
Artigo 79 Lei 8.666/91:
1) Unilateral (artigo 78, I a XII e VII);
2) Amigável (artigo 78, II);
3) Judicial (78, XIV, XV e XVI)
Terceirização, artigo 71, parágrafo 1º, caracterizado pela responsabilidade solidária.
CONTRATOS EM ESPÉCIE
Relembrando que os contratos administrativos são contratos de adesão, visto que a administração pública lança o contrato para apreciação dos interessados. O interessado não terá o direito de discutir cláusulas, pois há no contrato administrativo o princípio da supremacia do interesse público, que o torna diferente dos contratos de direito privado.
CONTRATO DE OBRA PÚBLICA
É o contrato utilizado para construção, reforma ou ampliação de imóveis públicos, visando o bom atendimento dos serviços públicos. O regime de execução pode ser sob empreitada que see relaciona com grandes obras ou por tarefa usual para pequenas obras.
CONTRATO DE FORNECIMENTO
Serve para a administração pública adquirir materiais diversos para suas diversas atividades de serviços públicos, p.ex. remédios, livros, equipamentos de segurança entre outros. O contrato pode ser de caráter integral que significa a entrega total dos materiais contratados, contínuo quando o contrato que é executado de forma continuada, p.ex. peças para veículos que serão disponibilizadas a medida da necessidade e o parcelado, quando o objeto do contrato é entregue por partes.
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
É o contrato utilizado para a administração pública com o objetivo de contratação de serviços que eventualmente a administração não disponha p.ex. o asfalto. Este modelo de contrato pode ser dividido em:
Contrato comum: são os contratos que seu objeto não tem caráter técnico profissional, cita-se a limpeza.
Contrato técnico profissional: necessidade de serviços com caráter técnicoé o caso dos serviços de engenharia, contadoria.
Contrato de serviço técnico especializado: via de regra dispensam contrato por sua especialização, são contratados por sua singularidade, caso de arquiteto Oscar Niemeyer. São, portanto, serviços distintos, especializados, direcionados.
Contrato de serviço artístico: É o contrato que objetiva a contratação de determinada pessoa, um cantor, um pintor, escultor etc.
CONTRATO DE CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO
Inicialmente, por óbvio, o serviço ou obra tem que ser público, ou obra, ou serviço ou concessão.
Os serviços públicos são de titularidade exclusiva da administração pública, ou seja, somente os serviços relacionados como públicos é que poderão ser concedidos. Pode ser concedido o transporte aéreo, o transporte coletivo municipal, Cia de águas e esgoto, radiocomunicação, energia elétrica. 
A base constitucional está no artigo 175 da CF,
Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.
E na lei federal 8.987/95 no artigo 2º,
 Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:
        I - poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja competência se encontre o serviço público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto de concessão ou permissão;
        II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;
        III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado;
        IV - permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
CARACTERÍSTICAS E ELEMENTOS
Por sua complexidade os contratos de concessão são escritos, não existem esse contratos sema forma escrita;
A concorrência pública é a modalidade utilizada para eleger a empresa que irá ofertar o serviço público;
Por seus atos, a administração pública responde por responsabilidade objetiva, esta característica se estende por analogia às empresas que ofertam o serviço público pela concessão;
Há lei específica, deve existir lei para que haja regulamentação da concessão do serviço público;
O serviço público concedido jamais será transferido a titularidade, apesar de o particular estar exercendo, a titularidade é do estado;
A concessão de serviço público prevê a cobrança de tarifas, não é tributo, ou seja, há remuneração pelos serviços públicos concedidos;
O prazo é determinado, visa um lapso temporal, onde o particular possa ter condições de após algum tempo exercendo a atividade poder auferir lucro por seus investimentos realizados; e
A concessão só ocorre para pessoa jurídica, nunca para pessoa física, por seu grau de complexidade e disponibilidade de recursos.
Direito dos usuários: artigo 7º da Lei 8.987/95,
Sem prejuízo do disposto na Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, são direitos e obrigações dos usuários:
        I - receber serviço adequado;
        II - receber do poder concedente e da concessionária informações para a defesa de interesses individuais ou     coletivos;
        III - obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre vários prestadores de serviços, quando for o caso, observadas as normas do poder concedente. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
        IV - levar ao conhecimento do poder público e da concessionária as irregularidades de que tenham conhecimento, referentes ao serviço prestado;
        V - comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos praticados pela concessionária na prestação do serviço;
        VI - contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos através dos quais lhes são prestados os serviços.
 
Deveres do poder concedente: artigo 29,
Incumbe ao poder concedente:
        I - regulamentar o serviço concedido e fiscalizar permanentemente a sua prestação;
        II - aplicar as penalidades regulamentares e contratuais;
        III - intervir na prestação do serviço, nos casos e condições previstos em lei;
        IV - extinguir a concessão, nos casos previstos nesta Lei e na forma prevista no contrato;
        V - homologar reajustes e proceder à revisão das tarifas na forma desta Lei, das normas pertinentes e do contrato;
        VI - cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares do serviço e as cláusulas contratuais da concessão;
        VII - zelar pela boa qualidade do serviço, receber, apurar e solucionar queixas e reclamações dos usuários, que serão cientificados, em até trinta dias, das providências tomadas;
        VIII - declarar de utilidade pública os bens necessários à execução do serviço ou obra pública, promovendo as desapropriações, diretamente ou mediante outorga de poderes à concessionária, caso em que será desta a responsabilidade pelas indenizações cabíveis;
        IX - declarar de necessidade ou utilidade pública, para fins de instituição de servidão administrativa, os bens necessários à execução de serviço ou obra pública, promovendo-a diretamente ou mediante outorga de poderes à concessionária, caso em que será desta a responsabilidade pelas indenizações cabíveis;
        X - estimular o aumento da qualidade, produtividade, preservação do meio-ambiente e conservação;
        XI - incentivar a competitividade; e
        XII - estimular a formação de associações de usuários para defesa de interesses relativos ao serviço.
 
Encargos da concessionária: artigo 31,
 Incumbe à concessionária:
        I - prestar serviço adequado, na forma prevista nesta Lei, nas normas técnicas aplicáveis e no contrato;
        II - manter em dia o inventário e o registro dos bens vinculados à concessão;
        III - prestar contas da gestão do serviço ao poder concedente e aos usuários, nos termos definidos no contrato;
        IV - cumprir e fazer cumprir as normas do serviço e as cláusulas contratuais da concessão;
        V - permitir aos encarregados da fiscalização livre acesso, em qualquer época, às obras, aos equipamentos e às instalações integrantes do serviço, bem como a seus registros contábeis;
        VI - promover as desapropriações e constituir servidões autorizadas pelo poder concedente, conforme previsto no edital e no contrato;
        VII - zelar pela integridade dos bens vinculados à prestação do serviço, bem como segurá-los adequadamente; e
        VIII - captar, aplicar e gerir os recursos financeiros necessários à prestação do serviço.
        Parágrafo único. As contratações, inclusive de mão-de-obra, feitas pela concessionária serão regidas pelas disposições de direito privado e pela legislação trabalhista, não se estabelecendo qualquer relação entre os terceiros contratados pela concessionária e o poderconcedente.
FORMAS DE EXTINÇÃO
Artigo 35 da Lei 8.987/95,
Art. 35. Extingue-se a concessão por:
        I - advento do termo contratual;
        II - encampação;
        III - caducidade;
        IV - rescisão;
        V - anulação; e
        VI - falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual.
        § 1o Extinta a concessão, retornam ao poder concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário conforme previsto no edital e estabelecido no contrato.
        § 2o Extinta a concessão, haverá a imediata assunção do serviço pelo poder concedente, procedendo-se aos levantamentos, avaliações e liquidações necessários.
        § 3o A assunção do serviço autoriza a ocupação das instalações e a utilização, pelo poder concedente, de todos os bens reversíveis.
        § 4o Nos casos previstos nos incisos I e II deste artigo, o poder concedente, antecipando-se à extinção da concessão, procederá aos levantamentos e avaliações necessários à determinação dos montantes da indenização que será devida à concessionária, na forma dos arts. 36 e 37 desta Lei.
 
I – Advento do termo contratual: é a extinção do prazo contratual;
II – Encampação: é por meio da retomada do serviço público, ou seja, a extinção ocorre quando o Estado reassume o serviço público mediante justa indenização. Mediante lei, isso antes do término contratual;
III – Caducidade: Quando ocorre pela inexecução total ou parcial do contrato;
IV – Por culpa do próprio poder concedente: O não reajuste das tarifas, tornando a execução do serviço público impraticável por sua defasagem, quando isso ocorre cabe indenização.
V – Anulação: Motivados na súmula 473 do STF quando ocorrer ilegalidade ou ilegitimidade “A ADMINISTRAÇÃO PODE ANULAR SEUS PRÓPRIOS ATOS, QUANDO EIVADOS DE VÍCIOS QUE OS TORNAM ILEGAIS, PORQUE DELES NÃO SE ORIGINAM DIREITOS; OU REVOGÁ-LOS, POR MOTIVO DE CONVENIÊNCIA OU OPORTUNIDADE, RESPEITADOS OS DIREITOS ADQUIRIDOS, E RESSALVADA, EM TODOS OS CASOS, A APRECIAÇÃO JUDICIAL” (http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=473.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas);
VI – Falência: É a extinção do contrato pela falência da empresa;
VII – Reversão dos bens: É a retomada dos serviços e bens públicos para o patrimônio da administração pública. Pode ocorrer pela retomada do serviço público pela administração pública. Mediante indenização. Visa o princípio da continuidade de serviço público.
O contrato de concessão é precedido de obras, p.ex. o pedágio, pois existe a concessão da exploração da atividade, mas em contrapartida a empresa terá que executar obras de construção, melhoria e manutenção do serviço ou concedido.
CONTRATO DE PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO
É o contrato de permissão de algum serviço que a administração pública permite a alguém, são exemplos o táxi, bancas de jornal. 
Tem caráter unilateral, pois cabe à administração pública permitir ou não, vai depender da conveniência e oportunidade. Por precariedade, isso se entende por um grau de complexidade considerado baixo, a administração pública pode flexionar.
Quanto à permissão é autorizado à pessoas físicas por seu menor aporte de capital, ou seja, a demanda financeira exigida é bem menor. A extinção ocorre por livre arbítrio da administração pública o que não gera direito às indenizações. Qualquer modalidade de licitação é aceito, vai depender do grau de complexidade do serviço. É permitido por meio de intervenção legislativa, por exemplo, “autorização para permissão de exploração de serviço de táxi”.
CONTRATO DE USO DE BEM PÚBLICO
Mediante licitação, por prazo determinado, são exemplos as lojas da galeria do terminal central, a choperia da Praça Nereu Ramos.
CONTRATO DE GESTÃO - ORGANIZAÇÕES SOCIAIS: ver lei 9.637/98 (<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9637.htm>).
TERMO DE PARCERIA – OSCIPS: lei 9.790/94 (<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9790.htm>).
PARCERIA PÚBLICO PRIVADA: lei 11.075 de 1994 a PPP.
É uma forma de concessão, pode durar de 5 a 35 anos, por via administrativa ou patrocinada. Trata-se de modalidade de concorrência, pois seus investimentos prevêem orçamentos com valor acima de 20 milhões.
Na parceria administrativa a administração é a principal usuária, na parceria patrocinada há um complemento remuneratório.
CONSÓRCIO PÚBLICO
Dois ou mais entes federados se unem criando uma nova pessoa jurídica, pois seus interesses são comuns, p.ex. consórcio de recolhimento e processamento de lixo, que existe na região de Urussanga. Um meio de união que visa fortalecer os interesses da administração pública.
CONVÊNIO: Existem em diversas áreas, na saúde, na área social, cita-se como exemplo a ABADEUS, a AFASC. É ato discricionário do poder executivo. O legislativo tem o dever de fiscalizar o convênio, pois o convênio é um poder tipicamente do poder executivo.
LICITAÇÃO
É o procedimento preparatório prévio, anterior ao contrato administrativo. Busca a garantia da probidade e da isonomia da administração pública, com isso busca-se evitar o favorecimento pessoal, pois todos são submetidos aos mesmos critérios técnicos de condições de participar de um contrato administrativo em pé de igualdade.
Tem característica/ natureza de procedimento, de processo propriamente dito. Evita, na medida do possível, que a administração venha burlar a lei. É um meio de controle dos próprios concorrentes, pois podem buscar saber os motivos que o levaram ou possa levar outros participantes a serem desclassificados do procedimento licitatório, bem como analisar os motivos do concorrente, além de apontar problemas, suscitar dúvidas entre outras ações cabíveis.
A finalidade é a busca da melhor proposta, mas não necessariamente o menor preço, pois poderá ser inexeqüível, ou seja, a impossibilidade de execução do serviço pelo preço muito abaixo do necessário. As técnicas e os meios empregados também são levados em consideração, portanto não só o menor preço é o que vai definir o vencedor.
Os fundamentos constitucionais estão no artigo 37, XXI/CF e artigo 22, XXVII/CF como seguem: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:  (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. (Regulamento)
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998).
Além dos infraconstitucionais distribuídos nas leis 8.666/93, 10.520/02 e LC 123/06, respectivamente: (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666compilado.htm, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10520.htm e http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp123.htm).
Os princípios gerais podem ser encontrados no artigo 3º da lei 8.666/93,
Art. 3o  A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimentonacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.    (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010)      (Regulamento)      (Regulamento)       (Regulamento)
§ 1o  É vedado aos agentes públicos:
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades cooperativas, e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991; (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010)
II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos financiamentos de agências internacionais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991.
§ 2o  Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços:
        I - (Revogado pela Lei nº 12.349, de 2010)
        II - produzidos no País;
III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
§ 3o  A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.
§ 4º (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
        § 5o  Nos processos de licitação previstos no caput, poderá ser estabelecido margem de preferência para produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
§ 6o  A margem de preferência de que trata o § 5o será estabelecida com base em estudos revistos periodicamente, em prazo não superior a 5 (cinco) anos, que levem em consideração: (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)    (Vide Decreto nº 7.546, de 2011)        (Vide Decreto nº 7.709, de 2012)       (Vide Decreto nº 7.713, de 2012)        (Vide Decreto nº 7.756, de 2012)
I - geração de emprego e renda; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
II - efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais;  (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
III - desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
IV - custo adicional dos produtos e serviços; e (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
V - em suas revisões, análise retrospectiva de resultados.  (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
§ 7o  Para os produtos manufaturados e serviços nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País, poderá ser estabelecido margem de preferência adicional àquela prevista no § 5o. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)    (Vide Decreto nº 7.546, de 2011)
§ 8o  As margens de preferência por produto, serviço, grupo de produtos ou grupo de serviços, a que se referem os §§ 5o e 7o, serão definidas pelo Poder Executivo federal, não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o preço dos produtos manufaturados e serviços estrangeiros. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)    (Vide Decreto nº 7.546, de 2011)
§ 9o  As disposições contidas nos §§ 5o e 7o deste artigo não se aplicam aos bens e aos serviços cuja capacidade de produção ou prestação no País seja inferior: (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)    (Vide Decreto nº 7.546, de 2011)
I - à quantidade a ser adquirida ou contratada; ou (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
II - ao quantitativo fixado com fundamento no § 7o do art. 23 desta Lei, quando for o caso. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
§ 10.  A margem de preferência a que se refere o § 5o poderá ser estendida, total ou parcialmente, aos bens e serviços originários dos Estados Partes do Mercado Comum do Sul - Mercosul. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)    (Vide Decreto nº 7.546, de 2011)
§ 11.  Os editais de licitação para a contratação de bens, serviços e obras poderão, mediante prévia justificativa da autoridade competente, exigir que o contratado promova, em favor de órgão ou entidade integrante da administração pública ou daqueles por ela indicados a partir de processo isonômico, medidas de compensação comercial, industrial, tecnológica ou acesso a condições vantajosas de financiamento, cumulativamente ou não, na forma estabelecida pelo Poder Executivo federal. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)    (Vide Decreto nº 7.546, de 2011)
§ 12.  Nas contratações destinadas à implantação, manutenção e ao aperfeiçoamento dos sistemas de tecnologia de informação e comunicação, considerados estratégicos em ato do Poder Executivo federal, a licitação poderá ser restrita a bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País e produzidos de acordo com o processo produtivo básico de que trata a Lei no 10.176, de 11 de janeiro de 2001. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)    (Vide Decreto nº 7.546, de 2011)
§ 13.  Será divulgada na internet, a cada exercício financeiro, a relação de empresas favorecidas em decorrência do disposto nos §§ 5o, 7o, 10, 11 e 12 deste artigo, com indicação do volume de recursos destinados a cada uma delas. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
§ 14.  As preferências definidas neste artigo e nas demais normas de licitação e contratos devem privilegiar o tratamento diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte na forma da lei.        (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
§ 15.  As preferências dispostas neste artigo prevalecem sobre as demais preferências previstas na legislação quando estas forem aplicadas sobre produtos ou serviços estrangeiros.        (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
É um rol exemplificativo, visto que existem muitos outros diplomas legais que tratam do assunto.
a) Artigo 37/CF: Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, e eficiência (LIMPE), incluído no texto constitucional por meio da EC 19/1998, é um princípio correlato.
b) Competitividade: visa estimular a competitividade buscando a melhor proposta;
c) Isonomia: A administração pública deve tratar a todos os concorrentes de forma igualitária, pode também ser mitigado, quando o interesse público assim o entender, p.ex. privilégio às micro empresas, pois com isso a administração pública busca fomentar as empresas de base, a empresas que estão se inserindo no mercado com vistas ao aumento da possibilidade de geração de emprega o renda nesta modalidade de pessoa jurídica. Tem que ser por interesse lógico;
d) Probidade: ligado à ideia de moralidade pública;
e) Vinculação ao instrumento convocatório: o edital é a lei dos participantes da licitação, convoca, chama os pretensos para se habilitarem a executar o serviço, obra ou fornecer materiais para a administração pública. A proposta apresentada pela empresa deve estar de acordo, sob pena de desclassificação. Anexo ao edital vem a minuta do contrato sem qualificação das partes, na verdade um esboço do contrato. A subcontratação, via de regra, é proibida, pois é um contrato de característica personalíssima, onde a pessoa jurídica que figura no contrato é a que deve executá-lo. Se for permitida a subcontratação deverá constar no edital.
f) Julgamento objetivo do contrato: Se a lei dispõe de todos os requisitos, além dos específicos, bem como o edital deve conter seus requisitos, e aempresa preencheu todas as exigências, não pode o concorrente “x” ser desclassificado por critérios subjetivos, p.ex. por conta da empresa “y” ser de amigo do administrador público. Isso pode ser configurado como favorecimento, além de outras classificações que a lei dispuser. Só pode ser desclassificada, portanto, por critérios objetivos;
g) PRINCÍPIO CORRELATO
g.1) Procedimento formal: todos os trâmites exigidos devem ser seguidos;
g.2) Não pode o administrador contratar empresa diversa daquela que venceu a licitação. É certa obrigação do vencedor de executar o serviço objeto da licitação, não necessariamente, então, poderá ser contratada, visto que apesar de vencer a licitação a administração pública poderá não assinar o contrato por motivo de fato novo, p.ex. a reforme de uma ponte não poderá ser mais feita, pois há a necessidade da construção de uma ponte nova;
g.3) Sigilo das propostas: É vedada a exposição das propostas, com vistas à legalidade da licitação, evita que sejam combinados os preços.
PRESSUPOSTOS
Lógico: diversos interessados – preferencialmente que haja diversos concorrentes, ou seja, a ampla concorrência. A pluralidade de objetos é a possibilidade de ter mais de uma opção de escolha;
Jurídico: interesse público na contratação – deve haver o interesse público, pois o objetivo é o bem comum social. Alguns casos dispensam a licitação, mas pelo motivo legal de seu valor/ preço do serviço/ produto;
Fático: comparecimento dos interessados – as empresas, por meio de seus representantes legais, devem comparecer de fato na licitação, pois só há licitação quando existir mais de um interessado.
EXCEÇÕES AO DEVER DE LICITAR – LEI 8.666/93
A licitação é a regra que precede ao contrato administrativo, que visa garantir a competitividade e a isonomia, em busca da proposta mais vantajosa. Contudo, como toda regra, há também exceções no processo licitatório, que vêm elencadas na própria lei de licitações nº 8.666/93.
Portanto, quando há exceção ao dever de licitar fala-se em dispensa ou inexigibilidade.
1) Quando há dispensa: é possível a licitação, mas por força de lei há a condição de dispensa.
O rol de dispensa é taxativo, não admite outras possibilidades, somente o que a lei permite.
1.1) Licitação dispensada ou dispensável: A dispensa é vinculada, tem previsão no artigo 17, I e II da lei 8.666/93,
Art. 17.  A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:
a) dação em pagamento;
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i;(Redação dada pela Lei nº 11.952, de 2009)
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta Lei;
d) investidura;
e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994)
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; (Redação dada pela Lei nº 11.481, de 2007)
g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) e inseridos no âmbito de programas de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas rurais da União na Amazônia Legal onde incidam ocupações até o limite de 15 (quinze) módulos fiscais ou 1.500ha (mil e quinhentos hectares), para fins de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais; (Incluído pela Lei nº 11.952, de 2009)
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes casos:
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação;
b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública;
c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica;
d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;
e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de suas finalidades;
f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe.
Quando há a necessidade de a administração pública em alienar determinado bem, é dispensada a licitação, pois a necessidade da administração é com base no interesse público, há uma justificação dos motivos da necessidade do determinado imóvel, logo, pode a administração alugar diretamente o imóvel sem licitação.
A venda de um espaço de terras públicas é a investidura, pois há interesse do proprietário vizinho do terreno público, nesse caso não há a necessidade de licitação, há o princípio da conveniência, é conveniente que a administração venda o imóvel para o vizinho interessado. Trata-se de uma porção de terras inservíveis à administração pública.
Os bens móveis não necessitam de autorização legislativa para alienar, é o que dispõe o inciso II do artigo 17 da lei 8.666/93 citado alhures.
A licitação dispensável, é permissão/ discricionário, pode ou não a administração pública licitar, ou seja, se licitar há correspondência com a lei, bem como se não licitar, há também observância da norma legal, é o que afirma o artigo 24 da lei 8.666/93, 
Art. 24.  É dispensável a licitação:  Vide Lei nº 12.188, de 2.010  Vigência
I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez;  (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergênciaou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;
V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas;
VI - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou normalizar o abastecimento;
VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo a situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos serviços;     (Vide § 3º do art. 48)
VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional; (Regulamento)
X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em conseqüência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido;
XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas diretamente com base no preço do dia; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos;(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifestamente vantajosas para o Poder Público;   (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade.
XVI - para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de uso da administração, e de edições técnicas oficiais, bem como para prestação de serviços de informática a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades que integrem a Administração Pública, criados para esse fim específico;(Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
XVII - para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira, necessários à manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica, junto ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for indispensável para a vigência da garantia; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
XVIII - nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios, embarcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quando em estada eventual de curta duração em portos, aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes, por motivo de movimentação operacional ou de adestramento, quando a exiguidade dos prazos legais puder comprometer a normalidade e os propósitos das operações e desde que seu valor não exceda ao limite previsto na alínea "a" do inciso II do art. 23 desta Lei: (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
XX - na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Admininistração Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado.(Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
XXI - para a aquisição de bens e insumos destinados exclusivamente à pesquisa científica e tecnológica com recursos concedidos pela Capes, pela Finep, pelo CNPq ou por outras instituições de fomento a pesquisa credenciadas pelo CNPq para esse fim específico; (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010)
XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da legislação específica; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
XXV - na contratação realizada por Instituição Científica e Tecnológica - ICT ou por agência de fomento para a transferência de tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de exploração de criação protegida. (Incluído pela Lei nº 10.973, de 2004)
XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)
XXVII - na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública. (Redação dada pela Lei nº 11.445, de 2007).
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão. (Incluído pela Lei nº 11.484, de 2007).
XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos contingentes militares das Forças Singulares brasileiras empregadas em operações de paz no exterior, necessariamente justificadas quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou executante e ratificadas pelo Comandante da Força. (Incluído pela Lei nº 11.783, de 2008).
XXX - na contratação de instituição ou organização, pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, para a prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural no âmbito do Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária, instituído por lei federal.   (Incluído pela Leinº 12.188, de 2.010)  Vigência
XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3o, 4o, 5o e 20 da Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de contratação dela constantes. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
XXXII - na contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde - SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional do SUS, inclusive por ocasião da aquisição destes produtos durante as etapas de absorção tecnológica. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)
XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins lucrativos, para a implementação de cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à água para consumo humano e produção de alimentos, para beneficiar as famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca ou falta regular de água. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)
§ 1o  Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)
§ 2o  O limite temporal de criação do órgão ou entidade que integre a administração pública estabelecido no inciso VIII do caput deste artigo não se aplica aos órgãos ou entidades que produzem produtos estratégicos para o SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional do SUS. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)
É estipulado pelo valor da obra/ serviço/ material destinado à administração pública.
Fracionamento da licitação: A cada 3 meses a administração pública realiza uma compra de, p.ex. 3 computadores. Esta prática é vedada pela lei, pois é ilegal. O que ocorre com este ato é que tem por objetivo burlar a lei de licitações, cabe aos fiscais da controladoria da fezenda pública identificar o ato ilegal e tomar as medidas cabíveis.
2) Inexigibilidade, artigo 25, lei 8.666/93,
Art. 25.  É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
§ 1o  Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
§ 2o  Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se comprovado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis.
Ocorre a inexigibilidade quando é inviável a licitação, pois estão ligados a serviços técnicos, especializados a responsabilidade é personalíssima. Embora isso ocorra, deve se atentar ao que a lei estabelece como limite, não há uma liberdade discricionária da administração.
São hipóteses em que não existe a possibilidade de licitar, haja vista determinado produto/ serviço/ material ser de detenção ou tecnologia exclusiva de determinada empresa privada.
MODALIDADES DE LICITAÇÃO
As modalidades são escalonamentos, das mais complexas, às mais simples, determinadas pelo valor da obra, serviço ou produto.
Não pode haver o efeito decrescente de modalidade de licitação, p.ex. se a lei determinar que a modalidade seja de concorrência, não poderá a administração pública fazê-la por tomada de preço, se for o contrário é permitido, no sentido efeito crescente.
CONCORRÊNCIA
Prevista no artigo 22, §1º da lei 8.666/93 “§ 1o  Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto”. 
Tem que ter uma habilitação técnica da empresa. Trata-se de um procedimento complexo, pois se trata de obras vultosas, de grande porte, como os serviços de engenharia no valor superior a 1,5 milhões e se compras no valor acima de 650 mil. Qualquer empresa do país poderá se habilitar, é publicada por meio de edital.
TOMADA DE PREÇO
 Conforme artigo 22, §2º, da lei 8.666/93 “§ 2o  Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação”. As empresas devem estar cadastradas ou atenderem as condições em até 3 dias antes, ou seja, já tem cadastro na administração pública, ou apresentarem e comprovarem as condições exigidas para fins de cadastramento em até 3 dias anteriores do recebimento das propostas. Destinada a obras de valor limite de até 1,5 milhão e se compras até 650 mil. São condições de mesmo porte.
CARTA CONVITE
Artigo 22, §3º “§ 3o  Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas”. Devem ter convidados mínimos de três participantes e ainda manifestarem interesse em até 24 horas antes do fechamento do convite. É um meio simplificado de modalidade. Destinado a obras e serviços de engenharia de até 150 mil ou compras de até 80 mil.
CONCURSO
Artigo 22, §4º da lei 8.666/93 “§ 4o  Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias”.
É destinado à escolha de logotipos, hinos ou outros elementos que requeiram trabalho artístico, científico ou técnico. Não confundir com concurso público.
LEILÃO
Artigo 22, §5º de lei 8.666/93 “§ 5o  Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)”. Serve para alienação de bens móveis ou imóveis (artigo 19) inservíveis para a administração pública.
PREGÃO
Conforme lei 10.520 de 2002 (<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10520.htm>).
Utilizado para aquisição de bens e serviços do tipo comum, ou seja, de fácil descrição, objetividade no edital. É uma modalidade de licitação mais “transparente”,

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