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Estruturação do Laboratório de Microbiologia e Normas de Biossegurança Final

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Brasília-DF. 
Estruturação do Laboratório dE 
MicrobioLogia E NorMas dE 
biossEguraNça
Elaboração
Daiane Flores Dalla Lana
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APrESEntAção ................................................................................................................................. 5
orgAnizAção do CAdErno dE EStudoS E PESquiSA .................................................................... 6
introdução.................................................................................................................................... 8
unidAdE i
NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA ................................................................................ 11
CAPítulo 1
NORMAS E REquISITOS BáSICOS pARA LABORATÓRIOS DE MICROBIOLOGIA E NORMAS DE 
TRABALhO MICROBIOLÓGICO ............................................................................................... 11
CAPítulo 2
REGuLAMENTO TéCNICO pARA LABORATÓRIOS CLíNICOS, ESTRuTuRA fíSICA DO LABORATÓRIO – 
TIpOS DE LABORATÓRIOS SEGuNDO OS NívEIS DE BIOSSEGuRANçA E design E INfRAESTRuTuRA 
LABORATORIAIS ...................................................................................................................... 21
CAPítulo 3
pROCEDIMENTOS OpERACIONAIS pADRõES (pOpS) E vERIfICAçãO E vALIDAçãO DE 
pROCEDIMENTOS NO LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA CLíNICA ........................................ 31
unidAdE ii
SISTEMAS DE TREINAMENTO, INDICADORES E DESCARTE DE RESíDuOS.................................................. 79
CAPítulo 1
TREINAMENTO E DESENvOLvIMENTO DO pROfISSIONAL MICROBIOLOGISTA E INDICADORES DE 
quALIDADE EM MICROBIOLOGIA CLíNICA ............................................................................. 79
CAPítulo 2
DESCARTE DE RESíDuOS ....................................................................................................... 127
unidAdE iii
RISCOS E pRECAuçõES RECOMENDADAS EM LABORATÓRIOS MICROBIOLÓGICOS .......................... 135
CAPítulo 1
TIpOS DE RISCOS ................................................................................................................. 135
CAPítulo 2
CLASSIfICAçãO DE RISCO DOS AGENTES BIOLÓGICOS....................................................... 140
unidAdE iV
BIOSSEGuRANçA EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA ................................................................. 162
CAPítulo 1
pRINCípIOS DE BIOSSEGuRANçA E BOAS pRáTICAS DE LABORATÓRIO .................................. 162
CAPítulo 2
EquIpAMENTOS DE SEGuRANçA, BIOSSEGuRANçA EM LABORATÓRIOS CLíNICOS, DE 
pESquISA E BIOCONTENçãO E NORMAS pARA O TRABALhO COM TOxINAS DE ORIGEM 
BIOLÓGICA ................................................................................................................... 170
CAPítulo 3
pRIMEIROS SOCORROS, pOSSívEIS INCêNDIOS NO LABORATÓRIO E pROGRAMA DE pREvENçãO 
E COMBATE A INCêNDIO ..................................................................................................... 184
PArA (não) FinAlizAr ................................................................................................................... 189
rEFErênCiAS ................................................................................................................................ 192
5
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade 
dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos 
específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém 
ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a 
evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
6
organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam tornar 
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta para 
aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos 
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
7
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
8
introdução
O estudo da estruturação de um laboratório de microbiologia é primordial em cursos 
relacionados a ciências da saúde; vigilância sanitária; controle da qualidade de águas; indústria 
química; de alimentos e farmacêutica. Com vistas a atender às exigências do mercado e às 
inúmeras indispensáveis normas de biossegurança, o laboratório de microbiologia trabalha 
dentro de um rigoroso controle de qualidade e segue atualizações farmacopeicas.
Normas e protocolos laboratoriais fazem-se necessários na experimentação microbiológica 
para a utilização segura e ética de micro-organismos. Desse modo, neste Caderno de Estudos, 
pretende-se passar aos discentes noções de certificação dos procedimentos utilizados em 
laboratório experimental adequados às legislações vigentes. Serão compreendidos, de 
modo adicional, os processos laboratoriais/industriais que visam à reprodutibilidade dos 
procedimentos e à estabilidade dos produtos gerados por meio do controle de qualidade 
microbiológico, bem como toda a estrutura e logística dos laboratórios de microbiologia em 
conformidade com as normas gerais de biossegurança.
A biossegurança, por ser um conjunto de procedimentos, ações e técnicas, é capaz de 
minimizar ameaças/perigos ocasionais à pesquisa, à educação, ao desenvolvimento 
tecnológico e à prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, 
dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos, sendo de 
fundamental importância em laboratórios de análise microbiológica. Portanto,neste 
material, serão também abordados cuidados que devem ser tomados ao trabalhar-se 
com espécimes biológicos e compostos de risco em laboratórios de análise prática.
Por fim, o aluno será levado a refletir sobre a influência do ambiente nas análises 
microbiológicas. Este material lhe fornecerá uma visão das atualidades empregadas 
tanto nos exames relacionados à microbiologia quanto ao Controle de Qualidade 
aplicado, principalmente, no laboratório de microbiologia clínica, em conjunto com a 
descrição detalhada de alguns Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) que servirão 
de base para testes realizados laboratorialmente.
“Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um feito, 
mas um hábito”. 
Aristóteles.
“É necessário saber a teoria e de alguma forma praticar o que se aprende para 
sermos literalmente excelentes no que fazemos”.
Daiane Dalla Lana.
Sejam bem-vindos e Bons Estudos!
9
objetivos
 » Dar ao aluno suporte técnico-teórico a fim de ele sentir-se seguro e 
preparado para os procedimentos laboratoriais em microbiologia.
 » Fornecer a base dos elementos essenciais da estrutura de laboratórios 
de microbiologia e os procedimentos operacionais padronizados para 
algumas análises.
 » Apresentar e orientar os alunos sobre as práticas de biossegurança 
e conduta ética no desenvolvimento de trabalhos e estudos com 
micro-organismos patogênicos e demais materiais biológicos de risco.
 » Capacitar o aluno em relação aos sistemas de treinamento, indicadores e 
descarte de resíduos laboratoriais.
11
unidAdE i
norMAS EM 
lABorAtÓrio dE 
MiCroBiologiA
As normas de segurança no laboratório de microbiologia são medidas necessárias 
à manipulação adequada de agentes biológicos (microbiológicos), químicos e 
físicos para prevenir, controlar, diminuir ou eliminar riscos inerentes às atividades 
que possam comprometer a saúde humana, o ambiente e os experimentos, além 
da organização, higiene e limpeza que deve ser seguida com todo o laboratório, 
incluindo equipamentos e materiais.
Essas normas são fundamentais devido às práticas estarem relacionadas a 
micro-organismos, alguns deles podem causar doenças às pessoas presentes no 
laboratório e a manipulação e o manuseio de algum equipamento, material e 
agentes podem causar danos físicos.
CAPítulo 1
normas e requisitos básicos para 
laboratórios de microbiologia e normas 
de trabalho microbiológico
normas e requisitos básicos para laboratórios 
de microbiologia
As ações primordiais em um laboratório de microbiologia consistem em:
 » elaborar e viabilizar normas para colheita (=coleta), conservação e 
transporte de material de interesse clínico;
 » desempenhar serviços de rotina na microbiologia, especificamente 
seguindo os padrões técnico-científicos vigentes, que permitam a 
12
UNIDADE I │ NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
identificação/isolamento de patógenos, por gênero e, se possível, por 
espécie;
 » realizar testes de suscetibilidade aos agentes antimicrobianos 
(antibióticos, antifúngicos, antirretrovirais etc.);
 » fazer e garantir o controle de qualidade de todas as análises e processos 
de esterilização;
 » efetuar os serviços sempre em concordância com as regras de 
biossegurança;
 » participar do rastreamento epidemiológico dos surtos de infecção 
hospitalar (para laboratórios de microbiologia hospitalares);
 » fornecer periodicamente dados relacionados à etiologia das infecções 
nosocomiais e da problemática de resistência microbiana aos medicamentos 
mais utilizados na prática clínica.
normas de segurança do trabalho 
microbiológico
Os tempos modernos incorporaram consideráveis avanços nos trabalhos laboratoriais. 
O aumento do número de amostras analisadas, com consequente maior demanda de 
processamento e rapidez nas análises, determinou, de modo proporcional, mais atenção 
do analista no desenvolvimento de qualquer atividade.
No laboratório, a segurança é de responsabilidade da direção, no sentido de garantir 
ótimas condições de trabalho, assim como é de responsabilidade de cada trabalhador 
agir conforme os limites estabelecidos em cada estabelecimento. 
Dentre os princípios básicos de trabalho em um laboratório de análises microbiológicas, 
destacam-se 23 regras básicas, são elas:
1. não utilizar refrigeradores e eletroportáteis presentes no laboratório em 
outra finalidade senão aquela de armazenamento/processamento de 
amostras clínicas; 
2. não realizar qualquer tipo de refeição dentro do laboratório, e fica 
terminantemente proibido beber ou fumar. Deve haver uma sala separada 
do laboratório, específica para isso;
13
NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA │ UNIDADE I
3. usar, imprescindivelmente, jaleco; 
4. utilizar bancadas de trabalho com superfície lisa (ausência total de poros), 
de fácil higienização e desinfecção;
5. usar luvas sempre na manipulação de material nocivo ou infectante;
6. acondicionar horizontalmente em solução de limpeza desinfetante, 
imediatamente após o uso, pipetas utilizadas;
7. nunca depositar materiais contaminados sobre a mesa de trabalho. Devem 
ser colocados em recipientes apropriados e esterilizados em autoclave;
8. ter atenção ao acender o bico de gás (bico de Bunsen). Observar se não 
existem substâncias inflamáveis próximas;
9. sempre flambar pinças, agulhas e alças antes e após o uso;
10. identificar o material que foi empregado em cada análise. Recomenda-se 
que as etiquetas sejam autoadesivas;
11. cobrir imediatamente a área com um desinfetante adequado, no caso de 
derramamento de algum material infeccioso, e deixá-lo agir de 15 a 30 
minutos antes da limpeza/retirada do produto;
12. registrar os acidentes com cultura (derramamento), lesões etc. Todo e 
qualquer tipo de ferimento deve ser primeiramente desinfetado e coberto 
com esparadrapo;
13. manter placas e tubos com cultura sempre em suas respectivas estantes 
e/ou estufas apropriadas;
14. culturas de fungos, quando esporuladas, apresentam o perigo de 
contaminação respiratória ou início de processo alérgico, mesmo sem 
formar aerossóis. Desse modo, esse tipo de cultura deve ser manipulada 
o mais rápido possível e sem movimento brusco;
15. nunca cheirar culturas microbianas;
16. não considerar placas de contagem de micro-organismos inofensivas. 
Independentemente da espécie cultivada, há risco iminente;
17. sempre colocar lâminas e lamínulas utilizadas em recipiente com 
desinfetante;
14
UNIDADE I │ NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
18. lavar e desinfetar as mãos antes e depois da realização de uma atividade 
laboratorial; 
19. limpar/desinfetar a bancada utilizada nas análises;
20. recolher os materiais e demais produtos/reagentes envolvidos da bancada 
de trabalho ao finalizar o procedimento de análise;
21. desprezar, no lixo comum, papéis e resíduos usados apenas quando não 
apresentarem risco de contaminação;
22. posicionar, estrategicamente no ambiente laboratorial, extintores de 
incêndio, pois são totalmente necessários. Os extintores devem ser do 
tipo pó químico pressurizado (tipo BC), podendo ser empregados em 
casos de acidentes elétricos ou em materiais inflamáveis;
23. não permitir a entrada ou a permanência de pessoas estranhas (não 
autorizadas) no laboratório.
Medidas gerais de prevenção
 » Crie por hábito a adoção de manuais de primeiros socorros.
 » Equipamentos de segurança devem sempre estar em lugar visível, de fácil 
acesso, e sendo regularmente vistoriados. 
 » Realização, uma vez por ano, de radiografia de tórax para os analistas 
que trabalham diretamente com amostras positivas para tuberculose 
(seguem-se, nesses casos, as orientações do Programa Nacional de 
Controle de Infecção Hospitalar).
 » É expressamente proibido fumar em área laboratorial, com advertênciasobre: aumento do risco de contaminação com micro-organismos 
potencialmente patogênicos ou produtos químicos; risco de incêndio e 
inconveniência com relação aos colegas de trabalho. 
 » Recomendação quanto à inconveniência de comer e beber no local de 
trabalho, devendo haver área destinada apropriadamente para esse fim. 
 » Recomendação sobre o uso obrigatório de jaleco (uniforme que proteja 
roupas e pele). 
15
NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA │ UNIDADE I
 » Recomendações: lavar as mãos frequentemente; prender os cabelos; não 
usar anéis e pulseiras; não usar cosméticos gordurosos. 
 » Advertência: as vidrarias contaminadas devem ser colocadas em 
desinfetante químico (hipoclorito a 1%), imediatamente após o uso, antes 
de serem lavadas e reutilizadas. 
 » Identificação apropriada de todos os vidros que contenham reagentes. 
 » Uso da autoclave para material contaminado, antes de serem descartados 
no lixo ou mesmo quando encaminhados para incineração.
 » Desinfecção, com hipoclorito a 1% ou álcool a 70%, do ambiente de 
trabalho – superfícies – no início e no final do expediente.
 » Utilização obrigatória de material descartável (seringas, agulhas, luvas, 
toalhas etc.).
Cuidados relativos a produtos químicos
Eventuais acidentes podem ocorrer por:
 » contato direto com a pele (derramamento de soluções); com a boca (por 
exemplo, durante a pipetagem); com o esôfago e o estômago (ingestão 
acidental);
 » inalação de vapores e pós-finos, com consequentes problemas 
respiratórios;
 » absorção (toxicidade no nível da medula óssea, com eventuais problemas 
renais e hepáticos).
Deve haver, no ambiente de trabalho, a imediata disposição de um chuveiro grande e 
um lavador de olhos, fornecendo alívio imediato ao acidentado. 
Não se deve jamais pipetar diretamente com a boca produto químico irritante ou tóxico, 
deve-se fazer uso de buretas ou pró-pipetas de borracha.
Os armários e as vasilhas de segurança para armazenamento devem estar localizados 
em áreas distantes das saídas e de fonte de calor, chamas e faíscas. A área de depósito 
deve ser ventilada e seu acesso limitado.
16
UNIDADE I │ NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
Todos os recipientes devem estar claramente rotulados com indicação do tipo de 
amostra acondicionada e datas de preparo e validade bem estabelecidas.
Cuidados relativos a produtos químicos corrosivos
 » Utilizar material descartável no manuseio desse tipo de produto.
 » Transferir materiais de estoque para o laboratório, com bastante cuidado.
 » Manter os recipientes de uso em prateleiras localizadas da altura dos 
olhos para baixo, evitando-se riscos de queda e derramamento.
 » Nas diluições, nunca se deve pipetar a água no ácido, e sim o contrário, 
adicionando-se o ácido lentamente na solução aquosa.
 » Evitar a respiração junto de vapores de ácidos e evitar ao máximo o 
contato direto com olhos e pele.
 » Não pipetar, em hipótese alguma, diretamente com a boca.
Cuidados relativos a produtos químicos tóxicos
 » Produtos caracterizados como venenos devem ser estritamente 
armazenados em armários com chave.
 » Solventes orgânicos têm de ser utilizados em ambientes separados e com 
boa ventilação ou em capelas de exaustão de gases.
 › Clorofórmio – não inflamável, porém não se permite que seus vapores 
entrem em contato com fogo ou metais aquecidos, para evitar a 
formação do gás fosfogênio, que é tóxico.
 › Éter e acetona – altamente inflamáveis, exigem cuidados quanto ao 
risco de explosão.
 » Gases tóxicos.
 › Monóxido de carbono – concentrações até 1% no ar são perigosas se 
respiradas por uma hora ou mais. Acima de 1% podem ser fatais.
 › Dióxido de carbono (gelo seco) – concentrações perigosas podem ser 
atingidas em salas mal ventiladas.
17
NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA │ UNIDADE I
Cuidados relativos a produtos químicos 
carcinogênicos
Rotular os produtos como “carcinogênicos” e evitar contato com a pele.
Cuidados relativos aos riscos de contaminação
O laboratório de microbiologia recebe diariamente grande número de amostras de 
fluidos corporais e outros espécimes clínicos que são, potencialmente, infecciosos. 
Os maiores perigos estão relacionados aos vírus da hepatite e do HIV, aos bacilos da 
tuberculose, salmonelas, fungos, protozoários.
É difícil quantificar o risco no trabalho em laboratórios em relação a agentes infecciosos. 
Tem-se por base, porém, que o risco individual aumenta com a frequência e com os níveis 
de contato com o agente infeccioso. O primeiro cuidado a ser tomado no laboratório que 
trabalha com espécimes clínicos é com o risco de exposição à infecção. Por outro lado, 
considera-se que os riscos são influenciados por uma relação variável entre o agente 
infectante, o hospedeiro e a atividade desempenhada. 
Fatores aplicáveis ao agente incluem a virulência, a carga infectante, o ciclo e 
a toxigenicidade. Algumas das principais variáveis que influenciam no risco do 
hospedeiro são: idade, sexo, raça, gravidez, uso de antimicrobianos e de medicamentos 
imunossupressores, imunidade (vacinação prévia). Finalmente, a natureza da 
atividade laboratorial (por exemplo: diagnóstico, produção, pesquisa) pode afetar 
significativamente o risco pessoal devido ao tipo, à quantidade e à concentração dos 
agentes empregados, à manipulação dos agentes e à eficácia primária e secundária dos 
equipamentos de proteção e práticas de laboratório.
É necessário ter conhecimento das principais vias de transmissão para a adoção de 
cuidados especiais. Exemplo: a hepatite A tem um período de incubação de 15 a 35 dias, 
a urina e as fezes contêm vírus e a infecção geralmente ocorre pela ingestão de alimentos 
e bebidas contaminadas. No que se refere à hepatite B, cujo período de incubação é de 
40 a 120 dias, o sangue é a principal fonte de infecção e os acidentes, com perfuro e 
cortantes, a via mais importante de aquisição entre profissionais de saúde.
Como o laboratório não pode dispor de informações detalhadas de cada paciente é 
ainda importante tratar todas as amostras como sendo potencialmente infecciosas.
Existem várias portas de entrada de micro-organismos, mas, no laboratório, a via 
respiratória tem maior importância. Três fatores principais contribuem para isso: 
a facilidade com que partículas pequenas são produzidas por técnicas comuns de 
18
UNIDADE I │ NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
laboratório, o fato de muitas dessas partículas serem suficientemente pequenas, não 
capturadas no trato respiratório superior, e a habilidade que a maioria dos patógenos 
tem de invadir o pulmão.
Produção de aerossóis
É possível que o mau uso de equipamentos de laboratório ocasione a produção de 
amplas quantidades de aerossóis com alto poder de ocasionar infecção.
Exemplos de procedimentos que produzem aerossóis:
 » destampar frascos que foram fechados com tampa de pressão;
 » esvaziar seringas, eliminar o ar das seringas;
 » quebrar frascos que contenham cultura de micro-organismos;
 » centrifugar tubos ou frascos sem tampa adequada.
Quando houver risco de contaminação por aerossóis, recomenda-se o trabalho no 
interior das capelas, juntamente com o uso de equipamentos de proteção individual. 
Nesses casos, pegar frascos e seringas com gaze ou algodão, embebidos em álcool a 70% 
ou hipoclorito a 0,5% - 1,0%.
Pipetagem de material clínico
Como já exposto, é contraindicada a pipetagem com a boca. Devem-se utilizar, sempre 
que possível, pipetas automáticas ou bulbos de borracha. Propositalmente, ao longo 
deste Caderno de Estudos, vamos relembrar desse detalhe importantíssimo, que muito 
erroneamente é feito em laboratórios.
Flambagem de alça utilizada na manipulação de 
micro-organismos
A flambagem da alça durante a manipulação do material biológico ou na transferência 
demassa microbiana (raspado de colônias) deve ser realizada próximo ao bico de 
Bunsen, o qual deve estar entre o manipulador e a alça. Recomenda-se esgotar a alça 
em um frasco contendo álcool a 95% e areia. Quando se trabalha com Mycobacterium 
tuberculosis, é recomendável o emprego de fenol a 0,5% ou hipoclorito a 0,5% e areia, 
flambando-se a alça posteriormente.
19
NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA │ UNIDADE I
disseminação de esporos de fungos
Ao se trabalhar com espécies fúngicas filamentosas, é aconselhável fazer uso do fluxo 
laminar (com proteção acrílica ou de vidro e ausência de fluxo de ar).
Medidas básicas de proteção
lavagem das mãos
Mãos e inclusive antebraços têm de ser lavados usando-se água e sabão líquido. O 
procedimento precisa ser realizado ao se trocar de atividade, antes de beber ou comer, 
e primordialmente na saída do laboratório. Friccionar com álcool a 70% contendo 
1% a 2% de glicerina. Outra opção é o uso de solução degermante à base de iodeto 
de polivinilpirrolidona (PVP-I) a 10%. Usar de preferência toalhas descartáveis. No 
Caderno de Estudos de “Microbiologia Hospitalar”, o processo correto de lavagem das 
mãos é detalhadamente descrito.
luvas
Uso de caráter obrigatório, especificando-se:
Luva plástica – descartável, deve ser desprezada após cada uso. Indicações: coletas 
de sangue, recebimento ou entrega de material biológico etc.
Luva doméstica – ação antiderrapante; não necessariamente descartável. Para 
limpeza e desinfecção de materiais e superfícies. Posterior à utilização, lavá-las com 
água e sabão e descontaminá-las com solução de hipoclorito a 0,5%, por 1 hora.
Luva cirúrgica (látex) – de preferência descartável, mas pode ser reprocessada, 
embora com restrições. Indicada para técnicas assépticas como cateterização vesical e 
exames endoscópicos.
Máscaras, protetores oculares e aventais
Máscaras cirúrgicas e protetores oculares (óculos com proteção lateral) – 
são utilizados para evitar a exposição das mucosas ocular e da boca, protegendo contra 
aerossóis e amostras sanguíneas.
Aventais (jalecos) – com a forma de manga longa e, preferencialmente, de tecido 
sanfonado, precisam ser utilizados sempre quando o analista se encontra no laboratório 
desempenhando suas atividades.
20
UNIDADE I │ NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
Medidas para procedimentos acidentais
Segue-se geralmente o processo descrito no Manual de Condutas em Exposição 
Ocupacional a Material Biológico, do Ministério da Saúde, em relação ao contato 
acidental com material biológico. Na exposição percutânea, faz-se lavagem exaustiva 
com sabão e água ou solução antisséptica de degermante (PVP Iodo ou clorexidina). 
Após a exposição à mucosa, faz-se a lavagem exaustiva com solução fisiológica ou água. 
É necessário que o uso de antirretrovirais seja criteriosamente avaliado, em função 
do tipo de acidente e exposição e da situação do paciente, em razão da toxicidade dos 
medicamentos dessa classe farmacológica.
Você pode fazer o download do Manual de Condutas em Exposição Ocupacional 
a Material Biológico, do Ministério da Saúde, neste endereço eletrônico: <http://
bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/04manual_acidentes.pdf>, ele também 
estará disponível na biblioteca do curso.
21
CAPítulo 2
regulamento técnico para laboratórios 
clínicos, estrutura física do laboratório 
– tipos de laboratórios segundo os 
níveis de biossegurança e design e 
infraestrutura laboratoriais
regulamento técnico para laboratórios 
clínicos
Aspectos importantes que podem ser inicialmente destacados:
organização
 » O estabelecimento deve possuir alvará atualizado.
 » Presença de profissional – responsável técnico – competente e legalmente 
habilitado. A responsabilidade técnica pode ser assumida pelo profissional 
especializado por, no máximo, dois laboratórios clínicos ou dois postos 
de coleta laboratorial ou um laboratório clínico e um posto de coleta 
laboratorial. 
 » Deve haver um profissional legalmente habilitado, ligado ao 
estabelecimento, para substituir o responsável técnico quando necessário. 
 » O estabelecimento clínico deve estar inscrito no Cadastro Nacional de 
Estabelecimentos de Saúde (CNES). 
 » O diretor do laboratório e o responsável técnico devem fazer todo o 
planejamento e implementação e garantir a qualidade dos processos.
 » Devem possuir todas as técnicas devidamente documentadas e atualizadas. 
recursos humanos
 » O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial devem ter à disposição 
um sistema de registro da formação e especialização de seus funcionários, 
bem como a função de cada um no estabelecimento. 
22
UNIDADE I │ NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
 » O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial devem promover 
treinamento e educação permanentes aos seus funcionários mantendo 
disponíveis os registros destes.
 » Todos os profissionais do laboratório clínico e do posto de coleta 
laboratorial precisam ser vacinados em conformidade com a legislação 
vigente. 
 » A admissão de funcionários tem de ser precedida de exames médicos em 
conformidade com o PCMSO da NR no 7, da Portaria MTE no 3.214, de 
8/6/1978, e da Lei no 6.514, de 22/12/1977, suas atualizações ou outro 
instrumento legal que venha a substituí-la.
AUGUST, M. J. et al. Quality control and quality assurance practices in clinical 
microbiology. USA, Washington, D.C.: A. S. Wessfeld, American Society for 
Microbiology, 1990. 
ISENBERG, H. D. Clinical microbiology procedures handbook. USA, Washington, 
D.C.: American Society for Microbiology, 1992. 
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Laboratory biosafety manual. – 2nd 
ed. – Switzerland, Geneve: WHO, 2003.
Estrutura física do laboratório: tipos 
de laboratórios segundo os níveis de 
biossegurança
infraestrutura física
As unidades laboratoriais de microbiologia (Figura 1) devem estar em conformidade 
com a Portaria GM no 1.884/1994, de 11 de novembro de 1994, do Ministério da Saúde, 
ou com regulamentação técnica superveniente.
figura 1 – Exemplo da estrutura de um laboratório de microbiologia
 
fonte: <http://www.unifesp.br/campus/san7/laboratorio-de-graduacao/504-laboratorio-microbiologia-de-alimentos>. Acesso 
em: 1o ago. 2016.
23
NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA │ UNIDADE I
recursos materiais
Devem constar no mínimo os seguintes equipamentos para o funcionamento de um 
laboratório de microbiologia:
 » estufa bacteriológica;
 » forno de Pasteur;
 » autoclave;
 » microscópio binocular;
 » centrifugador de baixa rotação;
 » homogeneizador;
 » banho-maria de pequena dimensão;
 » destilador para água;
 » balança para tarar tubos;
 » balança comum com uma ou duas casas decimais;
 » bico de Bunsen;
 » geladeira;
 » capela de fluxo laminar.
Além desses equipamentos fundamentais, o laboratório poderá contar com outros 
aparelhos opcionais:
 » microscópio estereoscópico;
 » congelador (-20 ºC ou -70 ºC);
 » bomba de vácuo para filtração com membranas;
 » potenciômetro;
 » balança analítica.
24
UNIDADE I │ NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
Em relação aos equipamentos e instrumentos laboratoriais, preconizam-se:
 » presença de instrumentos e equipamentos compatíveis com a demanda e 
complexidade dos serviços ofertados;
 » instruções escritas referentes ao equipamento ou instrumento, as quais 
podem ser substituídas ou complementadas por manuais do fabricante 
em língua portuguesa; 
 » realização e manutenção de registros das manutenções preventivas e 
corretivas; 
 » verificação e calibração de análises e instrumentos/equipamentos, 
respectivamente; 
 » exame da calibração de equipamentos de medição mantendo registro do 
procedimento; 
 » equipamentos e instrumentos em conformidade com os requisitosda 
ANVISA/MS, bem como todos os reagentes, produtos para diagnóstico 
de uso in vitro e insumos;
 » necessidade de registro de verificação da temperatura para instrumentos 
que exigem tal função;
 » registro, pelo laboratório clínico e posto de coleta laboratorial, da 
aquisição dos produtos para diagnóstico de uso in vitro, reagentes e 
insumos, de forma a garantir a rastreabilidade;
 » não uso de reagentes e insumos após data de vencimento;
 » metodologias – in house – próprias do laboratório clínico precisam, 
necessariamente, ser documentadas, incluindo, no mínimo: 
 › descrição das etapas do processo; 
 › procedimento descrito em detalhes de como realizar a verificação e a 
validação de técnicas e equipamentos;
 › sistemática de realização das atividades. 
 » manutenção, pelo laboratório clínico, de registro de todo o processo e 
especificação, no laudo, que o teste é preparado e validado pelo próprio 
laboratório;
25
NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA │ UNIDADE I
 » supervisão técnico-científica do laboratório tem de estar a cargo de 
médico ou profissional de nível superior, especializado em microbiologia, 
e, se possível, em tempo integral.
As características físicas, estruturais e de contenção de um laboratório determinam o tipo 
de micro-organismo que pode ser manipulado em suas dependências. A classificação de 
cada tipo de laboratório, conforme níveis de biossegurança, ocorre da seguinte forma 
(ver Figura 2).
nível de biossegurança 1 (nB-1) ou proteção básica (P1) 
Envolve agentes bem caracterizados que não causam doenças ao homem e com 
baixo risco para os colaboradores do laboratório e para o meio ambiente. Não exige 
equipamentos especiais de contenção, além da pia, para lavagem das mãos. O trabalho 
é realizado em bancadas abertas seguindo as boas práticas de laboratório. Exemplo de 
laboratório nível 1 é o de uma escola.
nível de biossegurança 2 (nB-2) ou (P2) 
Atividades realizadas neste nível geralmente apresentam risco moderado para os 
colaboradores do laboratório e para o meio ambiente. Em geral, estão associadas 
a agentes causadores de doenças infecciosas, por exemplo, vírus da hepatite B, 
Salmonella spp., Shigella spp., entre outros. Este nível de segurança é apropriado para 
a manipulação de derivados de sangue, fluidos corporais ou tecidos nos quais a presença 
do agente infeccioso é desconhecida. Barreiras de proteção individual (luvas, protetor 
facial e jaleco) e equipamentos de contenção primária (centrífuga com caçapa protegida 
e cabine de segurança biológica) devem ser utilizados sempre que houver manipulação 
em que possa existir risco de formação de aerossóis. Exemplo de laboratório nível 2 é o 
de microbiologia para o diagnóstico de doenças infecciosas.
nível de biossegurança 3 (nB-3) ou (P3) 
Os micro-organismos que devem ser manipulados neste nível de segurança apresentam 
risco infeccioso elevado e podem causar doenças sistêmicas sérias e potencialmente 
letais, por exemplo, Mycobacterium tuberculosis, fungos, Brucella spp., entre outros. 
Além do uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), toda manipulação tem 
de ser realizada em cabine de segurança biológica certificada. O acesso ao laboratório 
precisa ser controlado e ter um sistema de ventilação especial, com pressão negativa. 
Exemplo de laboratório nível 3 é um laboratório (diagnóstico ou pesquisa) que trabalha 
com os agentes citados acima.
26
UNIDADE I │ NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
nível de biossegurança 4 (nB-4) ou (P4) 
Representa o nível máximo de segurança. Aplicável ao manuseio de agentes infecciosos, 
que possuem alto risco de infecção individual, de transmissão pelo ar. Laboratórios com 
este nível de segurança têm de estar isolados de outras áreas, possuir um sistema de 
ventilação controlada e um sistema especial de descarte de resíduos. Toda manipulação 
precisa ser realizada em cabine de segurança biológica classe III. É necessário que o 
acesso ao laboratório siga protocolos rigorosos de controle de entrada e saída, além de 
ser restrito a pessoas autorizadas. Exemplo de laboratório nível 4 é onde se trabalha 
com o vírus de febre hemorrágica, vírus Ebola, entre outros.
figura 2 – Imagens dos laboratórios de microbiologia diferenciados pelos níveis de biossegurança (NB-1, NB-2, 
NB-3 e NB-4)
fonte: <http://disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/132905/mod_resource/content/1/Aula2-Biosseguran%C3%A7a.pdf>. Acesso 
em: 1o ago. 2016.
Design e infraestrutura laboratoriais 
laboratórios nB-1, nB-2 e nB-3
 » Espaço suficiente deve ser projetado de modo a permitir a execução dos 
procedimentos laboratoriais de maneira organizada e segura, e acesso 
fácil para limpeza e descontaminação. 
27
NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA │ UNIDADE I
 » Paredes, tetos, pavimentos e bancadas têm de ser duráveis, lisas, 
facilmente laváveis, impermeáveis a líquidos, resistentes ao calor 
moderado e aos produtos químicos e desinfetantes normalmente 
utilizados no laboratório; o piso precisa ser antiderrapante e a exposição 
de tubulações deve ser evitada, quando possível. 
 » Nos laboratórios NB-3, aberturas, para manutenção de encanamentos, 
existentes nas paredes, tetos e pavimentos devem ser seladas para facilitar 
a descontaminação. Dutos e espaços entre portas e esquadrias também 
precisam permitir o selamento para facilitar a descontaminação. 
 » A iluminação tem de ser adequada para todas as atividades. 
 » É necessário que espaço para o armazenamento de insumos e suprimentos 
seja adequado para uso imediato, evitando, assim, o aglomeramento nas 
bancadas e áreas de circulação; espaço adicional para estoque de insumos 
e suprimentos laboratoriais deve ser projetado em locais fora das áreas 
de trabalho. 
 » Locais específicos para o armazenamento e o manuseio seguro de 
solventes, materiais radioativos e gases comprimidos e liquefeitos devem 
ser proporcionados. 
 » Pertences pessoais dos trabalhadores precisam ser mantidos em locais 
fora das instalações do laboratório. Os laboratórios NB-3 têm de dispor 
de sala para a troca de roupas. 
 » Cada laboratório deve possuir uma pia para lavagem das mãos, 
preferencialmente próxima à saída. Recomenda-se a construção de pias 
que funcionem automaticamente ou que sejam acionadas com o pé ou 
com o joelho.
 » As portas devem ter abertura para fora, serem corta-fogo, dotadas com 
visores de vidro e que se fechem automaticamente. É exigido um sistema 
de portas com trancas em dependências que abrigarem agentes restritos. 
Para os laboratórios NB-3, é necessário que as portas sejam duplas e que 
disponham de um sistema de intertravamento; um dispositivo para saída 
de emergência deve ser instalado. 
 » Uma autoclave precisa estar disponível no interior ou próximo ao 
laboratório. 
28
UNIDADE I │ NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
 » Os sistemas de segurança devem atender a emergências elétricas e de 
incêndio e aos locais que se encontram o chuveiro e o lavador de olho. 
 » As áreas de primeiros socorros devem estar adequadamente equipadas e 
de fácil acesso. 
 » Recomenda-se um sistema de ventilação mecânico que ofereça circulação 
interna do ar sem recirculação, ou janelas que abrem e são providas de 
telas de proteção contra insetos. 
 » Em relação à ventilação, especificamente para NB-3, recomendam-se: 
 › O sistema de ventilação tem de ser construído para permitir 
descontaminação de gases e manter um fluxo de ar unidirecional 
adequado para o laboratório; o ar circulado no laboratório não deve ser 
reciclado para outras áreas do estabelecimento. No entanto, o ar pode 
ser filtrado com filtros HEPA, e então recondicionado e recirculado nas 
próprias dependências do laboratório. O ar de exaustão do laboratório 
(exceto das cabines de segurança) pode ser descartado para fora das 
instalações;recomenda-se o descarte através de filtros HEPA. 
 › O ar exaurido das cabines de segurança biológica precisa ser retirado 
diretamente para fora do ambiente de trabalho por meio do sistema 
de exaustão do edifício. Essas cabines deverão estar conectadas de 
maneira que evitem qualquer interferência no equilíbrio do ar das 
cabines ou do sistema de exaustão do edifício. Quando as cabines de 
segurança biológica Classe III forem utilizadas, estas deverão estar 
conectadas diretamente ao sistema de exaustores. 
 › Centrífugas de fluxo contínuo ou outros equipamentos que possam 
produzir aerossóis deverão ser refreadas por meio de dispositivos que 
liberem o ar através de filtros HEPA antes de serem descarregados do 
laboratório. Esses sistemas HEPA deverão ser testados anualmente. 
Outro modo seria jogar o ar de saída das cabines para fora, em locais 
distantes de áreas ocupadas ou das entradas de ar.
 › As linhas de vácuo terão de ser protegidas por sifões contendo 
desinfetantes líquidos e filtros HEPA, ou o equivalente. Os filtros 
deverão ser substituídos quando necessário. Uma alternativa é usar 
uma bomba a vácuo portátil (também adequadamente protegida com 
sifões e filtros). 
 › As janelas devem ser fechadas, lacradas e resistentes a danos físicos. 
29
NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA │ UNIDADE I
 » Deve haver suprimento de boa qualidade de gás, eletricidade e de luz de 
emergência; o gerador é aconselhável para os equipamentos essenciais, 
tais como estufas, cabine de segurança biológica, refrigeradores etc. A 
manutenção regular e eficiente desses serviços é obrigatória. 
 » A água de torneira não é própria para uso no Laboratório Clínico; deve ser 
providenciado um sistema adequado de suprimento de água purificada a 
fim de evitar interferências nos testes ou ensaios. 
 » Segurança contra incêndios e atos de vandalismo tem de ser considerada; 
portanto, portas e janelas apropriadas e chaves de uso restrito são 
fundamentais. 
 » Considere a construção de novos laboratórios longe de áreas públicas. 
 » Laboratórios NB-3 devem estar localizados isoladamente de áreas que 
são abertas ao tráfego interno irrestrito; precisa ser projetado de modo a 
impedir a entrada de insetos e outros organismos indesejáveis. 
 » O projeto da instalação e os procedimentos operacionais do NB-3 têm de 
ser documentados. Os parâmetros operacionais e das instalações deverão 
ser verificados quanto ao funcionamento ideal antes que o estabelecimento 
inicie suas atividades. As instalações deverão ser verificadas pelo menos 
uma vez ao ano.
Sistema de acesso
 » Para NB-1, o acesso ao laboratório deve ser limitado ou restrito de 
acordo com a definição do chefe de laboratório, quando estiverem sendo 
realizados experimento ou trabalhos com amostras e culturas; além 
dessas exigências, nos laboratórios NB-2 e NB-3, o chefe de laboratório 
tem a responsabilidade de limitar o acesso; cabe-lhe avaliar cada situação 
e autorizar quem poderá entrar ou trabalhar no laboratório.
 » Menores de idade não devem ser autorizados ou permitidos dentro do 
laboratório.
 » As pessoas que apresentarem risco maior de contaminação ou que 
possam ter sérias consequências, caso sejam contaminadas, não podem 
ser permitidas dentro dos laboratórios NB-2 e NB-3 ou na sala de animais. 
30
UNIDADE I │ NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
 » NB-2 e NB-3 – é necessário que as portas sejam mantidas fechadas e 
adequadamente identificadas: o símbolo de “Risco Biológico” tem de ser 
colocado na entrada do laboratório onde agentes etiológicos estiverem 
sendo utilizados. Esse sinal de alerta deverá conter informações como 
o(s) nome(s) o(s) agente(s) manipulado(s), o nível de biossegurança, as 
imunizações necessárias, o nome e o número do telefone do pesquisador, 
o tipo de equipamento de proteção individual que deverá ser usado no 
laboratório e os procedimentos necessários para entrar e sair do local. 
 » É proibida a admissão de plantas e de animais que não estejam 
relacionados ao trabalho em execução no laboratório. 
 » Nos laboratórios NB-3, nenhum indivíduo pode trabalhar sozinho; no 
mínimo, duas pessoas devem estar nas instalações do laboratório.
Equipamentos e acessórios laboratoriais
O chefe de laboratório precisa assegurar que os equipamentos e acessórios apropriados 
estejam disponíveis e que sejam utilizados adequadamente. Os equipamentos devem 
ser selecionados baseados nas seguintes premissas: 
 » Projetado para evitar ou limitar o contato do operador e o material 
infectante. 
 » Desenvolvido com materiais impermeáveis a líquidos, resistentes à 
corrosão e que atendem aos requerimentos estruturais. 
 » Projetado e instalado para facilitar a operação, manutenção, limpeza 
e descontaminação; vidraria e outros produtos quebráveis têm de ser 
evitados sempre que possível.
 » Especificações devem ser consultadas para se certificar de que o 
equipamento e/ou acessório possui os dispositivos de segurança.
Já pensou sobre automação no laboratório de microbiologia? 
Na atualidade, muito se comenta sobre o assunto e muitos laboratórios vêm 
implementando processos totalmente automatizados. 
Leia o artigo e inteire-se do assunto: <http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v47n2/
v47n2a05.pdf>. 
31
CAPítulo 3
Procedimentos operacionais padrões 
(PoPs) e verificação e validação de 
procedimentos no laboratório de 
microbiologia clínica
Procedimentos operacionais Padrões (PoPs)
“Escreva o que você faz e faça o que está escrito!”
Os POPs têm como objetivo principal padronizar todas as atividades executadas 
no laboratório. Esses protocolos devem estar escritos de forma clara e completa, 
possibilitando a compreensão e adesão de todos. Os POPs precisam ser armazenados 
em local de acesso comum e conhecido por todos os profissionais que atuam no 
ambiente laboratorial, revisados e atualizados periodicamente e devem ser assinados 
pelo responsável do laboratório.
Além disso, consideram-se os POPs como um dos procedimentos mais importantes para 
dirigir as atividades diárias de um laboratório de microbiologia e garantir a qualidade 
dos serviços prestados em determinado estabelecimento. Todas as atividades e os 
respectivos protocolos precisam estar claramente delineados e – novamente ressalta-se 
– colocados em local acessível no laboratório, para consulta regular pelos profissionais 
especializados. A maneira como esses protocolos devem ser elaborados e armazenados 
tem de ser determinada pelo responsável imediato do laboratório. Seguem os principais 
itens que devem constar no manual de alguns procedimentos: 
 » nome, endereço e telefone de todos os trabalhadores do laboratório; 
 » lista de todos os planos de ação e regulamentos gerais do laboratório;
 » lista da localização exata dos equipamentos, meio de culturas, reagentes, 
e outros suplementos, incluindo descrição completa das fórmulas e 
instruções para o uso e preparo;
 » descrição completa de todos os formulários, informes e arquivos utilizados 
no laboratório de microbiologia;
 » descrição detalhada de todas as técnicas e procedimentos efetuados no 
laboratório;
32
UNIDADE I │ NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
 » lista de todos os esquemas de identificação utilizados para identificar e 
classificar os micro-organismos;
 » nome, endereço, telefone, procedimentos e planos de ação de laboratórios 
de referência relacionados com o envio de amostras;
 » inclusão de todos os procedimentos de controle de qualidade com 
detalhes específicos quanto à frequência e ao modo de como cada item 
tem de ser realizado; 
 » para inspeção do laboratório, é exigido que o manual de procedimentos 
seja revisto e atualizado ao menos uma vez ao ano e que constem as iniciais 
do diretor ou do chefe de laboratório em cada procedimento, indicandoque a atualização foi efetuada.
Em complemento a isso, seguem exemplos de alguns POPs simplificados relacionados 
ao desenvolvimento de algumas análises microbiológicas.
normas gerais - procedimento operacional 
padrão
Preparo/conservação de meios de cultura
Meios de cultura desidratados fornecidos por diferentes fabricantes, como possuem 
diversidade de origem, podem apresentar pequenas diferenças em suas composições.
É preciso observar atentamente a quantidade necessária de meio desidratado, em 
gramas por litro de meio a ser preparado, o modo de preparo, o tempo e a temperatura 
de esterilização em cada caso.
Ao adquirir meios de cultura, observa-se atentamente a formulação, comparando-a com 
aquela indicada neste manual. Às vezes, as diferentes marcas utilizam distintos termos 
para uma mesma substância. Por exemplo, os termos triptona e tripticase referem-se à 
peptona de caseína obtida por digestão tríptica ou pancreática. Assim, os produtos Ágar 
tripticase soja, Ágar soja triptona, Caso Ágar (antigo Casoy) referem-se a um produto 
que contém peptona de caseína (obtida por digestão tríptica ou pancreática) e peptona 
de farinha de soja.
33
NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA │ UNIDADE I
Preparo e distribuição de meios de cultura
 » Os meios comerciais têm de ser hidratados em pequena quantidade de 
água até que todo o meio fique úmido, e só depois deve-se acrescentar o 
restante da água.
 » Os meios preparados não comerciais devem ser pesados separadamente 
em papel manteiga ou papel alumínio e adicionados em um único frasco 
(normalmente em béquer), hidratar em pequena quantidade de água até 
que todo o meio fique úmido, e só depois deve-se acrescentar o restante 
da água.
 » Sempre que for necessário, levar o meio para fundir, usar vidro Pyrex, 
aquecer sobre a tela de amianto ou similar e tripé, no bico de Bunsen ou, 
se permitido, em micro-ondas.
 » Usar sempre luvas térmicas apropriadas para laboratório com vistas a 
manipular vidrarias quentes.
 » Sempre que for usado o termo “esterilizar em autoclave”, o tempo de 
esterilização e a temperatura precisam ser compatíveis com o meio a ser 
produzido, conforme orientação do fabricante.
 » Sempre que for usado o termo “esterilizar por filtração”, usar o filtro com 
porosidade de 0,22 micra, recomendado para partículas bacterianas.
 » Quando distribuir o meio antes de autoclavar, os tubos não precisam 
estar esterilizados.
 » Quando distribuir o meio após a autoclavação, tubos, frascos, placas, 
pipetas e vidrarias ou materiais auxiliares obrigatoriamente devem estar 
estéreis.
 » Os meios devem ser autoclavados com as tampas semiabertas, para que 
a esterilização seja por igual em todo o conteúdo dos tubos – tampas 
fechadas não permitem a entrada do vapor.
Controle de qualidade, esterilidade e crescimento
 » Para controle dos meios confeccionados, incubar placas ou tubos não 
inoculados a 36+ 1 ºC por 24 horas.
 » Não deve haver mudança de cor nem crescimento de qualquer colônia.
34
UNIDADE I │ NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
 » Para o controle de crescimento, sempre que possível, usar cepas ATCC, 
que são cepas de referências de origem e padrão definido de provas para 
a sua caracterização.
 » Se não for possível o uso de cepas ATCC, usar cepas 100% positivas para 
os controles de qualidade de crescimento realizados.
recomendações gerais
 » Evitar usar meios vencidos (liofilizados e prontos para uso); se usar, 
certificar-se com o controle de crescimento de que realmente está 
funcionando.
 » Não usar meios prontos para uso em tubos ou placas que estejam 
ressecados.
 » Observar com atenção as instruções de alguns inóculos, os quais são 
específicos para alguns meios de cultura.
 » Recomenda-se o uso de tubos com tampa de rosca, pois evitam o 
ressecamento rápido do meio (tamanho dos tubos utilizados geralmente 
são de 11 por 100 mm).
 » Todos os meios confeccionados têm de ser devidamente identificados 
com nome, data de fabricação e data de validade.
 » Todos os meios de placa devem ser embalados em filme plástico PVC 
transparente para evitar o ressecamento.
 » Evitar o uso de sacos plásticos para embalar as placas, pois a água de 
condensação formada facilita a proliferação de fungos; para meios de 
cultura em tubos, colocar em sacos plásticos, procurando tirar o excesso 
de ar. Convém guardar os tubos com meios preparados em sacos plásticos, 
para sua maior segurança.
limpeza do laboratório
Materiais
Luvas de borracha, álcool 70% e hipoclorito de sódio.
35
NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA │ UNIDADE I
Procedimento
Bancadas
Limpeza com álcool 70% antes e posteriormente à análise.
Piso
O piso do laboratório de microbiologia deve ser limpo com solução aquosa de hipoclorito 
de sódio a 2%.
Funcionários
Os usuários do laboratório usam jaleco e touca durante todos os procedimentos de 
limpeza. 
lâmpadas
A limpeza precisa ser realizada a cada 6 meses, a seco. Eventualmente, lâmpadas são 
substituídas, quando necessário.
limpeza de vidrarias e de materiais utilizados
Os frascos utilizados para amostragem de águas são colocados em solução de hipoclorito 
de sódio e sabão líquido por, no mínimo, 24 horas. Lavados com água corrente, 
detergente e esponja, retirando-se todos os resíduos do seu interior.
descarte de material e de amostras
Procedimento
descarte de amostras
As amostras, após análise, devem ser apropriadamente acondicionadas em sacos 
específicos (referentes a cada tipo de amostra processada), e estes sacos com as amostras 
destinados à esterilização em autoclave a 121 +/- 1 ºC por 20 min. Posteriormente, 
encaminha-se ao lixo orgânico do estabelecimento. As alíquotas de amostras utilizadas 
para as diluições nos processos analíticos são autoclavadas da mesma forma e também 
encaminhadas ao lixo orgânico da instituição.
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UNIDADE I │ NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
descarte de materiais não reutilizáveis
Placas de Petri e ponteiras são autoclavadas após a realização de análises e descartadas 
conforme determinado na instituição ou no estabelecimento, ou seja, destinados ao lixo 
orgânico.
descarte de materiais tóxicos e perfuro-cortantes
Estes materiais são acondicionados em caixa coletora própria, sendo seu recolhimento 
efetuado quando atingida a capacidade da caixa.
descarte de vidrarias danificadas
Estas vidrarias são armazenadas em caixas coletoras próprias e destinadas à usina de 
reciclagem da própria instituição para fins de reaproveitamento. As vidrarias quebradas 
com meio de cultura são autoclavadas antes do descarte e acondicionadas em recipientes 
apropriados (Becker de 1.000 ml, potes plásticos).
uso e limpeza das balanças eletrônicas
Materiais
Detergente neutro, álcool 70%, esponjas e panos de limpeza adequados.
Procedimento
descrição dos componentes
Prato da balança; entrada da fonte de alimentação; pés niveladores; tecla liga/desliga; 
tecla calibração/pesagem; nível da balança; tecla tara; display.
instalação das balanças
 » Retirar a balança da embalagem.
 » Retirar totalmente a trava de segurança para transporte, localizada na 
parte inferior da balança, girando-a no sentido anti-horário.
 » Girar a tampa protetora até fechar o orifício.
37
NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA │ UNIDADE I
 » Guardar o dispositivo de travamento para ser usado em eventuais 
transportes, ou quando a balança for enviada à assistência técnica.
 Importante: o aperto na colocação do dispositivo deve ser 
efetuado com a mão, sem usar ferramentas auxiliares, tais 
como alicate ou outros instrumentos.
 » Colocá-la sobre a mesa de trabalho em local adequado, isento de radiação 
de calor, trepidações, correntes de ar e umidade.
 » Encaixar corretamente o prato na balança.» Encaixar o conector da fonte de alimentação no plugue existente na parte 
traseira da balança.
 Nunca ligar a fonte à rede, sem antes tê-la conectada à balança.
 » Nivelar a balança pelos pés niveladores até centralizar a bolha de nível.
utilização das balanças
 » Ao ligar à rede elétrica, o display mostrará DESLIGADO.
 » Aguardar 30 minutos de preaquecimento.
 » Se a fonte for desligada ou faltar energia, aguardar novo preaquecimento.
 » Pressionar L/D, durante três segundos; aparecerão todos os pontos do 
display.
 » A seguir, o display mostrará a versão da balança e, logo após, 0.00 g (ou 
0,0 g conforme o modelo da balança).
 » O sinal ~ indica leitura não estabilizada, e o sinal = indica leitura 
estabilizada.
 » Se, ao ligar a balança, aparecer: Erro: plat. C/P (erro, plataforma com 
peso), basta remover o peso ou o vasilhame do prato.
 » Ao desligar a balança pela tecla L/D, o display mostrará: DESLIGADO, 
contudo a balança continuará energizada para ser mantida em equilíbrio 
térmico.
 » Zerar a balança antes de efetuar as pesagens, pressionando T.
38
UNIDADE I │ NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
 » Se for necessário o uso de vasilhame, colocá-lo sobre o prato da balança e 
pressionar T para travá-lo.
 » Realizar a pesagem pretendida.
 » Retirar o vasilhame.
 » Ao iniciar nova pesagem, ter o cuidado de verificar se a balança está 
zerada.
limpeza
 » A limpeza é realizada no final da rotina de trabalho.
 » Antes de iniciar a limpeza, desconectar a balança da rede de corrente 
elétrica.
 » Passar um pano umedecido com água e detergente neutro.
 » Não utilizar detergentes agressivos (solventes ou similares).
 » Cuidar para que não escorra líquido para o interior da balança. Para evitar 
que isso aconteça, passar um pano seco e macio, logo após a limpeza com 
o pano úmido.
 » Se houver alguma sujeira no prato entre uma pesagem e outra, remover 
com algodão ou perfex umedecido em álcool 70%.
uso e limpeza do banho-maria
Mantém soluções/amostras a temperatura controlada/constante, auxiliando, por 
exemplo, no preparo de meios de cultura e incubação de espécimes clínicos. Em casos 
de incubações exigentes à temperatura, utilizar o banho-maria com circulação de água.
Materiais
 » Termômetro, água destilada, sabão neutro, álcool.
 » Álcool 70%, esponja e panos adequados.
39
NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA │ UNIDADE I
Procedimento
Características
O banho-maria é um equipamento constituído em chapa de aço inox, com paredes 
duplas e isoladas com lã de vidro.
A tampa e as estantes são de aço inoxidável. Deve-se optar pelos banhos-maria que 
apresentam tampa em cunha, que evitam gotejamento da água evaporada, fazendo com 
que esta corra para as extremidades da tampa.
utilização do banho-maria
 » Abra o equipamento e coloque água até que o frasco com a solução fique 
totalmente submerso.
 » No caso de tubos inoculados imersos no sistema aquoso do aparelho, 
estes têm de ficar submersos até uma altura superior à superfície do meio 
de cultura. 
 » Ajustar a temperatura desejada.
 » Ligar a chave elétrica.
 » Atingida a temperatura ideal (que se almeja), apaga-se a lâmpada-piloto.
 » Utilizar termômetro para a verificação da temperatura.
 » O tempo de incubação e a temperatura variam de acordo com o meio e o 
indicado pelo fabricante.
 » No caso de manutenção de meios de cultura com ágar, no estado líquido, 
recomenda-se a temperatura máxima de 45 ºC, para não comprometer 
nutrientes presentes no meio. 
Controle de temperatura
Para controlar bem a temperatura, indica-se o uso de termômetros. É necessário 
registrar apropriadamente os dados pertinentes ao controle de temperatura.
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UNIDADE I │ NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
limpeza
A limpeza é feita semanalmente com água e detergente neutro e álcool 70%.
uso e limpeza de capelas de segurança 
Materiais
Detergente neutro, lâmpada UV, ácido peracético 0,2% ou álcool 70%.
Procedimentos
utilização da capela de fluxo laminar
 » Inicialmente, faz-se a desinfecção interna do fluxo (álcool 70%).
 » Ligar o aparelho.
 » Ligar a lâmpada UV (germicida) por, no mínimo, 15 minutos antes da 
execução do procedimento desejado.
 » Colocar tudo necessário para a realização da análise, evitando afastar-se 
da capela.
 » Manipular rapidamente as amostras, mas com segurança, para evitar 
erros e desperdícios. 
limpeza
Deve ser realizada diariamente com álcool 70%.
uso e limpeza das estufas bacteriológicas
A estufa de incubação ou bacteriológica é um equipamento utilizado para os 
procedimentos analíticos, ou seja, para a cultura de micro-organismos, em temperatura 
controlada.
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NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA │ UNIDADE I
Materiais
Termômetro de máxima e mínima, detergente neutro, álcool 70%, esponjas e panos de 
limpeza adequados.
Procedimento
descrição dos componentes
Respiro – serve para expelir o excesso de calor e manter a uniformidade da temperatura. 
Antes de ligar, é necessário remover a tampa plástica.
Lâmpada piloto – quando acesa, indica que a estufa está ligada; ao atingir a temperatura 
desejada, a luz se apagará.
Chave liga-desliga – além de permitir ligar ou desligar o aparelho, altera a tensão 
elétrica.
Controlador eletrônico – regulável da temperatura ambiente até 240 ºC. Controle 
programável manualmente.
Termômetro de máxima e mínima – para o controle propriamente dito das faixas de 
temperatura.
utilização de estufas de incubação
 » Regular o termostato para a temperatura programada.
 » Ligar a estufa.
 » Ao atingir a temperatura programada, a lâmpada-piloto apaga.
 » Colocar o termômetro no orifício localizado acima da estufa ou no seu 
interior.
 A temperatura depende do material incubado.
	 O	limite	de	tolerância	fica	em	+ 1 ºC.
Acondicionamento do material analítico
 » Placas que se destinam à cultura de bactérias são incubadas invertidas.
 » Não sobrepor mais que cinco placas para garantir uniformidade de 
distribuição de temperatura.
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UNIDADE I │ NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
 » Os tubos precisam ser levados em estantes apropriadas e com garantia de 
que o calor possa permear entre eles.
 » É rigorosamente necessário que todo o material que vai para a estufa 
esteja identificado.
limpeza
 » A limpeza é feita semanalmente.
 » Passar um pano umedecido com álcool 70%.
 » Retirar toda a espuma com um pano enxaguado várias vezes em água 
limpa.
 » Após a limpeza, passar um pano umedecido com álcool 70%.
uso e limpeza de micro-ondas
Materiais
Detergente neutro, álcool 70%.
Procedimento
instruções de uso
 » Verifique se está corretamente ligado e sem nenhum material entre a 
porta e o gabinete.
 » Verifique se o prato giratório e seu suporte estão bem encaixados toda vez 
que ligar o forno.
 » Nunca ligue o forno vazio, pois isso pode provocar faíscas em seu interior.
 » Mantenha a tampa do guia de ondas sempre limpa: resíduos nesse 
local impedem a passagem das micro-ondas, podendo provocar choque 
elétrico.
 » Se o material ou o recipiente que estão dentro do forno faiscarem 
durante a operação, mantenha a porta do aparelho fechada, desligue-o e 
desconecte o cabo de força da tomada.
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NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA │ UNIDADE I
 » Use sempre luvas térmicas para retirar o material do forno, pois há 
transferência de calor aos recipientes.
 » Depois de retirar o material do forno, manuseie-o com cuidado, evitando 
que o vapor formado pelo aquecimento entre em contato com mãos ou 
rosto do manipulador.
Cuidados durante a limpeza
 » Mantenha sempre a porta aberta ao limpar qualquer das partes de 
micro-ondas: isso evita que ele seja ligado acidentalmente com o interior 
vazio.
 » Antes de limpar aparte interna, remova o prato giratório e o suporte.
 » Nunca jogue água em parte alguma do gabinete ou da porta: limpe-os 
interna e externamente com pano umedecido com uma mistura de água 
e detergente neutro.
 » Nunca utilize detergentes fortes (abrasivos), álcool, amoníaco ou produtos 
químicos não indicados, nem use pós, palha de aço ou esponjas grossas 
para lavar os acessórios.
 » Para fazer a limpeza completa do forno (parte interna e externa), 
desconecte o plugue da tomada.
 » Caso a porta embace e o interior do forno retenha água após o preparo de 
algum material, seque todas as partes umedecidas com um pano macio 
(perfex®). A limpeza geral obedece ao cronograma semanal.
uso e limpeza das geladeiras
Materiais
Termômetro, detergente neutro e álcool 70%.
Procedimento
Finalidades
As geladeiras do Laboratório de Microbiologia apresentam duas finalidades:
 » estocagem de material de laboratório, tais quais meios de cultura, 
reagentes e outros materiais pertinentes às análises;
 » armazenamento de material contaminado e cepas.
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UNIDADE I │ NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
Procedimento de utilização de geladeira
 » Regular o termostato para a temperatura programada.
 » Ligar a geladeira na rede.
Procedimento de limpeza das geladeiras
A limpeza é feita mensalmente com água, detergente neutro e álcool 70%.
uso e limpeza da incubadora de bolores e 
leveduras
Materiais
Termostato, detergente neutro e álcool 70%.
A incubadora de fungos tem de ser utilizada exclusivamente para o cultivo 
de bolores e leveduras.
Procedimento de utilização da incubadora para 
fungos
 » Acionar o interruptor geral e deixar os componentes eletrônicos 
estabilizarem por cinco minutos, lembrando sempre que ele não pode ser 
ligado e desligado em intervalos inferiores a três minutos.
 » Selecionar a temperatura desejada.
 » A lâmpada-piloto, ao apagar, indica que a temperatura de termostatização 
foi atingida e, após isso, iniciam-se os ciclos de liga-desliga, para 
manutenção da temperatura desejada.
 » Aguardar a estabilização da temperatura +/- 30 minutos.
 » Em caso de necessidade de movimentação do aparelho, esperar 30 
minutos antes de religá-lo.
 » Não abrir a porta frequentemente para evitar a condensação dentro da 
câmara interna.
 » Para evitar problemas com a estabilização da temperatura, manter o 
interruptor ligado constantemente.
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NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA │ UNIDADE I
A temperatura depende da metodologia empregada. O limite de tolerância 
fica	em	+ 1 ºC.
limpeza
 » A limpeza é realizada semanalmente.
 » Limpar com uma esponja, água e detergente neutro.
 » Retirar todo o resíduo de espuma com um pano enxaguado em água 
limpa.
 » Para a desinfecção, passar um pano umedecido em álcool 70%.
uso e limpeza da autoclave
Materiais
Detergente neutro, esponja, jarra, água potável, água deionizada ou destilada.
Procedimento
utilização da autoclave
 » Abrir a tampa e colocar água na caldeira até cobrir o descanso do cesto.
 » Introduzir o material a ser esterilizado.
 » Fechar a tampa, apertando bem e por igual os manípulos.
 » Abrir o registro de pressão e ligar a chave elétrica no calor máximo.
 » Aguardar o começo da saída do jato contínuo de vapor d’água e, então, 
fechar o orifício de escapamento.
 » Atingida a pressão de trabalho, regular a chave elétrica para o médio, a 
fim de manter a pressão.
 » Verificar a válvula de segurança de modo que o manômetro fique estável.
 » Regular o relógio minuteiro para controlar o tempo de esterilização.
 » Terminado o tempo de esterilização, desligar a autoclave.
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UNIDADE I │ NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
 » Esperar o manômetro descer a zero e abrir o registro para a saída do 
vapor.
 O tempo para a redução da pressão é imprescindível para a 
eficiência	da	esterilização.
 » Jamais se deve forçar um abaixamento da pressão para abrir a autoclave, 
pois todo o procedimento será comprometido.
 » Abrir a tampa e retirar o material sempre utilizando luvas de amianto.
 » Em cada esterilização, verificar o nível de água.
 » Para troca de água e limpeza da autoclave, utilizar o registro inferior.
 » Materiais limpos e materiais contaminados são autoclavados em ciclos 
separados.
 O material limpo é esterilizado em autoclave à temperatura de 
121 ºC, com tolerância de 1 ºC, por 15 minutos.
 » A esterilização em excesso de meios de cultura pode alterar características 
bioquímicas, propriedades nutritivas e deteriorar a qualidade do meio.
 » Esterilização insuficiente pode não destruir as bactérias presentes.
 » A eficiência da esterilização pode ser observada por meio do controle da 
temperatura ou da eficiência biológica.
 » Para melhor eficiência da autoclave, é recomendável:
 › Não empacotar objetos totalmente fechados.
 › Garantir o perfeito vedamento da tampa antes de ligar o vapor.
 › Retirar todo o excesso de ar, trocando-o por vapor.
 › Aguardar o equilíbrio de pressão antes de reabrir a autoclave. Observar 
continuamente as marcações do manômetro e do termômetro.
 › Para abrir a tampa da câmara de autoclave, observa-se se todo o vapor 
foi evacuado e se o manômetro está marcando zero.
 › Para retirada de material recém-autoclavado, utilizam-se luvas de 
amianto de cano longo.
 › A água empregada na autoclave precisa ser destilada ou deionizada.
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NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA │ UNIDADE I
Controle da temperatura
opção 1
a. Utilizar, a cada ciclo, fitas para autoclave, que são esterilizadas junto com 
o material.
b. Findo o período de esterilização, verificar a cor desenvolvida na fita.
c. O desenvolvimento de listras mais escuras na fita indica que a temperatura 
de esterilização foi atingida.
d. Utilizar, juntamente com as fitas para autoclave, termômetro de máxima 
com trava e, no fim da esterilização, verificar a temperatura máxima.
e. Não atingida a temperatura de esterilização, recomeçar todo o processo.
f. Caso a temperatura de esterilização ultrapasse a temperatura 
recomendada, descartar o material autoclavado.
g. Os dados obtidos deverão ser anotados em relatório de controle.
opção 2
a. Pode-se avaliar a eficiência das esterilizações mediante o controle de 
eficiência biológica.
b. Utilizar esporos de Bacillus stearothermophylus. Em razão de 
termorresistência dos esporos, estes somente são destruídos a uma 
temperatura de 120+/-1 ºC, por 15 minutos, com 1 atm de pressão. Em 
temperaturas mais baixas ou em períodos mais curtos, não há destruição 
dos esporos.
c. As ampolas são colocadas junto com o material a esterilizar e 
acondicionadas em tubo de ensaio para evitar que, no caso de rompimento 
de uma ampola, haja contaminação.
d. Após o tratamento em autoclave, é controlado o resultado por meio da 
incubação das ampolas em estufa, a 55 ºC, por 24/48 horas.
e. Incubar junto uma ampola que não tenha sido esterilizada como prova 
de controle.
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UNIDADE I │ NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
f. Sendo a esterilização eficiente, não há crescimento de Bacillus 
stearothermophylus e a coloração violeta da ampola permanece 
inalterada.
g. Em caso de esterilização ineficiente, o crescimento dos bacilos é observado 
pela turvação do caldo e acidificação por fermentação dos açúcares e sua 
cor muda de violeta para amarelo.
h. A ampola-controle também muda de coloração passando de violeta para 
amarelo.
limpeza
Autoclaves de esterilização de meios de cultura e vidraria
A limpeza é feita semanalmente com água e detergente neutro.
Autoclaves de esterilização de material contaminado
A limpeza é feita após cada ciclo com água e detergente neutro.
Pesagem de amostras
referências normativas
ISO 6887-1: 2011.
Materiais e equipamentos
Álcool 70%.
Algodão.Colher estéril, pinça estéril, cabo e lâmina de bisturi estéreis (de acordo com a amostra 
a ser pesada).
Bolsa plástica estéril.
Balança de precisão.
Bico de Bunsen ou capela de fluxo laminar.
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NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA │ UNIDADE I
Procedimento
 » Desinfetar com algodão e álcool 70% e ligar a balança.
 » Ligar a chama ou utilizar a capela de fluxo laminar; próximo à chama, ou 
com a exaustão da capela ligada, pesar, em bolsa estéril, uma quantidade 
de amostra representativa de, no mínimo, 10 g ou 10 ml, variando em, no 
máximo, 5% do valor pesado, para menos ou para mais.
 » Fechar assepticamente a bolsa e repetir com as demais amostras.
 » Desligar a balança.
Contagem total de micro-organismos em água 
utilizando o meio ágar nutriente
Aplica-se à enumeração de bactérias em água potável tratada, incluindo também águas 
minerais engarrafadas.
documentos complementares
ISO 6887 – Microbiologia de alimentos e de produtos de alimentação animal – 
preparação de amostras-teste, suspensão inicial e diluições decimais para análises 
microbiológicas.
ISO 7218 – Microbiologia de alimentos e de produtos de alimentação animal – 
orientações gerais para análises microbiológicas.
ISO 8261 – Leite e produtos derivados – guia geral para preparação de amostras-teste, 
suspensão inicial e diluições decimais para análises microbiológicas.
ISO/TS 11133 – Microbiologia de alimentos e de produtos de alimentação animal – 
orientações gerais na preparação e na produção de meios de cultura.
Equipamentos
Balança semianalítica; agitador de tubos; bico de Bunsen ou capela de fluxo laminar; 
micropipetador de 0,1 a 1 ml; estufa bacteriológica a 22 ºC +/- 1 ºC, e a 36 ºC +/- 1 ºC.
reagentes e materiais
Ágar nutriente – extrato de levedura; álcool 70%; solução salina peptonada 0,1%; 
algodão; placas de petri.
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UNIDADE I │ NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
descrição/procedimento
Pesagem e preparo de amostra
Efetuar a suspensão inicial da amostra e suas diluições decimais, conforme necessidade.
inoculação em placas
Dispensar 1 ml de amostra em duplicata em placas de petri identificadas. Verter de 15 a 
20 ml de ágar sobre a amostra, homogeneizar e esperar solidificar em superfície plana.
incubação
Incubar a metade das placas de petri invertidas a 36 +/-1 ºC, durante 44 +/- 4 horas, e 
a outra parte a 22+/-1 ºC, durante 68 +/- 4horas.
Contagem das colônias
Contar as colônias presentes nas placas e calcular o número estimado de colônias 
presentes em 1 ml de amostra.
Expressão dos resultados
Expressar o resultado em UFC/ml. Não havendo crescimento bacteriano, expressar os 
resultados como não detectados em 1 ml. Havendo mais de 300 colônias nas placas 
com as maiores diluições, expressar o resultado como >300.
documentos de referência
Norma ISO 6222:1999.
Contagem de bolores e leveduras – produtos com 
atividade de água menor ou igual a 0,95
Aplica-se à enumeração de bolores e leveduras em produtos cuja atividade de água seja 
menor ou igual a 0,95.
documentos complementares
ISO 6887 – Microbiologia de alimentos e de produtos de alimentação animal – 
preparação de amostras-teste, suspensão inicial e diluições decimais para análises 
microbiológicas.
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NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA │ UNIDADE I
ISO 7218 – Microbiologia de alimentos e de produtos de alimentação animal – 
orientações gerais para análises microbiológicas.
ISO 8261 – Leite e produtos derivados – guia geral para preparação de amostras-teste, 
suspensão inicial e diluições decimais para análises microbiológicas.
ISO/TS 11133 – Microbiologia de alimentos e de produtos de alimentação animal – 
orientações gerais na preparação e na produção de meios de cultura. 
Equipamentos
Balança semianalítica; agitador de tubos; bico de Bunsen ou capela de fluxo laminar; 
micropipetador de 0,1 a 1 ml; estufa (25 ºC +/- 1 ºC).
reagentes e materiais
Ágar base glicerol diclorano (DG18); álcool 70%; solução salina peptonada 0,1%; 
algodão; pinça, bisturi e cabo para este, estéreis; saqueta plástica estéril; ponteira de 1 
ml estéril; alça de Drigalski estéril; placas de petri.
descrição/procedimento
Conceitos
Colônia
Acúmulo de massa microbiana localizada e visível desenvolvida sobre ou dentro de 
meio nutriente sólido a partir de uma partícula viável.
leveduras
Micro-organismos aeróbicos mesofílicos, os quais, a 25 ºC em meio ágar micológico 
sob as condições estabelecidas na ISO 21527, desenvolvem colônias redondas, foscas 
ou não, sobre a superfície do meio, geralmente possuindo borda regular e superfície 
medianamente convexa.
Bolores
Micro-organismos filamentosos, mesofílicos e aeróbicos, os quais, em meio ágar 
micológico sob as condições estabelecidas na ISO 21527, desenvolvem propágulos, 
achatados ou aveludados, com corpos de frutificação ou esporos coloridos.
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UNIDADE I │ NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
Pesagem e preparo de amostra
Pesar a amostra e/ou efetuar sua suspensão inicial e suas diluições decimais, conforme 
necessidade.
inoculação em placas
 » Dispensar 0,1 ml de amostra na superfície do ágar nas placas de petri 
identificadas.
 » Espalhar o inóculo com alça de Drigalski.
incubação
Incubar as placas de petri sem inverter a 25 +/-1 ºC, durante 5 a 7 dias. No caso de 
suspeita de Xeromices bisponi, incubar por 10 dias.
Contagem das colônias
Contar colônias na placa (até 150 colônias).
Bolores e leveduras devem ser contados separadamente.
Expressão dos resultados
Expressar o resultado em UFC/ml ou UFC/g. 
NOTA: manipular as placas com cuidado em virtude da facilidade da dispersão de 
esporos no ar.
documentos de referência
Norma ISO 21527-2:2008.
Contagem de bolores e leveduras – produtos com 
atividade de água maior que 0,95
Aplica-se à enumeração de bolores e leveduras em produtos cuja atividade de água seja 
maior que 0,95.
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NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA │ UNIDADE I
documentos complementares
ISO 6887 – Microbiologia de alimentos e de produtos de alimentação animal – 
preparação de amostras-teste, suspensão inicial e diluições decimais para análises 
microbiológicas.
ISO 7218 – Microbiologia de alimentos e de produtos de alimentação animal – 
orientações gerais para análises microbiológicas.
ISO 8261 – Leite e produtos derivados – guia geral para preparação de amostras-teste, 
suspensão inicial e diluições decimais para análises microbiológicas.
ISO/TS 11133 – Microbiologia de alimentos e de produtos de alimentação animal – 
orientações gerais na preparação e na produção de meios de cultura. 
Equipamentos
Balança semianalítica; agitador de tubos; bico de Bunsen ou capela de fluxo laminar; 
micropipetador de 0,1 a 1 ml; incubadora a 25 ºC +/- 1 ºC.
reagentes e materiais
Ágar base diclorano rosa de bengala com cloranfenicol (DRBC); álcool 70%; solução 
salina peptonada 0,1%; algodão; pinça, bisturi e cabo para este, estéreis; saqueta plástica 
estéril; ponteira de 1 ml estéril; alça de Drigalski estéril; placas de petri.
descrição/procedimento
Pesagem e preparo de amostra
Pesar a amostra, dissolvê-la e realizar diluições decimais, conforme necessidade.
inoculação em placas
 » Dispensar 0,1 ml de amostra na superfície do ágar nas placas de petri 
identificadas.
 » Espalhar o inóculo com alça de Drigalski.
incubação
Incubar as placas de petri sem inverter a 25 +/-1 ºC, durante cinco dias.
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UNIDADE I │ NORMAS EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
Contagem das colônias
Contar as colônias presentes nas placas contendo até 150 colônias. Bolores e leveduras 
devem ser contados separadamente.
Expressão dos resultados
Expressar o resultado em UFC/ml ou UFC/g.
NOTA: manipular as placas vagarosamente para não ocorrer a dispersão ocasional de 
esporos.

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